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Título Original BACLE- Bateria de Avaliação de Pré-Competências para a aprendizagem da Leitura e

Escrita

Autor Rafael Silva Pereira

Co-autora Rita Moreira Rocha

Copyright 2012, Rafael Silva Pereira

Paginação e Capa Maria João Torgal

Impressão e Acabamento Sá Pinto Encadernadores - Viseu

ISBN: 978-989-97992-0-2

la edição outubro de 2012

Reservados todos os direitos Rafael Silva Pereira - testebacle@gmail.com rafaelsilvapereirapt@gmail.com

1
ÍNDICE

Prefácio Rafael Pereira 3

Prefácio Rita Rocha 4

Introdução 5

1- Leitura e Escrita 5

2- Pré-Competências da Leitura e da Escrita 7

3- Objetivos 8

4- Instrumentos de Recolha de Dados 8

5- Validação da BACLE 17

6- Conclusões 27
PREFÁCIO - RAFAEL SILVA PEREIRA

"O melhor investimento que um país pode fazer é nas suas crianças"
Carol Bellamy
Diretora da UNICEF
de 1995 a 2005

É para mim, Presidente da Associação Ester Janz, Instituição Particular de Solidariedade Social,
uma grande satisfação e uma honra prefaciar esta obra que disponibiliza um importante conjunto
de instrumentos para a avaliação das dificuldades de aprendizagem da leitura e escrita em
Crianças no final do Pré-Escolar.

Este instrumento de avaliação intitulado BACLE - Bateria de Avaliação de pré Competências de


Leitura e Escrita, da autoria de Rafael Silva Pereira e Rita Rocha, proporciona ferramentas ao
nível da avaliação das habilidades básicas para desenvolver competências de leitura (entre as
quais se encontram a maturidade percetiva, o esquema corporal, o desenvolvimento motor e a
linguagem onde se insere a consciência fonológica), possibilitando a intervenção precoce nesses
domínios, apropriando o ensino às dificuldades das Crianças, treinando-as, procurando contribuir
para o seu bom desempenho escolar e para a sua felicidade, reduzindo a incidência futura de
problemas do foro cognitivo, emocional e mesmo social.

Este livro que agora se publica inscreve-se no percurso académico e profissional de Rafael Silva
Pereira que se tem dedicado ao estudo das dificuldades específicas de aprendizagem e da
importância da preparação do cérebro para a dinâmica da leitura e da escrita.

o lançamento deste livro ocorre no ano da celebração do 30.0 aniversário da Associação Ester
Janz, uma Escola fundada em 1982, por um conjunto de pessoas com sentido humanitário e
espírito voluntário.

Inspirada no lema "Ensinar com Amor * Elevar o Civismo * Elevar a Cultura * Para fazer Crescer
para um Mundo Melhor", assente na experiência comprovada e no conhecimento, e na abertura à
inovação e melhoria contínua da qualidade do nosso serviço, a Associação Ester Janz procura
contribuir para o desenvolvimento integral das Crianças que lhe são confiadas.

É nosso firme propósito, oferecer às Crianças um ensino de excelência e um clima ideal para a
promoção das suas aprendizagens, através da aquisição de competências ao nível cognitivo,
relacional, social, emocional, físico e cultural, bem como desenvolver o seu espírito de
solidariedade, civismo e a sua autonomia, visando o seu crescimento feliz e harmonioso.

Nesse âmbito, cientes da nossa responsabilidade nas fases fundamentais que são as da educação
pré-escolar e básica das nossas Crianças, é com entusiasmo que acarinhamos e incentivamos o
desenvolvimento de instrumentos com o ora proposto por Rafael Silva Pereira e Rita Rocha, tendo
atualmente a Associação o privilégio de contar com o primeiro, na sua equipa, como seu Diretor
Pedagógico. Cumpre aqui, brevemente, destacar o seu empenho e dedicação em prol da
promoção do sucesso do processo educativo das Crianças, seja enquanto diretor, docente ou
psicopedagogo, seja na sua atividade profissional diária e o contagiante entusiasmo e dinamismo
que imprime em tudo o que nesse domínio faz.

Sendo a leitura uma componente essencial da aprendizagem das Crianças, condicionando o seu
desenvolvimento integral, revela-se crucial identificar precocemente e intervir junto daquelas que
apresentam maiores dificuldades neste domínio. A BACLE constitui um valioso contributo para
essa finalidade, criando assim condições para que as Crianças possam usufruir de um percurso
escolar mais tranquilo e feliz, com o intuito de as "fazer Crescer para um Mundo Melhor".

Teresa Janz Guerra - Presidente da Associação Ester Janz

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PREFÁCIO - RITA ROCHA

Foram várias as nossas conversas, umas ocasionais outras não, que terminaram em tertúlias sobre
tantos assuntos, incluindo educação, educar, criar, numa incansável partilha de ideias, muitas
vezes diferentes, mas que tinham sempre o desejo comum de encontrar algo melhor.

Assim, em nome da nossa amizade e, em segundo, pelos momentos de intensa partilha de ideias,
foi com enorme satisfação que aceitei o convite, que tanto me honra, para prefaciar este feito.

Descrever o trabalho da Rita, e em particular este livro, tem obrigatoriamente de passar por duas
palavras: sobriedade e paixão.

