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FICHA DE TRABALHO DE GRAMÁTICA- FREI LUÍS DE SOUSA

1 CENA I

Madalena, só, sentada junto à banca, os pés sobre uma grande almofada, um livro aberto no regaço, e as mãos
cruzadas sobre ele, como quem descaiu da leitura na meditação.
5
MADALENA (Repetindo maquinalmente e devagar o que acabava de ler.) – “Naquele engano d’alma ledo e cego /
Que a fortuna não deixa durar muito...” Com a paz e a alegria de alma... um engano, um engano de poucos
instantes que seja... deve ser a felicidade suprema neste mundo. E que importa que o não deixe durar muito a
fortuna? Viveu-se, pode-se morrer. Mas eu!... (Pausa.) Oh! Que o não saiba ele ao menos, que não suspeite o
10 estado em que eu vivo... este medo, estes contínuos terrores que ainda me não deixaram gozar um só momento
de toda a imensa felicidade que me dava o seu amor. Oh! Que amor, que felicidade... que desgraça a minha!
(Torna a descair em profunda meditação; silêncio breve.)
CENA II
TELMO (Chegando ao pé de Madalena, que o não sentiu entrar.) – A minha Senhora está a ler?...
15
MADALENA (Despertando.) – Ah! Sois vós, Telmo... Não, já não leio: há pouca luz de dia já; confundia-me a
vista. E é um bonito livro este! O teu valido1, aquele nosso livro, Telmo.

TELMO (Deitando-lhe os olhos.) – Oh, oh! Livro para damas e para cavaleiros... e para todos: um livro que serve
20 para todos, como não há outro, tirante 2 o respeito devido ao da Palavra de Deus! Mas esse não tenho eu a
consolação de ler, que não sei latim como o meu Senhor... quero dizer como o Senhor Manuel de Sousa
Coutinho3, – que lá isso!... acabado escolar é ele. E assim foi seu pai antes dele, que muito bem o conheci:
grande homem! Muitas letras, e de muito galante prática 4, – e não somenos as outras partes 5 de cavaleiro: uma
gravidade!... Já não há daquela gente. Mas, minha senhora, isto de a palavra de Deus estar assim noutra língua,
25 que a gente... que toda a gente não entende... confesso-vos que aquele mercador inglês da Rua Nova, que aqui
vem às vezes, tem-me dito coisas que me quadram... E Deus me perdoe, que eu creio que o homem é herege
desta seita nova de Alemanha ou de Inglaterra. Será?

MADALENA – Olhai, Telmo; eu não vos quero dar conselhos: bem sabeis que desde o tempo que... que...
30
TELMO – Que já lá vai, que era outro tempo.

MADALENA – Pois sim... (Suspira.) Eu era uma criança, pouco maior era que Maria.

35 TELMO – Não, a Senhora D. Maria já é mais alta.

MADALENA – É verdade, tem crescido de mais, e de repente nestes dois meses últimos...

TELMO – Então! Tem treze anos feitos; é quase uma senhora, está uma senhora... (À parte.) Uma senhora
40 aquela...pobre menina!

GARRETT, Almeida. (1998). Frei Luís de Sousa, Lisboa, Areal Editora.

1. Este texto é considerado...


a) Poesia
b) Dramático
c) Epopeia
d) Narrativo
1
Preferido.
2
Equivalente à preposição exceto.
3
O verdadeiro e único senhor continuava a ser, para Telmo, D. João de Portugal e, por isso, hesitava em dar esse tratamento a
Manuel de Sousa, que ele não reconhecia como seu amo.
4
Muito boa conversação.
5
Artes, dotes.
1
2. Indica a classe da palavra “maquinalmente” (l. 6).
a) Advérbio
b) Preposição
c) Conjunção
d) Adjetivo

3. A expressão “Repetindo maquinalmente” (l.6) significa que...


a) Madalena repetia o texto de cor.
b) Madalena repetia o texto escrito por si
c) Madalena repetia o texto sem pensar
d) Madalena repetia o texto que já lera muitas vezes.

4. Os versos repetidos por Madalena: “Naquele engano d’alma ledo e cego / Que a fortuna não deixa durar
muito” (ll. 6-7) são retirados de que obra?
a) Os Lusíadas.
b) Felizmente há Luar.
c) Memorial do Convento.
d) Os Maias.

