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Entre a Urbanização e a Sub-Urbanização do

Território

Ester Limonad1

Conforme o mundo torna-se mais urbano e a urbanização avança e se estende de


forma fragmentada pelo território, como se fora um tecido esgarçado e não uma malha
com continuidades e contigüidades físicas, através de aglomerações dispersas ao longo de
grandes eixos e artérias, enquanto um modo de vida e inserção no processo produtivo,
torna-se premente re-qualificar a questão urbana e social - uma vez que esta deixa de
estar restrita aos limites da cidade e conquista a escala territorial. Nossas preocupações
surgiram a partir da observação da emergência de novas formas de organização do espaço
urbano em áreas do interior fluminense, e dos estudos desenvolvidos sobre tendências
similares no interior paulista e no Centro-Oeste brasileiro, tendências estas com
particularidades e similaridades que de certo modo conformam se não novas formas na
urbanização brasileira, a consolidação de experiências e casos observados nas duas
últimas décadas .

Trata-se de procurar conjugar a emergência de novas formas espaciais com os


processos sociais desencadeados com a III Revolução Industrial, para subsidiar a
compreensão da dinâmica da reorganização territorial atual, através de uma abordagem

1
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
GEOGRAFIA - RIO DE JANEIRO: ester_limonad@yahoo.com
em diferentes escalas que subsidie a compreensão da formação de cidades-região
descontínuas, com tecido urbano esgarçado e o crescimento dos pequenos e médios
aglomerados. Iremos, assim (i) refletir sobre as condições presentes impostas pela
reestruturação produtiva e pela globalização, de modos a analisar seus impactos sobre o
território e a organização espacial pretérita; e (ii) discutir as novas formas urbanas; com
vistas (iii) proceder a algumas considerações sobre o caráter e características atuais da
urbanização no Brasil.

I
Com o advento da III revolução industrial, da globalização e das novas tecnologias
de informação e comunicação ingressamos, indubitavelmente em uma nova etapa do
capitalismo. O corolário destas transformações tem um rebatimento em todas as esferas
da vida social, ou seja acarreta alterações não somente na esfera da reprodução do capital,
mas também, e principalmente, na esfera do trabalho e mesmo do modo de vida (o
cotidiano) das diversas classes sociais, com a reorganização, reestruturação dos espaços
de produção, trabalho e vida. A reprodução destas três esferas requer um conjunto de
condições gerais. Para satisfazer tais exigências os diferentes grupos, atores sociais,
agentes privados e institucionais entram em confronto em disputa pelo espaço social.
Configuram-se, assim, distintos movimentos de distribuição das atividades produtivas
(organização espacial da produção) e de distribuição da população (urbanização) no
território. Dadas as novas condições gerais de produção existentes na contemporaneidade,
estes movimentos tendem a gerar novas formas de organização e segmentação espacial da
produção e da população, ao mesmo tempo em que configuram novas territorialidades e
permitem novos arranjos sócio-espaciais com a emergência de novas formas urbanas e
novas regionalizações.

Se por um lado temos uma globalização da economia, da cultura, de padrões de


consumo e de vida, acompanhadas por uma globalização da pobreza; por outro, temos
um tecido social heterogêneo e um espaço onde a diversidade impera. A constante
dissolução e recriação da sociedade industrial, tal como a mitológica fênix, conforme
assinala Marx na célebre passagem “tudo que é sólido desmancha no ar”, resulta na
constante (re)estruturação e (dis)solução do espaço a cada momento – neste sentido tende
a haver uma mudança em processos espaciais como a urbanização e a industrialização
que contribuem para a (re)estruturação territorial e uma nova urdidura do espaço social,
com uma urbanização esgarçada, como já assinalava Lefebvre (1969) com a
conformação de “novas” regiões e formas de regionalização, em que há um deslocamento
não só espacial, mas principalmente em termos hierárquicos, dos centros, pólos e áreas
em desenvolvimento. Benko & Lipietz (1995) ao caracterizarem as “regiões ganhadoras”
chamam a atenção neste sentido para a decadência das antigas áreas industriais vis a vis à
emergência de novas áreas produtivas, sem tradição neste sentido. Em parte, a
importância atual conferida, por políticos, planejadores e empresários, ao poder local
estaria relacionada à busca de uma preeminência perdida.

