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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

POLÍCIA MILITAR
DIRETORIA DE ENSINO E INSTRUÇÃO

NORMAS PARA O PLANEJAMENTO E


CONDUTA DO ENSINO

NPCE
Normas para o Planejamento e Conduta do Ensino na
Polícia Militar do Estado do Espírito Santo

Título I
DA FINALIDADE E REFERÊNCIAS DAS NPCE

Capítulo I
DA FINALIDADE

Art. 1º As Normas para o Planejamento e Conduta do Ensino (NPCE) têm por


finalidade estabelecer critérios para o planejamento e conduta do ensino profissional na
Corporação visando:
I – normatizar os princípios e as ações do ensino profissional, de acordo com as
políticas estabelecidas pelo Conselho Geral de Ensino;
II – orientar a coordenação, o controle e a supervisão das atividades de ensino
para melhor aproveitamento e rendimento do processo de ensino-aprendizagem.

Capítulo II
DAS REFERÊNCIAS

Art. 2º São tomadas por base para as NPCE as seguintes legislações:


I - Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988;
II – Constituição do Estado do Espírito Santo, de 05 de outubro de 1989;
III - Lei nº 9394/96, (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB);
IV - Lei nº 3196, de 09 de janeiro de 1978 (Estatuto dos Policiais Militares do
ES);
V - Lei nº 3044, de 31 de dezembro de 1975 (Lei de Organização Básica da
PMES - LOB);
VI – Lei Complementar nº 467, de 05 de dezembro de 2008;
VII – Decreto nº 4445-N, de 05 de abril de 1999 (Regulamento de Uniforme e
Insígnias da PMES – RUIPMES);
VIII – Decreto nº 254-R, de 11 de agosto de 2000 (Regulamento Disciplinar dos
Militares Estaduais do Espírito Santo - RDME);
IX – Matriz Curricular Nacional da Secretaria Nacional de Segurança Pública
(SENASP).

Título II
DO SISTEMA DE ENSINO DA PMES

Capítulo I
DOS FINS E DOS OBJETIVOS DO ENSINO PROFISSIONAL

Art. 3º O ensino profissional tem por finalidade qualificar o policial militar para
exercer os cargos e as funções típicas das atividades-fim que compreendem o elenco
de ações e operações policiais, e das atividades-meio, incluindo as ações de apoio
administrativo, logístico e de ensino da Corporação.

Art. 4º O ensino deve seguir um processo contínuo e progressivo de educação


sistemática, sempre atualizado e aprimorado, visando a acompanhar a transformação
da sociedade e atingir os padrões mais elevados da formação profissional e geral.
Art. 5º O ensino deve estar voltado para o homem/mulher na compreensão do
seu papel social, na criação e desenvolvimento de conhecimentos e hábitos
profissionais para desempenho otimizado da missão policial militar.

Art. 6º Os objetivos do ensino são:


I – proporcionar formação técnico-profissional aos integrantes da Corporação,
habilitando-o para o exercício das diversas funções e desenvolvendo-lhes o senso de
respeito às leis, as convicções democráticas, a responsabilidade e a comunitarização;
II – proporcionar condições para uma perfeita compreensão das transformações
sociais bem como do papel das instituições policiais no estado democrático de direito;
III – despertar valores essenciais para o convívio social, como centro de
excelência no desenvolvimento humano dos profissionais de segurança pública e
defesa social;
IV – desenvolver o comprometimento com os princípios éticos de valorização e
promoção dos direitos humanos e com as orientações do Programa Nacional de
Segurança Pública;
V – estimular o espírito de corpo, a devoção à carreira e a profissionalização dos
integrantes da Corporação;
VI – formação e qualificação permanente baseada na constante atualização
tecnológica.

Art. 7º O ensino profissional abrange as seguintes áreas de conhecimento,


conforme diretrizes emanadas da Secretaria Nacional de Segurança Pública -
SENASP:
I – Sistemas, Instituições e Gestão Integrada em Segurança Pública;
II – Violências, Crime e Controle Social;
III – Cultura e Conhecimento Jurídico;
IV – Modalidades de Gestão de Conflitos e Eventos Críticos;
V – Valorização Profissional e Saúde do Trabalhador;
VI – Comunicação, Informação e Tecnologias em Segurança Pública;
VII – Cotidiano e Prática Policial Reflexiva;
VIII – Funções, Técnicas e Procedimentos em Segurança Pública.

Capítulo II
DA ESTRUTURA E DA ORGANIZAÇÃO

Art. 8º O sistema de ensino da Policia Militar do Estado do Espírito Santo


(PMES) em nível de administração, será composto do Conselho Geral de Ensino
(CGE) e da Diretoria de Ensino e Instrução (DEI).

Seção I
Do Conselho Geral de Ensino
Art. 9º O CGE, responsável pela definição das diretrizes políticas e normas
gerais para o sistema de ensino, terá a seguinte composição:
I – Comandante Geral da PMES;
II – Diretor de Ensino e Instrução da PMES;
III – Adjunto da DEI;
IV – Comandante do Centro de Formação e Aperfeiçoamento (CFA);
V – Chefe da Divisão de Ensino da DEI;
VI – Comandante do Corpo de Alunos do CFA;
VII – Chefe da Seção Técnica de Ensino do CFA.
Seção II
Da Diretoria de Ensino e Instrução

Art 10 A DEI será responsável pela elaboração do Programa Geral de Ensino


(PGE) que, além de estar em consonância com estas normas e com observância dos
pressupostos da Matriz Curricular Nacional para a formação em Segurança Pública,
deverá conter:
I - os fundamentos do ensino na área da Segurança Pública, sejam os políticos,
os éticos e os estéticos;
II - a relação anual de cursos;
III - os conteúdos curriculares de cada curso: as estruturas curriculares, os
saberes de cada área de conhecimento e as referências bibliográficas de cada
componente curricular;
IV - o perfil profissional de conclusão pretendido em cada curso;
V - as competências finalísticas exigidas para cada curso;
VI - os princípios da organização curricular: os axiológicos, os pedagógicos –
interdisciplinaridade e contextualização – e a flexibilização.
Parágrafo único. Será de responsabilidade do CFA, como Unidade de Ensino da
PMES, a elaboração e execução do Plano Setorial de Ensino (PSE), anualmente, que
deverá conter o detalhamento da execução de cada curso.

Capítulo III
DAS MODALIDADES DO ENSINO

Art. 11 O ensino profissional, desenvolvido por meio de cursos e de estágios,


compreende as seguintes modalidades:
I – formação inicial;
II – estágio de adaptação;
III – formação continuada, constituída pelos cursos de habilitação, atualização
profissional, aperfeiçoamento, especialização profissional e especialização acadêmica.

Art 12 Os cursos de formação inicial de soldados (CFSd) e de oficiais (CFO) têm


por objetivo a preparação de aprovados em concurso público de nível médio para a
carreira policial militar e a socialização na Corporação.

Art. 13 Os estágios de adaptação visam a integração de profissionais civis que


passarão a desempenhar atividades específicas dentro da Organização Policial Militar.

Art 14 Os cursos de formação continuada são aqueles que integram a


atualização profissional, o aperfeiçoamento e a especialização, profissional e
acadêmica, do profissional em atividades-fim ou meio exercidas na Corporação.
§ 1º Os cursos de habilitação visam a preparação do Soldado e do Cabo para o
futuro exercício das funções de Cabo e Sargento, respectivamente;
§ 2º O ensino para a atualização é destinado a prover os policiais no exercício
profissional de novas competências e habilidades exigidas pela dinâmica das
demandas sociais, ampliando os conhecimentos e as técnicas adquiridas em cursos
anteriores.
§ 3º O ensino para o aperfeiçoamento amplia e aprofunda conhecimentos
teóricos e práticos, adaptando-os a novas técnicas e métodos de trabalho, resultando
na melhoria da prática profissional.
§ 4º O ensino para a especialização profissional objetiva o aprofundamento ou a
aquisição de conhecimento técnico-profissional nas diversas áreas especializadas da
atividade policial militar.
§ 5º O ensino para a especialização acadêmica tem por objetivo a obtenção de
qualificação técnica, profissional e acadêmica de policiais militares que possuam curso
de graduação ou títulação equivalente.
§ 6º Os cursos de especialização acadêmica e aperfeiçoamento terão duração
mínima de 360 (trezentos e sessenta) horas, não computado o tempo de estudo
individual ou em grupo sem assistência docente e o reservado, obrigatoriamente, para
elaboração de monografia ou trabalho de conclusão de curso.
§ 7º O corpo docente dos cursos de especialização acadêmica e
aperfeiçoamento deverá ser composto na sua totalidade de profissionais com a
titulação mínima de especialista ou aperfeiçoado.
§ 8° Os cursos de especialização profissional terão carga horária mínima de 216
(duzentos e dezesseis) horas.

Art. 15 O ensino profissional na corporação deverá pautar-se nos princípios de


objetividade, progressividade, continuidade, flexibilidade, oportunidade, produtividade,
adeqüabilidade, realismo e iniciativa.

