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TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE GOIÁS

CARTÓRIO DA 019ª ZONA ELEITORAL DE LUZIÂNIA GO

PETIÇÃO CÍVEL (241)


PROCESSO Nº 0600905-40.2020.6.09.0019
REQUERENTE: 51 - PATRIOTA
Advogados do(a) REQUERENTE: CARLOS CARVALHO ROCHA - OAB/DF 36214
PERLA MORAIS RORIZ - OAB/GO 40841
REQUERIDO: ELEICAO 2020 DIEGO VAZ SORGATTO PREFEITO
REQUERIDO: COLIGAÇÃO JUNTOS PRA MUDAR LUZIÂNIA (MDB, REPUBLICANOS, PL,
PSB, AVANTE, SOLIDARIEDADE, CIDADANIA, DEM, PSDB, PC DO B)

DECISÃO
Trata-se de AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER proposta por PARTIDO PATRIOTA em
Luziânia/GO em desfavor de DIEGO VAZ SORGATTO e COLIGAÇÃO JUNTOS PRA MUDAR
LUZIÂNIA, já devidamente qualificados nos autos, por suposta realização de comício irregular.
O representante sustenta, em sua exordial, que os requeridos pretendem realizar um comício na
data de hoje, 25/10/2020, às 16h, contrariando o que ficou determinado no processo nº 0600703-
63.2020.6.09.0019.
Dessa forma, requer, liminarmente, que os requeridos sejam compelidos a não realizar o ato.
Vieram-me conclusos.
É o relatório.
DECIDO.
A análise da tutela provisória de urgência deve observância ao regramento do art. 300 do Código
de Processo Civil, exigindo, para seu deferimento, “elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo”, respectivamente compreendidos
como fumus boni iuris e periculum in mora.
A presença do periculum in mora está consubstanciado no aproveitamento indevido do ganho
eleitoral embasado em conduta irregular, se apresentado como inerente ao próprio período
eleitoral, haja vista que ao se utilizar de um ilícito, surge situação de desigualdade para com seus
concorrentes.
Já a probabilidade do direito deve ser buscada através dos elementos normativos subsumidos às
provas que acompanham da peça vestibular.
Conforme narrativa da exordial, o fundamento do direito invocado se consubstancia na realização
de um comício, contrariando as determinações do processo nº 0600703- 63.2020.6.09.0019.
No citado processo, houve determinação desse juízo para: a) NÃO realizar passeatas; b) NÃO
realizar comícios, salvo no formato “drive-in”; e c) NÃO permitir, fomentar ou tolerar aglomeração
de pessoas fora dos veículos no caso de carreatas ou comícios na modalidade “drive-in”.
Naqueles autos, estabeleci que:
"Não desconheço os valores constitucionais em jogo no presente processo, quais sejam, a saúde
pública e o exercício dos direitos políticos, ambos caros à nossa democracia. Deve-se rememorar
que diante de um hard case, ou seja, choque de princípios, sem norma expressa que resolva o
caso, a decisão passa por uma análise de razoabilidade e proporcionalidade. Nenhum direito
ostenta caráter absoluto e, mesmo que os candidatos e os eleitores possuam direito à
propaganda eleitoral para exercício da democracia e cidadania, a propaganda deve ter seus
limites. Com efeito, apenas as restrições injustificadas à propaganda eleitoral seriam
inconstitucionais, por contrariarem a EC n. 107/2020, mas não é o caso em epígrafe, pois
respaldado em dados técnicos estaduais".
A citada decisão liminar não impossibilitou a realização de campanhas eleitorais, mas apenas

Assinado eletronicamente por: HENRIQUE SANTOS MAGALHAES NEUBAUER - 25/10/2020 11:40:08 Num. 21609796 - Pág. 1
https://pje1g.tse.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20102511400841600000019879106
Número do documento: 20102511400841600000019879106
condicionou determinadas restrições para que haja um equilíbrio entre a estrutura do pleito
democrático e o resguardo a saúde pública, de maneira a não comprometer nenhum e nem outro.
Observando a prova juntada ao presente requerimento, panfleto anunciado o ato da coligação
"Juntos para Mudar Luziânia", entendo que ela é omissa quanto a natureza do ato, na medida em
que reuniões não foram vedadas, assim como comícios, mas, nesse segundo caso, limitados a
modalidade "drive-in".
No documento, existe clara informação quanto a necessidade do uso de máscaras, mas nada fala
sobre a realização de "drive-in". Dessa forma, entendo que impedir o ato pode causar ser
desproporcional, pois se vedaria a propaganda sob qualquer forma, circunstância nao abarcada
pela liminar concedida no processo nº 0600703- 63.2020.6.09.0019.
Com efeito, vejo que a liminar deva ser parcialmente concedida, apenas para que os requeridos,
se for o caso de comício, o realizem sob a forma de "drive-in" e seja dada publicidade quanto a
necessidade dessa observância.
Ante o exposto, DEFIRO PARCIALMENTE o pedido de medida liminar formulado para
DETERMINAR aos requeridos:
a) NÃO realizar comícios, salvo no formato “drive-in”;
b) NÃO permitir, fomentar ou tolerar aglomeração de pessoas fora dos veículos no caso de
carreatas ou comícios na modalidade “drive-in”;
c) Seja dada publicidade a essa restrição, na propaganda do ato.
O descumprimento desta decisão ensejará em multa de R$200.000,00 (duzentos mil reais) sobre
o partido político e multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais) ao candidato, para cada evento de
propaganda eleitoral que viole da presente decisão, além da incidência nos delitos previstos no
artigo 347 do Código Eleitoral e artigo 268, Código Penal.
Cite-se os demandados na forma requerida.
Após, intime-se o Ministério Público Eleitoral para manifestação.
Intime-se.
Cumpra-se.
Publique-se.

LUZIÂNIA, 25 de outubro de 2020.

HENRIQUE SANTOS MAGALHAES NEUBAUER


Juiz(a) da 019ª ZONA ELEITORAL DE LUZIÂNIA GO

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