As condições gerais gestadas pela revolução informacional permitem no presente


uma descontinuidade espacial das atividades produtivas no território, como se houvera
um descolamento de pré-condições anteriores, vigentes durante o fordismo-taylorismo.
Temos, assim, por parte dos distintos atores e agentes sociais, tanto um movimento de re-
organização espacial com novos arranjos sócio-espaciais quanto novos desafios para o
desenvolvimento local e regional vis a vis a uma ampliação dos problemas ambientais,
conforme as indústrias saem das grandes cidades – como vem ocorrendo desde meados
da década de 1990 no Sudeste brasileiro (ver Lencioni, 2004; Egler, 2004; Limonad,
2004).

As novas indústrias, pelo fato de serem intensivas em capital e tecnologias de


informação e comunicação, com emprego reduzido de mão de obra, podem localizar-se
fora dos grandes centros urbanos, em áreas sem tradição industrial – o que lhes propicia
uma força de trabalho com baixo nível de organização sindical. As novas implantações
industriais, principalmente as de grande e médio porte, passam a ser feitas
preferencialmente em áreas semi-rurais ou periféricas aos grandes centros urbanos, fora
das áreas e centros urbano-industriais tradicionais – o que tem levado a uma
desconcentração das plantas industriais, mas não das sedes, nas capitais do Sudeste do
Brasil, e à uma dispersão industrial em diversas áreas do território nacional, conformando
as chamadas “ilhas de prosperidade”. Ocorre assim, uma desconcentração espacial das
atividades produtivas que é acompanhada por uma crescente centralização administrativa
e financeira.
Com isso pode-se observar um declínio de algumas cidades industriais tradicionais
e a desconcentração dos centros urbanos para áreas periféricas ou semi-rurais. Somente a
título de exemplo cabe mencionar que a Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta
Redonda, antes de ser privatizada, possuía cerca de 27.000 funcionários, e hoje, não conta
com mais de 9.000. Ao mesmo tempo, pode-se observar, ao menos no Sudeste brasileiro,
uma redução do crescimento demográfico nos núcleos metropolitanos; um aumento das
taxas de crescimento demográfico nas cidades de pequeno e médio porte, acompanhado
em áreas dinâmicas por um crescimento da atividade econômica; e uma redução das
atividades industriais de grande e médio porte nos centros urbanos de grande e médio
porte, acompanhada por uma desconcentração espacial das atividades produtivas e uma
crescente centralização administrativa e financeira nos principais centros metropolitanos
do Sudeste brasileiro (São Paulo e Rio de Janeiro).

Com a reestruturação produtiva, a globalização e as novas formas de organização


da produção e do trabalho, a distribuição espacial das fábricas conquistou uma
flexibilidade que não possuía antes. Flexibilidade e inovações que facultaram uma
especialização e dispersão espacial das unidades produtivas articuladas globalmente
(Harvey, 1989; Offe, 1984 e Limonad, 2003) – temos assim, ao invés da produção
estandardizada de multinacionais organizadas verticalmente em cachos em diversos
países, redes de empresas articuladas local e globalmente situadas em um único país
voltadas para atender o mercado mundial como são os casos da Whirlpool – Brastemp,
com quatro unidades produtivas no mundo, da Volkswagen de Ônibus e Caminhões –
com uma única unidade produtiva, em Resende, no Brasil, e outras mais em outros
setores produtivos.

Prevalece hoje uma especialização funcional e uma divisão técnica do trabalho não
só dentro das fábricas, mas entre fábricas de uma mesma empresa. Isto resulta em uma
divisão territorial do trabalho e em uma especialização espacial e funcional de diferentes
setores de uma mesma empresa. Em decorrência a produção de determinados produtos
passa a ser feita em localizações únicas específicas e é direcionada para atingir amplas
faixas do mercado internacional, com a perda dos vínculos locais e regionais. Soma-se a
isso a transnacionalização das grandes empresas, que por sua vez, converte-se em mais
um fator que compromete a referida coerência territorial, uma vez que enquanto frutos da
interpenetração e cruzamento de capitais de diferentes empresas e nacionalidades deixam
de ter qualquer compromisso com seus países de origem. O que conta agora é manter a
taxa de lucro e não lealdades nacionais ou regionais.