Capítulo IV
DOS CURSOS E ESTÁGIOS

Art. 16 São cursos e estágios do ensino profissional nas suas modalidades:


I – Cursos de Formação Inicial:
a) Curso de Formação de Soldados (CFSd), equivalente a curso técnico de
habilitação profissional, destinado a pessoas possuidoras de Ensino Médio ou
equivalente reconhecido pelo MEC, que ingressam na Corporação, será desenvolvido
para qualificar o futuro Soldado para a execução direta das atividades de polícia
ostensiva e de preservação da ordem pública.
b) Curso de Formação de Oficiais (CFO), equivalente a Curso Superior de
guaduação, destinado a candidatos possuidores de ensino médio ou equivalente,
reconhecido pelo MEC,aprovados em concurso público, com duração definida nos
termos do Edital, tem por objetivo o preparo teórico e prático para as atividades de
polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, de forma que permita ao futuro
oficial exercer funções no nível de gerência técnica.

II – Estágio de Adaptação:
a) Estágio de Adaptação para Oficiais (EAO), destinado a capacitar o
profissional de nível superior formado em isntituições reconhecidas pelo MEC, com
conhecimentos básicos para o desempenho de atividades como Oficial Especialista.
§ 1º O estágio de adaptação se destina a candidatos concursados que tenham
preenchido as exigências editalícias para o exercício de funções de suas
especialidades dentro da Corporação.
§ 2º Para ingresso nos cursos de formação inicial e estágios de adaptação da
estrutura de ensino da PMES, além das exigências expressas nestas NPCE, poderão
ser exigidos outros requisitos próprios da Corporação, previstos em Edital.
§ 3º O concurso para o ingresso no CFO será o vestibular realizado pela
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), enquanto vigorar o convênio entre o
Estado do Espírito Santo e aquela Instituição.

III – Cursos de Formação Continuada:


a) – Cursos de Habilitação:
1) Curso de Habilitação de Cabos PM (CHC), destinado a habilitar o Soldado PM
que preencher os requisitos legais para promoção a Cabo PM, será desenvolvido com
vistas a proporcionar-lhe condições de comandar uma fração de policiais militares,
além de atuar como preceptor dos soldados;
2) Curso de Habilitação de Sargentos PM (CHS), destinado a capacitar o Cabo
PM que preencher os requisitos legais para promoção a Sargento PM, será
desenvolvido de forma a qualificá-lo para a execução das atividades de polícia
ostensiva e preservação da ordem pública, auxiliando os oficiais na supervisão do
policiamento, na instrução e na administração.
b) Cursos de Atualização.
Os cursos de atualização serão oferecidos pela DEI conforme as
necessidades Polícia Militar, sendo regulados pelas Normas para o Planejamento e
Conduta de Instrução – NPCI.
c) Cursos de Aperfeiçoamento e de Especialização Acadêmica.
1) Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos (CAS), requisito legal para
promoção a Subtenente PM, destinado a ampliar os conhecimentos profissionais dos
1º Sargentos, capacitando-os a desempenhar as funções de Subtenente PM e de
Oficial do Quadro de Administração.
2) Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais (CAO) ou o análogo realizado na
PMES ou por meio de contratação ou convênio com instituição de ensino superior
reconhecida pelo MEC ou outra organização Policial Militar, equivalente a curso de
pós-graduação Lato sensu, requisito legal para promoção a Major PM, destinado a
ampliar os conhecimentos profissionais do Oficial Intermadiário, permitindo-lhe a
atualização nas áreas das ciências sociais, jurídicas, gerenciais e da técnica policial,
capacitando-o para o exercício de cargos, encargos e funções de comando e de chefia
como Oficial Superior e a vivência da produção científica e autônoma do conhecimento.
3) Curso de Superior de Polícia (CSP) ou o análogo realizado na PMES ou por
meio de contratação ou convênio com instituição civil de ensino superior ou outra
organização Policial Militar, reconhecido na Corporação como curso de pós-gradução
Stricto sensu (mestrado), destinado a ampliar os conhecimentos profissionais do Major
PM e do Ten Cel PM em suas diversas áreas de atuação na Corporação e a
preparação para o exercício das funções estratégico-gerenciais de interesse da Polícia
Militar.
d) Cursos de Especialização Profissional.
Outros cursos promovidos pela Policia Militar, com carga horária mínima de
216 (duzentos e dezesseis) horas-aulas, que qualifique o policial militar para a
ocupação de cargos e para o desempenho de funções que exijam conhecimentos e
práticas especializadas.

Art. 17 Para os cursos e estágios oferecidos por outras Polícias Militares ou


entidades de formação civil ou militar, a seleção e a matrícula obedecerão às normas
vigentes na Corporação e aos requisitos exigidos pela entidade patrocinadora, que
constarão em edital de abertura de vagas publicado em Aditamento da Diretoria de
Ensino e Instrução e seguirão as normas pertinentes à instituição promotora.
Parágrafo único. Os concludentes de cursos e estágios nos quais forem exigidos
elaboração de monografias ou trabalhos técnicos deverão remeter cópias a Diretoria de
Ensino e Instrução da PMES no prazo de 30 (trinta) dias após a conclusão dos
referidos cursos ou estágios.

Art. 18 Os cursos e estágios realizados pela PMES poderão receber candidatos


de outras Instituições para o preenchimento de vagas, especialmente a elas
destinadas, de acordo com deliberações do Comando da PMES.

Art. 19 Todos os cursos e estágios deverão possuir ementários, elaborados pela


Diretoria de Ensino e Instrução, contendo objetivos e descrição genérica dos assuntos
de cada disciplina curricular.
Art. 20 Os currículos dos cursos e dos estágios devem ser organizados em
função da análise ocupacional das graduações e postos que demandam suas
necessidades, rigorosamente dentro dos objetivos propostos.

Art. 21 Os currículos dos cursos e estágios de formação profissional devem


expressar, dentro de cada modalidade de formação, a distribuição e a integração das
disciplinas e atividades correspondentes aos módulos das estruturas curriculares dos
cursos, constantes no PGE.

Art. 22 Poderá ser requisitada assessoria técnica necessária para elaborar os


currículos de cursos de interesse da Corporação, constantes ou não das presentes
NPCE, submetendo-os ao Diretor de Ensino e Instrução para aprovação.

Art. 23 Os currículos devem ser objeto de constante avaliação, ao final de cada


curso, por alunos, professores e por outros profissionais envolvidos no processo.

Art. 24 Os Planos de Matéria devem ser elaborados pelos professores,


focalizando e desenvolvendo cada unidade de acordo com a ementa, especificando os
respectivos objetivos, métodos e procedimentos de ensino, recursos auxiliares, formas
de avaliação e bibliografia dentro das normas da ABNT, devendo ser impreterivelmente
entregue à STE/CFA para apreciação e aprovação em até 15 (quinze) dias antes do
início do curso.

Art. 25 Todos os professores deverão registrar em Fichas de Controle de Aula,


os assuntos ministrados e a freqüência de alunos em cada aula/atividade, que serão
mantidos em arquivo, para supervisões técnicas da Diretoria de Ensino e Instrução.

Título III
DOS PROCEDIMENTOS DO ENSINO

Capítulo I
DO REGIME ESCOLAR

Art. 26 Os cursos poderão funcionar em regime de externanato, semi-internato


e/ou internato, tendo em vista suas peculiaridades e o fim a que se destinam.
§ 1º O regime de semi-internato e internato poderá funcionar por no máximo 45
(quarenta e cinco) dias, devendo o CFA programar atividades culturais
complementares, visando a adaptação do aluno à vida policial-militar.
§ 2º Poderá, a critério da DEI, ser ampliado o período previsto no parágrafo
anterior, de acordo com a necessidade e convêniencia pedagógica.
§ 3º Os regimes que trata o § 1º se aplicam somente aos cursos de formação
inicial.

Art. 27 Os cursos deverão ser desenvolvidos com um máximo de 40 (quarenta)


horas-aulas semanais de 50 (cinqüenta) minutos cada uma, com intervalos de 20
(vinte) minutos a cada duas aulas, respeitando-se um intervalo maior entre a última
aula do período matutino e a primeira aula do período vespertino, ficando sua
distribuição a critério da Unidade de Ensino.
Parágrafo único. O disposto no artigo anterior poderá ser modificado pela
Unidade pomotora do curso, desde que após fundamentadas as razões para adoção
de outra programação semanal, seja aprovada pela Diretoria de Ensino e Instrução.
Art. 28 Deverá ser garantido no mínimo 1 (um) meio expediente semanal para
os alunos tratarem de assuntos pessoais e realizarem estudos e pesquisas extra-
escolares, devendo a Unidade de Ensino considerar esse objetivo no seu
planejamento, desde que não comprometa a previsão de término de curso.

Art. 29 Os cursos e estágios só poderão ser encerrados após o cumprimento de


sua carga horária, devendo o Comandante da Unidade promotora da atividade justificar
a necessidade de sua prorrogação para estudos pela Diretoria de Ensino e Instrução e
posterior aprovação do Comandante Geral da PMES.

