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Orientações estratégicas
para a recuperação das áreas ardidas em 2003 e 2004
Lisboa
30 de Junho de 2005
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Índice Geral
1. Introdução _________________________________________________ 5
2. Os fogos dos Verões de 2003 e 2004 ____________________________ 7
3. A experiência do planeamento regional da recuperação de terrenos
ardidos em Portugal___________________________________________ 13
3.1. Perímetro Florestal do Marão Meia Via e Ordem ____________________ 14
3.2. Planos Especiais de Recuperação Florestal de áreas ardidas _________ 15
3.3. Projecto de Recuperação das Áreas Ardidas dos Incêndios de 1995 e 1999
na Serra do Caldeirão _____________________________________________ 16
4. O enquadramento legal e institucional__________________________ 19
4.1. Legislação geral e sistema de gestão territorial ____________________ 19
4.1.1. Reforma Estrutural do Sector Florestal __________________________________ 19
4.1.2. Sistema de Gestão Territorial _________________________________________ 21
4.2. Legislação especial ___________________________________________ 22
4.3. Agentes_____________________________________________________ 23
4.4. Instrumentos de apoio à recuperação florestal _____________________ 24
5. Orientações estratégicas_____________________________________ 27
5.1. Princípios gerais _____________________________________________ 27
5.2. Modelos de organização territorial _______________________________ 29
5.2.1. Conceitos de função dominante _______________________________________ 29
5.2.2. Normas para a expansão/redução da floresta e alteração da composição dos
povoamentos ___________________________________________________________ 32
5.2.2.1. Expansão/redução da floresta _____________________________________ 32
5.2.2.2. Alteração da composição dos povoamentos __________________________ 34
5.2.3. Medidas de silvicultura preventiva. Gestão de galerias ribeirinhas_____________ 37
5.2.3.1. Medidas de silvicultura preventiva __________________________________ 37
5.2.3.2. Gestão de galerias ribeirinhas _____________________________________ 39
5.2.4. Integração com usos não silvestres ____________________________________ 43
5.2.4.1. Protecção de aglomerados populacionais ____________________________ 44
5.2.4.2. Protecção de habitações e outras edificações_________________________ 44
5.3. Modelos gerais de silvicultura __________________________________ 47
5.3.1. Função geral de produção____________________________________________ 47
5.3.2. Função geral de protecção ___________________________________________ 50
5.3.3. Função geral de conservação de “habitats”, espécies da fauna e da flora e de
geomonumentos ________________________________________________________ 53
5.3.4. Função geral de silvopastorícia, caça e pesca nas águas interiores ___________ 58
5.3.5. Função geral de recreio, enquadramento paisagístico e estética da paisagem___ 59
5.4. Modelo de infraestruturação dos espaços florestais. Rede Regional de
Defesa da Floresta _______________________________________________ 62
5.4.1. Descrição geral ____________________________________________________ 62
5.4.1.1. Objectivo______________________________________________________ 62
5.4.1.2. Concepção e desenvolvimento ____________________________________ 62
5.4.1.3. Componentes __________________________________________________ 63
5.4.1.4. Execução e manutenção _________________________________________ 63
5.4.1.5. Financiamento _________________________________________________ 64
5.4.1.6. Monitorização __________________________________________________ 64
5.4.2. Componentes da Rede de Defesa da Floresta ____________________________ 65
5.4.2.1. Rede de faixas de gestão de combustível ____________________________ 65
5.4.2.2. Mosaico de parcelas de gestão de combustível _______________________ 71
5.4.2.3. Rede viária florestal DFCI ________________________________________ 75
5.4.2.4. Rede de pontos de água DFCI ____________________________________ 77
MADRP/SEDRF/CNR OE/30 de Junho de 2005
4
5.4.2.4. Rede de pontos de água DFCI ____________________________________ 77
5.4.2.5. Rede de vigilância e detecção de fogos _____________________________ 78
5.4.2.6. Rede de infraestruturas de combate ________________________________ 78
Índice de Quadros
Quadro 1: Reforma do sector florestal. Enquadramento legislativo _____________________ 20
Quadro 2:. Recuperação de áreas ardidas em 2003 e 2004e instrumentos de apoio. _______ 25
Quadro 3: Níveis de análise funcional dos espaços florestais__________________________ 30
Quadro 4: Classificação funcional dos espaços florestais no âmbito das regiões de
reflorestação _______________________________________________________ 31
Quadro 5: Critérios para a intervenção na recuperação de áreas ardidas ________________ 33
Quadro 6: Legislação de referência para a composição dos povoamentos _______________ 36
Quadro 7: Lista indicativa de espécies aconselháveis para a rearborização de terrenos ardidos,
segundo as regiões biogeográficas (zonas ribeirinhas). ______________________ 40
Quadro 8: Modelos gerais de silvicultura – produção ________________________________ 47
Quadro 9: Modelos gerais de silvicultura - protecção ________________________________ 50
Quadro 10: Vegetação natural potencial nas regiões de reflorestação. Formações arbóreas _ 54
Quadro 11: Modelos gerais de silvicultura - silvopastorícia ____________________________ 58
Quadro 12: Modelos gerais de silvicultura - recreio__________________________________ 59
Quadro 13: Espécies, regiões e funções dominantes (síntese)_________________________ 61
Quadro 14: Rede primária de FGC ______________________________________________ 68
Quadro 15: Rede secundária de FGC ____________________________________________ 69
Quadro 16: Rede terciária de FGC ______________________________________________ 70
Quadro 17: Metodologia proposta para o planeamento, implementação, manutenção e
monitorização das redes primárias de faixas de gestão de combustível e dos
mosaicos de parcelas de gestão de combustível. ___________________________ 73
Índice de Figuras
Figura 1: Terrenos arborizados percorridos por incêndios em 2003 e 2004. _______________ 6
Figura 2. Localização de incêndios com área superior a 5000 hectares, ocorridos entre 1962 e
2004. _____________________________________________________________ 11
Figura 3. Regiões biogeográficas (geosséries ribeirinhas). ____________________________ 42
Figura 4. Exemplo de faixa de gestão de combustível na zona envolvente de uma habitação
inserida em espaço florestal ___________________________________________ 46
Figura 5: Tipos de floresta indígena dominante (retirado da CARTA BIOGEOGRÁFICA DE PORTUGAL
CONTINENTAL). ______________________________________________________ 57
Índice de Gráficos
Gráfico 1. Áreas florestais ardidas entre 1970 e 2004. Médias móveis de 5 anos.___________ 7
Índice de Anexos
Anexo I ...................................................................................................................................82
Anexo II ..................................................................................................................................85
Anexo III .................................................................................................................................86
Anexo IV .................................................................................................................................93
Anexo V................................................................................................................................110
Anexo VI ...............................................................................................................................112
Anexo VII ..............................................................................................................................115
1. Introdução
As presentes Orientações Estratégicas visam dar cumprimento à alínea a) do
n.º 8 da Resolução do Conselho de Ministros (RCM) n.º 17/2004, que
determina que cabe ao Conselho Nacional de Reflorestação (CNR) “Definir as
orientações estratégicas de carácter geral para a recuperação das áreas
afectadas pelo fogo, com respeito pelos objectivos e funções dominantes dos
espaços florestais”. Estas orientações destinam-se a ser aplicadas no território
de actuação das 4 comissões regionais de reflorestação (regiões de
reflorestação) criadas por essa RCM na sequência dos fogos florestais do
Verão de 2003: Pinhal Interior e Beira Interior, Ribatejo, Alto Alentejo e
Algarve.