O lean management (administração enxuta) é acompanhado pelo downsizing


(redução da massa de trabalhadores), em decorrência têm-se, como já é notória, a
desregulamentação das relações de trabalho, o aumento do desemprego estrutural, o que
acarreta um empobrecimento dos trabalhadores e um enfraquecimento dos organismos
sindicais. Com isso inicia-se uma nova etapa no conflito de classes e nas disputas locais
e regionais pelas melhores localizações.

Resultam daí movimentos de re-distribuição espacial da população em busca de


trabalho e de melhores condições de vida, perceptível nas áreas dinâmicas dos estados de
São Paulo e Rio de Janeiro seja:

1. como uma tendência ao crescimento demográfico das cidades de pequeno e


médio porte e à expansão da franja metropolitana, em contraponto ao
decréscimo populacional nestes núcleos metropolitanos – conforme
mostram os dados dos censos do IBGE de 1991 e 2000;

2. ou ainda como uma busca de autonomia local ou tentativa de captura de


rendas por parte de grupos locais através da multiplicação dos movimentos
de emancipação municipal na última década do século XX, com um
aumento da fragmentação político-administrativa.

II
As novas condições gerais de produção e as tendências de distribuição espacial da
população e das atividades produtivas contribuem para que a urbanização hoje se estenda
além do assim chamado ambiente “construído” - a cidade. Esta extensão da urbanização,
prescinde, em parte da aglomeração, ao difundir-se como um modo de vida da população,
definido a partir de sua condição de existência e sua inserção no processo produtivo, e
não apenas em uma visão limitada de difusão de uma cultura urbana, conforme
propunham os teóricos da escola de Chicago.
A nova escala da urbanização produz impactos sobre o território e o assim chamado
espaço “natural” de forma distinta do período anterior. Antes o que tínhamos era a
expansão de uma malha contínua a se espraiar e estender a partir do que conhecíamos
enquanto cidade sobre o espaço “natural”, hoje esta disseminação dá-se de forma difusa e
segmentada sem que haja necessariamente uma continuidade e contigüidade física entre
os aglomerados e emerge em diversos pontos e manchas.

Podemos observar, então, e este não é um caso isolado, mas algo relatado por
diversos autores, a emergência de:

• Extensão e expansão das malhas urbanas das mega-cities conformando cidades-


regiões, conforme caracterizado por Scott e outros (1991).
• Urbanização dispersa em diversos pontos no território, conformando uma rede
urbana como se fora um tecido esgarçado (LEFEBVRE, 1969), em uma ocupação
do tipo que se encontra na região de Dortmund-Essen-Bochum no norte da
Alemanha.
• Urbanização extensiva (Monte-Mór, 1994 e Monte-Mór e Costa, 1997) ou
suburbanização (Limonad, 1996) enquanto ocupação do território com um modo
de vida e atividades urbanas.

De fato tende a ocorrer uma separação radical entre os espaços de residência,


consumo e trabalho, isto se materializa espacialmente através da:

• difusão de condomínios fechados para as classes média e alta, localizados nas


proximidades de vias de tráfego, tanto nas periferias metropolitanas (Alphaville,
em São Paulo; Barra da Tijuca e Vargem Grande no Rio de Janeiro; Pilar, em
Buenos Aires). Resulta daí, uma distribuição dispersa no espaço periférico da
metrópole, e uma ocupação das periferias pelas classes mais abastadas, em uma
inversão do padrão anterior.
• dispersão de condomínios fechados para as classes média e alta nas áreas rurais
com amenidades ou vocação turística (Petrópolis e Teresópolis, no Rio de Janeiro;
Cotia e Embu, em São Paulo; e para não ficar só no Brasil podemos citar a região
de Gorki no entorno de Moscou);
• multiplicação de loteamentos residenciais em áreas rurais, destinados a
trabalhadores urbanos nas áreas da franja metropolitana ou nos distritos mais
distantes das sedes municipais situadas em áreas dinâmicas do interior (Várzea
das Moças em Niterói; Campos Elísios em Duque de Caxias; assim como em
diversos distritos de Petrópolis, Barra Mansa, Resende, Cachoeiras de Macacu,
etc.).
• dispersão espacial de trabalhadores com a multiplicação de núcleos dormitório e
núcleos de favelas em diversos distritos próximos aos grandes eixos viários nas
áreas dinâmicas.
• concentração espacial nas sedes municipais, enquanto patamar migratório, com a
formação de periferias favelizadas ou empobrecidas, em áreas com baixa
diversidade econômica e predomínio do setor primário.

