Literatura Infantil - Anhanguera

/LWHUDWXUD,QIDQWRMXYHQLO
Autoria: Ausdy Nazareth Castros dos Santos
Tema 01
A Literatura Infantil e a Formação da Nova Mentalidade Docente
7HPD
A Literatura Infantil e a Formação da Nova Mentalidade Docente
Como citar esse documento:
SANTOS, Ausdy Nazareth Castros dos. Literatura Infantojuvenil: A Literatura Infantil e a Formação da Nova Mentalidade Docente. Caderno de
Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015.
Índice
CONVITEÀLEITURA PORDENTRODOTEMA
Pág. 3 Pág. 3
ACOMPANHENAWEB
Pág. 10 Pág. 12
Pág. 15 Pág. 15
Pág. 16 Pág. 17
$QKDQJXHUD (GXFDFLRQDO 3URLELGD D UHSURGXomR ¿QDO RX SDUFLDO SRU TXDOTXHU PHLR GH LPSUHVVmR HP IRUPD LGrQWLFD UHVXPLGD RX PRGL¿FDGD HP OtQJXD
SRUWXJXHVDRXTXDOTXHURXWURLGLRPD
CONVITEÀLEITURA
Neste tema você perceberá a importância da literatura infantil na formação do leitor bem como a necessidade
GHDSHUIHLoRDPHQWRGDVFRPSHWrQFLDVGRFHQWHVSDUDTXHLVVRDFRQWHoDGHIRUPDH¿FD]HSUD]HURVDDOHUWDQGRSDUD
DVHVSHFL¿FLGDGHVGRWH[WROLWHUiULRVHPDIDVWDUGDOXGLFLGDGHGDOHLWXUD&RQVLGHUDQGRTXHRWH[WROLWHUiULRDSUHVHQWD
alguns aspectos linguísticos de função independente que não precisa de um contexto de interação humana imediata
SDUDVHUFRPSUHHQGLGDSHUFHEHVHDQHFHVVLGDGHGHH[WUDLUGDOHLWXUDVHQVDo}HVRXUHDo}HVGROHLWRUHOHPHQWRVTXH
FRQWULEXHPDRVSRXFRVSDUDDIRUPDomRGHRSLQL}HVEHPFRPRGRVHQVRGHDSUHFLDomRHVWpWLFD
O essencial, nesse sentido, é ver a criança como um “leitor em desenvolvimento”, o que implica reconhecer o leitor
implícito. Isto é, o livro precisa pretender alcançar a criança, e nós, como auxiliares da leitura, devemos aprender a
GH¿QLUDVFLUFXQVWkQFLDVGHVHXXVRDSDUWLUGHVVDSUHWHQVmR3DUDWDQWRVHJXLUHPRVDOJXQVFDPLQKRVLQGLFDGRVSRU
/~FLD3LPHQWHO*yHVSDUDFRPSUHHQGHUHIRUPDURleitor sujeito – ativo e criador, que perceba a leitura e o mundo
com um olhar de “descoberta”.
Então estamos combinados: você começará a compreender o porquê da procura de novos caminhos para a leitura e a
didática da utilização de textos infantis.
PORDENTRODOTEMA
A Lit
Literatura
t Infantil
I f til e a Formação
F ã da
d Nova
N Mentalidade
M t lid d Docente
D t
Na nova era que se inicia, também chamada de Pós-Modernismo pelos estudiosos da história do homem, percebe-
se o crescimento de uma imensidão de problemas que, ao longo dos tempos, esperam solução. Nesse contexto, a
HGXFDomRHRHQVLQRUHPHWHPjSURFXUDXUJHQWHGHUHÀH[}HVHUHVSRVWDVSDUDDVPDLVYDULDGDVSHUJXQWDVD¿PGHTXH
uma nova civilização nasça da consciência e da responsabilidade para consigo mesma e para com o mundo que cada
indivíduo vai criando para si desde a mais tenra infância.
PORDENTRODOTEMA
O microcosmo da vida real TXH VH WUDQV¿JXUD HP DUWH ± FKDPDGR GH OLWHUDWXUD ± WHP XP SDSHO LPSRUWDQWH QHVVD
elaboração de respostas, já que serve como agente de formação e integração do real com o imaginário da vida do ser
KXPDQR3HODVYLDVGROLYURDSDODYUDHVFULWDDMXGDDIRUPDUDFRQVFLrQFLDGDVFULDQoDVHGRVMRYHQVPRVWUDQGRDWRGRV
que a palavra literária nunca esteve tão viva, apesar das tecnologias eletrônicas de massa, o que mais uma vez prova
TXH³QHQKXPDIRUPDGHOHURPXQGRGRVKRPHQVpWmRH¿FD]TXDQWRDTXHDOLWHUDWXUDSHUPLWH´&2(/+2S
É a partir desse contexto que a literatura infantil renova os valores herdados e provoca, desde a primeira infância, uma
transformação essencial e necessária na formação da nova mentalidade do ser em construção – a criança.
2HVSDoRSHUIHLWRSDUDTXHHVVDWUDQVIRUPDomRRFRUUDDLQGDpDHVFRODORFDOGHH[HUFtFLRPHQWDOFRQVFLHQWL]DomR

GD SUHVHQoD GRV RXWURV GLQDPL]DomR H OHLWXUD GDV YDULDGDV H[SUHVV}HV GH FRPXQLFDomR GR VHU KXPDQR TXH GHYH
VHUDRPHVPRWHPSROLEHUWiULRHRULHQWDGRUD¿PGHTXHRDXWRFRQKHFLPHQWRVHMDXPDSRUWDGHDFHVVRjFXOWXUDHj
expressividade individual.
3DUDYLVXDOL]DUHVVHHVSDoRGHFRQVWUXomRGRVDEHUDHVFRODFRPRUHVSRQViYHOSHODFRPSOHWDIRUPDomRGRLQGLYtGXR

GHYHPRV HQWHQGrOR FRPR SURStFLR SDUD GXDV IDFHWDV GD DTXLVLomR GD FXOWXUD DVVLPLODomR GRV FRQKHFLPHQWRV H
OLEHUDomR GDV SRWHQFLDOLGDGHV 'R SULPHLUR VH HVSHUD D LQWHJUDomR GDV LQIRUPDo}HV PDLV QRYDV DR cabedal de
experiências já vividas pelo indivíduo; do segundo, se espera a liberdade de expressão, direito do ser humano de se
manifestar em todas as suas possibilidades.
Literatura Infantil – Um Projeto de Ensino para a Escola
$¿PGHHQWHQGHUD/LWHUDWXUD,QIDQWLOFRPRXP³SURMHWRGHHQVLQR´DSDUWLUGHVXDYLVmROLEHUWiULDGRUHDOHGR
LPDJLQiULR&RHOKRSSURS}HDOJXQVSUHVVXSRVWRVGRVTXDLVUHVXOWDDUHVSRQVDELOLGDGHGDHVFRODDVDEHU
&RQVLGHUDUDFULDQoD como um aprendiz de cultura – ser educável.
&RQFHEHUOLWHUDWXUDFRPRXPDH[SHULrQFLDVRFLDOH[LVWHQFLDOFXOWXUDO
3. 9DORUL]DUDVUHODo}HVHQWUHDOLWHUDWXUDDKLVWyULDHDFXOWXUD
4. &RPSUHHQGHUDIXQomRGDOHLWXUDGLiORJRHQWUHOHLWRUHWH[WR
Assimilar que a escrita é uma derivação da leitura.
Assegurar-se de que os meios didáticos sejam neutros.
Entender a escola como espaço privilegiado de procura do saber.

PORDENTRODOTEMA
'H TXH PRGR HQWmR D HVFROD SURSRUFLRQD D FULDomR GH XPD QRYD PHQWDOLGDGH D SDUWLU GDV LGHLDV DSUHVHQWDGDV
SRU&RHOKR"$UHVSRVWDpTXHVRPHQWHFRPEDVHQRFRQFHLWRGHOLWHUDWXUDLQIDQWLOFRPRIRUPDGRUDGHQRYDV
mentalidades, bem como a partir de uma visão do professor como orientador nesse processo, será possível realizar
GLGDWLFDPHQWHWRGRVRVSDVVRVVXJHULGRVSHODDXWRUD3DUDTXHHVVDIRUPDomROLWHUiULDRFRUUDDWXDOPHQWHQDIRUPDomR
docente, são apresentados ao professor alguns valores considerados “tradicionais” mais criticamente, como hoje estão
sendo encarados, levando-se em consideração a realidade histórica, social e cultural da sociedade de nossa época.
Esses dados são importantes para uma leitura crítica da nova realidade literária infantil, que não deve deixar de ser um
instrumento de emoção, prazer e, ao mesmo tempo, um direcionamento na procura e na descoberta de novos caminhos
para a realização pessoal e individual do ser humano:
Quadro 1.1
O TRADICIONAL O INOVADOR
(VStULWRLQGLYLGXDOLVWD (VStULWRQRYR
2EHGLrQFLDjDXWRULGDGH 4XHVWLRQDPHQWRGDDXWRULGDGH
7(5H3$5(&(5PDLVYDORUL]DGR 3. FAZER e SER mais valorizado
4. Moral dogmática 4. Moral ética
6RFLHGDGHVH[yIRED 6RFLHGDGHVH[y¿OD
5HYHUrQFLDSHORSDVVDGR 5HGHVFREHUWDUHLQYHQomRGRSDVVDGR
9LVmRWUDQVFHQGHQWDOGRKRPHP 9LVmRFyVPLFDGRKRPHP
5DFLRQDOLVPR ,QWXLFLRQLVPRIHQRPHQROyJLFR
5DFLVPR $QWLUUDFLVPR
&ULDQoDDGXOWRHP³PLQLDWXUD´ &ULDQoDVHUHPIRUPDomR
)RQWH&RHOKRSDGDSWDGR
3DUDFRQKHFHUFRPRWUDEDOKDUOLWHUDWXUDLQIDQWLOpQHFHVViULRHQWHQGHUDOLWHUDWXUDFRPRXPIHQ{PHQRDUWtVWLFRHFULDWLYR
TXHUHSUHVHQWDDKXPDQLGDGHDYLGDHRPXQGRDWUDYpVGDSDODYUD'DIXVmRGRUHDOFRPRLPDJLQiULRQDOLWHUDWXUD
nasce a expressão da linguagem que reaviva os valores de toda a experiência do ser humano, expondo suas mais
GLYHUVDVPDQLIHVWDo}HVDRORQJRGRVWHPSRV&RQKHFHUHVVDVH[SUHVV}HVHSHUFHEHUVXDLPSRUWkQFLDpIXQGDPHQWDO
SDUDFRPSUHHQGHUDOLWHUDWXUDFRPRXPIHQ{PHQROLWHUDOPHQWHKXPDQRPLVWHULRVRHHVVHQFLDOQRSURFHVVRGHSURGXomR
UHFHSomRTXHLPSOLFDWUDQVIRUPDo}HVGRVYDORUHVOLQJXtVWLFRVSRpWLFRVpWLFRVPHWDItVLFRVHWF
PORDENTRODOTEMA
$ OLWHUDWXUD VHPSUH IRL HQWHQGLGD H KRMH PDLV GR TXH DQWHV FRPR D PDLV H¿FD] IRUPD FRQWHPSRUkQHD GH DOHUWDU
GHVSHUWDUDFRQVFLrQFLDFUtWLFDGROHLWRUUHFHSWRU1HQKXPDRXWUDDWLYLGDGHFXOWXUDODPSOLDRXGLVWHQGHWmRDPSODPHQWHD
FDSDFLGDGHGHSHUFHSomRKXPDQDTXDQWRjOLWHUDWXUDHDVXDVH[SUHVV}HVGHHPRo}HVSDL[}HVVHQWLPHQWRVHGHVHMRV
de toda ordem.
Literatura Infantil e Psicologia Experimental
%HPYRFrMiHQWHQGHXDLPSRUWkQFLDGDOLWHUDWXUD0DVHD/LWHUDWXUD,QIDQWLO"3RGHUtDPRVFRQFRUGDUFRPDLGHLD
de que esse tipo de literatura sugere facilmente o pensamento orientado para distração, prazer, cor, imagem; no entanto,
QmRpEHPLVVRRTXHRFRUUH3RUPXLWRWHPSRDOLWHUDWXUDLQIDQWLOIRLUHDOPHQWHWUDWDGDGHVVDPDQHLUDOLJDGDVRPHQWHj
diversão e ao aprendizado, tendo em vista a percepção arcaica da criança como um “adulto em miniatura”. As obras para
HVVHS~EOLFRPLULPHUDPUHGX]LGDVHPVHXYDORUH[SXUJDGDVGDVGL¿FXOGDGHVGHOLQJXDJHPGLJUHVV}HVHUHÀH[}HVH
por tal motivo, eram encaradas como um gênero “pueril”, que tinha como único objetivo manter a criança entretida.
1R VpFXOR ;; FRP R DX[tOLR GD 3VLFRORJLD ([SHULPHQWDO TXH FKDPRX DWHQomR SDUD RV GLIHUHQWHV HVWiJLRV GH
desenvolvimento da criança e das fases de conhecimentos que esta atravessa durante esses estágios, a literatura
LQIDQWLOFRPHoRXWDPEpPDVHUHQFDUDGDFRPRXPHOHPHQWRGHIRUPDomRQDSDVVDJHPGHVVDVIDVHVD¿PGHFRQVHJXLU
IDODUFRPXQLFDUVHFRPPDLVDXWHQWLFLGDGHFRPVHXVSRVVtYHLVGHVWLQDWiULRV
6HJXQGR0DUN6RULDQRRDWRGHOHUXPWH[WROLWHUiULRVHWUDQVIRUPDQXPDWRGHDSUHQGL]DJHPSDUDDVFULDQoDV

a partir do direcionamento que se dá ao público de determinada idade, considerando o livro como uma mensagem
FRGL¿FDGDTXHRDSUHQGL]GHYHGHFRGL¿FDUVHTXLVHUDWLQJLURSUD]HUHIHWLYR
Se a infância é um período de aprendizagem, [...] toda mensagem que se destina a ela, ao longo desse período,
tem necessariamente uma vocação pedagógica. A literatura infantil é também ela necessariamente pedagógica,
QRVHQWLGRDPSORGRWHUPRHDVVLPSHUPDQHFHPHVPRQRFDVRHPTXHHODVHGH¿QHFRPROLWHUDWXUDGHSXUR
HQWUHWHQLPHQWR625,$12HP&2(/+2S
'HVVHPRGRFRQWHPSRUDQHDPHQWHSRGHPRVHQFDUDUDOLWHUDWXUDLQIDQWLOQmRVRPHQWHFRPRXPPHLRGHHQWUHWHQLPHQWR
mas mais como uma forma de aventura espiritual que engaja o eu de cada leitor a uma experiência riquíssima de vida,
FRQKHFLPHQWRHGHVSHUWDUGHHPRo}HV
3DUDTXHHVVDVGH¿QLo}HV¿TXHPEHPFODUDVYRFrYDLFRQKHFHUDJRUDDVFDWHJRULDVGHFODVVL¿FDomRGRGHVHQYROYLPHQWR
LQIDQWLOGD3VLFRORJLD([SHULPHQWDOTXHIRUDPDSURYHLWDGDVSHODOLWHUDWXUDLQIDQWLOHVFODUHFHQGRTXHHVVDFODVVL¿FDomR

PORDENTRODOTEMA
é aproximativa, dependendo não somente da faixa etária da criança mas também do nível de amadurecimento e do
domínio da leitura de cada criança.
35e/(,725primeiraLQIkQFLD±HPHVHVDRVDQRVGHLGDGH
Nesta fase, o bebê descobre seu ambiente e expressa seus desejos por gestos e balbucios. O primeiro impulso é
R³WRTXH´7RFDUpPXLWRLPSRUWDQWHSRLVRFRQKHFLPHQWRFRPHoDFRPDPDQLSXODomR3RULVVRpLPSRUWDQWHGHL[DU
TXHRWDWRDMXGHDFULDQoDDFRQKHFHUWXGRTXHDURGHLDLQFOXVLYHROLYUR&RPRREHErQmRWHPSDFLrQFLDSDUD¿FDU
DVVHQWDGR R FRQWDWR FRP RV OLYURV VRIUHUi UHÀH[RV GHVVH FRPSRUWDPHQWR VHP FRQFHQWUDomR KDYHUi XPD GDGD
PDQLSXODomR UiSLGD GR OLYUR SDUD DEDQGRQiOR HP VHJXLGD H WURFiOR SRU RXWUD FRLVD 3URFXUDU OLYURV TXH WHQKDP
JUDYXUDVTXHID]HPSDUWHGDUHDOLGDGHGDFULDQoDFRPRFKRFDOKRVFKXSHWDVELFKRVGHSHO~FLDHWFWDPEpPHVWLPXOD
a percepção da representação do real.
35e/(,725segundaLQIkQFLD±DSDUWLUGRVHDQRVGHLGDGH
1HVWDIDVHDVEULQFDGHLUDVVmREDVWDQWHHJRFrQWULFDV(PJUXSRDVRFLDELOLGDGHDLQGDpLQLFLDO'HVGHPXLWRFHGR
a criança que entra em contato com os livros e a leitura, apesar de não entender a história, já é capaz de perceber
que os adultos falam de forma diferente ao lerem um livro. Elas começam a notar, primeiramente, que o ritmo e a
HPRomRQDYR]GRDGXOWRVHDOWHUDPHSHUFHEHPTXHH[LVWHP³FRLVDV´GHQWURGRVOLYURVDOpPGDVLPDJHQV&RQWDU
histórias com emoção, mostrar as imagens, deixar as crianças tocarem, cheirarem, sentirem o livro, todas essas
Do}HVGHYHPVHUSUiWLFDVGDIDPtOLDHGDVFXLGDGRUDVGDVFUHFKHV1HVVDIDVHDSUHVHQoDGRDGXOWRpHVVHQFLDOH
DVDWLYLGDGHVO~GLFDVDFHOHUDPDGHVFREHUWDGRPXQGRFRQFUHWRHGRPXQGRGDOLQJXDJHP'DtTXHRVOLYURVGHYHP
SURSRU H[SHULPHQWDo}HV H YLYrQFLDV TXH IDoDP SDUWH GR FRWLGLDQR GDV FULDQoDV FRPR SRU H[HPSOR HVFRYDU RV
GHQWHVID]HU[L[LDQWHVGHGHLWDUODYDUDVPmRVDQWHVGDVUHIHLo}HVDFDULFLDUXPDQLPDOGHHVWLPDomRSDVVHDUFRP
a família etc.
&202'(9(06(526/,9526($/(,785$
'HYHKDYHUSUHGRPtQLRGDVLPDJHQVTXHWrPGHVHUDWUDHQWHVHUHODFLRQDGDVjUHDOLGDGH
As imagens devem ser coloridas, podendo-se utilizar a técnica da colagem para chamar mais atenção.
O humor e também o mistério são muito importantes no despertar da curiosidade.
PORDENTRODOTEMA
$VKLVWyULDVGHYHPVHUOLGDVHUHOLGDVRFRQKHFLGR³GHQRYR´WRGDYH]TXHLVVRIRUVROLFLWDGRSRLVHVVDGHPDQGD
SRUUHSHWLo}HVID]SDUWHGDFRQVWUXomRLQWHUQDGRPXQGRGDFULDQoDTXHVHVHQWHVHJXUDDRRXYLUXPDKLVWyULDFXMRV
momentos principais já conhece de cor.
/(,725,1,&,$17(DSDUWLUGRVHDQRVGHLGDGH
Nesta fase o adulto ainda é muito importante, pois a criança está reconhecendo as sílabas e os signos do alfabeto.
É a fase da necessidade de aplausos e estímulo às vitórias alcançadas, o que o estimula a procurar conhecer mais
nos livros.
&202'(9(06(526/,9526($/(,785$
A imagem ainda deve predominar sobre o texto.
$QDUUDWLYDGHYHVHUOLQHDUWHUFRPHoRPHLRH¿P
2PDQLTXHtVPROXWDHQWUHRVERQVHRVPDXVDLQGDHVWiSUHVHQWH
Os enunciados devem ser diretos e as palavras devem ser simples para facilitar a leitura.
Atração pelas histórias bem-humoradas sobre personagens astutos e fortes que vencem o mal.
/(,725)/8(17(DSDUWLUGRVHDQRVGHLGDGH
'RPtQLRGDOHLWXUDHGDFRPSUHHQVmRGHPXQGRH[SUHVVDQROLYUR5HÀH[mRHHQJDMDPHQWRVHGHVHQYROYHPDSDUWLU
do pensamento dedutivo e da capacidade de abstração. Fase da pré-adolescência em que o adulto já não se faz tão
necessário para mediar a leitura. Fase da volta do egocentrismo e da preferência pela formação de grupos, em que
VHSRVVDGHPRQVWUDUVXSHULRULGDGH2DGXOWRGHYHVHUXP³GHVD¿DGRU´JHQHURVRGRVVHXVDOXQRV
&202'(9(06(526/,9526($/(,785$
2WH[WRVHVREUHS}HjLPDJHPPDVJUDYXUDVHVSDUVDVDLQGDVmRDWUDHQWHV
Idealistas e emotivos, os pré-adolescentes preferem as personagens heroicas e instigantes, que enfrentam e

vencem a luta contra o mal.
A linguagem pode ser mais elaborada, porém de fácil leitura, sem erudição.

PORDENTRODOTEMA
$DWUDomRVH¿[DQRVFRQWRVHQDVKLVWyULDVTXHH[SOLTXHPDOJXPWLSRGHIDWRDVQRYHODVGH¿FomRWDPEpPVmR
bastante interessantes.
A presença do mágico e do maravilhoso que abre espaço para o amor também chama bastante atenção nessa fase.
/(,725&5Ë7,&2DSDUWLUGRVDQRVGHLGDGH
)DVHGRGRPtQLRWRWDOGDOHLWXUDSUHIHUrQFLDSRUWH[WRVTXHSURYRTXHPUHÀH[mRHFUtWLFD$kQVLDHPVDEHUHYLYHQFLDU
DVH[SHULrQFLDVGDVSHUVRQDJHQVGRVOLYURV¿FDHYLGHQWHSHODIRUPDomRGHQRYRVYDORUHVHDLQFLWDomRGRSUD]HUH
da emoção provocados pela leitura. O adulto deve auxiliar o adolescente como um mago e seu aprendiz: a iniciação
jVWHRULDVGDOLWHUDWXUDpPXLWRLPSRUWDQWHQHVVDKRUDUHOHPEUHDVFRUUHQWHVFUtWLFDVGD7HRULD/LWHUiULD
&202'(9(06(526/,9526($/(,785$
O convívio com o texto literário deve extrapolar o prazer.
$OHLWXUDGHYHSURYRFDUDUHÀH[mRHRGHVHQYROYLPHQWRGHQRYRVFRQFHLWRV
Natureza do Texto Literário
Acredita-se que só se pode falar em literatura infantil a partir do século XVII, em que se deu a reorganização do
ensino e da fundação do sistema educacional burguês. Antes dessa época, não havia propriamente uma infância no
sentido que conhecemos, e as crianças eram vistas como adultos em miniatura, participando da vida adulta desde a
PDLVWHQUDLGDGH'HVVHPRGRDVRULJHQVGDOLWHUDWXUDLQIDQWLOHVWDULDPQRVOLYURVSXEOLFDGRVDSDUWLUGHVVDpSRFDFRP
intuito pedagógico e utilizados como instrumento de apoio ao ensino.
2VWHPDVGDYLGDDGXOWDFRPRDOXWDSHODVREUHYLYrQFLDDVSUHRFXSDo}HVDVH[XDOLGDGHDPRUWHRLPDJLQiULRDV
FUHQoDVDVFRPHPRUDo}HVHUDPYLYHQFLDGRVSRUWRGDFRPXQLGDGHLQGHSHQGHQWHPHQWHGHIDL[DVHWiULDV1HVVHPXQGR
HPTXHDFUHQoDHPIDGDVJLJDQWHVDQ}HVEUX[DVFDVWHORVHQFDQWDGRVTXHEUDQWRVHSDtVHVXWySLFRVHPiJLFRVHUD
disseminada, crianças e adultos sentavam-se lado a lado nas praças públicas, durante as festas, ou após o trabalho,
SDUDHVFXWDURVFRQWDGRUHVGHKLVWyULDV'DtTXHIRUDPDQWHVGHVHUOLWHUDWXUDLQIDQWLOOLWHUDWXUDSRSXODUYROWDGDSDUD
DH[HPSOL¿FDomRTXHIH]FRPTXHHVVHJrQHURGHWH[WRV¿FDVVHPXLWRSUy[LPRGDPDVVDGDVSHVVRDVPDLVVLPSOHV
e menos cultas, mais primitivas culturalmente, já que o pensamento mágico era a tônica da maioria das histórias que
DWUDtDXPJUDQGHS~EOLFRSDUDDVUHXQL}HVHPWRUQRGRVFRQWDGRUHV
PORDENTRODOTEMA
&RPRYRFrSRGHYHUL¿FDUDOLWHUDWXUDLQIDQWLOWHYHVHXSULPyUGLRFRPRPHGLDGRUDHQWUHDVPHQWHVLPDWXUDVHDFDSDFLGDGH
de percepção da vida e do mundo, ajudando a amadurecer o pensamento lógico-abstrato e sendo de importância
inequívoca para o desenvolvimento das potencialidades naturais que se medeiam entre a infância e a idade adulta.
Nesse sentido,
FRPR RV YDORUHV YLVDGRV SHOD WUDQV¿JXUDomR OLWHUiULD HUDP JHUDLV H SHUHQHV HPERUD WHQKD GHVDSDUHFLGR QR
tempo a circunstância particular e real que provocou a invenção do texto, tais valores continuam presentes e vivos
QDOLQJXDJHPLPDJtVWLFDRXVLPEyOLFDTXHRVH[SUHVVRXHPDUWH&2(/+2S
Agora, nesse estágio do conhecimento, você já pode entender como e por que a literatura infantil ainda nos dias atuais
continua a agradar e a entreter pela leitura dos clássicos universais e das obras folclóricas, que tão bem explicam os
mitos ao longo de todos os tempos.
ACOMPANHENAWEB
Uma Entrevista para falar
f de Literatura Infantil
f - com Daniel Messias
$VVLVWDDXPDHQWUHYLVWDFRPRHVFULWRUWUDGXWRUHDGDSWDGRU'DQLHO0HVVLDVTXHMiHVFUHYHX
inumeráveis livros para crianças e fala de como essa arte é importante no despertar da imaginação
HQDIRUPDomRGRFDUiWHUO~GLFRGDFULDQoD'HQWUHVHXVOLYURVYROWDGRVSDUDFULDQoDVHMRYHQV
estão: $ YDFD IRWyJUDID 4XH ELFKR HVWi QR YHUVR" 7HOHIDQWH VHP ¿R 3RVLWLYR O elefante
infanteGDREUDGH5XG\DUG.LSOLQJ0XVD20 histórias de bichos do Brasil &XFD)UHVFDHQWUH
outras.
'LVSRQtYHOHP<KWWSVZZZ\RXWXEHFRPZDWFK"Y $3:J6'ZX>$FHVVRHPMDQ
7HPSR

ACOMPANHENAWEB
Escutando as Palavras de Nelly Novaes Coelho (autora do Livro-Texto)
1HVWDHQWUHYLVWDFRPDDXWRUD1HOO\1RYDHV&RHOKRYRFrSRGHUiYHUL¿FDUTXHQDVGpFDGDV
GHRVHVWXGRVRVGHEDWHVDVSHVTXLVDVHDVSURSRVWDVGHPXGDQoDVHGXFDFLRQDLV
H[SDQGLUDPVH GH PDQHLUD VLJQL¿FDWLYD SULQFLSDOPHQWH QD /LWHUDWXUD ,QIDQWLO 3DUD TXH YRFr
FRPSUHHQGDHVVHPRPHQWR1HOO\1RYDHV&RHOKRIDODVREUHVXDJHUDomRGHHVFULWRUDVHVREUH
literatura infantil.
'LVSRQtYHOHP<KWWSZZZ\RXWXEHFRPZDWFK"Y YO7QVSZE<,>$FHVVRHPMDQ
7HPSR
Como usar a literatura infantil na sala de aula
Neste livro, a autora Maria Alice de Oliveira Faria faz a proposta de não reduzir a literatura infantil
apenas à abordagem pedagógica, buscando, além disso, capacitar educadores e animadores
de leitura para perceber os detalhes dos livros para crianças.
'LVSRQtYHOHP<KWWSERRNVJRRJOHFRPEUERRNVDERXW&RPRBXVDUBDBOLWHUDWXUDBLQIDQWLOBQDBVDODKWP-
O"KO SW%5 LG $$]*:\KQ$N&> ou <KWWSHGLWRUDFRQWH[WRFRPEUDXWRUHVPDULDDOLFHIDULDFRPRXVDUDOLWHU-
atura-infantil-na-sala-de-aula.html>$FHVVRHPMDQ
Práticas de Leitura no Ensino Fundamental (de Cintia Barreto)
1HVWH DUWLJR D DXWRUD UHÀHWH VREUH SUiWLFDV H DWLYLGDGHV OLJDGDV j OLWHUDWXUD SURFXUDQGR
YLVXDOL]DUHHQWHQGHURHGXFDGRUFRPRDOJXpPTXHFRQGX]DOHLWXUDGHIRUPDSUD]HURVD3DUD
a autora, o educador deve ser capaz de estimular no educando a curiosidade, a vontade e a
QHFHVVLGDGHGDOHLWXUDGHWH[WRVVREUHWXGROLWHUiULRV&RQVLGHUDWDPEpPVHUGHVXPDLPSRUWkQFLD
que a família incentive essa prática, subsidiando atividades leitoras dentro e fora de casa, sem
deixar essa responsabilidade somente com escola.
'LVSRQtYHOHP<KWWSZZZFLQWLDEDUUHWRFRPEUOLWHUDWXUDBLQIDQWLOSUDWLFDVGHOHLWXUDQRHQVLQRIXQGDPHQWDO
shtml>$FHVVRHPMDQ

ACOMPANHENAWEB
Literatura Infantil e Educação Infantil: Um Grande Encontro (de Gládis Elise
Pereira da Silva Kaercher)
1HVWHDUWLJRDSURIHVVRUDDGMXQWDGR'HSDUWDPHQWRGH(VWXGRV(VSHFLDOL]DGRVGD)DFXOGDGH
GH (GXFDomR GD 8QLYHUVLGDGH )HGHUDO GR 5LR *UDQGH GR 6XO SURS}H GLVFXWLU FRPR SHQVDU D
/LWHUDWXUD QD (GXFDomR ,QIDQWLO FRPR FRPSUHHQGrOD H RUJDQL]DU DV HVFRODV H DV Do}HV
SHGDJyJLFDV SDUD LQVHULOD GH PRGR SUD]HURVR H H¿FD] QR FRWLGLDQR GDV FULDQoDV 'H OHLWXUD
bastante agradável, o texto traz dicas de como organizar atividades de leitura na Educação
Infantil, desde o berçário.
'LVSRQtYHOHP<KWWSZZZDFHUYRGLJLWDOXQHVSEUELWVWUHDPGWSGI>$FHVVRHP
MDQ
MDQ
AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
$JRUDFKHJRXDVXDYH]GHH[HUFLWDUVHXDSUHQGL]DGR$VHJXLUYRFrHQFRQWUDUiDOJXPDVTXHVW}HVGHP~OWLSOD
escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
Questão 1
$OHLWXUDQRDPELHQWHHVFRODUFRPS}HVHGHGRLVWLSRVHVVHQFLDLVDOHLWXUDREULJDWyULDatividades programadasTXHpFRPSRVWD

EDVLFDPHQWHGDDVVLPLODomRGHLQIRUPDo}HVHFRQKHFLPHQWRVHVSHFt¿FRVHGLUHFLRQDGRVHPORFDOHKRUiULRSURJUDPDGRVHD
OHLWXUDSUD]HURVDatividades livresTXHVHWUDGX]QRHVWtPXORHQDOLEHUDomRGDVSRWHQFLDOLGDGHVHJRVWRVHVSHFt¿FRVGHFDGD
DOXQROHLWRU'RVHXFRQKHFLPHQWRGRPXQGRHVFRODUHGDVUHODo}HVHQWUHSURIHVVRUHDOXQRVVXJLUDDOJXPDVPHWRGRORJLDVTXH
o professor pode utilizar para que esses dois momentos da leitura na escola sejam menos obrigatórios e mais prazerosos.

AGORAÉASUAVEZ
Questão 2
$OJXQVYDORUHVWUDGX]LGRVSHODOLWHUDWXUDLQIDQWLOYrPVHPRGL¿FDQGRDRORQJRGRVWHPSRV$OLWHUDWXUD7UDGLFLRQDOIRLVXEVWLWXtGD
SRURXWURVPRGRVGHYLYHUHYHURPXQGRGRKRPHP3RGHPRVDVVLQDODUFRPRFDUDFWHUtVWLFDVGD/LWHUDWXUD7UDGLFLRQDO
I. Espírito individualista.
II. Espírito novo.
III. Obediência à autoridade.
IV. 4XHVWLRQDPHQWRGDDXWRULGDGH
V. 7(5H3$5(&(5PDLVYDORUL]DGR
VI. FAZER e SER mais valorizado.
VII. Moral dogmática.
VIII. Moral ética.
IX. Sociedade sexófoba.
X. 6RFLHGDGHVH[y¿OD
São características da Literatura Tradicional, portanto, apenas os itens:
a) ආආආආ99ආආආ;
b) ආආආආආආ99ආආ
c) ආආආආආආ999ආ
d) ආආආආආ999ආ
e) ආආආආ99ආ;

AGORAÉASUAVEZ
Questão 3
'HDFRUGRFRPDFODVVL¿FDomRGD3VLFRORJLD,QIDQWLOTXDQWRDRVHVWiJLRVTXHDVFULDQoDVDOFDQoDPHPUHODomRjOHLWXUDGLJD
que tipo de leitor reconhece a realidade e está em fase de conquista da linguagem, sendo necessário que os livros apresentem
JUDYXUDVRXVHMDPGHPDQLSXODomRDJUDGiYHODRWDWRD¿PGHTXHDFULDQoDUHFRQKHoDRVREMHWRVDSUHVHQWDGRV
a) 3UpඇHLWRU±SULPHLUDLQIkQFLD
b) 3UpඇHLWRU±VHJXQGDLQIkQFLD
c) Leitor iniciante.
d) Leitor em processo.
e) /HLWRUIඇXHQWH
Questão 4
3DUDTXDOS~EOLFRHVWiGLUHFLRQDGDD/LWHUDWXUD,QIDQWLOHTXDLVSUHVVXSRVWRVVmRVXJHULGRVSRU1HOO\1RYDHV&RHOKRSDUDTXHD
HVFRODDWLQMDHVVHS~EOLFR"
Questão 5
6HJXQGR6RULDQRDOHLWXUDpXPDWRGHDSUHQGL]DJHPSDUDDVFULDQoDVHROLYURVHPSUHWUD]XPDPHQVDJHPFRGL¿FDGD

TXHRDSUHQGL]GHYHGHFRGL¿FDUVHTXLVHUDWLQJLURSUD]HUHIHWLYR'HSRLVGHVVDD¿UPDomRpSRVVtYHOFRQWLQXDUSHQVDQGRTXHD
/LWHUDWXUDpVRPHQWHDSUHQGL]DGRRXVRPHQWHHQWUHWHQLPHQWR"3RUTXr"

FINALIZANDO
1HVWHWHPDYRFrYLXTXHDOLWHUDWXUDLQIDQWLOVRIUHXXPSURFHVVRGHHYROXomRDSDUWLUGRVDQRVHTXHGHVGH
então, passou a fazer parte da pedagogia da palavra, que estimula a leitura e a inserção de valores a partir da palavra
literária. Nessa nova perspectiva, o gênero literatura infantil passa a fazer parte de uma pedagogia contemporânea que vai
ao encontro de um novo público leitor, formado de crianças e jovens críticos e conscientes, que não mais se enquadram
QRVSURWyWLSRVGRSDVVDGR9LXWDPEpPTXHDOJXPDVREUDVGRSDVVDGRUHSURGX]LDPYDORUHVWUDGLFLRQDLVFRQVROLGDGRV
SHODVRFLHGDGHURPkQWLFDGRVpFXOR;,;DVTXDLVHVWmRVHQGRDRVSRXFRVVXEVWLWXtGDVSRUREUDVTXHDSUHVHQWDP
YDORUHVQRYRVTXHHVWmRHPSURFHVVRGHPXGDQoDHDFRPSDQKDPHQWRGDVRFLHGDGH9RFrYHUL¿FRXDLQGDQmRVyTXH
a escola, espaço privilegiado de produção da cultura e do conhecimento, está cada vez mais se preparando para receber
um aluno-sujeito questionador, produtor do seu próprio saber, mas também que a literatura infantil tem papel importante
nesse processo, pois desde cedo estimula e propicia a procura por novas descobertas a partir da leitura. Nesse sentido,
você, como futuro educador, torna-se o responsável por conhecer a tirar o melhor proveito possível dessa oportunidade
de mudança. Neste tema você também pôde entender que abordar as diferenças entre os textos antigos e dogmáticos
HRVOLYURVTXHFRPSUHHQGHPDFULDQoDFRPRVHUUHÀH[LYRHHPIRUPDomRpXPSDVVRLPSRUWDQWHQDHYROXomRHQR
aprimoramento dos processos de desenvolvimento e formação de valores individuais.
REFERÊNCIAS
$%5$029,&+)DQQQ\Literatura infantil: JRVWRVXUDVHERELFHVHG6mR3DXOR6FLSLRQH
%$55(72&/LWHUDWXUD,QIDQWLOH(GXFDomR3UiWLFDVGH/HLWXUDQR(QVLQR)XQGDPHQWDO'LVSRQtYHOHPKWWSZZZ
FLQWLDEDUUHWRFRPEUOLWHUDWXUDBLQIDQWLOSUDWLFDVGHOHLWXUDQRHQVLQRIXQGDPHQWDOVKWPO>$FHVVRHPPDLR
&$59$/+2%9GHA literatura infantil, visão crítica e histórica.6mR3DXOR*OREDO
&2(/+21HOO\1RYDHVLiteratura infantil7H[WR$QiOLVH'LGiWLFD 6mR3DXOR0RGHUQD
&203$*121$QWRLQH/HLWRU,QBBBBBBBBO demônio da teoria%HOR+RUL]RQWH8)0*

REFERÊNCIAS
*Ï(6/~FLD3LPHQWHOIntrodução à Literatura Infantil e Juvenil.6mR3DXOR3LRQHLUD
BBBBBBBBOlhar de Descoberta. 6mR3DXOR0HUFXU\R
(175(9,67$FRP$GULDQR0HVVLDV±/LWHUDWXUD-XYHQLO9tGHR<RX7XEH'LVSRQtYHOHP<KWWSVZZZ\RXWXEHFRP
ZDWFK"Y $3:J6'ZX>$FHVVRHPPDLR
FARIA, Maria Alice. Como Usar a Literatura Infantil na Sala de $XOD6mR3DXOR&RQWH[WR'LVSRQtYHOHP<KWWS
HGLWRUDFRQWH[WRFRPEUDXWRUHVPDULDDOLFHIDULDFRPRXVDUDOLWHUDWXUDLQIDQWLOQDVDODGHDXODKWPO>$FHVVRHPPDLR
,7$Ò&8/785$/1HOO\1RYDHV&RHOKR(QFRQWURVGH,QWHUURJDomR9tGHR'LVSRQtYHOHP<KWWSZZZ\RXWXEHFRP
ZDWFK"Y YO7QVSZE<,>$FHVVRHPPDLR
.$(5&+(5*(3GD/LWHUDWXUDLQIDQWLOHHGXFDomRLQIDQWLO8PJUDQGHHQFRQWUR,Q'LYHUVRVRUJDQL]DGRUHV2UJ
Caderno de formaçãoGLGiWLFDGRVFRQWH~GRVIRUPDomRGHSURIHVVRUHV8QLYHUVLGDGH(VWDGXDO3DXOLVWD6mR3DXOR63
'LVSRQtYHOHP<KWWSZZZDFHUYRGLJLWDOXQHVSEUELWVWUHDPGWSGI>$FHVVRHPPDLR
LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundoHGUHLPS6mR3DXORÈWLFD
SORIANO, Mark. Guide de litterature pour La jeunesse.3DULV)ODPDULRQ
GLOSSÁRIO
L it iimplícito:
Leitor lí it explica-se
li o leitor
l it implícito
i lí it como uma entidade
tid d que estátá sempre em relação
l ã d de passividade
i id d ao ttexto.
t
(OHWHPRSDSHOGHDEVRUYHUDVRULHQWDo}HVIRUQHFLGDVSHORDXWRURXVHMDHOHVyHQWHQGHRTXHpGDGReHOHTXHPRVWUD
esses dados absorvidos ao leitor real que é ativo e tem a função de construir o sentido do texto com a ajuda do seu re-
SHUWyULRFRQKHFLPHQWRVGHPXQGRDGTXLULGRVDRORQJRGDYLGDLVWRpFRQMXQWRGHQRUPDVVRFLDLVKLVWyULFDVHFXOWXUDLV
TXHFRQVWLWXHPDFRPSHWrQFLDGHXPOHLWRU
Pós-Modernismo:HVVHWHUPRSRGHVHUGH¿QLGRFRPRDVFDUDFWHUtVWLFDVGHQDWXUH]DVRFLRFXOWXUDOHHVWpWLFDTXHPDU-
FDPRFDSLWDOLVPRGDHUDFRQWHPSRUkQHD3RUWDQWRHVVDH[SUHVVmRSRGHGHVLJQDUWRGDVDVSURIXQGDVPRGL¿FDo}HV
TXHVHGHVHQURODPQDVHVIHUDVFLHQWt¿FDDUWtVWLFDHVRFLDOGRVDQRVDWpRVGLDVDWXDLV7DPEpPFKDPDGRGH
PRYLPHQWRSyVLQGXVWULDORX¿QDQFHLURSUHGRPLQDPXQGLDOPHQWHHpVHPG~YLGDFDUDFWHUL]DGRSHODDYDODQFKHUHFHQ-

GLOSSÁRIO
WHGHLQRYDo}HVWHFQROyJLFDVSHODVXEYHUVmRGRVPHLRVGHFRPXQLFDomRHGDLQIRUPiWLFDFRPDFUHVFHQWHLQÀXrQFLD
GRXQLYHUVRYLUWXDOHSHORGHVPHGLGRDSHORFRQVXPLVWDTXHVHGX]RKRPHPSyVPRGHUQR$GDSWDGRGH<KWWSZZZ
LQIRHVFRODFRPPRYLPHQWRVDUWLVWLFRVSRVPRGHUQLVPR!
Microcosmo da vida real: mundo pequeno, mundo abreviado; miniatura da vida; imitação da vida real, o universo. O
próprio homem como expressão do universo.
Cabedal:³VPDFXPXODomRGHFRLVDVGHYDORUFDSLWDOEHQVULTXH]DGLQKHLUR´)RQWHKWWSZZZGLFLRFRPEUFDEHGDO
Pueril:³DGMPHI4XHVHUHIHUHjLQIkQFLDLQIDQWLODWRSXHULO3HM4XHPWHPFRPSRUWDPHQWRVRXSHQVDPHQWRVLQIDQWLV
VHPYDORUDUJXPHQWRSXHULO´)RQWHKWWSZZZGLFLRFRPEUSXHULO
VHPYDORUDUJXPHQWRSXHULO )RQWHKWWSZZZGLFLRFRPEUSXHULO
GABARITO
Questão 1
Resposta: Sugere-se listar, para a leitura obrigatóriaDo}HVFRPRDLQGLFDomRGHOLYURVSDUDGLGiWLFRVGH¿OPHVSURPRomR

de debates e seminários, que podem ser agendados com datas preestabelecidas, sempre de comum acordo com as
FULDQoDV3DUDDVDWLYLGDGHVGHleitura prazerosa, deve-se indicar projetos de trocas de livros, de leitura compartilhada,
H[LELomRGH¿OPHVHPVDODGHDXODRXHPFDVDFRPRWDUHIDVGHOHLWXUDHWF(VVDTXHVWmRHVWLPXODDUHÀH[mRQDDWLYLGDGH
GRFHQWHHSHUPLWHDRDOXQRSURFXUDUHPRXWURVDPELHQWHVELEOLRWHFDVFROHJDVLQWHUQHWDVPHWRGRORJLDVTXHSRGHP
ser utilizadas em sala de aula para proporcionar ambientes de leitura.
Questão 2
Resposta: Alternativa A.
Nos tempos antigos, a literatura estava mais voltada para as crenças dogmáticas da sociedade burguesa, reproduzindo
VHXV YDORUHV D SRQWR GH YDORUL]DU PDLV REUDV TXH RV SUHJDVVHP 3RU LVVR VmR DV VHJXLQWHV DV FDUDFWHUtVWLFDV GD
OLWHUDWXUDWUDGLFLRQDORHVStULWRLQGLYLGXDOLVWDDREHGLrQFLDjDXWRULGDGHDYDORUL]DomRPDLRUGR7(5HGR3$5(&(5D
moral dogmática burguesa e a sociedade sexófoba.