É nestas duas palavras que encontramos o que a Rita sempre deixou transparecer dos momentos
em que as palavras e os atos "fugiam" para este objetivo, este desafio. Sobriedade pelo empenho
e respeito que põe em todos os seus compromissos. Paixão por "algo" que tornou esta obra uma
realidade: a sua paixão por lecionar, por um ensino melhor.

Foi o passado que determinou o presente; é o presente que definirá o futuro; o futuro são sempre
as nossas crianças. Esta é a máxima, mais máxima, que já recolhemos e que se deve perpetuar
nos tempos e trespassar as mentes. É da vontade de agir em prol do outro que a sociedade evolui.
Na mesma lógica, a escola do amanhã dependerá da escola de hoje.

A obra que podemos encontrar nestas páginas enquadra-se na problemática que envolve a
aquisição de competências da leitura e da escrita à luz do contributo da Neurociência. Ou seja, da
estreita relação entre o cérebro humano e a aprendizagem da leitura e escrita.

Alguns alunos, mesmo com muito esforço, não conseguem vencer as dificuldades. Porquê? Como
detetar essas dificuldades? Na Bateria de Avaliação de Competências Iniciais para a Leitura e
Escrita encontraremos as respostas.

Nascida da preocupação dos autores quanto à temática, esta afigura-se como um instrumento
inovador de diagnóstico e avaliação de pré competências fundamentais para a aquisição da leitura
e escrita no 1° ano de escolaridade.

O vasto número e a adequação dos exercícios didáticos sugeridos permitirão avaliar e


posteriormente reeducar o cérebro da criança nas diferentes áreas de interesse nas quais se
verifiquem dificuldades: maturidade percetiva (auditiva, visual, dominância lateral e
reconhecimento da dominância lateral); esquema corporal/orientação espacio-temporal
(identificação em si, a identificação no outro e posição no espaço gráfico);o desenvolvimento motor
(motricidade fina) e linguagem oral (compreensão oral, consciência fonológica e expressão oral).

Deste modo, todos sairão a ganhar. Ver-se-a evitado o fracasso escolar e pessoal de inúmeras
crianças, encontrar-se-á a felicidade dos seus pais e da sociedade e será bem visível o brilhozinho
nos olhos de profissionais como tu. Acredito também que essa sensação vencedora será
encontrada por todos os que percorrerão as páginas deste livro.
Desde ontem, hoje, e para o amanhã, agir é bom.

"Quando a árvore é pequena, o jardineiro orienta-a como quer. Mas quando a árvore
cresceu, já não pode reorientar as suas curvas e sinuosidades. "
Abu Shakur
Roque Teixeira

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INTRODUÇÃO

À luz dos referenciais teóricos, verificamos que nos últimos anos em Portugal têm nascido alguns

trabalhos no que respeita a instrumentos de avaliação e diagnóstico de problemas de leitura e

escrita. São instrumentos preconizados no contexto da intervenção precoce e focados na avaliação

das áreas básicas desenvolvi mentais para o êxito da aprendizagem da leitura e escrita.

Constatamos, também, que são escassos os instrumentos validados na literatura portuguesa para

avaliar, em conjunto, as pré-competências leitoras e escritoras essenciais antes para o início da

aprendizagem formal, que coloquem as crianças num determinado nível de desempenho neuro-

cognitivo e psicomotor e que possibilitem uma avaliação e intervenção eficazes.

Ao que tudo indica, constatamos que grande parte desses instrumentos contemplam apenas a

habilidade da leitura nos domínios da linguagem e consciência fonológica, em detrimento de outras

competências como a escrita.

Neste sentido, é nossa pretensão dar um contributo nesta temática com a elaboração de uma

bateria de avaliação de pré-competências para o início da aprendizagem da leitura e da


escrita tendo em conta a nossa experiência profissional e os conhecimentos adquiridos.

Foi desta forma que surgiu a BACLE - Bateria de Avaliação de Pré-Competências da Leitura e da

Escrita

1- LEITURA E ESCRITA

Não podemos apresentar um instrumento de avaliação no âmbito da leitura e escrita sem

esclarecermos o seu enquadramento terminológico e pedagógico. As dificuldades de linguagem

recetiva (leitura) e expressiva (escrita) vêm sendo amplamente abordadas por professores, entre

outros profissionais, no contexto da aprendizagem.

A leitura e a escrita são as formas de linguagem mais avaliadas no 10 Ciclo do Ensino Básico

segundo Velasquez (2004), pois é quando a criança inicia estes processos. A aquisição da leitura e

da escrita implicam um duplo sistema simbólico, permitindo reproduzir um equivalente visual num

equivalente auditivo (Capovilla, 2000).

É sabido que as Dificuldades de Aprendizagem no 10 Ciclo do Ensino Básico provêm essencialmente

das Dificuldades de Aprendizagem no Ensino/Aprendizagem da Leitura, sendo esperado que no

final do 10 ano os alunos tenham adquirido uma consciência fonológica, um domínio do princípio

alfabético e a fluência leitora da Língua Portuguesa.