As 4 regiões de reflorestação abrangem 27 municípios, correspondentes a
66% da superfície queimada em 2003 (cerca de 280 000 hectares). Os critérios
que presidiram à identificação das regiões a tratar prioritariamente foram os
seguintes:
1. Terem sofrido fogos florestais de grande dimensão, que tivessem
afectado uma percentagem significativa do território em causa (FIGURA
1). Com este critério pretendeu-se seleccionar áreas de intervenção
com escala, que facilitem o planeamento e a realização de acções de
infraestruturação e de organização espacial efectivamente estruturantes
dos espaços rurais, a um nível supra-municipal;
2. Possuírem anteriormente espaços florestais arborizados. Embora a
perspectiva abrangente do planeamento florestal implique uma
abordagem global à totalidade dos espaços florestais (e mesmo dos
rurais), a brutal dimensão territorial da superfície queimada em 2003
impõe uma recuperação prioritária das regiões em que os espaços
florestais estavam anteriormente arborizados, atendendo ao maior valor
económico, paisagístico e na maior parte das vezes ecológico da
floresta, face às formações arbustivas e herbáceas espontâneas.
Esta prioridade é reforçada pelo facto de em 2003 terem sido afectados
sistemas florestais anteriormente considerados menos susceptíveis aos
fogos, como sejam os montados e outros povoamentos de folhosas, de
rápido crescimento ou não, para os quais urge definir novas normas
específicas que assegurem a sua recuperação e que evitem a repetição
deste tipo de eventos catastróficos. Os vastíssimos fogos florestais
ocorridos no sudeste do país em 2004 confirmaram a urgência na
concepção de novas formas de planeamento e gestão dos espaços
rurais.
Por despacho do Secretário de Estado das Florestas de 30 de Novembro de
2004, e pela Resolução do Conselho de Ministros n.º23/2005, de 28 de
Janeiro, na região da serra do Caldeirão/Mu serão aplicadas as directrizes
emanadas pela Comissão Regional de Reflorestação do Algarve. Esta região
de intervenção abarca os concelhos de Almodôvar, Silves, Loulé, São Brás de
Alportel e Tavira.
A elaboração das orientações decorre num contexto de profunda
reorganização do sector florestal, aos níveis estratégico, normativo e
organizacional. Em Outubro de 2003, com a REFORMA ESTRUTURAL DO SECTOR
MADRP/SEDRF/CNR OE/30 de Junho de 2005
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FLORESTAL (RESF), foi decidida quer a adopção de novas formas de
intervenção territorial quer a rápida concretização de medidas de política já
previstas na LEI DE BASES DA POLÍTICA FLORESTAL de 1996.
Em Dezembro de 2004 a Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais
(APIF) deu início à elaboração do Plano Nacional de Defesa da Floresta
Contra Incêndios, que engloba um capítulo dedicado à recuperação das áreas
ardidas, e durante o ano de 2005 será elaborado pela DGRF o Plano Nacional
para as Florestas. Neste mesmo ano foram já regulamentadas as zonas de
intervenção florestal (ZIF) e medidas de carácter excepcional para a
regularização da situação jurídica dos prédios rústicos em áreas florestais.
Está ainda prevista a alteração de instrumentos de apoio nacionais e
comunitários determinantes para os espaços rurais e para a sua evolução
futura, pelo que se deverá também entender estas Orientações como “estudos
prévios” para a sua adaptação à realidade das regiões devastadas pelos fogos
de 2003 e 2004.
2. Os fogos dos
dos Verões
Verões de 2003 e 2004
200000
ha
180000
160000
140000
120000
100000
80000
matos
60000
40000
20000 povoamentos
0
75
77
79
81
83
85
87
89
91
93
95
97
99
01
03
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
20
20
1
Como referem, por exemplo, sucessivos relatórios de peritos nacionais e estrangeiros
relativamente à organização do combate e à adopção de novas técnicas neste âmbito (e.g.
BEIGHLEY & QUINSENBERRY, 2004).
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11
Bibliografia
3. A experiência
experiência do planeamento regional da
recuperação de terrenos ardidos em
Portugal
4
Para as áreas protegidas o regime é o estabelecido pelo Dec.-Lei n.º 180/89, de 30 de Maio.
MADRP/SEDRF/ER OE/30 de Junho de 2005
15
- A concretização de uma intervenção interdisciplinar, com a participação
da UTAD, da DRAEDM ou do IPPAR, para além de especialistas em
geologia, botânica ou sociologia rural;
- A incorporação no projecto de orientações técnicas resultantes da
análise do comportamento do fogo.
Deve ainda ser ressalvado o facto, importante, deste processo de recuperação
se desenvolver exclusivamente em terrenos comunitários sob gestão do
Estado, num território em que a intervenção técnica dos Serviços Florestais se
havia iniciado já em 1916. Não foi possível, porém, associar a este esforço de
recuperação florestal os espaços florestais contíguos no maciço do Marão
(vertente leste) e na vizinha serra do Alvão, submetidos também ao regime
florestal mas sob a jurisdição de outra circunscrição florestal, facto que a
acontecer lhe conferiria uma dimensão verdadeiramente regional.
5
Para além dos exemplos concretos referidos deve ser assinalado, ainda, um projecto de lei de 2002
(Projecto de Lei n.º 173/IX), da iniciativa do Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português relativo à
criação do “Programa de rearborização para áreas percorridas por incêndios florestais”, o qual previa a
elaboração de “planos orientadores de gestão” e de “projectos de rearborização” para áreas queimadas
de forma contínua numa extensão igual ou superior a 100 ha. Entre outras medidas, o projecto de lei
contemplava a realização de um estudo sociológico da área abrangida e do respectivo cadastro
geométrico.
Bibliografia
LOURO, G., MIRANDA, J., FERNANDES, J., VICENTE, H.P., 1992. Plano
Especial de Recuperação de Áreas Ardidas. Concelho de Mação. Direcção-
Geral das Florestas, Lisboa, 30 p.
LOURO, G., SILVA, J.M. DA, TRIGO, A., BENTO, J., 1988. Projecto de
Aproveitamento dos Recursos Naturais no Perímetro Florestal do Marão e Meia
Via e Ordem. In Simpósio sobre a Floresta e o Ordenamento do Espaço de
Montanha, UTAD/SPCF, Vila Real, pp. 231-242.
SILVA, J.M. DA, 1990. La gestion forestière et la sylviculture de prévention des
espaces forestiers menacés par les incendies au Portugal. Rev. For. Fr. XLII n.º
sp. : 337-345.
SOCIETY FOR ECOLOGICAL RESTORATION INTERNATIONAL SCIENCE &
POLICY WORKING GROUP, 2004. The SER International Primer on Ecological
Restoration. www.ser.org & Tucson: Society for Ecological Restoration
International.
USDA, USDOI, 2001. A Collaborative Approach for Reducing WIldland Fire
Risks to Communities and the Environment. 10-Year Comprehensive Strategy.
USDA & USDOI, 12 p.,
6
Identificaram-se os seguintes campos de legislação mais relevante: floresta, caça e pesca;
ordenamento do território e equipamentos sociais; agricultura e desenvolvimento rural; recursos
hídricos; ambiente e conservação da natureza; indústria, energia, comércio e turismo; higiene e
segurança no trabalho; protecção civil; organização institucional. No âmbito da DIRECÇÃO-
GERAL DOS RECURSOS FLORESTAIS existem compilações relativas à principal legislação aplicável
ao planeamento florestal.
