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Mãos Criminosas Alteraram os Escritos de Ellen White

A Falsa Doutrina da Trindade e os Escritos dos Pioneiros e de Ellen White

 A Doutrina Que os Cristãos Primitivos e os Pioneiros Adventistas


Desconheciam
Depois que discerni o erro da trindade, heresia católica infiltrada no seio da cristandade e
até mesmo entre a igreja adventista do sétimo dia (mesmo que lhe queiram falsamente
chamar de divindade), a qual frequentei durante 23 anos, comecei a estudar mais sobre os
cristãos primitivos e os pioneiros adventistas. Pude concluir pelo estudo da Bíblia e escritos
de Ellen White, bem como de escritos históricos, que tanto os primeiros como os segundos
não acreditavam na doutrina da trindade. Era para os primeiros um termo desconhecido, e
para os segundos um termo rejeitado. A herança cristã é acima de tudo judaica ou, se
quisermos, hebraica. Os hebreus durante séculos aguardaram pelo Messias ou o Cristo, o
Ungido de Jeová (Sl. 2:2). Na realidade, aqueles que rejeitaram Jesus Cristo, ainda hoje
esperam o Messias da promessa.
A igreja cristã originou-se com os judeus que aceitaram a Jesus como o Messias. Esta era a
sua particularidade, além de que para eles, a lei cerimonial não mais tinha valor. Não houve
mudança de Deus, mandamentos ou de princípios doutrinais (Dt. 6:4; Mr. 12:29; I Jo. 2:24 e
5:3), apenas a aceitação do que estava profetizado, a vinda do Cristo (Dt. 18:15; Is. 42:1-7).
Continuaram crendo no Deus único (I Cor 8:6)!
Como foi possível que cerca de 2000 anos depois, eu tenha sido ensinado, pelos pastores
adventistas, a crer na trindade?! A tolice de alguns é tão grande, que chega ao ponto de
crer que aos hebreus não foi revelada essa ―verdade‖. Então, essa ―verdade‖ foi revelada
muito mais tarde, a uma igreja apóstata dirigida pelo iníquo (II Tes. 2:3)?! E por essa igreja
foi confirmada?!
A apostasia não é revelação nem confirmação de verdades, mas da mentira! Apostasia é
destruição da verdade!

 Teólogos Adventistas Procuram Distorcer os Escritos de Ellen White


Fico completamente indignado ao ler as barbaridades tais como as que foram publicadas
por Woodrow Whidden, Jerry Moon e John W. Reeve, teólogos adventistas. Se os editores
da Casa o permitiram, é porque esse é o pensamento da igreja em geral. Esta estirpe de
pessoas só demonstram ser verdadeiros enganadores, tiranos religiosos, cuja estupidez –
ou melhor, querem fazer dos outros parvos e tolos! – está estampada no que escreveram,
seguindo o exemplo dos padres católicos que, para defenderem as suas doutrinas, têm que