Fonseca (2004) e Velasquez (2004) explicam que ler é resultado de um sistema complexo em

que os elementos cognitivos interagem, envolvendo diversos sistemas funcionais neurológica e

psicologicamente integrados. Explica que os processos cognitivos envolvidos na leitura passam

pela identificação visuo-auditiva e tátilo-quinestésica, pela descodificação de palavras, pela

integração visuo-auditiva, por sistemas de análise e síntese, pelo conhecimento do código escrito

5
~- e-sã grafema-fonema), pela apropriação do léxico visual, pela aquisição de conhecimentos

-::e cais e linguísticos e pela construção de significações englobando a compreensão.

e rabalhos teórico-práticos relacionados com a aprendizagem inicial da leitura mostra-

-ê ação íntima entre o domínio da escrita com o desenvolvimento da linguagem oral, a

e e reflexão sobre a estrutura e funcionamento da língua (consciência fonológica, lexical

J e o contacto com ferramentas de leitura antes da entrada para o ensino formal (Sim-

a a, 1997) e (Velasquez, 2004).

sempre o processo de aquisição da leitura é fácil para a criança. Os processos de

= _c e escrita pressupõem aptidões complexas, exigindo que a criança opere em diversos níveis

== c resentação, inclusiva mente a nível motor. Compreende a capacidade de efetuar

-""'"'ES ências entre fonemas e grafemas; a consciência sintática exige a habilidade de operar

-=~:c e te sobre os mecanismos responsáveis pela representação das palavras e a consciência

--- - exige a habilidade de manipular a linguagem falada, fonemas e palavras.

ma boa descodificação não é sinónimo de compreensão, sendo que as dificuldades na

ão muitas vezes não são oriundas do âmbito das palavras, mas do âmbito de orações e

_= -- ~';:! ração da informação das orações.

ro lado, a escrita é um processo bastante complexo, envolvendo habilidades diferentes da

e- ra através da representação cognitiva. A criança começa por fazer o reconhecimento das

a ras, depois a atribuição do significado, com o objetivo de ser ativada a forma ortográfica das

s e os seus processos motores.

2 07) refere que a perceção dos sinais gráficos implica várias operações sucessivas, tais

tentar os olhos para os diferentes pontos do texto a processar, ou seja, fazer movimentos

ares. De imediato realiza-se uma análise visual e a extração de informação relacionados com a

+-e ârta icónica e de trabalho, onde as atividades de reconhecimento e análise linguística

Melhor dizendo, dá-se a análise visual da palavra mediante competências como a

irninação e a diferenciação. Depois de identificadas as letras que formam a palavra, procede-

se à recuperação do seu significado. À procura e recuperação de significado das palavras no léxico

in emo atribui-se a designação de dimensão léxica.

A compreensão, sendo um elemento fundamental da leitura, permite "corresponder ao sentido

semântico e cognitivo atribuído ao material escrito" (Marcelino, 2008, p. 27).

Contudo, importa perceber de que" forma o nosso cérebro se encontra preparado no decorrer de

todo este processo para que exista uma real apropriação da leitura e da escrita; no fundo,

perceber se o cérebro utiliza na etapa em que a escola exige à criança esta apropriação, os

mecanismos neurológicos subjacentes à descodificação e à compreensão. É na região inferior


frontal, correspondente à linguagem oral, onde se processa a articulação das palavras e o início da

análise de fonemas. A região parietal-temporal é responsável pela análise das palavras onde se

efetua o processamento visual das letras, a correspondência grafo-fonética, a segmentação e fusão

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silábica e fonética e a região occipital-temporal tem como função o reconhedmento visual das

palavras, responsável pela leitura rápida e automática.

Os bons leitores utilizam este percurso rápido e automático para ler as palavras. Ativam

intensamente os sistemas neurológicos que envolvem a região parietal-temporal e a occipital-

temporal conseguindo ler as palavras instantaneamente" (Pereira, 2011, p. 25).

A elaboração da BACLE tem exatamente este pressuposto: o de permitir a todos os profissionais

perceberem até que ponto a maturidade cerebral do aluno já se desenvolveu, adquirindo facilidade

em áreas como a da maturidade percetiva, a memória, a motricidade, o esquema corporal, a

compreensão oral e a consciência fonológica, tão necessárias à aprendizagem da leitura e escrita;

facilitando desta forma uma intervenção precoce.

2- PRÉ-COMPETÊNCIAS DA LEITURA E ESCRITA

Antes de aprender a ler e a escrever, existem um conjunto de pré requisitos que a criança deve

desenvolver para a proficiência da leitura e da escrita. De forma não exaustiva avalia-se aqui quais

são esses pré-requisitos e a forma como se desenvolvem na criança, tendo em atenção que o

conhecimento do corpo é o sustentáculo do conhecimento do cérebro, motivados pelo esteio

neurológico, em que os hemisférios cerebrais comunicam entre si, deslindando uma assimilação

psicomotora funcional.

Vários são os estudos que demonstram que as competências pré leitoras promovem e facilitam o

desenvolvimento académico do aluno.

A criança deverá ter desenvolvidas uma série de competências fundamentais para a aquisição da

leitura e escrita (Marcelino, 2008).

Deste modo, o educador/professor tem como missão encorajar e motivar a emergência de

comportamentos de leitura e escrita. Deverá organizar ambientes educativos que despertem

curiosidade e empenhamento por parte da criança. Para isso, é fundamental formar educadores

que entendam que a leitura e a escrita são processos a serem iniciados mas não adquiridos no Pré-

Escolar e que o 10 ciclo terá na sua função uma diferenciada e mais formal intervenção.

Acreditamos que a aprendizagem da leitura só se pode produzir com êxito mediante a intervenção

em diversas áreas, estimulando as capacidades das crianças.

Por razões comprovadamente científicas e de funcionamento cerebral, com as devidas exceções, o

aluno só alcança uma maturidade plena em algumas áreas facilitadoras da aprendizagem formal da

leitura e escrita quando tem aproximadamente 6 anos de idade.