Esta dispersão espacial da população, que antes caracterizamos como uma


suburbanização em escala espacial é acompanhada por uma

• difusão espacial e geográfica de hipermercados, Shoppings e Centros de


Entretenimento, não só em diversos pontos das regiões metropolitanas, mas
também em áreas de turismo-veraneio – como em Petrópolis (RJ), Guarujá (SP),
Búzios (RJ), entre outras. Direcionados para distintas classes de renda. Assim,
entre um Carrefour e outro há uma diferenciação nos produtos e marcas ofertados,
assim como na programação dos conjuntos de Cinemark.
• instalação de equipamentos de ensino e saúde nas proximidades das novas
aglomerações urbanas de alta e média renda.
• deslocalização industrial das aglomerações urbanas de médio e grande porte, com
a manutenção das sedes administrativas e financeiras nos grandes centros urbanos.

No caso do Rio de Janeiro e São Paulo, assim como em outras regiões


metropolitanas, esta redistribuição espacial da população e das atividades produtivas é
acompanhada por uma tendência à desconcentração demográfica e das atividades
econômicas – apenas a título de exemplo cabe ressaltar que nas duas últimas décadas a
Região Metropolitana do Rio de Janeiro registrou taxas de crescimento geométrico ao
redor de 1% a.a.. Apesar da queda no crescimento demográfico a permanência das sedes
das grandes empresas nestas duas cidades contribui para que mantenham sua hegemonia
econômica e financeira.

Porém, embora a Região Metropolitana do Rio de Janeiro mantenha a característica


da concentração massiva de população e atividades econômicas de ponta, e permaneça,
enquanto espaço privilegiado da produção do conhecimento técnico e cientifico e das
instâncias de decisão política; temos enquanto contraponto um avanço de certas áreas do
interior. Avanço este, que não passa necessariamente pela metrópole, e se contrapõe à
visão de uma metrópole hegemônica e onipresente, a controlar e comandar tudo o que
ocorre. Tal visão tende até certo ponto a fetichizar a metrópole e quase torná-la um
sujeito.

Se a metrópole chega a todas as partes, isto não se dá, necessariamente, ao mesmo


tempo, com o mesmo impacto, significado e extensão. Se as grandes metrópoles são por
excelência o lugar das relações econômicas e sociais e constituem o contraponto à
formação de outros pólos urbanos importantes, o que confirma sua presença e requalifica
seu papel no contexto regional; isso deve ser considerado e relativizado. Uma vez que os
dados, não só demográficos-quantitativos, apontam para uma tendência de crescimento
maior da região em detrimento da metrópole.

As relações no sistema urbano não são evidentes, nem simples. Conforme caem por
terra as velhas hierarquias funcionais urbanas e os espaços de interação entre diferentes
lugares tendem a se confundir e sobrepor; emerge a questão: qual metrópole? São Paulo?
Rio de Janeiro? Ou as metrópoles sedes das multinacionais que tem aqui seus escritórios
e plantas industriais?

A precariedade de dados e informações e, principalmente de estudos, não permitem


ainda uma compreensão aprofundada do alcance das atuais transformações. É perceptível,
todavia, uma modificação no perfil da urbanização brasileira.

Do ponto de vista intra-urbano são marcantes na paisagem do interior


fluminense as distâncias entre as localidades de um mesmo município, cujas
especializações apontam para uma segregação sócio-espacial em escala regional, com a
(sub)urbanização da população em moradias irregulares e a desigualdade na distribuição
geográfica dos serviços entre outros atributos. Tais características apresentam uma
relação imediata com a ação do Estado, a valorização do solo, a capitalização da
agricultura e o desenvolvimento de diferentes atividades produtivas, que em escala
regional constituíriam os agentes direcionadores da urbanização.