Capítulo II
DOS MÉTODOS E PROCESSOS DE ENSINO

Art. 30 O ensino deve ser objetivo, contínuo, gradual e sucessivo, no âmbito de


cada disciplina, devendo ser conduzido de modo que:
I – a fundamentação teórica forneça as bases para a aplicação das práticas
respectivas;
II – correlacione os conhecimentos teóricos/práticos construídos nos cursos com
o desempenho das funções policiais militares;
III – a prática se traduza em aplicação de real utilidade diante dos objetivos
propostos.

Art. 31 Na execução do planejamento deverão ser utilizados, de acordo com as


disciplinas ou assuntos, procedimentos didáticos variados, segundo orientação
pedagógica da Seção Técnica de Ensino.

Art. 32 Os cursos poderão ser complementados com visitas técnicas e viagens


de estudo a organizações congêneres ou a qualquer instituição pública ou privada,
como atividade escolar, visando proporcionar aos alunos contato com aspectos mais
importantes de determinadas áreas, conhecendo in loco problemas regionais,
estabelecendo relações mais próximas com organizações e empresas da região e
obtendo subsídios para os trabalhos escolares.
§ 1º Visitas de estudo poderão originar a realização de um seminário, planejado
pela Seção Técnica de Ensino, enfocando temas a elas relacionados.
§ 2º Visitas profissionais e de intercâmbio sócio-esportivo-cultural serão
realizadas visando conhecer novas realidades sócio-culturais, ampliando os horizontes
profissionais dos alunos e desinibindo-os, pelo contato direto com pessoas em diversas
situações práticas.
§ 3º O planejamento de visitas de estudos e intercâmbio com outros estados da
federação e com outros países deve ter como objetivo a ampliação de conhecimentos
na área profissional, pela observação da realidade brasileira, bem como de outras
nações, e das situações em que se acham as outras Corporações, devendo ser feitas
por turmas ou grupos de uma mesma turma.
§ 4º Os programas de viagens deverão conter subsídios e informações que
permitam uma tomada de decisão pelo Comandante da Unidade de Ensino, devendo
constar, dentre outras, os estados ou países a serem visitados, os objetivos da viagem,
órgãos com os quais deverão ser mantidos contatos, entendimentos preliminares já
mantidos, composição da delegação, transporte a ser utilizado e estimativa de custos.
§ 5º A Unidade de Ensino responsável pelo curso que promover visitas
encaminhará relatório da viagem, anexando material pesquisado, que deverá ser
remetido à DEI no prazo máximo de 15 (quinze) dias úteis após o retorno do grupo.
Art. 33 As atividades extraclasse previstas no desenvolvimento dos respectivos
cursos devem ser precedidas de planejamento adequado, elaborado pelo professor
que a promover, com auxílio da Seção Técnica de Ensino, com objetivos bem traçados
e voltados para a atividade constitucional da Corporação.
§ 1º Todos os alunos deverão participar de atividades extraclasse, devidamente
acompanhados pelos professores e monitores da disciplina, e se necessário, também
pelo Chefe de Curso.
§ 2º O planejamento da atividade extraclasse deverá sempre ser feito com
antecedência mínima de 8 (oito) dias úteis antes de início do evento, dando-se ciência
à Diretoria de Ensino e Instrução para homologação e constará no Quadro de Trabalho
Semanal (QTS).

Art. 34 A atividade de ensino de cunho prático visa dar ao aluno condições de


aplicar os conhecimentos adquiridos.

Art. 35 Toda atividade de capacitação, como exercícios de maneabilidade,


jornada policial, acampamento, operações de policiamento ostensivo e outras, deverá
ser precedida de planejamento sob a responsabilidade do chefe da Seção Técnica de
Ensino, com a participação dos chefes de curso, professores e monitores, quando for o
caso.

Art. 36 O Comandante do CFA é o responsável pela coordenação e supervisão


geral das atividades de execução do ensino.

Capítulo III
DA SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Art. 37 O serviço de supervisão e o de orientação pedagógica têm por finalidade


assessorar os professores com relação ao uso dos métodos e técnicas de ensino-
aprendizagem, processos de avaliação, operacionalização da estrutura curricular,
desenvolvimento de pesquisas educacionais e conseqüente acompanhamento do
processo de ensino-aprendizagem, favorecendo o trabalho contínuo de ajuda aos
docentes, visando a melhoria do desempenho didático.
§ 1º A supervisão pedagógica será exercida pela Seção Técnica de Ensino.
§ 2º A orientação educacional ou psicopedagógica das atividades discentes será
exercida pela Seção de Orientação Psicológica e Educacional (SOPE) do CFA, visando
facilitar a integração à vida escolar.
§ 3º A STE deverá organizar reuniões pedagógicas para cada turma, de acordo
com a duração do curso.
§ 4º Para a exeqüibilidade do disposto nos parágrafos 1º e 3º deste artigo, é
imprescindível a atuação de um pedagogo para auxiliar a STE em assuntos de caráter
didático-pedagógicos e com relação ao previsto no § 2º é necessário a atuação de um
profissional da área da educação, com especialização em Orientação Educacional ou
um profissional da área de psicologia com especialização na área de psicopedagogia.

Capítulo IV
DA AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM

Seção I
Da Avaliação
Art. 38 A avaliação do rendimento do ensino, considerada em termos
qualitativos e quantitativos, verifica o desempenho do aluno, dos professores e da
escola e tem por objetivo propiciar:
I – o diagnóstico para identificação das potencialidades e dificuldades docentes
e discentes e da instituição, para a formulação dos planos de ensino em seus diversos
níveis;
II – dados para o acompanhamento formativo do processo ensino-
aprendizagem;
III – informações para análise do processo de ensino-aprendizagem, da
adequação do planejamento e das condições institucionais.

Art. 39 Os resultados do processo de avaliação deverão ser comunicados aos


professores para aprimoramento dos procedimentos utilizados.

Art. 40 A avaliação classifica-se quanto à forma e à ocorrência.


§ 1º Quanto à forma, poderão ser adotados os seguintes tipos de instrumentos
de medida de aprendizagem:
I – Prova Escrita (PE);
II – Prova Oral (POr);
III – Prova Prática (PPr);
IV – Trabalho Escolar (TE).
§ 2º Quanto à ocorrência, serão empregados os seguintes processos:
I – Verificação Imediata (VI);
II – Verificação Corrente (VC);
III – Verificação Final (VF).

Art. 41 Os instrumentos de avaliação deverão ser entregues à STE no mínimo


10 (dez) dias antes do encerramento do conteúdo a ser avaliado, para fins de análise e
aprovação.

Seção II
Das Verificações

Art. 42 A Verificação Imediata (VI) visa avaliar a aprendizagem por meio de


perguntas orais ou escritas, dirigidas aos alunos durante as aulas, procurando motivá-
los para o estudo, propiciando ao professor diagnosticar os pontos em que os assuntos
ministrados não foram compreendidos e sobre os quais deverá insistir nas aulas
subseqüentes.
Parágrafo único. As Verificações Imediatas são de exclusiva responsabilidade
do professor, podendo ser aplicadas em forma de argüições, e o resultado não será
computado para o cálculo de nota do aluno.

Art. 43 A Verificação Corrente (VC) permite avaliar o progresso obtido pelo


aluno, em parte e/ou ao final do programa da disciplina ou atividade.
§ 1º A Verificação Corrente (VC) será aplicada com autorização da Seção
Técnica de Ensino, devendo ser comunicada aos alunos com 72 (setenta e duas) horas
de antecedência.
§ 2º Para as disciplinas com carga horária total, igual ou inferior a 30 (trinta)
horas–aula, será aplicada 1 (uma) VC apenas.
§ 3º Para as disciplinas com carga horária total variando entre 31 (trinta e uma) e
60 (sessenta) horas-aula, poderão ser aplicadas 1 (uma) ou 2 (duas) VC, após análise
da STE.
§ 4º Para as disciplinas com carga horária total superior a 60 (sessenta) horas–
aula, poderão ser aplicadas 2 (duas) ou 3 (três) VC, após análise da STE.
§ 5º A nota final de cada disciplina será o resultado da média aritmética simples
das respectivas VC realizadas, à exceção do previsto no § 5º do Art. 48 e da disciplina
Conduta Profissional, prevista nos art. 68 e 69

Art. 44 As Verificações Finais (VF) devem ser aplicadas logo após o término da
disciplina ou em período previsto no calendário letivo, não podendo ser após a
conclusão do curso, devendo o aluno ser informando sobre a respectiva data com o
mínimo de 72 (setenta e duas) horas de antecedência.

Parágrafo único. Sendo avaliado necessário pela Seção Tecnica de Ensino, será
destinado um espaço para que o professor possa fazer uma revisão de conteúdo antes
da aplicação da Verificação Final.