7
Lei n.º 33/96, de 17 de Agosto.
MADRP/SEDRF/ER OE/30 de Junho de 2005
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espaços silvestres, enquadrarão também os programas nacionais e europeus
de apoio ao sector para o período 2007-2013.
Lei Orgânica da Direcção Geral dos Recurso Florestais, com as DL n.º 80/2004, de 10 de Abril, e
funções de autoridade florestal nacional legislação complementar
Fundo Florestal Permanente DL n.º 63/2004, de 22 de Março, e
legislação complementar
Agência para a Prevenção dos Fogos Florestais DR n.º 5/2004, de 21 de Abril, e
legislação complementar
Comissões Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios Lei n.º 14/2004, de 8 de Maio
Conselho Nacional de Reflorestação das áreas ardidas RCM n.º 17/2004, de 2 de Março, e
legislação complementar
comissões regionais de reflorestação das áreas ardidas “ “ “
Contas de gestão florestal (em estudo)
Programa de sapadores florestais DL n.º 94/2004, de 22 de Abril
Condicionamento da circulação em áreas de risco DL n.º 156/2004, de 30 de Junho, e
legislação complementar
Contributo das Forças Armadas nas acções de prevenção DL n.º 156/2004, de 30 de Junho, e
legislação complementar
Campanhas da sensibilização da população (início em 1 de Maio de 2004)
Criação do cadastro simplificado das parcelas florestais (em estudo)
Regularização da situação jurídica dos prédios rústicos em áreas (aprovado em Conselho de Ministros)
florestais
Quadro jurídico para a expropriação para infra-estruturas florestais DL n.º 156/2004, de 30 de Junho
Formas de intervenção substitutiva do Estado aos proprietários DL n.º 156/2004, de 30 de Junho
privados
Revisão da legislação sobre queimadas e uso do fogo DL n.º 156/2004, de 30 de Junho
Conclusão dos planos regionais de ordenamento florestal (em curso)
Enquadramento fiscal adequado ao desenvolvimento Florestal (em estudo)
Regulamentação das zonas de intervenção florestal - ZIF (aprovado em Conselho de Ministros)
Mecenato florestal a favor da floresta de conservação (em estudo)
Quadro jurídico penalizando o fraccionamento e o abandono da (em estudo)
propriedade florestal
DL: decreto-lei; DR: decreto regulamentar; RCM: resolução do conselho de ministros
4.3. Agentes
É vasto o conjunto de entidades públicas e privadas responsáveis pelo
planeamento, financiamento, realização e fiscalização das acções que as
orientações estratégicas e as orientações regionais propõem para as regiões
de reflorestação.
No sentido de facilitar a coordenação do conjunto de entidades públicas e de
esclarecer as atribuições de cada agente na implementação das Orientações
Estratégicas e Regionais, o ANEXO IV elenca o conjunto de entidades
determinante para a essa implementação.
5. Orientações estratégicas
8
Caso não estejam em vigor instrumentos de gestão territorial específicos para determinada área
classificada, a indicação das áreas a não rearborizar ou a sujeitar a tratamento especial será dada
pelo representante do ICN na respectiva CRR.
Normas gerais
Azinheira e sobreiro
9
Salix alba x Salix fragilis.
caso de emergência. São por isso fundamentais uma ampla divulgação das
medidas de DFCI e de salvaguarda de aglomerados e de habitações e a realização
de simulacros e de testes aos sistemas locais de defesa das populações.
10
Entendem-se como “aglomerados populacionais” aqueles que possuam 10 ou mais edifícios de
habitação contíguos (distanciados entre si menos de 50 m).
11
Entendem-se como “espaços florestais” os terrenos situados fora de perímetros urbanos e
ocupados por arvoredos florestais ou matos e pastagens em regeneração espontânea ou, ainda,
aqueles classificados em instrumento municipal de ordenamento do território como “espaços
florestais”, “espaços naturais” ou classes afins.
Cedrus atlantica Produção de Artificial Regular Puro Alto-fuste 300 a 500 PIBI, Al. e
(Endl.) Carr. madeira árvores/ha Alg.
Castanea sativa Produção de Artificial Regular Puro Alto-fuste 170 a 200 Todas A produção de fruto
Mill. madeira Misto Talhadia árvores/ha requer a enxertia
Produção de com variedades
frutos e fruteiras.
sementes
Espécie Sub – Função Regener. Estrutura Compos. Regime Densidade Final Regiões de Observações
geral (indicativa) reflorestação
Casuarina Produção de Artificial Regular Puro Alto-fuste Todas
equisetifolia Forst. biomassa para Misto
& Forst. energia
Produção de
madeira
Ceratonia siliqua Produção de Artificial Regular Puro Alto-fuste 100 a 200 Alg. Instalação por
L. frutos e hárvores/ha plantação seguida
sementes de enxertia com uma
planta feminina.
Juglans regia L.. Produção de Artificial Regular Puro Alto-fuste 80 árvores/ha Todas
e madeira
Juglans nigra L.. Produção de
frutos e
sementes
Pinus nigra Arnold Produção de Artificial Regular Puro Alto-fuste 200 a 500 PIBI
ssp. laricio Poiret madeira Natural Misto árvores/ha
Pinus pinaster Ait. Produção de Natural Regular Puro Alto-fuste 300 a 500 Todas Árvores de natal
madeira Artificial Misto árvores/ha.
Produção de
outros
materiais
vegetais e
orgânicos
Pinus pinea L. Produção de Natural Regular Puro Alto-fuste 200 a 250 Todas
frutos e Artificial Misto árvores/ha.
sementes
Produção de
madeira
Espécie Sub – Função Regener. Estrutura Compos. Regime Densidade Final Regiões de Observações
geral (indicativa) reflorestação
Platanus hispanica Produção de Artificial Regular Puro Alto-fuste 400 a 700 Todas
Milll. ex. Münchh. madeira Talhadia árvores/ha
Populus sp. Produção de Artificial Regular Puro Alto-fuste 200 a 400 Todas Grandes dificuldades
madeira Talhadia árvores/ha no escoamento da
Produção de madeira de choupo
outros após o
materiais encerramento das
vegetais e indústrias fosforeiras
orgânicos em Portugal.
Prunus avium L.. Produção de Artificial Regular Puro Alto-fuste 80 árvores/ha PIBI e Al.
madeira Misto
Quercus robur L. Produção de Natural Irregular Pura Alto-fuste 60 a 100 PIBI Fundamental uma
madeira Artificial Regular Mista árvores/ha gestão dos andares
inferiores que
promova o
ensombramento do
tronco.
Quercus Produção de Natural Regular Misto Alto-fuste Área de coberto Todas A composição mista
rotundifolia Lam. frutos e Artificial Irregular Puro Talhadia das copas entre justifica-se
sementes 30% e 50% essencialmente em
Talhadia situações de solos
Produção de composta
biomassa para degradados.
energia A talhadia deve
limitar-se a estações
com boas
características
edáficas, quando a
produção de frutos e
sementes não é
importante.
Quercus rubra L. Produção de Artificial Regular Mista Alto-fuste 80 árvores/ha PIBI A forma das árvores
madeira Pura melhora
consideravelmente
quando na presença
de um povoamento
de
acompanhamento,
que poderá ser
composto por
vegetação lenhosa.
