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Escrita
ISBN: 978-989-97992-0-2
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ÍNDICE
Introdução 5
1- Leitura e Escrita 5
3- Objetivos 8
5- Validação da BACLE 17
6- Conclusões 27
PREFÁCIO - RAFAEL SILVA PEREIRA
"O melhor investimento que um país pode fazer é nas suas crianças"
Carol Bellamy
Diretora da UNICEF
de 1995 a 2005
É para mim, Presidente da Associação Ester Janz, Instituição Particular de Solidariedade Social,
uma grande satisfação e uma honra prefaciar esta obra que disponibiliza um importante conjunto
de instrumentos para a avaliação das dificuldades de aprendizagem da leitura e escrita em
Crianças no final do Pré-Escolar.
Este livro que agora se publica inscreve-se no percurso académico e profissional de Rafael Silva
Pereira que se tem dedicado ao estudo das dificuldades específicas de aprendizagem e da
importância da preparação do cérebro para a dinâmica da leitura e da escrita.
o lançamento deste livro ocorre no ano da celebração do 30.0 aniversário da Associação Ester
Janz, uma Escola fundada em 1982, por um conjunto de pessoas com sentido humanitário e
espírito voluntário.
Inspirada no lema "Ensinar com Amor * Elevar o Civismo * Elevar a Cultura * Para fazer Crescer
para um Mundo Melhor", assente na experiência comprovada e no conhecimento, e na abertura à
inovação e melhoria contínua da qualidade do nosso serviço, a Associação Ester Janz procura
contribuir para o desenvolvimento integral das Crianças que lhe são confiadas.
É nosso firme propósito, oferecer às Crianças um ensino de excelência e um clima ideal para a
promoção das suas aprendizagens, através da aquisição de competências ao nível cognitivo,
relacional, social, emocional, físico e cultural, bem como desenvolver o seu espírito de
solidariedade, civismo e a sua autonomia, visando o seu crescimento feliz e harmonioso.
Nesse âmbito, cientes da nossa responsabilidade nas fases fundamentais que são as da educação
pré-escolar e básica das nossas Crianças, é com entusiasmo que acarinhamos e incentivamos o
desenvolvimento de instrumentos com o ora proposto por Rafael Silva Pereira e Rita Rocha, tendo
atualmente a Associação o privilégio de contar com o primeiro, na sua equipa, como seu Diretor
Pedagógico. Cumpre aqui, brevemente, destacar o seu empenho e dedicação em prol da
promoção do sucesso do processo educativo das Crianças, seja enquanto diretor, docente ou
psicopedagogo, seja na sua atividade profissional diária e o contagiante entusiasmo e dinamismo
que imprime em tudo o que nesse domínio faz.
Sendo a leitura uma componente essencial da aprendizagem das Crianças, condicionando o seu
desenvolvimento integral, revela-se crucial identificar precocemente e intervir junto daquelas que
apresentam maiores dificuldades neste domínio. A BACLE constitui um valioso contributo para
essa finalidade, criando assim condições para que as Crianças possam usufruir de um percurso
escolar mais tranquilo e feliz, com o intuito de as "fazer Crescer para um Mundo Melhor".
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PREFÁCIO - RITA ROCHA
Foram várias as nossas conversas, umas ocasionais outras não, que terminaram em tertúlias sobre
tantos assuntos, incluindo educação, educar, criar, numa incansável partilha de ideias, muitas
vezes diferentes, mas que tinham sempre o desejo comum de encontrar algo melhor.
Assim, em nome da nossa amizade e, em segundo, pelos momentos de intensa partilha de ideias,
foi com enorme satisfação que aceitei o convite, que tanto me honra, para prefaciar este feito.
Descrever o trabalho da Rita, e em particular este livro, tem obrigatoriamente de passar por duas
palavras: sobriedade e paixão.
É nestas duas palavras que encontramos o que a Rita sempre deixou transparecer dos momentos
em que as palavras e os atos "fugiam" para este objetivo, este desafio. Sobriedade pelo empenho
e respeito que põe em todos os seus compromissos. Paixão por "algo" que tornou esta obra uma
realidade: a sua paixão por lecionar, por um ensino melhor.
Foi o passado que determinou o presente; é o presente que definirá o futuro; o futuro são sempre
as nossas crianças. Esta é a máxima, mais máxima, que já recolhemos e que se deve perpetuar
nos tempos e trespassar as mentes. É da vontade de agir em prol do outro que a sociedade evolui.