Seção III
Do pedido de revisão de provas e recontagem de pontos

Art. 45 O aluno, quando se julgar prejudicado nas notas obtidas, poderá solicitar
revisão de provas, observando-se os procedimentos constantes nos parágrafos deste
artigo.
§ 1º De início, o pedido será feito verbalmente, no momento em que as provas
corrigidas forem mostradas em sala de aula, para assinatura do “ciente”.
§ 2º No grau de recurso seguinte, dentro de 2 (dois) dias úteis a partir da data do
ciente, o pedido será feito por escrito ao Chefe da Seção Técnica de Ensino, que o
encaminhará ao professor da disciplina para apreciação e retorno no prazo de 2 (dois)
dias úteis.
§ 3º No pedido escrito de revisão, o aluno deverá apresentar as razões
fundamentadas, apontando a parte da prova onde aparecem as dúvidas e os motivos
que o levaram a tê-las.
§ 4º No caso de parecer desfavorável do professor, o Comandante da Unidade
de Ensino, em 2 (dois) dias úteis, dará ciência ao aluno, que não concordando e
apresentando nova argumentação, poderá refazer seu pedido de revisão no prazo de 2
(dois) dias úteis.
§ 5º Recebido o novo pedido de revisão, o Comandante da Unidade deferirá o
pedido nomeando uma Comissão composta de no mínimo 2 (dois) membros, com
conhecimento específico na disciplina, para realizar a revisão da prova no prazo
máximo de 3 (três) dias úteis, ou indeferirá por inconsistência dos novos argumentos
apresentados. As decisões serão publicadas em boletim interno.

Art. 46 Merecerá uma análise da Seção Técnica de Ensino, o resultado que,


após a aplicação de um instrumento de avaliação, apresentar, por turma, mais de 50%
(cinquenta por cento) de notas abaixo de 5,0 (cinco inteiros) ou 90% (noventa por
cento) acima de 9,5 (nove inteiros e cinco décimos).
§ 1º Cabe à Seção Técnica de Ensino detectar tal resultado e solicitar ao
Comandante da Unidade de Ensino a convocação do Conselho Setorial de Ensino para
análise.
§ 2º A análise prevista neste artigo visa verificar as causas da anormalidade do
resultado e sugerir correções por meio das medidas pedagógicas cabíveis.

Art. 47 A recontagem de pontos da média final que der origem à classificação


geral do curso poderá ser requerida pelo aluno, dirigida ao Chefe da Seção Técnica de
Ensino, por meio do Comandante do Corpo de Alunos.
Parágrafo único. O aluno deverá fundamentar sua solicitação de recontagem de
pontos da média final, referida no caput deste artigo, no prazo de 2 (dois) dias úteis a
contar da data da publicação da classificação final ou do seu conhecimento oficializado
pela Seção Técnica de Ensino.

Capítulo V
DOS CRITÉRIOS PARA APROVAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
NOS CURSOS E ESTÁGIOS

Art. 48 A média das disciplinas dos cursos nas modalidades de ensino previstas
nestas NPCE será calculada conforme os critérios previstos neste artigo.
§ 1º Os notas atribuídas às provas e trabalhos variarão de 0 (zero) a 10 (dez).
§ 2º O aluno que obtiver média inferior a 7,0 (sete) nas VC será submetido à
Verificação Final na respectiva disciplina.
§ 3º A média das Verificações Correntes em cada disciplina ou atividade será
calculada conforme prescreve o § 5º do art. 43 destas NPCE.
§ 4º Para ser aprovado na Verificação Final, o aluno deverá alcançar, depois de
somado o resultado da VF à média da VC e dividido o resultado por 2 (dois), nota igual
ou superior a 5,0 (cinco) por disciplina.
§ 5º A nota final da disciplina, caso o aluno seja aprovado em VF, será sempre
no máximo 7,0 (sete) para fins de registro e cômputo, cancelando-se as notas obtidas
nas VC da disciplina, que não mais serão levadas em consideração para fins de
classificação no curso.
§ 6º A Monografia de conclusão de curso será feita individualmente ou em grupo
de até 3 (três) alunos e apresentada à banca examinadora constituída por 3 (três)
membros com estudos ou experiência na área, sendo 7,0 (sete) a nota mínima para
aprovação.
§ 7º A nota da Monografia, do Trabalho de Conclusão de Curso e da disciplina
Conduta Profissional terão, cada uma, peso 3 (três) para fins de cálculo de nota final do
período letivo correspondente.
§ 8º A avaliação da disciplina Estágio Profissional Supervisionado será realizada
conforme o descrito no § 4º do art. 59.

Art. 49 A nota final de cada ano do CFO e a nota final do CFSd será igual à
média ponderada das notas de todas as disciplinas do ano respectivo, aí incluída a
monografia, no caso do último ano do CFO, atribuindo-se peso 3 (três) à disciplina
“Conduta Profissional”, peso 3 (três) à Monografia e peso 1 (um) a cada uma das
demais disciplinas.

Art. 50 A nota final do CFO será a média aritmética simples das médias anuais
do curso.

Art. 51 A nota final dos cursos de habilitação se dará pela média aritmética
simples das disciplinas do curso.

Art. 52 Os estágios não possuem caráter classificatório porém, as médias


obtidas em cada disciplina serão transformadas em conceito, sendo necessário que o
aluno obtenha no mínimo conceito regular para aprovação, conforme a seguinte regra:
I – de 9,00 a 10,00 .................................... Excelente
II – de 8,00 a 8,99 ..................................... Ótimo
III – de 7,00 a 7,99 ..................................... Bom
IV– de 5,00 a 6,99 ..................................... Regular
V – abaixo de 5,00 ..................................... Insuficiente
Art. 53 Os cursos da modalidade de Formação Continuada, compreendendo
apenas os de Atualização Profissional, poderão ter outros critérios para avaliação e
classificação, desde que especificados na proposta para a aprovação do curso pela
Diretoria de Ensino e Instrução.

Capítulo VI
DA FREQÜÊNCIA

Art. 54 A freqüência mínima exigida para aprovação é de 75% (setenta e cinco


por cento) da carga horária de cada disciplina.
§ 1º É considerado trabalho escolar toda atividade de ensino programada pela
Unidade de Ensino, sendo obrigatória a participação do corpo discente.
§ 2º Será considerado faltoso à aula, sessão, visita ou qualquer outro trabalho, o
aluno que chegar após 10 (dez) minutos do seu início, sem motivo justificável.
§ 3º Nas disciplinas de cunho eminentemente prático, o aluno que não participar
efetivamente de 75% da carga horária da disciplina, estando com dispensa médica
decorrente de ato de serviço, de instrução ou gravidez, deverá cumprir a disciplina,
após o período do curso, através de Plano de Acompanhamento de Estudos elaborado
pela STE/CFA e aprovado pela DEI.
§ 4º O aluno que não cumprir o previsto no caput deste artigo, será reprovado
por infreqüência, salvo nos casos de luto, apresentação em juízo, doação de sangue,
dispensas médicas decorrentes de ato de serviço, de instrução ou gravidez e a serviço
da Unidade de Ensino.
§ 5º As faltas deverão ser analisadas pelo Comandante do Corpo de Alunos,
para verificar, inclusive, se houve prática de transgressão disciplinar por parte do aluno.
§ 6º Compete à Seção Técnica de Ensino acompanhar a freqüência dos alunos
informando a ocorrência dos casos previstos nos parágrafos 3º, 4º e 5º, ao
Comandante da Unidade de Ensino.

Art. 55 A aluna que, por motivo de gravidez, ficar impossibilitada de freqüentar


mais de 3 (três) disciplinas terá sua matrícula trancada, sendo-lhe assegurada, após
parecer da Junta Militar de Saúde da PMES da possibilidade de retorno às atividades
regulares, a realização das disciplinas pendentes, na turma subseqüente ou em regime
especial de dependência caso não haja iminência de outro curso, e a data de
conclusão do curso será considerada conforme o disposto no art. 73.

Art. 56 A possibilidade ou impossibilidade de freqüência às aulas, no caso do


disposto no artigo anterior, deverá ser atestada pela Junta Militar de Saúde da PMES.

Art. 57 O aluno que faltar a qualquer prova, teste ou exame pelos motivos
descritos no § 4º do art. 54 ou decorrente de situação de saúde, comprovada por
dispensa médica, poderá realizá-lo em segunda chamada.
§ 1º O pedido de segunda chamada deverá ser feito pelo interessado ao
Comandante do Corpo de Alunos, no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis depois de
cessado o motivo que o impedia de comparecer às atividades escolares.
§ 2º O pedido de segunda chamada, devidamente informado, será encaminhado
ao Chefe da Seção Técnica de Ensino que, após análise, decidirá pela procedência ou
não do pedido, no mesmo prazo.
§ 3º Da decisão do Chefe da Seção Técnica de Ensino caberá recurso, no prazo
de 2 (dois) dias úteis, ao Comandante da Unidade.

