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EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUIZA DA VARA DO

TRABALHO DE BOM DESPACHO, MG.

PROCESSO Nº 0010271-45.2019.5.03.0050

ALBERSSON LUIZ DE CARVALHO COSTA, já qualificada nos autos


da reclamatória trabalhista que move em face de MARCIANO VALDIR DOS
SANTOS (MV CALCADOS), CNPJ nº 27.828.643/0001-84, por intermédio do
seu advogado que esta subscreve, vem à presença de Vossa Excelência
interpor, tempestivamente e com fulcro no art. 895, b, da CLT,

RECURSO ORDINÁRIO

requerendo a remessa das anexas razões ao Egrégio Tribunal Regional


do Trabalho da Região, ao qual deixa de juntar as devidas custas processuais,
por ser beneficiário da Justiça gratuita, deferida em sentença, para os devidos
fins de direito.

Nesses termos,

Pede deferimento

Nova Serrana, 10 de fevereiro de 2020.

Wendx Campos Faria


OAB/MG 171.211

Marcelo Daldegan
OAB/MG 191.704
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO

Recorrente: ALBERSSON LUIZ DE CARVALHO COSTA

Recorrido: MARCIANO VALDIR DOS SANTOS (MV CALCADOS),


CNPJ nº 27.828.643/0001-84

Processo nº: 0010271-45.2019.5.03.0050Origem: VARA DO


TRABALHO DE BOM DESPACHO, MG.

Egrégio Tribunal

Eméritos Julgadores,

A respeitável sentença proferida pela Excelentíssima magistrada da


Vara do Trabalho de Bom Despacho-MG, por atentar contra a proteção
constitucional do trabalho, merece, data vênia, ser parcialmente reformada.
Assim, pretende o Recorrente buscar, pela via do duplo grau de
jurisdição, a decisão final que possa derramar justiça no deslinde da demanda
em tela.
Para tanto, respeitosamente, vem expor as razões recursais:

I – DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE:

1.1 – DA LEGITIMIDADE

Tendo em vista o Recorrente ser o Reclamante, é parte legítima para


recorrer.
1.2 – DO INTERESSE PROCESSUAL

Tem interesse processual, visto que objetiva atacar a decisão recorrida.

1.3 – DA TEMPESTIVIDADE
A r. Sentença foi proferida no sistema em 29/01/2020, com data da
ciência no dia 03/02/2020 , iniciando o prazo para interpor Recurso Ordinário
tendo como marco final o dia 13/02/2020.
Desta forma, tempestivo é o presente Recurso.

1.4 – PREPARO DO RECURSO E CUSTAS PROCESSUAIS

DEIXA DE EFETUAR O PREPARO RECURSAL e DAS CUSTAS


PROCESSUAIS, tendo em vista que a Juíza de primeira instância deferiu a
Assistência Judiciária Gratuita ao recorrente/reclamante.

II - DO MÉRITO:

HISTÓRICO PROCESSUAL

O recorrente propôs reclamação trabalhista em face do recorrido


pleiteando o reconhecimento de vinculo empregatício e verbas rescisórias, com
adicional de insalubridade.
No dia 15/01/2019, o Reclamante sofreu um acidente em seu trabalho e
lhe foi concedido 2 dias de afastamento, tendo retornado a UPA no dia
16/01/2019 por estar sentindo muita dor, e novamente foi lhe dado novo
atestado lhe concedendo agora 3 dias de afastamento. Acontece que mesmo
com atestado seu empregador no dia 21/01/2019, visto que o mesmo ainda
não conseguiria voltar ao trabalho dispensou imotivadamente o reclamante.
Ademais o recorrente durante todo o seu pacto laboral desenvolvia suas
atividades em um ambiente insalubre, tendo contato com produtos nocivos sem
qualquer uso de API. Vale ressaltar ainda que como o funcionário laborava sem
o devido registro de sua CTPS, não teve nenhum depósito do FGTS e
contribuição ao INSS realizados.
Sem devido acerto e anotações em sua CTPS, o recorrente propôs
demanda judicial para resolução do caso.
O recorrente propôs reclamação trabalhista em face do recorrido
pleiteando o reconhecimento de vinculo empregatício e verbas rescisórias, com
adicional de insalubridade.
No dia no dia 15/01/2019, o Reclamante sofreu um acidente em seu
trabalho e lhe foi concedido 2 dias de afastamento, tendo retornado a UPA no
dia 16/01/2019 por estar sentindo muita dor, e novamente foi lhe dado novo
atestado lhe concedendo agora 3 dias de afastamento. Acontece que mesmo
com atestado seu empregador no dia 21/01/2019, visto que o mesmo ainda
não conseguiria voltar ao trabalho dispensou imotivadamente o reclamante.
Ademais o recorrente durante todo o seu pacto laboral desenvolvia suas
atividades em um ambiente insalubre, tendo contato com produtos nocivos sem
qualquer uso de API. Vale ressaltar ainda que como o funcionário laborava sem
o devido registro de sua CTPS, não teve nenhum depósito do FGTS e
contribuição ao INSS realizados.
Sem devido acerto e anotações em sua CTPS, o recorrente propôs
demanda judicial para resolução do caso.
Em audiência realizada em 01 de abril de 2019, diante do pedido do
Reclamante a Douta Juíza, deferiu e requereu a produção de prova pericial.
Ocorre que a intimação para acompanhamento da perícia, foi realizada
por e-mail, que como se verifica nos autos ficou na pasta de Spam, sendo
assim, não foi possível, o comparecimento do reclamante ou seus patronos no
momento da perícia como era de direito.
Tais alegações inclusive foram arguidas dentro dos autos do processo
de origem, sendo justificado que a prova testemunhal poderia sanar concluir a
real função do recorrente. Em manifestação o Perito se pronunciou que caso o
reclamante trabalha-se como cola, estaria determinada a insalubridade em
grau médio, fazendo assim jus ao percentual de 20% sobre o seu salário.
Ocorre que em audiência de instrução e julgamento realizada em
27/01/2020, apesar de apresentada e colida com a prova testemunhal ao qual
confirmou que o reclamante de fato trabalhava na passagem de cola , com as
justificativas do perito se faria jus ao adicional supramencionado.
Contudo a Douta Magistrada desconsiderou o testemunho realizado por
Claudemir Batista de Oliveira e julgou contrário a provas processuais.
III – DA GARANTIA CONSTITUCIONAL DA VERDADE OFERECIDA
POR TESTEMUNHA PROCESSUAL

A sentença proferida merece ser parcialmente reformada, no que tange


a negativa em juízo a quo referente Adicional de insalubridade.
Conforme alegado na peça inicial e confirmado em parecer técnico
pericial, o recorrente tem direito ao adicional de insalubridade desde que o
mesmo tivesse contato com cola, o que após análise abaixo, ficará provada
esta afirmativa.

Conforme analisado em sentença, O juízo a quo afirma que:

“Foi realizada prova pericial, Id 68cab1c, na qual o perito constatou


que o reclamante laborou em alegado período contratual para o
Reclamado exposto ao agente insalubre, ruído contínuo e intermitente,
sem o Reclamado atender item 6.6.1 da NR 6, Portaria 3214/78, MTE,
porém, considerando a intensidade de ruído constatada, não se
caracteriza a insalubridade, segundo Anexo 1, e outros anexos da NR 15,
Portaria 3214/78, MTE. O expert afirmou, contudo, nos esclarecimentos Id
f104ef4, que, caso o reclamante declare ou que seja considerado como
válido o contido em impugnação e/ou o Reclamante apresente provas
testemunhais de que realizava atividade de passador de cola, caracteriza
a insalubridade em grau médio, no período contratual laborado para o
Reclamado, segundo anexo 13, NR 15, Portaria 3214/78, MTE.
Considerando que foi desconsiderado o depoimento da
testemunha trazida pelo autor, e que as atividades do reclamante
restringiam-se àquelas descritas no laudo pericial, julgo improcedente o
pedido de adicional de insalubridade e reflexos..”