Na mesma lógica, a escola do amanhã dependerá da escola de hoje.
A obra que podemos encontrar nestas páginas enquadra-se na problemática que envolve a
aquisição de competências da leitura e da escrita à luz do contributo da Neurociência. Ou seja, da
estreita relação entre o cérebro humano e a aprendizagem da leitura e escrita.
Alguns alunos, mesmo com muito esforço, não conseguem vencer as dificuldades. Porquê? Como
detetar essas dificuldades? Na Bateria de Avaliação de Competências Iniciais para a Leitura e
Escrita encontraremos as respostas.
Nascida da preocupação dos autores quanto à temática, esta afigura-se como um instrumento
inovador de diagnóstico e avaliação de pré competências fundamentais para a aquisição da leitura
e escrita no 1° ano de escolaridade.
Deste modo, todos sairão a ganhar. Ver-se-a evitado o fracasso escolar e pessoal de inúmeras
crianças, encontrar-se-á a felicidade dos seus pais e da sociedade e será bem visível o brilhozinho
nos olhos de profissionais como tu. Acredito também que essa sensação vencedora será
encontrada por todos os que percorrerão as páginas deste livro.
Desde ontem, hoje, e para o amanhã, agir é bom.
"Quando a árvore é pequena, o jardineiro orienta-a como quer. Mas quando a árvore
cresceu, já não pode reorientar as suas curvas e sinuosidades. "
Abu Shakur
Roque Teixeira
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INTRODUÇÃO
À luz dos referenciais teóricos, verificamos que nos últimos anos em Portugal têm nascido alguns
das áreas básicas desenvolvi mentais para o êxito da aprendizagem da leitura e escrita.
Constatamos, também, que são escassos os instrumentos validados na literatura portuguesa para
aprendizagem formal, que coloquem as crianças num determinado nível de desempenho neuro-
Ao que tudo indica, constatamos que grande parte desses instrumentos contemplam apenas a
Neste sentido, é nossa pretensão dar um contributo nesta temática com a elaboração de uma
Foi desta forma que surgiu a BACLE - Bateria de Avaliação de Pré-Competências da Leitura e da
Escrita
1- LEITURA E ESCRITA
recetiva (leitura) e expressiva (escrita) vêm sendo amplamente abordadas por professores, entre
A leitura e a escrita são as formas de linguagem mais avaliadas no 10 Ciclo do Ensino Básico
segundo Velasquez (2004), pois é quando a criança inicia estes processos. A aquisição da leitura e
da escrita implicam um duplo sistema simbólico, permitindo reproduzir um equivalente visual num
final do 10 ano os alunos tenham adquirido uma consciência fonológica, um domínio do princípio
Fonseca (2004) e Velasquez (2004) explicam que ler é resultado de um sistema complexo em
integração visuo-auditiva, por sistemas de análise e síntese, pelo conhecimento do código escrito
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~- e-sã grafema-fonema), pela apropriação do léxico visual, pela aquisição de conhecimentos
J e o contacto com ferramentas de leitura antes da entrada para o ensino formal (Sim-
= _c e escrita pressupõem aptidões complexas, exigindo que a criança opere em diversos níveis
-""'"'ES ências entre fonemas e grafemas; a consciência sintática exige a habilidade de operar
ão muitas vezes não são oriundas do âmbito das palavras, mas do âmbito de orações e
a ras, depois a atribuição do significado, com o objetivo de ser ativada a forma ortográfica das
2 07) refere que a perceção dos sinais gráficos implica várias operações sucessivas, tais
tentar os olhos para os diferentes pontos do texto a processar, ou seja, fazer movimentos
ares. De imediato realiza-se uma análise visual e a extração de informação relacionados com a
Contudo, importa perceber de que" forma o nosso cérebro se encontra preparado no decorrer de
todo este processo para que exista uma real apropriação da leitura e da escrita; no fundo,
perceber se o cérebro utiliza na etapa em que a escola exige à criança esta apropriação, os
análise de fonemas. A região parietal-temporal é responsável pela análise das palavras onde se
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silábica e fonética e a região occipital-temporal tem como função o reconhedmento visual das
Os bons leitores utilizam este percurso rápido e automático para ler as palavras. Ativam
perceberem até que ponto a maturidade cerebral do aluno já se desenvolveu, adquirindo facilidade
Antes de aprender a ler e a escrever, existem um conjunto de pré requisitos que a criança deve
desenvolver para a proficiência da leitura e da escrita. De forma não exaustiva avalia-se aqui quais
são esses pré-requisitos e a forma como se desenvolvem na criança, tendo em atenção que o
neurológico, em que os hemisférios cerebrais comunicam entre si, deslindando uma assimilação
psicomotora funcional.