5. O sinónimo da palavra “suprema” (l. 8) é...


a) Maior.
b) Forte.
c) Emotiva.
d) Verdadeira.

6. A subclasse do adjetivo “suprema” (l. 8) é...


a) Classificativo.
b) Qualificativo.
c) Relacional.
d) Numeral.

7. Identifica a classe da palavra sublinhada em “que o não deixe durar muito a fortuna” (l. 9).
a) Determinante
b) Pronome
c) Adjetivo
d) Preposição

8. Identifica o recurso expressivo presente na frase: “E que importa que o não deixe durar muito a fortuna?”
(ll. 8-9).
a) Apóstrofe
b) Antítese
c) Personificação
d) Interrogação retórica

9. A classe gramatical a que “Oh!”(l. 9) pertence é:


a) Preposição.
b) Conjunção
c) Interjeição
d) Advérbio

10. Por que razão a primeira fala de Madalena apresenta muitas reticências?
a) Visto tratar-se de um discurso improvisado.
b) Visto tratar-se de um discurso expressivo.

2
c) Visto tratar-se de um discurso imperativo.
d) Visto tratar-se de um discurso apreciativo.

11. Quanto à posição da sílaba tónica, a palavra “contínuos” (l. 11) é


a) Átona
b) Aguda
c) Esdrúxula
d) Grave

12. Tendo em conta a primeira fala de Madalena, escolhe a opção que melhor caracteriza essa personagem.
a) Perturbada, angustiada e feliz.
b) Angustiada, dececionada e conformada.
c) Aterrorizada, extravagante e culta.
d) Perturbada, receosa e angustiada.

13. Indica o tempo e modo da forma verbal “dava” (l. 12):


a) Pretérito Imperfeito do Indicativo
b) Futuro do Indicativo
c) Pretérito Mais-Que-Perfeito do Indicativo
d) Pretérito Perfeito do Indicativo

14. A oração “que me dava o seu amor” (l. 12) é subordinada:


a) Adverbial causal.
b) Substantiva completiva.
c) Adjetiva relativa explicativa.
d) Adjetiva relativa restritiva.

15. A classe da palavra “minha” (l. 12) é


a) Determinante.
b) Adjetivo.
c) Pronome.
d) Preposição.

16. A frase “que desgraça a minha!” (l. 12) apresenta um ato ilocutório...
a) Diretivo
b) Assertivo
c) Declarativo
d) Expressivo

17. A palavra “meditação” (l. 13) é:


a) Tónica
b) Grave
c) Aguda
d) Esdrúxula

18. Indica o antónimo de “breve” (l. 13).


a) Rápido
b) Incómodo
c) Prolongado
d) Fugidio

19. O modo da forma verbal “Despertando” (l. 17) é


a) Conjuntivo.
b) Condicional.
c) Gerúndio.
d) Particípio Passado.

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20. O constituinte sublinhado em “Ah! sois vós, Telmo” (l. 17) desempenha a função sintática de
a) Complemento oblíquo.
b) Sujeito.
c) Vocativo.
d) Predicativo do Sujeito.

21. Identifica o tempo e modo da forma verbal sublinhada: “Ah! sois vós, Telmo” (l. 17).
a) Presente do Indicativo
b) Pretérito Perfeito do Indicativo
c) Presente do Conjuntivo
d) Pretérito Imperfeito do Indicativo

22. Na frase: “Não, já não leio” (l. 17), estamos perante um ato ilocutório:
a) Diretivo
b) Assertivo
c) Compromissivo
d) Declarativo

23. A subclasse da forma verbal “confundia” (l. 18) é:


a) Intransitivo.
b) Transitivo direto.
c) Transitivo indireto.
d) Intransitivo direto e indireto.

24. O recurso expressivo presente na frase “E é um bonito livro este!” (l.18) é...
a) O hipérbato.
b) A anástrofe.
c) A metáfora.
d) A hipálage.

25. O constituinte sublinhado em “E é um bonito livro este!” (l. 18) desempenha a função sintática de
a) Complemento direto.
b) Predicativo do sujeito.
c) Complemento indireto.
d) Sujeito.