Questão 3
Resposta: Alternativa A.
O leitor da primeira infância ainda está na fase das descobertas e apenas balbucia seus desejos, razão pela qual é
FODVVL¿FDGRFRPRSUpOHLWRUGDprimeira infância, aquele que ainda está tendo os primeiros contatos com o ato da leitura.
Questão 4
Resposta: A Literatura Infantil se direciona ao público em formação, tendo o propósito de formar e informar divertindo e
LQWHUHVVDQGRGHIRUPDO~GLFD6HJXQGR1HOO\1RYDHV&RHOKRDHVFRODGHYHYHURDOXQROHYDQGRHPFRQWDDVVHJXLQWHVDo}HV
&RQVLGHUDUDFULDQoDFRPRXPDSUHQGL]GHFXOWXUD±VHUHGXFiYHO
&RQFHEHUOLWHUDWXUDFRPRXPDH[SHULrQFLDVRFLDOH[LVWHQFLDOFXOWXUDO
9DORUL]DUDVUHODo}HVHQWUHDOLWHUDWXUDDKLVWyULDHDFXOWXUD
&RPSUHHQGHUDIXQomRGDOHLWXUDGLiORJRHQWUHOHLWRUHWH[WR
Assimilar que a escrita é uma derivação da leitura.
Assegurar-se de que os meios didáticos sejam neutros.
Entender a escola como espaço privilegiado de procura do saber.
3DUDDDXWRUDpLPSRUWDQWHTXHDHVFRODYLVXDOL]HRDOXQROHLWRUFRPRXPOHLWRUHPGHVHQYROYLPHQWRSURSRUFLRQDQGR
espaço e oportunidades para que ele seja estimulado à leitura de forma prazerosa e permanente.
Questão 5
Resposta: Segundo Mark Soriano, a literatura infantil é também pedagógica, e assim permanece, mesmo no caso em que
HODVHGH¿QHFRPROLWHUDWXUDGHSXURHQWUHWHQLPHQWR625,$12'HVVHPRGRFRQWHPSRUDQHDPHQWHSRGHPRV
encarar a literatura infantil não somente como um meio de entretenimento, mas mais como uma forma de aventura espiritual
TXHHQJDMDRHXGHFDGDOHLWRUDXPDH[SHULrQFLDULTXtVVLPDGHYLGDFRQKHFLPHQWRHGHVSHUWDUGHHPRo}HVeLPSRUWDQWH
perceber que os estudos sobre Literatura Infantil se voltam todos para a necessidade de instruir com prazer, ou seja,
durante a leitura deve haver aprendizado e, ao mesmo tempo, ludicidade.

Tema 02
Literatura Infantil: Arte ou Instrumento Pedagógico?
7HPD
Literatura Infantil: Arte ou Instrumento Pedagógico?
SANTOS, Ausdy Nazareth Castros dos. Literatura Infantojuvenil: Literatura Infantil: Arte ou Instrumento Pedagógico?. Caderno de Atividades.
Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015.
Índice
Pág. 3 Pág. 3
ACOMPANHENAWEB
Pág. 9 Pág. 11
Pág. 13 Pág. 14
Pág. 15 Pág. 15
CONVITEÀLEITURA
Neste tema você perceberá a importância de entender as funções da literatura infantil na escola. Perceberá que,
DRORQJRGRVWHPSRVPXLWDVIRUDPDVHWDSDVSHODVTXDLVSDVVRXHVVHJrQHURGHWH[WRTXHIRLVHPRGL¿FDQGRDRV
SRXFRVD¿PGHVHUYLUDRS~EOLFROHLWRUDTXHPVHGHVWLQD1HVWHFDStWXORYRFrUHÀHWLUiVREUHXPDGDVTXHVW}HVTXH
mais intrigam professores que ministram aulas de literatura para crianças: o que devemos usar em sala de aula: a
literatura fantasista ou realista? Dentro dessa questão ainda se impõem outras: como escolher os livros? O que fazer
para descobrir gostos e preferências? Como trabalhar esses livros em sala de aula? A resposta para essas perguntas
estará dentro deste capítulo, em que você compreenderá o que está reservado ao professor e à escola. A tomada de
GHFLVmRFRPSUHHQGHXPDVpULHGHDWLWXGHVHFRPSUHHQVmRGRPRPHQWRKLVWyULFRGRVHUKXPDQRD¿PGHVDEHUGHFLGLU
a partir do conceito que diz ser a literatura realista o texto que procura reproduzir a realidade, de modo documental, como
XPDQRWtFLD¿HODRVIDWRVHRWH[WRIDQWDVLVWDTXHLPDJLQDDUHDOLGDGHIDQWDVLDQGRDID]HQGRFRPTXHHVVDLPDJLQDomR
‘recrie’ a realidade, muitas vezes confundindo-a com a fantasia. Saber avaliar e misturar essas duas vertentes que têm,
cada qual, a sua importância, será o seu trabalho como professor incentivador da leitura em sala de aula.
PORDENTRODOTEMA
Literatura
Lit t Infantil:
I f til Arte
A t ou Instrumento
I t t Pedagógico?
P d ó i ?
As primeiras produções de obras infantis tinham como base uma intenção exclusivamente pedagógica. Porém, com
as mudanças na produção de livros livres de ideologias morais e repressoras da ideologia burguesa romântica, esse
caráter pedagógico de agente do conhecimento passou a possibilitar também a fruição de emoções e uma gradativa
conscientização dos valores enfrentados no convívio social, o que possibilitou, ao mesmo tempo, o aparecimento da
dicotomia que apresenta o problema da utilidade da literatura infantil: instruir ou divertir e abriu aos leitores mirins a
oportunidade de incorporar à sua experiência humana a visão de uma realidade mais presente nos livros.
Levando em consideração a inexistência de qualquer manifestação política ou cultural desprovida de ideologias,

SURS}HVHDSDUWLUGHDJRUDXPDUHÀH[mRVREUHRVHOHPHQWRVLGHROyJLFRVTXHDEHUWDPHQWHVHH[S}HPWDQWRQRVLVWHPD
PORDENTRODOTEMA
educacional quanto no literário, já que o livro para crianças não se isenta dessas inserções ideológicas, tanto pela sua
capacidade de proporcionar a aquisição de habilidades de leitura quanto de facilitar os momentos de prazer.
Por se tratar de educação infantil, nota-se que a construção ideológica do ser adulto se potencializa e se materializa
por vezes de maneira inconsciente, quando se julga que o que se ensina é o mais indicado e adequado à instrução do
pequeno aprendiz. Esse tipo de atitude uniformiza (sob a perspectiva adulta) as características de formação da criança,
manifestando a ideia de que somente os mais velhos é que estão preparados para decidir o que as crianças devem ser
e pensar.
Não acreditamos que isso seja total inverdade, porém, alertamos para a identidade e expressão incorporada à literatura
infantil que, segundo Coelho (2002, p. 15)
tem uma tarefa fundamental a cumprir nesta sociedade em transformação: a de servir como agente de formação,
seja no espontâneo convívio leitor/livro, seja no diálogo leitor/texto estimulado pela escola.
Para Cecília Meireles (1984), a literatura infantil deve corresponder à expressão estética, porém sem a preocupação de
ser moral e/ou moralizante, embora constituída, como todo e qualquer texto, de elementos ideológicos. Daí a preocupação
no cuidado com a seleção de boas obras literárias, de modo a estabelecer critérios de valor aos textos e reconhecer que
a literatura infantil não pode ser desprestigiada como algo menor por se destinar a crianças.
A escolha de discursos revestidos de autoritarismos presentes sob a forma pedagógica e moralista reduz a literatura a
mero suporte pedagógico, a simples recurso didático. É por esse motivo que Nelly Novaes Coelho (2000) alerta para a
importância do ato da seleção de livros que serão disponibilizados às crianças, constatando em seus estudos que na
maioria dos livros publicados há determinada predominância da gratuidade (enredos simplistas, tolos, fragmentados
e sem sentido) ou “[...] são obras sobrecarregadas de informações corretíssimas, mas que, despidas de fantasia e
imaginação, em lugar de atrair o jovem leitor o afugenta” (COELHO, 2000, p. 48).
Além de Nelly Novaes Coelho, a autora Ligia Cademartori (2010) também destaca que é de suma importância entender e
FRQVLGHUDURJRVWRGRS~EOLFRLQIDQWLODTXHDREUDVHUiGHVWLQDGDD¿PGHUHFRQKHFHUDVFDUDFWHUtVWLFDVHQHFHVVLGDGHV
do grupo que receberá os livros. Para a autora
DVREUDVLQIDQWLVTXHUHVSHLWDPVHXS~EOLFRVmRDTXHODVFXMRVWH[WRVWrPSRWHQFLDOSDUDSHUPLWLUDROHLWRULQIDQWLO
possibilidade ampla de atribuição de sentidos àquilo que vê. A literatura infantil digna do nome estimula a criança
a viver uma aventura com a linguagem e seus efeitos, em lugar de deixá-la cerceada pelas intenções do autor,
em livros usados como transporte de intenções diversas, entre elas o que se passou a chamar de “politicamente
correto”, a nova face do interesse pedagógico, que quer se sobrepor ao literário (CADEMARTORI, 2000, p. 17).

PORDENTRODOTEMA
A Literatura e a Formação para a Consciência do Mundo
No mundo contemporâneo de tecnologias e globalização surge uma cultura onde é nítida a existência da criança
como um ser dotado de conhecimentos, sentimentos e desejos, ou seja, uma “cultura da infância”, que acredita serem os
SHTXHQRVSRVVXLGRUHVGHYR]HVSUySULDVTXHSUHFLVDPVHURXYLGDVHUHVSHLWDGDV(VVHS~EOLFRWmRSHFXOLDUHH[LJHQWH
quanto o adulto, dotado de inteligência, curiosidade e sentimentos, sedento de conhecer o mundo (conhecimento que
tão propriamente a literatura pode oferecer) tem a capacidade inata de se divertir com o jogo sonoro dos poemas,
SURYRFDGRSHODVLQWHUYHQo}HVDUWtVWLFDVGRVDXWRUHVEHPFRPRGHVFREULUWRGRRXQLYHUVRSRpWLFRH¿FWtFLRGRTXDOD
literatura sobrevive.
Daí a necessidade de manter a dependência entre Literatura e Educação, principalmente no que se refere à Educação pela
Literatura Infantil, questionando e proporcionando uma união qualitativa do trabalho didático, já que ambas desenvolvem-
se a partir de cultura, seja ela infantil ou adulta. Desse modo, ao se considerar a existência de uma cultura da infância,
não cabe mais a seleção de livros que não (co)respondam às expectativas da infância. Segundo Coelho (2000, p. 51),
no ato da leitura, através do literário, dá-se o conhecimento da consciência de mundo ali presente. Assimilado pelo
leitor, ela começa a atuar em seu espírito [...]. Mas para que essa importante assimilação se cumpra, é necessário
que a leitura consiga estabelecer uma relação essencial entre o sujeito que lê e o objeto que é o livro lido.
Por isso a importância do estabelecimento da orientação mediada correta e mais adequada, na medida do possível,
SDUDDHVFROKDGHOLYURVDSURSULDGRVVHPWHQV}HVRXWUDXPDWLVPRVD¿PGHTXHRVSHTXHQRVDSUHQGL]HVGHFXOWXUD
consigam efetivar uma sólida relação entre o universo literário e o seu mundo interior, o que facilitará a ampliação da
consciência individual e da consciência do mundo que estão descobrindo.
O Ideal: Literatura Realista ou Fantasiosa?
Em relação ao valor literário e sua importância no desenvolvimento infantil, Coelho (2000) alerta para a orientação
DVHUGDGDjVFULDQoDVD¿PGHTXHHODVFRQVLJDPHVWDEHOHFHU
[...] relações fecundas entre o universo literário e seu mundo interior, para que se forme, assim, uma consciência
que facilite ou amplie suas relações com o universo real que elas estão descobrindo dia a dia e onde elas
precisam aprender a se situar com segurança, para nele poder agir (COELHO, 2000, p. 51).
$TXL YHUGDGHLUDPHQWH SRGHVH YLVXDOL]DU R SDSHO GD HVFROD RSRUWXQL]DU DR DOXQR PRPHQWRV HP TXH SRVVD UHÀHWLU
VREUHDVFRPSOH[LGDGHVGRPXQGRD¿PGHTXHHQFDUHDYLGDUHDOHPVXDplenitude.
PORDENTRODOTEMA
É nesse momento em que chega a hora em que o professor orientador da leitura faz uma escolha: literatura fantasista
ou realista? Para decidir é necessário compreender que, no começo, a literatura foi essencialmente fantástica. Os
FRQKHFLPHQWRV FLHQWt¿FRV GRV IHQ{PHQRV GD YLGD QDWXUDO RX KXPDQD HUDP SUHFiULRV H R TXH VH VREUHVVDtD HUD D
explicação mágica, sobrenatural, em lugar da logicidade que conhecemos hoje. Essas explicações fantásticas do mundo
HGDYLGDQXWULDPHVDFLDYDPDVHGHGHFRQKHFLPHQWRGRVKRPHQVGDpSRFDHOXFLGDQGRDVG~YLGDVHSUHRFXSDo}HVHP
UHODomRjVRFLHGDGHHVXDVDo}HVGHPDQHLUDUHVWULWDPDVVX¿FLHQWHSDUDDTXHOHWHPSRFRPRpRFDVRGDVIiEXODVH
dos mitos. Pode-se aqui entender como maravilhoso toda e qualquer situação que surgir fora da dicotomia espaço/tempo
ou que se suceda em local vago ou indeterminado, não obedecendo às leis naturais. É importante salientar mais uma
vez que as histórias representavam a realidade social, retratando os problemas internos e externos que angustiavam o
homem, não sendo restritas ao universo infantil, uma vez que eram produzidas por adultos para os adultos.
As emoções e o prazer que essas histórias proporcionam até hoje e o simbolismo implícito nas tramas e personagens
DJHP QR LQFRQVFLHQWH H DMXGDP JUDGDWLYDPHQWH D UHVROYHU RV FRQÀLWRV LQWHULRUHV QRUPDLV QD IDVH GD YLGD HP TXH
mais eles ocorrem – a infância. Desse modo, as histórias primordiais foram aos poucos adaptadas por escritores, que
mantiveram seu poder de sedução, surgindo assim os contos de fadas.
Agora você já pode entender o porquê de as histórias fabulosas terem se incorporado tanto ao didatismo pedagógico
quanto à ludicidade: no início elas serviam para educar adultos e crianças. Essa época fantasista permaneceu desde
RVpFXOR9,,DWpRVpFXOR;;TXDQGRRPDUDYLOKRVRGRVFRQWRVSRSXODUHVIRLGH¿QLWLYDPHQWHDJUHJDGRDRFDEHGDOGH
REUDVSRSXODUHVSHORWUDEDOKRGRV,UPmRV*ULPPQD$OHPDQKDGH+DQV&KULVWLDQ$QGHUVHQQD'LQDPDUFDGH$OPHLGD
*DUUHWH$OH[DQGUH+HUFXODQRHP3RUWXJDOGH0RQWHLUR/REDWRQR%UDVLOHWF
Fundamentada em dados da psicologia, Coelho (2000) comenta que a proximidade dessa literatura popular e infantil se dá
por conta da mentalidade primária de ambas, já que o sentimento interior que predomina no povo e na criança em relação
ao mundo exterior é percebido através da emoção, da intuição, da sensibilidade e do pensamento mágico e não lógico.
¬PHGLGDTXHRFLHQWL¿FLVPRIRLDSDUHFHQGRHVHLQFRUSRUDQGRjYLGDGRKRPHPDUHDOLGDGHIRLLPSUHJQDQGRDFXOWXUD
FRPVHXVGHWDOKDPHQWRVHDSUR[LPLGDGHGD¿FomRFRPRIDWR)RLDpSRFDGDVGHVFREHUWDVFLHQWt¿FDVHPTXHFDGD
vez mais, as tendências realista e experimentalista apareceram nas obras, sendo muito explorado o veio da ‘experiência’
concreta e sensível que proporcionava mais empatia e aproximava autor–texto–leitor. Dos anos 60 para cá, com o
aparecimento das tecnologias que levaram o homem à Lua e o advento da internet, uma nova mentalidade vem se
IRUPDQGRHDOLWHUDWXUDLQIDQWLOSDVVDDWHUFRPRFKDYHPHVWUDD¿FomRFLHQWt¿FDTXHVHPLVWXUDPXLWDVYH]HVFRPR
maravilhoso antigo dos contos de fadas numa coexistência natural e espontânea, que não fere os princípios da obra
literária dedicada às crianças: a ludicidade e o prazer.

PORDENTRODOTEMA
A importância do maravilhoso na literatura infantil
(VWXGRVGDSVLFDQiOLVHDVVHJXUDPTXHRVVLJQL¿FDGRVDOHJyULFRVSUHVHQWHVQRVFRQWRVPDUDYLOKRVRVHVWmROLJDGRV
aos perpétuos dilemas do homem em relação ao seu amadurecimento emocional. Por isso a necessidade da criança
em defender sua vontade e sua independência, sendo os contos de fadas decisivos para que essa formação da criança
em relação a si mesma e ao mundo à sua volta se dê de forma tranquila e coerente. O maniqueísmo presente nas
personagens boas e más, belas ou feias, poderosas ou fracas, permite que a criança compreenda os valores básicos da
conduta humana ou convívio social em suas categorias de valor perenes.
6HJXQGR&RHOKRSQHFHVViULRVHID]SHQVDUTXHDFULDQoDVHLGHQWL¿FDFRPRKHUyLERPHEHORQmRSRU

FDXVDGHVXDERQGDGHRXEHOH]DPDVSRUYHUQHOHDSUySULDSHUVRQL¿FDomRGHVHXVSUREOHPDVLQIDQWLVVHXLQFRQVFLHQWH
GHVHMRGHERQGDGHHEHOH]DEHPFRPRVXDQHFHVVLGDGHGHEHPHVWDUHDFROKLPHQWR'HVVHPRGR¿FDDSWDDHQIUHQWDU
o medo que a inibe e as ameaças à sua volta, podendo alcançar aos poucos o equilíbrio adulto. Sobre a importância da
OLWHUDWXUDLQIDQWLOQDIRUPDomRGRHVStULWRGDVFULDQoDVDDXWRUDD¿UPDTXH
é o meio ideal não só para auxiliá-las a desenvolver suas potencialidades naturais, como também para auxiliá-las
nas várias etapas de amadurecimento que medeiam entre a infância e a idade adulta (COELHO, 2000, p. 43).
2SVLFyORJR%UXQR%HWWHOKHLPQDPHVPDOLQKDGHSHQVDPHQWRWDPEpPD¿UPDTXHDFULDQoDSUHFLVDGHVFREULU

sua identidade para entender o mundo que a rodeia e, para isso, os contos de fadas têm um papel importante ao se
reportarem a ela, já que suas narrativas simbólicas e encantadoras estão ligadas eternamente aos questionamentos
HQIUHQWDGRV SHOR KRPHP DR ORQJR GR VHX DPDGXUHFLPHQWR HPRFLRQDO H DJHP QD PHQWH WUDEDOKDQGR RV FRQÀLWRV
correspondentes a cada fase da vida.
Crítica literária e literatura infantil
Você compreenderá agora que, segundo Coelho (2000), a análise de uma obra da literatura infantil que esteja
sendo criticamente realizada deve responder algumas perguntas:
O que a obra transmite?
Como isso está expresso literariamente na obra?
Qual a consciência de mundo presente na obra?
Qual a intencionalidade do autor com a obra?
PORDENTRODOTEMA
Para tentar entender como se dá a crítica de livros da literatura infantil, usaremos aqui as experiências do professor
e historiador britânico, pesquisador da literatura para crianças e jovens, Peter Hunt (2010), cuja obra apresenta como
objetivos entender o que se dá quando um leitor comum lê e as possibilidades de se fazer um juízo criterioso dessa
OHLWXUD D ¿P GH TXH R OHLWRU LQH[SHULHQWH ³HQIUHQWH RV WH[WRV DR PHQRV FRQVFLHQWH GR TXH SRGH HVWDU DFRQWHFHQGR´
(HUNT, 2010, p. 21).
Desse ângulo, ao chamar de “inexperientes” os leitores não especialistas, esse pesquisador acredita que a literatura
infantil é muito mais do que “infantil”: é uma literatura destinada a leitores que estão em fase de descobertas e aquisição
de experiências literárias, tenham eles a idade que tiverem.
Assim como Coelho (2000), Hunt acredita ser igualmente necessário que os críticos e especialistas percebam a literatura
infantil como vanguardista, no sentido em que usa técnicas multimídias para a combinação de palavras, imagens, formas
e sons, requerendo estudos que ultrapassem os limites históricos, acadêmicos, linguísticos e dos gêneros literários.
Hunt também chama a atenção para o fato de que os elementos paratextuais e materiais do livro infantil (em especial
as ilustrações e a disposição física do texto – escrito e imagético) “alteram o modo como lemos o texto verbal” (HUNT,
2010, p. 233), requerendo um novo tipo de crítica que leve em consideração esse conjunto de palavras-imagens.
Segundo Coelho (2000) é importante perceber, com um olhar crítico e cuidadosamente analítico, que algumas análises
TXHVHGL]HPFUtWLFDOLWHUiULDYrPH[SORUDQGRSULQFLSDOPHQWHRVYHLRVGDGHQ~QFLDHUHLYLQGLFDo}HVPLOHQDUHVGHGLUHLWRV
recusados a minorias, como a mulher, a criança, bem como a discriminação das raças, de credos etc. Diz a autora (2000,
p. 58) que
QHVVH VHQWLGR DR VHU OLJDGD GH PDQHLUD UDGLFDO D SUREOHPDV VRFLDLV pWQLFRV HFRQ{PLFRV H SROtWLFRV GH WDO
gravidade, a literatura infantil e juvenil perde suas características de literariedade para ser tratada como simples
meio de transmitir valores. Ou é lida em função de seus esteriótipos sociais.
3HUFHEDDLPSRUWkQFLDGHVVDVUHÀH[}HVSDUDDWRPDGDGHFRQVFLrQFLDGHTXHDOLWHUDWXUDHQmRVRPHQWHDLQIDQWLO
a despeito de sua utilidade para as mais diversas áreas do conhecimento, enfrenta as mesmas demandas relativas à
produção, função do leitor, política, ideologia e mercado, linguagem e estilo, controle social, dentre outras, e que você
deve estar atento a todas essas variáveis que importam na análise e na crítica de uma obra literária.

ACOMPANHENAWEB
Uma entrevista para falar da magia da Literatura Infantil em Monteiro Lobato -
com vários escritores e ilustradores
Assista a várias entrevistas da série Memórias da Literatura Infantil e Juvenil – Especial

Monteiro Lobato±FRPHVFULWRUHVHLOXVWUDGRUHVFRPR/XL]$QW{QLR$JXLDU0DULOGD&DVWDQKD
3HGUR%DQGHLUDH)DQQ\$EUDPRYLFKTXHIDODPVREUHDPDJLDQDVREUDVGH0RQWHLUR/REDWR
e de como essa fantasia das histórias infantis consegue se instalar no imaginário da criança de
forma que, mesmo quando adultas, elas não esquecem a magia e as lembranças da infância.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=irnAK-cXev8>. Acesso em: 12 fev. 2015.
Tempo: 4:32.
A Magia dos Contos de Fadas – entrevista com a escritora Georgina Martins
Imperdível! Nessa entrevista, a repórter Leila Richers entrevista Georgina Martins, professora
da Pós-Graduação em Literatura Infantil e Juvenil da UFRJ. Segundo a especialista, a literatura
infantil e, especialmente, os contos de fadas são fundamentais para que a criança estabeleça
parâmetros de juízo em relação a si e ao mundo em redor. O simbolismo do gênero tem relação
direta com os dilemas que a criança e o adolescente enfrentam ao longo de seu amadurecimento.
Richers também conversa com Denise Crispun, que adaptou o conto A Pequena Vendedora de
Fósforos, clássico de Hans Christian Andersen, para o palco.
Disponível em: <KWWSVZZZ\RXWXEHFRPZDWFK"Y SYZN(%,9R>. Acesso em: 12 fev. 2015.
Tempo: 12:42.
ACOMPANHENAWEB
Leitura para Bebês: como fazer? – Nova Escola
Nesse vídeo, a experiência de várias cuidadoras de uma creche que falam sobre a leitura e as
atividades diárias de leitura com as crianças, sua importância e modo de realização, com passos
que podem ser seguidos por quem está pensando em utilizar essas técnica de leitura desde a
mais tenra infância. Gravado pelo Projeto Entorno, iniciativa da Fundação Victor Civita.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=KOv6_HetY7k>. Acesso em: 12 fev. 2015.
Tempo: 13:40.
Leia o artigo Fantasia e Realismo na Literatura Infantil Contemporânea, de

Gomes, Castro e Morais
Nesse artigo, as autoras discutem os primórdios da literatura infantil, cuja função era moralizar,
servindo como um recurso para auxiliar a família e a escola a educar. No século XX, com os
HVWXGRVGDSVLFRORJLDH[SHULPHQWDOHVVDYLVmRVHPRGL¿FDjSURFXUDGHXPDOLQJXDJHPTXH
VHLGHQWL¿TXHFRPRS~EOLFRPLULP7UDYDVHHQWmRXPDSROrPLFDTXDODOLQJXDJHPFDSD]GH
auxiliar a criança em sua formação: a linguagem mimética ou a linguagem simbólica? Faça a
leitura e tire suas próprias conclusões.
Disponível em: <http://www.prp2.ueg.br/sic2010/fronteira/arquivos/trabalhos_2009/linguistica_letras_e_artes/
sic/fantasia_e_realismo.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2015.
Conheça a Coleção Itaú de Livros Infantis
&ULDGDSHOD)XQGDomR,WD~6RFLDOHVVDpXPDFROHomRTXHWRGRVSRGHPRVDFHVVDUHVROLFLWDU
livros, ajudando a despertar desde cedo o prazer pela leitura. Peça a sua coleção gratuitamente.
Disponível em: <http://www.itau.com.br/itaucrianca>. Acesso em: 12 fev. 2015.

AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Questão 1
O maniqueísmo está sempre presente como ensinamento moral nas histórias infantis em que a ordem/desordem adentra à
QDUUDWLYD$RUGHPVHFRQ¿JXUDQDGLFRWRPLDEHOREHPHDGHVRUGHPHPIHLRPDO$VSHUVRQDJHQVWLSRTXHFRUSRUL¿FDPRPDO
tendem a escolher entre dois caminhos: ou se arrependem e se regeneram, ou são castigadas com a tortura ou a morte. Esse
temor é passado com muita tranquilidade nos textos infantis, em nome da formação moral e da educação, na manutenção do
poder legítimo do ser adulto na punição de comportamentos indesejáveis das crianças, que devem ser extirpados a todo custo.
Essa sensação de culpa nem sempre é danosa, sendo acatada muitas vezes apenas como certa curiosidade ou desobediência
à autoridade dos mais velhos, sendo acatada sem questionamentos. Como a Psicanálise veio ajudar a literatura a compreender
essa luta entre o bem e o mal e sua utilização na formação da criança?

AGORAÉASUAVEZ
Questão 2
Nos processos pedagógicos, observa-se uma determinada dependência entre a Literatura e a Educação, já que essa união quali-
tativa do trabalho didático com a leitura proporciona e favorece o desenvolvimento da capacidade de aquisição da cultura, seja ela
infantil ou adulta. Analise os itens abaixo sobre o favorecimento do trabalho docente em relação à essa aquisição cultural na escola:
I. Capacidade de se divertir com o jogo sonoro dos poemas, provocado pelas intervenções artísticas dos autores.
II. 'HVFREHUWDGRXQLYHUVRSRpWLFRH¿FWtFLRGRTXDODOLWHUDWXUDVREUHYLYH
III. Conhecimento da consciência de mundo presente no ato da leitura.
IV. Estabelecimento da relação entre o universo literário e o mundo interior da criança, o que facilita a ampliação da consciência
individual.
Está(ao) correta(s):
a) ආආආHආආආ
b) ආආආආHආ9
c) ආආආHආ9
d) ආHආආ
e) Todas estão corretas.
Questão 3
Como surgiram os livros infantis?
a) $SDUWLUGDVඇHQGDVUHJLRQDLV
b) 2VඇLYURVFඇiVVLFRVGHDGXඇWRVHUDPDGDSWDGRVSDUDDVFULDQoDV
c) 2VඇLYURVHUDPHVFULWRVSDUDDVFULDQoDVSRUHඇDVPHVPDV
d) Surgiram na França, com La Fontaine.
e) $SDUHFHUDPDSDUWLUGDWUDGLomRRUDඇHGRVUHඇDWRVGHYLDMDQWHV

AGORAÉASUAVEZ
Questão 4
Qual é a importância da Literatura Infantil e da leitura de histórias infantis para a formação e o desenvolvimento desde cedo do
aluno leitor?
Questão 5
([SOLTXHSRUTXHGHYHPRVWHUFXLGDGRDRH[SORUDURVWH[WRVYROWDGRVSDUDRS~EOLFRLQIDQWLOGHPDQHLUDPXLWRGRJPiWLFDLQFOXLQGR
QDDQiOLVHDVGHQ~QFLDVHRVYDORUHVDGXOWRVLPSOLFLWDPHQWHFRQWLGRV
FINALIZANDO
1HVWHWHPDYRFrS{GHYHUL¿FDUTXHKiYiULDVYHUWHQWHVQDOLWHUDWXUDLQIDQWLOHTXHDVREUDVGLJQDVGHVHUHPFKDPDGDV
de pedagógicas devem apresentar caráter didático, metas voltadas para a instrução, propagação de conhecimentos e
FRQVHUYDomRGHLQIRUPDo}HVQHFHVViULDVjIRUPDomRQDFULDQoDGDFRQVFLrQFLDGHVLPHVPDHGRPXQGR9HUL¿FRX
também que há obras que tendem mais a divertir e alegrar o leitor, e outras com um propósito de educação moral e de
valores, podendo também ambos os propósitos ser apresentados num mesmo livro. A esse tipo de elementos constantes
QRVOLYURVLQIDQWLVGDPRVRVQRPHVGHOLWHUDWXUDUHDOLVWDHIDQWDVLVWDTXHOHYRXYRFrDUHÀHWLUVREUHDVGLIHUHQoDVHQWUH
a literatura como arte literária e a literatura como instrumento pedagógico. Esse assunto é de suma importância na
sua formação como professor de língua portuguesa, dado o seu posicionamento frente às obras literárias que deverá
HVFROKHUSDUDOHLWXUDFRPVHXVDOXQRVHDQHFHVVLGDGHGHHVWDUVHPSUHLGHQWL¿FDQGRRVWUDoRVGRSHQVDPHQWRPiJLFR
HGRSHQVDPHQWROyJLFRHPGLIHUHQWHVREUDVOLWHUiULDVGHGLFDGDVDRS~EOLFRLQIDQWRMXYHQLO

REFERÊNCIAS
$%5$029,&+)DQQQ\Literatura infantil: gostosuras e bobices. 3. Ed. São Paulo: Scipione, 1993.
%(77//+(,0%UXQRA psicanálise dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
CIDADE DE LEITORES explora os Contos de fadas - parte 1. Disponível em: <KWWSVZZZ\RXWXEHFRPZDWFK"Y SYZN(%,9R>.
Acesso em: 14 fev. 2015.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: Texto-Análise-Didática. São Paulo: Moderna, 2000.
HUNT, Peter. Crítica, Teoria e Literatura Infantil. Tradução de Cid Knipel. São Paulo: Cosacnaify, 2010.
LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 6ª ed. 13ª impressão. São Paulo: Editora Ática, 2008.LEITURA
para bebê. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=KOv6_HetY7k>. Acesso em: 14 fev. 2015.
MATTOS, L. H. dos S. Contos de fadas. Disponível em: <http://guaiba.ulbra.tche.br/pesquisa/2006/artigos/letras/122.pdf>.
Acesso em: 14 fev. 2015.
0217(,52/2%$72'LVSRQtYHOHP<https://www.youtube.com/watch?v=irnAK-cXev8>. Acesso em: 14 fev. 2015.
025$(6:&0*20(605&$6752()Fantasia e Realismo na Literatura Infantil. Disponível em: <http://www.prp2.ueg.
br/sic2010/fronteira/arquivos/trabalhos_2009/linguistica_letras_e_artes/sic/fantasia_e_realismo.pdf>. Acesso em 14 fev. 2015.
MORTATTI, M. do R. L. Leitura crítica da literatura infantil. Itinerários, Araraquara, v. 17, p. 179-187, 2001. Disponível em:
<http://seer.fclar.unesp.br/itinerarios/article/viewFile/3458/3222>. Acesso em: 14 fev. 2015.
OLIVEIRA, C.M. A importância do maravilhoso na literatura infantil. Disponível em: <http://www.graudez.com.br/litinf/marav.
htm>. Acesso em 14 fev. 2015.

GLOSSÁRIO
Id l i b
Ideologia burguesa: conceito
it originalmente
i i l t utilizado
tili d por Karl
K l Marx
M para descrever
d a id
ideologia
l i d da classe
l social
i lbburgue-
sa no século XIX. Para Marx, a ideologia burguesa foi um produto da sociedade capitalista, suas condições materiais de
SURGXomRVXDVUHODo}HVVRFLDLVHHFRQ{PLFDV3DUDHOHHVVHWLSRGHLGHRORJLDHVFRQGHXDVFRQGLo}HVUHDLVGHWUDED-
lho, mas foi necessária para alterar as condições materiais de produção.
Fruição: s.f. Ação, desenvolvimento ou efeito de fruir. Ação de aproveitar ou usufruir de alguma oportunidade. Utilização
SUD]HURVDGHDOJRJR]R)RQWH<http://www.dicio.com.br/fruicao/>)
Cerceada: cortada, retirada, aparada, diminuída, restrita.
Mediada: intermediada, discutida.
Plenitude:VI&RQGLomRGDTXLORTXHHVWiFRPSOHWRLQWHLURTXHVHDSUHVHQWDHPVXDWRWDOLGDGHRXLQWHJUDOPHQWHD
beleza em sua plenitude. (Fonte: <http://www.dicio.com.br/plenitude/>)
http://www.dicio.com.br/plenitude/ )
GABARITO
Questão 1
Resposta: 2DOXQRGHYHUiUHOHPEUDUTXHRVHVWXGRVGD3VLFDQiOLVHDVVHJXUDPTXHRVVLJQL¿FDGRVDOHJyULFRVSUHVHQWHV
nos contos maravilhosos estão ligados aos perpétuos dilemas do homem em relação ao seu amadurecimento emocional.
Por isso a necessidade da criança em defender sua vontade e sua independência, sendo os contos de fadas e o
maniqueísmo neles existente decisivos para que essa formação da criança em relação a si mesma e ao mundo à sua
volta se dê de forma tranquila e coerente. O maniqueísmo presente nas personagens boas e más, belas ou feias,
poderosas ou fracas, permite que a criança compreenda os valores básicos da conduta humana ou convívio social:
categorias de valor perenes.

Questão 2
Resposta: Alternativa E.
-XVWL¿FDWLYD: Em todos os itens, podemos visualizar a capacidade da literatura em favorecer a educação no sentido de
divertir ensinando, numa leitura de poemas sonoros, por exemplo. Também se dá, pela leitura dos livros literários para
FULDQoDVDGHVFREHUWDGHVVHXQLYHUVRSRpWLFRH¿FWtFLRSUHVHQWHQDVREUDVOLWHUiULDVRTXHSURSRUFLRQDRFRQKHFLPHQWR
da consciência de mundo e o estabelecimento da relação entre o universo literário e o mundo interior da criança, o que
facilita a ampliação da cultura e da consciência individual.
Questão 3
Resposta: $OWHUQDWLYD%
-XVWL¿FDWLYD: As histórias primordiais representavam a realidade social, retratando os problemas internos e externos
que angustiavam o homem, não sendo restritas ao universo infantil, uma vez que eram produzidas por adultos para os
adultos. Desse modo, as histórias primordiais foram aos poucos adaptadas por escritores, que mantiveram seu poder
de sedução, surgindo assim os contos de fadas.
Questão 4
Resposta: O aluno deve ser capaz de inferir e responder algo em torno de: o desenvolvimento infantil pela leitura desde
cedo proporciona a magia, desperta para o encantamento, estimula a socialização. Além disso, desenvolve a atenção,
ensina a disciplina, amplia a imaginação, contribui na organização da fala.
Questão 5
Resposta: O aluno deverá inferir que, na análise de textos infantis, para posterior escolha da leitura dos mesmos em
VDODGHDXODQmRVHGHYHOLJDUDREUDGHPDQHLUDUDGLFDODSUREOHPDVVRFLDLVpWQLFRVHFRQ{PLFRVHSROtWLFRVJUDYHV
e que não estão ao alcance da consciência do novo leitor, pois corremos o risco de fazer com que a literatura infantil e
juvenil perca suas características de literariedade, a partir do momento em que passa a ser tratada como simples meio
de transmitir valores, ou é lida em função de seus estereótipos sociais. (Adaptada de COELHO, 2000, p. 58)

Tema 03
O Fenômeno Literário – Matéria e Forma
7HPD
O Fenômeno Literário – Matéria e Forma
SANTOS, Ausdy Nazareth Castros dos. Literatura Infantojuvenil: O Fenômeno Literário – Matéria e Forma. Caderno de Atividades. Valinhos:
Anhanguera Educacional, 2015.
Índice
Pág. 3 Pág. 3
ACOMPANHENAWEB
Pág. 12 Pág. 13
Pág. 16 Pág. 16
Pág. 17 Pág. 18
CONVITEÀLEITURA
Neste tema você compreenderá que é importante fazer a criança tomar contato com textos cuja história seja real
ou plausível, vendo o quanto é maravilhoso atuar como elemento formador do caráter, criatividade e espírito do jovem
leitor. Verá que a literatura infantil, assim como qualquer criação literária, é determinada por alguns preceitos, sofrendo
LQÀXrQFLDGHIDWRUHVHVWUXWXUDQWHVDSDUWLUGRVTXDLVVXUJLUmRRVPDLVYDULDGRVWH[WRVOLWHUiULRVHVFULWRVRXRUDLV
Você também verá que a linguagem da literatura infantil, tanto das obras fantasistas quanto realistas, deve despertar
primeiramente para o prazer da leitura, enriquecendo e contribuindo para a formação de um leitor consciente e crítico,
FDSD]GHQmRVHGHL[DULQÀXHQFLDU
9RFrSHUFHEHUiTXHRVIDWRUHVHOHQFDGRVQHVWHWHPDRDMXGDUmRQHVVDIRUPDomReLPSRUWDQWHTXHYRFrVDLEDLGHQWL¿FDU
HVVHVIDWRUHVHDLQÀXrQFLDGHFDGDXPGHOHVVREUHDVREUDVGDOLWHUDWXUDLQIDQWLOTXHLUiDGRWDUSDUDTXHVHXVDOXQRV
leiam em sala de aula.
PORDENTRODOTEMA
O Fenômeno
F ô Literário
Lit á i – Matéria
M té i e Forma
F
É através da leitura que a criança entra em contato com o fruto de todo um contexto histórico que fará parte da
formação de sua consciência como homem – a história dentro de um livro. E é por essa abordagem histórico-cultural
mediada pelo livro que se dá o diálogo da criança com o autor, o que Bakhtin (1995) chama de formação do discurso
interior, ou seja, a apreensão apreciativa da voz do outro. A criança que, pela leitura, apreende a enunciação do outro
não é um ser mudo, alguém privado da palavra, mas sim um ser que está começando a formar suas palavras interiores
a partir da junção do seu pensar com o discurso exterior. De acordo com o autor: “[...] É no quadro do discurso interior
que se efetua a apreensão da enunciação de outrem, sua compreensão e sua apreciação, isto é, a orientação ativa do
falante.” (BAKHTIN, 1995, p. 147-48).
PORDENTRODOTEMA
Desde as origens, a literatura aparece ligada a essa função essencial: atuar sobre as mentes, as vontades, as ações;
expandindo os espíritos, nos quais se ampliam também as emoções, as paixões, os desejos e os sentimentos de toda
ordem. Segundo Coelho (2000),
[...] no encontro com a literatura (ou com a arte em geral) os homens têm a oportunidade de ampliar, transformar
ou enriquecer sua própria experiência de vida, em um grau de intensidade não igualada por nenhuma outra
atividade. (COELHO, 2000, p. 29)
O texto literário se vincula a um universo sociocultural e a dimensões ideológicas que permitem que sua natureza mude
no tempo e no espaço. Sua linguagem é ao mesmo tempo partida e chegada, seus valores acompanham as mudanças
culturais, de acordo com as transformações dos tempos, das vontades, das pessoas, dos povos, etc., ou seja, a literatura
acompanha as mudanças da cultura da sociedade que integra e representa.
eGHYLGRDHVVHDVSHFWRPXWiYHOTXHDOLWHUDWXUDWUD]DLPSUHVVmRGHXPDYDULDELOLGDGHHVSHFt¿FDVHMDQRVGLVFXUVRV
individuais, seja na sua representatividade cultural. Desse modo, a fala comum possui uma transparência que não se
encontra no discurso literário, já que este está sempre a serviço da criação artística. O texto literário, por sua capacidade
GH PHGLDU D UHSUHVHQWDomR GH UHDOLGDGHV ItVLFDV VRFLDLV H HPRFLRQDLV FRQ¿JXUDVH FRPR XP REMHWR HVWpWLFR TXH
incorpora elementos dessa dimensão ao repertório cultural do homem, enquanto receptor/usuário de um saber comum.
Pela sua essência em apresentar uma linguagem eminentemente conotativa, o texto literário resulta de um arranjo
especial das palavras nessa modalidade de discurso de que emerge o sentido múltiplo que a caracteriza. Daí que a
SDODYUDOLWHUiULDjOX]GDDUWHGRHVFULWRUUHYHODVHFDUUHJDGDGHWUDoRVVLJQL¿FDWLYRVDJUHJDGRVDSDUWLUGHXPFRQWH[WR
de verossimilhança, apresentando uma imagem do real ligada estreitamente a outros elementos que fazem o texto.
Atente para o fato de que, apesar de representar essa dimensão denotativa, não é este seu traço dominante, já que sua
característica principal reside na conotação, que é o verdadeiro “segredo do valor poético de um texto”.
Estrutura do Texto Literário
A matéria literária constitui-se de elementos que tornam a palavra o corpo verbal do qual se constitui o texto.
2 WH[WR TXH WHP D LQWHQomR GH QDUUDU DOJXQV IDWRV DSUHVHQWD FRPR HVSHFL¿FLGDGH XPD VHTXrQFLD GH Do}HV TXH
VH UHODFLRQDP D GHWHUPLQDGRV DFRQWHFLPHQWRV TXH SRGHP VHU UHDLV RX ¿FWtFLRV DUUDQMDGRV QXPD VHTXrQFLD
de fatos na qual as personagens se movimentam num determinado espaço à medida que o tempo passa.
São conhecidos como textos narrativos os contos, as novelas, os romances, algumas crônicas, os poemas narrativos, as
histórias em quadrinhos, as piadas, as letras musicais, entre outros. Esse tipo de texto apresenta algumas características
que Nelly Novaes Coelho (2000, p. 66) chamou de “dez fatores estruturantes”, a saber:

PORDENTRODOTEMA
1. Personagem
Do latim persona (máscara), as personagens são simulacros de pessoas reais, que vivem as situações dentro da
narrativa, não podendo ser confundidas com pessoas reais, já que as primeiras são seres somente no papel, tendo
existência real apenas na narrativa, e as segundas são de carne e osso, tendo sua existência no mundo real e não no
GD¿FomR
/RJRDVSHUVRQDJHQVVmRRVVHUHV¿FWtFLRVTXHLQWHUDJHPFRPROHLWRUFRPSRQGRRTXDGURGRVHOHPHQWRVTXHSDUWLFLSDP
da história e representando uma pessoa imaginada pelo autor da obra, adquirindo vida quando posta em ação durante os
acontecimentos. Toda informação que se sabe de uma personagem é dada pelo narrador que, em estreita conexão com
as personagens da história, tem o papel de nomear, descrever características físicas e psicológicas, fazer comentários
a respeito delas e, principalmente, colocá-las em ação.
1.1 Algumas personagens, por se tratarem de pessoas que ocupam lugar de destaque e que apresentam papel
VLJQL¿FDWLYRSDUDRGHVHQYROYLPHQWRGDKLVWyULDVmRFKDPDGDVGHprotagonistas*HUDOPHQWHXPDREUD¿FWtFLD
apresenta protagonistas fortes, virtuosos, inteligentes e corajosos, denominados heróis. Mas isso não é praxe, caso
o protagonista não apresente as qualidades de um herói e seja exatamente o contrário, é chamado de anti-herói.
1.2 As protagonistas geralmente trazem vinculadas ao seu papel na história outras personagens que lhes opõem
jVLGHLDVFULDQGRFRQÀLWRVHPXLWDVYH]HVVHQGRDFDXVDGHSUREOHPDVGDVPDLVGLYHUVDVRUGHQVLPSHGLQGRDV
de alcançar seus objetivos. A essas personagens opostas aos protagonistas, dá-se o nome de antagonistas.
1.3 As demais personagens recebem o nome de secundárias ou coadjuvantes, que também são importantes para
que se mantenha o enredo da história.
PORDENTRODOTEMA
Figura 3.1 Personagem.
Fonte: Elaborada pela autora.
2. Narrador
Chamamos de narrador a voz que medeia a relação entre a narrativa e o leitor (ou ouvinte), sendo fundamental para
a constituição da história, já que a sua maneira de organizar o que narra, sob o seu ponto de vista e sua perspectiva, é
decisiva para o entendimento da mensagem da obra pelo leitor.
2.1 Chama-se foco narrativo a maneira pela qual o narrador se situa em relação ao que está narrando, constituindo-
se, basicamente, de três tipos:
a. Narrador em 1ª pessoa: também chamado de narrador-personagem, adquire essa nomeação porque participa
da história, estando perto do universo que está sendo transcrito, relatando os fatos sob sua ótica. Nesse caso, há
predomínio de impressões pessoais do narrador e visão parcial na narração dos fatos, ou seja, esse tipo de narrador
não possui cem por cento de credibilidade, já que sua familiaridade com a história que está narrando permeia-se de
contextos que um narrador mais distante jamais teria condições de apreender. Daí a narrativa muitas vezes adquirir
uma visão totalmente partidária, que sofre a interferência das posturas, conceitos e pareceres do narrador diante