Espécie Sub – Função Regener. Estrutura Compos. Regime Densidade Final Regiões de Observações
geral (indicativa) reflorestação
Quercus suber L. Produção de Natural Regular Misto Alto-fuste 100 a 150 Todas A composição mista
cortiça Artificial Puro Talhadia árvores/ha. é particularmente
Produção de interessante no
Talhadia período de
biomassa para composta
energia instalação e
formação do fuste
Salix sp. Produção de Artificial Irregular Misto Alto-fuste Varia em função Todas Ramos muito
biomassa para Regular Puro Talhadia do objectivo de utilizados em
energia produção trabalhos de cestaria
Talhadia (vime)
Produção de composta
outros
materiais
vegetais e
orgânicos
Cedrus atlantica Protecção Artificial Regular Puro Alto-fuste 300 a 500 PIBI, Al. e
(Endl.) Carr. contra árvores/ha Alg.
incêndios
Protecção
micro-climática
Celtis australis L. Protecção Artificial Regular Puro Alto-fuste 80 árvores/ha PIBI, Al., Rib.
contra a Natural
erosão hídrica
e cheias
Chamaecyparis Recuperação Artificial Regular Puro Alto-fuste 400 a 750 PIBI Na protecção contra
lawsoniana de solos Misto árvores/ha incêndios, poderá
(A.Murr.) Parl. degradados optar-se por:
Protecção Diminuir as
contra densidades de 60% a
incêndios 70%- reduz-se o
perigo de fogo de
copas e mantém-se
algum
ensombramento:
Aumentar a
densidade- reduz-se
o espaço entre as
copas, tornando mais
eficaz o controlo,
por ensombramento,
dos andares
dominados e estrato
arbustivo.
Espécie Sub – Função Regener. Estrutura Compos. Regime Densidade Final Regiões de Observações
geral (indicativa) reflorestação
Cupressus Protecção Artificial Regular Puro Alto-fuste 300 a 500 Todas Na protecção contra
lusitanica Mill micro-climática Natural Misto árvores/ha (com incêndios, poderá
Recuperação excepção da optar-se por:
de solos protecção contra Diminuir as
degradados incêndios) densidades de 60% a
Protecção 70%- reduz-se o
contra perigo de fogo de
incêndios copas e mantém-se
algum
ensombramento:
Aumentar a
densidade- reduz-se
o espaço entre as
copas, tornando mais
eficaz o controlo dos
andares dominados e
estrato arbustivo por
ensonbramento.
Pinus halepensis Recuperação Artificial Regular Puro Alto-fuste 150 a 400 Todas
Mill. de solos Misto árvores/ha
degradados
Pinus nigra Arnold Recuperação Artificial Regular Puro Alto-fuste 200 a 500 PIBI
ssp. laricio Poiret de solos Natural Misto árvores/ha
degradados
Pinus pinaster Ait. Recuperação Natural Regular Puro Alto-fuste 300 a 500 Todas
de solos Artificial Misto árvores/ha.
degradados
Protecção
contra a
erosão eólica
Espécie Sub – Função Regener. Estrutura Compos. Regime Densidade Final Regiões de Observações
geral (indicativa) reflorestação
Pinus pinea L. Recuperação Natural Regular Puro Alto-fuste 300 a 500 Todas Na protecção contra
de solos Artificial Misto árvores/ha. incêndios (FGC)
degradados (Incluindo FAD) também se poderá
Protecção optar por diminuir as
contra densidades – reduz-
incêndios se o perigo de fogo
de copas e mantém-
se algum
ensombramento -,
devendo , nesse
caso, a densidade
ser de 100 a 200
árvores/ha.
Platanus hispanica Protecção e Artificial Regular Puro Alto-fuste 400 a 700 Todas
Milll. ex. Münchh. segurança Talhadia árvores/ha
ambiental
Populus spp. Protecção Artificial Regular Puro Alto-fuste 200 a 400 Todas
contra a Talhadia árvores/ha
erosão hídrica
e cheias
Protecção e
segurança
ambiental
Pseudotsuga Protecção Artificial Regular Puro Alto-fuste 150 a 220 PIBI
menziesii Franco contra Misto árvores/ha
incêndios
Quercus suber L. Recuperação Natural Regular Misto Alto-fuste Área de coberto Todas
de solos Artificial Puro das copas entre
degradados 40% e 60%
12
Incluíram-se, igualmente, outras associações arborescentes não classificadas como cabeças-de-
série.
Quadro 10: Vegetação natural potencial nas regiões de reflorestação. Formações arbóreas
VIDUAIS
Saxifrago spathularidis-Betuletum celtibericae Viduais submontanos e montanos do Norte e Centro ! Bp Sa, Ia, Ap, Qp R
CARVALHAIS
Viburno tini-Quercetum roboris Carvalhais de carvalho-roble basais e submontanos do ! Qr Qs, Qp, Cs, Au, Pp, Ia, Pa,
Centro Pl, Ln
Holco mollis-Quercetum pyrenaicae Carvalhais submontanos, montanos e altimontanos dos Qp Qr, Cs, Bp, Ia, Pa, Sl F
maciços montanhosos e do interior Norte e Centro.
Arbuto unedonis-Quercetum pyrenaicae Carvalhais basais e sub-montanos do Centro. Qp Au F F
Oleo sylvestris-Quercetum broteroi Carvalhais basais e sub-montanos da serra Algarvia. Qf Os
Pistacio terebinthi-Quercetum broteroi (Carvalhais de carvalho-português do centro e sul Qf
interiores?)
Euphorbio monchiquensis-Quercetum canariensis Carvalhais basais, submontanos e montanos da serra de ! Qc Cs, Au R
Monchique.
SOBREIRAIS
Asparago aphylli-Quercetum suberis Sobrais basais da região Centro litoral entre os rios Vouga Qs Qf, Au, Os, Jo F F
quercetosum suberis e Mira. Inclui sobrais com zimbros dos alcantis do Tejo e
juniperetosum oxycedri cristas quartzíticas.
Sanguisorbo agrimonioidis-Quercetum Sobrais basais e submontanos do Centro e Sul interiores e Qs Qf
suberis da serra algarvia.
Teucrio baetici-Quercetum suberis Sobrais basais e submontanos dos relevos siliciosos duros Qs F
centaureetosum cracatae do sudoeste do país.
AZINHAIS
Lonicero implexae-Quercetum rotundifoliae Azinhais basais e submontanos, alcalinos, do Centro litoral Qt Qf
e interior.
Pyro bourgaeanae-Quercetum rotundifoliae Azinhais basais e submontanos, siliciosos, das regiões Qt Pb, Qa, Os, Au A A
myrtetosum communis Centro e Sul interiores, ao sul do rio Dão.
AMIAIS
Galio broteroani-Alnetum glutinosae Amiais ripícolas montanos e altimontanos dos cursos de Ag A
água permanentes do interior Norte e Centro.
Scrophulario scorodoniae-Alnetum glutinosae Amiais ripícolas dos cursos de água permanentes Ag Sc A A A F
Campanulo primulifoliae-Alnetum glutinosae Amiais ripícolas dos cursos de água permanentes da região Ag Sc, Rp, Fa A
da serra de Monchique
SALGUEIRAIS
Carici lusitanicae-Salicetum atrocinereae Salgueirais paludosos de S. atrocinerea e Myrica gale. ! Sc R
Rubo corylifolii-Salicetum atrocinereae Salgueirais ripícolas de S. atrocinerea das montanhas do Sc R
Norte e do Centro interiores.
Viti viniferae-Salicetum atrocinereae Salgueirais ripícolas de S. atrocinerea dos cursos de água Sc A A
permanentes das regiões litorais basais do Centro e do Sul.