Art. 58 Ao aluno que faltar a qualquer prova, teste ou exame, sem amparo das
condições previstas no caput do art. 57, será computada a nota 0 (zero), assim como
no caso de descumprimento do § 1º do art. 57.
Capítulo VII
DO ESTÁGIO PROFISSIONAL SUPERVISIONADO E
DO EMPENHO OPERACIONAL

Art. 59 O Estágio Profissional Supervisionado e o empenho operacional


consistem em atividades escolares realizadas externamente, podendo ocorrer em
outras OME, órgãos públicos, organizações para-estatais ou mesmo entidades
privadas, com o objetivo de proporcionar a ampliação e aprofundamento de
conhecimentos e o exercício prático de determinadas funções, diretamente
relacionadas com as finalidades do curso.
§ 1º O Estágio Profissional Supervisionado deve ser planejado pela Seção
Técnica de Ensino, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, para estudo,
orientação e posterior homologação pelo Comandante do CFA, devendo a Diretoria de
Ensino e Instrução receber a respectiva programação no mesmo prazo.
§ 2º Os Estágios Profissionais Supervisionados devem ser realizados
obrigatoriamente após o cumprimento de no mínimo 50% (cinqüenta por cento) da
carga horária das áreas de Funções, Técnicas e Procedimentos em Segurança Pública
e Cultura e Conhecimento Jurídico, exceto para o CFO, que deve realizá-los após a
conclusão das matérias básicas em cada ano letivo.
§ 3º Devem ser adotadas providências práticas para garantir o caráter
pedagógico dos estágios e dos empenhos operacionais nas OME da capital e do
interior, para os cursos de formação, habilitação e aperfeiçoamento, devendo sua
execução ser acompanhada pelos Chefes de Curso, Professores e/ou Monitores,
sendo ao final, objeto de um relatório circunstanciado.
§ 4º Por ser disciplina curricular, o cumprimento, pelos alunos, da carga horária
destinada ao Estágio Profissional Supervisionado é de caráter obrigatório e a avaliação
se dará pela atribuição de conceito “apto” ou “inapto”.
§ 5°. Em caso de atribuição de conceito inapto, o Comandante do Corpo de
Alunos elaborará um parecer circunstanciado dos aspectos observados que levaram à
inaptidão do aluno, encaminhando ao Comandante do CFA para as providências
elencadas no art. 64 e 67.
§ 6°. O aluno que obtiver o conceito “inapto” na disciplina Estágio Profissional
Supervisionado não fará jus ao regime de dependência, uma vez que os cursos da
PMES são específicos da educação profissional que conduzem a uma qualificação
para o exercício de uma profissão, estando ele relacionado com a prática do trabalho
policial, traduz o saber-fazer da profissão e exige a demonstração das atitudes e
habilidades necessárias para o desempenho eficaz e eficiente da laboralidade do
policial militar.

Art. 60 Como forma de atividade complementar e visando apoiar as Unidades


da Corporação, bem como proporcionar aos alunos uma visão de diversas ações
levadas a efeito pela Polícia Militar, empenhos operacionais podem ser adotados como
ações dos cursos, considerados como atividades extracurriculares, desde que
obedecidas as condições dispostas no § 2º do art. 59.

Art. 61 Os alunos dos cursos de formação inicial, exceto o CFO, não utilizararão
armamento durante o estágio profissional supervisionado ou em empenho operacional.
§ 1º Os alunos dos Curso de Formação de Soldados somente utilizarão
armamento nas atividades internas da Unidade de Ensino, após a conclusão das
disciplinas de Armamento e Equipamento e Tiro Policial.
§ 2º Os alunos dos Curso de Formação de Oficiais somente utilizarão
armamento após o encerramento do primeiro ano, desde que conste no currículo do
CFO/1 as disciplinas Armamento e Equipamento e Tiro Policial.
Art. 62 A realização do estágio operacional supervisionado, bem como o
emprego de aluno em empenho operacional, somente poderá ocorrer com autorização
do Diretor de Ensino e Instrução.

Capítulo VIII
DA APROVAÇÃO, DA REPROVAÇÃO, DO USO DE MEIOS
FRAUDULENTOS E DO DESLIGAMENTO

Art. 63 Concluirá o curso o aluno que tenha obtido freqüência de acordo com o
prescrito no caput do art. 54, rendimento da aprendizagem conforme os art. 48 a 53
destas NPCE e que não esteja respondendo a nenhum procedimento administrativo
conforme descrito no art. 90 ou a Conselho Setorial de Ensino.

Art. 64 Será reprovado o aluno que:


I – não obtiver freqüência mínima regulamentar durante o curso;
II – não alcançar a nota 5,0 (cinco) na Verificação Final (VF) a que for submetido
ou obtiver Conceito Insuficiente nos cursos e estágios onde este critério for aplicado;
III – não alcançar a nota 7,0 (sete) na disciplina Monografia ou Trabalho de
Conclusão de Curso;
IV – incidir em Verificação Final (VF) em mais de 30% (trinta por cento) do total
das disciplinas do CFSd ou ano do curso no caso do CFO, independente do resultado
obtido nas VF porventura realizadas;
V – incidir em Verificação Final (VF) em mais de 40% (quarenta por cento) do
total das disciplinas dos cursos de aperfeiçoamento e habilitação, independente do
resultado obtido nas VF porventura realizadas;
VI – faltar à Verificação Final (VF) à qual tenha sido convocado, exceto em
decorrência de situação comprovada por dispensa médica, luto, apresentação em juízo
e a serviço da Unidade de Ensino;
VII – faltar à Verificação Final e incidir no previsto no art. 59 destas NPCE;
VIII – não alcançar a nota 5,0 (cinco) na dependência;
IX – não obtiver conceito “apto” no Estágio Profissional Supervisionado;
X – incidir em nota inferior a 5,0 (cinco), na disciplina Conduta Profissional.

Art. 65 O aluno que não conseguir condições para aprovação nos cursos de
formação inicial, habilitação ou aperfeiçoamento, por dispensa médica decorrente de
ato de serviço, terá sua matrícula trancada, permanecendo na condição militar anterior,
sendo-lhe garantido a realização das disciplinas pendentes, na turma subseqüente ou
em regime especial de dependência caso não haja iminência de outro curso, com a
garantia da classificação em sua turma de origem.

Art. 66 O uso de meios fraudulentos ou de má-fé durante a realização de


qualquer avaliação sujeita o aluno infrator a ser submetido ao Conselho Setorial de
Ensino.
§ 1º Equipara-se ao uso de meios fraudulentos ou de má-fé todo ato que tenha
por fim alterar o resultado da avaliação.
§ 2º O uso fraudulento ou de má-fé caracteriza-se pela utilização, posse ou
detenção de objeto ou artifício não permitido que tenha por fim a obtenção de indevida
vantagem no ato de avaliação.
§ 3º Confirmada a prática da irregularidade e a responsabilidade do aluno, o
Conselho Setorial de Ensino poderá propor ao Comandante da Unidade, as seguintes
medidas, alternativa ou cumulativamente:
I – aplicação da nota zero, sem prejuízo das demais sanções disciplinares;
II – submissão do aluno ao Processo Administrativo Disciplinar de Rito Sumário,
Processo Administrativo de Rito Ordinário ou Conselho de Disciplina, de acordo com a
legislação vigente.

Art. 67 Constitui-se motivo de desligamento obrigatório de aluno de qualquer


curso a verificação de uma das ocorrências enumeradas a seguir:
I – ter solicitado desligamento do curso;
II – ter sido constatada a incapacidade definitiva para o serviço da PMES,
conforme parecer da Junta Militar de Saúde da PMES;
III – for enquadrado nos casos de exclusões ou licenciamento previstos na
legislação em vigor;
IV – ter-se envolvido antes de seu ingresso no curso ou durante o período de
formação, em fato que o comprometa moral ou profissionalmente, comprovado
mediante conclusão de processo administrativo disciplinar;
V – ter sido reprovado de acordo com as prescrições destas NPCE;
VI – ter sido constatada a falta de preenchimento de requisitos para a inscrição
no processo seletivo ou para a matrícula no curso;
VII – por decisão final do Comandante Geral, em razão de conclusão de
Processo Disciplinar de Rito Ordinário ou de Conselho de Disciplina;
VIII – em razão de aplicação da sanção acessória de cancelamento de matrícula
em curso ou estágio, ao final de regular processo administrativo, quando não se tratar
de aluno de curso de formação inicial.

Parágrafo único. Compete ao Comandante da Unidade de Ensino informar ao


Diretor de Ensino e Instrução a ocorrência de qualquer das hipóteses deste artigo,
cabendo a este efetivar o desligamento do aluno e comunicar sua decisão à Diretoria
de Pessoal.

Capítulo IX
DA DISCIPLINA CONDUTA PROFISSIONAL

Art. 68 Após um período de adaptação de 45 (quarenta e cinco) dias de


funcionamento, serão registradas, em fichas individuais dos alunos dos cursos de
formação inicial, as comunicações de comportamentos ou hábitos profissionais e
sociais que evidenciem a adequação ou a inadequação à condição de profissional
responsável pela segurança do cidadão, dentro de princípios que orientem o exercício
da atividade policial. Desses registros, será extraída uma nota correspondente à
disciplina Conduta Profissional, constante da estrutura curricular dos cursos, que será
registrada ao final do curso ou período letivo no boletim de notas do aluno.