O que se verifica hoje, em escala regional, de maneiras diversas, é a ampliação


espacial de processos de exclusão social e econômica. A dispersão multipolarizada da
produção e o empobrecimento de crescentes parcelas da população tem propiciado a
emergência de novas modalidades de distribuição da população.

Não nos parece, assim, que esteja em curso uma metropolização das áreas do
interior. Parece-nos sim, que em virtude da dinâmica das lógicas apontadas trata-se mais
de dois grandes padrões, com diferenciações internas, conforme já expusemos. Um
primeiro, difuso, nas áreas mais dinâmicas, que se caracteriza pela ocupação intersticial
do espaço relacionado a uma multipolaridade, com a formação de nodalidades dispostas
estrategicamente entre diversos pólos com diferentes especializações, na medida em que
deixa de haver uma contigüidade ou concentração espacial de lugares de trabalho,
consumo e moradia. E um segundo, concentrado, nas áreas com atividades econômicas
pouco diversificadas e com baixo dinamismo, que se caracteriza pelo acúmulo e
concentração crescente de atividades e população em uma reduzida quantidade de sedes
municipais.

São pertinentes, assim, as considerações de Harvey (1985) relativas à mobilidade


espacial e setorial da força de trabalho, concernentes a evasão de trabalhadores para
outras áreas e atividades quando as condições impostas pelo capital não os satisfazem,
seja em termos de salários diretos, indiretos, etc... aliadas à impossibilidade e/ou
inexistência de movimentos reivindicativos. Pode-se dizer que nestas situações o trabalho
procura se antepor ao capital através das chamadas estratégias de sobrevivência, ao
buscar situar-se estrategicamente frente aos focos de trabalho, as quais ganham uma
configuração distinta a nível regional. Enquanto nas grandes e médias cidades os
trabalhadores dirigem-se para as favelas, periferias e loteamentos clandestinos por não
lhes restar outra opção; em escala regional, em áreas onde as atividades produtivas
encontram-se dispersas em vários focos, os trabalhadores procuram localizar seu espaço
de vida em posição estratégica frente aos focos de emprego, o que lhes possibilita
aumentar sua mobilidade ocupacional, recorrer a diversas opções e transitar entre
diferentes setores de atividade.

A adaptação às novas condições, todavia faz-se de forma desigual e heterogênea em


diferentes lugares e tempos - e gera disparidades e descompassos territoriais e regionais.
As diferentes áreas contíguas ou não, a nível territorial (de Estados-nação), a nível
regional ou sub-regional desenvolvem-se desigual e combinadamente. Tais disparidades e
descompasso já foram objeto de vários estudos da economia e geografia regional. Porém,
tal heterogeneidade de espaços e níveis de desenvolvimento fazem parte da essência da
acumulação capitalista em escala ampliada2.

Enfim, pode-se dizer no caso do interior fluminense, que há uma tendência do


urbano transcender as fronteiras físicas da aglomeração nas áreas mais dinâmicas, através
da multiplicação e especialização de lugares da urbanização. Enquanto se mantém nas
áreas menos dinâmicas o velho padrão concentrador; a localização da população rural em
áreas urbanas nas sedes municipais tende a romper, em parte, com a dicotomia rural-
urbano.

III
Devemos considerar que a dinâmica econômica e regional conjugada à produção de
infra-estruturas de suporte, abastecimento e logística integra a esfera de reprodução dos
meios de produção. Porém a produção (social) do espaço, de uma geografia localizada
materialmente, está relacionada historicamente à reprodução da sociedade, que abrange
os meios de produção desta sociedade, e à reprodução biológica – a reprodução do
cotidiano (LEFEBVRE, 1991:38). A novidade que o capitalismo introduz neste esquema
é a reprodução da força de trabalho. Portanto, hoje, para podermos apreender
dialeticamente a produção (social) do espaço devemos debruçar-nos de forma articulada
sobre os distintos momentos da reprodução social – o que na atual etapa de nossa

2
Como já discutiram LUXEMBURGO,1972, ao apontar para a constante necessidade do capitalismo de terceiros
mercados (áreas fornecedoras de matérias primas e consumidoras de produtos manufaturados e industrializados) e
MANDEL ao assinalar que a homogeneização dos espaços de produção a um mesmo nível de desenvolvimento
resultaria no fim da própria acumulação em escala ampliada.
pesquisa implica em ampliarmos nosso objeto de reflexão e incorporarmos mais uma vez
a distribuição espacial da população e as tendências de expansão do tecido urbano.