Salicetum atrocinereo-australis Salgueirais ripícolas arborescentes de cursos de água Sb A A
intermitentes ao sul do rio Tejo.
Salicetum salviifoliae Salgueirais ripícolas arborescentes de S. salviifolia, Ss A
submontanos a altimontanos, de cursos de água
intermitentes ao norte do rio Tejo.
Salici neotrichae-Populetum nigrae Choupais-salgueirais ripícolas dos vales ribatejanos. Pn Sn A
FREIXIAIS
Ficario ranunculoidis-Fraxinetum Freixiais-choupais ripícolas do Centro e do Sul, em cursos Fa Pn F F A F
angustifoliae de água com alguma estiagem.
Fraxino angustifoliae-Quercetum pyrenaicae Freixiais-carvalhais em leitos de cheia das regiões Qp Fa R
montanas e altimontanas do interior Norte e Centro.
COMUNIDADES DE AZEREIROS
Frangulo alni-Prunetum lusitanicae Comunidades de azereiros, submontanas e montanas, Pl Ia, Cs, Au, Pa, Ag, Qr R
ripícolas e do fundo dos vales das serras do Centro do
país.
OLMEDOS
Opopanaco chironii-Ulmetum minoris Olmedos ripícolas dos vales abertos do Norte interior, do Um A
Centro e Sul.
CHOUPAIS
Salici atrocinereae-Populetum albae Choupais dominados pelo choupo-branco da lezíria do Po Sa
Tejo.
Legenda
Celtis australis L. Suporte à Artificial Regular Puro Alto-fuste 80 árvores/ha PIBI, Al., Rib.
caça e Natural
conservação
de espécies
cinegéticas
Ceratonia siliqua Suporte à Artificial Regular Puro Alto-fuste 100 a 200 Alg. Instalação por
L. caça e árvores/ha plantação seguida de
conservação enxertia com uma
de espécies planta feminina.
cinegéticas
Pinus pinaster Ait. Suporte à Natural Regular Puro Alto-fuste 300 a 500 Todas Disponibilização de
caça e Artificial Misto árvores/ha. alimento (penisco)
conservação para certas espécies
de espécies cinegéticas (rolas)
cinegéticas
5.4.1.1. OBJECTIVO
As RDF, a constituir em cada região de reflorestação segundo as orientações gerais
deste capítulo, têm como função primordial concretizar territorialmente, de forma
coordenada, a estratégia regional de defesa da floresta contra incêndios (DFCI) nas
regiões de reflorestação, a qual tem por finalidade a redução da taxa anual de
incidência de fogos florestais para níveis social e ecologicamente aceitáveis.
Esta estratégia aborda de forma integrada 3 áreas fundamentais:
1. Prevenção da eclosão do fogo, visando diminuir o número de ocorrências;
2. Planeamento do território, visando dotar os espaços florestais das características
e infraestruturas necessárias para a minimização da área ardida e consequentes
danos ecológicos e patrimoniais, bem como gerir as interfaces floresta/agricultura
e floresta/zonas edificadas;
3. Combate aos incêndios, visando a redução da área de cada incêndio e a
salvaguarda de pessoas e bens, incluindo não só a primeira intervenção como
também toda a actividade de combate estendido.
As redes regionais de defesa da floresta visam sobretudo o desenvolvimento do ponto 2
das estratégias de DFCI, embora naturalmente abordem também aspectos
directamente relacionados com os restantes dois pilares.
Convém salientar que o sucesso de uma estratégia regional de DFCI depende do
sucesso de cada uma das suas componentes, necessariamente com ordem
decrescente de importância e prioridade.
5.4.1.3. COMPONENTES
A RDF é constituída por um conjunto de redes e acções sectoriais, designadamente:
- Rede de faixas de gestão de combustível;
- Mosaico de parcelas de gestão de combustível;
- Rede viária;
- Rede de pontos de água e de outros materiais retardantes;
- Rede de vigilância e detecção de fogos;
- Rede de infraestruturas de combate.
5.4.1.5. FINANCIAMENTO
A execução e manutenção da RDF são suportadas por verbas oriundas dos detentores
da gestão dos espaços florestais, decorrentes da normal gestão das explorações
florestais, e por financiamentos públicos, através dos programas municipais, estatais e
comunitários de apoio ao desenvolvimento e protecção florestais.
O apoio à implementação das RDF nas regiões das CRR deve ser priorizado no
contexto dos diversos programas públicos.
5.4.1.6. MONITORIZAÇÃO
A monitorização do funcionamento da RDF é assegurada pelas CRR e, após a
cessação da sua actividade, pela DGRF. Neste sentido, deve ser favorecida a criação
de CMDFCI intermunicipais, agregando concelhos limítrofes que partilhem as mesmas
sub-regiões naturais e integrem o mesmo território PROF, eventualmente seguindo
propostas acordadas no âmbito das CRR.
A monitorização deve ter em particular atenção a avaliação da eficácia das medidas
propostas e da relação custo-benefício das opções técnicas escolhidas.
Deverá ser estabelecido um programa nacional de acompanhamento das RDF, nas
suas vertentes científica, técnica e económico-financeira.
13
Está-se aqui a referir, apenas, às faixas de gestão de combustível da rede primária, as únicas definidas
à escala da paisagem.
14
De entre os quais se destaca o regime de propriedade e o tipo de gestão florestal associado, o grau de
profissionalização dos sistemas de prevenção da eclosão e de supressão dos fogos, a densidade
demográfica e o tipo de povoamento, entre outros.
MADRP/SEDRF/ER OE/30 de Junho de 2005
66
A rede regional de FGC deverá ser concebida em três níveis, consoante a(s) sua(s)
funcionalidade(s) e responsabilidade de manutenção:
- rede primária, de nível sub-regional, delimitando compartimentos com
determinada dimensão, desenhada primordialmente para cumprir a função 1, mas
desempenhando igualmente as restantes;
- rede secundária, de nível municipal, estabelecida para as funções 2 e 3;
- rede terciária, de nível local e apoiada nas redes viária, eléctrica e divisional das
explorações agro-florestais, desempenhando essencialmente a função 3.
Os indicadores de referência para o planeamento, instalação e manutenção das FGC
constam nos quadros 14, 15 e 16.
No caso específico da concepção da rede primária de faixas de redução de
combustível em espaços florestais há ainda que cumprir os seguintes princípios básicos
gerais:
1. As FRC em espaços florestais não são desenhadas para parar um fogo, mas
sim para conferir às forças responsáveis pelo combate uma maior
probabilidade de sucesso no ataque e contenção de um grande fogo florestal.
O desenho e a instalação de FRC devem, por isso, ter com preocupação
fundamental a segurança no combate ao fogo e envolver desde o início os
corpos de bombeiros e os serviços distritais do SNBPC;
Pela mesma razão, as FRC devem apoiar-se sempre na rede viária, sem a
qual não possuem qualquer utilidade. Igualmente a rede de pontos de água
deve ser particularmente desenvolvida ao longo da rede primária de FRC.
A eficácia destas redes está também dependente da capacidade de, em caso
de emergência, nelas se concentrarem os recursos de combate; nesse
sentido, é fundamental não só o sucesso das estratégias de diminuição do
número de ignições em situações meteorológicas de elevado perigo de
incêndio mas também de diminuição de infraestruturas em risco potencial
(habitações,etc.), que desviam meios de combate.