III.I – DA DESCONSIDERAÇÃO EM SENTENÇA DA PROVA


TESTEMUNHAL

Conforme supramencionado, o juizo a quo desconsiderou a testemunha


do Sr. Claudemir Batista de Oliveira, com a seguinte justificativa:
“Quanto à função exercida pelo autor, deixo de considerar o
depoimento da testemunha, Sr. Claudemir Batista de Oliveira,
considerando a contradição verificada entre as informações prestadas
por ele ao perito no laudo Id 68cab1c (" o Reclamante tinha como
atividades básicas as seguintes: Operar balancim - inserir placas de EVA
em mesa de balancim, acionar botões de máquina, retirar sola cortada e
colocar sola em tampo de bancada; apontador - retirar peças de EVA e TR
de esteira, unir peças manualmente, inserir peças unidas entre rolos de
máquina para prensar solas, pegar peças unidas e devolver a esteira") e o
alegado em audiência ("que o reclamante também passava cola quase
todos os dias"). Assim, tendo em vista que o autor não demonstrou de
forma efetiva o exercício da função de sapateiro, reconheço, como função
do reclamante, a de cortador e apontador de sola.”

Tal desconsideração se deu pelo fato de ser a testemunha, Sr.


Claudemir Batista de Oliveira, a mesma pessoa que participou da perícia,
tendo respondido ao perito as informações por ele questionadas.
Ocorre que a Douta Juíza não considerou o fato de que a testemunha no
momento da perícia se encontrava sob coação, sendo que na verdade diante
do perito não se passava de mero informante.
Verdade é que o laudo pericial não é valido para produção de prova
testemunhal e ou prova documental nas diligências periciais e nas conclusões
dos Laudos.
Tais provas são alheias às atribuições concedidas ao expert para
nomeação da produção de uma prova que deva ser estritamente técnica.
Ao Perito cabe a tarefa de demonstrar pela existência ou inexistência da
Condição de Insalubridade no local do trabalho, o que diante de seus
esclarecimentos Id f104ef4, o mesmo declarou que se o reclamante realizasse
atividade de passador de cola, caracterizaria a insalubridade em grau médio,
no período contratual laborado para o Reclamado.
Fato é que a atribuição de dizer o direito, pela procedência ou
improcedência do pedido formulado pelo autor, em sede de sentença, é
obrigação, tarefa, função do Magistrado depois de analisar outras provas,
documentais e ou testemunhais que indiquem, com fundamento na legislação,
pela existência da atividade insalubre e o consequente direito ao recebimento
do adicional de insalubridade – ou periculosidade – no caso de procedência do
pedido.
Quanto a insalubridade requerida a própria Reclamada em sua
Contestação de Id 6e24a46, assim confessa e relata:

“Insta apontar que o reclamante laborava em várias funções, não


estando sequer exposto eventualmente a função insalubre.
Preponderantemente o mesmo realizava a função de cortador e apontador de
sola.”
O que corrobora com o testemunho do Sr. Claudemir, senão vejamos:

“Primeira testemunha do reclamante: Claudemir Batista de Oliveira,


casado(a), apontador, residente e domiciliado(a) na Av. Belem, 456 Sagrada
Família em Nova Serrana/MG. Advertida e compromissada. "que trabalhou
na reclamada por aproximadamente Depoimento: 01 ano e 06 meses, tendo
saído em 2019, não se recordando o período; que trabalhava passando cola;
que não havia creme para as mãos; que trabalhou com o reclamante; que
fazia "tudo", cortava, silcava, passava prime, montava, apontava e
acabamento; que o reclamante também passava cola quase todos os
dias; que não havia creme de mãos para o reclamante; às perguntas do(a)
reclamante, respondeu: que a empresa está fechada desde o ano passado
(2019); que prestou serviços até a reclamada fechar; que participou da
perícia; que teve mudanças no ambiente para realização da perícia; que
as colas, tintas e primes foram escondidos; que trabalhavam com o
depoente os Srs. Eliana, Joviano, Valdemir e Elias; que o Joviano fazia
"tudo"; que o Sr. Joviano é amigo do reclamado; que escutou falar que são
amigos há muito tempo; que apresentou atestado de comparecimento ao
Hospital; que a empresa aceitou e descontou do depoente; que só usava
máscara para lixar; que não sabe dizer o motivo pelo qual o reclamante deixou
de trabalhar na reclamada; às perguntas do(a) reclamada, respondeu: que o
perito lhe fez perguntas no dia da perícia; que apenas o depoente respondeu
perguntas ao perito; que passou a ter ficha de EPI após a realização da perícia;
que entrou passando cola e passou para apontador não sabendo quando; que
eram dois para passar cola, sendo o depoente e seu irmão, ou o Joviano e
Elias". Nada mais.”