PORDENTRODOTEMA
GDYLGDQmRGHL[DQGRTXHROHLWRU¿TXHGLUHWDPHQWHDSDUGDVLGHLDVHHPRo}HVSUHVHQWHVQRLQWHULRUGDVRXWUDV
personagens. É o caso, por exemplo, da personagem Bentinho, em Dom Casmurro, clássico de Machado de Assis,
que não permite que o leitor se comunique ou saiba das verdades e intenções presentes no íntimo da personagem
Capitu.
b. Narrador em 3ª pessoa: quando o narrador revela ao leitor somente o que consegue observar direta ou
indiretamente. Esse tipo de narrador pode ser:
Narrador-observador: objetivo e restrito, esse narrador apresenta ao leitor somente o que pode ver e analisar,
exatamente como quem capta imagens em uma câmera, com uma boa dose de imparcialidade, sem analisar nada
que esteja inserido na psique das personagens.
Narrador-onisciente: observa e revela tudo sobre o enredo e as personagens - seus pensamentos mais
íntimos e detalhes que até mesmo elas não sabem. Como está presente em toda parte, é também chamado de
onipresente, já que pode observar o desenrolar dos acontecimentos em qualquer espaço que ocorram.
3. Tempo
A estrutura narrativa denominada tempo representa o momento em que ocorrem os acontecimentos (manhã, tarde,
noite, presente, passado, futuro, etc.).
3.1 Tempo cronológico: é aquele determinado por horas e datas, revelado por acontecimentos dispostos numa
RUGHPVHTXHQFLDOHOLQHDULQtFLRPHLRH¿P
3.2 Tempo psicológico: é aquele ligado às emoções e sentimentos, caracterizado pelas lembranças das personagens
e reveladas por momentos confusos, em que se fundem presente, passado e futuro.
3.3 Tempo do discurso: é o que resulta do tratamento ou elaboração do tempo da história pelo narrador, que pode
escolher narrar os acontecimentos a partir da:
RUGHPOLQHDUHPTXHDSDUHFHPFRPHoRPHLRH¿P
DOWHUDomRGDRUGHPWHPSRUDOUHFRUUHQGRjDQWHFLSDomRGHDFRQWHFLPHQWRVIXWXURV¿PFRPHoRPHLR
- cadência dos acontecimentos, recorrendo ao resumo ou sumário, à elipse ou à pausa.
PORDENTRODOTEMA
4. Espaço
O espaço determina o lugar onde se passa toda a trama. Algumas vezes ajuda a caracterizar as personagens,
outras vezes é sugerido no intuito de aguçar a mente do leitor, sendo determinante para o entendimento da história.
Dependendo do enredo, a caracterização do espaço torna-se de fundamental importância, como ocorre, por exemplo,
nos romances regionalistas, nas histórias de terror, etc. Pode ser registrado a partir de dois tipos de perspectiva: 1)
ambiente fechado, quando se refere a recortes de locais em que a vista encontra os limites (uma sala, um quarto, um
celeiro, etc.) e 2) ambiente aberto ou paisagem (quando não impõe limites à visão do observador - campos, montanhas,
mar aberto, etc.). Há vários tipos de espaço numa narrativa:
4.1 O espaço ou ambiente físico: utilizado como a cena onde acontecem as atuações das personagens ou a
paisagem na qual elas se movimentam.
2HVSDoRRXDPELHQWHVRFLDOFRQ¿JXUDGRSHORXQLYHUVRVRFLDOHPTXHVHHQFRQWUDPLQVHULGDVDVSHUVRQDJHQV
secundárias, totalmente decorativas.
2HVSDoRRXDPELHQWHSVLFROyJLFRGH¿QLGRFRPRDHVIHUDLQWHUQDGRVVHUHV¿FWtFLRVDEUDQJHQGRDVH[SHULrQFLDV
os pensamentos e as emoções das personagens.
4.4 O espaço trans-real: o lugar que só existe na imaginação do homem, ou seja, não é localizável na realidade, é
RHVSDoRXWLOL]DGRSDUDDVGHVFULo}HVGRPDUDYLOKRVRQDVIiEXODVHQRVPLWRVEHPFRPRQD¿FomRFLHQWt¿FD
Veja a seguir um exemplo de espaço físico/ambiente fechado retirado do conto Missa do galo, de Machado de Assis:
A família recolheu-se à hora do costume; eu meti-me na sala da frente, vestido e pronto. [...] Tinha comigo um
romance, Os Três Mosqueteiros, velha tradução creio do Jornal do Comércio. Sentei-me à mesa que havia no
centro da sala, e à luz de um candeeiro de querosene, enquanto a casa dormia, trepei ainda uma vez ao cavalo
magro de D’Artagnan e fui-me às aventuras. Dentro em pouco estava completamente ébrio de Dumas. Os minutos
voavam, ao contrário do que costumam fazer, quando são de espera; ouvi bater onze horas, mas quase sem dar
por elas, um acaso. Entretanto, um pequeno rumor que ouvi dentro veio acordar-me da leitura. Eram uns passos
no corredor que ia da sala de visitas à de jantar; levantei a cabeça; logo depois vi assomar à porta da sala o vulto
de Conceição. (ASSIS, 1994)

PORDENTRODOTEMA
5. Enredo
A estrutura denominada enredo possui o sentido essencial de arranjo de uma história, ou seja, é a apresentação/
representação das situações, das personagens nelas envolvidas e das contínuas transformações que vão ocorrendo
HQWUHHODVDSRQWRGHFULDUQRYDVVLWXDo}HVDWpDOFDQoDU¿QDOPHQWHRGHVIHFKR(VVHQFLDOPHQWHRHQUHGRFRPSRUWD
a história: ele é o corpo de uma narrativa. O foco principal de todo enredo é prender a atenção do leitor a partir da
FULDomRGHXPFOLPDGHWHQVmRRUJDQL]DGRHPWRUQRGRVIDWRV1DPDLRULDGDVYH]HVRFRQÀLWRJHUDGRSHORHQUHGRp
representado pelas seguintes partes:
5.1 Introdução: início e apresentação da história, em que já aparecem os fatos iniciais, algumas personagens, e, na
maioria das vezes, o tempo e o espaço.
&RPSOLFDomRRXLPEUyJOLRSDUWHHPTXHVHGHVHQYROYHXPFRQÀLWRTXHGHYHUiVHUUHVROYLGRRXQmRDRORQJR

da narrativa.
5.3 Clímax: ponto culminante de toda a trama, em que se notam os momentos de maior tensão. Parte ou partes em
TXHRFRQÀLWRDWLQJHRDXJH
&RQFOXVmRRXGHVIHFKR¿QDOVROXomRGRFRQÀLWRFRQVWUXtGRSHORDXWRUHTXHSRGHDSUHVHQWDUYDULDGRVGHVIHFKRV
(trágico, cômico, triste, surpreendente).
A Linguagem na Narrativa
Segundo Coelho (2000, p. 82), a linguagem utilizada nas obras literárias depende de sua intencionalidade, podendo
ser mimética ou simbólica. Essas linguagens eram utilizadas separadamente em algumas obras, principalmente as da
Antiguidade, sendo que a simbólica era a preferida na narração religiosa, além de ser aclamada por Bettelheim (1980)
por auxiliar no desenvolvimento infantil. A mimética era utilizada para se referir às situações concretas, muitas vezes,
com caráter moralizante.
3RVWHULRUPHQWHD¿FomRFRQWHPSRUkQHDXQLXDOLQJXDJHPUHDOHPHWDIyULFDRULJLQDQGRGLVVRRUHDOLVPRPiJLFRRXR
realismo absurdo em que o elemento maravilhoso presente no texto é visto de modo natural. A autora Nelly Novaes
Coelho deixa claro que “nenhuma dessas formas é melhor ou pior, literariamente. São apenas diferentes e dependem
das relações de conhecimento que se estabelecem entre os homens e o mundo em que eles vivem” (COELHO, 2000,
p. 52).
PORDENTRODOTEMA
Desse modo, acreditamos que tanto as obras fantasistas quanto as verossímeis à realidade permitem a visualização
GHFRQ¿JXUDo}HVHVWpWLFDVTXHDVTXDOL¿FDPFRPRREMHWRVGHDUWHOLWHUiULD$VREUDVFRQWHPSRUkQHDVTXHDSUHVHQWDP
textos mais modernos e variadas ilustrações, enriquecem o imaginário infantil, despertam para o prazer pela leitura e
também contribuem para o processo de aquisição da linguagem na criança.
Os Processos Narrativos
Ainda no que tange à linguagem narrativa utilizada nas obras da literatura infantil, podemos observar alguns textos
característicos, como:
A descrição: relato de um objeto, pessoa, cena ou situação estática, ou seja, não depende do tempo. Descrever
é desenhar com palavras determinada imagem, de modo que ela possa ser visualizada pelo leitor em sua mente.
Apresenta as características peculiares abaixo:
- Uso de verbos de ligação.
- Presença de adjetivos ou locuções adjetivas.
- O texto descritivo não é dinâmico, o que o deixa um pouco tedioso, sendo cansativo para o leitor lê-lo.
- As imagens desse tipo de texto são semelhantes a um retrato, só que ao invés de imagens são utilizadas palavras,
daí o nome imagem verbal.
- Pela riqueza de detalhes e clareza de informações que esse tipo de texto apresenta a imagem vai se tornando
nítida e acessível ao leitor, o que deve ser o principal objetivo de uma boa descrição. Segundo Coelho (2000, p. 83)
“na literatura para crianças desempenha uma função muito importante [...]: ensina a criança a ver as coisas através
da representação mental realizada pelas palavras”.
A narração: SRGH VHU GH¿QLGD FRPR XP UHODWR GH DFRQWHFLPHQWRV TXH UHPHWHP SDUD R FRQKHFLPHQWR
do ser humano e das suas realizações no mundo. Na narrativa literária há uma expressão do mundo
exterior e objetivo que é, em geral, enunciado na terceira pessoa (por vezes, na primeira pessoa, quando o
narrador assume o papel de personagem), predominando a função referencial ou informativa da linguagem.
O texto narrativo permite uma comunicação através do discurso do narrador e da história recriada, apresentando um
discurso múltiplo e complexo que recorre, essencialmente, à narração, à descrição, ao diálogo e ao monólogo.

PORDENTRODOTEMA
A dissertação: série concatenada de ideias, opiniões ou juízos; tomada de posição frente a um determinado assunto que
procura convencer o leitor de alguma coisa, explicar a ele um ponto de vista a respeito de um assunto, ou simplesmente
interpretar uma ideia. Pode-se contar uma história (narração) ou apontar características fundamentais de um ambiente
(descrição) sem se envolver diretamente no relato. Tudo o que for exposto, todavia, principalmente no campo político e
religioso, deve ser acompanhado de argumentações e provas fundamentais.
O diálogo: modo de expressão cuja função varia sob vários aspectos: a situação comunicativa, a tipologia textual, a
LQWHQomRGRDXWRU1D¿FomRSRGHWHUDVVHJXLQWHVIXQo}HVFRQWULEXLUSDUDDFRQVWUXomRGDYHURVVLPLOKDQoDFDUDFWHUL]DU
a personagem, pela exposição de seus pontos de vista através do discurso utilizado; fornecer informações sobre
acontecimentos, situações, personagens, etc.; fazer progredir a ação. Encontra-se esse tipo de linguagem em textos
dramáticos e na generalidade das obras narrativas.
O monólogo: variante do diálogo, é um tipo de diálogo interiorizado, em que o “eu” se desdobra em dois, um que fala
H RXWUR TXH HVFXWD 1D ¿FomR DVVXPH GXDV IXQo}HV UHYHODU R PXQGR LQWHULRU GD SHUVRQDJHP HP FDXVD H IRUQHFHU
informações sobre acontecimentos anteriores cujo conhecimento é necessário para a compreensão da situação
presente. Algumas narrativas apresentam uma forma de monólogo interior, que representa a corrente de consciência
da personagem, assumindo a função de revelar pensamentos, recordações, emoções, contribuindo também para a
caracterização indireta da personagem.

ACOMPANHENAWEB
Conhecendo mais sobre Literatura
C
Visite o site Brasil Escola e conheça diversos assuntos relativos à Literatura Infantil, à Arte
Literária, bem como tome conhecimento de alguns artigos que traduzem as ideias da autora do
seu PLT, Nelly Novaes Coelho, sobre a Literatura para crianças.
Disponível em: <http://www.brasilescola.com/literatura>. Acesso em: 20 jan. 2015.
Foco Narrativo com Pedro Bandeira
Assista ao vídeo O foco narrativo na Literatura infantil e juvenil, em que o autor dos mais lindos
livros infanto-juvenis, Pedro Bandeira, faz uma apresentação bem-humorada e interessante
sobre o foco narrativo em literatura infantil.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=3N9u_aqAw44>. Acesso em: 20 jan. 2015.
Tempo: 8:37
Mundo Educação – um site para conhecer mais
Visite o site Mundo Educação e acesse vários artigos e explicações sobre o mundo da literatura
H DV HVSHFL¿FLGDGHV GD OLWHUDWXUD LQIDQWLO FRPR RV FRQWRV IDQWiVWLFRV DV IiEXODV H RV FRQWRV
policiais. Imprescindível para futuros professores de literatura.
Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/redacao/os-elementos-texto-narrativo.htm>. Acesso em: 20
jan. 2015.
Conheça a Coleção Itaú de Livros Infantis
Criada pela Fundação Itaú Social, essa é uma coleção que todos podemos acessar e que
pode nos ajudar a despertar desde cedo o prazer pela leitura. Peça a sua coleção gratuitamente.
Disponível em: <http://www.itau.com.br/itaucrianca>. Acesso em: 20 jan. 2015.

AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla
Questão 1
Você estudou que, em relação à pessoa gramatical, o narrador de uma obra pode escolher falar em primeira ou terceira pessoa.
Quais os efeitos de sentido obtidos a partir dessa escolha?
Questão 2
(FUVEST) A narração dos acontecimentos com que o leitor se defronta no romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, se faz
em primeira pessoa, portanto, do ponto de vista da personagem Bentinho. Seria, pois, correto dizer que ela se apresenta:
a) )LHඇDRVIDWRVHSHUIHLWDPHQWHDGHTXDGDjUHDඇLGDGH
b) 9LFLDGDSHඇDSHUVSHFWLYDXQLඇDWHUDඇDVVXPLGDSHඇRQDUUDGRU
c) 3HUWXUEDGDSHඇDLQWHUIHUrQFLDGH&DSLWXTXHDFDEDSRUJXLDURQDUUDGRU
d) ආVHQWDGHTXDLVTXHUIRUPDVGHLQWHUIHUrQFLDSRLVYLVDjYHUGDGH
e) ආQGHFLVDHQWUHRUHඇDWRGRVIDWRVHDLPSRVVLELඇLGDGHGHRUGHQiඇRV

AGORAÉASUAVEZ
Questão 3
6REUHXPWH[WRGRWLSRGHVFULWLYRpFRUUHWRD¿UPDUTXH
a) 6XDSULQFLSDඇFDUDFWHUtVWLFDpQDUUDUXPIDWR¿FWtFLRRXQmRFRPWHPSRHHVSDoREHPGH¿QLGRVHSHUVRQDJHQVTXHH[HFXWDP
as ações que movimentam o enredo.
b) 6XDSULQFLSDඇFDUDFWHUtVWLFDpH[SඇLFDUXPDVVXQWRHGLVFRUUHUVREUHHඇH7HPFRPRLQWHQomRH[SRUXPDUJXPHQWRHGHIHQGr
ඇR
c) 6XDSULQFLSDඇFDUDFWHUtVWLFDpFRPSඇHWDURVHඇHPHQWRVGDQDUUDWLYDFRPDFDUDFWHUL]DomRGHSHUVRQDJHPHGHDPELHQWHSDUD
WUDQVPLWLUDRඇHLWRUGDGRVVLJQL¿FDWLYRVVREUHDVSHUVRQDJHQV
d) 6XDSULQFLSDඇFDUDFWHUtVWLFDpLQGLFDUFRPRUHDඇL]DUXPDDomRFRPඇLQJXDJHPVLPSඇHVHREMHWLYDDඇpPGHSUHGRPtQLRGR
modo imperativo.
e) 6XD SULQFLSDඇ FDUDFWHUtVWLFD p ID]HU XPD GHIHVD GH LGHLDV RX GH XP SRQWR GH YLVWD GR DXWRU GR WH[WR $ ඇLQJXDJHP p
predominantemente persuasiva e denotativa.
Questão 4
Qual é relação existente entre as funções do narrador e a personagem?

AGORAÉASUAVEZ
Questão 5
&ODVVL¿TXHRVWUHFKRVDVHJXLUGHDFRUGRFRPDOHJHQGD
(A) Narração
(B) Descrição
(C) Dissertação
1. ( ) Ocorreu um pequeno incêndio na noite de ontem em um apartamento de propriedade do Sr. Marcos da Fonseca. No
ORFDOKDELWDYDPRSURSULHWiULRVXDHVSRVDHVHXVGRLV¿OKRV2IRJRGHVSRQWRXHPXPGRVTXDUWRVTXHSRUVRUWH¿FDYD
na frente do prédio.
2PXQGRPRGHUQRFDPLQKDDWXDOPHQWHSDUDVXDSUySULDGHVWUXLomRSRLVWHPKDYLGRLQ~PHURVFRQÀLWRVLQWHUQDFLR-
nais, o meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico e, além do mais, permanece o perigo de
uma catástrofe nuclear.
3. ( ) Qualquer pessoa que o visse, quer pessoalmente ou através dos meios de comunicação, era logo levada a sentir
TXHGHOHHPDQDYDXPDVHUHQLGDGHHDXWRFRQ¿DQoDSUySULDVGDTXHOHVTXHYLYHPFRPVDEHGRULDHGLJQLGDGH
4. ( ) De baixa estatura, magro, calvo, tinha a idade de um pai que cada pessoa gostaria de ter e de quem a nação tanto
precisava naquele momento de desamparo.
5. ( ) Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar na possibilidade de estarmos a caminho do nosso
próprio extermínio. É desejo de todos nós que algo possa ser feito no sentido de conter essas diversas forças destrutivas,
SDUDSRGHUPRVVREUHYLYHUjVDGYHUVLGDGHVHFRQVWUXLUXPPXQGRTXHSRUVHUSDFt¿FRVHUiPDLVIDFLOPHQWHKDELWDGR
pelas gerações vindouras.
6. ( ) O homem, dono da barraca de tomates, tentava, em vão, acalmar a nervosa senhora. Não sei por que brigavam,
mas sei o que vi: a mulher imensamente gorda, mais do que gorda, monstruosa, erguia os enormes braços e, com os
punhos cerrados, gritava contra o feirante. Comecei a me assustar, com medo de que ela destruísse a barraca — e talvez
RSUySULRKRPHP²GHYLGRjVXDI~ULDLQFRQWUROiYHO(ODLDJULWDQGRHVHHPSROJDQGRFRPVXDUDLYDFUHVFHQWHH¿FDQGR
cada vez mais vermelha, assim como os tomates, ou até mais.

FINALIZANDO
Neste tema, você
N ê pôde
ôd aprender
d que uma das
d funções
f da
d literatura
li é atuar sobre
b as mentes, as vontades,
d as ações
GRVKRPHQVGHPRGRDH[SDQGLUOKHVRHVStULWRDPSOLDQGRDVHPRo}HVDVSDL[}HVRVGHVHMRVHRVVHQWLPHQWRVD¿P
GHFDSDFLWDUOKHVSDUDDUHVROXomRGHVHXVFRQÀLWRVPDLVtQWLPRVDWpDSUHQGHUHPDOLGDUFRPRPXQGRTXHRVFHUFD
Você viu também que a literatura, por apresentar um aspecto mutável, tem um discurso mutável, que acha eco na
representatividade cultural à qual se agrega. Viu ainda as diferenças entre o discurso da fala comum e o discurso literário,
que está sempre a serviço da criação artística. Percebeu que a narração é um dos tipos de textos que mais se aproveita
dessa mutabilidade da literatura, já que apresenta a intenção de narrar fatos a partir de uma sequência de ações, reais
RX¿FWtFLDVQXPGHWHUPLQDGRHVSDoRjPHGLGDTXHRWHPSRSDVVD'HVVDPDQHLUDSHUFHEHXGHWDOKDGDPHQWHFDGDXP
GRVHOHPHQWRVFRQVWLWXLQWHVGHVVHWLSRGHWH[WREHPFRPRGHRXWURVVXDVHVSHFL¿FLGDGHVHXVRV
Conheça
ç mais sobre o assunto visitando os links sugeridos
g e amplie
p seu conhecimento.
REFERÊNCIAS
ASSIS, Machado de. Missa do galo. In: Obra completa de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. v. III.
Disponível em: <http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/contos/macn006.pdf>. Acesso em: 29 maio 2015.
BAKHTIN, Mikhail. 0DU[LVPRH¿ORVR¿DGDOLQJXDJHP. São Paulo: Hucitec, 1995.
BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
BRASIL ESCOLA. Conhecendo mais sobre Literatura. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/literatura>. Acesso em: 20
jan. 2015.
CANDIDO, Antônio. $SHUVRQDJHPGH¿FomR. São Paulo: Perspectiva, 1968.
COADJUVANTES. In: WIKIPÉDIA, 2015. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Personagem_secund%C3%A1ria>. Acesso
em: 20 jan. 2015.

REFERÊNCIAS
COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna, 2000.
EDITORA MODERNA LITER. Vídeo aula com o autor Pedro Bandeira 2/6 – Tema: Ângulo emocional do observador. Disponível
em: <http://www.youtube.com/watch?v=3N9u_aqAw44>. Acesso em: 20 jan. 2015.
ENUNCIAÇÃO. In: DICIONÁRIO Priberam da Língua Portuguesa, 2015. Disponível em: <http://www.priberam.pt/DLPO/
enuncia%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em: 20 jan. 2015.
PROENÇA FILHO, Domício. A Linguagem Literária. São Paulo: Ática, 1986. (Série Princípios)
FUNDAÇÃO ITAÚ SOCIAL. Itaú Criança. Disponível em: <http://www.itau.com.br/itaucrianca>. Acesso em: 20 jan. 2015.
LUKÁCS, Georg. A teoria do romance. São Paulo: Duas cidades; Ed. 34, 2000. (Coleção Espírito Crítico)
MOISÉS, Massaud. A criação literária: prosa I. São Paulo: Cultrix, 2006. MUIR, Edwin. A estrutura do romance. Porto Alegre:
Globo, 1970.
MUNDO EDUCAÇÃO. Literatura. Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/literatura/>. Acesso em: 20 jan. 2015.
NUNES, Benedito. O tempo na narrativa. São Paulo: Ática, 1999. ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. São
Paulo:
au o Global,
G oba , 2003.
003
E
Enunciação:PDQLIHVWDomRD¿UPDomRRUDORXSRUHVFULWR³3URGXomRLQGLYLGXDODWUDYpVGDOtQJXDGHXPWH[WRRXHQXQ-
i ã
ciado, em determinado contexto, dirigido a um interlocutor.” (PRIBERAM, 2015)
Concatenada: concatenar é encadear, ligar ideias e pensamentos.
Coadjuvantes: ajudantes, colaboradores, aqueles que não são protagonistas, nome genérico de outros personagens
de menor importância. Na literatura há tipos de personagens coadjuvantes, como os que desempenham um papel au-
xiliar contínuo aos personagens principais, os que surgem apenas ocasionalmente ou irregularmente, os que aparecem
apenas uma vez em uma cena, os que têm pouco envolvimento com a história e aparecem com certa frequência. No
caso em que grandes atores exercem o papel de um personagem coadjuvante, este pode receber o nome de “ator

Tema 04
Da Teoria à Análise do Texto Literário Infantil
7HPD
Da Teoria à Análise do Texto Literário Infantil
SANTOS, Ausdy Nazareth Castros dos. Literatura Infantojuvenil: Da Teoria à Análise do Texto Literário Infantil. Caderno de Atividades. Valinhos:
Índice
Pág. 3 Pág. 3
ACOMPANHENAWEB
Pág. 11 Pág. 12
Pág. 15 Pág. 16
Pág. 16 Pág. 17
CONVITEÀLEITURA
1HVWHWHPDYRFrFRQKHFHUiDVGLIHUHQoDVHVVHQFLDLVHQWUHRFRQWRGHIDGDVHRFRQWRPDUDYLOKRVRHPUHODomRj
SUREOHPiWLFDTXHOKHVIXQGDPHQWD9HUL¿FDUiTXH³RFRQWRPDUDYLOKRVRWHPUDt]HVQR2ULHQWHHVHXHQUHGRJHUDOPHQWH
HVWiUHODFLRQDGRjUHDOL]DomRVRFLRHFRQ{PLFDGRSURWDJRQLVWD´0277$VHQGRHVVDIRUPDGHQDUUDWLYDGLIXQGLGD
SHORV iUDEHV WHQGR VHX PRGHOR PDLV FRQKHFLGR QD FROHWkQHD As mil e uma noites 9RFr DSUHQGHUi WDPEpP TXH
RVFRQWRVGHIDGDVVmRGHRULJHPFHOWDHHVWmRUHODFLRQDGRVjUHDOL]DomRLQWHULRUGRLQGLYtGXRDSyVYHQFHUJUDQGHV
obstáculos impostos pela maldade de algum outro personagem.
9RFr IDUi XPD YLDJHP PDUDYLOKRVD SHORV FDPLQKRV GDV HVWUXWXUDV GHVVHV FRQWRV FRQVLGHUDQGR H DSUHHQGHQGR D
LPSRUWkQFLDGRVUHFXUVRVXWLOL]DGRVQDHVFULWDSDUDDIRUPDomRSUpHVFRODUHWDPEpPQDIDVHGHDTXLVLomRGDOHLWXUDH
HVFULWD)LFDUiDSDUGDVRULJHQVGRVFRQWRVGHIDGDVGHVXDUHSHUFXVVmRVXDVSULQFLSDLVOLo}HVHXWLOL]Do}HV9HUL¿FDUi
DVLPERORJLDHRVHQWLGRVXEHQWHQGLGRQDVHQWUHOLQKDVGHVVHWLSRGHKLVWyULD
(PVXPDYRFrSRGHUiYHUL¿FDUTXHDOpPGHHQFDQWDUDVFULDQoDVRVFRQWRVGHIDGDVHRVFRQWRVPDUDYLOKRVRVVmR
KLVWRULFDPHQWHXWLOL]DGRVHGHJUDQGHUHOHYkQFLDSDUDDDOIDEHWL]DomRHDTXLVLomRGRJRVWRSHODOHLWXUD
PORDENTRODOTEMA
Da T
D Teoria
i àA
Análise
áli dod Texto
T t Literário
Lit á i Infantil
I f til
A literatura desperta para a sensibilidade e afetividade pela leitura de textos que sejam capazes de oferecer
HOHPHQWRV SDUD TXH R VHU KXPDQR DSULPRUH VXD FDSDFLGDGH GH UHÀH[mR H FULDWLYLGDGH SRU PHLR GDV YLYrQFLDV GRV
conteúdos subjetivos que formam a tessitura do imaginário.
5HJLVWUDQGRDGLFRWRPLDFRQWHPSRUkQHDHQWUHFXOWXUDFLHQWt¿FDHFXOWXUDKXPDQtVWLFDYHUL¿FDPRVVHUQHFHVViULRUHÀHWLU
VREUHDQHFHVVLGDGHGHXPDHGXFDomRTXHDJUHJXHHPVXDHVVrQFLDDFRQWH[WXDOL]DomRGRVVDEHUHVD¿PGHSHUPLWLU
DH[LVWrQFLDGDWUDQVGLVFLSOLQDULGDGHQDHVFROD
PORDENTRODOTEMA
2VFRQWRVGHIDGDSHODVXDHVSHFL¿FLGDGHHPFRQVHJXLUOLJDURVPXQGRVLQWHUQRVHH[WHUQRVDRVXMHLWREHPFRPRR
UHDOHRLPDJLQiULRWmRLPSRUWDQWHVDRSURFHVVRGHIRUPDomRGHSHUVRQDOLGDGHVSHUPLWHPTXHRLQGLYtGXRFRQVLJD
SHODDGPLUDomRHDXWRDQiOLVHTXHVWLRQDUDSUySULDH[LVWrQFLDHID]HUDSRQWHHQWUHRTXHpDTXLVLomRGHconhecimento
HDTXLVLomRGHvalores.
A História dos Contos de Fadas e dos Contos Maravilhosos
(PWHPSRVPDLVUHPRWRVRVHUKXPDQRVHGHVOXPEUDYDFRPRVFRQWRVGHIDGDVTXHWLQKDPRFRQGmRGHH[SOLFDU
DOJXPDVFLUFXQVWkQFLDVGHVXDYLGD(VVDVQDUUDWLYDVOHJDGRGHXPSDVVDGRGLVWDQWHWrPVXDRULJHPQDVKLVWyULDV
DQFHVWUDLVUHODWDGDVGHIRUPDRUDOTXHFRQWDGDVHUHFRQWDGDVSHORVSRYRVDQWLJRVUHYHODUDPPDWL]HVGLIHUHQFLDGDVTXH
IRUDPVHPRGL¿FDQGRSRUpPPDQWHQGRVHDWLYDVQRVGLYHUVRVFDQWRVGRPXQGRHQFDQWDQGRHWRFDQGRRVHUKXPDQR
FRPVHGHGHFRQKHFLPHQWRHPLVWpULRDRORQJRGRVWHPSRV
'HVWHPRGRYRFrSRGHHQWHQGHURVFRQWRVGHIDGDVFRPRQDUUDWLYDVTXHID]HPSDUWHGD/LWHUDWXUD,QIDQWLO&OiVVLFDTXH
MXQWDPHQWHDRVFRQWRVPDUDYLOKRVRVFRQVWLWXHPIRUPDVGHQDUUDomRRULJLQiULDVGHGLIHUHQFLDGDVIRQWHVDSUHVHQWDQGR
SUREOHPiWLFDVGLYHUVDVTXHHPERUDSHUWHQoDPDXPPXQGRLPDJLQiULRVHJXHPRVYDORUHVGDVVRFLHGDGHVTXHDVUH
FULDUDPVHQGRMXVWDPHQWHSRULVVRQRPHDGDVnarrativas primordiais.
2VFRQWRVPDUDYLOKRVRVRULJLQDUDPVHGDVQDUUDWLYDVGRRULHQWHWHQGRFRPRHOHPHQWRSULQFLSDODUHVROXomRGHSUREOHPDV
VRFLDLVSROtWLFRVHHFRQ{PLFRVTXHRKHUyLEXVFDYDUHVROYHUGHIRUPDpWLFDHYDORURVD-iRVFRQWRVGHIDGDVWUD]LDPDV
SUHRFXSDo}HVFRPDSUREOHPiWLFDH[LVWHQFLDOGRVHUKXPDQRHPEXVFDGHUHDOL]DomRSHVVRDOUHODFLRQDGDVDRVDIHWRV
entre o masculino e o feminino.
'HDFRUGRFRP&RHOKRHPVHXOLYURO Conto de Fadas
$HIDEXODomREiVLFDGRFRQWRGHIDGDVH[SUHVVDRVREVWiFXORVRXSURYDV>@FRPRXPYHUGDGHLURritual iniciático
SDUD TXH R KHUyL DOFDQFH VXD DXWRUHDOL]DomR H[LVWHQFLDO VHMD SHOR HQFRQWUR GH VHX YHUGDGHLUR HX VHMD SHOR
HQFRQWURGDSULQFHVDTXHHQFDUQDRLGHDODVHUDOFDQoDGR &2(/+2S
'HVVHV³LGHDLV´TXHVmRWUDQVSRUWDGRVjVFULDQoDVSHORVFRQWRVGHIDGDVHSHORVFRQWRVPDUDYLOKRVRVUHVXOWDRFRQMXQWR
GD³OLWHUDWXUDLQIDQWLO´TXHHQVLQDPDLVVREUHRVSUREOHPDVLQWHULRUHVGRVVHUHVKXPDQRVHVREUHDVVROXo}HVSDUDHOHV
GRTXHTXDOTXHURXWURWLSRGHKLVWyULDTXHFDLEDQDFRPSUHHQVmRGDFULDQoD
1DIDVHGHIRUPDomRDFULDQoDQHFHVVLWDGHXPDHGXFDomRPRUDOTXHVHMDWUDQVPLWLGDGHPRGRVXWLOHLPSOtFLWRTXH
DDMXGHDGHVFREULUDVYDQWDJHQVGRFRPSRUWDPHQWRPRUDOQmRVRPHQWHSRUPHLRGHFRQFHLWRVpWLFRVDEVWUDWRVPDV

PORDENTRODOTEMA
GDTXLOR TXH OKH VHMD FRPSUHHQVtYHO H VLJQL¿FDWLYR 1DV QDUUDWLYDV SULPRUGLDLV D FULDQoD SRGH HQFRQWUDU WRGR WLSR GH
VLJQL¿FDGRRUDPDQLIHVWRRUDHQFREHUWRTXHIDOHVLPXOWDQHDPHQWHDWRGRVRVQtYHLVGDSHUVRQDOLGDGHTXHVHIRUPDGH
XPDPDQHLUDTXHDWLQJHDPHQWHLQJrQXDGDFULDQoD
(VWDpH[DWDPHQWHDGLIHUHQoDHHVSHFL¿FLGDGHTXHUHVLGHQRVFRQWRVGHIDGDHFRQWRVPDUDYLOKRVRVDH[SRVLomRGD
OXWDFRQWUDDVGL¿FXOGDGHVJUDYHVGDYLGDFRPDVTXDLVDSHVVRDQmRVHLQWLPLGD(VVHPRGR¿UPHGHOLGDUFRPDV
RSUHVV}HVLQHVSHUDGDVHPXLWDVYH]HVLQMXVWDVDMXGDDFULDQoDDSURFXUDUPDQHLUDVGHYHQFHURVREVWiFXORVHDR¿P
emergir vitoriosa.
(PERUDHVVDVVHMDPTXHVW}HVFUXFLDLVSDUDWRGRVQyVDVHVWyULDVPRGHUQDVHVFULWDVSDUDFULDQoDVSHTXHQDVHYLWDPD
H[SRVLomRGHVVHVSUREOHPDVH[LVWHQFLDLVQmRPHQFLRQDQGRRVOLPLWHVGHQRVVDH[LVWrQFLDRHQYHOKHFLPHQWRHDPRUWH
nem o desejo pela vida eterna.
2UDWRGRVVDEHPTXHDVFULDQoDVQHFHVVLWDPPXLWRTXHOKHVVHMDPGDGDVVXJHVW}HVGHIRUPDVLPEyOLFDVREUHFRPR
SRGHPOLGDUFRPHVWDVTXHVW}HVHFUHVFHUDVDOYRSDUDDPDWXULGDGH
2FRQWRGHIDGDVHRFRQWRPDUDYLOKRVRYrPDRHQFRQWURGHVVDQHFHVVLGDGHPXLWDVKLVWyULDVGHVVHJrQHURFRPHoDP
FRPDPRUWHGDPmHRXGRSDLRTXHFULDRVSUREOHPDVPDLVDQJXVWLDQWHVFRPRRPHGRGLVWRRXGDTXLORH[DWDPHQWH
FRPRRFRUUHQDYLGDUHDOHPRXWUDVKLVWyULDVXPSDLLGRVRGHFLGHTXHpWHPSRGHDQRYDJHUDomRSURYDUVHUFDSD]H
YDORURVDDSRQWRGHDVVXPLUXPUHLQDGRSRUH[HPSOReGHVWHPRGRTXHHVVHWLSRGHQDUUDWLYDDMXGDDFULDQoDDGHFLGLU
HUHVROYHUVHXGLOHPDH[LVWHQFLDOGHIRUPDEUHYHHFDWHJyULFDSHUPLWLQGROKHVLPSOL¿FDUWRGDVDVVLWXDo}HVGHPDQHLUD
FODUDFRPGHWDOKHV
As Peculiaridades das Narrativas Primordiais
$OJXQVWH[WRVLQLFLDLVJHUDGRVHPpSRFDVGLIHUHQWHVPDVFRPRVPHVPRVSURSyVLWRVGHH[SRUDVUHODo}HVHQWUHR
KRPHPHVXDOXWDSHODYLGDHFRPDVIRUoDVVXSHULRUHVHPLVWHULRVDVTXHUHJHPRSODQHWDPRVWUDUDPGHVGHRVpFXOR
9D&DRVpFXOR;,;G&RkPDJRGDVDEHGRULDSRSXODUWHQGRVLGRHVFULWRVSRUDXWRUHVTXHID]HPSDUWHGDOLWHUDWXUD
FOiVVLFDDWpKRMHDVDEHU(VRSR)HGUR/D)RQWDLQH3HUUDXOWRV,UPmRV*ULPPH$QGHUVHQ(VVHVWH[WRVFRQVHUYDP
HP VHX HQUHGR YDORUHV EiVLFRV GRV WHPSRV HP TXH VXUJLUDP GRV TXDLV SRGHPRV GHVWDFDU WUrV UHSUHVHQWDo}HV GH
PXQGRGLIHUHQWHV
O mundo real PDLVOLJDGRDRFRWLGLDQRUHSUHVHQWDGRPXLWDVYH]HVSHORVLPEROLVPRDQLPDOTXHGHXLQtFLRjVIiEXODV

HWLQKDRSURSyVLWRGHPRVWUDUGHIHLWRVHYLUWXGHVHPXPDpSRFDHPTXHRPDLVIRUWHHUDVXSHULRUDRPDLVIUDFR
PORDENTRODOTEMA
O mundo das metamorfoses UHDOLGDGH PiJLFD SRYRDGD SRU YDORUHV H HVWUXWXUDV VRFLDLV PDLV DUFDLFDV HP TXH
FRQYLYHPHOIRVPDJRVUHLVSULQFHVDVHVXDVFRUWHV
O mundo cristãoPDLVOLJDGR jUHOLJLRVLGDGHTXHDSUHVHQWDDQRomRGHSHFDGRVHFXOSDVFXMRVWH[WRVH[DOWDPD

virtude e condenam o vício.
7DPEpPVmRUHFRQKHFLGDPHQWHYLVtYHLVQDVREUDVTXHUHSUHVHQWDPDVQDUUDWLYDVSULPRUGLDLVH[HPSORSDUDRVYDORUHV
FXOWXUDLVWUDQVPLWLGRVSHODOLWHUDWXUDQRVWHPSRVSDVVDGRVRVHOHPHQWRVHVWUXWXUDLVTXHSRGHPVHUREVHUYDGRVHP
TXDVHWRGDVDVKLVWyULDV
A efabulaçãoJHUDOPHQWHLPHGLDWLVWDDSUHVHQWDDKLVWyULDHPXPFRPSDFWRGHHQWHQGLPHQWRVLPSOHVHPTXHRV
acontecimentos se sucedem em um ritmo acelerado e objetivo.
2motivo da efabulaçãoFRPXPHQWHGHULYDGDVWUrVQHFHVVLGDGHVEiVLFDVGRVHUKXPDQRDVDEHUfome poder e

sexo$IRPHHVWDUiOLJDGDDRVH[HPSORVGDQHFHVVLGDGHGHVREUHYLYrQFLDSHORWUDEDOKRRSRGHUDSDUHFHQDVUHODo}HV
HQWUHIRUWHVHIUDFRVHQDOXWDFRQWUDDH[SORUDomRRVH[RWDPEpPUHODFLRQDGRDRFDVDPHQWRpDQHFHVVLGDGHGH
DVFHQVmRVRFLDOEHPFRPRGRUHODFLRQDPHQWRKRPHPPXOKHU(PWRGRVRVFDVRVVHUHVPiJLFRVVHPSUHDMXGDPR
KHUyLRXDKHURtQDjVXSHUDomRGDVGL¿FXOGDGHVHQFRQWUDGDVSHORFDPLQKR
2tempopLQGHWHUPLQDGRa-históricoQDFODUDLQWHQomRGHWRUQDUHWHUQRVDVKLVWyULDVHVHXVYDORUHVPtWLFRV3RU
LVVRSDVVDGRSUHVHQWHHIXWXURVHFRQIXQGHPH[SUHVVRVHPWHUPRVFRPR³HUDXPDYH]´³QDTXHOHWHPSR´³FHUWR
GLD´HWF
2ato de contar utiliza o narrador oniscienteSUHVHQWHQRIDWRQDUUDGRPDVVHPFRPSURPLVVRFRPDYHUGDGH

(VVHWLSRGHUHFXUVRGHULYDGDQDUUDWLYDRUDOHSRVVXLIRUWHtQGLFHGHDWUDomRGHQWURGDVURGDVGHFRQWDGRUHV
2contopDIRUPDEiVLFDXWLOL]DGDSHODVXDFDSDFLGDGHGHVtQWHVHQDWUDQVPLVVmRGHIDWRVHYDORUHVeFRPXP
TXHHVVHWLSRGHQDUUDWLYDVHFRQIXQGDFRPDQRYHODMiTXHDPERVDSUHVHQWDPDSHFXOLDULGDGHGHDSUHVHQWDUYiULRV
HSLVyGLRVGLIHUHQWHVHPXPDPHVPDFROHWkQHD
A repetiçãopXPDGDVWpFQLFDVQDUUDWLYDVPDLVH[SORUDGDVQDOLWHUDWXUDLQIDQWLOSRUTXHGHVSHUWDSDUDDVHQVDomRGR
SUD]HUGHMiFRQKHFHURTXHYHPDVHJXLUHVWUDWpJLDPXLWRFRPXPXWLOL]DGDSHODVFULDQoDVTXHVROLFLWDPDUHSHWLomR
GDPHVPDKLVWyULDYiULDVYH]HV$VVLPFRPRDUHSHWLomRVHUHIHUHDRUHFRQWRWDPEpPRVHOHPHQWRVTXHFRQVWLWXHP
DKLVWyULDDUJXPHQWRVYDULDQWHVSHUVRQDJHQVFRQÀLWRVYDORUHVVHUHSHWHPQDVQDUUDWLYDVQRYHOHVFDVSULPRUGLDLV
TXHUHSXGLDPHVWUXWXUDVFRPSOH[DVGHGLItFLODFHVVRjFRPSUHHQVmRLQIDQWLO

PORDENTRODOTEMA
A representação simbólicaXWLOL]DVHGRVVtPERORVHtFRQHVJHUDOPHQWHSUHVHQWHVQDVRFLHGDGHGDpSRFDHRUHDO
pUHSUHVHQWDGRSHODPHWiIRUD
As personagens-tipos ou caracteres VHUYHP SDUD LGHQWL¿FDU RV FRPSRUWDPHQWRV PHQWLURVR JHQHURVR WUDLGRU
HWFRXRVJUXSRVVRFLDLVViELRYLDMDQWHYL~YDHWF2VSUHIHULGRVQDVIiEXODVVmRRVDQLPDVFRPFDUDFWHUtVWLFDV
humanas.
A convivência entre o real e o imaginário RFRUUH SHOD DWUDomR TXH VHQWLPRV SHODV FRLVDV PiJLFDV SRGHURVDV
LUUHDLVUHVXOWDGRGR³SHQVDPHQWRPiJLFR´SUHVHQWHQDOLWHUDWXUDSULPRUGLDO
2espaçopDSHQDVXPSRQWRGHDSRLRSDUDDVDo}HVGDVSHUVRQDJHQVVHUYLQGRFRPRSURYRFDGRUGDVYDULDGDV
VLWXDo}HVHVHQGRUHVXOWDGRGDVpSRFDVHPTXHRKRPHPHRFRVPRVYLYLDPHPXPDXQLmRQDWXUDOHGHFLVLYD
2exemplopXPGRVREMHWLYRVPDLVSHUFHSWtYHLVQDVQDUUDWLYDVSULPRUGLDLVTXHWLQKDPFRPRPHWDDGLYXOJDomR
GDVLGHLDVHDIRUPDomRGRFDUiWHUHGRVYDORUHVpWLFRVGDVRFLHGDGH
2narradorGHVVHWLSRGHWH[WRGHULYDGRVFRQWDGRUHVGHKLVWyULDGDVURGDVSRSXODUHVTXHFRQWDYDPRTXHWLQKDP
RXYLGRGHRXWURVFRQWDGRUHVTXHSRUVXDYH]RXYLDPGHWDQWRVRXWURVHDVVLPSRUGLDQWH2DXWRU$QGHUVHQIRLEHP
SURItFXRQHVVHWLSRGHWH[WRMiTXHDOpPGHUHFULDUWH[WRVDUFDLFRVDLQGDFULRXRXWURVWH[WRVFRPYDULDGRVWLSRVGH
narradores.
A Estrutura nos Contos de Fadas e Contos Maravilhosos
6HJXQGR1HOO\1RYDHV&RHOKRTXHVHJXHDOLQKDGHDQiOLVHGH:ODGLPLU3URSSDVHTXrQFLDGDV

