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Figura1.
Solubilidade açúcar na água
A Fig. 2 mostra um outro sistema de dois componentes ratura e que a solubilidade de H2O também aumenta com a
que possui maior importância prática que o primeiro. Aqui, temperatura e que as composições intermediárias têm tem-
os extremos da abscissa são 100% de H2O e 30% de NaCl. peraturas de fusão inferiores à da água pura (0o. C) e do sal
Observe que a solubilidade do NaCl aumenta com a temp e- puro (800o. C). Essas relações de fusão e solidificação são
muito comuns em todos os tipos de combinações de dois percentagem de cada metal na liga com o eixo das ordenadas
componentes. Quando dois metais formam uma fase líquida indicando a temperatura. Este é um método conveniente
homogênea, isto é, eles são completamente solúveis um no para indicar as mudanças de estado e estrutura pelas quais
outro, eles não necessariamente se solidificarão para formar cada liga passa durante o resfriamento lento a partir do esta-
uma fase sólida homogênea. Quando solidificados dois do líquido para o estado sólido em condições de equilíbrio.
metais podem ser: A situação mais comum ocorre quando dois metais são
* completamente solúveis um no outro; parcialmente solúveis. O diagrama de fases para esta situa-
* completamente insolúveis um no outro; ção é mostrado na Fig. 3, que mostra a solubilidade sólida e
* parcialmente solúveis um no outro; a formação de uma mistura eutética (derivada da palavra
* combinados para formar um composto intermetálico. grega que significa “fundindo bem”).
Os diagramas de equilíbrio ou de fase (algumas vezes
chamados curvas de solubilidade) são usados para mostrar a
Considere o resfriamento de três ligas mostradas na Fig. 3 sente. Informações quantitativas podem ser obtidas dos
e representadas pelos pontos P, Q e R. Para liga P a solidifi- diagramas de fases.
cação começa em T1 e é completa em T2, formando a solu- Duas fases nunca têm propriedades idênticas, pois têm
ção sólida completa (á). estruturas diferentes. Algumas das propriedades dos materi-
Para a liga Q a solidificação começa em T3 e é completa ais polifásicos são aditivas e podem ser determinadas pela
em T4, formando uma solução sólida completa (á). Se a média, (levando-se em conta pesos adequados) das proprie-
temperatura for reduzida um pouco além, então abaixo de dades individuais. Outras propriedades são interativas, pois
T5 o limite de solubilidade de B em A é excedido, e o metal o comportamento de cada fase depende da natureza da adja-
em excesso B é precipitado da solução sólida á. cente.
Entretanto, não é B puro, mas um solução sólida â satura-
do. Esta fase â precipitada pode ocorrem nas bordas dos A. Propriedades Aditivas
grãos á ou dentro dos cristais á ou em ambas localizações.
Para a liga R a solidificação começa em T6 e produz uma A densidade de uma estrutura polifásica pode ser calcula-
solução sólida á. A proporção de B no líquido remanescente da diretamente a partir da densidade . de cada uma das fases
aumenta, até que a solidificação em TE é completada e a e da fração em volume f correspondente.
estrutura contem á e o eutético (á +â). O resfriamento desta
mistura abaixo da temperatura TE causa a mudança da solu-
bilidade de A em B e de B em A e as composições da solu- Quando se tem apenas duas fases a densidade é uma fun-
ção sólida (á e â) são dadas pelos pontos nas curvas CF e ção linear da fração em volume presente de cada uma das
DG respectivamente. A microestrutura para esta liga (sólida) fases. No caso de se ter poros o produto f . é nulo, já que
é mostrada também na Fig. 3. Resultados similares podem para essa fase a densidade é nula. Na figura 5 é mostrado um
ser deduzidos para o resfriamento de soluções líquidas com exemplo para mistura de plástico e fibra de vidro.
As condutividades elétrica e térmica dos materiais polifá- Embora uma resina fenol-formaldeido isolada seja bas-
sicos também são aditivas. Entretanto, a escolha dos pesos é tante resistente, ela é suscetível à ruptura por cisalhamento;
mais complexa, pois tanto a forma como a distribuição das a incorporação de uma segunda fase produz uma resistência
fases, são importantes. adicional à deformação. No outro extremo da faixa de com-
posições, a resistência da serragem isolada é nula; não exis-
B. Propriedades Interativas tem forças que mantenham as partículas de celulose na for-
ma de uma massa coerente. A resina adicionada age como
Propriedades tais como dureza e resistência não podem um cimento, unindo essas partículas. A resistência máxima é
ser interpoladas entre as das fases contribuintes, pois o com- conseguida em uma composição intermediária, na qual cada
portamento de cada fase depende da natureza da adjacente. fase age como reforçadora da outra.
Por exemplo, uma dispersão de partículas finas de uma fase
dura, inibe o escorregamento e evita o cisalhamento de uma
matriz dútil.
Esta interdependência das propriedades mecânicas das fa-
ses torna possível obter-se
materiais mais resistentes pela adição de reforçadores. Por
exemplo, a adição de carbono à borracha, de areia à argila,
de areia ao asfalto ou de serragem aos plásticos, aumenta a
resistência destes materiais à deformação. O efeito na resis-
tência no último exemplo está mostrado graficamente na
Figura 6 Resistência de misturas (serragem de madeira como reforçador
Fig. 6.
de uma resina fenol-formaldeído).
ponto de solidificação, a temperatura só tornará a diminuir
III. DIAGRAMA DE FASE DE UM METAL PURO quando todo o material tiver se solidificado.
anotar a elevação de temperatura desta amostra num dia- ferro, níquel, estanho e outros, mostram que além do pata-
grama em que os tempos de aquecimento serão o eixo x e as mar da troca de estado o diagrama possui outros patamares
A figura 7 nos mostra um gráfico característico de um Transformação alotrópica é o nome dado ao patamar de
Liquidus
Líquido
Líquido +
Sólido
Solidus
Sólido
Fig 10 O diagrama dividido em várias retas isotermas, onde podemos achar as áreas mono, bi e trifásicas