De fato, a combinação destas três esferas de (re)produção social combinadas e em


disputa por localizações privilegiadas permitem-nos apreender certos aspectos da
produção do espaço (social) que tendem a formar lugares de caráter urbano, ou seja
constituem em última análise parte dos fundamentos do processo de urbanização e de
estruturação do território (vide a respeito PRED, 1985; SOJA, 1993 e LIMONAD, 1996).

Durante a hegemonia do fordismo-taylorismo a urbanização longe de ser um


processo autônomo era parte integrante e essencial da produção do espaço pelo
capitalismo (vide a este respeito HARVEY, 1982 e SOJA, 1983), ao mesmo tempo em
que obstacularizava seu desenvolvimento num movimento dialético, como mostram os
trabalhos relativos à renda fundiária urbana (LAMARCHE,1977; TOPALOV, 1980 e
SMOLKA, 1987 entre outros). Se, durante o capitalismo competitivo, pouca importância
foi atribuída às cidades e ao contexto urbano, isto mudou de figura com a reprodução
ampliada, globalização da economia e desenvolvimento do meio técnico-científico -
empregado aqui no sentido que lhe foi conferido por Santos (1994) - que intensificou a
concentração de capital nos centros industriais e gerou uma pressão crescente por parte
do capital e da força de trabalho por investimentos em infra-estrutura, melhoria da
habitação, serviços, equipamentos urbanos, etc... Era necessário, então, reorganizar o
espaço urbano e tornar as cidades e as redes e sistemas urbanos eficazes tanto para
implementar a acumulação de capital quanto para apaziguar a inquietação social. Neste
sentido o Estado desempenhou um papel chave no (re) planejamento das cidades e em
sua adequação às novas necessidades que se antepunham ao desenvolvimento do
capitalismo.

A vinculação do espaço em geral e do espaço urbano em particular – no caso sua


manifestação material a cidade - apenas à produção, segundo Lefebvre, implicaria apenas
na reprodução dos meios de produção e na reprodução de parcelas da força de trabalho
necessária à reprodução do capital e seria adequada a uma análise do capitalismo
competitivo do século XIX e não à atual etapa. Por outro lado, desde então as condições
gerais se transformaram, e hoje o sistema capitalista deve garantir sempre, além da
reprodução dos meios de produção, a reprodução das relações sociais de produção,
efetivada através da totalidade do espaço (LEFEBVRE, 1976:33), na medida em que
compreendem a reprodução do cotidiano em novos e antigos espaços, perpassados por
diferentes tempos históricos – simultaneidades.

A urbanização não acontece em lugar nenhum, e hoje ocorre de forma fragmentada


em espaços “naturais”. Em virtude do processo de urbanização espaços “naturais” são
apropriados para fins residenciais ou industriais; grupos sociais e atividades produtivas
são des e re-territorializados. A deslocalização das atividades produtivas e o fato de hoje
não haver necessariamente uma coincidência entre a inserção produtiva e o local de
residência da população (vide LIMONAD, 1996 e SANTOS e SILVEIRA, 2001) ao
mesmo tempo em que contribui para que a urbanização conquiste a escala territorial e
ultrapasse os limites da cidade, gera problemas3 dentro e fora das áreas urbanas.

As novas condições da urbanização indicam que a urbanização hoje estende-se


além do assim chamado ambiente “construído” - a cidade – ao difundir-se como um
modo de vida, definido a partir da inserção no processo produtivo e não apenas enquanto
uma cultura urbana, conforme os teóricos da escola de Chicago.