26. Indica a classe da palavra sublinhada: “aquele nosso livro”. (l. 18)
a) Determinante
b) Pronome
c) Adjetivo
d) Quantificador

27. A repetição da palavra “livro” na linha 18 contribui para a coesão referencial, tratando-se de uma:
a) Anáfora
b) Elipse
c) Catáfora
d) Correferência não anafórica

28. Classifica a palavra “cavaleiros” (l. 20) quanto ao processo de formação.


a) Derivada por sufixação.
b) Derivada por prefixação.
c) Derivada por parassíntese.
d) Composta por morfologia.

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29. Classifica a oração: “que serve para todos” (l. 21).
a) Oração subordinada adjetiva relativa explicativa.
b) Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
c) Oração subordinada substantiva completiva.
d) Oração subordinada adverbial consecutiva.

30. Qual a classe da palavra sublinhada em “como não há outro” (l. 21).
a) Pronome
b) Determinante
c) Quantificador
d) Nome

31. Classifica corretamente a contração “ao” (l. 21).


a) Preposições “a” e “o”.
b) Preposição “a” com o determinante artigo definido “o”.
c) Preposição “a” com o pronome pessoal “o”.
d) Pronome pessoal “a” com determinante artigo definido “o”.

32. A que se refere Telmo quando diz “devido ao da Palavra de Deus” (l. 21)?
a) Ao Frei Jorge
b) A D. João de Portugal
c) À Bíblia
d) À confissão

33. A oração “Mas esse não tenho eu a consolação de ler” (l. 22) é coordenada...
a) Adversativa.
b) Copulativa.
c) Explicativa.
d) Conclusiva.

34. A quem se referia Telmo como: “o meu Senhor...” (l. 22)?


a) Deus
b) Manuel de Sousa Coutinho
c) Frei Jorge
d) D. João de Portugal

35. O que significa: “acabado escolar é ele” (l. 23).


a) Homem que não acabou a escola.
b) Homem de cultura, que tem toda a escola do saber.
c) Homem que está a estudar.
d) Homem que estudou para professor.

36. Qual a subclasse da forma verbal “foi” (l. 23)?


a) Auxiliar
b) Copulativo
c) Transitivo direto
d) Intransitivo

37. A expressão “E assim” (l. 23) apresenta um valor...


a) Consecutivo.
b) Causal.
c) Contrastivo.
d) Conclusivo.

38. A oração: “que muito bem o conheci” (l. 24) é subordinada...


a) Substantiva completiva.

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b) Adverbial consecutiva.
c) Adjetiva relativa explicativa.
d) Adjetiva relativa restritiva.

39. Identifica o grau do adjetivo da expressão “e de muito galante prática” (ll. 24-25).
a) Superlativo relativo de superioridade
b) Superlativo relativo de inferioridade
c) Superlativo absoluto sintético
d) Superlativo absoluto analítico

40. Indica o sinónimo de: “somenos” (l. 25).


a) Ao menos
b) Excluindo
c) De maior importância
d) De menor importância

41. Refere o recurso expressivo presente na expressão: “Mas, minha senhora, isto de a palavra de Deus...” (l. 26).
a) Vocativo
b) Apóstrofe
c) Metáfora
d) Hipálage

42. A função sintática da expressão sublinhada em “confesso-vos” (l. 27) é...


a) Complemento direto.
b) Sujeito.
c) Complemento indireto.
d) Predicativo do sujeito.

43. O tipo de sujeito da frase: “confesso-vos que aquele mercador inglês da Rua Nova...” (l. 27) é...
a) Simples.
b) Nulo subentendido.
c) Nulo indeterminado.
d) Nulo expletivo.

44. Encontra o significado da expressão “que me quadram” (l. 28).


a) Vêm de encontro ao meu pensamento.
b) Não se encaixam naquilo que penso.
c) Que me fazem sentir importante.
d) Que me alteram o comportamento.

45. Esclarece de que se trata: “esta seita nova de Alemanha ou de Inglaterra” (l. 29).
a) Catolicismo
b) Protestantismo
c) Religião ortodoxa
d) Paganismo

46. Identifica a função sintática da expressão sublinhada: “Eu era uma criança.” (l. 36).
a) Sujeito.
b) Predicativo do sujeito.
c) Complemento direto.
d) Predicativo do complemento direto.