Desta forma, como se verifica no caso em tela o que de fato ocorreu foi
que a Reclamada preparou o ambiente para a visita do perito e o expert, ao ver
que, no dia da inspeção, o ambiente estava menos ruidoso ou os empregados
usando EPI, conclui que esta mesma situação perdurou por todo o contrato de
trabalho, de modo uniforme.
Sendo a desconsideração do testemunho por haver contradições entre
o que foi dito ao perito enquanto o depoente ainda era empregado da
Reclamada, e o testemunho advertido e compromissado é dar a simples
condição de informante, o viés de prova testemunhal, o que não pode e não
deve prevalecer.
Notório é a diferença entre testemunha e informante, pois na qualidade
de testemunha esta é obrigada a dizer a verdade, caso contrário estarão
cometendo crime de falso testemunho (artigo 342, Código Penal). Não
podendo ainda ter qualquer interesse na causa em questão. Caso tenha, a
testemunha pode ser considerada suspeita (artigo 447, § 3º, Código de
Processo Civil).
Já no caso das informações dadas na perícia onde a testemunha se
encontrava apenas como informante, o mesmo não tinha a obrigação de falar a
verdade, além do fato de estar sob orientação de seu empregador.
Por fim é importante ressaltar que em momento algum a parte
recorrida/reclamada realizou contradita da testemunha. Desta maneira, validou
o testemunho. E conforme informado pelo juízo a quo, no início do testemunho,
que o mesmo estaria ali para dizer a verdade. E assim foi feito. A mais
cristalina verdade que o recorrente tem direito a insalubridade.

IV - DOS PRINCÍPIOS BASILARES DO DIREITO DO TRABALHO.

A primazia da realidade é um princípio do direito, especialmente


importante no direito trabalhista. Ele trata da valorização dos fatos concreto de
forma superior aos fatos formalmente estabelecidos.
Trata-se de uma forma da proteção das pessoas sobre eventuais abusos
baseados em aspectos formais. A primazia da realidade baseia-se no fato de
que o trabalhador necessariamente encontra-se em uma relação de potencial
fragilidade em relação a seu empregador. O que se apresenta claramente,
nesta lide, uma vez que a empresa está a se beneficiar pela falha de
documentação que era de sua responsabilidade, para comprovação de suas
alegações em sede contestação.

O princípio da primazia da realidade destaca justamente que o que vale


é o que acontece realmente. Conforme confirmado em por testemunha, o
recorrente tem direito a insalubridade, por confirmação das funções realizadas.