Não se trata aqui de retomar as proposições de Louis Wirth , no entanto, apesar das
limitações das proposições da Escola de Chicago e de seu estigma culturalista não se
pode negar, com as devidas reservas metodológicas, a atualidade de Wirth, primeiro ao
desvincular o urbano do caráter quantitativo, e segundo ao perceber que o “modo de vida
urbano” estendeu-se para além dos limites das cidades, conforme a passagem a seguir:

3
contaminação de mananciais, poluição atmosféricas, degradação de encostas, assoreamento de fluxos d’água,
desmatamento indiscriminado, contaminação de solos, problemas relativos à disposição de resíduos, etc...
“O grau em que o mundo contemporâneo poderá ser chamado de
‘urbano’ não é medido inteira ou precisamente pela proporção total
que habita as cidades. As influências que as cidades exercem sobre a
vida social do homem são maiores do que poderia indicar a proporção
da população urbana, pois a cidade não somente é, em graus sempre
crescentes, a moradia e o local de trabalho do homem moderno, como
é o centro iniciador e controlador da vida econômica, política e
cultural que atraiu as localidades mais remotas do mundo para dentro
de sua órbita e interligou as diversas áreas, os diversos povos e as
diversas atividades num universo...

... Os desenvolvimentos tecnológicos no transporte e na comunicação,


..., acentuaram o papel das cidades ... e estenderam enormemente o
modo de vida urbano para além dos limites da própria cidade”
(WIRTH, 1938 :98-100).

Estas colocações de Wirth inseridas em uma concepção metodológica crítica,


ganham um novo significado e tornam-se extremamente contemporâneas, em particular
no atual momento de globalização cultural, social e econômica.

Como já afirmamos em trabalhos anteriores (RANDOLPH & LIMONAD, 1986;


LIMONAD, 1991 e 2000), tornar urbano / urbanizar, implica em introduzir no espaço
algo que antes não existia, pela ação dos homens. Em transformar as relações sociais de
produção, em organizar este espaço de forma particular, em um modo de vida cotidiano,
não apenas como cultura4, mas sim também, enquanto satisfação de necessidades
intrínsecas ao viver no urbano, enquanto relações cotidianas que os homens travam entre
si e o meio em que vivem, enquanto estratégias de reprodução e sobrevivência, que
configuram as condições de vida de largas parcelas de população. O que nos aponta a
necessidade de se resgatar criticamente a categoria "modo de vida” e, a conveniência de
levantar algumas considerações que permitam-nos avançar em nossa reflexão. Para o que
abrimos um parênteses aqui.

Consideraremos, primeiro as categorias "condição de existência" e "quadro de


vida". Inicialmente, podemos dizer que a "condição de existência" se define mediante o
tipo e o grau de inserção no mercado de trabalho, formal ou informal, refere-se, pois,
diretamente à situação material dos indivíduos e conforma seu quadro de possibilidades e

4
ao utilizarmos o termo cultura não o fazemos limitando-o a concepção de folk, e sim enquanto super-estrutura
de desenvolvimento de suas potencialidades. Pode-se dizer, ainda que a "condição de
existência" configura-se de maneira específica em cada modo de produção. Já o "quadro
de vida", por sua vez, concerne o nível de satisfação das necessidades básicas e às
possibilidades ao alcance dos indivíduos, em relação direta com a situação material dos
indivíduos, com o seu rendimento, assim é determinado a partir da "condição de existên-
cia".

A categoria "modo de vida" fetichizada tende a excluir a categoria trabalho.


Entretanto, podemos pensá-la de uma forma mais ampliada, para tanto necessitamos de
articulá-la com a "condição de existência" e o "quadro de vida". O "modo de vida" é parte
da cultura do indivíduo, de seu conhecimento intuitivo e de seus valores. Ou seja
conforma a vida cotidiana. Para Heller (1972:18 e 19) o homem nasce inserido em sua
cotidianidade, e amadurece, ao adquirir todas habilidades imprescindíveis para a vida
cotidiana da sociedade (camada social) em questão. Sua assimilação da manipulação das
coisas é sinônima da assimilação das relações sociais. E, se a assimilação da manipulação
das coisas (do domínio da natureza e das mediações sociais) é condição de
amadurecimento do homem, o mesmo pode-se dizer das formas de intercâmbio e
comunicação social. O homem, assim, amadurece quando é capaz de se manter
autonomamente no mundo das integrações maiores, de orientar-se em sistemas que não
possuem a dimensão do grupo, de mover-se no ambiente da sociedade em geral e de
mover este mesmo ambiente. Desta forma a vida cotidiana não está "fora da história" mas
no "centro" do acontecer histórico: é a verdadeira essência da substância social. Portanto,
o "modo de vida" está relacionado com a forma com que o indivíduo assimila, absorve e
manipula as coisas, em certo grau determina sua relação com o mundo.