O sujeito cerebral (entenda-se por aprendente) quando inicia o processo da leitura e da escrita, e

de acordo com a sua maturidade cerebral, ou seja, por volta dos 6 anos, com o ingresso no 10 ano

do 10 Ciclo do Ensino Básico, deverá reunir certos requisitos fundamentais que passamos a

descrever na apresentação da BACLE.

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3- OBJETIVOS

Partindo da premissa que deu ímpeto à elaboração da BACLE, na medida em que a aplicação de
provas de avaliação de pré competências de leitura e escrita é importante para avaliar pré-
competências influenciando o fracasso ou sucesso escolar, estabelecemos os seguintes objetivos
essenciais na aplicação deste instrumento de avaliação:

i - Avaliar pré competências de leitura e escrita em crianças do Pré-Escolar a iniciar o 10


ano de escolaridade ou com dificuldades de aprendizagem.

ii - Identificar o estádio de desenvolvimento das crianças ao nível das pré competências


adquiridas para início de leitura e escrita.

iii - Validar um instrumento prático no âmbito da avaliação de pré competências para


início de leitura e escrita.

4- INSTRUMENTOS DE RECOLHA DE DADOS

Aplicamos a BACLE - Bateria de Avaliação de pré-Competências para início da


Aprendizagem da Leitura e Escrita, o instrumento por nós elaborado, no sentido de avaliar pré-
competências de leitura e escrita.

Técnicas de recolha de dados


Foi usada a entrevista individual aquando a aplicação da BACLE mediante observação direta,
controlada e participante, tendo sido aplicada por nós, os próprios investigadores.

Foi seguido escrupulosamente o código deontológico e foram solicitadas as devidas autorizações.

Amostra

Recorremos a uma amostra interna de um sub conjunto de uma população, selecionada em


função de critérios considerados pertinentes por nós investigadores, tendo em conta os objetivos
delineados. Dentro da amostragem possível, foi utilizada uma amostra não probabilística.

Selecionamos uma população enquadrada na transição do Pré-Escolar para o 10 ano do 10 CEB


para avaliar se as crianças reuniam as pré competências necessárias para iniciar o ensino formal e
consequentemente o processo de leitura e escrita.

A população de referência para o estudo é composta por quatro turmas constituídas por crianças
com idades compreendidas entre os 5 e os 6 anos de idade, de dois estabelecimentos escolares do
Ensino Pré-Escolar. No quadro 1 caraterizam-se os participantes.

8
5 anos 6 anos
Total
Masculino Feminino Masculino Feminino

I Alunos 16 16 15 17 64

Quadro 1 - Caraterização dos participantes por grupo etário e sexo.

No quadro apresentado, verificamos que o grupo de crianças, num total de 64 elementos, 31

pertencem ao sexo masculino e 33 ao sexo feminino. O número de crianças do sexo masculino de

5 anos de idade (16) é igual ao número do sexo feminino (16). Por sua vez, o número de

elementos do sexo masculino de 6 anos de idade (15) é ligeiramente inferior ao número de

elementos do sexo feminino (17).

Na amostra fizemos corresponder cada elemento a um número, seguindo a ordenação árabe, de 1

a 64, categorizados em função do grupo etário: grupo 1 - 5 anos e grupo 2 - 6 anos.

Procedimentos

Para assegurar a validação, aplicamos numa primeira fase, na fase de pré validação, 32 baterias de

avaliação de pré competências para o início da aprendizagem da leitura e escrita a crianças do Pré-

Escolar.

Após a recolha dos dados e conforme observação direta comportamental e social, verificou-se a

necessidade de reajustar a estrutura da bateria de avaliação no sentido de a validar por completo,

tornando-a num instrumento de aplicação direta, no futuro, por parte de todos os profissionais que

trabalham com a criança.

Verificamos que o ponto 4, referente à Linguagem, não dispunha do número suficiente de tarefas

no campo da consciência fonológica para avaliar a capacidade da criança de manipular os

elementos sonoros das palavras orais, determinante na aprendizagem da leitura e da escrita.

Reformularam-se duas questões, uma vez que uma parte significativa da amostra não

compreendeu alguns dos termos usados, influenciando negativamente as respostas dadas: na área

da Linguagem - alínea a) - Compreensão oral - ii - a questão «Quem são as personagens da

história?» deu lugar a «Quais são os animais que participam na história?»

Numa segunda fase, alterada a BACLE e reunidas as condições físicas e ambientais, aplicamos a

BACLE a 64 crianças de acordo com a amostra apresentada no Quadro 1, administrando-a

individualmente às 64 crianças durante cerca de sessenta minutos em cada avaliação. Foi

apresentada às crianças como um jogo de variadas atividades lúdicas e divertidas, em que a

criança respondeu e executou as tarefas propostas por nós. As respostas e dados relevantes foram

registados após cada resposta e de acordo com a escala de pontuação estabelecida no caderno de

aplicação e protocolo de respostas. Em momento oportuno, registamos os resultados obtidos

'no caderno de respostas da BACLE.

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Descricão da BACLE

A BACLE é uma bateria de testes para avaliar pré competências para início de leitura e escrita.
Envolve a avaliação de diversos processos e suas respetivas áreas comprovadas por vários
especialistas, tais como Pereira (2011), Fonseca (1999) e Serra et. alo, (2005). Os autores
preconizam que a avaliação deve avaliar as principais áreas e sub áreas neuropsicológicas
implicadas na aprendizagem: a linguagem (oral), a perceção visual e auditiva, a lateralidade,
psicomotricidade, funcionamento neurológico e cognitivo, memória, funcionamento psicolinguístico,
consciência fonológica e motricidade.