Art. 69 Para o cálculo da nota da disciplina Conduta Profissional será utilizado o


seguinte critério:
I - Todo aluno de Curso de Formação Inicial começará o período letivo com a
nota 10 (dez), sendo retirados ou acrescidos os pontos referentes aos comportamentos
escolares e disciplinares registrados, conforme sua equivalência na tabela constante do
Anexo “A” destas NPCE.
II - As notas da disciplina Conduta Profissional serão calculadas pelo
Comandante do Corpo de Alunos e encaminhadas à STE ao final do período letivo para
o devido registro no boletim de notas de cada aluno.
III - Ao final do período letivo será considerado aprovado na disciplina Conduta
Profissional, o aluno que obtiver a média final igual ou superior a 5,0 (cinco).
IV - O aluno que durante o curso de formação inicial incidir em nota inferior a
5,0 (cinco) na disciplina Conduta Profissional será reprovado no curso, não fazendo jus
ao regime de dependência tendo em vista que a referida disciplina compõe o conjunto
dos ideários e competências profissionais exigidos nos cursos de formação inicial que,
aliados ao paradigma axiológico que constitui o ethos policial, formam o saber-ser do
profissional de segurança pública.
V - Os alunos poderão recorrer ao Comandante do Corpo de Alunos, em
primeira instância e ao Comandante do CFA, em segunda instância, a respeito do
cabimento de registros ou da pontuação atribuída à disciplina Conduta Profissional, no
prazo de 2 (dois) dias úteis após ciência da divulgação do registro de comunicações ou
do resultado final da respectiva disciplina.

Capítulo X
DA DEPENDÊNCIA

Art. 70 Dependência é a estratégia de intervenção deliberada no processo


educativo, com o objetivo de suprir deficiências apresentadas por alunos que sejam
reprovados por infreqüência ou por falta de rendimento escolar, e que consiste na
permissão de que esses alunos freqüentem o período seguinte de um curso, em caso
de aluno do CFO, enquanto têm uma nova oportunidade de obter aproveitamento não
obtido no período original ou que realizem em período posterior ao encerramento do
curso, sendo aplicável a alunos dos cursos de formação inicial, habilitação e
aperfeiçoamento.

Art. 71 Somente fará jus ao regime de dependência o aluno que ficar reprovado
em até 3 (três) disciplinas.

Art. 72 O aluno do primeiro ou segundo ano do CFO, em regime de


dependência, freqüentará a disciplina na qual ficou reprovado simultaneamente com o
ano imediatamente seguinte, no qual será regularmente matriculado em último lugar na
classificação de sua turma.

Art. 73 A data da conclusão de curso de alunos aprovados no regime de


dependência ficará condicionada a conclusão da disciplina, que será ofertada pela STE
para que o aluno possa freqüentá-la. Neste caso, não haverá retroatividade de data de
conclusão de curso, ou seja, o aluno perderá a antiguidade em relação aos demais
integrantes da turma, sendo classificado, se aprovado em regime de dependência, a
partir do último colocado de sua turma de origem.

Art. 74 O aluno reprovado, cuja situação se enquadre no art. 70, deve,


obrigatoriamente, requerer matrícula para o período letivo seguinte àquele no qual ficou
reprovado, sob o regime de dependência de estudos, no prazo máximo de 5 (cinco)
dias úteis a partir da data em que for cientificado pela STE de sua reprovação.

Art. 75 A execução dos estudos de dependência prevista no art. 70 deverá ser


cumprida numa das seguintes modalidades:
I - Estudos Autônomos (EA) e cumprimento de todas as etapas avaliativas
estabelecidas na avaliação do rendimento escolar para a disciplina, sob supervisão da
STE, de acordo com atividades programadas pelo professor e desenvolvidas pelo
aluno, durante o período letivo em que a disciplina é oferecida.
II - Cumprimento da Carga Horária através de atividades especiais programadas
pelo professor, através de um Plano de Acompanhamento de Estudos (PAE),
elaborado pelo professor, aprovado e supervisionado pela STE e desenvolvidas pelo
aluno, com rendimento satisfatório.
III - Cumprimento Integral (CI), obedecendo-se os critérios de rendimento
escolar e freqüência mínimos estabelecidos para a disciplina. No caso do CFO, será
cumprida em horário diverso daquele das disciplinas do ano em que se encontra
matriculado.
§ 1º Os Estudos Autônomos são recomendáveis, por sua metodologia, para a
maioria dos casos de dependência. O aluno matriculado nessa modalidade terá suas
atividades acompanhadas pelo professor da disciplina, que o atenderá individualmente
ou em grupo, no mínimo uma vez a cada quinze dias.
§ 2º O Plano de Acompanhamento de Estudos é a modalidade de dependência
recomendável quando não há previsão da oferta da disciplina na qual o aluno ficou de
dependência. Depois de elaborado, deverá ser datado e assinado pelo(s) docente(s)
responsável(eis) e pelo(s) aluno(s), ficando arquivado junto à STE.
§ 3º O Cumprimento Integral é recomendável ao aluno que ficou de dependência
em matérias de cunho eminentemente prático. Neste caso, caberá à STE planejar
juntamente com o professor da disciplina, de maneira que o aluno possa cumprir o
estabelecido, bem como adequar procedimentos no tocante aos horários das aulas.

Art. 76 Competirá à STE propor, e ao Diretor de Ensino e Instrução aprovar, a


modalidade de dependência adequada às necessidades do aluno e às peculiaridades
de cada disciplina e curso e à situação de reprovação de cada aluno.

Art. 77 O requerimento para os estudos de dependência se dará pela matrícula


do aluno na(s) disciplina(s) em que ficou reprovado, devendo constar no Histórico
Escolar a expressão “Em Regime de Dependência”, enquanto o aluno cumprir as
atividades.

Art. 78 Ao aluno aprovado no regime de dependência será atribuída sempre a


nota 5,0 (cinco) na (s) respectiva (s) disciplina, para efeito do cálculo da nota final do
período letivo cumprido em regime de dependência.

Art. 79 O aluno que obtiver nota inferior a 5,0 (cinco) será reprovado e
conseqüentemente desligado do curso.

Capítulo XI
DA MONOGRAFIA E DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Art. 80 A Monografia e o Trabalho de Conclusão de Curso visam ao


desenvolvimento de uma produção acadêmica de caráter técnico-profissional, o qual
deverá ter contribuição relevante para a pesquisa científica e para a segurança pública.

Art. 81 Os alunos deverão elaborar a Monografia e o Trabalho de Conclusão de


Curso, individualmente ou em grupo de no máximo 3 (três) componentes, sob a
orientação metodológica do professor da disciplina Metodologia Científica e de um
professor ou especialista, à livre escolha dos discentes, que será o orientador de
conteúdo.
Parágrafo único – É obrigatória a existência do orientador de conteúdo, sendo
de responsabilidade dos alunos a sua indicação.

Art. 82 A estrutura da Monografia e do Trabalho de Conclusão de Curso será


delineada pelo professor da disciplina, que atuará como orientador metodológico,
observado o seguinte:
I - Ser elaborada na forma de trabalho científico, sob a égide das normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT;
II - Conter pesquisa bibliográfica compatível com os trabalhos apresentados;
III - Evidenciar também a posição pessoal do autor;
IV - A temática terá o foco na Segurança Pública.

Art. 83 A Monografia compreende duas etapas distintas:


I – A elaboração escrita com orientação de conteúdo e metodológica. A este
trabalho será atribuída nota de 0 (zero) a 6,0 (seis) pontos para o grupo, como forma
de avaliação escrita;
II – A apresentação e defesa pública da monografia pelos alunos para a banca
examinadora. A esta parte será atribuída nota de 0 (zero) a 4,0 (quatro) pontos,
individualmente, como forma de avaliação oral.
Parágrafo único. São destinados 50 (cinqüenta) minutos para apresentação oral
do trabalho monográfico, com a participação de todos os membros do grupo, e 20
(vinte) minutos para perguntas por parte da banca examinadora.

Art. 84 A nota da Monografia será o somatório da nota atribuída à avaliação


escrita e a nota atribuída a avaliação oral, cujo resultado será multiplicado por 3 (três),
conforme preceituam os parágrafos 6º e 7º do art. 48.

Art. 85 A banca examinadora será composta por quatro membros, a saber: o


professor titular da disciplina (orientador metodológico), pelo orientador de conteúdo (a
ser escolhido pelos alunos) e por 2 (dois) oficiais indicados pelo Comandante do CFA e
homologados pelo Diretor de Ensino e Instrução.
Parágrafo único. A banca examinadora avaliará e valorará os trabalhos escritos
e as apresentações orais, devendo a nota atribuída à Monografia ser divulgada de
imediato, conforme critérios estabelecidos na “Ficha Para Avaliação dos Trabalhos
Monográficos” conforme Anexo “B” destas NPCE.