O "modo de vida" refere-se, então, à inserção sócio-cultural dos indivíduos no


sistema. Ao conformar a vida cotidiana, torna-se parte das condições objetivas materiais
da vida dos indivíduos, de sua situação material e inserção no mercado de trabalho,
integra, assim, a "condição de existência" e o "quadro de vida", conformando-as e sendo
por elas conformado. Podemos, então, falar de um modo de vida cotidiano, não apenas
como cultura, mas sim também enquanto satisfação de necessidades básicas ("quadro de
vida"), enquanto relações cotidianas que os homens travam entre si e o meio em que
vivem, enquanto estratégias de reprodução e sobrevivência ("condição de existência"),
que configuram as condições de vida de largas parcelas de população, enquanto modo de
produzir e reproduzir as relações sociais de produção no cotidiano, enquanto uma das
expressões no cotidiano do modo de produção.

A nova escala da urbanização produz impactos sobre o território e o assim chamado


espaço “natural” de forma distinta do período anterior. Antes o que tínhamos era a
expansão de uma malha contínua a se espraiar e estender a partir do que conhecíamos
enquanto cidade sobre o espaço “natural”, hoje esta disseminação dá-se de forma difusa e
segmentada sem que haja necessariamente uma continuidade e contigüidade física entre
os aglomerados e emerge em diversos pontos e manchas. Embora muitas vezes as
infraestruturas e equipamentos urbanos tardem a acompanhar este processo de difusão
espacial da urbanização, seja através da dispersão espacial das atividades produtivas em
áreas rurais em pontos diversos do território e das necessidades ora impostas para a
reprodução social dos meios de produção, seja através da multiplicação de condomínios,
loteamentos, núcleos dormitórios além dos limites das cidades, seja enquanto parte da
reprodução social da família e da força de trabalho, que configuram-se também enquanto
estratégias de sobrevivência e reprodução.

O termo urbanização extensiva adotado por Monte-Mór (1994) parece-me


extremamente adequado para caracterizar a espacialidade do fenômeno, embora o termo
sub-urbanização sirva para caracterizar, primeiro, o caráter periférico desta urbanização
em relação às diversas aglomerações existentes e, segundo, o caráter carente desta
urbanização, já que muitas vezes não é acompanhada por uma concomitante expansão das
redes de infraestrutura e serviços, o que acaba por conferir a esta urbanização uma certa
precariedade. De fato, há que se pensar, inclusive em novas formas de solucionar o
acesso à equipamentos e serviços, uma vez que ora nos defrontamos com um tecido
urbano esgarçado e cada vez mais extensivo – haja visto a região urbana do eixo de
Brasília-Anapólis-Goiânia, analisada por Arraes (2003).

Enfim cabe questionarmos, então, em que medida essa “nova ordem territorial”
que emerge em áreas específicas do território constitui um fenômeno volátil, instável e
passageiro, parte de movimentos localizados de população e de distintos grupos de
interesse, que se expressa espacialmente em táticas diversas em disputa pela apropriação
do espaço social, em particular de certas disponibilidades e benefícios locais – inclusive
daqueles oferecidos por governos locais e regionais em forma de renúncias fiscais,
terrenos baratos, infra-estruturas gratuitas etc. Ou em outras palavras: gostaríamos de
saber se essa nova ordem é uma ordem de “não-lugares”, de meros implantes e enclaves
que podem ser removidos a qualquer instante – ou se é a expressão de uma mudança mais
duradoura da formação de “novos” lugares – assim como o observamos também em
outras regiões do país e do mundo (LIMONAD & RANDOLPH 2001).

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