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Quando se constrói um edifício novo, uma nova casa, uma nova indústria,
regular ou não, existe uma atualização no Cadastro Imobiliário, momento em que o
“agente cadastrador” apura o fato gerador. Esta é uma “ação” que poderia ser
interpretada como “manter” e “ampliar” a arrecadação e certamente foi feita nestes
últimos 10(dez) anos, principalmente diante do “boom” imobiliário que ocorreu em
Guarulhos. Ou isso não foi feito? Vejamos:“o cadastramento de cerca de novos 100 mil
imóveis, que estão “perdidos” pela cidade e fora do cadastro”. Estamos diante de mais
uma confissão de inoperância? Estamos diante de um factoide meramente criado para
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Ditado popular, que insiste em equiparar a equino quem muito fala. Ofensa aos equinos. Deveríamos dizer “Dar bom
dia a Contribuintes”, os “muares” que suportam os encargos do Estado.
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Lei 2.210/77, Art. 17. (...) Parágrafo único. O Executivo publicará, anualmente, “plantas genéricas de valores” que
conterão os valores dos terrenos para efeito de tributação devendo as mesmas, a partir do exercício de 1979, serem
aprovadas pela Câmara Municipal.
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ofuscar o leitor? A defesa da Anistia de 2004, feita com base em busca de recursos,
também poderia ter sido feita com base na atualização do cadastro do IPTU que ela
gerou. Colocar 100 mil imóveis “perdidos” é um desrespeito com o servidor
“cadastrador de imóveis”, um acinte ao bom pagador do IPTU.
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Esse valor está sendo custeado com verbas próprias, mas poderia ser reduzido pela metade do valor, se a prefeitura
usasse verbas do PNAFM - PROGRAMA NACIONAL DE APOIO À MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E
FISCAL(http://www.ucp.fazenda.gov.br/guarulhos-lanca-pagina-na-internet-para-o-acompanhamento-do-pnafm;
http://www.guarulhos.sp.gov.br/pnafm/). Mas como a fiscalização do CGU, diferente da dos vereadores, não é
condescendente...
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redução de apenas 5%(cinco por cento), não é um engodo, não se perfaz em mero
factoide?
O que certamente será bem executado será desconto de 20% para grandes
empresas ou residências luxuosas que tenham “duas de nove medidas ambientais, entre
as quais, aquecimento solar, capitação de água de chuva, re-uso da água, coleta
seletiva de lixo, sistema natural de iluminação, construção com material sustentável e
telhado verde (gramado)”, já que tais medidas ambientais são de custo elevado. Ficando
evidente que o desconto do IPTU será acessível aos imóveis de maior valor venal,
garantindo aos ricos a possibilidade de se esquivar dos impostos.
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O valor da UFG(Unidade Fiscal do Município de Guarulhos) de 2010 é R$1,9877.
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Não tenho nenhuma simpatia com o prefeito de São Paulo, política ou “ideológica”.Apenas faço referência em
virtude da proximidade geográfica, e porte do Município, tendo em vista que Guarulhos é o segundo maior município
do Estado.
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Novamente citamos a Capital Paulista simplesmente pela proximidade geográfica e única cidade possível de
comparação a Guarulhos (segunda maior cidade do Estado de São Paulo).
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reprodução do prédio corrigido pelo fator de depreciação, portanto, precede de prévio
levantamento in loco? Procederão o reenquadramento com base do “Ctrl C” e “Ctrl V”?
Será que esqueceram que, com o advento da progressividade, 30 mil processos
administrativos de revisão foram protocolados e tal situação poderá se repetir só que
agora em proporção geométrica? Imaginem agora com os contribuintes cientes dessas
ilegalidades?
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80% dos “serventuários” de seu Ofício são “emprestados” pela Prefeitura? Os
contribuintes de Guarulhos sabem disso?
Este ponto deveria ser mais bem trabalhado, pois é um verdadeiro “tapa na
cara do bom pagador”. Veicula-se nos bastidores que o Município estaria disposto a
“bancar” com dinheiro do munícipe guarulhense mais “duas” Varas da Fazenda Pública
(de competência do Judiciário Estadual). Ou seja, quer o Município “doar”, “dar”
dinheiro do munícipe para o Estado de São Paulo para “aparelhar a máquina” de cobrar
o imposto do munícipe inadimplente. O munícipe está equipando uma “arma” contra si.
E o Tribunal de Contas certamente achará isto “legal”. Não queremos dizer que não deva
existir mais Juízos da Fazenda para promover execução fiscal em Guarulhos,
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simplesmente deveriam não ser financiados pelo dinheiro da Prefeitura posto que
compromete a imparcialidade do Juízo.
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Nem mesmo resolveu questões administrativas menores; como solucionar o
“burburinho” entre Inspetores Fiscais de Rendas e Agentes de Fiscalização lotados no
DRM - Departamento de Receita Mobiliária, enveredou por imputar a estas questões
menores, as mazelas da Pasta pela qual é (ir)responsável, e agora quer também atribuí-
las ao Contribuinte!
Contribuinte! SEABRA lhe dá bom dia, melhor fosse aos cavalos, os equinos
não pagam a conta, você sim. Espere seus próximos “carnês” de IPTU (2011/2012) e
entenderá melhor o que queremos dizer.