Art. 86 O trabalho de conclusão de curso compreende apenas a etapa descrita


no inciso I do art. 82. A avaliação variará de 0 (zero) a 10 (dez), tendo sua nota peso 3
(três).

Capítulo XII
DO REGIME DISCIPLINAR

Art. 87 As OME deverão encaminhar as Fichas Individuais dos Militares dos


seus efetivos aprovados em processo seletivo da PMES, por ocasião da apresentação
destes, à Unidade de Ensino.

Art. 88 Os alunos dos diversos cursos serão regidos pela legislação em vigor,
pelo RDME, por estas NPCE, pelo Manual do Alunos e pelas normas internas da
Unidade de Ensino.

Art. 89 O aluno de qualquer curso, que na data de sua conclusão estiver


submetido a procedimento administrativo terá sua situação regulada pelo seguinte:
I – Em se tratando de processo administrativo disciplinar lato sensu (Conselho
de Disciplina ou Processo Administrativo Disciplinar de Rito Ordinário ou Sumário), a
conclusão do curso ficará condicionada à solução da apuração;
II – Na hipótese de estar submetido a Inquérito Policial, Inquérito Policial Militar
ou Sindicância, a conclusão do curso fica condicionada à solução de tais
procedimentos, sem prejuízo da providência do inciso anterior quando ocorrer também
a instauração de processo administrativo.

Art. 90 Será assegurado ao aluno que incorrer nos casos previstos no artigo
anterior a classificação na turma de origem, salvo se a conclusão final importar em
causa de desligamento do curso.
Parágrafo único – a sanção disciplinar decorrente de processo administrativo de
que trata este artigo e o anterior, em razão de conduta praticada antes da data de
encerramento do curso pelo aluno, será considerada para efeito de aplicação da
disciplina Conduta Profissional.

Art. 91 Toda orientação disciplinar deverá ter caráter educativo visando o


aprimoramento do aluno.

Art. 92 As punições disciplinares ocorridas durante o período de Cursos de


Formação serão consideradas para efeito de classificação e reclassificação de
Comportamento Policial Militar após a conclusão do Curso.

Título IV
DO CONSELHO SETORIAL DE ENSINO E DA
ADMINISTRAÇÃO DO ENSINO NO CFA

Capítulo I
DO CONSELHO SETORIAL DE ENSINO

Art. 93 O Conselho Setorial de Ensino (CSE), órgão técnico e consultivo, tem


por finalidade assessorar o Comandante da Unidade de Ensino em assuntos
pedagógicos.
§ 1º O Conselho Setorial de Ensino será composto por 3 (três) membros do
corpo docente da Unidade, indicados pelo Comandante da Unidade de Ensino, todos
votantes, e será presidido pelo membro mais antigo.
§ 2º O processo elaborado pelo Conselho Setorial de Ensino, após relatado,
será remetido ao Comandante da Unidade de Ensino para decisão.
§ 3º O parecer do Conselho Setorial de Ensino será elaborado em razão da
decisão da maioria de seus membros.
§ 4º Caso se verifique que o parecer do CSE possa vir a interferir em direito
líquido e certo do aluno no tocante a sua vida funcional, o presidente deverá oferecer a
ampla defesa e o contraditório, no prazo de 2 (dois) dias úteis.

Capítulo II
DA ADMINISTRAÇÃO DO ENSINO

Art. 94 A Unidade responsável pela realização do curso deverá desenvolver a


estrutura necessária para a consecução e o desenvolvimento dos objetivos e do
processo de ensino e aprendizagem, de acordo com as normas em vigor.

Art. 95 Cada turma dos cursos da Corporação terá um oficial à frente, designado
em Boletim Interno da Unidade, que acompanhará o processo ensino-aprendizagem,
bem como as questões disciplinares dos alunos, tendo como auxiliar um Subtenente ou
Sargento PM.
Capítulo III
DOS PROFESSORES E MONITORES

Art. 96 Os professores, militares e civis, serão os responsáveis imediatos pela


execução do ensino das várias disciplinas e demais atividades que compõem os
currículos dos diversos cursos, podendo ser apoiados por monitores ou professores
auxiliares na preparação e execução das aulas práticas e na aplicação de provas.

Art. 97 Os professores e monitores, militares e civis, que farão parte do corpo


docente de cada Unidade de Ensino serão selecionados pela Diretoria de Ensino e
Instrução, conforme os seguintes critérios: ter no mínimo graduação na área, possuir
especialização técnica e ter prática docente de, no mínimo, dois anos.
Parágrafo único. Outros critérios poderão ser estabelecidos pela Diretoria de
Ensino e Instrução até 30 (trinta) dias antes do início do curso.

Art. 98 Os professores civis serão credenciados na forma prevista em normas


específicas ou através de convênios com órgãos públicos ou privados, ficando sujeitos
às normas internas da Unidade de Ensino.

Art. 99 Os professores estarão sujeitos a avaliação de docente feita pelos


alunos e pelo corpo técnico da Unidade de Ensino.
Parágrafo único. A avaliação prevista neste artigo, bem como a assiduidade,
pontualidade, interesse e dedicação serão levados em consideração para permanência
no quadro de docentes da Unidade de Ensino da PMES.

Art. 100 Será autorizada, com a devida remuneração, a utilização de mais de


um professor ou monitor para as atividades práticas a serem desenvolvidas no
conteúdo das disciplinas, conforme conteúdo programático elaborado pelo titular da
disciplina e aprovado pela Diretoria de Ensino e Instrução.

Art. 101 A disciplina Desportos poderá comportar tantos professores quantas


forem as modalidades a serem treinadas, a critério da Unidade de Ensino, tendo para
cada modalidade o máximo de 40h/a.

Capítulo IV
DO SERVIÇO INTERNO

Art. 102 Os serviços internos compreendem atividades de apoio administrativo


ao funcionamento da Unidade de Ensino, bem como as atividades de segurança das
instalações da Organização Militar Estadual.

Art. 103 Os serviços internos não poderão comprometer o processo ensino-


aprendizagem, não podendo ultrapassar mais de 1 (um) no período noturno, durante a
semana.

Capítulo V
DO APOIO ADMINISTRATIVO

Art. 104 A Seção Técnica de Ensino do CFA será o órgão responsável pela
execução e controle do processo de ensino e aprendizagem.

Art. 105 Compete à Seção Técnica de Ensino:


I – cumprir os calendários letivos dos cursos antecipando-se aos eventos, que
de qualquer forma possam intervir na carga horária dos cursos;
II – efetuar controle dos programas das disciplinas e propor sua atualização;
III – organizar estatísticas educacionais;
IV – elaborar e divulgar a programação de aulas dos cursos em andamento;
V – organizar, subsidiariamente, um cadastro de professores, atualizado por
meio de processo de avaliação docente;
VI – organizar um banco de questões de provas;
VII – analisar instrumentos de avaliação;
VIII – arquivar, sistematicamente, os documentos de ensino;
IX – confeccionar relatórios e documentos de ensino;
X – promover visitas de estudos;
XI – realizar reuniões pedagógicas;
XII – executar as atividades previstas nestas NPCE e em demais normas da
PMES;
XIII – exercer o controle das aulas ministradas.

Capítulo VI
DO CALENDÁRIO E PERÍODO LETIVOS

Art. 106 O calendário letivo, elaborado pela Diretoria de Ensino e Instrução, é a


forma de apresentação de toda a programação de um curso, que possibilitará o
acompanhamento do cotidiano dos alunos dos diversos cursos e estágios na
Corporação.

Art. 107 Somente poderá ocorrer modificação no calendário letivo por ato do
Comandante Geral da PMES, após parecer técnico da Diretoria de Ensino e Instrução.

Art. 108 O calendário letivo deverá conter:


I – Início e término do período letivo;
II – Carga horária mensal;
III – Dias letivos e não letivos;
IV – Dias parcialmente letivos (meio expediente escolar);
V – Feriados e datas cívico-militares, compreendendo Dia da Pátria, Dia da
Bandeira, Colonização do Solo Espírito-santense, Aniversário da PMES e Aniversário
do CFA;
VI – Recesso e férias escolares;
VII – Período destinado ao Estágio Profissional Supervisionado;
VIII – Período destinado a ajustes de curso;
IX – Dias destinados a treinamentos para solenidades cívico-militares e
cerimônia de encerramento de curso;
X – Data de formatura.

Art. 109 Entende-se por período letivo o intervalo de tempo em que se realizam
as atividades escolares previstas no calendário letivo.
Parágrafo único. Caberá ao Comando do CFA, por meio da Seção Técnica de
Ensino, informar antecipadamente à Diretoria de Ensino e Instrução a necessidade de
ajustes no período letivo.