A BACLE permite assim avaliar a perceção, a produção, a retenção e a simbolização segundo


indícios de pré linguagem, pré leitura e pré escrita.

Em primeiro lugar, a BACLE apresenta um conjunto de exercícios relativos à Maturidade Percetiva


subdividida em perceção Auditiva; Visual; Dominância Lateral e Reconhecimento da Dominância
Lateral. Depois aborda o Esquema Corporal/Orientação Espacio-Temporal incluindo a Identificação
em si, a Identificação no outro e a Posição no espaço gráfico. Seguidamente, o Desenvolvimento
Motor e Motricidade Fina e, por último, a Linguagem Oral subdividida em Compreensão Oral,
Consciência Fonológica e Expressão oral.

Reúne um vasto conjunto de atividades adequadas a cada uma das áreas e sub áreas básicas
desenvolvi mentais indispensáveis na avaliação de pré competências de leitura e escrita, que
passamos a descrever item a item:

1. MATURIDADE PERCETIVA

A primeira área de avaliação da BACLE é a Maturidade Percetiva, incluindo quatro sub áreas:
Auditiva, Visual, Dominância lateral e Reconhecimento da dominância lateral.

a) Auditiva

Quanto à perceção auditiva, é proposto um conjunto de cinco tarefas estruturadas, tendo em vista
a identificação da habilidade percetiva auditiva que pressupõe a capacidade do cérebro adquirir
informação sensorial (Rebelo, 1993).

i. Na primeira tarefa privilegia-se a retenção, emissão e reprodução auditiva. A criança terá


que repetir quatro sequências de vocábulos pela ordem proposta.

ii. Possibilita a avaliação da memória de estímulos sonoros. A criança repete as duas frases
apresentadas.

iii. Avalia-se a capacidade de diferenciação entre pares de fonemasjpalavras.

iv. Pretende-se identificar a capacidade auditiva de reconhecimento através de três


exercícios de identificação de sons onomatopaicos.

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v. Apela-se à organização de cadências rítmicas e de memória auditiva. Apresenta-se uma

composição de quatro exercícios de batimentos.

b)Visual

A perceção visual contém um conjunto de cinco tarefas organizadas, no sentido de avaliar os

estímulos visuais da criança. A perceção visual é um processo cognitivo relacionado com a

competência de diferenciação e estruturação das informações visuais do meio envolvente (Fonseca

et. al., 1994).

i. É solicitada a identificação de objetos num suporte visual, para avaliar a capacidade de

reprodução de estímulos visuais simbólicos e de cronologia dinâmica.

ii. Apresenta-se uma sequência de grandeza desordenada do menor para o maior, com o

propósito de identificar a capacidade de consciência visual, espacial e de ordem.

iii. Apela-se à identificação de semelhanças e diferenças com base num suporte visual de

duas imagens, para apurar a capacidade de discriminação e reconhecimento visual.

iv. Solicita-se a observação de uma sequência de objetos que, depois de retirada, a criança

deverá evocar pela ordem que lhe foi apresentada. Considera-se aqui a capacidade de retenção e

memória visual sob forma de pré escrita.

v. Avaliam-se as capacidades de identificação e diferenciação visual, através da pintura de

um desenho.

c) Dominância lateral

A dominância lateral possui um grupo de três conjuntos de atividades que obrigam à organização
intersensorial. Dizem respeito à consciência integrada de ambos os lados do corpo, da orientação

relativamente aos objetos, imagens e símbolos. É fundamental identificar e reconhecer a

dominância lateral manual, pedal, ocular e auditiva em si mesmo, no outro e no espaço gráfico

(Serra, 2008a).

i. A atividade compõe exercícios de equilíbrio e movimento associados à noção de linha


média do corpo e identificação e orientação postural de si próprio no espaço. Avalia-se a

dominância hemisférica cerebral da criança.

ii. Pressupõe-se o seguimento de instruções, colocando a criança em situações de domínio

lateral relativamente ao espaço físico, ao outro e a objetos.

iii.Solicita-se a execução de quatro grupos de atividades de identificação da dominância

lateral manual, pedal, ocular e auditiva da criança.

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d) Reconhecimento da dominância lateral

No Reconhecimento da dominância lateral é solicitada a execução de três conjuntos de atividades

distintas de organização e de reconhecimento da dominância lateral em si mesmo, no outro e no

espaço gráfico (Serra, 2008a).

i. Avalia-se o reconhecimento da dominância lateral em si mesmo (direita/esquerda) e a

relação visuo-espacial através da concretização de cinco tarefas. Este domínio é fundamental para

a a uisição da leitura e escrita.

ii. es ina-se à avaliação da dominância lateral no outro através de um grupo de quatro

efas.

iii. Um conjunto de três instruções para identificar o reconhecimento da dominância lateral

no espaço gráfico, tendo por base um suporte visual.