2. O desenho das FRC deve ter em consideração as particularidades da
paisagem local e o histórico dos [grandes] fogos na região, designadamente
no que respeita às causas da ignição e às condições meteorológicas e de
combustíveis que propiciam o desenvolvimento de fogos de grande extensão
e intensidade.
Neste sentido deverá ser previamente recolhida toda a informação disponível
sobre anteriores eventos catastróficos e sobre a causalidade e aproveitado o
conhecimento empírico de técnicos, guardas florestais, bombeiros e
trabalhadores rurais com experiência local em acções de combate e
prevenção dos fogos.
No desenho e estruturação das FGC deverão ser utilizados sempre que
possível modelos de simulação de comportamento de fogos florestais.
Simultaneamente, deve ser desenvolvida uma linha de investigação que
defina os padrões regionais de desenvolvimento dos grandes fogos e os
factores meteorológicos e silvícolas que os potenciaram.
3. No que respeita ao tratamento do combustível à escala da paisagem, as FRC
nunca são um fim em si mas devem ser consideradas como “pontos de apoio”
preferenciais onde se devem ancorar tratamentos de combustível que
Massas hídricas Albufeiras, vales de > 125 m Fundos de vales - - - Engloba não só o espelho de água,
grandes rios mas também as margens sem
(FIC) vegetação (praias, albuf….)
Faixas ou superfícies > 125 m Diversa, normalmente em - Limpeza eventual, caso se assista a Agris, Agro, Espaços de reduzido interesse
Afloramentos extensas de afloramentos cumeadas e encostas uma regeneração espontânea de AIBT-PI, económico mas, muitas vezes, com
rochosos rochosos –granitos, abruptas espécies arbóreas pioneiras ou de FFP, Ruris elevado valor geológico, biológico e
quartzitos, etc., ou de invasoras lenhosas paisagístico, que por si só podem
(FIC) terrenos improdutivos, com aconselhar a sua conservação como
reduzido coberto vegetal espaços desarborizados.
Faixas de culturas > 125 m Diversa, normalmente em Arroteamento de Práticas agrícolas normais. Manu- Agris, Agro, A conservação da actividade agrícola
agrícolas de sequeiro fundos de vales, encostas matos e de tenção anual de culturas agrícolas FFP, Ruris no interior de maciços florestais, pela
(vinha, olival, arvenses…) (muitas vezes em encostas arvoredos com as características pretendidas sua dimensão e complexidade sócio-
Agrícola ou de regadio (milho, íngremes terraceadas), pré-existentes na época estival (eventualmente territorial, constitui um dos desafios
arroz, beterraba, planícies e planaltos (eventual, através contratualizada). Controlo da fundamentais da estratégia regional
(FIC/FRC) fruteiras,…) de corte e vegetação com recurso a colheitas, de DFCI.
arranque da fitocidas, cavas, gradagens,
vegetação, queimadas, pastorícia, etc.
queimadas, etc.)
Faixas de culturas de > 125 m Diversa Arroteamento de Práticas associadas ao regime Agris, Agro,
Pastagens espécies forrageiras com matos através de silvopastoril tradicional na região; FFP, Ruris
cultivadas ou objectivos de gestão fogo controlado, protecção e fomento da fauna
espontâneas silvopastoril ou da vida gradagens, etc., cinegética herbívora
selvagem (incluindo fauna corte de arvoredo
(FIC/FRC) cinegética e habitats pré-existente
classificados)
Faixas de terreno em que 125 a 400 Diversa, incluindo percursos Desbastes, cortes As orientações gerais para a definição
Povoamentos formações florestais com m da rede viária fundamental salteados ou por e constituição destas componentes
florestais vegetação densa, manchas, são descritas neste capítulo
abundante ou inflamável desramações, As FRC em povoamentos florestais
modificados e matos são mantidas com recurso Nos termos do Dec-Lei n.º 156/2004.
são tratadas de forma a limpeza de matos e
reduzir permanentemente de povoamentos às mesmas técnicas de instalação e
(FRC) (art.os 15.º e 16.º)
a carga combustível ou a (várias técnicas1) a outras actividades, muitas vezes Agris, Agro,
sua inflamabilidade. As complementares, como a AIBT-PI,
acções são dirigidas em silvopastorícia, a agricultura em FFP, Ruris
125 a 400 Diversa, normalmente em Limpeza de matos subcoberto, o fomento da fauna As orientações gerais para a definição
três sentidos: maneio dos
Matos m encostas e cumeadas, (faixas, etc.) cinegética herbívora, etc. e constituição destas componentes
combustíveis de superfície,
modificados subida da base das copas incluindo percursos da rede são descritas neste capítulo
viária fundamental
e abertura do copado para Nos termos do Dec-Lei n.º 156/2004.
(FRC) valores de coberto <40%
1
Fogo controlado, limpeza mecânica e/ou motomanual, gradagem/lavoura, aplicação de fitocidas.
Faixa associada à Faixa definida a partir > 20m Diversa, a definir em PDF Agris, Estabelecida e mantida nos termos
rede viária da berma da via, em AIBT-PI do Dec-Lei n.º 156/2004 (al. a) do n.º
áreas florestais 1 do art.º 16.º)
(FIC/FRC)
Responsabilidade atribuída à
entidade gestora da rodovia em
causa.
Faixa associada à Faixa definida a partir > 20m Diversa, a definir em PDF Agris, Estabelecida e mantida nos termos
rede ferroviária dos carris externos, AIBT-PI do Dec-Lei n.º 156/2004 (al. b) do n.º
em áreas florestais 1 do art.º 16.º).
(FIC/FRC)
Responsabilidade atribuída à
entidade gestora da ferrovia em
causa.
Faixa associada à Faixa definida a partir > 20m Diversa, a definir em PDF As FRC em povoamentos Agris, Estabelecida e mantida nos termos
rede eléctrica de de uma linha florestais e matos são mantidas AIBT-PI do Dec-Lei n.º 156/2004 (al. c) do n.º
muito alta tensão correspondente ao com recurso às mesmas técnicas 1 do art.º 16.º).
eixo do traçado das Responsabilidade atribuída à
(FIC/FRC) Desbastes, cortes de instalação e a outras
linhas actividades, muitas vezes entidade gestora da rede eléctrica
salteados ou por
manchas, complementares, como a em causa.
desramações, silvopastorícia, a agricultura em
Faixa de protecção Faixa envolvente a > 50 m Diversa. limpeza de subcoberto, o fomento da fauna Agris, Estabelecida e mantida nos termos
aos edifícios habitações, estaleiros, povoamentos e cinegética herbívora, etc. AIBT-PI do Dec-Lei n.º 156/2004 (n.º 2 do
integrados em armazéns, oficinas e de matos (várias art.º 16.º).
espaços rurais outras edificações. Frequentemente pode ser
técnicas – ver necessária a constituição de FIC Responsabilidade atribuída às
Faixa de protecção a quadro anterior) entidades que detenham a
(FIC/FRC) postos de vigia da integralmente limpas em áreas
agrícolas (por exemplo, em administração dos terrenos
RNPV. circundantes.
culturas arvenses com elevado
perigo de incêndio).
Faixa de protecção Faixa definida sempre > 100 m Diversa. Consideram-se Agris, Estabelecida e mantida nos termos
a aglomerados que os aglomerados “aglomerados AIBT-PI, do Dec-Lei n.º 156/2004 (n.º 3 do
populacionais estejam inseridos ou populacionais” aqueles FFP art.º 16.º).
confinantes com áreas que possuam 10 ou mais Responsabilidade atribuída às
(FIC/FRC) florestais edifícios de habitação câmaras municipais (atribuição
contíguos (distanciados delegável por protocolo nas juntas
entre si menos de 50 m). de freguesia).