Art. 110 Entende-se por dia letivo aquele em que se realizam atividades
relativas ao processo de ensino–aprendizagem, dentro ou fora da Escola, com a
participação de professores e alunos.
Capítulo VII
DA SOLENIDADE DE ENCARRAMENTO DE CURSOS
E CERIMÔNIAS ESCOLARES

Art. 111 Serão realizadas formaturas gerais pelo menos uma vez por semana,
ocasião esta em que o Comandante da Unidade ou oficial designado se dirigirá ao
corpo discente.

Art. 112 Serão realizadas formaturas diárias nos períodos da manhã e da tarde,
para a fiscalização e controle dos discentes pelos chefes de curso.

Art. 113 A abertura dos cursos será realizada no dia da apresentação dos
alunos ao Comandante da Unidade, quando serão recepcionados e passarão a
conhecer as instalações do estabelecimento.

Art. 114 Após a recepção dos alunos será proferida a aula inaugural por um
convidado do Comandante da Unidade, ad referendum do Comandante Geral da
PMES, por intermédio da Diretoria de Ensino e Instrução.

Art. 115 A solenidade militar de encerramento dos cursos será regulada por
Nota de Ensino da própria Unidade de Ensino.
Parágrafo único. Concluídos os cursos, o Comandante da Unidade de Ensino
remeterá ao Diretor de Ensino e Instrução uma relação contendo o resultado final, com
classificação dos aprovados, para fins de homologação e publicação dos resultados e
outras providências cabíveis.

Capítulo VIII
DO UNIFORME DOS DISCENTES

Art. 116 Os uniformes dos alunos para as diversas situações de emprego serão
os previstos no RUIPMES, facultadas as adaptações previstas no parágrafo único
deste artigo.
Parágrafo único. Nas aulas teóricas e formaturas diárias, o uniforme de instrução
poderá ser substituído por camiseta padronizada com mangas, com a identificação do
curso e do aluno, para utilização restrita ao âmbito da Unidade.

Capítulo IX
DAS COMPETIÇÕES ESPORTIVAS

Art. 117 As competições esportivas internas deverão ser previstas no


planejamento da Unidade de Ensino, objetivando o desenvolvimento do espírito de
corpo e o aprimoramento da aptidão física, podendo ser incluídas modalidades de
atletismo, voleibol, futebol, natação, tiro, dentre outras, devendo estar inseridas dentro
da carga horária destinada a disciplina de Educação Física, Desportos e a Disposição
da OME.

Art. 118 O treinamento para as competições esportivas externas deverá ser


realizado na carga horária destinada a Desportos.

Art. 119 A participação nas competições esportivas deve ser estimulada pelos
professores e chefe de curso, levando-se em consideração as aptidões de cada aluno.
Capítulo X
DOS PERÍODOS DE FÉRIAS E RECESSOS ESCOLARES

Art. 120 Todos os alunos dos cursos com duração igual ou superior a 9 (nove)
meses terão direito a um período de recesso de, no mínimo, 5 (cinco) dias úteis no
decorrer do curso.
Parágrafo único. As datas de períodos de férias e recessos serão cumpridas
pela Unidade de Ensino, com base no calendário letivo elaborado pela Diretoria de
Ensino e Instrução.

Art. 121 Os alunos do Curso de Formação de Oficiais terão férias de 30 (trinta)


dias entre dezembro e janeiro, e um recesso de, no mínimo, 5 (cinco) dias úteis,
preferencialmente em julho, desde que o período letivo tenha iniciado até o último dia
de março.

Título V
DAS SUPERVISÕES TÉCNICAS

Art. 122 No decorrer do período letivo, a Diretoria de Ensino e Instrução deverá


realizar supervisões técnicas com o objetivo de transmitir orientações, normas gerais e
técnicas e visando verificar:
I – o funcionamento dos cursos previstos pelas NPCE, PGE e PSE;
II – a documentação dos cursos;
III – as condições das instalações escolares;
IV – a atuação dos professores e monitores;
V – as fontes de consultas disponíveis;
VI – a unidade de doutrina na execução dos cursos;
VII – a disciplina e a apresentação pessoal, o moral dos alunos e a ação do
Comando da Unidade de Ensino responsável pela execução dos cursos;
VIII – a adequação dos métodos pedagógicos.
Parágrafo único. Durante a supervisão técnica não deverá haver paralisação de
qualquer atividade de ensino.

Título VI
DA SELEÇÃO E DA MATRÍCULA

Art. 123 O processo de seleção para ingresso na PMES e para os cursos de


habilitação é de competência da Diretoria de Pessoal.

Art. 124 Compete à Diretoria de Ensino e Instrução efetivar as matrículas dos


candidatos aprovados em processo seletivo, observados os números de vagas
constantes nos editais, conforme resultado final oficializado pela Diretoria de Pessoal.
Parágrafo único. Os alunos do CFO serão matriculados no período seguinte, na
data da conclusão do ano letivo.

Art. 125 A inscrição dos candidatos nos processos seletivos internos para
cursos ou estágios não previstos no art. 123 será feita pela OPM contemplada na
distribuição de vagas, quando essa distribuição for definida, ou pelo próprio candidato,
mediante requerimento dirigido ao seu Comandante de Unidade ou Subunidade,
quando a distribuição de vagas for destinada a todas as OPM sem distinção.
§ 1º Preenchidos os requisitos, os Comandantes de OPM enviarão à Diretoria de
Ensino e Instrução, a relação nominal dos candidatos que tiverem seus requerimentos
deferidos, com manifestação quanto à conveniência ou não da freqüência no curso ou
estágio, cabendo ao Diretor de Ensino e Instrução a indicação ou matrícula.
§ 2º Em todos os casos, o candidato deverá satisfazer as condições específicas
para cada curso ou estágio e ter a possibilidade, face ao conteúdo e nível do curso ou
do estágio, de concluí-lo com aproveitamento.

Título VII
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 126 Em caso de descentralização dos cursos na PMES, serão


regulamentadas normas específicas através de Portaria do Comando Geral, em
observância ao disposto nestas NPCE.

Art. 127 Os casos omissos serão dirimidos pela Diretoria de Ensino e Instrução.

Art. 128 Estas normas entrarão em vigor na data de sua publicação, revogando-
se as disposições em contrário.

Vitória, 28 de março de 2009

Comandante Geral da PMES


ANEXO “A” DAS NPCE
Tabela de Pontuação da Disciplina Conduta Profissional

POLÍCIA MILITAR DO ESPÍRITO SANTO


DIRETORIA DE ENSINO E INSTRUÇÃO

Tabela de pontuação da disciplina Conduta Profissional

TIPIFICAÇÃO PONTUAÇÃO
CPI 1 -0,2
CPI 2 -0,4
CPI 3 -0,6
TD Leve -1,0
TD Média -1,5
TD Grave -2,0
TD Gravíssima -3,0
Elogio publicado em BI +1,0
Referência elogiosa +0,2

Legenda:
CPI – Comportamento Policial Inadequado
TD - Transgressão Disciplinar
BI – Boletim Interno
ANEXO “B” DAS NPCE
Ficha para Avaliação de Trabalhos Monográficos

POLÍCIA MILITAR DO ESPÍRITO SANTO


DIRETORIA DE ENSINO E INSTRUÇÃO

FICHA PARA AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS MONOGRÁFICOS

Título do trabalho: ___________________________________________________________


____________________________________________________________________________

Integrantes do grupo:
1. ______________________________________
2. ______________________________________
3. ______________________________________

Avaliador: ______________________________________________ Data: ____ / ____ / ____

I - Trabalho escrito (atribuir a cada item nota variando entre 0,00 a 6,00 – a nota do trabalho escrito será
a média – igual para todos os integrantes do grupo)

ASPECTO AVALIADO NOTA


a. Adequação do conteúdo aos objetivos propostos (tema, problema, hipóteses)

b. Coerência interna entre as partes (introdução, desenvolvimento e conclusão)


c. Nível do conteúdo abordado (fontes de pesquisa, coleta de dados, análise, síntese,
discussão, interpretação, conclusões)
d. Estilo próprio de escrita no conjunto (demonstrando ausência de cópia ou paráfrase)
e. Formatação do trabalho (observação de normas técnicas, boa apresentação)
MÉDIA (a+b+c+d+e dividido por 5)

II. Apresentação oral - individual (atribuir a cada item nota variando entre 0,00 a 4,00 – a nota da
apresentação oral será a média)

ALUNOS AVALIADOS
ASPECTOS A AVALIAR
a. Apresentação oral (objetividade e clareza na
exposição – oralidade e domínio).
b. Domínio do assunto (segurança, atitudes,
globalidade, esforço coletivo).
c. Utilização de recursos audiovisuais (uso adequado,
organizado).
d. Uso adequado do tempo (permitiu a participação
dos demais integrantes do grupo)
e. Adequação ao conteúdo (destacou na
apresentação os aspectos centrais do trabalho)
MÉDIA INDIVIDUAL DA APRESENTAÇÃO ORAL
(a+b+c+d+e dividido por 5)

NOTA ATRIBUÍDA AO TRABALHO ESCRITO

NOTA INDIVIDUAL (NOTA DA


APRESENTAÇÃO ORAL + NOTA DO
TRABALHO ESCRITO)

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