1. ESQUEMA CORPORAL/ORIENTAÇÃO ESPACIO-TEMPORAL

o Esquema corporal/Orientação espacio-temporal ocupa um espaço com quatro conjuntos de

atividades referentes à Identificação em si, Identificação no outro e Identificação no espaço

gráfico.

a) Identificação em si

Encontra-se um exercício com quatro itens. A consciência do próprio corpo significa desenvolver a

representação mental de si mesmo como pessoa e com o mundo exterior. Essa consciência localiza

a criança no espaço e no tempo, permitindo uma estruturação espacio-temporal adequada (Serra,

2008b).

i. Avalia-se a consciência e identificação da criança sobre si mesma. Este item compreende

quatro tarefas nas quais a criança nomeia em si própria partes do seu corpo.

b) Identificação no outro

Engloba o exercício de três tarefas. Tal como na identificação em si próprio, o processo de

identificação no outro depende da relação entre o desenvolvimento cognitivo e a perceção. Tem

por base a capacidade de discriminar as partes do corpo com precisão e de suportar ativamente os

gestos que o corpo executa sobre si e sobre o outro (Serra, 2008b).

i. Apresenta exercícios nos quais a criança nomeia no outro partes do corpo do avaliador.

Avalia-se a capacidade de identificar e nomear as partes do corpo do outro.

ii. A criança desenha as partes do corpo em falta em cada uma das imagens, com o

propósito de avaliar a representação que tem sobre a figura humana do outro.

iii. Trata-se de estimar a consciência e perceção global de si própria no espaço. É solicitada à


criança a representação de si no espaço.

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c) Posição no espaço gráfico

Composto por quatro exercícios, analisa-se a orientação da criança no espaço e a forma como ela

situa umas coisas em relação às outras (Rangel, 2005).

i. A criança tem como tarefa encontrar o caminho correto num labirinto, de forma a testar a

capacidade de orientação espacio-temporal.

ii. É pedido que complete uma simetria, no sentido de atestar a estrutura e noção espacio-

matara.

iii. Apresenta-se uma tarefa de completamento de uma sequência, para avaliar a capacidade

cognitiva de reconhecimento, perceção visual e sequencialização espacial.

iv. A criança copia um quadrado e um triângulo no espaço destacado, para examinar a noção

de posicionamento no espaço, de reprodução visual e espacial.

2. DESENVOLVIMENTO MOTOR

A área do desenvolvimento motor contém um grupo de cinco produções respeitantes à Motricidade

fina.

a) Motricidade fina

A motricidade nasce da ação do sistema nervoso relativamente aos músculos em resposta aos

estímulos sensoriais. Obriga à precisão de movimentos em atividades complexas de controlo e

destreza. As tarefas psicomotoras viabilizam a tomada de consciência do esquema corporal,

espacio-temporal, da lateral idade, memória e atenção (Rebelo, 1993).

i. Esta atividade consiste na realização de um percurso, de um extremo ao outro, sem

tocar nas margens laterais do percurso nem levantar o lápis, tendo como objetivo avaliar a

capacidade de produzir movimentos finos e de preensão do lápis.

ii. A criança pinta e contorna um desenho. Pretende-se avaliar a capacidade de executar

de forma carreta e com precisão os movimentos realizados, a destreza e manipulação do lápis.

iii. A tarefa requer que a criança rasgue pedaços de papel e que os cole de forma a revestir

a pera, com o intuito de avaliar a destreza manual e o controlo motor.

iv. É solicitado que corte com tesoura pelas linhas indicadas na imagem, para analisar a

capacidade de realizar movimentos de controlo e destreza manual.

v. É sugerida a execução de dois grafismos, para avaliar a capacidade de realização de

movimentos finos, de destreza, precisão, de orientação matara, ou seja, da componente grafo-

matara da escrita, da pressão do traço e manipulação do lápis.

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3. LI GUAGE

A Linguagem oral apresenta três grandes grupos de exercícios para a criança realizar nas sub
áreas: Compreensão oral, Consciência fonológica e Expressão oral.

a) Compreensão oral

A linguagem oral compõe um grupo de duas tarefas. Engloba um sistema de signos que acarreta
estruturas complexas relativas aos órgãos dos sentidos: visão, audição e tato. A compreensão oral
assenta na compreensão auditiva, na compreensão do significado da palavra e na retenção da
informação, sendo crucial para a compreensão, descodificação e manipulação dos sons da fala
(Sim-Sim, 1998).

Acrescenta-se que a compreensão oral envolve a receção e a decifração de determinada


mensagem através do conhecimento organizado na memória, implicando a atenção ao discurso e a
seleção do essencial dessa mesma mensagem (Pereira, 2011).

i. É proposto à criança o seguimento de quatro instruções, para avaliar a capacidade


auditiva, de compreensão, retenção da informação e a capacidade de seguir instruções.

ii. O avaliador lê um pequeno texto e a criança responde a questões de compreensão oral.


O objetivo prende-se com a avaliação de capacidades como: a atenção, a memória, compreensão
da mensagem, retenção das informações e o interesse em ouvir histórias.

b) Consciência fonológica

Formada por cinco grupos de exercícios, inclui as sub áreas das Rimas com três tarefas; da
Compreensão e descodificação com uma tarefa; Classificação da sílaba e fonema iniciais com três;
Manipulação da sílaba inicial com uma tarefa e por último a Segmentação das sílabas incluindo
uma tarefa.