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inventar toda a explicação possível e imaginária para forjar o texto bíblico. Estes autores o
fizeram não só com a Bíblia, mas também com os escritos de Ellen White:
―1888 – Cristo era ―o único Ser em todo o Universo que poderia entrar nos conselhos e
propósitos de Deus‖ (O Grande Conflito, [1888], pág. 493; Patriarcas e Profetas [1890], pág.
34). O contexto mostra que “o único Ser” se encontra em contraste com os anjos.
Entretanto, a expressão é anterior à exposição mais ampla do papel do Espírito Santo.‖
Trindade, pág. 238.
Ou seja, estes autores (ou antes, destruidores do texto), numa tentativa falhada de
ultrapassarem determinadas citações explicitamente anti-trinitarianas de Ellen White, vão ao
ponto de diminuir a Jesus. Está em contraste sim, não só com os anjos, mas com todos os
seres inteligentes do Universo. Isto é óbvio, pois Jesus não é um Ser criado mas gerado do
Pai, o unigénito Filho de Deus. Mas não é isso que Ellen White está dizer, mas sim que,
além de Deus, o Pai, o Ser Soberano do Universo, Jesus é o único Ser, repito, o único Ser
que poderia participar em Seus conselhos, o que claramente demonstra que a autoridade
do Pai é exclusiva (At. 1:7). Não resta portanto, espaço para um terceiro ou quarto ser!
Por outro lado, se acham que a questão se resume ao contraste entre Cristo e os anjos,
então para estes trinitarianos, (tendo em conta que consideram Deus como o Pai, o Filho e
o Espírito Santo), ou o Pai e o Espírito Santo não seriam ―Seres‖, o que é um paradoxo, ou
então, estariam numa escala superior a Cristo, o que é uma negação clara da trindade.
Como é possível esses ―bandidos‖ terem a coragem de blasfemar de Cristo num livro
institucional?! Por outro lado, estão de certa forma a afirmar que a expressão ―o único Ser‖
passou de validade por posterior e mais ―ampla‖ revelação sobre o papel do Espírito Santo.
Isto seria uma pura contradição como veremos mais adiante! Verdadeiramente, estes três
autores não passam de escarnecedores da Palavra inspirada. Só podem vir de Babilónia!
Mas a ―saga‖ continua. Depois de uma série de frases de Ellen White organizadas por
datas, a fim de sugerir a ideia de que Ellen White teve que evoluir em sua teologia,
conseguem ainda fazer as seguintes afirmações disparatadas:
―Em primeiro lugar, esta sequência de conceitos mostra uma clara progressão do simples
para o complexo, revelando que a compreensão de Ellen White cresceu e se modificou à
medida que ela recebia luz adicional. Fernando Canale destacou que o desenvolvimento é
similar ao que encontramos no Novo Testamento (Canale, ―Doctrine of God‖, pags. 128-
130). Nos Evangelhos, o primeiro desafio foi convencer os discípulos de que Cristo
era um com o Pai. Uma vez que o conceito monoteísta dos mesmos se expandiu para
aceitar ―um Deus‖ em duas pessoas divinas, tornou-se comparativamente mais fácil
conduzi-los ao reconhecimento do Espírito Santo como a terceira pessoa divina. (…)
Será que ela mudou de uma visão semi-ariana para uma trinitariana, ou mantinha
privadamente uma opinião trinitariana todo o tempo? Não é possível apresentar uma
resposta taxativa a esse respeito. (…)
Em qualquer caso, seus escritos posteriores relativos à trindade jamais requereram que ela
repudiasse declarações anteriores. Ela simplesmente escreveu do modo mais específico
que suas visões lhe permitiram.‖ Trindade, pág. 239,240.
Isto é lixo teológico. Do mais nauseabundo que se pode encontrar. Pode ser que lá nos
Estados Unidos alguém se lembre de queimar também este género de livros!

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Dizer que a compreensão de alguém cresça, ou se amplie é uma coisa, mas dizer que se
modificou é outra completamente diferente! É o mesmo que dizer que Ellen White em
determinado momento recebeu uma informação de Deus, e algum tempo depois Deus
revelou-lhe o contrário. Isto é um contrasenso!
A luz adicional que ela possa ter recebido de Deus sobre qualquer aspecto, não pôde ter
anulado, de maneira alguma, a luz já recebida. Como é que ela podia ter recebido
inspiração de Deus para descrever as coisas de uma forma, e logo de seguida de uma
forma completamente contrária?! Se assim fosse, então ela teria obviamente que repudiar
seus escritos. Mas creio que, verdadeiramente, estamos perante uma grande
conspiração contra Ellen White, o que também demonstrarei!
Quanto à pergunta colocada pelos autores em questão, quero dizer que, em momento
nenhum Ellen White se demonstrou a favor da trindade, pelo contrário, condenou-a
claramente. Exemplos disso são: sua aprovação dos Yearbooks da igreja (anuários oficiais
da igreja onde ficaram registados os princípios fundamentais dos adventistas do sétimo dia
em uma declaração de fé), cujas declarações oficiais eram semi-arianas; seu
consentimento com muitas frases antitrinitarianas na Review and Herald, principal meio de
comunicação da igreja na época, e noutras publicações; suas próprias declarações não só
a respeito da divindade, mas também quanto ao caso da apostasia do Dr. Kellogg. Passo a
apresentar cada um destes exemplos respectivamente.

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Declarações de Fé Acerca da Divindade
Primeira declaração de fé, escrita por Urias Smith, em 1872:

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Passo a apresentar a mesma declaração de fé, que foi publicada nos anuários da
denominação adventista do sétimo dia, entre 1889 e 1914, estando Ellen White ainda viva.