IXQo}HVQRVFRQWRVpVHPSUHLGrQWLFDSRGHQGRDSUHVHQWDUWHUPRVRXIXQo}HVGLIHUHQFLDGDVTXHSRGHPYDULDURXQmR
&RHOKRWDPEpPSURS}HUHÀHWLUPRVVREUHRVHORVHQWUHDVLQYDULDQWHVDSUHVHQWDGDVSHORVFRQWRVPDUDYLOKRVRV
FRQWRVGHIDGDVHDUHDOLGDGHHPTXHYLYHPRVQRVVDVQHFHVVLGDGHVFRPRLQGLYtGXRVHVHUHVVRFLDLV6HJXQGRHODDV
SHVVRDVUHDLVHDVSHUVRQDJHQVGDVKLVWyULDVLQIDQWLVWrPPDLVHPFRPXPGRTXHLPDJLQDPRVFRQIRUPHHYLGHQFLDR
4XDGURDVHJXLU
PORDENTRODOTEMA
Quadro 4.1&RPSDUDomRHQWUHDVQDUUDWLYDVPDUDYLOKRVDVHDYLGDUHDO
NARRATIVAS MARAVILHOSAS
VIDA REAL
INVARIANTES VARIANTES
0RWLYR QXFOHDU DVSLUDomR R TXH OHYD R &DGDVHUKXPDQRWHPXPLGHDOGHVtJQLR
'HVtJQLR
KHUyLRXKHURtQDjDomR projeto a ser alcançado.
$ FRQGLomR SULPHLUD SDUD TXH VH FXPSUD
$ ¿P GH TXH FRQVLJD DOFDQoDU VHXV
R GHVtJQLR p sair GH FDVD RX VHMD D
'HVORFDPHQWR REMHWLYRV R VHU KXPDQR GHYH HQIUHQWDU R
personagem principal sempre se desloca
ou viagem mundo exterior e o confronto com outros
HP YLDJHP D XP DPELHQWH TXH OKH p
indivíduos.
HVWUDQKRQmRIDPLOLDU
6XUJLPHQWR GH SUREOHPDV TXH GHVD¿DP
'HVD¿RVRX R KHUyL j VXSHUDomR $SUHVHQWDPVH HP 1HVWDEXVFDSHORVREMHWLYRVRVHUKXPDQR
obstáculos forma de obstáculos que impedem a WDPEpPHQFRQWUDGL¿FXOGDGHVHRSRVLWRUHV
felicidade do protagonista.
2 KRPHP VHPSUH HQFRQWUD DX[LOLDUHV
Auxiliar mágico ou natural que surge para
que o ajudam na caminhada em busca
ajudar o protagonista a vencer os perigos e
0HGLDGRU GH VHXV LGHDLV 6HP G~YLGD RV PHOKRUHV
as batalhas que aparecerem para impedir
PHGLDGRUHV VmR R eu interior D IRUoD GH
seu crescimento.
vontade e a ânsia de conhecimento.
Happy EndRX¿QDOIHOL]FRPDVXSHUDomR (P VHX SURFHVVR GH FUHVFLPHQWR R VHU
&RQTXLVWDGR
dos obstáculos e a conquista dos KXPDQRWDPEpPVHGHSDUDFRPDVYLWyULDV
objetivo
merecimentos. HVHJXHjSURFXUDGHQRYDVFRQTXLVWDV
(PUHODomRjIRUPD3URSSSURS{VDH[SUHVVmRformas simples para os textos que permanecem sendo recontados
DWUDYpVGRVWHPSRVVHPSHUGHUVXDIRUPDREHGHFHQGRDXPSURFHVVRGHPRUDOLQJrQXDTXHSRGHVHUWUDGX]LGDFRPR
XPHQVLQDPHQWRFXOWXUDOVRFLDORXHFRQ{PLFRRSRVWDDRWUiJLFRUHDOGDYLGDFRWLGLDQD
2HVWXGRGDHVWUXWXUDGHWRGRVRVDVSHFWRVGRFRQWRPDUDYLOKRVRpDFRQGLomRSUpYLDDEVROXWDPHQWHLQGLVSHQViYHO
SDUDVHXHVWXGRKLVWyULFR2HVWXGRGDVOHLVIRUPDLVSUHVVXS}HRHVWXGRGDVOHLVKLVWyULFDV35233S
6HJXQGRHVVHDXWRURFRORULGRPiJLFRGDVSHUVRQDJHQVLPDJLQiULDVVHPSUHVHVREUHS}HjYLGDUHDOHPSUHWRHEUDQFR
3RUpP SRU VXD FRQGLomR GH PHWDPRUIRVH R FRQWR VHPSUH WUDUi HP VXDV UDt]HV D LQÀXrQFLD GD UHDOLGDGH KLVWyULFD

PORDENTRODOTEMA
FRQWHPSRUkQHD H WDPEpP GD OLWHUDWXUD H GD UHOLJLmR WDQWR GRV GRJPDV FULVWmRV TXDQWR GDV FUHQoDV SRSXODUHV GD
VRFLHGDGHTXHUHSUHVHQWDJXDUGDQGRHPVHXVHLRWUDoRVGRSDJDQLVPRGRVFRVWXPHVHULWRVGDDQWLJXLGDGH
3RU FDXVD GHVVDV FDUDFWHUtVWLFDV SHFXOLDUHV RV FRQWRV PDUDYLOKRVRV H RV FRQWRV GH IDGDV LGHQWL¿FDP QD OLWHUDWXUD
LQIDQWLOFRPRDFULDQoDLPDJLQDHVRIUHFRPRKHUyLHPVXDVSURYDVHWULEXODo}HVWULXQIDQGRFRPHOHTXDQGRDYLUWXGH
VDL YLWRULRVD$ FULDQoD ID] WDLV LGHQWL¿FDo}HV SRU FRQWD SUySULD H DV OXWDV LQWHULRUHV H H[WHULRUHV GR KHUyL LPSULPHP
moralidade sobre ela.
O Conto Através dos Tempos
9iULRVHVWXGLRVRVGDOLWHUDWXUDLQIDQWLOFRPR&RHOKRH3URSSGLVWLQJXHPDH[LVWrQFLDGHGXDVIDVHV

QDHYROXomRGRVFRQWRVPiJLFRV
3ULPHLUDIDVHRXIDVHpré-histórica±HPTXHVHHPEDUDOKDYDPRFRQWRHRUHODWRVDJUDGRPLWRHULWR1HVWDpSRFD

DSHQDVRVVDFHUGRWHVHRVPDLVYHOKRVSRVVXtDPRGLUHLWRGHQDUUDUHSRULVVRRFRQWRHUDXPDHVSpFLHGH³WDOLVPm
RUDO´XWLOL]DGRSDUDH[SOLFDUHOLGDUPDJLFDPHQWHFRPRPXQGR
6HJXQGD IDVH RX IDVH GD história do conto ± HP TXH R FRQWR SHUGH VHX VLJQL¿FDGR UHOLJLRVR H RV VDFHUGRWHV
QDUUDGRUHVHDVSHVVRDVPDLVYHOKDVGHL[DPGHVHULPSRUWDQWHVSDVVDQGRDVSHVVRDVFRPXQVWDPEpPDQDUUDU
0XLWR VH GLVFXWH D UHVSHLWR GDV UHODo}HV GRV FRQWRV GH PDJLD FRP R PLWR R IROFORUH H D SDUiEROD 6HJXQGR DOJXQV
HVWXGLRVRVRVmitosVmRVLVWHPDVGHYDORUHVTXHHVWLYHUDPSUHVHQWHVQRVLQGLYtGXRVSRLVEXVFDYDPH[SOLFDUDVFRLVDV
GRPXQGRTXHQmRID]LDPVHQWLGRHVWDQGRUHODFLRQDGRVDRPiJLFRHFRPYDORUHPRFLRQDOHDIHWLYRPXLWRIRUWHSDUDRV
membros da comunidade.
-iDparábolapXPDQDUUDWLYDTXHDSUHVHQWDVHPHOKDQoDVDRPLWRQDfunçãoHDRFRQWRQDestrutura. Estruturada
GH IRUPD EDVWDQWH HODERUDGD SDUD VHU VLPEyOLFD D SDUiEROD DSUHVHQWD FRPR REMHWLYR SULQFLSDO D WUDQVPLVVmR GH XP
HQVLQDPHQWRFRPIRUWHVHQWLGRUHDOLVWDHPRUDOL]DQWHQHPVHPSUHDSDUHQWH1DSDUiERODDVSHUVRQDJHQVVmRVHUHV
KXPDQRVTXHSRVVXHPDWULEXWRVGHVLJQL¿FDomRVLPEyOLFD
2folcloreFRQVLVWHHPPDQLIHVWDo}HVLVRODGDVGHDOJRTXHH[LVWLDDQWHV1DVFLGRGHIUDJPHQWRVGHPLWRVGRVTXDLVQmR
VHVDEHDRULJHPQmRDSUHVHQWDXPDIRUPDDFDEDGDFRPRDGRVPLWRV
PORDENTRODOTEMA
Da Narrativa Maravilhosa para a Narrativa Realista
&RP D FKHJDGD GR 5RPDQWLVPR VpFXOR ;,; DV QDUUDWLYDV PDUDYLOKRVDV TXH DLQGD HUDP FRQWDGDV QDV URGDV
IDPLOLDUHVSDVVDUDPDVHUUHFRQWDGDVDSUHVHQWDQGRDOJXPDVFDUDFWHUtVWLFDVPDLVDRJrQHURGDQRYDVRFLHGDGHTXH
WLQKDFRPRYDORUL]DomRDLGHQWL¿FDomRGRKRPHPFRPRTXHHOHerafazia e sabiaHQmRPDLVVRPHQWHSHODVXDFODVVH
VRFLDO$DOIDEHWL]DomRHPPDVVDD³HVFRODSDUDWRGRV´HDOHLWXUDQDHVFRODSDVVDUDPDVHUREMHWLYRVGHXPDVRFLHGDGH
TXHHQ[HUJDYDDOLWHUDWXUDFRPRIRUPDDWUDHQWHGHPRVWUDUDRVKRPHQVQmRVRPHQWHVXDSUySULDUHDOLGDGHPDVVXD
LQWHOLJrQFLDHSRGHUGHPXGDUDVFRLVDVDVHXUHGRU
$OLWHUDWXUDPiJLFDHVREUHQDWXUDODSDUWLUGHVVDpSRFDSDVVRXDVHUFRQVLGHUDGDOLWHUDWXUD³SDUDFULDQoDV´6mRREUDV
UHSUHVHQWDWLYDVGHVVHSHUtRGRDVQRYHODVSUHFXUVRUDVGRLQGLYLGXDOLVPRURPkQWLFRFRPRAventuras de Robinson Crusoé
de Daniel Defoe; Viagens de Gulliver GH-RQDWKDQ6ZLIWNovos Contos de Fada GD&RQGHVVDGH6pJXUAlice no País
das MaravilhasGH/HZLV&DUUROOVinte Mil Léguas SubmarinasGH-~OLR9HUQHAs Aventuras de PinóchioGH&ROORGL
entre outras tantas.
Mudanças na Estrutura dos Textos Para Crianças
&RPDSDVVDJHPGRWHPSRVHJXQGR&RHOKRWDPEpPDHVWUXWXUDGDVQDUUDWLYDVYROWDGDVSDUDRS~EOLFR

LQIDQWLOSDVVDSRUXPDUHHVWUXWXUDomRDSUHVHQWDQGRDOJXQVSRQWRVQRYRVHPDQWHQGRFRPPXGDQoDVRVSRQWRVDQWLJRV
FRPRDVHJXLU
Efabulação±PDLVLPHGLDWLVWDFRPQDUUDWLYDOLQHDUFRPHoRPHLRH¿P
Tempo±KLVWyULFRHUHSUHVHQWDWLYRGDVRFLHGDGHHPTXHVWmR
2ato de contarDLQGDHVWiSUHVHQWHPDVFRPPXGDQoDVQDDSUHVHQWDomRDSDUHFLPHQWRGDHStJUDIHRXGDVLQRSVH
4. Registros±PDLVUHDOLVWDVFRPGHVFULo}HVSRUPHQRUL]DGDV
5. Realismo –PDLVYROWDGRSDUDDFLrQFLDQDVFHRURPDQFHFLHQWt¿FR
6. Personagens ± PDLRU XWLOL]DomR GDV SHUVRQDJHQVFDUiWHU TXH GHVFUHYHP D SHUVRQDOLGDGH H R FRPSRUWDPHQWR

H[SOLFDGRVjOX]GD3VLFRORJLD
7. Espaço – UHFXUVRLPSRUWDQWHSRUTXHGHWHUPLQDDVHTXrQFLDGDQDUUDWLYDGH¿QLQGRRGHVHQURODUGRVDFRQWHFLPHQWRV

PORDENTRODOTEMA
8. Nacionalismo ±H[DOWDomRURPkQWLFDGDLQWHQomRGDYHUGDGHHHQWXVLDVPRSHODSiWULD
Exemplaridade±WRUQDVHIXQGDPHQWDOHVRIUHDLQVHUomRGRKXPRU
Formas de texto±DVQDUUDWLYDVGRVJrQHURVURPDQFHHQRYHODSDVVDPDVHUPDLVXWLOL]DGDV
Narrador ±SUHVHQoDSHUPDQHQWHTXHVHWRUQDIDPLOLDUFRPRDSDUHFLPHQWRGDGLYLVmRGHQDUUDGRUHPH
pessoas.
&RPRYRFrS{GHQRWDUDLQWHQomRGDVQDUUDWLYDVDSDUWLUGR5RPDQWLVPRUHVXOWDGDIXVmRHQWUHRUHJLVWURGRUHDOHD
LQYHQomRGRPDUDYLOKRVRDSUHVHQWDQGRDVFDUDFWHUtVWLFDVSHFXOLDUHVDRS~EOLFRDOYRTXHUHYHODYDXPPXQGRFDGDYH]
PDLVIDQWiVWLFRLPSRVWRSHODVLQYHQo}HVHLQRYDo}HVGDPiTXLQDTXHVHDSUHVHQWDYDDRDOFDQFHGHWRGRV
&RP R DYDQoR GR UDFLRQDOLVPR FLHQWL¿FLVWD H WHFQROyJLFR RV FRQWRV GH IDGDV H DV QDUUDWLYDV PDUDYLOKRVDV
SDVVDUDPDVHUYLVWRVFRPR³KLVWyULDVSDUDFULDQoDV´+iXPQRYRPDUDYLOKRVRDDWUDLURVKRPHQVDTXHOHTXH
HOHVGHVFREUHPQmRVyQRSUySULRUHDOWUDQVIRUPDGRSHODPiTXLQDPDVWDPEpPHPVLPHVPRVRXPHOKRUQR
SRGHUGDLQWHOLJrQFLDKXPDQD&2(/+2S
ACOMPANHENAWEB
O Conto de Fadas – Magia e Encantamento
1HVWHDUWLJR/XFLD+HOHQDGRV6DQWRV0DWWRVHÆQJHOD5RFKD5ROODDERUGDPTXHVW}HVTXH
WUDWDPGDDQiOLVHSVLFROyJLFDGRVFRQWRVGHIDGDVSURFXUDQGRDQDOLVDUSRUTXHHVVHJrQHURp
WmRDJUDGiYHODRS~EOLFRLQIDQWLO
'LVSRQtYHOHP<KWWSJXDLEDXOEUDEUVHPLQDULRHYHQWRVDUWLJRVOHWUDVSGI>$FHVVRHPMDQ

ACOMPANHENAWEB
Literatura Infantil
Acesse o siteGD,QIR(VFROD1DYHJDQGRH$SUHQGHQGRHYHMDXPDEUHYHH[SOLFDomRVREUH

DOJXPDVREUDVFRQVLGHUDGDVFOiVVLFDVHP/LWHUDWXUD,QIDQWLOHGHFRPRHVVHVFOiVVLFRVVRIUHUDP
DGDSWDo}HVD¿PGHVHUYLUHPGHLQVSLUDomRSDUDRVFRQWRVGHIDGDV
'LVSRQtYHOHP<KWWSZZZLQIRHVFRODFRPOLWHUDWXUDOLWHUDWXUDLQIDQWLO>$FHVVRHPMDQ
Psicologia e Sociologia Auxiliando a Literatura Infantil
Acesse as aulas Literatura Infantil e Juvenil – Linguagem do ImaginárioGH0DULD=LOGD&XQKD

TXHSURS}HXPQRYRFRQFHLWRGHOLWHUDWXUDLQIDQWLOHMXYHQLOFRPEDVHHPGLIHUHQWHVDERUGDJHQV
SVLFROyJLFDVHVRFLROyJLFDV
'LVSRQtYHOHP<KWWSZZZLHVSUQFRPEUIWSLHVS'LVFLSOLQDV352,6(30)GXOR/,7(5$785$,1
)$172-89(1,/7H[WR/LWHUDWXUDLQIDQWRMXYHQLOSGI>$FHVVRHPMDQ
)$172 -89(1,/7H[WR /LWHUDWXUDLQIDQWR MXYHQLOSGI
M $FHVVRHPMDQ
AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
HVFROKDHGLVVHUWDWLYDV/HLDFXLGDGRVDPHQWHRVHQXQFLDGRVHDWHQWHVHSDUDRTXHHVWiVHQGRSHGLGR
Questão 1
/HLDRFRQWRDVHJXLUHUHÀLWDTXHPQmRFRQKHFHDKLVWyULDGR Patinho Feio? Quem nunca sofreu ou ao menos se comoveu com

VXDWUDMHWyULDGHVRIULPHQWRDSHQDVSRUVHUFRQVLGHUDGRIHLRHHVWUDQKRDRVVHXV"

AGORAÉASUAVEZ
Era verão quando nasceu o Patinho Feio. Surgiu de dentro de um ovo tão grande que todos pensaram tratar-se de
um ovo de peru que por acaso caíra num ninho de pata.
ࣣ4XHSDWRPDLVIHLRRXYLDHOHTXDQGRVXDPmHROHYDYDSHORTXLQWDO>@
O Patinho Feio sentia-se tão infeliz e malquisto que resolveu fugir.

Atravessou os campos e encontrou alguns patos selvagens.
ࣣ&RPRYRFrpIHLRGLVVHUDPOKHWDPEpP
Mas aceitaram sua companhia, contanto que jamais se casasse

FRPXPDSDWDVHOYDJHP>@'HFLGLXSDUWLUQRYDPHQWHDFHLWDQGRXPFRQYLWHGRVJDQVRVTXHRFKDPDYDPSDUD
voar.
ࣣ9RFrpIHLRGHPDLVFRPHQWDUDPRVJDQVRVࣣ9RFrpWmRIHLRTXHDFDEDPRVJRVWDQGRGRVHXMHLWR
Mas, antes que o Patinho Feio alçasse vôo, seus novos amigos foram mortos por caçadores e ele se viu só mais
XPDYH]>@
4XDQGRFKHJRXDSULPDYHUDFDQVDGRHWULVWHR3DWLQKR)HLRDYLVWRXDV
aves mais lindas que já encontrara na vida. Eram cisnes que nadavam num rio. Aproximou-se e, pela primeira vez,
ROKRXSDUDDViJXDVHYLXVHXUHÀH[R'HVFREULXTXHHUDXPFLVQHFRPRHOHV
3RUXPLQVWDQWHOHPEURXVHGRWHPSRHPTXHHUDPDOWUDWDGRHSHUVHJXLGR'HSRLVPRYHXDVDVDVTXHEULOKDYDP
sob o sol e, também pela primeira vez, sentiu-se feliz.
)RQWH5HFRQWDGDSRU0DUFHOR&RHOKRVice-versa ao contrário6mR3DXOR&RPSDQKLDGDV/HWULQKDV'LVSRQtYHOHP<KWWS
HXQLFHPLUDQGDROLYHLUDEORJVSRWFRPEUOLQJXDSRUWXJXHVDHVFRODQRPHGDWDKWPO>$FHVVRHPIHY
$ULTXH]DGDKLVWyULDGH+DQV&KULVWLDQ$QGHUVHQUHVLGHQDFDSDFLGDGHGHWRFDUSURIXQGDPHQWHQRVHQWLPHQWRGHSLHGDGHTXH
WRGRVWHPRVGHVSHUWDQGRRDPRUDRSUy[LPRDVROLGDULHGDGHHRUHVSHLWRjVGLIHUHQoDV$OpPGHVVHVYDORUHVRTXHPDLVRSUR
fessor poderia trabalhar com seus alunos sobre esse conto?

AGORAÉASUAVEZ
Questão 2
6ySRGHPRVGL]HUTXH12KiXPDUHSUHVHQWDomRGRPXQGRGDVQDUUDWLYDVSULPRUGLDLVQDDOWHUQDWLYD
a)2PXQGRGDVQDUUDWLYDVSULPRUGLDLVHUDRPXQGRHPTXHFRQYLYLDPVHUHVPDUDYLOKRVRVVXSHULRUHVHLQIHULRUHV
b)2PXQGRGDVQDUUDWLYDVSULPRUGLDLVHUDRPXQGRHPTXHLPSHUDYDRVLPEROLVPRDQLPDOTXHGHXRULJHPjVIiEXODV
c)2PXQGRGDVQDUUDWLYDVSULPRUGLDLVHUDRPXQGRGDVPHWDPRUIRVHVHPTXHVHSRGLDREVHUYDUIDFLOPHQWHDUHDOLGDGHPiJLFD
d)2PXQGRGDVQDUUDWLYDVSULPRUGLDLVUHSUHVHQWDYDWDPEpPRPXQGRUHOLJLRVRFULVWmRHPTXHDVYLUWXGHVHUDPRPRWLYRGH
penas e sofrimento.
e)2PXQGRGDVQDUUDWLYDVSULPRUGLDLVHUDRPXQGRUHDOUHSUHVHQWDGRSHODIRUoDEUXWD
Questão 3
/HLDRWH[WRDVHJXLUHUHVSRQGD
O Leão e os Três Touros

Três touros, amigos desde a infância, pastavam juntos e tranquilos na selva. Um Leão, escondido no mato, espreitava-os na
esperança de fazer deles seu jantar, mas tinha medo de atacá-los enquanto estivessem juntos. Mas, por meio de astuciosas e
traiçoeiras palavras, ele conseguiu criar entre eles a desavença e separá-los. Assim, tão logo eles pastavam sozinhos, atacou-os
sem medo algum, e um após outro, foram sendo devorados sempre que sentia fome.
0RUDOGD+LVWyULD8QLmRpIRUoD
$XWRU(VRSR
2WH[WRDSUHVHQWDGRVHWUDWDGH
a) /HQGD
b) &RQWRVPDUDYLඇKRVRV
c) )iEXඇD
d) &U{QLFD
e) &RQWRGHIDGDV

AGORAÉASUAVEZ
Questão 4
'HDFRUGRFRPRTXHYRFrHVWXGRXDWpDJRUDH[SOLTXHFRPVXDVSDODYUDVRTXHYRFrHQWHQGHXVREUHDV)RUPDV6LPSOHVQD
/LWHUDWXUD,QIDQWLO
Questão 5
Explique com suas palavras as características da constante metamorfoseTXHVHPSUHDSDUHFHQDVQDUUDWLYDVSULPRUGLDLVHGr

exemplos.
FINALIZANDO
1HVWHWHPDYRFrSHUFHEHXDLPSRUWkQFLDGDVnarrativas primordiais SDUDDH[LVWrQFLDGDVQRYDVKLVWyULDVHFRQWRV
TXHVHIRUPDUDPDSDUWLUGHVVDVDQWLJDVH[SHULrQFLDVKXPDQDVFRPDOLWHUDWXUD$SUHQGHXWDPEpPTXHRVFRQWRVGH
IDGDVHFRQWRVPDUDYLOKRVRVDSUHVHQWDPDOJXPDVSHFXOLDULGDGHVHVmRQRPHDGRVQDUUDWLYDVSULPRUGLDLVDSUHVHQWDQGR
HVWUXWXUDVTXHVmRFRPXQVDYiULRVWH[WRVGRPHVPRJrQHUR
(QWHQGHXRSRUTXrGDVPXGDQoDVHDGDSWDo}HVVRIULGDVQHVVHVWLSRVGHWH[WRVDSDUWLUGDpSRFDURPkQWLFDTXDQGRR
KRPHPSDVVRXDGHVFREULUTXHSRGLDGHFLGLUDVFRLVDVSRUVLPHVPR(QWHQGHXFRPRpLPSRUWDQWHSDUDDIRUPDomRGRV
YDORUHVHGRFDUiWHULQIDQWLODVH[SHULrQFLDVHFRQTXLVWDVTXHHVVHWLSRGHKLVWyULDVDSUHVHQWDSHORVHXFDUiWHUO~GLFR
SHGDJyJLFRHSHODLPSRUWkQFLDHPGHVSHUWDUSDUDDVHQVLELOLGDGHSRUPHLRGDFRQTXLVWDHGDVYLWyULDVGRKHUyL

REFERÊNCIAS
%(77(/+(,0%A psicanálise dos contos de fadas7UDGXomR$UOHQH&DHWDQR5LRGH-DQHLUR3D]H7HUUD
&2(/+211O conto de fadasHG6mR3DXORÈWLFD
_______. Panorama Histórico da Literatura Infantil Juvenil. 4. ed. rev
6mR3DXORÈWLFD*27/,%1iGLD%DWWHOODTeoria do conto6mR3DXOR(GLWRUDÈWLFD
0277$$QGUpDO que são contos maravilhosos?GH]'LVSRQtYHOHP<KWWSFRQYHUVDGHSRUWXJXHVFRPEU
FRQWRVPDUDYLOKRVRV!$FHVVRHPMXQ
352339ODGLPLUMorfologia do conto maravilhoso7UDGXomRGH-DVQD3DUDYLFK6DUKDQHG5LRGH-DQHLUR)RUHQVH
8QLYHUVLWiULD
6+5(.'LUHomR$QGUHZ$GDPVRQH9LFN\-HQVRQ(VWDGRV8QLGRV3','UHDPZRUNV3LFWXUHV'XUDomR¶
o \ o
GLOSSÁRIO
A-histórico:WXGRRTXHQHJDRSRGHUGRVPRYLPHQWRVVRFLDLVHGRVDJHQWHVKLVWyULFRV1HJDomRDWRGRRSURFHVVRRX
A hi tó i W G G G L W L L G W KL Wy L 1 m W G
SHVVRDVTXH¿]HUDPSDUWHGDKLVWyULD
Metamorfose:PXGDQoDFRQVLGHUiYHOTXHRFRUUHQRFDUiWHUQRHVWDGRRXQDDSDUrQFLDGHXPDSHVVRDeDWUDQVPXWD
omRItVLFDRXPRUDO(VWDGRGHFRQVWDQWHPXGDQoDHVFROKDGHQmRVHURPHVPRWRGRVRVGLDVFRPRSLQL}HVLPXWiYHLV
HLQWUDQVLJHQWHV)RQWH<KWWSZZZVLJQL¿FDGRVFRPEUPHWDPRUIRVH>$FHVVRHPIHY
Narrativas primordiais:DRULJHPGD/LWHUDWXUD2FLGHQWDO,QIDQWLOHVWiOLJDGDjVQDUUDWLYDVSULPRUGLDLVRULXQGDVGHIRQWHV
RULHQWDLVTXHVHGLIXQGLUDPSRUWUDQVPLVVmRRUDOQR2FLGHQWH(XURSHXQD(UD0HGLHYDOSRUPHLRGDVJHUDo}HV

GLOSSÁRIO
Onisciente:DTXHOHTXHVDEHWXGReXPDGMHWLYRGHGRLVJrQHURVTXHTXDOL¿FDDTXHODSHVVRDFXMRVDEHUpLOLPLWDGR
TXHGRPLQDTXDOTXHUFLrQFLD$SDODYUDRQLVFLHQWHpIRUPDGDGRSUH¿[RGHRULJHPODWLQDoniTXHVLJQL¿FDtodoPDLVD
palavra cientescienteDTXHOHTXHWHPFLrQFLDTXHWHPFRQKHFLPHQWRGHDOJXPDFRLVDTXHVDEH2QLVFLHQWHpXPD
H[SUHVVmR XVDGD QDV UHOLJL}HV PRQRWHtVWDV TXH VLJQL¿FD XPD TXDOLGDGH DWULEXtGD DR 'HXV VXSUHPR )RQWH <KWWS
ZZZVLJQL¿FDGRVFRPEURQLVFLHQWH>$FHVVRHPIHY
Ritual iniciático:ULWXDOTXHYLVDjWUDQVIRUPDomRGRVXMHLWRPHWDPRUIRVHH[LVWHQFLDOFRQGLomRGHIRUPDomRGHVLPHV
PRHPXPTXDGURHVSDFLDOWHPSRUDOGHWHUPLQDGR
GABARITO
Questão 1
Resposta: 6XJHUHVH TXH R DOXQR VHMD FDSD] GH SHUFHEHU D LPSRUWkQFLD GH R SURIHVVRU GHVSHUWDU R DOXQR SDUD D
UHÀH[mRVREUHRSUHFRQFHLWRGHFRUJrQHURFUHGRRXFODVVHVRFLDOEHPFRPRUHÀHWLUVREUHDLPSRUWkQFLDGRFROHJD
FRPRSHoDIXQGDPHQWDOQRMRJRVRFLDOTXHVHLQVWDXUDQDHVFROD2SURIHVVRUSRGHOHYDURDOXQRDYHUL¿FDUTXHSUHFLVD
HVWDEHOHFHUFRPVHXVFROHJDVDVUHODo}HVGHWURFDGHDPL]DGHHGHDSUHQGL]DGRTXHYrPGDFRQYLYrQFLDSDFt¿FDHQWUH
WRGRVLQGHSHQGHQWHPHQWHGDRULJHPRXGDKLVWyULDGHFDGDXP2SURIHVVRUDSDUWLUGDOHLWXUDGRFRQWRGH$QGHUVHQ
SRGHHVWLPXODUSDUDDFRPSUHHQVmRGHTXHFRQGXWDVSUHFRQFHLWXRVDVVyFRODERUDPSDUDDGHJUDGDomRGDVUHODo}HV
H GD VRFLHGDGH 'HYH ¿FDU EHP FODUD D PHQVDJHP GH$QGHUVHQ D GHVSHLWR GDV H[SHULrQFLDV GRORURVDV WHPRV GH
FRQWLQXDUDFUHGLWDQGRHPQyVPHVPRVHWDPEpPQRVRXWURVPHVPRTXHDSULQFtSLRSDUHoDPWmRGLIHUHQWHV
Questão 2
2PXQGRGDVQDUUDWLYDVSULPRUGLDLVDSHVDUGHUHSUHVHQWDU¿FWLFLDPHQWHRPXQGRUHDOQmRRUHSURGX]6RPHQWHDSURYHLWD
RVHOHPHQWRVGDUHDOLGDGHSDUDH[SOLFDURVHIHLWRVGRPDUDYLOKRVRHGRPiJLFRQDVKLVWyULDVIDQWiVWLFDVGRVFRQWRVGH
fadas e dos contos maravilhosos.

Questão 3
Resposta: $OWHUQDWLYD&
)iEXODSRUTXHpXPDKLVWyULDFXUWDTXHWUDQVPLWHXPDOLomRGHPRUDOHPTXHDVSHUVRQDJHQVVmRJHUDOPHQWHDQLPDLV
TXHUHSUHVHQWDPWLSRVHFDUDFWHUtVWLFDVGRVVHUHVKXPDQRVFRPRRHJRtVWDRLQJrQXRRHVSHUWDOKmRRYDLGRVRR
mentiroso etc.
Questão 4
Resposta:(VSHUDVHTXHRDOXQRVHMDFDSD]GHUHVSRQGHUTXHHQWHQGHXSRUIRUPDVVLPSOHVDVQDUUDWLYDVRULJLQDGDVGD
WUDGLomRSRSXODUGHVWLQDGDVDXPS~EOLFRHPIRUPDomRQRFDVRDVFULDQoDVDSRQWDQGRTXHDVFDUDFWHUtVWLFDVGHVVH
WLSRGHWH[WRVmRGLYHUWLUHLQWHUHVVDUGHPDQHLUDO~GLFDFRPRLQWXLWRGHWUDQVPLWLUH[SHULrQFLDVGHYLGDGHIRUPDIHFXQGD
e duradoura.
Questão 5
Resposta:(VSHUDVHTXHRDOXQRFRQVLJDSHUFHEHUHUHVSRQGHUTXHDPHWDPRUIRVHpXPDFRQVWDQWHOLJDGDjLGHLDGH
HYROXomRGDKXPDQLGDGHHFRUUHVSRQGHjJUDGDomRFRPTXHRVHOHPHQWRVDSDUHFHPQDVKLVWyULDV&RPRH[HPSOR
pode ser citado o sapo que vira príncipe ao ser beijado; a princesa que vira ogro quando ama etc.

Tema 05
Literatura Infantil Brasileira: do século XIX ao Século XXI
7HPD
Literatura Infantil Brasileira: do século XIX ao Século XXI
SANTOS, Ausdy Nazareth Castros dos. Literatura Infantojuvenil: Literatura Infantil Brasileira: do século XIX ao Século XXI. Caderno de
Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015.
Índice
Pág. 3 Pág. 3
ACOMPANHENAWEB
Pág. 10 Pág. 12
Pág. 16 Pág. 16
Pág. 17 Pág. 18
CONVITEÀLEITURA
Neste Capítulo você conhecerá um pouco de um dos mais lidos escritores da Literatura Infantil no Brasil: Monteiro
/REDWRHVXDLQÀXrQFLDQDLPSODQWDomRGHLGHLDVLQRYDGRUDVSDUDDXWLOL]DomRGHVVHJrQHURHPVDODGHDXOD)RLDSDUWLUGD
obra clássica de Monteiro Lobato, Narizinho Arrebitado, que o Brasil começou a considerar a Literatura Infantil como fonte de
ULTXH]DHDSUHQGL]DJHPVLJQL¿FDWLYD9RFrYHUiTXHRXQLYHUVRTXH/REDWRFULRXSDUDDFULDQoDpHQULTXHFLGRSHORIROFORUH
SHORIRUWHQDFLRQDOLVPRQDDomRGDVSHUVRQDJHQVRTXHUHÀHWLDVXDEUDVLOLGDGHHSHORVFRPSRUWDPHQWRVQDUHODomRFRPD
QDWXUH]D9HUiWDPEpPTXHDOLWHUDWXUDOREDWLDQDHHPFRQVHTXrQFLDDOLWHUDWXUDGRVpFXOR;;PDQWLYHUDPDVSHUVRQDJHQV
que representa o mesmo ideal dos contadores de história da antiguidade, inovando com riqueza suas relações com o leitor.
Em 1931, a nova publicação da obra Narizinho Arrebitado muda de título para Reinações de Narizinho e apresenta muitas
alterações em relação à visão de sociedade do autor. A partir dessas inovações, nos anos 60 e 70, ocorrem também
discussões em torno da Literatura Infantil e as instituições passam a se preocupar com a leitura e a utilização do livro
infantil na escola. Conhecer todas essas mudanças e também como os novos referenciais estilísticos são apresentados
QRVpFXOR;;pSDSHOGRSURIHVVRUµDQWHQDGR¶HSUHRFXSDGRHPUHRUJDQL]DUDVWHQGrQFLDVHGXFDFLRQDLVQR%UDVLO6HMD
um deles! Mãos à massa!
PORDENTRODOTEMA
Literatura
Lit t Infantil
I f til Brasileira:
B il i do
d século
é l XIX ao Século
Sé l XXI
No Brasil, a obra de Monteiro Lobato, fonte de descobertas e aprendizagens, tornou possível a construção de um
mundo imaginário e importantíssimo para despertar o gosto pela leitura nas crianças, proporcionando aos pequenos
leitores brasileiros uma fonte de aquisição de conhecimentos e de prazer que aproximou leitor e conhecimento, de um
modo maravilhoso de aprender.É através dos jogos de faz-de-conta que a criança constrói sua identidade, vivenciando
nas brincadeiras as histórias que lê e/ou inventa, fato que favorece a aprendizagem de forma construtiva. É pela leitura
dessas histórias inventadas que a crianças começa a compreender o mundo em que vive e aprende como se defender
nessa convivência, passando a entender que toda ação leva a uma consequência.
PORDENTRODOTEMA
A obra lobatiana, principalmente o primeiro clássico Narizinho Arrebitado, fez parte da literatura infantil brasileira desde o
seu lançamento, demonstrando seu valor pedagógico por acreditar na inteligência da criança, sua curiosidade intelectual
HVXDFRQVFLrQFLDFUtWLFDFRPXPSURMHWREHPGH¿QLGRID]HUGROHLWRUHPIRUPDomRXPDJHQWHGDWUDQVIRUPDomRVRFLDO
EUDVLOHLUDFRPRSURWDJRQLVWD2r[LWRQHVVDHPSUHLWDGDHVWLPXORX/REDWRDSURGX]LUFDGDYH]PDLVFRPRD¿UPD$UUR\R
S³DFKDUDVHXFDPLQKRRVHXGHVWLQR/LWHUiULRLQDXJXUDQGRSDUDDVFULDQoDVEUDVLOHLUDVXPQRYRPXQGR
de perspectivas”.
Monteiro Lobato e o Início da Literatura Infantil no Brasil
Divisor de águas entre os autores que o antecederam e os novos que surgiam, Lobato
conseguiu apresentar sempre em suas obras uma temática contemporânea de modelo agradável
HIiFLODVVLPLODomRSHODVFULDQoDVFRPSURSRVWDVEHPKXPRUDGDVHUHÀH[}HVFUtWLFDVVREUHGDGRV
do contexto histórico e social. Criador de uma relação íntima com suas personagens mantinha
o mesmo contato com seus leitores à época, que lhe escreviam cartas, ora reclamando contra
LVWRRUDFRQWUDDTXLOR³2PXQGRGRVtWLRGH'RQD%HQWDYLYLDUHDOPHQWHQRFRUDomRGRHVFULWRU”
$552<2S)RQWHGD¿JXUDpt.wikipedia.org
Para compreender essa empatia que é gerada pelas histórias de Monteiro Lobato, você precisa
entender que os acontecimentos das obras infantis desse escritor são recheados de aventuras,
fantasias e aprendizagem que levam os pequenos leitores a apegarem-se cada vez mais à leitura,
ampliando seus conhecimentos a respeito de si mesmos e do mundo que os cerca, facultando
aprendizagens de caráter moral e social. É numa destas aventuras pelo maravilhoso Reino das Águas Claras construído
por Lobato, por exemplo, que sua personagem Narizinho dá vida a uma boneca de panos que se torna uma das
personagens mais presentes em todos os momentos da sua obra, mantendo um status que concilia tradição e inovação,
pela fantástica aventura de ter engolido uma pílula que lhe dá poder de falar e expressar opiniões bem polêmicas:
³(PtOLDHQJROLXDStOXODIDODQWHPXLWREHPHQJROLGDHFRPHoRXIDODUQRPHVPRLQVWDQWH´/2%$72S1HVVD
SULPHLUDREUDVXUJHPWDPEpPXPDDYyDQHWDyUIm/~FLDDOpPGDQHJUD$QDVWiFLDTXHYLYHPVRVVHJDGDV³OiQRIXQGR
do grotão”, sem inquietações nem aborrecimentos.
A partir das obras de Monteiro Lobato e sua proposta inovadora para a literatura infantil, a criança passa a ter vontade
e voz vindas da boca dessa fantástica boneca de pano que contesta, com irreverência infantil, sua preocupação com os
PDLVYDULDGRVSUREOHPDVVRFLDLVD¿PGHGHVSHUWDUROHLWRUSDUDXPTXHVWLRQDPHQWRGRPXQGRHPTXHYLYH

PORDENTRODOTEMA
A Literatura Infantil na Virada do Século XX
Nessa época de construção literária em que aparece Monteiro Lobato, a Educação e a Leitura no Brasil viviam
embasadas nos paradigmas que vigoravam até então: o nacionalismo, o intelectualismo, o tradicionalismo cultural com
seus ideais impregnados do moralismo religioso de exigência de retidão de caráter e de honestidade que seguiam os
preceitos cristãos.
Os valores da civilização urbana progressista se encontravam profundamente abalados pela guerra, o que provocava
desesperança e descrença. A tendência geral na literatura era desvalorizar a paz e a justiça social, idealizando o campo
e valorizando nostalgicamente a simplicidade dos costumes campestresHPFRQIURQWRFRPDVGL¿FXOGDGHVHIUDFDVVRV
encontrados na vida urbana.
A partir desse contexto histórico, a nova literatura destinada às crianças passou por muitas transformações, por uma
ditadura militar e por grandes mudanças na tecnologia e na sociedade, que trouxeram para as obras a diversidade de
valores do mundo contemporâneo, e também as vozes de diferentes contextos sociais e culturais presentes na formação
do povo brasileiro.
Desse modo, nasceu uma produção literária/artística para crianças que não surgiu da necessidade de transformar
em recurso pedagógico o livro infantil, mas sim de observar mais detalhadamente suas funções e seu caráter lúdico,
catártico e libertador.
6HJXQGR1HOO\1RYDHV&RHOKRHPERUD0RQWHLUR/REDWRWHQKDLQLFLDGRVXDOLWHUDWXUDSDUDRS~EOLFRLQIDQWLOHP
com A menina do Narizinho Arrebitado, e em 1930 já tivesse 11 livros publicados, acredita-se que toda a sua produção
passou, possivelmente, por uma releitura quando da publicação de Reinações de NarizinhoRTXHOHYDDFUHUTXH
todos os títulos do autor estão compromissados com o que poderíamos chamar de um olhar novo sobre a Educação.
$JUDQGHµSHJDGD¶GH/REDWRWDOYH]WHQKDVLGRRGHVHMRGHURPSHUFRPRWUDGLFLRQDOLVPRGDOtQJXDUHDYLYDQGRXPD
SURSRVWDTXHVHSUHRFXSDYDHPGLYXOJDUDVLQÀXrQFLDVHDVWUDQVIRUPDo}HVSURYHQLHQWHVGDVPXGDQoDVFRWLGLDQDV
FRPRGH¿QHSURSULDPHQWHTXHFDELDDRVJUDPiWLFRVHVWXGDUR³FRPSRUWDPHQWRGDOtQJXD´PDVTXHDOWHUiODHUDPpULWR
VRPHQWHGRV³GRQRVGDOtQJXD´RXVHMDRSRYR(VVDSRVWXUDWUD]jWRQDXPQRYRWUDWDPHQWRjLQIkQFLDSRLVRSHTXHQR
OHLWRUTXHDLQGDHVWiDSUHQGHQGRHFRQKHFHQGRDHWLPRORJLDGDVSDODYUDV¿FDDSDUGDVSRVVLELOLGDGHVGHDGHTXiODj
VXDQHFHVVLGDGHD¿PGHFRQVWUXLUQRYRVVLJQL¿FDGRVGHIRUPDO~GLFDHSUD]HURVDFRORULGDHDJUDGiYHO
Não há dúvida de que o grande valor da invenção literária de Lobato e o amplo sucesso obtido junto aos pequenos
leitores não são devidos somente à sua grande imaginação ao inventar personagens e tramas cheias de criatividade e
PORDENTRODOTEMA
de humor sadio. Como em toda grande obra, o seu mérito está na perfeita sintonia entre a matéria literária, as ideias,
os valores que lhe servem de fortalecimento e as composições de época em que ela foi escrita. Mesmo nas histórias
de pura fantasia estão inseridos ensinamentos, instruções e informações destinadas a ensinar, em que são mescladas
situações de divertimento e brincadeiras.
9RFr Mi SHUFHEHX TXH D pSRFD GH /REDWR IRL XPD pSRFD KLVWRULFDPHQWH ULFD HP TXH DFRQWHFHUDP WDPEpP PXLWRV
debates sobre reformas educacionais, novas teses pedagógicas e fundamentos teóricos que já aconteciam fora do
Brasil, mas que acabavam repercutindo aqui.
Coube a Lobato a fortuna de ser, na área da literatura infantil e juvenil, o divisor de águas que separa o Brasil
GHRQWHPHR%UDVLOGHKRMH)D]HQGRDKHUDQoDGRSDVVDGRLPHUJLUQRSUHVHQWH/REDWRHQFRQWURXRFDPLQKR
criador que a literatura infantil estava necessitando. Rompe, pela raiz, com as convenções estereotipadas e abre
DVSRUWDVSDUDDVQRYDVLGHLDVHIRUPDVTXHRQRYRVpFXORH[LJLD&2(/+2S
Ao constatar a precariedade do sistema educacional no que diz respeito à literatura infantil de sua época, Monteiro
Lobato foi o propulsor de um duplo movimento: a volta ao passado através da reescritura das fábulas, que mantiveram
o olhar voltado para o futuro e, ao mesmo tempo, um crítico desse material.
Em capítulos anteriores, você já viu que as histórias infantis, como os contos de fadas e contos maravilhosos, mobilizam
a atenção da criança, levando ao encantamento, à imaginação e ao estranhamento, contribuindo para a troca de
experiências e compreensão da realidade. Nesse universo, Monteiro Lobato, por meio de suas narrativas fantásticas e
maravilhosas, cria caminhos capazes de conduzir os leitores ao encontro com eles mesmos, com a aventura e com a
liberdade de escolher, de pensar e de sentir. Podemos dizer que o autor visualiza a criança como um leitor imaginativo,
inserido na cultura, que troca ideias, resolve problemas, cria e recria o universo a sua volta,
VHQGR FDSD] GH SURGX]LU VLJQL¿FDGRV D SDUWLU GDTXLOR TXH Or DVVLP FRPR DV SHUVRQDJHQV
principais de suas narrativas.
2FRQWRPDUDYLOKRVRVHJXQGR&RHOKRS³pULFRHPHOHPHQWRVPiJLFRVFRPRD

metamorfose e o objeto mágico”. Esses elementos podem ser facilmente encontrados em
vários episódios das obras de Monteiro Lobato, como exemplo no episódio O nascimento do
Visconde, em que o marquês de Rabicó é metamorfoseado em um porco, até que encontre
um objeto mágico, um anel, escondido na barriga de uma minhoca. Narizinho inventa essa
história para convencer Emília a se casar com o Marquês de Rabicó, elegendo uma fada má
como autora da metamorfose de Rabicó. A ambição e o anseio da boneca de ascensão social

PORDENTRODOTEMA
levam-na a aceitar o casamento. Argumentos dessa natureza são comuns ao conto maravilhoso, em que a presença de
fadas, bruxas, reis, rainhas, príncipes e princesas é regular.
)RQWHGD)LJXUDlobato.globo.com
5HSDUH TXH DSHVDU GH DSURYHLWDU D PDJLD GD SHUVRQDJHP IDGD HP 0RQWHLUR /REDWR HVVD ¿JXUD p DPEtJXD SRLV
apresenta uma faculdade própria das bruxas: a maldade; por isso, a fada lobatiana é uma fada, mas uma fada má.
$IDGDPiGH/REDWRHQFRQWUDVHQXPDSRVLomRLQWHUPHGLiULDHPTXHR%HPHR0DOVHFRQIXQGHP&RHOKR
SJULIRQRVVRGH¿QHDIDGDHDEUX[DFRPR³IRUPDVVLPEyOLFDVGDHWHUQDdualidade da mulher ou da condição
feminina”. Ao incluir essa personagem tão peculiar em sua obra, Lobato mais uma vez inova. A partir de agora você já
pode entender a obra de Monteiro Lobato como precursora da literatura infantil no Brasil pela sua capacidade em se
mostrar extremamente dialógica, característica em que o narrador promove o diálogo da fantasia com a realidade. Esse
diálogo será acentuado pela presença de uma boneca que fala, de um sabugo que ganha voz e interage com outras
personagens, entre muitas outras formas de expressão do maravilhoso e surreal. Pode-se observar também a presença
de diálogos que misturam o presente com diferentes tempos da narrativa, o que promove o resgate do passado mítico,
povoado por imaginários e irreais.
Outra diferença está nos heróis das obras de Monteiro Lobato, que não representam o modelo ideal de conduta, sendo
muitas vezes rebeldes e contestadores. Essas foram algumas das razões pelas quais a recepção da obra lobatiana não
foi positiva durante certo período, logo após sua publicação.
Pois bem! Reparou que é no encontro com qualquer forma de Literatura que os homens têm a oportunidade de ampliar,
transformar ou enriquecer sua própria experiência de vida? É desse modo que a Literatura apresenta-se, não só como
veículo de manifestação de cultura, mas também de ideologias e a Literatura Infantil, por iniciar o homem desde cedo no
mundo da fantasia e do prazer, pode e deve ser utilizada como instrumento para a sensibilização da consciência, para
a expansão da capacidade e interesse de análise do mundo.
Século XX – Inovações Estilísticas
6HJXQGR1RYDHVSDVREUDVOLWHUiULDVGRFRPHoRGRVpFXOR;;DSUHVHQWDP³SHFXOLDULGDGHVTXHDV

FODVVL¿FDPHPobras questionadoras, também chamadas de inovadoras”, que são aquelas em que a intenção se volta
SDUDLQWHUSHODomRGRPXQGRD¿PGHLQFLWDUjWUDQVIRUPDomRGRPHVPR³Hobras de representação, também chamadas
de continuadoras”, em que se pode observar somente a representação do mundo, ou seja, a denúncia de caminhos e
comportamentos assumidos/evitados para se conseguir viver uma vida justa.
PORDENTRODOTEMA
$PERVRVWLSRVGHREUDVVmRLPSRUWDQWHVQRVHXSDSHOSULQFLSDOGDUSUD]HUGLYHUWLUHPRFLRQDUHHQYROYHUROHLWRU6HJXQGR
a autora, o valor literário em cada uma dessas vertentes reside da coerência entre a visão de mundo apresentada e o
estilo escolhido pelo autor para representá-la. Essa escolha depende exclusivamente da visão do autor sobre o mundo
que o cerca e das perspectivas de apresenta em relação ao leitor.
(VWLPXODUDSHUFHSomRGRPXQGRTXHQRVFHUFDHQYROYHQGRROHLWRUDSRQWRGHID]HUFRPTXHDDomRHDUHÀH[mRVH
LPSRQKDPpRSDSHOGHVVDOLWHUDWXUDGRVpFXOR;;6HJXQGR&RHOKRS
RTXHKRMHGH¿QHDFRQWHPSRUDQHLGDGHGHXPDOLWHUDWXUDpVXDLQWHQomRGHHVWLPXODUDFRQVFLrQFLDFUtWLFD
do leitor; levá-lo a desenvolver sua própria expressividade verbal ou sua criatividade latente; dinamizar sua
FDSDFLGDGHGHREVHUYDomRHUHÀH[mRHPIDFHDRPXQGRTXHRURGHLDHWRUQiORFRQVFLHQWHGDFRPSOH[DUHDOLGDGH
HPWUDQVIRUPDomRTXHpDVRFLHGDGH
6mRFDUDFWHUtVWLFDVGHVVHWLSRGHOLWHUDWXUDFRQWHPSRUkQHD
A efabulação que se preocupa mais com a maneira que a história é apresentada ao leitor.
A sequência narrativa que nem sempre é linear; na maioria das vezes utiliza-se do ÀDVKEDFN.
As personagens que são trabalhadas de forma crítica, com valorização da personagem-coletiva, dos grupos.
O contoTXHpDPRGDOLGDGHLPSHUDQWHQRTXDOFUHVFHD¿FomRFLHQWt¿FD
A voz que narra se apresenta consciente da presença do leitor, seja em 1ª ou 3ª pessoas.
O tempo que varia, podendo ser histórico ou mítico.
O espaço que é variável: ora participa, ora não participa da ação.
A consciência da nacionalidade que aponta para a miscigenação que deu origem ao povo brasileiro: brancos, índios
e negros.
A exemplaridade que revela a ambiguidade natural dos homens, apontando para a ação que utiliza os valores puros
do bem e da virtude.
A intenção satírica muito característica das obras desse período.