Vários são os estudos que demonstram que as competências pré leitoras promovem e facilitam o
A criança deverá ter desenvolvidas uma série de competências fundamentais para a aquisição da
curiosidade e empenhamento por parte da criança. Para isso, é fundamental formar educadores
que entendam que a leitura e a escrita são processos a serem iniciados mas não adquiridos no Pré-
Escolar e que o 10 ciclo terá na sua função uma diferenciada e mais formal intervenção.
Acreditamos que a aprendizagem da leitura só se pode produzir com êxito mediante a intervenção
aluno só alcança uma maturidade plena em algumas áreas facilitadoras da aprendizagem formal da
O sujeito cerebral (entenda-se por aprendente) quando inicia o processo da leitura e da escrita, e
de acordo com a sua maturidade cerebral, ou seja, por volta dos 6 anos, com o ingresso no 10 ano
do 10 Ciclo do Ensino Básico, deverá reunir certos requisitos fundamentais que passamos a
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3- OBJETIVOS
Partindo da premissa que deu ímpeto à elaboração da BACLE, na medida em que a aplicação de
provas de avaliação de pré competências de leitura e escrita é importante para avaliar pré-
competências influenciando o fracasso ou sucesso escolar, estabelecemos os seguintes objetivos
essenciais na aplicação deste instrumento de avaliação:
Amostra
A população de referência para o estudo é composta por quatro turmas constituídas por crianças
com idades compreendidas entre os 5 e os 6 anos de idade, de dois estabelecimentos escolares do
Ensino Pré-Escolar. No quadro 1 caraterizam-se os participantes.
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5 anos 6 anos
Total
Masculino Feminino Masculino Feminino
I Alunos 16 16 15 17 64
5 anos de idade (16) é igual ao número do sexo feminino (16). Por sua vez, o número de
Procedimentos
Para assegurar a validação, aplicamos numa primeira fase, na fase de pré validação, 32 baterias de
avaliação de pré competências para o início da aprendizagem da leitura e escrita a crianças do Pré-
Escolar.
Após a recolha dos dados e conforme observação direta comportamental e social, verificou-se a
tornando-a num instrumento de aplicação direta, no futuro, por parte de todos os profissionais que
Verificamos que o ponto 4, referente à Linguagem, não dispunha do número suficiente de tarefas
Reformularam-se duas questões, uma vez que uma parte significativa da amostra não
compreendeu alguns dos termos usados, influenciando negativamente as respostas dadas: na área
Numa segunda fase, alterada a BACLE e reunidas as condições físicas e ambientais, aplicamos a
criança respondeu e executou as tarefas propostas por nós. As respostas e dados relevantes foram
registados após cada resposta e de acordo com a escala de pontuação estabelecida no caderno de
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Descricão da BACLE
A BACLE é uma bateria de testes para avaliar pré competências para início de leitura e escrita.
Envolve a avaliação de diversos processos e suas respetivas áreas comprovadas por vários
especialistas, tais como Pereira (2011), Fonseca (1999) e Serra et. alo, (2005). Os autores
preconizam que a avaliação deve avaliar as principais áreas e sub áreas neuropsicológicas
implicadas na aprendizagem: a linguagem (oral), a perceção visual e auditiva, a lateralidade,
psicomotricidade, funcionamento neurológico e cognitivo, memória, funcionamento psicolinguístico,
consciência fonológica e motricidade.
Reúne um vasto conjunto de atividades adequadas a cada uma das áreas e sub áreas básicas
desenvolvi mentais indispensáveis na avaliação de pré competências de leitura e escrita, que
passamos a descrever item a item:
1. MATURIDADE PERCETIVA
A primeira área de avaliação da BACLE é a Maturidade Percetiva, incluindo quatro sub áreas:
Auditiva, Visual, Dominância lateral e Reconhecimento da dominância lateral.
a) Auditiva
Quanto à perceção auditiva, é proposto um conjunto de cinco tarefas estruturadas, tendo em vista
a identificação da habilidade percetiva auditiva que pressupõe a capacidade do cérebro adquirir
informação sensorial (Rebelo, 1993).
ii. Possibilita a avaliação da memória de estímulos sonoros. A criança repete as duas frases
apresentadas.