Faixa de protecção Faixa definida sempre > 100 m Diversa Agris, Estabelecida e mantida nos termos
a parques e que as infraestruturas AIBT-PI do Dec-Lei n.º 156/2004 (n.º 3 do
polígonos industriais estejam inseridas ou art.º 16.º).
e a aterros confinantes com áreas Responsabilidade atribuída às
sanitários florestais entidades gestoras ou, na sua
(FIC/FRC) inexistência, às câmaras municipais.
Nota importante: os programas de apoio indicados na coluna “Apoios” dos quadros 14, 15 e 16 são apenas exemplificativos.
15
Nalguns casos poderá ser avaliada a possibilidade de instalação de faixas de humedecimento, sempre
que as condições topográficas, as disponibilidades hídricas, a estrutura e valor dos povoamentos e o tipo
de gestão o permitam.
Estas faixas são criadas por sistemas hidráulicos compostos por uma albufeira (em posição topográfica
elevada), rede distribuidora e canhões/agulhetas fixos direccionáveis. Aproveitam a queda gravítica e são
capazes de encharcar em alguns minutos faixas alargadas de espaços florestais previamente delimitadas,
em função dos povoamentos a proteger, do comportamento histórico do fogo e da rede local de FGC.
SIGLAS
ANMP Associação Nacional dos Municípios Portugueses
CCDR comissões de coordenação e desenvolvimento regional
CCR comissões de coordenação regional
CM câmaras municipais
CMDFC comissões municipais de defesa da floresta contra incêndios
CRR comissões regionais de reflorestação
DFCI defesa da floresta contra incêndios
DGF Direcção-Geral das Florestas
DGRF Direcção-Geral dos Recursos Florestais
DRA direcções regionais de agricultura
DRAAlg Direcção Regional de Agricultura do Algarve
DRAEDM Direcção Regional de Agricultura do Entre Douro e Minho
ER Equipa de Reflorestação
FAD faixa de alta densidade
FIC faixa de interrupção de combustível
FGC faixa de gestão de combustível
FRC faixa de redução de combustível
ICN Instituto da Conservação da Natureza
IF Instituto Florestal
IPPAR Instituto Português de Protecção do Património Arquitectónico e
Arqueológico
PAF Programa de Acção Florestal
PDF planos de defesa da floresta (municipais)
PERF planos especiais de recuperação florestal
PGF planos de gestão florestal
PMOT planos municipais de ordenamento do território
POAP planos de ordenamento das áreas protegidas
PROF planos regionais de ordenamento florestal
PROT planos regionais de ordenamento do território
RDF rede de defesa da floresta
RESF Reforma Estrutural do Sector Florestal
RVF rede viária florestal
SEA Secretário de Estado da Agricultura
SNB Serviço Nacional de Bombeiros
SNBPC Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil
UTAD Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
ZIF zonas de intervenção florestal
Anexo I
Compilação dos principais relatórios sobre os incêndios de 2003 e 2004
Anexo II
Listagem dos incêndios superiores a 5000 ha
(incêndios registados em documentos oficiais ou por conhecimento directo)
Área Ardida
Ano Data Distrito Concelho de Início Povoamentos Matos Total
2003 30-7 Portalegre Nisa 37.037 4.042 41.079
2003 1-8 Castelo Branco Proença-a-Nova 34.809 1.210 36.019
2003 10-9 Faro Monchique 17.431 10.186 27.617
2003 7-8 Faro Portimão 15.308 10.592 25.900
2004 26-7 Beja Almodôvar 18.266 7.451 25.717
2003 2-8 Santarém Chamusca 13.434 8.463 21.897
2003 27-7 Castelo Branco Fundão 16.842 2.719 19.561
2003 12-8 Faro Silves 5.114 9.736 14.850
2003 2-8 Portalegre Alter do Chão 9.134 2.273 11.407
1991 11-8 Castelo Branco Oleiros ? ? 11.10316
1986 13-7 Castelo Branco Vila de Rei 10.032 0 10.302
2003 30-7 Castelo Branco Sertã 9.920 60 9.980
1992 6-8 Coimbra Arganil 9.260 456 9.717
2003 15-7 Castelo Branco Sertã 8.805 300 9.105
2001 9-9 Guarda Seia 4.264 4.639 8.903
2003 1-8 Portalegre Portalegre 4.533 4.284 8.817
2003 31-7 Portalegre Castelo de Vide 2.555 6.145 8.700
1990 ? Coimbra Pampilhosa da Serra ? ? 8.578
2003 31-7 Portalegre Nisa 2.428 5.851 8.279
2004 25-7 Faro Castro Marim 1.083 3.004 8.19117
1981 26-7 Coimbra Penacova 7.936 0 7.936
2002 13-7 Castelo Branco Castelo Branco 5.380 2.414 7.794
1995 13-8 Santarém Sardoal 6.990 232 7.222
2000 15-8 Castelo Branco Proença-a-Nova 6.322 702 7.024
1987 26-7 Leiria Pombal 7.000 0 7.000
1989 ? Viana do Castelo Ponte de Lima ? ? 7.000
1998 5-8 Castelo Branco Proença-a-Nova 819 6.114 6.933
1993 19-7 Coimbra Mira 6.802 0 6.802
1991 13-8 Santarém Mação ? ? 6.759
1991 26-6 Santarém Mação ? ? 6.596
1981 27-7 Coimbra Pampilhosa da Serra 4.405 1.887 6.292
1985 Porto Baião 3.000 3.000 6.000
1986 13-7 Aveiro Águeda 6.000 0 6.000
1991 ? Coimbra Góis ? ? 5.962
1985 10-9 Coimbra Pampilhosa da Serra 5.310 590 5.900
2003 2-8 Santarém Abrantes 5.900 0 5.900
1991 26-6 Faro Monchique ? ? 5.843
1983 26-9 Faro Silves 3.065 2.770 5.835
2003 14-8 Castelo Branco Idanha-a-Nova 3.456 2.272 5.728
1995 23-7 Leiria Porto de Mós 3.509 2.214 5.724
1995 23-7 Faro Aljezur 2.470 3.192 5.662
1991 ? Castelo Branco Covilhã ? ? 5.644
2004 30-6 Faro Tavira 450 3.240 5.50118
1987 13-9 Coimbra Arganil 4.339 1.086 5.425
1962 30-8 Viana do Castelo Viana do castelo >5.000 0 >5.000
Fontes: DGRF, Eng. Moreira da Silva.
16
Os totais das áreas percorridas pelos incêndios em 1991 correspondem às áreas vectoriais
cartografadas, não havendo distinção no tipo de área ardida podendo incluir, se afectados, terrenos
agrícolas.
17
Inclui 4.104 ha de área agrícola.
18
Inclui 1.811 ha de área agrícola.
Anexo III
Legislação que directamente regula a recuperação dos terrenos
percorridos pelo fogo em 2003 e 2004
2. GERAL
Decreto-Lei n.º 180/89, de 30 de Maio Regime de rearborização das áreas percorridas por
incêndios florestais em áreas protegidas.
3.1. Medidas e apoios excepcionais para as áreas dos distritos onde foi
declarada a situação de calamidade pública
3.1.1. Geral
Despacho n.º 17080/2003 (2ª série), Ajudas à reposição do potencial produtivo do AGRO
de 4 de Setembro Medida 5 100% das despesas elegíveis
Despacho n.º 17282/2003 (2ª série), Determina a criação de equipas para identificação
de 8 de Setembro de áreas de maior risco de erosão e estabelece
medidas de forma a minimizar os riscos de erosão.