PORDENTRODOTEMA
A realidade e verdade que se mesclam em busca de conhecimento e explicações que consigam responder às
dúvidas existenciais do ser humano.
A visualidade que se torna um quesito importante, em que as multilinguagens precisam contar com o apoio dos
desenhos, ilustrações, diagramação, composição de cores, técnicas de colagem etc.
Linhas estilísticas da Literatura Infantil Contemporânea
6RPHQWH FRPR RULHQWDomR GLGiWLFD SDUD PHOKRU FRPSUHHQVmR H DQiOLVH &RHOKR GLYLGLX H VHOHFLRQRX HP
FLQFROLQKDVEiVLFDVDVQRYDVWHQGrQFLDVWHPiWLFDVHHVWLOtVWLFDVGDOLWHUDWXUDSDUDFULDQoDVMRYHQVHDGXOWRV9HMDD
VHJXLUFRPR¿FDUDPGLYLGLGDVHVVDVWHQGrQFLDVSHODVVXDVFDUDFWHUtVWLFDV
- Linha do Realismo Cotidiano, situações radicadas na vida do dia a dia comum que se subdivide em:
DRealismo crítico – atenção à realidade social.
ERealismo lúdico – ênfase nas aventuras do convívio humano.
FRealismo humanitário – atenção às relações afetivas e sentimentais.
GRealismo histórico/memorialista – intenção informativa, didática.
H5HDOLVPRPiJLFR±IXVmRGDUHDOLGDGHFRPD¿FomR
- Linha do Maravilhoso, situações que fogem à lógica do tempo/espaço, que se subdivide em:
DMaravilhoso metafórico – necessita da apreensão do nível metafórico da narrativa.
EMaravilhoso satírico – utiliza o humor para criticar situações familiares.
F0DUDYLOKRVRFLHQWt¿FR±H[SORUDIHQ{PHQRVQmRH[SOLFiYHLVUDFLRQDOPHQWH
G0DUDYLOKRVRSRSXODURXIROFOyULFR±H[SORUDOHQGDVFRQWRVHPLWRVPHVFODQGRDKHUDQoDHXURSHLDFRPDVLQÀXrQFLDV
africana e indígena.
HMaravilhoso fabular – situações vividas por personagens animais.
PORDENTRODOTEMA
- Linha do Enigma ou Intriga Policialesca, narrativas que têm como eixo situações enigmáticas a serem desvendadas.
Inserção do mistério.
- Linha da Narrativa por ImagensLPDJHQVTXHµIDODP¶QDVTXDLVQmRKiQHFHVVLGDGHGDSDODYUDHVFULWDXWLOL]DGDSDUD

ensinar as crianças a nomear objetos e pessoas.
- Linha dos Jogos Linguísticos, brincadeira com as palavras, utilização da metalinguagem, e da intertextualidade.
É fundamental que você, como futuro professor, mostre que a literatura infantil deve ser encarada de modo global e
FRPSOH[RHPVXDDPELJXLGDGHHPXOWLSOLFLGDGHGHL[DQGRGHVHUVRPHQWHXPJrQHURVHFXQGiULRDOJRSXHULOlúdicoRX
~WLOSHGDJyJLFR$YDORUL]DomRGDOLWHUDWXUDLQIDQWLOFRPRIRUPDGRUDGHFRQVFLrQFLDGHQWURGDYLGDFXOWXUDOGDVRFLHGDGH
é um passo decisivo na formação da criança em relação a si mesma e ao mundo a sua volta, porque facilita a compreensão
de valores básicos da conduta humana e do convívio social através do fantástico, proporcionando momentos de prazer
H HPRo}HV LPSOtFLWDV QDV WUDPDV H SHUVRQDJHQV TXH DJHP QR FRQVFLHQWH LQIDQWLO DMXGDQGR D UHVROYHU RV FRQÀLWRV
interiores normais nesta fase da vida.
ACOMPANHENAWEB
Monteiro Lobato Revisitado
1HVVHDUWLJRGR3URI(OLDVGRV6DQWRVDYLGDHDVREUDVGH0RQWHLUR/REDWRVmRDQDOLVDGDVHP
comparação com o aparecimento e crescimento da indústria de livros no Brasil. O aparecimento
das primeiras editoras e o impacto das obras lobatianas são referenciais para essa parte da
KLVWyULDWmREHPFRQWDGDSRUHVVHSUR¿VVLRQDOGDV/HWUDVTXHQRVPRVWUDXP%UDVLODRVROKRV
do autor, que explorou a história do trabalhador do campo.
Disponível em: <http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/19993/a-importancia-da-literatu-
ra-de-monteiro-lobato#!7>$FHVVRHPIHY

ACOMPANHENAWEB
Lobato ao Alcance de Todos
Acesse o site do Sítio do Picapau Amarelo Ontem e Hoje HDSURYHLWHRVOLYURV¿OPHVMRJRV

FRPDWXUPDGR6tWLRGH0RQWHLUR/REDWReSRVVtYHOEDL[DUYtGHRVHOLYURVHWDPEpPUHDOL]DU
leitura interativa. Ótimo para professores e alunos.
Disponível em: <http://sitiodopicapauamareloontemehoje.blogspot.com.br/p/livros-de-monteiro-lobato.html>.
$FHVVRHPIHY
Conhecendo Lobato
9RFrVDELDTXHQRGLDGHDEULOFRPHPRUDVHR'LD1DFLRQDOGR/LYUR,QIDQWLOHTXHHVVHGLD
foi escolhido por ser o dia do nascimento de Monteiro Lobato? Acesse o site da Editora Moderna
HFRQKHoDPDLVVREUHDLPSRUWkQFLDGH0RQWHLUR/REDWRSDUDR%UDVLOGRLQtFLRGRVpFXOR;;
pela divulgação de suas ideias inovadoras a respeito do povo brasileiro e, em especial, do
FDLSLUD±-HFD7DWX,PSHUGtYHO
Disponível em: <KWWSSQOGPRGHUQDFRPEUPRQWHLUROREDWRRHVFULWRUGDLQIDQFLD>. Acesso em:
IHY
Lobato para Professores
Acesse o site da Revista Nova Escola e usufrua de variadas atividades para sala de aula sobre
o autor. Bastante produtivo e muito importante para iniciantes, no site você encontrará sugestões
e recursos pedagógicos bastante atualizados sobre como trabalhar esse autor com seus alunos.
Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/monteiro-lobato/>$FHVVRHPIHY

AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Questão 1
Texto 1
Numa época em que os adultos não costumavam conversar assuntos sérios com as crianças, Lobato fala sobre a guerra com
RS~EOLFRLQIDQWLOHPXPOLYURTXHVHWRUQRXXPGHVHXVJUDQGHVVXFHVVRV/DQoDGRSHODSULPHLUDYH]HPDQRGDHQWUDGD
GR%UDVLOQD6HJXQGD*XHUUD0XQGLDOA chave do tamanho, de Monteiro Lobato, faz uma crítica aos governantes que mataram
milhares de pessoas e destruíram cidades inteiras na Europa.
1HVVDKLVWyULD'RQD%HQWDHDWXUPDGR6tWLRGR3LFDSDX$PDUHORHVWmRPXLWRSUHRFXSDGRVFRPDVQRWtFLDVTXHFKHJDPSHOR
rádio e pelos jornais sobre os bombardeios e as mortes causadas pela guerra. Escondida de todos, Emília resolve dar um jeito
na situação, e, depois de mudar o tamanho de todos os seres humanos com seu pó de pirlimpimpim, sai pelo mundo enfrentando
perigos e fazendo descobertas.
Texto 2
O que você faria se fosse menor que uma formiga e estivesse no meio de um jardim, sendo ameaçado por monstros gigantescos e
WHPSHVWDGHVLQWHUPLQiYHLV"eLVVRTXHDFRQWHFHQR¿OPHQuerida, encolhi as crianças!, que foi um grande sucesso do cinema. O
FLHQWLVWD:D\QH6]DOLQVN\FRQVWUyLXPDPiTXLQDTXHDFLGHQWDOPHQWHHQFROKHVHXV¿OKRVHRVGRYL]LQKRWDPEpPOHYDQGRRV
a um mundo cheio de perigos. Disponível em: <KWWSZZZOLYUDULDFXOWXUDFRPEUVFULSWVUHVHQKDUHVHQKDDVS"QLWHP -
VLG >$FHVVRHPIHY
'HDFRUGRFRPRVWH[WRVHHDOHLWXUDTXHYRFrIH]DWpDJRUDHPVHX&DGHUQRGH$WLYLGDGHVFRPHQWHHPTXHDSHUVRQDJHP
(PtOLDGD/LWHUDWXUD,QIDQWLO%UDVLOHLUDpVLPLODUjVSHUVRQDJHQVjKLVWyULDGHXP¿OPHDPHULFDQR"

AGORAÉASUAVEZ
Questão 2
1DVGpFDGDVGHHDSURGXomRGHDOJXQVDXWRUHVGDOLWHUDWXUDEUDVLOHLUDVHGHVWDFRXSHODVFUtWLFDVIHLWDVjVFRQGLo}HV
de vida das populações do Brasil e aos problemas que comprometeriam o desenvolvimento do Brasil como sociedade moderna.
O anúncio acima retratava aspectos da sociedade brasileira da época, expressando críticas principalmente às condições de:
a) $FHVVRjHVFRඇDUL]DomR
b) $VVLVWrQFLDPpGLFRKRVSLWDඇDU
c) 6DඇXEULGDGHQDViUHDVUXUDLV
d) ආQWHJUDomRHFRQ{PLFDUHJLRQDඇ
e) 3UHRFXSDomRSRඇtWLFDFRPRSRYR

AGORAÉASUAVEZ
Questão 3
$QDOLVHDVDVVHUWLYDVDEDL[RHDVVLQDOHFRP&DVFRUUHWDVHFRP(DVHUUDGDVFRUULJLQGRDV
1. Na Literatura Contemporânea a sequência narrativa nem sempre é linear como nas narrativas primordiais. Na Literatura de
hoje em dia é utilizada a técnica do ÀDVKEDFN
Os heróis de Monteiro Lobato nem sempre apresentam as características típicas desse tipo de personagem: valentia, no-
EUH]DGHFDUiWHUHSXUH]D3HORFRQWUiULRPXLWDVYH]HVVmRUHEHOGHVHFRQWHVWDGRUHV
3. Para Monteiro Lobato, a criança é um leitor potencial e imaginativo, inserido na cultura, que troca ideias, resolve problemas,
FULDHUHFULDRXQLYHUVRDVXDYROWDVHQGRFDSD]GHSURGX]LUVLJQL¿FDGRVDSDUWLUGDTXLORTXHOrDVVLPFRPRDVSHUVRQDJHQV
SULQFLSDLVGHVXDVQDUUDWLYDV
As obras de Monteiro Lobato, apesar de estimularem as crianças à imaginação e ao desprendimento, não rompem com o
tradicionalismo da língua, incorporando em sua linguagem a gramaticidade e o rebuscamento que eram muito comuns aos
autores de sua época.
As obras conhecidas como inovadoras mantiveram a representação da vida e do mundo como antigamente, sendo conhe-
FLGDVWDPEpPFRPRFRQWLQXDGRUDV
Questão 4
Quem primeiro retratou o saci-pererê em histórias infantis foi Monteiro Lobato, na série de livros Sítio
do Pica-pau Amarelo)RLGHVVHMHLWRTXHDOHQGDVHHVSDOKRXSHOR%UDVLO'HSRLVGLVVRDSDUHFHXHP
VHULDGRVQD79HQDVKLVWyULDVHPTXDGULQKRVGD7XUPDGD0{QLFD2VDFLSHUHUrpFRQVLGHUDGRXP
VtPERORQDFLRQDOSRLVFRQJUHJDDVWUrVUDoDVTXHFRPS}HPRSRYREUDVLOHLUREUDQFRQHJURHtQGLR
6HJXQGRDOHQGDRVVDFLVYLYHPH[DWRVDQRV(OHVVmRJHUDGRVSHORVJRPRVGREDPEX4XDQGR
PRUUHPVHWUDQVIRUPDPHPFRJXPHORVYHQHQRVRV)RQWHGRWH[WRHGD¿JXUD<http://www.guiados-
FXULRVRVFRPEUFDWHJRULDVVDFLSHUHUHKWPO>$FHVVRHPIHY
Que característica essencial às obras contemporâneas foi herdada dessa interpretação de Monteiro Lobato da miscigenação
brasileira?

AGORAÉASUAVEZ
Questão 5
1HOO\1RYDHV&RHOKRHPPanorama histórico da literatura infantil e juvenil, explica que Emília apa-

rece como personagem secundária na primeira versão de A menina do narizinho arrebitado. “(...)
era apenas uma bruxinha de pano que Lúcia levava para todo o canto consigo, mas que nada fa-
zia”. Daí em diante, a bonequinha cheia de reinações ganha cada vez mais posto de porta-voz do
escritor paulista Monteiro Lobato. Por ser uma boneca de pano, Emília pode cometer impunemen-
te pecados infantis como birra, malcriação, egoísmo, teimosia, tirania e esperteza. A criaturinha,
com sua torneirinha que jorra asneiras, não teme nada, apronta todas, é cheia de vontades, faz o
que dá na veneta. Curiosa, sempre lança um olhar poético para as coisas ao redor. Quando leva
EURQFD¿QJHTXHQmRpFRPHODHVHPSUHWHPXPDUHVSRVWDGHVFRQFHUWDQWH“A Emília é infernal”,
EHPGH¿QLX/REDWRFHUWDYH] “Quando estou batendo o teclado, ela posta-se ao lado da máquina
e quem diz que eu digo o que eu penso?”, indagou.
/DXUD6DQGURQLQROLYURDe Lobato a BojungaUHVVDOWDTXH(PtOLDpRSHUVRQDJHPPDLVVLJQL¿FD-

WLYRGR6tWLRGR3LFDSDX$PDUHOR“Visto por muitos como o alterego de Lobato, através de quem ele emite os seus pontos de
YLVWDGHQXQFLDRVDEVXUGRVGRPXQGRFLYLOL]DGRULGDHPSi¿DGRVViELRVHSRGHURVRV6HQGRXPDERQHFDHPERUDHYROXDH
vire gente de verdade, ela está livre das obrigações sociais impostas pela educação à criança. Ela pode dizer o que pensa sem
nenhum tipo de coerção”D¿UPD
520(8*DEULHOD,QGHSHQGrQFLDRXPRUWHHPIDPtOLD5HYLVWD(PtOLD6HW'LVSRQtYHOHP<KWWSZZZUHYLVWDHPLOLDFRPEUPRVWUDSKS"LG >.
$FHVVRHPIHY
De acordo com o texto acima, explique como você entende que Lobato tentou, com a criação de Emília, representar as caracte-
UtVWLFDVGHXPDFULDQoDGRVpFXOR;;

FINALIZANDO
1HVWHFDStWXORYRFrS{GHYHUL¿FDUDLQÀXrQFLDGH0RQWHLUR/REDWRQD/LWHUDWXUD,QIDQWLOGR6pFXOR;;6DLEDTXHQD
sua maior parte, a obra de Monteiro Lobato é o resultado da reunião de textos escritos para jornais ou revistas, já que o
DXWRUHUDH[WUHPDPHQWHFRPSURPHWLGRFRPDVJUDQGHVFDXVDVGHVHXWHPSR9HUL¿FRXTXH/REDWRDUUHEDWDYDRS~EOLFR
FRPREUDVTXHID]LDPXPSUHFLRVRUHWUDWRGHVXDpSRFDSLQWDQGRVHPSUHXPSDLQHOVRFLRHFRQ{PLFRSROtWLFRHFXOWXUDO
do período de forma agradável, lúdica e acessível, numa linguagem clara e objetiva, compreensível ao grande público.
9RFrWDPEpPYHUL¿FRXTXH/REDWRUHYHORXRPXQGRUXUDOEUDVLOHLUR¿FDQGREDVWDQWHFRQKHFLGRHQWUHDVFULDQoDVSRLV
se dedicou a um estilo de escrita com linguagem simples em que realidade e fantasia aparecem lado a lado. Agora
YRFrMiVDEHTXHHOHIRLRSUHFXUVRUGDOLWHUDWXUDLQIDQWLOQR%UDVLODTXDOQmRHUDH[SORUDGDSRURXWURVDXWRUHV9RFr
WDPEpPDSUHQGHXTXHRSULPHLUROLYURGH0RQWHLUR/REDWRIRLODQoDGRHP³A menina do narizinho arrebitado” e
que sua literatura voltada ao público infantil tem caráter pedagógico, sempre com intenção de passar uma moral, como
DVIiEXODVGDVKLVWyULDVSULPRUGLDLV7DPEpPS{GHYHUL¿FDUDVFDUDFWHUtVWLFDVHOLQKDVHVWLOtVWLFDVGD/LWHUDWXUD,QIDQWLO
FRQWHPSRUkQHDTXHDSUHVHQWDPXGDQoDVVLJQL¿FDWLYDVVHPSUHHPFRPSDVVRFRPRWHPSRGROHLWRU
FRQWHPSRUkQHDTXHDSUHVHQWDPXGDQoDVVLJQL¿FDWLYDVVHPSUHHPFRPSDVVRFRPRWHPSRGROHLWRU
REFERÊNCIAS
$552<2/HRQDUGRLiteratura infantil brasileira6mR3DXOR0HOKRUDPHQWRV
&$1$/GR6tWLR'LVSRQtYHOHP<http://sitiodopicapauamareloontemehoje.blogspot.com.br/p/livros-de-monteiro-lobato.html>.
$FHVVRHPIHY
&2(/+21HOO\1RYDHVLiteratura infantil: teoria – análise – didática6mR3DXORÈWLFD
______. Literatura infantil: teoria – análise – didática6mR3DXORÈWLFD
______. O Conto de FadasHG6mR3DXORÈWLFD
'875$.DWLD0RQWHLUR/REDWRRHVFULWRUGDLQIkQFLDEditora Moderna. Disponível em: <http://pnld.moderna.com.
EUPRQWHLUROREDWRRHVFULWRUGDLQIDQFLD>$FHVVRHPIHY

REFERÊNCIAS
*8,$'26&85,2626FXULRVLGDGHVVREUHRVDFLSHUHUr'LVSRQtYHOHP<http://www.guiadoscuriosos.com.br/
FDWHJRULDVVDFLSHUHUHKWPO>$FHVVRHPIHY
LAJOLO, Marisa. Monteiro Lobato: um brasileiro sob medida. 0RGHUQD6mR3DXOR
/2%$720RQWHLURReinações de NarizinhoHG6mR3DXOR%UDVLOLHQVH
5(9,67$129$(6&2/$Monteiro Lobato, o pioneiro da literatura infantil brasileira. Disponível em: <http://revistaescola.abril.
com.br/monteiro-lobato/>$FHVVRHPIHY
520(8*DEULHODIndependência ou morte em família5HYLVWD(PtOLD6HW'LVSRQtYHOHP<http://www.revistaemilia.
FRPEUPRVWUDSKS"LG >$FHVVRHPIHY
6$1726%LDQFD(OLDVGRV$LPSRUWkQFLDGD/LWHUDWXUDGH0RQWHLUR/REDWRPortal Educação. Disponível em: <http://www.
portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/19993/a-importancia-da-literatura-de-monteiro-lobato#!7>$FHVVRHPIHY
:,.,3(',$$WLYLGDGH/~GLFD'LVSRQtYHOHP<http://pt.wikipedia.org/wiki/Atividade_l%C3%BAdica>$FHVVRHPIHY
GLOSSÁRIO
Lúdi
Lúdico: toda
t d e qualquer
l ação
ã que tem
t como objetivo
bj ti produzir
d i prazer quando d de
d sua execução,ã ou seja,
j divertir
di ti o prati-
ti
cante. A brincadeira é mais que passatempo, pois ajuda no desenvolvimento infantil, promovendo processos de sociali-
]DomRHGHVFREHUWDGRPXQGR$GDSWDGRGDIRQWH<http://pt.wikipedia.org/wiki/Atividade_l%C3%BAdica>. Acesso em:
IHY
Campestre:DGMDTXLORTXHGL]UHVSHLWRDRFDPSRSURSULHGDGHFDPSHVWUHSDVVHLRFDPSHVWUH)RQWH<http://www.
dicio.com.br/campestre/>$FHVVRHPIHY
Metamorfose: mudança considerável que ocorre no caráter, no estado ou na aparência de uma pessoa. É a transmuta-
ção física ou moral. Estado de constante mudança, escolha de não ser o mesmo todos os dias, com opiniões imutáveis
HLQWUDQVLJHQWHV)RQWH<KWWSZZZVLJQL¿FDGRVFRPEUPHWDPRUIRVH>$FHVVRHPIHY

GLOSSÁRIO
Dualidade: s.f. Particularidade ou característica do que é dual ou duplo; qualidade daquilo que contém em sua es-
VrQFLDGXDVVXEVWkQFLDVGRLVSULQFtSLRVGXDVQDWXUH]DVHWF)RQWH<http://www.dicio.com.br/dualidade/>. Acesso
HPIHY
Preceito: s.m. Regra; aquilo que se aconselha fazer ou praticar. Ensinamento; o que se ensina: o padre sempre atualiza
VHXVSUHFHLWRV3UHVFULomRRXRUGHPDomRGHSUHVFUHYHUVHJXLXRVSUHFHLWRVGRMXL])RQWH<http://www.dicio.com.br/
preceito/>$FHVVRHPIHY
GABARITO
Questão 1
Resposta: 6XJHUHVHTXHRDOXQRFRPSUHHQGDHUHVSRQGDTXHDVGXDVKLVWyULDVWUDWDPGHDYHQWXUDVFRPFULDQoDVTXH
DPiTXLQDGRFLHQWLVWDQR¿OPHSURYRFDRPHVPRHIHLWRTXHRSyGHSLUOLPSLPSLPQROLYURGH/REDWR
Questão 2
Resposta: Alternativa C.
-XVWL¿FDWLYD$VUHÀH[}HVDFHUFDGRVIDWRUHVTXHUHSURGX]LULDPRDWUDVRHDSREUH]D¿]HUDPVXUJLURSHUVRQDJHP-HFD
7DWXFULDGRSRU0RQWHLUR/REDWRTXHVLPEROL]RXDVTXHVW}HVHVSHFt¿FDVTXHDIHWDYDPRDPELHQWHUXUDO1RDQ~QFLR
SXEOLFLWiULRGR$QNLORVWRPLQD)RQWRXUDRHVFULWRUUHFRPHQGDYDDRVHXSHUVRQDJHPXPUHPpGLRTXHR¿]HVVHWUDEDOKDU
melhor, em alusão à insalubridade causadora de endemias como as verminoses.
Questão 3
Resposta:
C /
C /

C /
E – As obras de Monteiro Lobato romperam com o tradicionalismo da língua, incorporando às falas de suas personagens
o linguajar próprio da época e do espaço em que viviam.
( ±$V REUDV LQRYDGRUDV VmR DTXHODV HP TXH D LQWHQomR VH YROWD SDUD LQWHUSHODomR GR PXQGR D ¿P GH LQFLWDU j
WUDQVIRUPDomRGRPHVPR7DPEpPVmRFKDPDGDVGHTXHVWLRQDGRUDV
Questão 4
Resposta: 6XJHUHVH TXH R DOXQR VHMD FDSD] GH FRPSUHHQGHU H UHVSRQGHU TXH D FDUDFWHUtVWLFDV p D consciência
da nacionalidade, que aponta para a miscigenação que deu origem ao povo brasileiro: brancos, índios e negros. O
aluno também pode falar da incorporação dos mitos e lendas do Brasil nas obras da Literatura Infantil, numa clara
tentativa lobatiana de adequar as histórias brasileiras às fantásticas experiências com seres sobrenaturais das histórias
maravilhosas e de fadas antigas.
Questão 5
Resposta:6XJHUHVHTXHRDOXQRVHMDFDSD]GHFRPHQWDUTXHpYLVtYHOYHUL¿FDUQD(PtOLDGH/REDWRDQRYDYLVmRGD
criança como alguém capaz de inferir, surpreender, a ter vontades e voz, liberar sua irreverência infantil, sua preocupação
FRPRVPDLVYDULDGRVSUREOHPDVVRFLDLVD¿PGHTXHVWLRQDUHFRQKHFHUPXQGRHPTXHYLYH

Tema 06
Espécie Literária: Gênero ou Forma na Literatura Infantil?
7HPD
SANTOS, Ausdy Nazareth Castros dos. Literatura Infantojuvenil: Espécie literária: gênero ou forma na literatura infantil? Caderno de Atividades.
Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015.
Índice
Pág. 3 Pág. 3
ACOMPANHENAWEB
Pág. 13 Pág. 14
Pág. 17 Pág. 17
Pág. 18 Pág. 19
CONVITEÀLEITURA
1HVWHFDStWXORYRFrFRPSUHHQGHUiFRPRDOLWHUDWXUDTXHFDXVDSUD]HUHGHVSHUWDHPRo}HVIRLHFRQWLQXDVHQGR
XPGRVHOHPHQWRVPDLVLPSRUWDQWHVQRHVWtPXORjOHLWXUDQDHVFROD9HUiWDPEpPFRPRDVKLVWyULDVLQIDQWLVSHQHWUDP
QR LPDJLQiULR GD FULDQoD DWXDQGR SRXFR D SRXFR SDUD DMXGDU D UHVROYHU RV FRQÀLWRV LQWHULRUHV H FDSDFLWDQGR SDUD
R UHFRQKHFLPHQWR H EXVFD GDV VROXo}HV GRV SUREOHPDV TXH VXUJHP QD YLGD 9HUL¿FDUi TXH R HVWXGR GHVVDV REUDV
p IDFLOLWDGR SHOD GLYLVmR GLGiWLFD GRV WH[WRV OLWHUiULRV SURGX]LGRV TXH SRVVLELOLWD D LGHQWL¿FDomR GDV FDUDFWHUtVWLFDV
WHPiWLFDVHHVWLOtVWLFDVRXVHMDpDGLYLVmRHPJrQHURVOLWHUiULRVHVXDVSDUWLo}HVTXHSRVVLELOLWDPRUHFRQKHFLPHQWR
GDVHVSHFL¿FLGDGHVGHFDGDREUD5HFRUGDUiWDPEpPDVGLIHUHQoDVHQWUHJrQHURVXEJrQHURFDWHJRULDHIRUPDOLWHUiULD
D¿PGHDGHTXDUVHXVFRQKHFLPHQWRVSUpYLRVjQRYDUHDOLGDGHGRVHVWXGRVGD/LWHUDWXUD,QIDQWLO3RLVEHP6LQWDVHj
YRQWDGHSDUDIHFKDURVROKRVHYLDMDUQDVPDUDYLOKRVDVKLVWyULDVGHIDGDVHGXHQGHVHQRVPLWRVTXHFRQWDPDKLVWyULD
GR%UDVLO$ULTXH]DGDOLWHUDWXUDSDUDFULDQoDVpWDPDQKDTXHWDPEpPQyVDGXOWRVFRQVHJXLPRVYLDMDUQDVDVDVGRV
GUDJ}HV
PORDENTRODOTEMA
6HJXQGR &RHOKR DOJXPDV LQGH¿QLo}HV VREUH D QDWXUH]D GD /LWHUDWXUD ,QIDQWLO H[LVWHP DWp KRMH $¿QDO
D /LWHUDWXUD ,QIDQWLO p JrQHUR" e VXEJrQHUR" e IRUPD" e FDWHJRULD" $ ¿P GH TXH YRFr WDPEpP SDUWLFLSH DWLYD H
FRQVFLHQWHPHQWHGHVVDVUHÀH[}HVYHMDDVHJXLURFRQFHLWRGHFDGDXPDGHVVDVHVIHUDVGHUHIHUrQFLDGDOLWHUDWXUDVHP
HVTXHFHUGHTXHHVVDGLYLVmRpSXUDPHQWHGLGiWLFDHTXHGLDQWHGHXPDREUDOLWHUiULDpSRVVtYHOREVHUYDUXPDtQWLPD
DSUR[LPDomRFRPXPRXPDLVJrQHURV3RUH[HPSORXPDFU{QLFDSRGHDSUHVHQWDUHOHPHQWRVQDUUDWLYRVFRPWUDoRV
SRpWLFRVHRXHQVDtVWLFRV3RUpPTXDQGRKiSUHGRPLQkQFLDRXDSUR[LPDomRPDLRUFRPXPGRVJrQHURVpSRVVtYHO
DFODVVL¿FDomRGDREUDGLDQWHGDGLYLVmRDSUHVHQWDGDDVHJXLU-XVWL¿FDVHHVVHDOHUWDSRUTXHQRVWH[WRVGDOLWHUDWXUD
FRQWHPSRUkQHDPDUFDGDSHOD hibridização HSHODPLVWXUDGDVFRLVDVDEHOH]DHVWpWLFDFRQVLVWHQDIXVmRGHHOHPHQWRV
TXHWUDGLFLRQDOPHQWHQmRFRPELQDULDP'HVVDIRUPDDOLQKDTXHGLYLGHDVREUDVHPJrQHURVOLWHUiULRV¿FDFDGDYH]
PDLVWrQXHGL¿FXOWDQGRXPDFODVVL¿FDomRSUHFLVD
PORDENTRODOTEMA
Gênero:RWHUPRRULJLQDVHGRODWLPgenusTXHVLJQL¿FDQDVFLPHQWRGHVFHQGrQFLDRULJHPHUHIHUHVHQDOLWHUDWXUDD
JUXSRVIDPLOLDUHVTXHUH~QHPQDVPHVPDVFDWHJRULDVREUDVGRWDGDVGHSURSULHGDGHVIRUPDLVFRPXQV3ODWmRQRVHX
OLYURA República, FRPHoRXDXWLOL]DUDVWHUPLQRORJLDVpSLFRGUDPiWLFRHOtULFRHH[SOLFD
>@HPSRHVLDHHPSURVDKiXPDHVSpFLHTXHpWRGDGHLPLWDomRFRPR>@pDWUDJpGLDHDFRPpGLDRXWUDGH
QDUUDomRSHORSUySULRSRHWD>@HRXWUDDLQGDFRQVWLWXtGDSRUDPEDVTXHVHXVDQDFRPSRVLomRGDHSRSHLDHGH
PXLWRVRXWURVJrQHURV>@3/$72S
3DUD HQWHQGHU PHOKRU YHMD D VHJXLU D H[SOLFDomR VREUH D H[SUHVVmR HVWpWLFD GD H[SHULrQFLD KXPDQD GHPRQVWUDGD
DWUDYpVGRVJrQHURVOLWHUiULRV
9LYrQFLDOtULFD±RHXHDVVXDVHPRo}HV SRHVLD
9LYrQFLDpSLFD±RHXHPUHODomRDRPXQGR SURVD¿FomR
9LYrQFLDGUDPiWLFD±RHXYLYHQFLDQGRRHVSHWiFXORGDYLGD WHDWUR
SubgênerosVmRVXEGLYLV}HVGRVJrQHURVPDLRUHVTXHFODVVL¿FDPRVWH[WRVGHDFRUGRXPLQGtFLRPDLRUGHDSUR[LPDomR
FRPRJrQHURFRPRpSRVVtYHOYHUL¿FDUDVHJXLU
6XEJrQHURVGDSRHVLD±WH[WRVFXMDVFRPSRVLo}HVVHGmRHPYHUVRV RGHKLQRPDGULJDOHWF
6XEJrQHURVGDSURVD±WH[WRVFXMDVFRPSRVLo}HVVHGmRHPIRUPDGHQDUUDWLYDV FRQWRURPDQFHQRYHODOLWHUDWXUD
LQIDQWLOHWF
6XEJrQHURVGRGUDPD±WH[WRVFXMDVFRPSRVLo}HVVHGmRHPIRUPDGHGLiORJRVYROWDGRVSDUDDUHSUHVHQWDomR
IDUVDWUDJpGLDySHUDFRPpGLDWUDJLFRPpGLDHWF
CategoriapDPRGDOLGDGHGHFODVVL¿FDomROLWHUiULDGHDFRUGRFRPRFRQWH~GRHDWHPiWLFD8PWH[WROLWHUiULRSRGH
VHUSRUH[HPSORFRPpGLDWUDJLFRPpGLDGUDPDPHORGUDPDPLVWpULRURPDQFHSROLFLDOURPDQFHGHDPRUURPDQFH
SVLFROyJLFRURPDQFHKLVWyULFRWHUURUWHDWURGHPDULRQHWHV¿FomRFLHQWt¿FDQRYHODGHDYHQWXUDVELRJUD¿DSRHVLDOtULFD
SRHVLDUHOLJLRVDSRHVLDVDWtULFDFRQWRVIDQWiVWLFRVFRQWRVGHWHUURUUHDOLVPRPiJLFRHWF
FormapDGLYLVmRHPSURVDRXSRHVLD$SRHVLDFRQVLVWHQRDUUDQMRKDUP{QLFRGDVSDODYUDV*HUDOPHQWHRUJDQL]DGD
HPYHUVRVFDUDFWHUL]DVHSHODHVFROKDGDVSDODYUDVHPIXQomRGHVHXVYDORUHVVRQRURVGHQRWDWLYRVRXFRQRWDWLYRV$
SURVDFRQVLVWHHPREUDVTXHDSUHVHQWDPRWH[WR³FRUULGR´VHPYHUVL¿FDomR

PORDENTRODOTEMA
Contar Histórias – Passado e Presente
'HVGH R WHPSR GDV FDYHUQDV R VHU KXPDQR WHP R FRVWXPH GH VH VHQWDU SDUD FRQWDU DRV GHPDLV R TXH OKH
DFRQWHFHX GXUDQWH R WHPSR HP TXH HVWHYH ORQJH SURFXUDQGR PRVWUDU VXDV FRQTXLVWDV H VXD FRUDJHP FRPXPHQWH
HQIHLWDQGRXPSRXFRVXDVKLVWyULDVFRQWDQGRGRVSHULJRVHQIUHQWDGRV0DVLVVRQmRHUDVX¿FLHQWHHRKRPHPHQWmR
VHQWLXDQHFHVVLGDGHGHUHJLVWUDUHVVDVKLVWyULDVD¿PGHTXHDVIXWXUDVJHUDo}HVVRXEHVVHPRTXHOKHWLQKDDFRQWHFLGR
HDSUHQGHVVHPFRPDVH[SHULrQFLDVYLYLGDV'HVVHGHVHMRVXUJLXDHVFULWDSULPHLUDPHQWHQDVSDUHGHVGDVFDYHUQDV
GHSRLVQRVpapirosHSRUYiULRVFDPLQKRVTXHQRVFRQWDDKLVWyULDDWpFKHJDUKRMHDROLYURTXHWHPRV(VVHLQWHUHVVH
HPFRQVHUYDURTXHIRLQDUUDGRWRUQRXVHXPDIRUPDGHVREUHYLYHUHWHUQDPHQWH
9RFrVDEHTXHRQDUUDUpXPULWRTXHVHPSUHJDUDQWLXIRUPDVGHPHPyULDHFRQVFLrQFLD"$SHUGDGHVVDIDFXOGDGH
KXPDQD SULYD R LQGLYtGXR GH HOHPHQWRV TXH FRQIHUHP VHQWLGR j H[LVWrQFLD VRFLDO RX LQGLYLGXDO H p SRU LVVR TXH RV
FRQWRVLQIDQWLVDSUHVHQWDUDPWDPEpPDSRVVLELOLGDGHGHGHVSHUWDUGLIHUHQWHVHPRo}HVHOHYDUjDPSOLDomRGHPXQGR
(VVHHQFRQWURGDFULDQoDHWDPEpPGRDGXOWRFRPDIDQWDVLDRSRUWXQL]DRFRQWDWRFRPRPXQGRLQWHULRUGLDORJDFRP
RVVHQWLPHQWRVFRQIURQWDPHGRVHGHVHMRVHVFRQGLGRVVXSHUDFRQÀLWRVHSHUPLWHRDOFDQFHHRHTXLOtEULRQHFHVViULRV
SDUDXPFUHVFLPHQWRH¿FLHQWH&RPRYRFrSRGHYHUDVLPSOLFLGDGHpDPDLRUDUPDGHVVHWLSRGHOLWHUDWXUDIDQWDVLRVD
eSRULVVRTXHDOLWHUDWXUDLQIDQWLOIRLFRQVLGHUDGD³IRUPDVLPSOHV´QDYLVmRGRFUtWLFR$QGUH-ROOHVQRVHQWLGRGH