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v. Apela-se à organização de cadências rítmicas e de memória auditiva. Apresenta-se uma
b)Visual
ii. Apresenta-se uma sequência de grandeza desordenada do menor para o maior, com o
iii. Apela-se à identificação de semelhanças e diferenças com base num suporte visual de
iv. Solicita-se a observação de uma sequência de objetos que, depois de retirada, a criança
deverá evocar pela ordem que lhe foi apresentada. Considera-se aqui a capacidade de retenção e
um desenho.
c) Dominância lateral
A dominância lateral possui um grupo de três conjuntos de atividades que obrigam à organização
intersensorial. Dizem respeito à consciência integrada de ambos os lados do corpo, da orientação
dominância lateral manual, pedal, ocular e auditiva em si mesmo, no outro e no espaço gráfico
(Serra, 2008a).
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d) Reconhecimento da dominância lateral
relação visuo-espacial através da concretização de cinco tarefas. Este domínio é fundamental para
efas.
gráfico.
a) Identificação em si
Encontra-se um exercício com quatro itens. A consciência do próprio corpo significa desenvolver a
representação mental de si mesmo como pessoa e com o mundo exterior. Essa consciência localiza
2008b).
quatro tarefas nas quais a criança nomeia em si própria partes do seu corpo.
b) Identificação no outro
por base a capacidade de discriminar as partes do corpo com precisão e de suportar ativamente os
i. Apresenta exercícios nos quais a criança nomeia no outro partes do corpo do avaliador.
ii. A criança desenha as partes do corpo em falta em cada uma das imagens, com o
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c) Posição no espaço gráfico
Composto por quatro exercícios, analisa-se a orientação da criança no espaço e a forma como ela
i. A criança tem como tarefa encontrar o caminho correto num labirinto, de forma a testar a
ii. É pedido que complete uma simetria, no sentido de atestar a estrutura e noção espacio-
matara.
iii. Apresenta-se uma tarefa de completamento de uma sequência, para avaliar a capacidade
iv. A criança copia um quadrado e um triângulo no espaço destacado, para examinar a noção
2. DESENVOLVIMENTO MOTOR
fina.
a) Motricidade fina
A motricidade nasce da ação do sistema nervoso relativamente aos músculos em resposta aos
tocar nas margens laterais do percurso nem levantar o lápis, tendo como objetivo avaliar a
iii. A tarefa requer que a criança rasgue pedaços de papel e que os cole de forma a revestir
iv. É solicitado que corte com tesoura pelas linhas indicadas na imagem, para analisar a
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3. LI GUAGE
A Linguagem oral apresenta três grandes grupos de exercícios para a criança realizar nas sub
áreas: Compreensão oral, Consciência fonológica e Expressão oral.
a) Compreensão oral
A linguagem oral compõe um grupo de duas tarefas. Engloba um sistema de signos que acarreta
estruturas complexas relativas aos órgãos dos sentidos: visão, audição e tato. A compreensão oral
assenta na compreensão auditiva, na compreensão do significado da palavra e na retenção da
informação, sendo crucial para a compreensão, descodificação e manipulação dos sons da fala
(Sim-Sim, 1998).
b) Consciência fonológica
Formada por cinco grupos de exercícios, inclui as sub áreas das Rimas com três tarefas; da
Compreensão e descodificação com uma tarefa; Classificação da sílaba e fonema iniciais com três;
Manipulação da sílaba inicial com uma tarefa e por último a Segmentação das sílabas incluindo
uma tarefa.
i.É pedido à criança para juntar os pares de palavras cujos nomes rimam, para avaliar a
capacidade de identificar a rima.
ii. Pretende-se analisar a capacidade de identificação de rimas através dos pares de palavras
ouvidas.
iii. Neste caso, é a própria criança que lê e identifica os pares de palavras, para avaliar a
capacidade de identificação e reconhecimento de rimas.