47. O tipo da frase: “a Senhora D. Maria já é mais alta.” (l. 38) é...

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a) Declarativo.
b) Imperativo.
c) Exclamativo.
d) Interrogativo.

48. A expressão “tem crescido de mais” (l. 40) assume um valor aspetual...
a) Perfetivo.
b) Imperfetivo.
c) Durativo.
d) Genérico.

49. Qual o hipónimo de “meses” (l. 40)?


a) Anos
b) Dias
c) Janeiro
d) Doze

50. A palavra sublinhada em “Tem treze anos feitos” (l. 42) é um:
a) Adjetivo
b) Determinante
c) Pronome
d) Quantificador

51. As didascálias do texto, tal como em “(À parte)” (l. 42) dão indicações...
a) Aos atores
b) Aos espetadores
c) Ao dramaturgo
d) Ao ponto

Verdadeiro ou falso?
1. Os cantos de “Os Lusíadas” são constituídos por estrofes de sete versos.
2. A estrutura interna dessa obra divide-se em: Proposição, Invocação, Dedicatória e Canto.
3. Nesta obra, existem quatro planos temáticos.
4. “Auto da Barca do Inferno” é uma complexa alegoria dramática.
5. Nesta obra, as personagens que vão para o céu são os Quatro Cavaleiros, o Parvo e o Fidalgo.
6. Os sonetos têm 14 versos decassilábicos.
7. Na corrente tradicional da lírica camoniana os poemas são essencialmente sonetos.
8. Camões recebe influências de Dante e Petrarca.
9. Aos versos com sete sílabas métricas, chama-se redondilha menor.
10. A notícia deve ser curta, subjetiva e impessoal.
11. O “Sermão de Santo António aos Peixes” divide-se em Exórdio, Exposição, Confirmação e Peroração.
12. O conceito predicável desta obra é “Vós sois o sal do mar”.
13. “Frei Luís de Sousa” retrata a vida de Manuel de Sousa Coutinho e da sua esposa D. Madalena de Vilhena.
14. Esta obra é dividida em quatro atos.
15. Em “Os Maias”, Afonso da Maia é casado com Maria Monforte.
16. A casa onde os Maias habitam chama-se “Ramalhete”.
17. Com o novo acordo ortográfico, os nomes dos países não sofrem alterações.
18. A forma verbal “pára” passa a escrever-se “para”.
19. Continua, no entanto, a ser obrigatório colocar acento nas formas verbais da primeira pessoa do plural do
pretérito perfeito do indicativo, tal como “ganhámos”.
20. As palavras “vêem” e “dêem” mantêm o acento circunflexo.
21. Os heterónimos de Fernando Pessoa são Ricardo Reis, Alberto de Campos e Álvaro Caeiro.
22. A história de “Memorial do Convento” decorre durante o reinado de D. João IV.
23. “Felizmente há luar” é uma narrativa de carácter épico.

7
Proposta de correção:
1-b 2-a 3-c 4-a 5-a 6-b 7-b 8-d 9-c 10-b
11-c 12-d 13-a 14-d 15-c 16-d 17-c 18-c 19-c 20-c
21-a 22-b 23-d 24-b 25-b 26-a 27-d 28-a 29-b 30-a
31-b 32-c 33-a 34-d 35-b 36-b 37-d 38-c 39-d 40-d
41-b 42-c 43-b 44-a 45-b 46-b 47-a 48-c 49-c 50-d
51-a

V ou F
1. F. Oito versos
2. F. Proposição, Invocação, Dedicatória e Narração.
3. V
4. V
5. F. O Fidalgo não vai para o céu.
6. V
7. F. É na corrente renascentista.
8. V
9. F. Redondilha maior.
10. F. A notícia deve ser curta, objetiva e impessoal.
11. V
12. F. “Vós sois o sal da terra”.
13. V
14. F. Esta obra é dividida em três atos.
15. F. Afonso da Maia é casado com Maria Eduarda Runa.
16. V
17. F. “Egipto” passa a escrever-se “Egito”, por exemplo.
18. V
19. F. Não é obrigatório.
20. F. Perdem o acento circunflexo.
21. F. São Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.
22. F. Durante o reinado de D. João V.
23. V
8

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