TXHVHXGLVFXUVRQmRVHDSUHVHQWDHODERUDGRRXHUXGLWRHPYLUWXGHGDVOLPLWDo}HVGRGRPtQLRGRGLVFXUVRSHODFULDQoD
SHORFRQWUiULRHPSUHJDHVWUXWXUDVGLVFXUVLYDVVLPSOHVSHUPHDGDVGHPHWiIRUDVHPTXHRLPDJLQiULRpRHOHPHQWR
QDWXUDOTXHUHFULDRHQUHGRRWHPSRRHVSDoRDQDUUDomRHDVSHUVRQDJHQV&RQVWLWXHPIRUPDVVLPSOHVDVQDUUDWLYDV
DQ{QLPDVVXUJLGDVKiPLOrQLRVFRQWDGDVHUHFRQWDGDVSRUperegrinosHHPLJUDQWHVUHSUHVHQWDQGRGLIHUHQWHVWUDGLo}HV
IROFOyULFDV6mRFDUDFWHUtVWLFDVGHVVHWLSRGHWH[WRV
&ULDomRHVSRQWkQHDRXVHMDrudimentarVHPHODERUDomR
6LPSOLFLGDGHHDXWHQWLFLGDGHQDVYLYrQFLDVUHODWDGDV
As formas simples na Literatura Infantil
Fábula
8P GRV WH[WRV GD OLWHUDWXUD LQIDQWLO PDLV XWLOL]DGRV QR WUDEDOKR FRP DV VpULHV LQLFLDLV GR HQVLQR IXQGDPHQWDO
VmR DV IiEXODV$V IiEXODV VmR QDUUDWLYDV FXUWDV HP TXH DV SHUVRQDJHQV VmR DQLPDLV SODQWDV RX REMHWRV DQLPDGRV
TXH PDJLFDPHQWH JDQKDP FDUDFWHUtVWLFDV KXPDQDV WUD]HQGR QR HQUHGR GD KLVWyULD XP HQVLQDPHQWR XPD PRUDO
PORDENTRODOTEMA
+DELWXDOPHQWH DV IiEXODV UHÀHWHP XP PpWRGR SHGDJyJLFR HP TXH R OHLWRU QmR SUHFLVD TXHVWLRQDU RX UHÀHWLU Mi TXH
DVLPSOHVOHLWXUDSHUPLWHDLGHQWL¿FDomRGDPRUDOLPSRVWDSHODIiEXOD6HJXQGR5RXVVHDXHPVHXOLYURGHHGXFDomR
LQIDQWLOEmílio
1DGDpWmRYmRQHPWmRPDOHQWHQGLGRTXDQWRDPRUDOSHODTXDOVHWHUPLQDDPDLRUSDUWHGDVIiEXODV&RPR
VHHVVDPRUDOQmRIRVVHRXQmRGHYHVVHVHUFRPSUHHQGLGDQDSUySULDIiEXODGHPRGRTXHDWRUQDVVHVHQVtYHO
DROHLWRU3RUTXHHQWmRDFUHVFHQWDQGRQR¿PHVVDPRUDOUHWLUDUOKHRSUD]HUGHHQFRQWUiODSRUVLPHVPR"2
WDOHQWRGHLQVWUXLUpID]HUFRPTXHRGLVFtSXORHQFRQWUHSUD]HUQDLQVWUXomR2UDSDUDLVVRVHXHVStULWRQmRGHYH
SHUPDQHFHUWmRSDVVLYRGLDQWHGHWXGRRTXHOKHGLVVHUGHVTXHQmRWHQKDDEVROXWDPHQWHQDGDDID]HUSDUDYRV
FRPSUHHQGHUeSUHFLVRTXHRDPRUSUySULRGRSURIHVVRUGHL[HVHPSUHDOJXPHVSDoRSDUDRVHXpSUHFLVRTXH
HOHSRVVDSHQVDUEu compreendo, eu entendo, eu ajo, eu me instruo.5266($8S
3DUD5RXVVHDXSRUWDQWRGHYHVHGHL[DUTXHRGUDPDDSUHVHQWDGRQDIiEXODGLDORJXHFRPRPXQGRtQWLPRGDFULDQoD
FRODERUDQGRQDFRQVWUXomRGRFRQKHFLPHQWRTXHQHFHVVLWDUiSDUDRVHXGHVHQYROYLPHQWR3RUWDQWRDHGXFDomRSHOD
PRUDOGDVIiEXODVQmRpWRWDOPHQWHDEVRUYLGDQDYLGDGDFULDQoDSRUPHLRGHVXDVOHLWXUDVPDVVLPSRUPHLRGHVXDV
SUySULDVH[SHULrQFLDVFRPDYLGDHDo}HV
1DVFLGDQR2ULHQWHDIiEXODIRLDSULPHLUDHVSpFLHQDUUDWLYDDDSDUHFHU1R2FLGHQWHIRLUHLQYHQWDGDSHORJUHJR(VRSR
VpF9,D&HDSHUIHLoRDGDSHORHVFUDYRURPDQR)HGURVpF,D&1RVpF;9,IRLGHVFREHUWDHUHLQYHQWDGDSRU
/HRQDUGRGD9LQFLHQRVpF;9,,SRU/D)RQWDLQHTXHDLQWURGX]LXGH¿QLWLYDPHQWHQDOLWHUDWXUDRFLGHQWDO3(5)80(
$WHPiWLFDGHVVHVWH[WRVVHPSUHIRLYDULDGDFRQWHPSODQGRWySLFRVFRPRDYLWyULDGDIUDTXH]DVREUHDIRUoDGD
ERQGDGHVREUHDDVW~FLDHDGHUURWDGHSUHVXQoRVRV
6mRFDUDFWHUtVWLFDVGDVIiEXODV
8WLOL]DomRGHDQLPDLVFRPRSHUVRQDJHQVFRPFDUDFWHUtVWLFDVSHUVRQDOLGDGHHFRPSRUWDPHQWRVHPHOKDQWHVDRV
GRVVHUHVKXPDQRV
2IDWRQDUUDGRpDOJRIDQWiVWLFRQmRFRUULTXHLURRXLQXVLWDGR

PORDENTRODOTEMA
9HMDDVHJXLU)LJXUDXPDFRQKHFLGDIiEXOD
Figura 6.12/HmRHR5DWLQKR
'LVSRQtYHOHP<KWWSSRUWDOGRSURIHVVRUPHFJRYEU¿FKD7HFQLFD$XODKWPO"DXOD >$FHVVRHPPDLR
PORDENTRODOTEMA
Apólogo
1DUUDWLYDEUHYHGHXPDVLWXDomRYLYLGDSRUVHUHVLQDQLPDGRVREMHWRVRXHOHPHQWRVGDQDWXUH]DTXHDGTXLUHP
YLGDHUHPHWHPDXPDVLWXDomRH[HPSODUSDUDRVKRPHQV3(5)80(D¿PGHLOXVWUDUXPHQVLQDPHQWRGH
YLGDDWUDYpVGHVLWXDo}HVVHPHOKDQWHVjVUHDLV2VSHUVRQDJHQVQmRVmRVtPERORVFRPRDFRQWHFHFRPRVGDIiEXOD
6mRFDUDFWHUtVWLFDVGRVDSyORJRV
([HPSORVTXHDMXGDPDPRGL¿FDUFRQFHLWRVHFRPSRUWDPHQWRVKXPDQRVGHRUGHPPRUDOHVRFLDO
6LWXDo}HVUHDLVFRPVHUHVSUy[LPRVGDUHDOLGDGHGLIHUHQWHPHQWHGDIiEXOD
4XDOTXHUWLSRGHOLomRGHYLGDPHVPRTXHQmRVHMDDGRWDGDSHODPDLRULDFRPRDPDQHLUDFRUUHWDGHDJLU
Parábola
'RJUHJRparaboleTXHVLJQL¿FD³QDUUDWLYDFXUWD´DSDUiERODpXPDQDUUDWLYDEUHYHGHVLWXDo}HVTXHSRGHPVHU
YLYLGDVSRUVHUHVKXPDQRVRXSRUDQLPDLVGDVTXDLVVHGHGX]SRUFRPSDUDomRXPHQVLQDPHQWRPRUDORXHVSLULWXDO
6mRFDUDFWHUtVWLFDVGDVSDUiERODV
7UDQVPLVVmRGHXPDOLomRpWLFDDWUDYpVGHXPDSURVDPHWDIyULFDXWLOL]DQGRDOLQJXDJHPVLPEyOLFD
'LIHUHQFLDVHGDIiEXODHGRDSyORJRSRUVHUSURWDJRQL]DGDSRUVHUHVKXPDQRV
*rQHURPXLWRXWLOL]DGRQD%tEOLDGXUDQWHDSDVVDJHPGH-HVXV
Alegoria
1DUUDWLYDHPSURVDRXHPYHUVRTXHH[SUHVVDXPDLGHLDDWUDYpVGHXPDLPDJHPRXVHMDUHSUHVHQWDXPDFRLVD
SDUDGDUDLGHLDGHRXWUD+iSUHVHQoDGHHQWHVVREUHQDWXUDLVPLWROyJLFRVRXOHQGiULRV6XDH[SUHVVmRWUDQVPLWHXP
RXPDLVVHQWLGRVDOpPGDVLPSOHVFRPSUHHQVmRGRVHQWLGROLWHUDO$GHFLIUDomRGHXPDDOHJRULDGHSHQGHVHPSUHGD
OHLWXUDLQWHUWH[WXDOTXHSHUPLWHLGHQWL¿FDUXPVHQWLGRPDLVSURIXQGRVHPSUHGHFDUiWHUPRUDO6mRFDUDFWHUtVWLFDVGDV
DOHJRULDV
5HSUHVHQWDomRGHXPDLGHLDSHODVFDUDFWHUtVWLFDVGHRXWUD
$SUHVHQWDomRGHXPDPRUDOVLPEyOLFDJHUDODWRGRV
9DULDomRGRHQWHQGLPHQWRGDPHQVDJHPGHDFRUGRFRPDOHLWXUDHDFRPSUHHQVmRGROHLWRU
7RPHOHYDGRHVpULRGDOLQJXDJHP

PORDENTRODOTEMA
Mito
1DUUDWLYDDQWLJDTXHWUDWDGDVDo}HVGHGHXVHVGXHQGHVKHUyLVIDEXORVRVRXGHVLWXDo}HVHPTXHRVREUHQDWXUDO
GRPLQD 3(5)80( /LJDGR D IHQ{PHQRV LQDXJXUDLV D JHQHDORJLD GRV GHXVHV D FULDomR GR PXQGR H GR
KRPHPDH[SOLFDomRPiJLFDGDVIRUoDVGDQDWXUH]DHWFRPLWRFRPWXGRDTXLORTXHWHPGHDSHORDXPDPHQWDOLGDGH
VLPEyOLFDDFDERXVHQGRDGRWDGRSRUYiULDVPDQLIHVWDo}HVOLWHUiULDV
1DV VRFLHGDGHV DQWLJDV D QDUUDWLYD PtWLFD GHVHPSHQKDYD XPD IXQomR LPSRUWDQWH GHQWUR GD HVWUXWXUD VRFLDO TXH D
DIDVWDYDGRVHQWLGRGHVLPSOHVHIDEXODomRIDQWDVLRVDSRGHQGRVHUGH¿QLGDFRPRDnarrativa da criação2PLWRQDUUD
XPDFRQWHFLPHQWRGHIRUPDDGDUUHVSRVWDVDTXHVW}HVTXHDUD]mRKXPDQDQmRSRGHFRPSUHHQGHUFRPRSRUH[HPSOR
RPLWR JUHJRGD Caixa de Pandora1TXHIRLFULDGRSDUDH[SOLFDURVPDOHVDWULEXtGRVDRVKXPDQRVFRPRFRQVHTXrQFLDGD
VXDIDOWDGHFRQKHFLPHQWRHSUHYLVmR'HVVDIRUPDHVVHWLSRGHQDUUDWLYDWHPFRPRFDUDFWHUtVWLFDDWHQWDWLYDGHH[SOLFDU
RLQH[SOLFiYHOHPREUDVGHFDUiWHUIDQWiVWLFRTXHDSHODPSDUDVROXo}HVWUDQVFHQGHQWDLVRXVREUHQDWXUDLVGHIDWRVTXH
RKRPHPQmRFRQVHJXHH[SOLFDU
Figura 6.22PLWRGH3DQGRUD
9RFrSRGHFRQKHFHUHVVHPLWRDFHVVDQGRRWH[WRCaixa de PandoraGH-RmR)UDQFLVFR3&DEUDO'LVSRQtYHOHP<KWWSZZZ
EUDVLOHVFRODFRP¿ORVR¿DFDL[DGHSDQGRUDKWP>$FHVVRHPIHY
PORDENTRODOTEMA
6HJXQGR&RHOKRS³TXDQGRRKRPHPVDEHHOHFULDKLVWyULDVHTXDQGRLJQRUDFULDRPLWR´&RPRRVHU
KXPDQRWHPRSRGHUGHH[SOLFDUUHDOLGDGHVQXQFDLPDJLQDGDVpFDPSRIpUWLOSDUDDOLWHUDWXUDTXHVHDSURSULDGRPLWR
SDUDUHFRQVWUXLURLPDJLQiULRHVWDEHOHFHQGRXPSDQRUDPDTXHGHOLPLWDRFDPLQKRHPEXVFDGHLGHQWLGDGH1DOLWHUDWXUD
EUDVLOHLUDSRGHVHHYLGHQFLDURPLWRQDVREUDVGRVDXWRUHVGR5RPDQWLVPRH0RGHUQLVPRFRPDFULDomRGHXPFDUiWHU
QDFLRQDOTXHGHXDRVEUDVLOHLURVHOHPHQWRVFRPRVTXDLVSRGLDPVHLGHQWL¿FDU
Lenda
)RUPD QDUUDWLYD PXLWR DQWLJD JHUDOPHQWH EUHYH HP YHUVR RX SURVD FXMR DUJXPHQWR p WLUDGR GD WUDGLomR e R
UHODWRGHDFRQWHFLPHQWRVHPTXHRPDUDYLOKRVRHRLPDJLQiULRVXSHUDPRKLVWyULFRHRYHUGDGHLUR3(5)80(
7UDQVPLWLGD H FRQVHUYDGD SHOD WUDGLomR RUDO VHJXQGR &kPDUD &DVFXGR D OHQGD FRQVHUYD TXDWUR FDUDFWHUtVWLFDV GR
FRQWRSRSXODUDQWLJXLGDGHSHUVLVWrQFLDDQRQLPDWRHRUDOLGDGH3(5)80(2IROFORUHEUDVLOHLURpULTXtVVLPR
HP OHQGDV FRPR SRU H[HPSOR DV KLVWyULDV GD 0mH G¶ÈJXD &REUD *UDQGH 0XOD VHP FDEHoD %RWR &RUGH5RVD
&XUXSLUD3pGH*DUUDIDHWF
Figura 6.3/HQGDV%UDVLOHLUDV

PORDENTRODOTEMA
(VSHFL¿FLGDGHVGRV&RQWRV
2VFRQWRVGHIDGDVIRUDPSULPHLUDPHQWHQDUUDGRVSHORVFDPSRQHVHVHPWRUQRGDVODUHLUDVYLVWRTXHDVQRLWHV
HUDPPXLWR³FRPSULGDV´SUHFLVDQGRVHUSUHHQFKLGDVFRPDOJRTXHIRUQHFHVVHHYDVmRjYLGDGXUDHPHGtRFUHHVH
WRUQDUDPXPKiELWRIDPLOLDUTXHGLYHUWLDRVDGXOWRVHDVVXVWDYDDVFULDQoDV2FXULRVRpTXHHUDPHQJHQKRVDPHQWH
QDUUDGRVjQRLWLQKDSDUDTXH¿FDVVHPUHJLVWUDGRVQRLQFRQVFLHQWHLQIDQWLOFRPRR~OWLPRUHODWRGRGLDD¿PGHIDYRUHFHU
DPHPRUL]DomRHDIUXLomR
2VpFXOR;9,,¿FRXFRQKHFLGRFRPRRVpFXORGRVFRQWRVPDUDYLOKRVRVGHFRQWH~GRUHFUHDWLYRUHSUHVHQWDWLYRHFUtWLFR
TXH DSUHVHQWDYDP ¿QDLV WUiJLFRV H UHDOLVWDVVHQGR 3HUUDXOW R SULPHLUR FRPSLODGRU GHVVHV FRQWRV TXH WLQKDP FRPR
SHUVRQDJHQVUHLVHSULQFHVDV
&RQWHPSRUkQHRGH3HUUDXOW/D)RQWDLQHUHWRPRXDWUDGLomRGH(VRSRH)HGURFRPVXDVFábulas GHFXQKRVDWtULFR
/D)RQWDLQHWDPEpPDFUHVFHQWRXVHXHVWLORSUySULREXVFDQGRQRVJUHJRVODWLQRVPHGLHYDLVQD%tEOLDHQRVFRQWRV
SRSXODUHVDUJXPHQWRVSDUDVXDVFábulas,HOHYDQGRHVVHWLSRGHQDUUDWLYDjFDWHJRULDGHDOWDSRHVLDMiTXHHPVHX
WHPSRDVKLVWyULDVLQIDQWLVHUDPFRQVLGHUDGDVQDUUDWLYDV³PHQRUHV´
1D$OHPDQKDRV,UPmRV*ULPPFRPVXDVSHUVRQDJHQVSRSXODUHVGHKLVWyULDVUHXQLGDVDSDUWLUGDVDEHGRULDGRSRYR
RUJDQL]DUDPYiULRVWH[WRVFRPEDVHQRUHODWRRUDOVHPDFUHVFHQWDUQHPUHGX]LUPDUFDQGRRVSULPyUGLRVGRHVWXGRGR
IROFORUHQD(XURSD1D'LQDPDUFD$QGHUVHQDSUR[LPRXEDVWDQWHRPDUDYLOKRVRGRUHDODSUHVHQWDQGRVXWLOPHQWHDPRUDO
VHPFRORFDURIRFRQDPRUDOLGDGHLQVSLUDQGRVHQRVVHXVWHPSRVGHPHQLQRSREUHSDUDFULDUVHXVFRQWRVIROFOyULFRV
1D,WiOLDVXUJHPinocchio, GH&DUORV/RUHQ]LQLTXHGirQIDVHjOXWDHQWUHREHPHRPDOLQWURGX]LQGRDVUHÀH[}HVVREUH
ROLYUHDUEtWULRHDWpFQLFDGRPDQLTXHtVPR
&RPRGHVHQYROYLPHQWRGDLQG~VWULDHRDSDUHFLPHQWRFRQVHTXHQWHGRVLQHYLWiYHLVSUREOHPDVVRFLDLVDOLWHUDWXUDYROWD
VHXVROKRVSDUDDTXHVWmRGDFULDQoDDEDQGRQDGD(pFRPRFRQWRA Pequena Vendedora de Fósforos,GH$QGHUVHQ
TXHHVVDWHPiWLFDJDQKDRPXQGRLQFHQWLYDQGRDVGLVFXVV}HVVREUHRSDSHOGDVRFLHGDGHQDJDUDQWLDGREHPHVWDU
GRVKRPHQV
1D,QJODWHUUDGRVpFXOR;,;/HZLV&DUUROPDUFDDOLWHUDWXUDVDWtULFRKXPRUtVWLFDFRPRVFOiVVLFRVAlice no País das

Maravilhas e Alice no Reino do Espelho. -iQR¿QDO]LQKRGRVpFXOR;,;HFRPHoRGRVpFXOR;;KiSUHGRPLQkQFLDGR
VLPEROLVPRHGDViWLUDGHWHQGrQFLDFUtWLFDFRPRVHSRGHREVHUYDUQRFOiVVLFRGH6DLQW([XSpU\O Pequeno Príncipe.

PORDENTRODOTEMA
$FUHGLWDVHTXHContos da Carochinha WHQKDVLGRRSULPHLUROLYURSDUDFULDQoDVSXEOLFDGRQR%UDVLOHPFRQVLVWLQGR
QXPDFROHWkQHDGHFRQWRVSRSXODUHVWUDGX]LGRVHDGDSWDGRVGH3HUUDXOW*ULPPH$QGHUVHQVREDUHVSRQVDELOLGDGH
GD HGLWRUD 4XDUHVPD D SLRQHLUD QD HGLomR GH OLYURV LQIDQWLV QR QRVVR SDtV$ FROHWkQHD RUJDQL]DGD SRU )LJXHLUHGR
3LPHQWHOFRQVWDGHFRQWRVSRSXODUHVPRUDLVHSURYHLWRVRV
Tipos de Contos
1. Contos Maravilhosos:$V QDUUDWLYDV QRPHDGDV GH FRQWRV PDUDYLOKRVRV WrP UDt]HV QDV QDUUDWLYDV RULHQWDLV
GLIXQGLGDV SHORV iUDEHV FRPR$V Mil e Uma Noites$V DYHQWXUDV DSUHVHQWDP Q~FOHR GH QDWXUH]D PDWHULDO D
EXVFDGHULTXH]DVVRFLDODVDWLVIDomRGRFRUSRRXVHQVRULDODFRQTXLVWDGHSRGHU8PH[HPSORGHVVHVFRQWRV
pDREUDAladim e a Lâmpada Maravilhosa
2. Contos de Fadas: 1DUUDWLYDV GH QDWXUH]D HVSLULWXDO pWLFD RX H[LVWHQFLDO TXH VH RULJLQDUDP HQWUH RV FHOWDV
$SUHVHQWDYDPKHUyLVHKHURtQDVTXHYLYLDPDYHQWXUDVOLJDGDVDRVREUHQDWXUDODRPLVWpULRGRDOpPYLGDYLVDQGR
jUHDOL]DomRLQWHULRUGRVHUKXPDQR$IDGDGRODWLPfatum GHVWLQRHQFDUQDDSRVVLELOLGDGHGHUHDOL]DomRGRV
VRQKRVRXLGHDLVLQHUHQWHVjFRQGLomRKXPDQD
Figura 6.4&RQWRVGH)DGDV
'LVSRQtYHOHP<KWWSFRPPRQVZLNLPHGLDRUJZLNL)LOH*XVWDYH'RUHB6KHBZDVBDVWRQLVKHGBWRBVHHBKRZBKHUBJUDQGPRWKHUBORRNHGMSJ>$FHVVRHP
PDLR

ACOMPANHENAWEB
A Psicanalise dos Contos
C de Fadas
1HVVHOLYURRDXWRU%UXQR%HWWHOKHLQH[SORUDDDQiOLVHGRVFRQWRVHPUHODomRjVIiEXODVH
DRVPLWRV/HLWXUDLPSHUGtYHOHREULJDWyULDSDUDRHQWHQGLPHQWRGDVHVSHFL¿FLGDGHVGDOLWHUDWXUD
LQIDQWLO
'LVSRQtYHOHP<KWWSZZZXVSEUFMHDQH[RVSLHUUHDSVLFDQDOLVHIDGDVSGI>$FHVVRHPIHY
Entendendo o Conto de Fadas
$UWLJRLPSRUWDQWHHLOXVWUDWLYRGDKLVWyULDGRV&RQWRVGH)DGDVGHVGHD$QWLJXLGDGHDWpRV
GLDVGHKRMH(VFULWRSRUGXDVSVLFyORJDVJD~FKDVContos de Fadas: de sua Origem à Clínica
Contemporânea p XP HVWXGR TXH FRQVWDWD TXH D OLWHUDWXUD QDFLRQDO H LQWHUQDFLRQDO RIHUHFH
VXEVtGLRVSDUDRHVWXGRPDLVDSURIXQGDGRGDVRULJHQVGHVVHWLSRWH[WXDOUHVJDWDQGRDYHLFXODomR
VHFXODUGRVFRQWRVGHIDGDVSHODVPDLVGLYHUVL¿FDGDVFXOWXUDVHJHUDo}HVHQFDQWDQGRDGXOWRV
HVREUHWXGRFULDQoDV
'LVSRQtYHOHP<SHSVLFEYVDOXGRUJSGISHUYQYQDSGI>$FHVVRHPIHY
Ana Maria - tudo de bom na Literatura Infantil
$VVLVWDjHQWUHYLVWDFRP$QD0DULD0DFKDGRHPTXHDDXWRUDUHYHODDVUDt]HVGHVXDVREUDV
GH/LWHUDWXUD,QIDQWLO$XWRUDGHPDLVGHFHPREUDVSUHVLGHQWHGD$FDGHPLD%UDVLOHLUDGH/HWUDV
JDQKDGRUDGRSUrPLR+DQV&KULVWLDQ$QGHUVHQ$QD0DULD0DFKDGROHPEUDRFRQWH[WRGHTXDQGR
FRPHoRXDSXEOLFDUVHXVWH[WRVGH¿FomRSHODUHYLVWD5HFUHLRQDWXPXOWXDGDYLUDGDGRVDQRV
SDUDRV(IRLQHVVDPHVPDpSRFDTXHYLYHQGRQRH[tOLRHP3DULVGHVHQYROYHX
WUDEDOKRDFDGrPLFRVREUH*XLPDUmHV5RVDRULHQWDGDSRUXPGRVPDLVLPSRUWDQWHVSHQVDGRUHV
GRVpFXOR;;5RODQG%DUWKHV,PSHUGtYHO
'LVSRQtYHOHP<KWWSVZZZ\RXWXEHFRPZDWFK"Y XIB+0-J>$FHVVRHPIHY
7HPSR

ACOMPANHENAWEB
Folclore Brasileiro em Animação
(PVOLGHVEDVWDQWHGLGiWLFRVHFRORULGRVRYtGHRQDUUDDKLVWyULDGRIROFORUHEUDVLOHLUR&RQKHoD
RVSHUVRQDJHQVGRIROFORUHEUDVLOHLURQHVVHFXUWDPHWUDJHP9DORUL]DURIROFORUHSDUDXPIXWXUR
HGXFDGRUpPXLWRLPSRUWDQWHSRLVQRVID]VHPSUHOHPEUDUHYDORUL]DUDFXOWXUDGRQRVVRSDtV
$VVLVWDDR&XUXSLUD,DUD/RELVRPHP%RLWDWiH0XODVHPFDEHoD(VVHFXUWDIRLSURGX]LGRSHOR
$QLPDU(VW~GLR
'LVSRQtYHOHP<KWWSVZZZ\RXWXEHFRPZDWFK"Y H&/39XFVZ>$FHVVRHPIHY
7HPSR
AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Questão 1
1RSHUtRGRPHGLHYDOHQWUHRVVpFXORV9H;9FRPHoDPDVXUJLUDVQRYDVQDo}HVHXURSHLDVDHUDFULVWmEXUJXHVDTXHHFORGH
QR 5HQDVFLPHQWR VH IRUWDOHFH &RP D IRUoD GD UHOLJLmR FRPR LQVWUXPHQWR FLYLOL]DGRU D SURGXomR OLWHUiULD DVVXPH XP FDUiWHU
PRUDOL]DQWHGLGiWLFRWHQGRSRULQWHQomRHQVLQDUGLYHUWLQGR2FRQYtYLRKXPDQRQHVVHSHUtRGRPHGLHYDOHUDSHUPHDGRSRUIRUoDV
VHOYDJHQVRSRVWDVHSRGHURVDVTXHVHFKRFDYDPQDOXWDSHORSRGHU0DVDSHVDUGDYLROrQFLDVXUJLUDPQDUUDWLYDVPDUDYLOKR
VDVFRPRXPGRVFOiVVLFRVPDLVDQWLJRVGDOLWHUDWXUDLQIDQWLOUHWUDWRGDYLGDQRFDPSRHGDSURWHomRRIHUHFLGDSHORVPDLVYHOKRV
DRVPDLVMRYHQVVmRSHUVRQDJHQVHVWHUHRWLSDGDVHVLPSOHVXPDDYyXPDQHWDXPFDoDGRU3HQVHQRVFRQWH~GRVHVWXGDGRV
HVFUHYDRQRPHGHXPDQDUUDWLYDTXHDSUHVHQWDHVVDVFDUDFWHUtVWLFDVHFRQWHVXFLQWDPHQWHVREUHHOD

AGORAÉASUAVEZ
Questão 2
Leia o texto a seguir:
O Leão e os Três Touros
7UrV WRXURV DPLJRV GHVGH D LQIkQFLD SDVWDYDP MXQWRV H WUDQTXLORV QD VHOYD 8P OHmR HVFRQGLGR QR PDWR HVSUHLWDYDRV QD
HVSHUDQoDGHID]HUGHOHVVHXMDQWDUPDVWLQKDPHGRGHDWDFiORVHQTXDQWRHVWLYHVVHPMXQWRV0DVSRUPHLRGHDVWXFLRVDVH
WUDLoRHLUDVSDODYUDVHOHFRQVHJXLXFULDUHQWUHHOHVDGHVDYHQoDHVHSDUiORV$VVLPWmRORJRHOHVSDVWDYDPVR]LQKRVDWDFRXRV
VHPPHGRDOJXPHXPDSyVRXWURIRUDPVHQGRGHYRUDGRVVHPSUHTXHVHQWLDIRPH
0RUDOGD+LVWyULD8QLmRpIRUoD
$XWRU(VRSR
2WH[WRGH(VRSRWUDWDVHGH
a) 8PDඇHQGD
b) 8PFRQWRPDUDYLඇKRVR
c) 8PFRQWRGHIDGDV
d) 8PDFU{QLFD
e) 8PDIiEXඇD
Questão 3
2JrQHUROLWHUiULRTXHWUDWDGRUHJLVWURGDVHPRo}HVKXPDQDVPDLVYROWDGDVSDUDDH[SUHVVmRGRHXHGRVVHQWLPHQWRVtQWLPRV
GRSRHWDp
a) $SRHVLD
b) $QDUUDWLYD
c) $SURVD
d) $DUWHGUDPiWLFD
e) 2WHDWUR

AGORAÉASUAVEZ
Questão 4
([SOLTXHFRPVXDVSDODYUDVRTXHVmRDVIRUPDVVLPSOHVQD/LWHUDWXUD,QIDQWLO
Questão 5
2%RLWDWipXPDOHQGDEUDVLOHLUDUHSUHVHQWDGDSRUXPDFREUDGHIRJRTXHSURWHJHDVPDWDVÀRUHVWDVHRVDQLPDLV3RVVXLDFD
SDFLGDGHGHSHUVHJXLUHPDWDUDTXHOHVTXHGHVUHVSHLWDPDQDWXUH]D$FUHGLWDVHTXHpGHRULJHPLQGtJHQDHTXHVHMDXPDGDV
SULPHLUDVOHQGDVGRIROFORUHEUDVLOHLUR)RUDPHQFRQWUDGRVUHODWRVGR%RLWDWiHPFDUWDVGRSDGUH-RVpGH$QFKLHWDHP1D
UHJLmR1RUGHVWHGR%UDVLOR%RLWDWipFRQKHFLGRFRPRIRJRTXHFRUUH
Figura 6.5%RLWDWi
'LVSRQtYHOHP<KWWSZZZEUDVLOHVFRODFRPIROFORUHERLWDWDKWP>$FHVVRHPPDLR
([SOLTXHFRPVXDVSDODYUDVDVFDUDFWHUtVWLFDVGHVVHWLSRGHWH[WR

FINALIZANDO
1HVWHWHPDYRFrFRQKHFHXPDLVGHWDOKDGDPHQWHDOJXPDVGDVIRUPDVQDUUDWLYDVPDLVXWLOL]DGDVSDUDDGLYHUVmR
1 W W r K L G W OK G W O G I WL L WLOL G GL m
HRHQVLQRGHFULDQoDVHMRYHQV(QWUHHODVDVIiEXODVDVOHQGDVHRVFRQWRV1HVWHWHPDYRFrWDPEpPS{GHYHUL¿FDU
DH[LVWrQFLDGHGLIHUHQWHVJrQHURVHVXEJrQHURVOLWHUiULRVFRPSUHHQGHQGRRSRUTXrGHVXDLPSRUWkQFLDSDUDRHQVLQR
GH/LWHUDWXUD,QIDQWLOQDHVFROD3HUFHEHXDUHOHYkQFLDGHDGRWDUXPDFODVVL¿FDomRD¿PGHFRPSUHHQGHUHHVWXGDUD
LPHQVDTXDQWLGDGHGHWH[WRVOLWHUiULRVGLVSRQtYHLV&RPRSURIHVVRUYRFrXWLOL]DUiWDPEpPHVVDVFODVVL¿FDo}HVHVXDV
HVSHFL¿FLGDGHVSDUDHQVLQDUOLWHUDWXUDGHVSHUWDQGRRVDOXQRVSDUDRSUD]HUGDOHLWXUDSHORXVRGHWH[WRVHQULTXHFLGRV
FRPDH[SHULrQFLDGRVKRPHQVGHWRGRVRVWHPSRV
FR D H SH r F D GRV R H V GH WRGRV RV WH SRV
REFERÊNCIAS
$%5$029,&+)DQQ\Literatura
$%5$029,&+ ) Lit t Infantil
I f til Gostosuras
G t 6m 3 O 6 L L /WG
e Bobices6mR3DXOR6FLSLRQH/WGD
B bi
%(77(/+(,0%A psicanálise dos contos de fadas. HG5LRGH-DQHLUR3D]H7HUUD
&2(/+21HOO\1RYDHVLiteratura infantilWHRULD±DQiOLVH±GLGiWLFD6mR3DXORÈWLFD
-2//(6$QGUp2FRQWRFormas simples7UDGXomRGHÈOYDUR&DEUDO6mR3DXOR&XOWUL[S
/$-2/20DULVDDo mundo da leitura para a leitura do mundoHGLPSUHVVmR6mR3DXOR(GLWRUDÈWLFD
3(5)80(GH0XOKHU'LVSRQtYHOHP<KWWSZZZWUDEDOKRVIHLWRVFRPHQVDLRV3HUIXPH'H0XOKHUKWPO>$FHVVRHP
PDLR
3/$72A República7UDGXomRGH+HORtVDGD*UDoD%XUDWLHG6mR3DXOR5LGHHO&ROHomR%LEOLRWHFD&OiVVLFD
352339ODGLPLUMorfologia do conto maravilhoso.7UDGXomRGH-DVQD3DUDYLFK6DUKDQ5LRGH-DQHLUR)RUHQVH8QLYHUVLWiULD
52866($8-HDQ-DFTXHVEmílio ou Da Educação6mR3DXOR0DUWLQV)RQWHV
72'25297]YHWDQIntrodução à literatura fantástica6mR3DXOR3HUVSHFWLYD&ROHomR'HEDWHV
=,/%(50$15HJLQDA literatura infantil na escola. 6mR3DXOR*OREDO

GLOSSÁRIO
Hibridização literária:PLVWXUDGHHVWLORVHHVWUXWXUDVTXHjVYH]HVJHUDRXWURVHVWLORVHRXWUDVHVWUXWXUDVGLIHUHQFLDGDV
A República:REUDHVFULWDSRU3ODWmRVREUHRVSHQVDPHQWRVHHQVLQDPHQWRVGH6yFUDWHVSRUYROWDGHD&VHQ
GRSDUWLFXODUPHQWHULFDHPWHUPRV¿ORVy¿FRVSROtWLFRVHVRFLDLV7UDWDGHDOJXPDVTXHVW}HV¿ORVy¿FDVHJHUDLVSDUDD
pSRFDWDOFRPRDEXVFDGHXPDIyUPXODTXHJDUDQWDXPDKDUPRQLRVDDGPLQLVWUDomRjVFLGDGHVD¿PGHOLYUiODVGD
DQDUTXLDHGRVLQWHUHVVHVSDUWLFXODUHV(QWHQGHTXHDIRUoDpXPGLUHLWRHTXHDMXVWLoDpJDUDQWLGDVRPHQWHjTXHOHTXH
pRPDLVIRUWHGHWHUPLQDQGRRLQMXVWRFRPRRLQGLYtGXRTXHWUDQVJULGHUHJUDV7DPEpPGH¿QHRDWRGHJRYHUQDUFRPR
HVWDUDVHUYLoRGRVJRYHUQDGRVGL]TXHDMXVWLoDpVXSHULRUjLQMXVWLoDHpSUHIHUtYHOVRIUHUDLQMXVWLoDGRTXHSUDWLFiOD
3UHJDTXHRQGHKRXYHUMXVWLoDDtHVWDUiDIHOLFLGDGH1ROLYUR;ID]XPDFUtWLFDjSRHVLDFRPRPHLRHGXFDWLYR6yFUDWHV
GiDHQWHQGHUTXHDSRHVLDGHYHVHUVXEVWLWXtGDSHOD¿ORVR¿DFRPRPHLRHGXFDWLYRSRLVVRPHQWHHVWDSRGHGLIHUHQFLDU
DUHDOLGDGHGHIDWR2UHVWDQWHGROLYURWUD]XPDH[RUWDomRjSUiWLFDGDMXVWLoDHGHPDLVYLUWXGHV)RQWH'LVSRQtYHOHP
<KWWSZZZLQIRHVFRODFRPOLWHUDWXUDDUHSXEOLFDSODWDR>$FHVVRHPIHY
Papiro:REWLGRDSDUWLUGDPHGXODGDSODQWDDTXiWLFDCyperus papirus,HVVHPDWHULDOVHUYLXGXUDQWHPXLWRVVpFXORVSDUD
VXSRUWHGDHVFULWD$V¿EUDVFRUWDGDVHPWLUDVHUDPMXVWDSRVWDVHVREUHSRVWDVHPFDPDGDVQDKRUL]RQWDOHQDYHUWL
FDO2SDSLURHUDREWLGRGDSDUWHLQWHUQDEUDQFDHHVSRQMRVDGRFDXOHGDSODQWDGHSRLVFRUWDGRHP¿QDVWLUDVTXHHUDP
SRVWHULRUPHQWHPROKDGDVVREUHSRVWDVHFUX]DGDVSDUD¿QDOPHQWHVHUHPSUHQVDGDVRXEDWLGDV$V¿EUDVHUDPEDWLGDV
VREUHXPDWiEXDSDUDDVVHJXUDUDFRHVmRGRVVHXVFRPSRQHQWHV2SDSLURIRLXVDGRSDUDGRFXPHQWRVHOLYURVDWpR
VpFXOR9,,H9,,,D&VHQGRGHSRLVVXEVWLWXtGRSHORSHUJDPLQKR)RQWH'LVSRQtYHOHP<KWWSWLSRJUDIRVQHWJORVVDULR
SDSLURKWPO>$FHVVRHPIHY
Peregrino:RWHUPR³SHUHJULQR´DSDUHFHHPQRVVDOtQJXDQDSULPHLUDPHWDGHGRVpFXOR;,,,SDUDGHQRPLQDURVFULVWmRV
TXHYLDMDYDPD5RPDRXj7HUUD6DQWDRQGHDWXDOPHQWHVHHQFRQWUDR(VWDGRGH,VUDHO HRV7HUULWyULRV3DOHVWLQRV
SDUDYLVLWDURVOXJDUHVVDJUDGRVjVYH]HVFRPRFDVWLJRDXWRLPSRVWRFRPRREMHWLYRGHSDJDUGHWHUPLQDGRVSHFDGRV
HRXWUDVYH]HVSDUDFXPSULUSHQDVFDQ{QLFDV'HVVHVSHUHJULQRVVXUJLULDPDLVWDUGHDLGHLDGDV&UX]DGDVHQYLDGDV
SDUD³UHFRQTXLVWDU´RVOXJDUHVTXHRVFULVWmRVFRQVLGHUDYDPVDJUDGRVHTXHHVWDYDPHPSRGHUGHSRYRVGHRXWUDV
UHOLJL}HV2DWRGHSHUHJULQDUHDVSHUHJULQDo}HVRFRUUHPGHVGHRVWHPSRVPDLVUHPRWRVPHVPRQRVFKDPDGRVWHP
SRVSULPLWLYRVHPTXHSUHGRPLQDYDPRVFRVWXPHVRXULWRVSDJmRV)RQWH'LVSRQtYHOHP<KWWSSWZLNLSHGLDRUJZLNL
3HUHJULQD>$FHVVRHPIHY

GLOSSÁRIO
Rudimentar:5HIHUHVHDRVUXGLPHQWRVQRo}HVEiVLFDVRXHOHPHQWDUHVVREUHDOJXPDFRLVDEiVLFRRXSULPLWLYRSHQV
DPHQWRUXGLPHQWDU*URVVHLURGHVSURYLGRGHUH¿QDPHQWRFDVDUXGLPHQWDU0RGHVWRVHPFRPSOH[LGDGHTXHpVLP
SOHVDYLGDUXGLPHQWDUGDID]HQGD4XHQmRDSUHVHQWDHYROXomRPRUDOLQWHOHFWXDOQHPSVLFROyJLFDSROtWLFRUXGLPHQWDU
SDtVUXGLPHQWDU)RQWH'LVSRQtYHOHP<KWWSZZZGLFLRFRPEUUXGLPHQWDU>$FHVVRHPIHY
GABARITO
Questão 1
Resposta:$REUDHPTXHVWmRpChapeuzinho VermelhoTXHHPVXDYHUVmRRULJLQDOUHJLVWUDGDSRU3HUUDXOWQDUUDD
KLVWyULDGDQHWDHGDDYyGHYRUDGDVSHORORER$RORQJRGRWHPSRDVYHUV}HVIRUDPDWHQXDQGRDYLROrQFLDSUHVHQWH
QDTXHODpSRFDLQVHULQGRVHRSHUVRQDJHP³FDoDGRU´SDUDVDOYDUDVKHURtQDV
Questão 2
Resposta: $OWHUQDWLYD(
7UDWDVHGHXPDIiEXODSHORIDWRGHWHUFRPRSHUVRQDJHQVDQLPDLVHSHODFDUDFWHUtVWLFDHVSHFt¿FDGHDSUHVHQWDUXPD
³PRUDOGDKLVWyULD´DR¿QDOGRUHODWR
Questão 3
Resposta: $OWHUQDWLYD$
eLPSRUWDQWHTXHVHUHFRQKHoDTXHDSULQFLSDOFDUDFWHUtVWLFDGDSRHVLDpRVHQWLPHQWRSHVVRDORXVHMDDH[SUHVVmRGR
HXSRpWLFRGRDXWRU

Questão 4
Resposta: $VIRUPDVVLPSOHVVmRWLSRVGHWH[WRVFRQKHFLGRVSHODVLPSOLFLGDGHHGHVWLQDGRVDXPS~EOLFRHPIRUPDomR
$SUHVHQWDP FRPR SURSRVWDV GLYHUWLU H LQWHUHVVDU GH PDQHLUD O~GLFD SRLV VmR RULJLQDGDV GD WUDGLomR SRSXODU7rP R
LQWXLWRGHWUDQVPLWLUH[SHULrQFLDVGHIRUPDIHFXQGDHGXUDGRXUD
Questão 5
Resposta: $V OHQGDV VmR KLVWyULDV FRQWDGDV H WUDQVPLWLGDV RUDOPHQWH DWUDYpV GRV WHPSRV 0LVWXUDP IDWRV UHDLV H
KLVWyULFRV FRP DFRQWHFLPHQWRV TXH VmR IUXWRV GD IDQWDVLD $V OHQGDV SURFXUDUDP GDU H[SOLFDomR D DFRQWHFLPHQWRV
PLVWHULRVRVRXVREUHQDWXUDLV

Tema 07
A Imagem nos Livros Infantis – Peculiaridades
7HPD
A Imagem nos Livros Infantis – Peculiaridades
SANTOS, Ausdy Nazareth Castros dos. Literatura Infantojuvenil: A Imagem nos Livros Infantis – Peculiaridades. Caderno de Atividades. Valinhos:
Índice
Pág. 3 Pág. 3
ACOMPANHENAWEB
Pág. 11 Pág. 12
Pág. 16 Pág. 16
Pág. 17 Pág. 17
CONVITEÀLEITURA
1HVWHFDStWXORYRFrFRPSUHHQGHUiFRPRDOLQJXDJHPLFRQRJUi¿FDSRGHDX[LOLDUQDDSUHQGL]DJHPGHIRUPDO~GLFD
já que muitos textos excelentes às vezes são descartados por serem longos e conterem poucas ilustrações. A você,
IXWXURSURIHVVRUFDEHUiRSDSHOGHLGHQWL¿FDUHVVHVWH[WRVSURFXUDUREUDVLOXVWUDGDVGRVPHVPRVFRPSUHHQGHUDVXD
essência e trazê-los à criança. Alguns livros apresentados por algumas editoras e frequentemente usados pelo professor,
revelam que o problema não está somente no tamanho do texto e sim na falta de ilustração ou demais requisitos que
chamem atenção da criança para o mergulho na narrativa. A seleção do livro implica suporte teórico, bom senso e
conhecimento do grupo de crianças com que se está dialogando, habilidades que você poderá desenvolver a partir da
leitura atenta deste capítulo. Boa sorte!
PORDENTRODOTEMA
1. A IImagem nos Li
1 Livros Infantis
I f ti – Peculiaridades
P li id d
Para começar a falar em imagem e texto, você primeiro deve entender que as obras da literatura infantil devem ser
compreendidas como um recurso indispensável no processo de aquisição da linguagem oral e escrita por parte da criança,
e não somente como objeto do mundo infantil, já que despertam importantes conhecimentos, instigando ao universo mágico
do ato de ler, na medida em que possibilitam diferentes interpretações dos mundos presentes na fantasia. A ilustração,
por sua vez, caracteriza mais um dos recursos que relacionam ao lúdico o universo infantil, permitindo não somente a
imaginação, mas também a compreensão, pois, segundo Faria (2004, p. 39) “nos bons livros infantis ilustrados, o texto e a
imagem se articulam de tal modo que ambos concorrem para a boa compreensão da narrativa”.
Desse modo, a imagem e a ilustração no livro infantil auxiliam a organizar o pensamento e a captar o que está sendo
lido, muitas vezes sem a necessidade de acompanhar o texto escrito, mas somente com o entendimento da mensagem
dado pela imagem, já que esta tem por característica principal ajudar na visualização mais agradável da leitura, quebrar
o ritmo de textos longos e facilitar a imaginação da criança na construção de formas, personagens, cenários etc.
PORDENTRODOTEMA
$WXDOPHQWH RV OLYURV SDUD FULDQoDV VmR ULFRV HP LOXVWUDo}HV UHFXUVRV JUi¿FRV H HVWLORV GLYHUVL¿FDGRV WUDWDQGRVH
WDQWRGDVKLVWyULDVWUDGLFLRQDLVRXGRVFRQWRVPDLVPRGHUQRVD¿PGHDWUDLURSHTXHQROHLWRUDEULQGRMDQHODVSDUDR
universo mágico e misterioso da leitura. Esses recursos acabam resultando em distintas aprendizagens, despertando o
gosto pela leitura e ajudando na alfabetização e no letramento, o que garante que a literatura infantil se revista de outra
competência: atuar na formação de um novo homem para uma nova sociedade, que seja responsável pela sua própria
educação e pela escritura da própria história.
'HVVHPRGRD¿PGHTXHRWH[WRSUHQGHVVHDDWHQomRHQWUHWHQGRHGHVSHUWDQGRDFXULRVLGDGHLQIDQWLOIRUDPFULDGRV
RVOLYURVFRP¿JXUDVWDPEpPFKDPDGRVGHiOEXQVLOXVWUDGRVTXHHQULTXHFHUDPDOHLWXUDHHVWLPXODUDPDLPDJLQDomR
Albuns Du Père Castor
&ODVVL¿FDGRV FRPR álbum de imagem, OLYUR GH HVWDPSD iOEXP GH ¿JXUDV
álbum de colorir, livro-jogo, os álbuns Du Père Castor surgiram publicados pela
editora Flammarion, fazendo um sucesso tremendo com o público infantojuvenil.
Criado e escrito pelo educador francês Paul Faucher (1898-1967), a coleção ‘Albuns
du Pére Castor’, de 1930, surge como o primeiro álbum símbolo de um programa
construtivo, onde a ilustração ganha destaque e maior espaço de ação.
Segundo Coelho (2000), esses álbuns são os primeiros do gênero nascidos e

ligados ao movimento da Escola Nova (ou da Educação Renovada), que propiciaram
atividades didáticas que levavam a criança a uma participação mais ativa no processo
de sua própria educação.
)RQWHGD¿JXUDwww.nathan.fr)
É durante o surgimento e desenvolvimento da Escola Nova (movimento de renovação do ensino, que surgiu na Europa e
QD$PpULFDGR1RUWHQR¿QDOGRVpFXOR;,;HTXHWHYHVHXapogeuQDSULPHLUDPHWDGHGRVpFXOR;;FRPVHXVFRQFHLWRV
de educação para todos e participação ativa do sujeito na própria educação, que Faucher inaugura essa estratégia de
ensino através de meios educativos inovadores, baseados em instrumentos que, de alguma forma, estimulassem a
aprendizagem, o ensino e o desenvolvimento da criança.
Preocupado em garantir, através dos álbuns de leitura, uma forma de atingir as crianças antes e no início de sua
atividade leitora, Faucher criou livros que apresentavam preponderância das imagens e um caráter de atividade, numa
sequência interativa de imagem e texto que levava os leitores a ‘reunir informações, questionar, memorizar, fazer leitura

PORDENTRODOTEMA
da história – antes, durante e depois da ‘verdadeira’ leitura’&+$57,(5 +e%5$5'SS$SDUWLUGDt
começou uma nova fase na literatura infantil, em que aconteceu a prevalência da imagem sobre o texto, que se tornou
rapidamente uma importante forma de trabalhar a leitura, com a utilização de textos curtos e ricos em imagens, que
apresentavam desenhos simples, jogos para pensar e montar, músicas, recortes, colagem e pintura.
Dessa nova forma de inserir a leitura na educação escolar, surgiu uma nova linguagem que determinou outra espécie
GHFRPXQLFDomRDWUDYpVGDFULDomRDUWtVWLFDUHÀHWLQGRVHQDOHLWXUDGHSDODYUDDSDUWLUGDOHLWXUDGHLPDJHQV6RPHQWH
então a leitura de imagens passou a ser vista como uma forma de despertar a atenção da criança, já que a imagem é uma
representação semiconcreta, mais direta que o código verbal escrito, que se apresenta de forma abstrata. A Literatura
,QIDQWLOXWLOL]RXVHGHVVHFDPLQKRD¿PGHFRQVHJXLUXPDDERUGDJHPIpUWLOGHLQWHUSUHWDomRimagética, carregada de
VLJQL¿FDGRVGHQWURGRFRQWH[WRVRFLRFXOWXUDOTXHLQVWLJDDFULDQoDDGHVHQYROYHUOLQJXDJHPSHQVDPHQWRUHFULDomRH
transformação do mundo que a cerca.
$DXWRUD1HOO\1RYDHV&RHOKRSHYLGHQFLDHVVD¿QDOLGDGHDRH[SUHVVDUTXH
RiOEXPGH¿JXUDVWDOFRPRIRLFRQFHELGRSRU3DXO)DXFKHUHUHDOL]DGRSRUXPDHTXLSHGHSUR¿VVLRQDLVOLJDGRV
à educação) visava (e visa...) tornar-se um veículo de educação ativa, capaz de tocar diretamente a imaginação
HDLQWHOLJrQFLDGDVFULDQoDVGHPDQHLUDPXLWRPDLVH¿FD]GRTXHTXDOTXHUGRVPHLRVXVDGRVDWpHQWmR(PDLV
estimular também a atividade motriz de seus corpos e mãos.
)RQWHGD¿JXUDribambins.canalblog.com)
PORDENTRODOTEMA
2. A Imagem e a Educação Infantil
Qualquer criação artística é, primeiramente, imaginada, ou seja, nasce na ideia do seu criador. Assim também o
ilustrador usa a imagem guardada em sua mente, suas experiências de vida e seu conhecimento para contar histórias
através da linguagem visual, por meio de imagens que falam, provocando o conhecimento ou reconhecimento de
objetos e seres do cotidiano. Essa relação propicia diretamente o convívio com as imagens, associando-as às palavras
QRPHDGRUDVIDFLOLWDQGRDRSHUDomRPHQWDOTXHLGHQWL¿FDVXDSHUFHSomRYLVXDO
Esse tipo de abordagem lúdica é ferramenta indispensável, ao mesmo tempo recreativa e pedagógica que, dirigidas ao
SHTXHQROHLWRUSURSLFLDPUHODo}HVGHSUD]HUGHGHVFREHUWDHFRQKHFLPHQWRGRPXQGRItVLFRHVRFLDOFRPRD¿UPDP
estudos mais avançados da psicanálise.
$SDUWLFLSDomRPDLVDWLYDHVLJQL¿FDWLYDGDFULDQoDQRSURFHVVRGHHQVLQRHDSUHQGL]DJHPWDPEpPFKDPRXDDWHQomRGH
pedagogos e educadores, que demonstraram empenho em contemplar as imagens da literatura infantil nas atividades
didáticas, pela sua função em auxiliar no crescimento e na transformação da criança e do seu mundo.
$SDUWLUGHVVDVLQVHUo}HVDHVFRODFRPHoDDLGHQWL¿FDUQDOLWHUDWXUDLQIDQWLOXPLQVWUXPHQWRGHDOLPHQWDomRGRLPDJLQiULR
que contribui para diversas resoluções afetivas, intelectuais e artísticas essenciais no desenvolvimento harmonioso da
criança, sendo considerado um ponto de partida na construção da personalidade.
Desse modo, os livros com imagens tornaram-se um veículo de educação ativa, capaz de tocar diretamente a imaginação
HDLQWHOLJrQFLDGDVFULDQoDVGHPDQHLUDH¿FD]HHVWLPXODGRUDSHUPLWLQGRDROHLWRULQLFLDQWHDSRVVLELOLGDGHGHFRQKHFHU
os seres, objetos, ambientes com os quais irá interagir durante sua vida, atraindo seu olhar e incitando sua curiosidade,
podendo apresentar características do cotidiano que ajudam a formar um elo entre a comunicação e o leitor.
3. A Psicologia e a Literatura Infantil
Voltado para a completa assimilação das narrativas pelas crianças, com o envolvimento das imagens nessa
aquisição, Paul Faucher também se utilizou da Psicologia ao reparar que os estágios de crescimento infantil interferiam
no processo de aprendizagem pela leitura. Partiu, portanto, dos estágios de desenvolvimento da criança para criar textos
que fossem relacionados a essas fases, como a seguir:
Fase da elaboração da linguagem – reconhecimento de objetos e seres do cotidiano em que a criança já sabe
relacionar nomes a objetos.