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aferir os processos cogni 'vos de compreensão e de descodificação da
palavra.
v. Está em causa a capacidade para identificar e classificar sílabas iniciais iguais em palavras
diferentes.
vi. Para avaliar a capacidade de identificar e classificar fonemas iniciais iguais em palavras
diferentes.
diferentes.
viii. Deseja-se avaliar a capacidade da criança manipular os sons das palavras, da sílaba
inicial.
c) Expressão oral
A Expressão oral agrega cinco grupos de exercícios. Como vimos anteriormente, a consciência
iii. Para avaliar a capacidade da criança expressar oralmente a consciência que possui sobre
Apesar deste instrumento ter como finalidade uma avaliação global de pré-competências
que se interligam umas com as outras, podemos avaliar apenas as áreas consideradas
emergentes ou fracas de acordo com os objetivos da avaliação.
Ressalva-se que perante o diagnóstico de debilidades numa ou mais aptidões, será necessário ter
tarefas da mesma ordem. Da mesma forma, o avaliador deverá explicitar e/ou reformular as
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e da escrita. A sua dimensão e particularidades possibilitam avaliar com confiança o estádio da
criança.
A sua aplicação é individual com um tempo médio de duração de sessenta minutos, dependendo do
ritmo e recetividade da criança. Apresenta um leque de atividades que o avaliador solicita à criança
e que regista após a resposta e de acordo com a escala de pontuação definida. O examinador
deverá certificar-se de que o momento de aplicação da bateria reúne as condições físicas e
ambientais necessárias para a sua aplicação.
Cotação
- resposta correta - 2 (P); - resposta parcialmente correta - 1 (P); - resposta errada/ não
responde/ apenas responde a menos de metade - O (P).
Numa escala de O a 100, os percentis poderão variar entre 0-45.4/ 45.5-55.4/ 55.5-65.4/ 65.5-
75.4/ 75.5-85.4/ 85.5-95.4/ 95.5-100 de acordo com a pontuação obtida, sendo que a pontuação
máxima possível em cada área e sub área de desenvolvimento varia mediante o número de tarefas
contidas:
16
)
A cotaçãojpercentis são obtidos através da soma dos pontos de cada áreajsub área de
desenvolvimento. O número obtido é multiplicado por 100 e o produto dividido pelo total máximo
Resultado final = (número de pontos obtidos na áreajsub área x 100) j (total máximo da
áreajsub área)
Material
Para além disso, o aplicador deverá dispor de um gabinete com secretária e duas cadeiras e de
alguns objetos: um livro, borracha, canetas, lápis, lápis de cor, pedaço de papel de cor e tesoura.
5- VALIDAÇÃO DA BACLE
seguida apresentados.
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Esquema Corporal I Desenvolvimento
I Maturidade Percetiva
Orte ntacâo gs oacto-Terrmore! Motor
linguagem
o quadro 2 mostra-nos a pontuação geral obtida pelo número total de crianças, ou seja, pelas
crianças na faixa etária dos 5 anos de idade dos sexos masculino e feminino (32 elementos) e
pelas crianças na faixa etária dos 6 anos de idade dos sexos masculino e feminino (32
elementos), em cada área e respetivas sub áreas de desenvolvimento de pré competências de
leitura e escrita: Maturidade Percetiva -a) Auditiva, b) Visual, c) Dominância lateral e d)
Reconhecimento da dominância lateral; Esquema corporal/Orientação espacio-temporal a)
Identificação em si, b) Identificação no outro e c) Posição no espaço gráfico; Desenvolvimento
motor - a) Motricidade fina e Linguagem - a) Compreensão oral, b) Consciência fonológica e c)
Expressão oral.
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Tota/ médio 100% 65,5 j 53,5 !51,7 ! 53,5% ! 59,7%
No quadro 3 são apresentados os resultados do grupo de crianças na faixa etária dos 5 anos de
idade (32 elementos) em cada área e respetivas sub áreas de desenvolvimento de pré
Constatamos que o grupo atingiu um total médio de 69,7% no total das quatro áreas de
desenvolvimento.
A Maturidade percetiva obteve 63,2%, sendo a alínea b) Visual a sub área que obteve maior
percentagem com 74,4% e a alínea d) Reconhecimento da dominância lateral a que obteve menor
crianças obtiveram melhores resultados com uma média de 84,1 %, sendo a alínea a) Identificação
em si a sub área que obteve resultados mais elevados com um total de 91,4% e a alínea c)
Reconhecimento da dominância lateral a que atingiu resultados mais baixos com 74,1%.
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