Segundo Pereira (2011), baseado em Lilian Nascimento, a consciência fonológica consiste na


capacidade metalinguística da apreensão da consciência das particularidades e caraterísticas
formais da linguagem segundo dois níveis: por um lado, a criança toma consciência de que a
língua oral se segmenta em diferentes unidades, podendo a frase segmentar-se em palavras, por
sua vez as palavras em sílabas e as sílabas em fonemas; ao mesmo tempo, a criança toma
consciência de que essas unidades se repetem em diferentes palavras faladas.

i.É pedido à criança para juntar os pares de palavras cujos nomes rimam, para avaliar a
capacidade de identificar a rima.

ii. Pretende-se analisar a capacidade de identificação de rimas através dos pares de palavras
ouvidas.

iii. Neste caso, é a própria criança que lê e identifica os pares de palavras, para avaliar a
capacidade de identificação e reconhecimento de rimas.

14
aferir os processos cogni 'vos de compreensão e de descodificação da

palavra.

v. Está em causa a capacidade para identificar e classificar sílabas iniciais iguais em palavras

diferentes.

vi. Para avaliar a capacidade de identificar e classificar fonemas iniciais iguais em palavras

diferentes.

vii. Aferir a capacidade de identificação e classificação de fonemas iniciais iguais em palavras

diferentes.

viii. Deseja-se avaliar a capacidade da criança manipular os sons das palavras, da sílaba

inicial.

ix. Deseja-se avaliar a capacidade de segmentação das sílabas da palavra.

c) Expressão oral

A Expressão oral agrega cinco grupos de exercícios. Como vimos anteriormente, a consciência

fonológica permite revelar as diferentes formas de expressão oral (Pereira, 2011).

i.Pretende-se analisar a capacidade de memória espacio-temporal e construção frásica.

ii. No sentido de avaliar a perceção visual e consequentes representação/expressão verbal.

iii. Para avaliar a capacidade da criança expressar oralmente a consciência que possui sobre

os elementos fundamentais e estruturação de uma frase.

iv, Com o propósito de analisar a consciência que possui da manipulação da significação de

elementos no contexto de uma frase.

v. O exercício tem como objetivos: avaliar a noção cronológica espacio-temporal

relativamente aos diferentes momentos da sequência de acontecimentos, o raciocínio, a

interpretação (da relação causa-efeito da narrativa: situação inicial - acontecimento - nova

situação) bem como a construção frásica e a amplidão do campo lexical.

Apesar deste instrumento ter como finalidade uma avaliação global de pré-competências
que se interligam umas com as outras, podemos avaliar apenas as áreas consideradas
emergentes ou fracas de acordo com os objetivos da avaliação.

Ressalva-se que perante o diagnóstico de debilidades numa ou mais aptidões, será necessário ter

em conta se a criança revela dificuldades em determinada tarefa e não persistir na execução de

tarefas da mesma ordem. Da mesma forma, o avaliador deverá explicitar e/ou reformular as

questões apresentadas à criança quando se verificar a incompreensão das mesmas.

A BACLE deverá ser interpretada como um instrumento de avaliação em que a identificação de um

dado grupo de comportamentos será indicativo de dificuldades ao nível da aprendizagem da leitura

15
e da escrita. A sua dimensão e particularidades possibilitam avaliar com confiança o estádio da
criança.

A sua aplicação é individual com um tempo médio de duração de sessenta minutos, dependendo do
ritmo e recetividade da criança. Apresenta um leque de atividades que o avaliador solicita à criança
e que regista após a resposta e de acordo com a escala de pontuação definida. O examinador
deverá certificar-se de que o momento de aplicação da bateria reúne as condições físicas e
ambientais necessárias para a sua aplicação.

B C E compreende um caderno de aplicação, um protocolo de respostas que o avaliador


utiliza para os cálculos finais e um caderno de respostas onde regista as respostas e pontuações
obtidas em cada tarefa, um conjunto de cartões onde o aluno realiza as tarefas propostas, e um
caderno de validação onde se encontram os dados que permitiram a sua validação e a tabela
de percentis. Cada percentil encontra-se categorizado com um texto descritivo de qualidade e de
acordo com as áreas e sub áreas avaliadas, por forma a ajudar o examinador a contextualizar os
aspetos mais relevantes considerados na avaliação.

Cotação

A BACLE é constituída por um total de 94 exercícios no conjunto das quatro áreas


desenvolvimentais, sendo a pontuação máxima de 188 pontos, uma vez que a cada resposta
correta correspondem 2 pontos.

A pontuação (P) para cada resposta é determinada de acordo com a nomenclatura:

- resposta correta - 2 (P); - resposta parcialmente correta - 1 (P); - resposta errada/ não
responde/ apenas responde a menos de metade - O (P).

Numa escala de O a 100, os percentis poderão variar entre 0-45.4/ 45.5-55.4/ 55.5-65.4/ 65.5-
75.4/ 75.5-85.4/ 85.5-95.4/ 95.5-100 de acordo com a pontuação obtida, sendo que a pontuação
máxima possível em cada área e sub área de desenvolvimento varia mediante o número de tarefas
contidas:

1. MATURIDADE PERCETIVA (MP) - 76 (P)

a) Auditiva - 9 exercícios/18 (P)


b) Visual - 8 exercícios/16 (P)
c) Dominância lateral - 15 exercícios/3D (P)
d) Reconhecimento da dominância lateral - 6 exercícios/12 (P)

2. ESQUEMA CORPORAL/ORIENTAÇÃO ESPACIO-TEMPORAL (EQjOET) - 34 (P)


a) Identificação em si - 4 exercícios/8 (P)
b) Identificação no outro - 8 exercícios/16 (P)
c) Posição no espaço gráfico - 5 exercicíos/aü (P)