Despacho n.º 19220/2003 (2.ª série), Acresce uma majoração de 20% em relação à
7 de Outubro pontuação da tabela de avaliação dos critérios e
prioridades a considerar na análise técnica previstas
nos projectos candidatos aos apoios da medida n.º
5.6 do Programa Operacional do Emprego.
Formação e Desenvolvimento Social que se venham
a desenvolver nas regiões declaradas em situação
de calamidade pública pela Resolução de Conselho
de Ministros n.106-B/2003 de 11 de Agosto.
Decreto – Lei n.º 306/2003, de 9 de Cria uma linha de crédito bonificado tendo por
Dezembro finalidade a aquisição, a armazenagem e a
preservação da madeira de pinho e eucalipto,
afectada pelos incêndios de 2003 nos distritos de
calamidade.
3.1.2. Florestas
Anexo IV
Principais entidades com competências na recuperação florestal dos
terrenos percorridos pelos incêndios
Inclui várias unidades operativas de C&T da qual faz parte a Estação Florestal
Nacional que tem como atribuições a investigação e desenvolvimento
experimental no domínio do sector florestal, contribuindo para a formulação e
concretização da política nacional de IDE florestal, quer através da elaboração
de estudos tendentes a promover o desenvolvimento do sector quer apoiando,
a nível técnico e científico, as actividades de experimentação e demonstração a
nível regional.
A5.1. Municípios
A5.2. Freguesias
As competências atribuídas aos orgãos municipais podem por via de
delegação, mediante um protocolo, ser transferidas para as freguesias. Estas
podem ainda realizar investimentos cometidos aos municípios ou gerir
equipamentos e serviços municipais. (Lei nº159/99 de 14 de Setembro).
No âmbito das atribuições e competências das freguesias é de ressaltar para o
nosso âmbito os seguintes itens:
- Colaboração com os sistemas locais de protecção civil e de combate
aos incêndios
- Participação no processo de elaboração dos planos municipais de
ordenamento do território (Lei nº23/97 de 2 de Julho).
B1. Baldios
utilização mais adequada dos terrenos em causa ou quando tal não lhe seja
exigível, nomeadamente face à situação económica em que se encontre. No
caso de serem objecto de arrendamento florestal, a obrigação recai sobre o
arrendatário, excepto de o prazo ou outras condições contratuais não o
permitirem fazer de uma forma economicamente vantajosa.
C3.2. Indústria
Anexo V
Inflamabilidade e combustibilidade das espécies florestais
Espécies arbóreas
Resinosas
Espécie Inflamabil. Combustibil. Referências
Folhosas
Espécie Inflamabil. Combustibil. Referências
* Apenas no Verão.
Ad. – plantas adultas ; Jv. – plantas jovens.
Referências
[1] VALLETE, J.-C., 1990. Inflammabilités des Espèces Forestières Méditerranéennes. Conséquences
sur la combustibilité des formations forestières. Rev. For. Fran., XLII, num. spec., 76-92.
[2] VÉLEZ, R., (Coord.) 2000. La defensa contra incendios forestales. McGraw-Hill/Interamericana de
España, S.A.U., Madrid, .
[3] COLIN, P.-Y., JAPPIOT, M., MARIEL, A., (Coord.) 2001. Protection des forêts contre l’incendie.
Cahier FAO Conservation 36, FAO/CEMAGREF, Rome, 147 p.
[4] SILVA, J.S., PÁSCOA, F., DGF, (Coord.) 2002. Manual de Silvicultura para a Prevenção de
Incêndios. Direcção-Geral das Florestas, Lisboa.
[5] DIMITRAKOPOULOS, A.P., MATEEVA, V., 1998. Effect of moisture content on the ignability of
mediterranean species. Proceedings of the III International Conference on Forest Fire Research,
vol. I, Luso, pp. 455-466.
[6] VÉLEZ, R., 1990. Clave Fotográfica para la Identificación de Modelos de Combustible. 2 vol.,
ICONA, Madrid
Anexo VI
Tipologia e características dos caminhos DFCI integrados na rede viária
florestal das redes regionais de defesa da floresta.
10%,
Declive longitudinal
sendo aceitável pontualmente 15%, nunca devendo exceder os Outros
máximo (%)
20%
Declive transversal
5% Outros
máximo (jusante)
19
Nas vias DFCI de 1.ª e 2.ª ordem com uma largura inferior a 6 m, quando o raio de curva for
inferior a 50 metros, as larguras recomendadas são:
Bibliografia
AKRE, B., 1998. Forest road construction policies, guidelines and codes of
practice. In "Proceedings of the seminar on environmental sound forest
roads and wood transport”, FAO, Rome, pp. 153-173.
BOLETIN OFICIAL DEL PRINCIPADO DE ASTURIAS N.º 29, Sábado 5 de
Febrero de 2005. Consejería de Medio Rural y Pesca.
LOURO, G., MARQUES, H., SALINAS, F., 2002. Elementos de Apoio à
Elaboração de Projectos Florestais. Estudos e Informação n.º 321,
Direcção-Geral das Florestas, Lisboa, 126 p.
MINISTERE DE L'AGRICULTURE ET DE LA PECHE. MINISTERE DE L'
INTERIEUR, 2001. Les équipements D.F.C.I. et leur représentation
graphique. Guide de normalisation. Classification et sémiologie
graphique des équipements de Défense de la Forêt contre l’Incendie.
Délégation à la protection de la forêt méditerranéenne, Marseille, 14 p.
PLAN COMARCAL DE DEFENSA CONTRA INCENDIOS FORESTALES. Area:
Monegros - Bajo Aragón. Naturaleza Tecnologia aplicada S.L.
RIGOLOT, E., 2002. Du plan départemental à la coupure de combustible.
Guide méthodologique et pratique. Réseau Coupures de Combustible n.º
6, Éditions de Cárdère Morières, 48 p.
SÁ, V.H.L., 1972. Caminhos florestais na bacia do Zêzere: região piloto da
Sertã. Direcção-Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas, 29 p.
SILVA, A.S., 1973. Caminhos florestais. Textos de Formação Profissional,
Direcção-Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas, Lisboa, 60 p.
SPAETH, R., 1998. Environmentally sound forest road construction in
nordrhein-westfalen (NRW), Germany. In "Proceedings of the seminar on
environmental sound forest roads and wood transport",. FAO, Rome, pp.
109-117.
Anexo VII
Excerto do guia técnico interno “Modelos de Combustível para utilização nas regiões de reflorestação” (ER/CNR).
Bibliografia:
ANDERSON, H.E. (1982). Aids to determining fuel models for estimating fire behaviour. U.S. Forest Service, Ogden UT.
FERNANDES, P. M. & PEREIRA, J. P. (1993). Caracterização de combustíveis na Serra da Arrábida. Silva Lusitana 1 (2):
pp. 237-260
FERNANDES, P. M. Equivalência genérica entre os modelos de combustível do USDA Forest Service (Anderson, 1982) e
as formações florestais portuguesas. (documento não publicado, cedido pelo autor).
ICONA (1990). Clave fotografica para la identificación de modelos de combustible. Defensa contra incendios forestales.
MAPA. Madrid.
UVA, J., VINAGRE, P. & GONÇALVES, A. (1997). Geofogo, um simulador de fogos florestais. Revista Florestal, vol X, nº1
Jan- Abr 1997.