PORDENTRODOTEMA
Fase da ampliação da linguagem – estimulação do reconhecimento ainda com imagens do cotidiano infantil.
,QFHQWLYRjVKDELOLGDGHVPDQXDLV
Fase da consolidação da linguagem – decifração da linguagem e dos signos, em que a imagem é combinada com
textos breves sobre as rotinas diárias: comer, beber, dormir, brincar etc.
)DVHGDLGHQWL¿FDomRWH[WRLPDJHP±KLVWyULDVFXUWDVHPTXHVHHVWDEHOHFHDrelação dinâmica entre o verbal e o

visual.
Fase da consolidação da leitura – em que se diminui o espaço das imagens e aumenta a extensão dos textos.
Fase da leitura total – conquista da compreensão e posse da informação em sentido amplo.
De acordo com Coelho (2000, p. 193),
de maneira geral, essas premissas que orientam a produção dos Albuns Du Père Castor são as que vigoram para
a literatura infantil contemporânea. [...] Foi, pois, inestimável a contribuição dada pela iniciativa [...] à literatura
infantil da época, forçando-a a sair do empirismo que a caracterizava.
4. Do ícone à palavra
Os desenhos e imagens criativos que ilustram os livros infantis têm o intuito de contribuir para a formação de novos
leitores, além de ensinar, divertir, provocar e fazer a criança pensar. A percepção da criança em relação ao ambiente
e a maneira fantasiosa como ela recebe o que a cerca faz com que as imagens unidas ao texto sejam de extrema
LPSRUWkQFLDHPWRGRVRVQtYHLVGHOHLWXUDD¿PGHLQFHQWLYDURGHVHQYROYLPHQWRGDautomação e da individualidade,
resultando em valores psicológicos, pedagógicos, estéticos e emocionais, que acabam:
Estimulando o olhar, resultando num agente de estruturação interior da criança em relação ao mundo que a cerca.
Aguçando a atenção visual, ajudando na percepção das coisas do mundo.
Facilitando a comunicação, auxiliando na relação entre a criança leitora e a narrativa.
Concretizando relações abstratas, contribuindo para a seleção, organização, abstração e síntese dos elementos
do mundo.
PORDENTRODOTEMA
3HUPLWLQGRD¿[DomRDWUDYpVGDVVHQVDo}HVHLPSUHVV}HV¿[DQGRRDSUHQGL]DGRHGHVHQYROYHQGRDVHQVLELOLGDGH
Avivando a imaginação, ativando a potencialidade criadora, estimulando a procura da fantasia que enriquece a
alma.
As ilustrações recuperam e incentivam ao olhar fantasioso que brinca com seres e espaços estranhos, permitindo que
a criança encontre no novo espaço a necessidade de interagir com o ambiente e com outras crianças, que logo deixam
de ser tão estranhos.
5. Imagem + Texto = Leitor
De acordo com a relação entre leitor e categoria de livros, Coelho (2000) propõe a seguinte divisão:
Pré-Leitor ±HIDVHVDDQRVHPTXHVHREVHUYDDSUHVHQoDGRDGXOWRFRPRmediador que proporciona a

leitura que causa prazer. Nessa fase a qualidade é mais importante que a quantidade.
Leitor Iniciante (6 a 7 anos), em que o adulto é visto como um incentivador da leitura. É necessário que os textos para
essa fase sejam breves e envolvam o pequeno leitor.
Leitor em processo (a partir dos 8 anos), em que há maior presença do texto e interação ente a palavra e o texto. Nessa
fase a aprendizagem é um jogo.
6. Ideia-Eixo & Construção Formal
Coelho (2000) chama de LGHLDHL[R as mensagens subliminares que atuam na formação da criança, no que diz
respeito aos valores, ideais, comportamentos, emergindo de conceitos e imagens arquetípicas, como a mãe, o pai, o
¿OKRRDPRURyGLRRPHGRRSRGHUHWF6mRFRQVLGHUDGDVLGHLDVHL[R
ÇQIDVHQDVUHODo}HV PXQGRUHDOPXQGRYLUWXDOPXQGRGDSDODYUDWXGRH[LVWHDSDUWLUGRPRPHQWRTXHpQRPHDGR
Ênfase na ‘brincadeira’ com as palavras (estímulo à imaginação).
'LIHUHQoDHQWUH2/+$5H9(5LQWHQVL¿FDomRGDDWHQomRGROHLWRU
Busca da identidade (descoberta das ‘verdades’).
Valorização das relações entre EU e o OUTRO (despertar do amor e do carinho).

PORDENTRODOTEMA
(QIUHQWDPHQWRGDVGL¿FXOGDGHVPLWRVGRPHGRHGDFXULRVLGDGH
0HWD¿FomRQHFHVVLGDGHGHH[SUHVVDUVHQWLPHQWRVSHODOLWHUDWXUD
Percepção aguçada (valorização do estudo e da observação do mundo).
Reinvenção e transformação (noção da assimilação de conceitos).
Crítica às relações de poder (consciência e posicionamento).
Descoberta do ambiente em que vive (relação com a natureza).
7. Histórias em Quadrinhos
Para que se tenha a completa formação de um leitor competente, capaz de usar a linguagem em diferentes contextos
HVLWXDo}HVpQHFHVViULRTXHVHMDGDGRDHOHDFHVVRDYDULDGRVWLSRVGHOHLWXUDMiTXHDVKDELOLGDGHVHVSHFt¿FDVVmR
desenvolvidas a partir de diferentes tipos e gêneros de textos, relação importante para que a criança tenha diferentes
fontes de leitura disponíveis, como jornal, livros, revistas e histórias em quadrinhos.
Durante muito tempo acreditou-se que a leitura era constituída de livros escritos e da leitura silenciosa visual (consideradas
por alguns a verdadeira leitura). Como você já viu, as histórias ilustradas – e aqui tratamos das histórias em quadrinhos
– são obras em que há a presença dos signos linguísticos e visuais, pois nelas estão presentes a linguagem verbal e
a linguagem não verbal. Desse modo, os signos possuem o papel de auxiliar a criança a interpretar a realidade que a
cerca e estão presentes em toda parte.
Nas histórias em quadrinhos, assim como nos desenhos das cavernas, as imagens não são aleatórias, nem servem
apenas para entretenimento, mas comunicam mensagens de importância e permitem leituras repletas de informações,
com narrativas de variados assuntos que acompanham a evolução histórica do homem no mundo.
No Brasil, a tradição das HQ apresenta a seguinte cronologia:
±VXUJLPHQWRGDUHYLVWDO Tico Tico, considerada a primeira revista de quadrinhos do Brasil.
1939 – lançamento da revista O Gibi, nome que se tornaria sinônimo de revista em quadrinhos no Brasil.
1942 – surge o Amigo da Onça, célebre personagem que aparecia na revista jornalística O Cruzeiro.
PORDENTRODOTEMA
$QRV ± D (GLWRUD $EULO DGRWRX R IRUPDWR TXH VH WRUQRX SDGUmR HP SXEOLFDo}HV EUDVLOHLUDV GH KLVWyULDV HP
TXDGULQKRV6XUJLPHQWRGRVSULPHLURVWUDEDOKRVLQGHSHQGHQWHVGH&DUORV=p¿URDXWRUGRVCatecismos (quadrinhos
eróticos).
1960 – Ziraldo publica O Pererê cujo personagem principal era um saci e suas aventuras com fundo ecológico ou
educacional.
±RFDUWXQLVWD+HQ¿OFRQWLQXRXFRPDWUDGLomRGDµWLUD¶FRPVHXVSHUVRQDJHQVFRQWHVWDGRUHVGraúna e Os
Fradinhos. Os super-heróis apareceram também nessa época: Capitão 7, Escorpião e Raio Negro. Com o golpe
militar veio a onda de moralismo, que inspirou publicações jornalísticas cheias de charges como O Pasquim, que
criticava a ditadura incansavelmente.
1970 – surge Maurício de Souza.
Na década de 80 – aparecem os quadrinistas brasileiros, tais como Angeli, Glauco e Laerte, que produziram em
conjunto as aventuras de Los Três Amigos (sátira western com temáticas brasileiras).
1R¿PGDGpFDGDGHHFRPHoRGRVpFXOR;;,±VXUJLUDPQDLQWHUQHWGLYHUVDVKLVWyULDVHPTXDGULQKRVEUDVLOHLUDV
como Combo Rangers e os Amigos da NetSUHPLDGRVSHOD([SRFRPHYHLFXODGRVSHORVSRUWDLV,EHVWH*ORERFRP
7.1 Maurício de Souza – Histórias em Quadrinhos no Brasil
0DXUtFLRGH6RXVDpFDUWXQLVWDEUDVLOHLURHFULDGRUGDTurma da Mônica e de vários outros personagens

de história em quadrinhos. É o mais famoso e premiado autor brasileiro em quadrinhos e passou parte de sua infância
desenhando e rabiscando nos cadernos escolares, passando a ilustrar pôsteres e cartazes e posteriormente escrevendo
reportagens policiais.
Quando trabalhava como repórter policial, criou seu primeiro personagem Bidu, um cão que, com seu dono Franjinha,
fez parte do início da carreira de Maurício de Souza. Nos anos seguintes criou diversos personagens, como Cebolinha,
Piteco, Chico Bento, Penadinho, Horácio, etc. Em 1970, lançou a revista da Mônica, com tiragem de 200 mil exemplares,
SHOD(GLWRUD$EULO(P0{QLFDIRLKRPHQDJHDGD³(PEDL[DGRUDGR81,&()´)XQGRGDV1Do}HV8QLGDVSDUDD
,QIkQFLDDVVLPSHODSULPHLUDYH]XPSHUVRQDJHPGHKLVWyULDVLQIDQWLVUHFHEHXHVVHWtWXOR
+RMHHQWUHTXDGULQKRVHWLUDVGHMRUQDLVVXDVFULDo}HVFKHJDPDFHUFDGHSDtVHV2DXWRUMiFKHJRXDXPELOKmRGH
revistas publicadas. Os quadrinhos se juntam a livros ilustrados, revistas de atividades, álbXPGH¿JXULQKDV&'520
livros tridimensionais e livros em braile. Em 2013, a Turma da MônicaFRPHPRURXVHXVDQRV

ACOMPANHENAWEB
A História dos Três Porquinhos - Origem
Acesse esse link no youtube e conheça a história original dos Três Porquinhos, e como ela
aparecia no lo de Paul Faucher: Père Castor - Les Trois Petits Cochons.
Disponível em: <KWWSVZZZ\RXWXEHFRPZDWFK"Y .%:QX0GMW8<!.$FHVVRHPIHY
7HPSR
As Histórias do Pai Castor – Tradução em Português
1HVWHHQGHUHoRYRFrSRGHUiFRQIHULUYiULDVKLVWyULDVTXHDSDUHFHPQRVÈOEXQVGH¿JXUDVGH
Paul Faucher, numa versão em português de Portugal, muito interessante para que o professor
conheça a origem das histórias que, muitas vezes, não apresentam autor.
Disponível em: <KWWSVZZZ\RXWXEHFRPZDWFK"Y 8I&<+<U:0!.$FHVVRHPIHY
Tempo: 00:01:28.
Dicas para Leitura
No artigo de Cíntia Barreto você reconhecerá a importância da Leitura das histórias em

quadrinhos para as crianças, bem como a indicação de vários livros que auxiliam nessa leitura.
Disponível em: <KWWSZZZFLQWLDEDUUHWRFRPEUOLWHUDWXUDBLQIDQWLOSUDWLFDVGHOHLWXUDQRHQVLQRIXQGDPHQWDO
shtml!$FHVVRHPIHY

ACOMPANHENAWEB
Valorizando o imaginário
O artigo de Juliana de Carvalho Frederico Tavares estimula o contato com os contos e os

livros, associando-os com planos que abranjam atividades lúdicas, pedagógicas, de diversão e,
sobretudo, estimula a capacidade criativa, o imaginário de fantasia, de emoção e de interesse, a
¿PGHWUDQVPLWLUOKHVH[SHULrQFLDVGXUDGRXUDV
Disponível em: <KWWSZZZSRUWDOGRFRQKHFLPHQWRJRYFYELWVWUHDPPRQRJUDILDSGI!. Acesso em:
IHY
AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Questão 1
3DXO)DXFKHUXWLOL]RXDFODVVL¿FDomRGD3VLFRORJLDSDUDDFULDomRGHVHXViOEXQVOHYDQGRHPFRQVLGHUDomRRDPDGXUHFLPHQWR
GDFULDQoD'HDFRUGRFRPHVVDFODVVL¿FDomRDIDVHGDOHLWXUDWRWDOFDUDFWHUL]DVHSHODFRQTXLVWDGDFRPSUHHQVmRHSRVVHGD
informação em sentido amplo. Esse leitor já está na fase da pré-adolescência, portanto, para ele as imagens já não são indispen-
sáveis. Disserte sobre como o professor pode estimular esse aluno à leitura e quais os livros indicados para essa fase (pesquise
no seu Livro-Texto).

AGORAÉASUAVEZ
Questão 2
6mRYDORUHVGDOLQJXDJHPLFRQRJUi¿FD
, Estimular o olhar da criança para o mundo exterior.
,, Estimular a atenção visual desenvolvendo a capacidade de percepção.
,,,Facilitar a comunicação entre a criança e o texto lido.
,9Concretizar relações abstratas de difícil entendimento sem o ícone.
V. Sensibilizar pelas impressões que provoca e aproximar o leitor do texto.
9,Estimular e enriquecer a imaginação potencializando a criatividade.
(VWiFRUUHWRRTXHVHD¿UPDHP
a) ආආආආආආආ9H9
b) ආආආආආආආ9H9ආ
c) 6RPHQWHDආ
d) 6RPHQWHD9ආ
e) Todas estão corretas.

AGORAÉASUAVEZ
Questão 3
Analise as assertivas sobre os ‘Albums du Père Castor’, abaixo:
1. Nasceram nos anos 20, pelas mãos do educador e orientador pedagógico francês Paul Faucher.
2. 2DXWRUEXVFDYDLQRYDo}HVQRFDPSRGDHGXFDomRLGHDOL]DQGRiOEXQVGH¿JXUDVSDUDDVFULDQoDV
3. As histórias que fazem parte desse álbum não apresentam elementos lúdicos, somente escritas para a formação do indivíduo.
4. (VVHWLSRGHLQVWUXPHQWRSHGDJyJLFRH[HUFHXJUDQGHLQÀXrQFLDQDOLWHUDWXUDLQIDQWLO
Sua importância é a capacidade de atrair as crianças estimulando sua imaginação e inteligência.
(VWimRFRUUHWRVRTXHVHD¿UPDHP
a) Somente na assertiva 1.
b) 1DVDVVHUWLYDVH
c) 1DVDVVHUWLYDVH
d) Todas as assertivas estão corretas.
e) Nenhuma assertiva está errada.

AGORAÉASUAVEZ
Questão 4
2EVHUYHD¿JXUDDEDL[RHH[SOLTXHFRPVXDVSDODYUDVSRUTXHRtFRQH¿JXUDVXWLOL]DGRQDVKLVWyULDVLQIDQWLVFRQFUHWL]DUHODo}HV

abstratas de difícil entendimento.
6$,17(;83e5<$QWRLQHGHO pequeno Príncipe. Disponível em: <KWWSVGULYHJRRJOHFRPYLHZHUQJYLHZHU"XUO KWWSOHURQOLQHMHJXHDMDWRFRP

$QWRLQHGH6DLQW([XSHU\23HTXHQR3ULQFLSH23HTXHQR3ULQFLSH$QWRLQHGH6DLQW([XSHU\SGI!
Questão 5
([SOLTXHFRPR3DXO)DXFKHUUHVROYHXGLYLGLUVXDVKLVWyULDVD¿PGHTXHDWLQJLVVHPFRUUHWDPHQWHDVFULDQoDVHPFDGDIDVHGH
seu desenvolvimento.

FINALIZANDO
1HVWHFDStWXORYRFrDSUHQGHXTXHDOLQJXDJHPLFRQRJUi¿FDpDOLQJXDJHPTXHPHVFODDVSHFWRVGRWH[WRHVFULWR
FRPRDSRLRGDVLPDJHQV$LFRQRJUD¿DSRVVLELOLWDGLiORJRVHQWUHDVLOXVWUDo}HVRVVtPERORVHDV¿JXUDVSRUXPODGR
e o leitor atento, pelo outro. Viu que existem tipos de leitor e que as ideias-eixo estão presentes na literatura infantil
e infanto-juvenil. Conheceu como apareceram os primeiros livros ilustrados e a história de Paul Faucher – o pai das
imagens nos livros infantis. Conheceu também a origem e os caminhos da História em Quadrinhos no Brasil, que tem
VHXPDLRULGHDOL]DGRUQRVGLDVDWXDLVQD¿JXUDGH0DXUtFLRGH6RX]D
REFERÊNCIAS
$%5$029,&+)DQQ\A literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997. (Pensamentos e Ação no
Magistério).
$552<2/HRQDUGRLiteratura infantil brasileira: ensaio de preliminares para sua história e suas fontes. São Paulo:
Melhoramentos. 1968
&+$57,(5$0H+(%5$5'-Discursos sobre a leitura: 1880-19806mR3DXORÈWLFD
COELHO, Nelly Novaes. /LWHUDWXUDLQIDQWLO7H[WR$QiOLVH'LGiWLFD. São Paulo: Moderna, 2000.
BBBBBBDicionário crítico de Literatura infantil/juvenil brasileira: 1882-1982. São Paulo: Quiron. 1983.
CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura infantil: teoria e prática. São
Paulo: Ática. 1983.
LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1994.
6,/9$0DULD%HWW\&RHOKRContar Histórias: Uma Arte sem Idade. 4.ed. São Paulo, Ática, 1991.
9<*276.,/6A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

GLOSSÁRIO
A
Apogeu: s.m. O mais
i alto
lt grau ou ponto
t de
d elevação,
l ã o auge: chegou
h ao apogeu d
da carreira.
i (Fonte:
(F t <KWWSZZZGLFLR
KWW GL L
FRPEUDSRJHX!$FHVVRHPIHY
Preponderância: s.f. Circunstância, particularidade ou comportamento do que prepondera ou prevalece. Supremacia

GHSHVRRXGHIRUoDSUHSRQGHUkQFLDFRUSRUDO)LJXUDGR5HFRQKHFLPHQWRGHLQÀXrQFLDHRXGHDXWRULGDGHVXSHULRULGD-
de. (Fonte: <KWWSZZZGLFLRFRPEUSUHSRQGHUDQFLD!$FHVVRHPIHY
Imagética: comunicação feita através de imagens. (Fonte: <KWWSZZZGLFLRQDULRLQIRUPDOFRPEUOLQJXDJHPLPD-

J&$WLFD!$FHVVRHPIHY
Automação:FRQMXQWRGHWpFQLFDVTXHSRGHPVHUDSOLFDGDVVREUHXPSURFHVVRREMHWLYDQGRWRUQiORPDLVH¿FLHQWH)RQ-
te: <KWWSSWZLNLSHGLDRUJZLNL$XWRPD&$&$R!$FHVVRHPIHY
GABARITO
Questão 1
Resposta: O aluno deverá responder que o professor deve instigar a procura de ‘heróis’ nas narrativas, proporcionando
a leitura de gêneros narrativos mais atraentes, como as histórias de aventuras, histórias que apresentem o mágico, o
maravilhoso e o fantástico em diálogo com o real. Também pode permitir livros que apresentem maior elaboração da
linguagem. Deve ter a consciência de que o adulto é dispensável nessa fase. Os livros indicados para essa fase são
histórias com uma ponta de humor, o conhecimento de clássicos que provocam no leitor as sensações de inquietação
diante das injustiças, solidariedade contra a opressão, ternura na descoberta do amor e júbilo na vitória do bem contra
o mal.

Questão 2
-XVWL¿FDVHDHVFROKDGHWRGRVRVLWHQVHVWDUHPFRUUHWRVOHYDQGRVHHPFRQVLGHUDomRTXHDLOXVWUDomRFDUDFWHUL]DPDLV
um dos recursos que relacionam ao lúdico o universo infantil, permitindo não somente a imaginação, mas também a
compreensão do texto e o desenvolvimento da criança.
Questão 3
Resposta: Alternativa C.
-XVWL¿FDVH D UHVSRVWD SRUTXH D LPSRUWkQFLD H REMHWLYR GRV iOEXQV GH KLVWyULDV GH )DXFKHU UHVLGHP H[DWDPHQWH QD
formação do indivíduo, logo, esta assertiva está ERRADA.
Questão 4
Resposta:2DOXQRGHYHVHUFDSD]GHLQIHULUTXHDRREVHUYDUD¿JXUDTXHUHSUHVHQWDXPHOHPHQWRGDKLVWyULDROHLWRUSRGHUi
compreender melhor o texto, geralmente relacionando a imagem à realidade que conhece.
Questão 5
Resposta: O aluno deverá ser capaz de responder que Paul Faucher utilizou a Psicologia para encontrar os estágios de
crescimento da criança e criar textos que fossem relacionados a essas fases de desenvolvimento, como a seguir:
Fase da elaboração da linguagem – reconhecimento de objetos e seres do cotidiano em que a criança já sabe
relacionar nomes a objetos.
Fase da ampliação da linguagem – estimulação do reconhecimento ainda com imagens do cotidiano infantil.
,QFHQWLYRjVKDELOLGDGHVPDQXDLV
Fase da consolidação da linguagem – decifração da linguagem e dos signos, em que a imagem é combinada com
textos breves sobre as rotinas diárias: comer, beber, dormir, brincar etc.
)DVHGDLGHQWL¿FDomRWH[WRLPDJHP±KLVWyULDVFXUWDVHPTXHVHHVWDEHOHFHDrelação dinâmica entre o verbal e o visual.
Fase da consolidação da leitura – em que se diminui o espaço das imagens e aumenta a extensão dos textos.
Fase da leitura total – conquista da compreensão e posse da informação em sentido amplo.

Tema 08
O Encantamento nos Livros de Poesias para Crianças
7HPD
O Encantamento nos Livros de Poesias para Crianças
SANTOS, Ausdy Nazareth Castros dos. Literatura Infantojuvenil: O Encantamento nos Livros de Poesias para Crianças. Caderno de Atividades. Va-
linhos: Anhanguera Educacional, 2015.
Índice
Pág. 3 Pág. 3
ACOMPANHENAWEB
Pág. 12 Pág. 14
Pág. 18 Pág. 18
Pág. 19 Pág. 20
CONVITEÀLEITURA
Neste capítulo você compreenderá a importância e o benefício que a leitura de poesias pode trazer para sua
IRUPDomR H D IRUPDomR GH VHXV DOXQRV QD TXHVWmR GD HVFULWD H QD PHOKRUD GR UHODFLRQDPHQWR FRP D OLWHUDWXUD$R
HVWXGDUVREUHSRHVLDDOpPGHFRQKHFHUPDLVVREUHDKLVWyULDGHVVHJrQHURWH[WXDOYRFrSHUFHEHUiTXHHODpXPDGDV
PHOKRUHVPDQHLUDVGHH[SRURVVHXVVHQWLPHQWRVMiTXHDVHPRo}HVVmRGLItFHLVGHVHUHPH[SOLFDGDVQRSDSHO3RU
LVVRDROHUVREUHDVUHÀH[}HVHVHQWLPHQWRVGRVDXWRUHVH[SUHVVDVQDSRHVLDQRVWRUQDPRVPDLVGLVSRVWRVHFRQ¿DQWHV
SDUDWDPEpPIDODUGHQRVVRVSUySULRVVHQWLPHQWRVQRSDSHO
9RFrWDPEpPUHFRQKHFHUiTXHDSRHVLDpXPDIRUPDGHDWUDLUDVSHVVRDVGHVHQYROYHQGRRVHQVRGHFRPXQLGDGH
e bem-estar entre os alunos, melhorando a convivência e ajudando a criar um ambiente confortável para que eles sejam
HOHVPHVPRVHWHQKDPXPGHVHPSHQKRPHOKRUWDQWRQDOHLWXUDTXDQWRQDVSURGXo}HVGHWH[WR
PORDENTRODOTEMA
O encantamento
t t nos livros
li de
d poesias
i para crianças
i
Para começarmos a falar em poesia na literatura infantil, é importante que você, futuro professor, compreenda a
QHFHVVLGDGHGHFRQGX]LUDSRHVLDHPVDODGHDXODGHIRUPDO~GLFDD¿PGHGHVSHUWDUDLPDJLQDomRGRVDOXQRVVHP
GHL[DUGHODGRDVHULHGDGHTXHHVVHWUDEDOKRH[LJH3DUD9LJRWVNLS³DLPDJLQDomRpXPPRPHQWRWRWDOPHQWH
QHFHVViULRLQVHSDUiYHOGRSHQVDPHQWRUHDOLVWD´
&RP R XVR GH WpFQLFDV FDSD]HV GH DJXoDU D VHQVLELOLGDGH H GHL[DU D LPDJLQDomR GRV DOXQRV ÀXLU R SURIHVVRU p R
responsável por oportunizar o trabalho da leitura e, posteriormente, da escrita de poesias, a partir da leitura de mundo
SURSRUFLRQDGDSHODHVFRODHSHORSURIHVVRU
6HJXQGR -RVp S ³YLYHPRV URGHDGRV GH SRHVLD´ TXH VH ID] SUHVHQWH QDV P~VLFDV WH[WRV H IUDVHV TXH
XWLOL]DGRV HP VDOD GH DXOD GHVHQYROYHP D FULDWLYLGDGH H D LPDJLQDomR YDORUHV LQGLVSHQViYHLV SDUD D IRUPDomR GR
PORDENTRODOTEMA
LQGLYtGXR QR VHQWLGR GH SUHSDUiOR SDUD D UHFHSomR GRV PDLV YDULDGRV JrQHURV H WLSRV GH WH[WRV SURSRUFLRQDQGR
PRWLYRHUHTXLVLWRVVX¿FLHQWHVSDUDTXHHOHFRPHFHDGHVHQYROYHUVXDVWpFQLFDVHHVWLORQDHVFULWDGHSRHVLDVSRHPDV
P~VLFDVFDUWDVHWF$HVFRODGHVVHPRGRSUHSDUDSDUDDYLGDSHORXVRGDOXGLFLGDGHHSHORSUD]HUMiTXH
D SRHVLD p XPD GDV IRUPDV PDLV UDGLFDLV TXH D HGXFDomR SRGH RIHUHFHU GH H[HUFtFLR GH OLEHUGDGH DWUDYpV
GDOHLWXUDGHRSRUWXQLGDGHGHFUHVFLPHQWRHSUREOHPDWL]DomRGDVUHODo}HVHQWUHSDUHVHGHFRPSUHHQVmRGR
FRQWH[WRRQGHLQWHUDJHP),/,3286.,S
9HMDSRUWDQWRTXHDOpPGHDX[LOLDUQDVUHODo}HVFRPRRXWURDSRHVLDWDPEpPpLPSRUWDQWHSDUDRGHVHQYROYLPHQWR
RUDOGRVDOXQRVYLVWRTXHDOHLWXUDGHXPDSRHVLDH[LJHDREVHUYDomRHXVRGHHOHPHQWRVGDoratória, como o respeito
jHQWRQDomRWHPSRVHjSRQWXDomRFRQVWDQWHVQRVWH[WRV3DUD&kQGLGRSDSRHVLDGHVSHUWDSDUDR
H[HUFtFLRGDUHÀH[mRDDTXLVLomRGRVDEHUDERDGLVSRVLomRSDUDFRPRSUy[LPRRD¿QDPHQWRGDVHPRo}HVD
FDSDFLGDGHGHSHQHWUDUQRVSUREOHPDVGDYLGDRVHQVRGDEHOH]DDSHUFHSomRGDFRPSOH[LGDGHHGRPXQGR
GRVVHUHVRFXOWLYRGRKXPRU
/RJRDSRHVLDHQVLQDRDOXQRDOLGDUFRPDVGLYHUVLGDGHVFRPRGLIHUHQWHFRPDH[SUHVVmRHFULDWLYLGDGHOLYUHVHP
SUHFRQFHLWRVQmRSHORTXHSHQVDDPDLRULDPDVSHORGHVSHUWDUGDVSUySULDVHPRo}HVGRKXPRUHGDUHÀH[mR'Dt
TXHDSRHVLDSDUDFULDQoDVGHYHVHUEUHYHHFXLGDGRVDFRPRYRFDEXOiULRD¿PGHTXHRSRHPDVHMDGHIiFLOOHLWXUDH
HQWHQGLPHQWR
2HQVLQRGDLQWHUSUHWDomRGHSRHPDVFRPSUHHQGHRFRQKHFLPHQWRHRGHVHQYROYLPHQWRGRVYiULRVVHQWLGRVTXHXPWH[WR
SRpWLFRSRGHSURSRUFLRQDURTXHVRPHQWHVHGiDSDUWLUGRFRQWDWRFRQVWDQWHFRPHVVHWLSRGHWH[WR(VVHDSUHQGL]DGR
GHYHDEUDQJHUGHVGHDSURQ~QFLDGDVSDODYUDVRFRQKHFLPHQWRGHYRFDEXOiULRVDWpDVKDELOLGDGHVGRXVRGDOtQJXD
$OHLWXUDGHSRHVLDVQRVDQRVLQLFLDLVGRHQVLQRIXQGDPHQWDODMXGDDGHVHQYROYHURLPDJLQiULRGDFULDQoDFRQVWUXLQGRHORV
PiJLFRVHQWUHDVSDODYUDVHRVVHUHVIDQWiVWLFRVSRUHODVUHSUHVHQWDGRVFRPRQRVFRQWRVGHIDGDVSRUH[HPSORMiTXHD
FULDQoDVHQWHXPDDWUDomRQDWXUDOSHORULWPRSRpWLFRH[DWDPHQWHSHODUHODomRHQWUHDSDODYUDHVXDcadência melódica,
TXHDFDEDWUD]HQGRXPDJUDGiYHOHIHLWRO~GLFRHPXVLFDOeGHVVDUHODomRTXHQDVFHRHPEULmRGRHQFDQWDPHQWRTXH
DSRHVLDSURSRUFLRQDSDUDRUHVWRGDYLGDQDVFULDQoDVTXHDSUHQGHPGHVGHFHGRDOHUREUDVGHVVHJrQHUR

PORDENTRODOTEMA
Brasilidade e folclore na poesia para crianças
%RUGLQLD¿UPDTXHDSHGDJRJLDGDSDODYUDVHFRUSRUL¿FDQROLYUHÀXLUGHGHVHMRVSUHVHQWHVQRHQVDLRO~GLFR

TXHGHVSHUWDSDUDDVYLYrQFLDVHPRFLRQDLVRXFRJQLWLYDVTXDQGRDYR]GRHPLVVRUDGXOWRUHIRUoDDVFDGHLDVHGXFDWLYDV
Caracteriza-se essa teoria no poema Ou isto ou aquilo 0(,5(/(6S±, que apresenta um exemplo em
TXHXPDYLYrQFLDHPRFLRQDODJUDGiYHOpDSUHVHQWDGDGHIRUPDO~GLFD
$V0HQLQDV
Arabela
abria a janela.
Carolina
erguia a cortina.
E Maria
olhava e sorria:
“Bom dia!”
Arabela
foi sempre a mais bela.
Carolina,
a mais sábia menina.
E Maria
apenas sorria:
“Bom dia!”
Pensaremos em cada menina
PORDENTRODOTEMA
que vivia naquela janela;
uma que se chamava Arabela,
outra que se chamou Carolina.
Mas a nossa profunda saudade
é Maria, Maria, Maria,
que dizia com voz de amizade:
“Bom dia!”
)RQWHGD¿JXUDKWWSZZZHFROHQHWQOWHOOPHSRHVLDPHQLQDVKWP
$EUDPRYLFKOrFULWLFDPHQWHHVVHSRHPDHPVHXDUWLJRO mundo que as crianças lêem nos livros,D¿UPDQGRTXH

DVUHODo}HVSHVVRDLVVmRDPSODPHQWHDSUHVHQWDGDVHDQRomRGDWHUQXUDHGRDIHWRDSDUHFHPHPIRUPDGRWUDWDPHQWR
FDULQKRVRSHODVSHUVRQDJHQVVHPDSUHVHQWDomRGHestereótipos comportamentais ou expectativas de sucesso, tais
FRPRDEHOH]DHDVDEHGRULD2EVHUYHWDPEpPTXHHVVHWLSRGHSRHPDO~GLFRHPXVLFDOSHUPLWHjFULDQoDIRUPDVGH
FUHVFHUHYLYHUDYHQWXUDVSHORPXQGRSHUFHEHQGRDUHDOLGDGHHFRQVHJXLQGRRUJDQL]DUVHXSHQVDPHQWRHPUHODomR
DRVRXWURV
,QIHUHVHTXHDSDUWLUGHVVDVFRQFHSo}HVDSRHVLDSDUDFULDQoDVHMRYHQVpXPPHLRGHFRPSHQVDomRHHVWDELOLGDGH
que pode apresentar a oportunidade de equilibrar suas emoções pelas constantes poéticas, importantes no convívio
FRPDSRHVLD

PORDENTRODOTEMA
A poesia para crianças no Brasil de 40
2movimento modernistaGHGHPRURXDLQÀXHQFLDURVSDGU}HVOLWHUiULRVGDSRHVLDLQIDQWLOSULPHLUDPHQWH
DJLQGRQDSURVDFRPRVXUJLPHQWRGDSURVDQDUUDWLYDGH0RQWHLUR/REDWR¿FDQGRDSRHVLDDLQGDFRPDVPDQLIHVWDo}HV
DGXOWDVGHOHPEUDQoDVVDXGRVDVGDLQIkQFLD$RVSRXFRVDSRHVLDEUDVLOHLUDFRPHoRXDURPSHUFRPDVFDUDFWHUtVWLFDV
WUDGLFLRQDLVHVHXORJLFLVPRHRVSRHPDVFRPHoDUDPDDSUHVHQWDUXPDOLQJXDJHPPDLVO~GLFDHirreverente1HVVH
SURFHVVRJUDGDWLYRGHPXGDQoDVDSRHVLDXWLOL]DGDQDVHVFRODVWLQKDQDWXUH]DFXOWDHLQÀXrQFLDURPkQWLFDLGHDOL]DQWHV
RXVHQWLPHQWDLVRXUHDOLVWDUDFLRQDLVRXSHVVLPLVWDVDWpTXHHP+HQULTXHWD/LVERDSXEOLFDVHX
livro O menino poetaTXHSULYLOHJLDROLULVPRXWLOL]DQGRDPHWiIRUDDIDVWDQGRVHGRGHVFULWLYLVPRHGDQDUUDWLYLGDGHH
URPSHQGRFRPRPRGHORPRUDOHFtYLFRXWLOL]DGR(VVDREUDQmRIRLSXEOLFDGDWHQGRFRPRREMHWLYRRVEDQFRVHVFRODUHV
PRWLYR SHOR TXDO XOWUDSDVVRX D FLUFXODomR HVFRODU R TXH OLEHURX D SRHVLD LQIDQWLO GRV FRPSURPLVVRV SHGDJyJLFRV
SULYLOHJLDQGRRWUDEDOKRFRPDOLQJXDJHP
'HSRLV GD DEHUWXUD GR FDPLQKR SRU +HQULTXHWD /LVERD RXWURV LPSRUWDQWHV SRHWDV EUDVLOHLURV FRPR &HFtOLD 0HLUHOHV
H9LQtFLXVGH0RUDHVFRQVROLGDUDPRSULYLOpJLRGDPXVLFDOLGDGHQDSRHVLDLQIDQWLOH[SORUDQGR
DVULPDVDVDVVRQkQFLDVUHSHWLomRGRVVRQVYRFiOLFRVHDVDOLWHUDo}HVUHSHWLomRGRVVRQVFRQVRQDQWDLVDOpPGD
FRPELQDomRGHGLIHUHQWHVPHWURVHGRYHUVROLYUH$VVLPRDGHVWUDPHQWRVRFLDOTXHDQWHVHUDUHDOL]DGRSHODSRHVLD
EUDVLOHLUDWUDGLFLRQDOGHL[DGHH[LVWLUSDUDGDUOXJDUjSURGXomRSRpWLFDSDUDDLQIkQFLDDXW{QRPDHO~GLFD1DVGpFDGDV
VHJXLQWHVDQRVHDSRHVLDLQIDQWLOFRPHoDYHUGDGHLUDPHQWHDVHUWUDEDOKDGDDSDUWLUGRVHXMRJRGHSDODYUDV
FRPRDVEULQFDGHLUDVFRPDIDODUHSOHWDGHSXUDVRQRULGDGHFDGrQFLDGRULWPRRQRPDWRSHLDVWHQWDWLYDGHUHSURGX]LU
VRQVGDQDWXUH]DDQLPDLVFRLVDVSHODSDODYUDDOLWHUDo}HVUHIU}HVSDUDOHOLVPRVFRUUHVSRQGrQFLDGHULWPRVLQWD[HH
VHPkQWLFDHQWUHRVYHUVRVGHXPSRHPDWUDYDOtQJXDVHWF(VVDVFULDo}HVUHVJDWDPRHQFDQWRTXHDQWLJDPHQWHHUD
PpULWRVRPHQWHGDVFDQWLJDVGHURGDHGDVparlendas, inserindo as espécies folclóricas no rol das obras indicadas ao
S~EOLFRLQIDQWLOHPLGDGHHVFRODU
6mRH[HPSORVGHSDUOHQGDV
7(;72
Serra, serra, serrador!

Serra o papo do vovô
PORDENTRODOTEMA
7(;72
Cadê o toucinho daqui?