3. DESENVOLVIMENTO MOTOR (DM)/14 (P)


a) Motricidade fina - 7 exercícios/14 (P)

16
)

a) Compreensão oral - 10 exercícios/20 (P)

b) Consciência fonológica - 13 exercícios/26 (P)

c) Expressão oral - 9 exercícios/18 (P)

A cotaçãojpercentis são obtidos através da soma dos pontos de cada áreajsub área de

desenvolvimento. O número obtido é multiplicado por 100 e o produto dividido pelo total máximo

possível nessa áreajsub área. Ou seja:

Resultado final = (número de pontos obtidos na áreajsub área x 100) j (total máximo da

áreajsub área)

Exemplo para o cálculo do percentil da Maturidade Percetiva e respetivas sub áreas

Valor Exemplo Cálculo Percentil


máximo do valor
possível obtido
AREA
Maturidade Percetiva 76 53 53xl00/76 69.7
SUB AREA
Auditiva 18 7 7xl00/18= 38
Visual 16 10 10xl00/16= 62.5
Dominância Lateral 30 26 26xl00/30= 86.6
Reconhecimento da 12 10 10xl00/12= 83.3
Dominância lateral

Material

Para a administração da BACLE é necessário usar o caderno de aplicação e o caderno de respostas.

Para além disso, o aplicador deverá dispor de um gabinete com secretária e duas cadeiras e de

alguns objetos: um livro, borracha, canetas, lápis, lápis de cor, pedaço de papel de cor e tesoura.

5- VALIDAÇÃO DA BACLE

Apresentação e Discussão dos resultados

Apresentam-se de seguida os dados obtidos na BACLE, analisando os quadros e gráficos de

seguida apresentados.

17
Esquema Corporal I Desenvolvimento
I Maturidade Percetiva
Orte ntacâo gs oacto-Terrmore! Motor
linguagem

a),--"-=b'!")-+_C"')'---j-=d) l Sub total a) I b) ~ c) i Sub total a) J Sub..!otal a) b) L._C:L..I.sub total ~


wAluno
Idade Sexo 18 16 30 12-~ -8~~ioT 34 14 I 14 20 26! 18 i 64 188

Quadro 2 - Pontuação obtida em função do grupo etário e sexo.

o quadro 2 mostra-nos a pontuação geral obtida pelo número total de crianças, ou seja, pelas
crianças na faixa etária dos 5 anos de idade dos sexos masculino e feminino (32 elementos) e
pelas crianças na faixa etária dos 6 anos de idade dos sexos masculino e feminino (32
elementos), em cada área e respetivas sub áreas de desenvolvimento de pré competências de
leitura e escrita: Maturidade Percetiva -a) Auditiva, b) Visual, c) Dominância lateral e d)
Reconhecimento da dominância lateral; Esquema corporal/Orientação espacio-temporal a)
Identificação em si, b) Identificação no outro e c) Posição no espaço gráfico; Desenvolvimento
motor - a) Motricidade fina e Linguagem - a) Compreensão oral, b) Consciência fonológica e c)
Expressão oral.

18
Maturitlaclel'8tEtiY3 f:sqDeIaaCcIrJIaWI DeseII.ohÕIIieWtD Unguagem "
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luno Idade Sexo 8 16 10 34 14 . 100,0% 20, 26 : 18 j 64 !100,0% 188 1oo,O"Ai

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8 16 8 32 U
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29 5: Feminino
.......HH....+~~.~H." .._H.H.._H.... •.....5<l.;.~,~~..i6ii·T8.'i.i%··
30 5 15' 47.;!3!~~:~i!I~.!:~%~
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31 5 + .
............. 4 31' .~,.~~._ 100; 53.2%
32 5 12; 50 i 78.1%157183.5%·
Tota/médio 13,1: 16,5: 11,1: 40,75 : 53,7% 128 i ó8,1%
Tota/ médio 100% 65,5 j 53,5 !51,7 ! 53,5% ! 59,7%

Quadro 3 - Resultados do Grupo 1 em função do grupo etário e sexo.

No quadro 3 são apresentados os resultados do grupo de crianças na faixa etária dos 5 anos de

idade (32 elementos) em cada área e respetivas sub áreas de desenvolvimento de pré

competências de leitura e escrita: Maturidade Percetiva - a) Auditiva, b) Visual, c) Dominância

lateral e d) Reconhecimento da dominância lateral; Esquema corporal/Orientação espacio-temporal

- a) Identificação em si, b) Identificação no outro e c) Posição no espaço gráfico; Desenvolvimento

motor - a) Motricidade fina e Linguagem - a) Compreensão oral, b) Consciência fonológica e c)


Expressão oral.

Constatamos que o grupo atingiu um total médio de 69,7% no total das quatro áreas de

desenvolvimento.

A Maturidade percetiva obteve 63,2%, sendo a alínea b) Visual a sub área que obteve maior

percentagem com 74,4% e a alínea d) Reconhecimento da dominância lateral a que obteve menor

percentagem com 46,6%.

Relativamente ao Esquema corporal/Orientação espacio-temporal, mostrou-se a área em que as

crianças obtiveram melhores resultados com uma média de 84,1 %, sendo a alínea a) Identificação

em si a sub área que obteve resultados mais elevados com um total de 91,4% e a alínea c)

Reconhecimento da dominância lateral a que atingiu resultados mais baixos com 74,1%.

O Desenvolvimento motor, alínea a) Motricidade fina, representa 67,9%.

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