A testemunha não tem qualquer ligação com nenhuma das partes, isso
é, tem isenção de ânimo propriamente dita. Existem situações em que a
testemunha está diretamente ligada e interessada no objeto do litígio ou, até
mais do que isso, em que uma parte vença o processo. Mas este não é o caso.
Vejamos: não existe AMIZADE ÍNTIMA confirmada da testemunha com
nenhuma das parte; não existe TESTEMUNHA QUE ALEGA TER SOFRIDO
DANO MORAL; a testemunha não exercia CARGO DE CONFIANÇA; Diz a
SÚMULA 357 DO C. TST. A AUSÊNCIA DE ISENÇÃO DE ÂNIMO DA
TESTEMUNHA QUE LITIGA EM JUÍZO CONTRA O MESMO EMPREGADOR,
que também não se aplica ao caso; a testemunha não foi EMPREGADO
DISPENSADO POR JUSTA CAUSA, pois a empresa fechou.
Isso porque o processo trabalhista busca a primazia da realidade, que
exige a perquirição da realidade vivida pelos atores sociais,
independentemente do conteúdo de eventual prova documental. É a única
forma possível de comprovar o direito alegado, ainda que contrarie prova
documental produzida nos autos, como cartões de ponto, comprovantes de
gozo de férias, etc. A correta interpretação da prova testemunhal solidifica a
segurança higidez e eficácia da distribuição de justiça, garantindo a pureza e
imparcialidade da instrução probatória, que tem por escopo uma decisão final
justa. Assim o depoimento testemunhal é extremamente recorrente e
importante no Direito Processual do Trabalho.
O grande problema alocado aqui pela pelo Juízo a quo é o fato da
testemunha ter participado da elaboração da perícia. Porém, o mesmo só
participa como observador, somente como funcionário subordinado ao
recorrido, no qual em momento alguém é questionado sobre funções do
recorrente.

V – DA REALIZAÇÃO DA PERÍCIA SEM A DEVIDA CITAÇÃO DO


RECLAMANTE.

Como já mencionado durante o processo o recorrente não foi informado


da perícia técnica realizada, conforme consta os participantes descritos. E foi
pedido pelo recorrente marcação de nova perícia. O Douto Perito justifica que
encontrou e-mail de contato dos procuradores via site disponibilidade em
rodapé de procuração. Em nenhum documento apresentado pelos
procuradores foi proposto e-mail para contato. E também não existe
autorização de intimações fora do sistema PJE por estes procuradores, pois o
próprio sistema realiza estes procedimentos de forma automática. Se o Douto
Perito foi intimado via sistema PJE para realização da perícia e também para
resposta do questionamento sobre a perícia, o mesmo não deveria acontecer
com a parte autora e seus procuradores quanto a data de realização da
perícia? A resposta é Sim. O douto perito não sabe julgar se o email em
questão foi desativo ou ocorreu algum erro. A única intimação aceita pelo CPC
conforme art. 466 do CPC é:
“Art. 466. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi
cometido, independentemente de termo de compromisso.
§ 1º Os assistentes técnicos são de confiança da parte e não estão
sujeitos a impedimento ou suspeição.
§ 2º O perito deve assegurar aos assistentes das partes o acesso e o
acompanhamento das diligências e dos exames que realizar, com prévia
comunicação, comprovada nos autos, com antecedência mínima de 5 (cinco)
dias.”
Logo, na falha da comunicação do e-mail, o douto perito deveria ter feito
via sistema PJE, comprovado nos autos, com antecedência mínima de 5
(cinco) dias da marcação da perícia. Desta maneira, a perícia técnica deve ser
desconsiderada para análise da sentença, pois pelo princípio do contraditório
defendido pela Constituição Brasileiro, não foi considerado perante o
recorrente/reclamante nesta lide.
Ainda sede de defesa, o recorrente contestou na falha da intimação da
perícia, conforme documento ID 0bd1ce2, seguintes dizeres:

“2 - Alegações quanto à intimação realizada pelo Douto Perito para


procuradores da reclamante O Douto Perito justifica que encontrou email
de contato dos procuradores via site disponibilidade em rodapé de
procuração. Em nenhum documento apresentado pelos procuradores foi
proposto e-mail para contato. E também não existem autorização de
intimações fora do sistema PJE por estes procuradores, pois o próprio
sistema realiza estes procedimentos de forma automática. Se o Douto
Perito foi intimado via sistema PJE para realização da pericia e também
para resposta do questionamento sobre a pericia, o mesmo não deveria
acontecer com a parte autora e seus procuradores quanto a data de
realização da pericia? A resposta é Sim. O douto perito não sabe julgar se
o email em questão foi desativo ou ocorreu algum erro. A única intimação
aceita pelo CPC, conforme já explanado e recordamos mais uma vez:
"Art. 466. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe
foi cometido, independentemente de termo de compromisso.
§ 1º Os assistentes técnicos são de confiança da parte e não estão
sujeitos a impedimento ou suspeição. § 2º O perito deve assegurar aos
assistentes das partes o acesso e o acompanhamento das diligências e
dos exames que realizar, com prévia comunicação, comprovada nos
autos, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias."
Logo, na falha da comunicação do email, o douto perito deveria ter
feito via sistema PJE, comprovado nos autos, com antecedência mínima
de 5 (cinco) dias da marcação da pericia. Os email alocados como
justificativa da intimação não chegaram aos procuradores, pois os
mesmos utilizam programa de captura de e-mail, mozilla thunderbird,
conforme tela anexa. E os email em questão foram enviados para caixa de
Spam do servidor. Logo, não foram liberados para chegar no destino
final, conforme telas anexas. Desta maneira, fica comprovado que não
ocorreu intimação correta dos procuradores para caso, sendo necessário
realização de nova pericia.

Em resposta do juiz a quo, conforme despacho ID 4bc9fe6, afirma que:

“Indefiro o requerimento de nova perícia, eis que a matéria técnica


encontra-se devidamente esclarecida e os fatos ainda controvertidos
podem ser objetos de outros meios de prova, a critério do juízo. Demais
disso, o julgador não está adstrito às conclusões periciais, podendo
formar sua convicção por outros elementos existentes nos autos.”

No laudo pericial, conforme ID 68cab1c, explica o perito das


circunstâncias e como foi realizada a perícia demonstrando que a prova foi
produzida de forma unilateral.

“II - LEGISLAÇÃO APLICADA E METODOLOGIA Este trabalho


pericial foi iniciado com análises de documentos juntados aos autos,
realização de diligência pericial no dia 06/05/19, a partir das 16 horas, no
endereçamento do Reclamado, ou seja, R. Vereador Jesus Martins, 91, B.
Centro, Nova Serrana - MG. Na diligência pericial prestaram informações
o Reclamado e o seu trabalhador, Sr. Claudemir Batista Oliveira –
Apontador, como também, foi realizada vistoria in loco. A diligência
pericial foi realizada na presença do Procurador do Reclamado, Dr. Willian
Recarcati Kretshiner.”

Temos que ressaltar que o recorrente poderia ter apresentado qualquer


outra testemunha para provar a veracidade dos fatos, mas a testemunha em
questão foi justamente à participante da pericia. Durante pericia realizada, a
testemunha foi apenas INFORMANTE da mesma, no qual estava em posição
de funcionário, sobre coação do recorrido para repassar somente as
informações definidas pelo patrão, por medo de perder seu emprego e
condição de manutenção de vida.
Assim na seara trabalhista, pela dificuldade que o reclamante/recorrente
enfrenta para produzir provas e de outro lado diante a facilidade de a empresa
dispor de provas na contribuição em aproximar os fatos da verdade real, o
principio da realidade dos fatos deve ser o caminho para apreciação dos fatos
reais e uma testemunha deve ser considerada, pois não foram produzidas
provas contra a verdade dos fatos apresentados pela testemunha.

Portanto, por tudo que até que se alegou, equivocada foi à conclusão do
Juízo a quo. Conforme relato da testemunha, o recorrente trabalhou em
condições insalubres.

Por todo o exposto, pugnamos pela reforma parcial da referida sentença,


sendo tal reforma medida que se impõe, e que desde já se requer, referente a
decisão de improcedência do pedido de insalubridade para
recorrente/requerente.

V – REQUERIMENTOS FINAIS:

ANTE O EXPOSTO, requer o conhecimento e o provimento do presente


Recurso Ordinário, para fins de reforma da r. Sentença in totun nos moldes dos
itens supramencionados, pois somente assim os R. julgadores estabelecerão a
sã, costumeira e soberana JUSTIÇA!!!

Nestes termos,
Pede e Aguarda, Deferimento.
Nova Serrana, 11 de fevereiro de 2020.

Wendx Campos Faria


OAB/MG 171.211

Marcelo Daldegan
OAB/MG 191.704

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