O gato comeu. Cadê o gato?
O gato fugiu pro mato. Cadê o mato?
O fogo queimou. Cadê o fogo?
A água apagou. Cadê a água?
O boi bebeu. Cadê o boi?
Está moendo trigo. Cadê o trigo?
O padre comeu. Cadê o padre?
Está rezando a missa. Cadê a missa?
A missa acabou.
Nesse período, destacam-se obras como Pé de PilãoGH0iULR4XLQWDQDHArca de NoéGH9LQtFLXVGH0RUDHVSRHWDV

GRVDQRVTXHDEULUDPDVSRUWDVSDUDRLQtFLRGDFULDWLYLGDGHQDOLWHUDWXUDQRVDQRV2EVHUYHTXHDSHVDU
de o ModernismoSUHJDUDTXHEUDGHSDUDGLJPDVGHVGHRVHXLQtFLRIRLVRPHQWHQDVHJXQGDPHWDGHGRVpFXOR;;TXH
HVVDVPXGDQoDVDWLQJLUDPDSRHVLDSDUDFULDQoDV$SURGXomRSRpWLFDLQIDQWLOGRVDQRVDWpQRVVRVGLDVGHX
FRQWLQXLGDGHDHVVHWUDEDOKRGHLQRYDomRHVWpWLFDLQLFLDGRSRUSRHWDVFRPR+HQULTXHWD/LVERDPDQWHQGRRMRJRO~GLFR
FRPSDODYUDVHLGHLDVEXVFDQGRDLGHQWLGDGHHDFRQVFLHQWL]DomRHPUHODomRDRSUySULRHXHQWUHRXWUDVFDUDFWHUtVWLFDV
Cecília Meireles – Encantamento e Pedagogia na Poesia
(YLGHQWHPHQWHWXGRpXPDOLWHUDWXUDVy$GL¿FXOGDGHHVWiHPGHOLPLWDURTXHVHFRQVLGHUDFRPRHVSHFLDOPHQWH
GRkPELWRLQIDQWLO6mRDVFULDQoDVQDYHUGDGHTXHRGHOLPLWDPFRPVXDSUHIHUrQFLD&RVWXPDVHFODVVL¿FDU
FRPR/LWHUDWXUD,QIDQWLORTXHSDUDHODVVHHVFUHYH6HULDPDLVDFHUWDGRWDOYH]DVVLPFODVVL¿FDURTXHHODVOHHP
FRPXWLOLGDGHHSUD]HU1mRKDYHULDSRLVXPD/LWHUDWXUD,QIDQWLODSULRULPDVDSRVWHULRUL0(,5(/(6S

9HMDYRFrIXWXURSURIHVVRUTXHSDUD&HFtOLD0HLUHOHV/LWHUDWXUD,QIDQWLOpDTXHODTXHFDWLYDDVFULDQoDVSHORSUD]HUSHOR
JRVWRSRUDYHQWXUDVHSHODULTXH]DGRVGHWDOKHVPHVPRTXHRVWH[WRVQmRVHMDPHVFULWRVGLUHWDPHQWHSDUDFULDQoDV
(VVDDXWRUDTXHDOpPGHSRHWLVDIRLMRUQDOLVWDHSHGDJRJDDWXRXQDPRGHUQL]DomRGRHQVLQRQDFLRQDO±pSRFDHPTXH
DSRHVLDLQIDQWRMXYHQLODWLQJLXPDWXULGDGH7UrVOLYURVIRUDPHVFULWRVSRUHODHVSHFLDOPHQWHGHGLFDGRVDRSHTXHQROHLWRU
Criança... meu amorA festa das letrasHOu isto, ou aquiloHGLomRHPTXHUHSUHVHQWDPVXD
REUDLQIDQWLOFRPH[FHOrQFLDMiTXH&HFtOLDDVGRWDGHUHDOSUHRFXSDomRFRPRXQLYHUVRLQIDQWLODGDSWDQGRQmRVRPHQWH
DOLQJXDJHPPDVWDPEpPDWHPiWLFDjIDVHGHIRUPDomRGRVHUKXPDQR

PORDENTRODOTEMA
2OXGLVPRSHUPHLDWDPEpPRXWURVWtWXORVGRVSRHPDVGH&HFtOLD0HLUHOHVFRPRSRUH[HPSORJogo de bola, O mosquito
escreve, A língua do nhem, O vestido de Laura, entre outros, que apresentam nítidamente a intemporalidade, dada à
FRQVWDQWHXWLOL]DomRGHWHPDVGHFDUiWHUDPSORHXQLYHUVDO±FRPROXDP~VLFDDUHLDHVSXPDYHQWRHPDUVHQGRHVWH
~OWLPRWHPDREVHVVLYDPHQWHWUDEDOKDGRHPYiULRVSRHPDVFRPRVtPERORGRLQ¿QLWRHGRLQVRQGiYHOSHORWRPIUHTXHQWH
GHPHODQFROLDVLPEyOLFD$DXWRUDVHPSUHHOHJHXHVVHHOHPHQWRFRPRDOJRGLYLQRVDJUDGRXWLOL]DQGRWRPPtVWLFRH
GLIXVRSDUDIDODUGRPDU
O ‘Poetinha’ Vinícius de Moraes
$¿FLRQDGR GDV QRLWDGDV GH ERHPLD HPEDODGDV SHOR FLJDUUR H SHOR XtVTXH TXH HOH LUUHYHUHQWHPHQWH FKDPDYD
GH ³PHOKRU DPLJR GR KRPHP p R FDFKRUUR HQJDUUDIDGR´ HVVH URPkQWLFR LQFRUULJtYHO FDVRXVH QRYH YH]HV YLYHQGR
PRYLGRjSDL[mRHSHUPDQHQWHPHQWHHPEXVFDGRDPRU'LSORPDWDDSRVHQWDGRLQWHOHFWXDOSUHIHULXDGHVFRQWUDomRGD
música popular, sendo um dos criadores da Bossa Nova, o que lhe custou a antipatia de vários críticos, que passaram
DFRQVLGHUiORXP³SRHWDPHQRU´0DVQRVGLDVDWXDLVHVVHSRHWD¿JXUDHQWUHRVQRPHVPDLVLPSRUWDQWHVGDOLWHUDWXUD
EUDVLOHLUD VHQGR FRQVLGHUDGR XP GRV FLQFR SRHWDV H[WUDRUGLQiULRV GR SDtV QR VpFXOR ;; QD FRPSDQKLD GH &DUORV
'UXPPRQGGH$QGUDGH-RmR&DEUDOGH0HOR1HWR0DQXHO%DQGHLUDH&HFtOLD0HLUHOHVTXHSDVVDUDPDVLPEROL]DUD
JUDQGHSRHVLDGRVpFXOR2SURIHVVRUGDV/HWUDVQRVGLDVDWXDLVQmRSRGHHVWXGDUSRHVLDVHPWHUXPGHOHVSHORPHQRV
FRPRSDUkPHWUR
PORDENTRODOTEMA
3HVVRDGHJUDQGHHUXGLomRPXLWDVOHLWXUDVHDPSORFRQKHFLPHQWRGHREUDVPXVLFDLVDUHOHYkQFLDGH9LQtFLXVGH0RUDHV
WDPEpPSDUDQRVVDP~VLFDpLQGLVFXWtYHO$RVHODQoDUQDP~VLFDSRSXODUEUDVLOHLUDIRLSLRQHLURHPDEULUFDPLQKRSDUD
RDSDUHFLPHQWRGHJHUDo}HVGHOHWULVWDVUH¿QDGRVHPQRVVRFDQFLRQHLURSULQFLSDOPHQWHDSRHWDVGHGLFDGRVjP~VLFD
SRSXODUFRPR&KLFR%XDUTXHGH+RODQGDH&DHWDQR9HORVR
'HFHUWDIRUPDDFUHGLWDYDWDPEpPDVVLPFRPRWRGDDVXDJHUDomRQDVSDODYUDVGH'UXPPRQG³Se meu verso não

deu certo, foi seu ouvido que entortou´LPSRUWDQGRSDUDHVVHHWDQWRVRXWURVDXWRUHVTXHID]HPOLWHUDWXUDSDUDFULDQoDV
DFULDomRHRID]HUSRpWLFRVGDSDODYUDD¿PGHTXHRSHTXHQRVHUWHQKDFRPSUHHQVmRGRHVWDGRSRpWLFRHPTXHYLYH
GHVGHDWHQUDLQIkQFLD
)RQWHGD¿JXUDZZZXROFRPEU
&RPRRJUDQGHSRHWD0DQRHOGH%DUURVHPVHXSRHPDMatéria da Poesia9LQtFLXVHVHXVFRQWHPSRUkQHRVDFUHGLWDYDP
TXHWXGRVHUYHSDUDSRHVLD³Tudo aquilo que a nossa/civilização rejeita, pisa e mija em cima, serve para poesia´$
poesia contemporânea é, portanto, contextualizada com a realidade, ao mesmo tempo em que proporciona abertura
SDUDDLPDJLQDomRVHQGRO~GLFDOtULFDEULQFDOKRQDHDERUGDQGRRVPDLVGLYHUVRVWHPDVMiTXHEULQFDUFRPSRHVLDp
HQVLQDUHDSUHQGHUDRPHVPRWHPSR
Novas tendências – Literatura Infantil e a contemporaneidade
Neste capítulo, você viu que a poesia é uma forma de emocionar, divertir e ensinar utilizando-se os recursos da
OLQJXDJHPHTXHRSURIHVVRUpRLQFHQWLYDGRUGDSRHVLDHPVDODGHDXOD'HQWUHRVDXWRUHVTXHHVFUHYHPSDUDFULDQoDV
QR%UDVLOWUDEDOKDPRVSULQFLSDOPHQWHFRP&HFtOLD0HLUHOHVH9LQtFLXVGH0RUDHVPDVKiPXLWRVRXWURVTXHYRFrSRGHUi

PORDENTRODOTEMA
FRQVXOWDUQRVHX/LYUR7H[WRRXQDLQWHUQHWFRPR-RVp3DXOR3DHV7RTXLQKR5RVHDQD0XUUD\5XWK5RFKD7DWLDQD
%HOLQNL3DXOR/HPLQVNL0DQXHO%DQGHLUD0iULR4XLQWDQD3HGUR%DQGHLUD6pUJLR&DSDUHOOLHQWUHWDQWRVRXWURVTXH
sempre apresentam um toque diferenciado em suas obras, levando a criança a desfrutar de seus encantamentos, como
QDSRHVLDDEDL[R
Pontinho de vista - Pedro Bandeira
(XVRXSHTXHQRPHGL]HP
HHX¿FRPXLWR]DQJDGR
Tenho de olhar todo mundo
FRPRTXHL[ROHYDQWDGR
0DVVHIRUPLJDIDODVVH
HPHYLVVHOiGRFKmR
LDGL]HUFRPFHUWH]D
0LQKDQRVVDTXHJUDQGmR
)RQWHGDLPDJHPHGRSRHPDKWWSSRHVLDSDUDFULDQFDEORJVSRWFRPEU$FHVVRHPBPDLB
Perceba que, com a poesia, nossos estudos sobre a literatura infantil terminam do modo mais prazeroso, com sabor de
µTXHURPDLV¶,VVRVHGiSRUTXHDOLWHUDWXUDQmRWHPRFDUiWHUGHHGL¿FDUHQHPFRUURPSHUPDVVLPDSUHVHQWDUHGLVFXWLU

PORDENTRODOTEMA
GHVPLWL¿FDQGR DV QRo}HV GH EHP H PDO KXPDQL]DQGR HP VHQWLGR SURIXQGR SURSRUFLRQDQGR D UHÀH[mR D SDUWLU GDV
GLFRWRPLDVGDYLGD6HJXQGR&DQGLGRHVVHSDSHOKXPDQL]DGRUGDOLWHUDWXUDGHYHVHDWUrVIDWRUHV
7RGDREUDOLWHUiULDpXPDHVSpFLHGHREMHWRFRQVWUXtGRFRPHVWUXWXUDHVLJQL¿FDGRHODWLUDDVSDODYUDVGRQDGDH
DVGLVS}HGHPRGRWRGRDUWLFXODGRHpMXVWDPHQWHHVWDPDQHLUDHPTXHDPHQVDJHPpFRQVWUXtGDTXHGH¿QHVHD
FRPXQLFDomRpOLWHUDWXUDRXQmR
$OLWHUDWXUDpXPDIRUPDGHH[SUHVVmRTXHPDQLIHVWDHPRo}HVDOpPGDYLVmRFUtWLFDGRPXQGRGRVLQGLYtGXRVH
GRVJUXSRVVXDQDWXUH]DpSROtWLFDHKXPDQLWiULDSDUDWDQWRXVDPRVDH[SUHVVmR³OLWHUDWXUDVRFLDO´
$OLWHUDWXUDpXPDIRUPDGHFRQKHFLPHQWRRXVHMDUHVXOWDHPDSUHQGL]DGRpXPWLSRGHLQVWUXomRDSHVDUGHQmR
WmRFDUWHVLDQDPHQWHDVVLPUHFRQKHFHRDXWRU
/RJRDOLWHUDWXUDFRPRXPWRGRHSULQFLSDOPHQWHDOLWHUDWXUDLQIDQWLOSHUPLWHPDQDOLVDUPRVFULWLFDPHQWHRPXQGR
TXHQRVFHUFDSHODVXDQDWXUH]DHQJDMDGDHFUtWLFDGDVSRVLo}HVpWLFDVSROtWLFDVHUHOLJLRVDVGRVHUKXPDQR
ACOMPANHENAWEB
Como trabalhar poesia em sala de aula
C
/HLDRDUWLJRPoesia infantil: uma linguagem lúdicaGH0DULDGH/RXUGHV%DFLFKHWL*RQoDOYHV

TXHGLVFXWHDOJXPDVTXHVW}HVVREUHDHVFROKDGRWH[WRSRpWLFRSDUDWUDEDOKDUFRPDFULDQoD
HPVDODGHDXOD$DXWRUDID]XPDREVHUYDomRFULWHULRVDGRVWH[WRVHPEXVFDGRVTXHPHOKRU
IDOHPDRPXQGRLQIDQWLODSDUWLUGDDQiOLVHGHVXDHVWUXWXUDFRPSUHHQVmRHHIHLWRJHUDOGDREUD
$SRQWDFRPRFDPLQKRSDUDJRVWDUGHOHUDYLYrQFLDGDFULDQoDFRPDSRHVLDSHODVH[SHULrQFLDV
HPOHUVHQWLUGLVFXWLUUHÀHWLUHDWpPHVPRSURGX]LUWH[WRVSRpWLFRV
'LVSRQtYHOHP<KWWSZZZSXFUVEUHGLSXFUV&,//,-SUDWLFDV32(6,$B,1)$17,/B2.SGI>$FHVVRHPIHY

ACOMPANHENAWEB
Estudos sobre a poesia infantil de Cecília Meireles
6HYRFrJRVWDGH&HFtOLD0HLUHOHVOHLDDGLVVHUWDomRGH/XtV&DPDUJRFRPRWtWXOR³Poesia
infantil e ilustração: estudo sobre ‘Ou isto ou aquilo’ de Cecília Meireles´
'LVSRQtYHOHP<KWWSZZZEORFRVRQOLQHFRPEUOLWHUDWXUDSURVDDUWLJRVDUWKWP>$FHVVRHPIHY
Mário Quintana e a poesia para crianças
1HVVHYtGHRYRFrSRGHUiFRQKHFHUXPSRXFRPDLVVREUHDSRHVLDGH0iULR4XLQWDQDDXWRU
FRQWHPSRUkQHR GH &HFtOLD 0HLUHOHV TXH HVFUHYHX WH[WRV OLQGtVVLPRV GH HQWRQDomR PXVLFDO
SHUIHLWRVSDUDXVDUHPVDODGHDXODSHODFXUWDH[WHQVmR
'LVSRQtYHOHP<ZZZ\RXWXEHFRPZDWFK"Y 1Z,W\*D*U7F>$FHVVRHPIHY7HPSR
A poesia na sala de aula – orientações e experiências
3DUDYRFrTXHMiHVWiHPVDODGHDXODHSUHWHQGHWUDEDOKDUFRPSRHVLDDOJXQVDUWLJRVGD
Revista Nova EscolaFRPRRGH&DPLOD0RQURHWUDWDPGDSRHVLDFRPRXPyWLPRUHFXUVRSDUD
DXPHQWDURXQLYHUVRFXOWXUDOGDVFULDQoDVHGHVHQYROYHUDRUDOLGDGHPHVPRTXHHODVDLQGDQmR
VDLEDPOHU$OpPGHVVHDUWLJRRXWURVPDWHULDLVFRPWtWXORVEDVWDQWHVXJHVWLYRVFRPR$UWLJRV
O que não pode faltar na pré-escola, Coletânea de cantigas de roda, As primeiras leituras na
pré-escola; Planos de Aulas: Sarau infantil e Vídeos: Pedro Bandeira declama o poema Mais
respeito, eu sou criança!, Ricardo Azevedo declama o poema Bola de Gude
'LVSRQtYHOHP<KWWSUHYLVWDHVFRODDEULOFRPEUHGXFDFDRLQIDQWLODDQRVOLQJXDJHPRUDOSRH-
VLDVRUDOLGDGHSRHPDVVKWPO>$FHVVRHPIHY

AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Questão 1:
/HLDRSRHPDDEDL[RHIDoDXPDDQiOLVHGRXQLYHUVRLQIDQWLOUHWUDWDGRQDSRHVLDOHYDQGRHPFRQVLGHUDomRDDERUGDJHPSHGDJy-
JLFDGRWHPDGDSRHVLDDEULJDGHGXDVPHQLQDVSRUXPDERQHFD/HPEUHVHGHTXHQDSRHVLDKiVHPSUHDRSRUWXQLGDGHGH
RSURIHVVRUWUDEDOKDURVFRQÀLWRVGRFRWLGLDQRGHIRUPDO~GLFDHSUD]HURVDDSRQWDQGRSDUDDVOLo}HVGHFRQYLYrQFLDHGHUHODFLR-
QDPHQWRQHFHVViULDVSDUDXPERPUHODFLRQDPHQWRHPVDODGHDXOD
A boneca
Deixando a bola e a peteca,
Com que inda há pouco brincavam,
Por causa de uma boneca,
Duas meninas brigavam.
Dizia a primeira: “É minha!”
— “É minha!” a outra gritava;
E nenhuma se continha,
Nem a boneca largava.
Quem mais sofria (coitada!)
Era a boneca. Já tinha

AGORAÉASUAVEZ
Toda a roupa estraçalhada,
E amarrotada a carinha.
Tanto puxaram por ela,
Que a pobre rasgou-se ao meio,
Perdendo a estopa amarela
Que lhe formava o recheio.
(DR¿PGHWDQWDIDGLJD
Voltando à bola e à peteca,
Ambas, por causa da briga,
Ficaram sem a boneca . . .
%,/$&2ODYROlavo BilacREUDUHXQLGD5LRGH-DQHLUR1RYD$JXLODU)RQWHGD¿JXUDFLGDPRUHQDEORJVSRWFRP

AGORAÉASUAVEZ
Questão 2:
2JrQHUROLWHUiULRTXHWUDWDGRUHJLVWURGDVHPRo}HVKXPDQDVPDLVYROWDGDVSDUDDH[SUHVVmRGR(8HGRVVHQWLPHQWRVtQWLPRV
GRSRHWDp
a) $SRHVLD
b) $QDUUDWLYD
c) $SURVD
d) $DUWHGUDPiWLFD
e) 2WHDWUR
Questão 3:
2WH[WRDEDL[RID]SDUWHGHTXHJrQHUROLWHUiULR"
Canção da Garoa
Em cima do meu telhado,
Pirulin lulin lulin,
Um anjo, todo molhado,
6ROXoDQRVHXÀDXWLP
O relógio vai bater;

$VPRODVUDQJHPVHP¿P
O retrato na parede
Fica olhando para mim.
E chove sem saber por quê...

E tudo foi sempre assim!
Parece que vou sofrer:
Pirulin lulin lulin...0iULR4XLQWDQD

AGORAÉASUAVEZ
a) 'UDPiWLFR
b) 1DUUDWLYR
c) eSLFR
d) 0DUDYLඇKRVR
e) /tULFR
Questão 4:
/HLDDWHQWDPHQWHRWH[WRDEDL[R
NEOLOGISMO
Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teodora.0DQXHO%DQGHLUD
2SRHPDDFLPDDSUHVHQWDXPIHQ{PHQROLQJXtVWLFRFKDPDGR1(2/2*,602TXHFRQVLVWHQDFULDomRGHXPDH[SUHVVmRQRYDD
SDUWLUGHXPRXPDLVWHUPRVTXHMiH[LVWHP4XDLVSDODYUDVVmRH[HPSORVGHQHRORJLVPRQRSRHPDDFLPD"
Questão 5:
([SOLTXHSRUTXHDOLQJXDJHPSRpWLFDpXPDIHUUDPHQWDLPSRUWDQWHGDOLWHUDWXUDLQIDQWLOTXHGHYHVHUXWLOL]DGDQRGHV-
SHUWDUGDFULDQoDSDUDDOHLWXUD

FINALIZANDO
Neste tema você
N ê percebeu
b que a poesia i é de
d suma importância
i â i para que o aluno
l reconheça
h a sii mesmo e aos seus
SDUHVDSDUWLUGHXPROKDUPDLVVHQVtYHODSULPRUDGRSHODHPRWLYLGDGHGHVSHUWDGDSHODSRHVLDHVXDVIRUPDVPiJLFDVGH
ROKDURPXQGR&RQKHFHXWDPEpPRVSRHWDVEUDVLOHLURVTXHPDLVWUDEDOKDUDPFRPHVVHJrQHURQD/LWHUDWXUD%UDVLOHLUD
H,QIDQWLO3RULVVRQmRGHL[HDSRHVLDGHODGRQmRGHL[HPRUUHUHVVHPRPHQWRPiJLFRFRUUDHPEXVFDGDFROHWkQHD
GDVSRHVLDVSDUDFULDQoDVGRVDXWRUHVLQGLFDGRVHGHOHLWHVHFRPVHXVSRHPDVTXHIDODPVREUHDYLGDHDIRUPDomR
GRKRPHP9RFrTXHVHUiXPSURIHVVRUGHSRUWXJXrVRXOLWHUDWXUDLQVWLJXHDOHLWXUDGHVVHWLSRGHREUDVSDUDRVVHXV
DOXQRV(VVDDWLWXGHSRGHGHL[iORVPDLVIHOL]HVPHOKRUDUDVXDHVFULWDHPHOKRUDURFRQYtYLRGHWRGRV
REFERÊNCIAS
$%52029,&+)O estranho mundo que se mostra às criançasHG6mR3DXOR6XPPXV
$*8,$50HOkQLD6LOYDGHHenriqueta Lisboa: memória do vivido/imaginação do transcendente6FULSWD38&0*%HOR
+RUL]RQWHYQS
$=(9('2),/+2/$GHPoesia e estilo de Cecília MeirelesDSDVWRUDGHQXYHQV5LRGH-DQHLUR-RVp2O\PSLR
%,/$&2ODYROlavo BilacREUDUHXQLGD5LRGH-DQHLUR1RYD$JXLODU
%25',1,0*Poesia infantilHG6mR3DXORÈWLFD
%5$1'2+HOHQD0,&+(/(77,*XDUDFLDEDAprender e ensinar com textos didáticos e paradidáticos6mR3DXOR&RUWH]

&$'(0$5725,/O que é literatura infantil6mR3DXOR%UDVLOLHQVH
&$1','2$QWRQLRO direito da literatura. In9iULRVHVFULWRVHG9HU(DPSO6mR3DXOR'XDV&LGDGHV
&2(/+21HOO\1RYDHVLiteratura infantilWHRULDDQiOLVHGLGiWLFDHG6mR3DXOR0RGHUQD

REFERÊNCIAS
BBBBBBBBBBPanorama Histórico da Literatura Infantil/Juvenil6mR3DXOR(GLWRUDÈWLFD
),/,3286.,$QD0DUL]D5LEHLUR3DUDIRUPDUOHLWRUHVHFRPEDWHUDFULVHGDOHLWXUDQDHVFRODDFHVVRjSRHVLDFRPRGLUHLWR
KXPDQR,QCiências e Letras5HYLVWDGD)DFXOGDGH3RUWR$OHJUHQVHGH(GXFDomR&LrQFLDH/HWUDVMomentos da Poesia
Brasileira-Dossiê Mario Quintana3RUWR$OHJUH-81-8/
*Ï(6/3Introdução à literatura infantil e juvenil6mR3DXOR3LRQHLUD
/(2ÆQJHOD9D]Henriqueta Lisboa: o mistério da criação poética%HOR+RUL]RQWH(GLWRUD38&0LQDV-26e(OLDVA
poesia pede passagem: um guia para levar a poesia às
escolas. 6mR3DXOR3DXOXV
0(,5(/(6&HFtOLDOu isto ou aquilo,O0DULD%RQRPL6mR3DXOR*LURÀp
3$(6-RVp3DXORPoemas para brincar.,OXVWUDo}HVGH/XL]0DLD(GLWRUDÈWLFD63
3(55277,(O texto sedutor da literatura infantil6mR3DXORËFRQH
9,*276.,/6O desenvolvimento Psicológico na Infância6mR3DXOR0DUWLQV)RQWHV
GLOSSÁRIO
O tó i DUWHGHIDODUHPS~EOLFRGHIRUPDHVWUXWXUDGDHGHOLEHUDGDFRPDLQWHQomRGHLQIRUPDULQÀXHQFLDURXHQWUHWHU
Oratória: W G I O ~EOL G I W W G G OLE G L W m G L I L À L W W
RVRXYLQWHV$RUDWyULDUHIHUHVHDRFRQMXQWRGHUHJUDVHWpFQLFDVDGHTXDGDVSDUDSURGX]LUHDSUHVHQWDUXPGLVFXUVR e
DSXUDU DV TXDOLGDGHV SHVVRDLV GR RUDGRU )RQWH <KWWSSWZLNLSHGLDRUJZLNL2UDW&%ULD> $FHVVR HP IHY

Cadência melódica:VHTXrQFLDKDUP{QLFDPRGXODQWHHH[SUHVVLYDHPTXHDWRQDOLGDGHHRFDUiWHUJHUDOGRVVHQWLPHQ-
WRVGRDXWRUVmRH[SUHVVRVHPIRUPDGHSRHVLDP~VLFDXWLOL]DQGRDYR]HRVLQVWUXPHQWRVPXVLFDLV
Estereótipos: JHQHUDOL]Do}HV VREUH FRPSRUWDPHQWRV RX FDUDFWHUtVWLFDV GH RXWURV 7DPEpP VLJQL¿FD LPSUHVVmR TXH
SRGHVHUVREUHDDSDUrQFLDURXSDVFRPSRUWDPHQWRFXOWXUDFRQGLo}HV¿QDQFHLUDVFRPSRUWDPHQWRVH[XDOLGDGHHWF

GLOSSÁRIO
2HVWHUHyWLSRWDPEpPID]SDUWHGRUDFLVPR[HQRIRELDHLQWROHUkQFLDUHOLJLRVD)RQWH<KWWSZZZVLJQL¿FDGRVFRPEU
HVWHUHRWLSR>$FHVVRHPIHY
Modernismo:PRYLPHQWROLWHUiULRHDUWtVWLFRTXHWHYHLQtFLRFRPDUHDOL]DomRGD6HPDQDGH$UWH0RGHUQDHPIHYHUHLUR
GHQR7HDWUR0XQLFLSDOGH6mR3DXOR2JUXSRGHDUWLVWDVIRUPDGRSRUSLQWRUHVP~VLFRVHHVFULWRUHVSUHWHQGLD
WUD]HUDVLQÀXrQFLDVGDVYDQJXDUGDVHXURSHLDVjFXOWXUDEUDVLOHLUD(VVDVFRUUHQWHVH[SXQKDPQDOLWHUDWXUDDVUHÀH[}HV
GRVDUWLVWDVVREUHDUHDOLGDGHVRFLDOHSROtWLFDYLYLGD)RQWH6DEULQD9LODULQKRJUDGXDGDHP/HWUDV<KWWSZZZEUDVL-
OHVFRODFRPOLWHUDWXUDPRGHUQLVPRKWP>$FHVVRHPIHY
Irreverente:DGMTXHGHPRQVWUDLUUHYHUrQFLDTXHGHQRWDIDOWDGHUHVSHLWRGHVUHVSHLWRVRVPHVI3HVVRDTXHGH-
PRQVWUDLUUHYHUrQFLDTXHPDJHGHPRGRGHVUHVSHLWRVR)RQWHKWWSZZZGLFLRFRPEULUUHYHUHQWH>$FHVVRHP
IHY
Parlenda:VmRULPDVLQIDQWLVHPYHUVRVGHFLQFRRXVHLVVtODEDVSDUDGLYHUWLUDMXGDUDPHPRUL]DURXHVFROKHUTXHP
IDUiWDORXTXDOEULQTXHGR)RQWH<KWWSZZZTGLYHUWLGRFRPEUYHUIROFORUHSKS"FRGLJR L[]]6U8<&JZU>$FHVVR
HPIHY
GABARITO
Questão 1:
Resposta:
6XJHUHVHTXHRDOXQRVHMDFDSD]GHUHVSRQGHUTXHRSRHPDQDUUDRFRQÀLWRHQWUHGXDVPHQLQDVSRUFDXVDGHXPD
ERQHFD$DQiOLVHSHGDJyJLFDTXHVHSRGHID]HUQHVVDSRHVLDVHUYHFRPRXPDOLomRTXHRSURIHVVRUSRGHHQVLQDUjV
FULDQoDVD¿PGHTXHQmRGHVWUXDPDDPL]DGHHPYLUWXGHGHXPREMHWR3RGHUiUHÀHWLUWDPEpPVREUHRSDSHOGHDWUDomR
da poesia, desenvolvendo o senso de comunidade e bem estar entre as crianças, melhorando a convivência e ajudando
DFULDUXPDPELHQWHFRQIRUWiYHOSDUDTXHVHMDPHODVPHVPDVHWHQKDPXPGHVHPSHQKRPHOKRUHPVDODGHDXOD

Questão 2:
Resposta:$OWHUQDWLYD$
6XJHUHVHTXHRDOXQRVHMDFDSD]GHFRPSUHHQGHUTXHDSRHVLDDX[LOLDQDVUHODo}HVFRPRRXWURVHQGRLPSRUWDQWHSDUD
RGHVHQYROYLPHQWRGDVHQVLELOLGDGHGRVDOXQRVYLVWRTXHDOHLWXUDGHXPDSRHVLDH[LJHDFRPSUHHQVmRGRVVHQWLPHQWRV
GRDXWRUHSRVVLELOLWDDHPSDWLDFRPRWH[WR
Questão 3:
Resposta:$OWHUQDWLYD(
(VSHUDVHTXHRDOXQRMiWHQKDGRPtQLRGDVHVWUXWXUDVTXHFRPS}HPDSRHVLDLGHQWL¿FDQGRRVYHUVRVHDVHVWURIHVH
SHUFHEHQGRTXHDHVWUXWXUDGRWH[WRpSRpWLFDORJRSHUWHQFHDRJrQHUROtULFR
Questão 4:
Resposta:
2DOXQRGHYHUiDSRQWDUDVSDODYUDV7($'25$5H7($'252FULDGDVDSDUWLUGDMXQomRGRYHUERµDGRUDU¶HGRQRPH
µ7HRGRUD¶DPRUGRHXOtULFR
Questão 5:
Resposta:
2 DOXQR GHYH VHU FDSD] GH LQIHULU TXH D OLQJXDJHP SRpWLFD p PXLWR PDUFDQWH QDV SURGXo}HV OLWHUiULDV LQIDQWLV SHOD
GLYHUVLGDGH GH WHPDV VRQV ULWPRV TXH WRFDP D VHQVLELOLGDGH H D FXULRVLGDGH VHQGR HVVD OLQJXDJHP FRQVLGHUDGD
FRPR³XPDDUWHQDFRPELQDomRGHSDODYUDVVHQWLPHQWRVHSHQVDPHQWRV´(OHSRGHFLWDUDVSDODYUDVGH1HOO\1RYDHV
&RHOKR³eHVVHMRJRGHSDODYUDVRSULQFLSDOIDWRUGDDWUDomRTXHDVFULDQoDVWrPSHODSRHVLDWUDQVIRUPDQGRHPFDQWR
DVFDQWLJDVGHQLQDUFDQWLJDVGHURGDOHQJDOHQJD2XSHODSRHVLDRXYLGDRXOLGDHPYR]DOWDTXHOKHVSURYRTXH
HPRo}HVVHQVDo}HVLPSUHVV}HVQXPDLQWHUDomRO~GLFDHJUDWL¿FDQWH&2(/+2S´

Literatura Infantil - Anhanguera

Încărcat de

Informații document

Descriere originală:

Titlu original

Drepturi de autor

Formate disponibile

Partajați acest document

Partajați sau inserați document

Opțiuni de partajare

Vi se pare util acest document?

Este necorespunzător acest conținut?

Drepturi de autor:

Formate disponibile

Literatura Infantil - Anhanguera

Încărcat de

Drepturi de autor:

Formate disponibile

/LWHUDWXUD,QIDQWRMXYHQLO

Autoria: Ausdy Nazareth Castros dos Santos

2HVSDoRSHUIHLWRSDUDTXHHVVD WUDQV IRUPDomRRFRUUDDLQGDpDHVFRODORFDOGHH[HUFtFLRPHQWDOFRQVFLHQWL]DomR

3DUDYLVXDOL]DUHVVHHVSDoRGHFRQVWUXomRGRVDEHU DHVFROD FRPRUHVSRQViYHOSHODFRPSOHWDIRUPDomRGRLQGLYtGXR

Literatura Infantil – Um Projeto de Ensino para a Escola

&RQVLGHUDUDFULDQoD como um aprendiz de cultura – ser educável.

Assimilar que a escrita é uma derivação da leitura.

Assegurar-se de que os meios didáticos sejam neutros.

Entender a escola como espaço privilegiado de procura do saber.

Literatura Infantil e Psicologia Experimental

6HJXQGR0DUN6RULDQR  RDWRGHOHUXPWH[WROLWHUiULRVHWUDQVIRUPDQXPDWRGHDSUHQGL]DJHPSDUDDVFULDQoDV

 O humor e também o mistério são muito importantes no despertar da curiosidade.

 A imagem ainda deve predominar sobre o texto.

 2PDQLTXHtVPR OXWDHQWUHRVERQVHRVPDXV DLQGDHVWiSUHVHQWH

 Idealistas e emotivos, os pré-adolescentes preferem as personagens heroicas e instigantes, que enfrentam e

 O convívio com o texto literário deve extrapolar o prazer.

Natureza do Texto Literário

Como usar a literatura infantil na sala de aula

Práticas de Leitura no Ensino Fundamental (de Cintia Barreto)

$OHLWXUDQRDPELHQWHHVFRODUFRPS}HVHGHGRLVWLSRVHVVHQFLDLVDOHLWXUDREULJDWyULD atividades programadas TXHpFRPSRVWD

II. Espírito novo.

III. Obediência à autoridade.

VI. FAZER e SER mais valorizado.

VII. Moral dogmática.

VIII. Moral ética.

IX. Sociedade sexófoba.

São características da Literatura Tradicional, portanto, apenas os itens:

6HJXQGR6RULDQR  DOHLWXUDpXPDWRGHDSUHQGL]DJHPSDUDDVFULDQoDVHROLYURVHPSUHWUD]XPDPHQVDJHPFRGL¿FDGD

Resposta: Sugere-se listar, para a leitura obrigatóriaDo}HVFRPRDLQGLFDomRGHOLYURVSDUDGLGiWLFRVGH¿OPHVSURPRomR

 Assimilar que a escrita é uma derivação da leitura.

 Assegurar-se de que os meios didáticos sejam neutros.

 Entender a escola como espaço privilegiado de procura do saber.

Levando em consideração a inexistência de qualquer manifestação política ou cultural desprovida de ideologias,

O Ideal: Literatura Realista ou Fantasiosa?

6HJXQGR&RHOKR S QHFHVViULRVHID]SHQVDUTXHDFULDQoDVHLGHQWL¿FDFRPRKHUyLERPHEHORQmRSRU

2SVLFyORJR%UXQR%HWWHOKHLP  QDPHVPDOLQKDGHSHQVDPHQWRWDPEpPD¿UPDTXHDFULDQoDSUHFLVDGHVFREULU

Crítica literária e literatura infantil

 O que a obra transmite?

 Como isso está expresso literariamente na obra?

 Qual a consciência de mundo presente na obra?

 Qual a intencionalidade do autor com a obra?

 Assista a várias entrevistas da série Memórias da Literatura Infantil e Juvenil – Especial

A Magia dos Contos de Fadas – entrevista com a escritora Georgina Martins

Leia o artigo Fantasia e Realismo na Literatura Infantil Contemporânea, de

Conheça a Coleção Itaú de Livros Infantis

III. Conhecimento da consciência de mundo presente no ato da leitura.

e) Todas estão corretas.

Como surgiram os livros infantis?

d) Surgiram na França, com La Fontaine.

Cerceada: cortada, retirada, aparada, diminuída, restrita.

Mediada: intermediada, discutida.

Estrutura do Texto Literário

Figura 3.1 Personagem.

Fonte: Elaborada pela autora.

- cadência dos acontecimentos, recorrendo ao resumo ou sumário, à elipse ou à pausa.

&RPSOLFDomRRXLPEUyJOLRSDUWHHPTXHVHGHVHQYROYHXPFRQÀLWRTXHGHYHUiVHUUHVROYLGR RXQmR DRORQJR

- Uso de verbos de ligação.

- Presença de adjetivos ou locuções adjetivas.

Foco Narrativo com Pedro Bandeira

Mundo Educação – um site para conhecer mais

Conheça a Coleção Itaú de Livros Infantis

Qual é relação existente entre as funções do narrador e a personagem?

2HVSDoRSHUIHLWRSDUDTXHHVVDWUDQVIRUPDomRRFRUUDDLQGDpDHVFRODORFDOGHH[HUFtFLRPHQWDOFRQVFLHQWL]DomR

3DUDYLVXDOL]DUHVVHHVSDoRGHFRQVWUXomRGRVDEHUDHVFRODFRPRUHVSRQViYHOSHODFRPSOHWDIRUPDomRGRLQGLYtGXR

&RQVLGHUDUDFULDQoD como um aprendiz de cultura – ser educável.

Assimilar que a escrita é uma derivação da leitura.

Assegurar-se de que os meios didáticos sejam neutros.

Entender a escola como espaço privilegiado de procura do saber.

6HJXQGR0DUN6RULDQRRDWRGHOHUXPWH[WROLWHUiULRVHWUDQVIRUPDQXPDWRGHDSUHQGL]DJHPSDUDDVFULDQoDV

O humor e também o mistério são muito importantes no despertar da curiosidade.

A imagem ainda deve predominar sobre o texto.

2PDQLTXHtVPROXWDHQWUHRVERQVHRVPDXVDLQGDHVWiSUHVHQWH

Idealistas e emotivos, os pré-adolescentes preferem as personagens heroicas e instigantes, que enfrentam e

O convívio com o texto literário deve extrapolar o prazer.

$OHLWXUDQRDPELHQWHHVFRODUFRPS}HVHGHGRLVWLSRVHVVHQFLDLVDOHLWXUDREULJDWyULDatividades programadasTXHpFRPSRVWD

6HJXQGR6RULDQRDOHLWXUDpXPDWRGHDSUHQGL]DJHPSDUDDVFULDQoDVHROLYURVHPSUHWUD]XPDPHQVDJHPFRGL¿FDGD

Resposta: Sugere-se listar, para a leitura obrigatóriaDo}HVFRPRDLQGLFDomRGHOLYURVSDUDGLGiWLFRVGH¿OPHVSURPRomR

Assimilar que a escrita é uma derivação da leitura.

Assegurar-se de que os meios didáticos sejam neutros.

Entender a escola como espaço privilegiado de procura do saber.

6HJXQGR&RHOKRSQHFHVViULRVHID]SHQVDUTXHDFULDQoDVHLGHQWL¿FDFRPRKHUyLERPHEHORQmRSRU

2SVLFyORJR%UXQR%HWWHOKHLPQDPHVPDOLQKDGHSHQVDPHQWRWDPEpPD¿UPDTXHDFULDQoDSUHFLVDGHVFREULU

O que a obra transmite?

Como isso está expresso literariamente na obra?

Qual a consciência de mundo presente na obra?

Qual a intencionalidade do autor com a obra?

Assista a várias entrevistas da série Memórias da Literatura Infantil e Juvenil – Especial

&RPSOLFDomRRXLPEUyJOLRSDUWHHPTXHVHGHVHQYROYHXPFRQÀLWRTXHGHYHUiVHUUHVROYLGRRXQmRDRORQJR

'HDFRUGRFRP&RHOKRHPVHXOLYURO Conto de Fadas

O mundo real PDLVOLJDGRDRFRWLGLDQRUHSUHVHQWDGRPXLWDVYH]HVSHORVLPEROLVPRDQLPDOTXHGHXLQtFLRjVIiEXODV

O mundo cristãoPDLVOLJDGR jUHOLJLRVLGDGHTXHDSUHVHQWDDQRomRGHSHFDGRVHFXOSDVFXMRVWH[WRVH[DOWDPD

2motivo da efabulaçãoFRPXPHQWHGHULYDGDVWUrVQHFHVVLGDGHVEiVLFDVGRVHUKXPDQRDVDEHUfome poder e

2ato de contar utiliza o narrador oniscienteSUHVHQWHQRIDWRQDUUDGRPDVVHPFRPSURPLVVRFRPDYHUGDGH

6HJXQGR1HOO\1RYDHV&RHOKRTXHVHJXHDOLQKDGHDQiOLVHGH:ODGLPLU3URSSDVHTXrQFLDGDV

9iULRVHVWXGLRVRVGDOLWHUDWXUDLQIDQWLOFRPR&RHOKRH3URSSGLVWLQJXHPDH[LVWrQFLDGHGXDVIDVHV

3ULPHLUDIDVHRXIDVHpré-histórica±HPTXHVHHPEDUDOKDYDPRFRQWRHRUHODWRVDJUDGRPLWRHULWR1HVWDpSRFD

&RPDSDVVDJHPGRWHPSRVHJXQGR&RHOKRWDPEpPDHVWUXWXUDGDVQDUUDWLYDVYROWDGDVSDUDRS~EOLFR

Efabulação±PDLVLPHGLDWLVWDFRPQDUUDWLYDOLQHDUFRPHoRPHLRH¿P

2ato de contarDLQGDHVWiSUHVHQWHPDVFRPPXGDQoDVQDDSUHVHQWDomRDSDUHFLPHQWRGDHStJUDIHRXGDVLQRSVH

6. Personagens ± PDLRU XWLOL]DomR GDV SHUVRQDJHQVFDUiWHU TXH GHVFUHYHP D SHUVRQDOLGDGH H R FRPSRUWDPHQWR

Acesse o siteGD,QIR(VFROD1DYHJDQGRH$SUHQGHQGRHYHMDXPDEUHYHH[SOLFDomRVREUH

Acesse as aulas Literatura Infantil e Juvenil – Linguagem do ImaginárioGH0DULD=LOGD&XQKD

/HLDRFRQWRDVHJXLUHUHÀLWDTXHPQmRFRQKHFHDKLVWyULDGR Patinho Feio? Quem nunca sofreu ou ao menos se comoveu com

Explique com suas palavras as características da constante metamorfoseTXHVHPSUHDSDUHFHQDVQDUUDWLYDVSULPRUGLDLVHGr

2FRQWRPDUDYLOKRVRVHJXQGR&RHOKRS³pULFRHPHOHPHQWRVPiJLFRVFRPRD

6HJXQGR1RYDHVSDVREUDVOLWHUiULDVGRFRPHoRGRVpFXOR;;DSUHVHQWDP³SHFXOLDULGDGHVTXHDV

A voz que narra se apresenta consciente da presença do leitor, seja em 1ª ou 3ª pessoas.

O tempo que varia, podendo ser histórico ou mítico.

O espaço que é variável: ora participa, ora não participa da ação.

A intenção satírica muito característica das obras desse período.

DRealismo crítico – atenção à realidade social.

ERealismo lúdico – ênfase nas aventuras do convívio humano.

FRealismo humanitário – atenção às relações afetivas e sentimentais.

GRealismo histórico/memorialista – intenção informativa, didática.

DMaravilhoso metafórico – necessita da apreensão do nível metafórico da narrativa.

EMaravilhoso satírico – utiliza o humor para criticar situações familiares.

HMaravilhoso fabular – situações vividas por personagens animais.

- Linha da Narrativa por ImagensLPDJHQVTXHµIDODP¶QDVTXDLVQmRKiQHFHVVLGDGHGDSDODYUDHVFULWDXWLOL]DGDSDUD

Acesse o site do Sítio do Picapau Amarelo Ontem e Hoje HDSURYHLWHRVOLYURV¿OPHVMRJRV

$QDOLVHDVDVVHUWLYDVDEDL[RHDVVLQDOHFRP&DVFRUUHWDVHFRP(DVHUUDGDVFRUULJLQGRDV

1HOO\1RYDHV&RHOKRHPPanorama histórico da literatura infantil e juvenil, explica que Emília apa-

/DXUD6DQGURQLQROLYURDe Lobato a BojungaUHVVDOWDTXH(PtOLDpRSHUVRQDJHPPDLVVLJQL¿FD-

eSRULVVRTXHDOLWHUDWXUDLQIDQWLOIRLFRQVLGHUDGD³IRUPDVLPSOHV´QDYLVmRGRFUtWLFR$QGUH-ROOHVQRVHQWLGRGH

1D,QJODWHUUDGRVpFXOR;,;/HZLV&DUUROPDUFDDOLWHUDWXUDVDWtULFRKXPRUtVWLFDFRPRVFOiVVLFRVAlice no País das

%(77(/+(,0%A psicanálise dos contos de fadas. HG5LRGH-DQHLUR3D]H7HUUD

/$-2/20DULVDDo mundo da leitura para a leitura do mundoHGLPSUHVVmR6mR3DXOR(GLWRUDÈWLFD

3/$72A República7UDGXomRGH+HORtVDGD*UDoD%XUDWLHG6mR3DXOR5LGHHO&ROHomR%LEOLRWHFD&OiVVLFD

352339ODGLPLUMorfologia do conto maravilhoso.7UDGXomRGH-DVQD3DUDYLFK6DUKDQ5LRGH-DQHLUR)RUHQVH8QLYHUVLWiULD

72'25297]YHWDQIntrodução à literatura fantástica6mR3DXOR3HUVSHFWLYD&ROHomR'HEDWHV

=,/%(50$15HJLQDA literatura infantil na escola. 6mR3DXOR*OREDO

$DXWRUD1HOO\1RYDHV&RHOKRSHYLGHQFLDHVVD¿QDOLGDGHDRH[SUHVVDUTXH

)DVHGDLGHQWL¿FDomRWH[WRLPDJHP±KLVWyULDVFXUWDVHPTXHVHHVWDEHOHFHDrelação dinâmica entre o verbal e o

Fase da leitura total – conquista da compreensão e posse da informação em sentido amplo.

Aguçando a atenção visual, ajudando na percepção das coisas do mundo.

Facilitando a comunicação, auxiliando na relação entre a criança leitora e a narrativa.