Capa do anuário (year book) de 1914:

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Página 293 do anuário (year book) de 1914:

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A referida declaração de fé, diz o seguinte (traduzido para o português):
―Que existe um Deus, um Ser pessoal, espiritual, o criador de todas as coisas, onipotente,
omnisciente, e eterno; infinito em sabedoria, santidade, justiça, bondade, verdade e
misericórdia; imutável; e presente em toda parte por seu representante o Espírito
Santo.
Que existe um Senhor Jesus Cristo, o Filho do Eterno Pai, pelo qual todas as coisas
foram criadas e por quem elas existem.” Yearbook, 1889, 1894, 1905-1914.
Portanto, Ellen White, que se contou entre aqueles que aprovaram estas palavras, cria no
Espírito Santo, não como uma pessoa separada do Pai ou do Filho, mas como o
representante de Deus. Caso contrário, ela teria se oposto a estas declarações onde não
existe alínea separada para o Espírito Santo. Redigidas por Uriah Smith em 1872,
permaneceram as mesmas durante vários anos, desde a sua primeira publicação, na ―Signs
of the Times‖ em 1874, nos anuários em 1889, 1894, e de 1905 até 1914 inclusivamente.
Após o anuário de 1914 não tornaram a publicar as declarações de fé nos anuários senão
em 1931, com 17 anos de intervalo – e depois da morte da irmã White – para se
certificarem que o assunto ficava bem esquecido na mente das pessoas. A declaração de fé
que apareceu no anuário de 1931 – repito, após 17 anos de silêncio com relação a crenças
– era bem diferente, pois aí passou a haver uma alínea específica para o Espírito Santo.

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Capa do anuário (year book) de 1931:

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Página 377 do anuário (year book) de 1931, onde as crenças foram modificadas:

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(Fontes: http://www.adventistarchives.org/docs/YB/YB1889__B.pdf#view=fit;
http://www.adventistarchives.org/docs/YB/YB1914__B.pdf#view=fit;
http://www.adventistarchives.org/docs/YB/YB1931__B.pdf#view=fit
http://www.arquivoxiasd.com/index.htm#sumario).

 Declarações Antitrinitárias dos Pioneiros Adventistas


Seguidamente apresento, em ordem cronológica, várias declarações dos pioneiros
adventistas, expressamente antitrinitárias, tanto do período anterior ao estabelecimento da
igreja adventista do sétimo dia, como do período que se seguiu, até alguns anos depois da
morte de Ellen White, ou seja, perto de 100 anos de história dos adventistas.

Joseph Bates: ―Com respeito à Trindade, concluí que me era impossível crer que o
Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, era também o Deus Todo-poderoso, o Pai, um e o
mesmo ser.‖ A Trindade, pág. 216, 1827.

James White: ――Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da


salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar seriamente
pela fé que uma vez foi dada aos santos. Porque se introduziram alguns, que já antes
estavam escritos para este juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de
Deus e negando o único Senhor Deus e nosso Senhor Jesus Cristo.‖ Jd. 3, 4, (Traduzido
directamente da King James).

A exortação para batalhar pela fé entregue aos santos, é especificamente para nós. E é
muito importante para nós saber para quê e como batalhar. No 4º verso ele dá-nos a razão
porque nós devemos batalhar pela fé, uma fé peculiar; ―Porque se introduziram alguns‖ ou
uma determinada classe, os quais negam o único Senhor Deus e nosso Senhor Jesus
Cristo. … A forma pela qual os espiritualistas têm posto de parte ou negado o único
Senhor Deus e nosso Senhor Jesus Cristo, é em primeiro lugar, a utilização do antigo
e anti-escriturístico credo trinitário, isto é, que Jesus é Deus eterno, embora eles não
tenham uma passagem das escrituras que dê suporte a isso, enquanto nós temos claros
testemunhos bíblicos em abundância que ele é o Filho do Eterno Pai.‖ The Day Star,
24 de Janeiro de 1846. (Ver também Trindade, pág. 235.)
(Frase traduzida do inglês, do site:
http://www.elijah144.com/pioneersonthetrinity.htm)

―Reivindicar que os ensinamentos do Filho e seus apóstolos são os mandamentos do Pai


[defendendo que os 10 mandamentos foram abolidos], está tão longe da verdade como o
velho absurdo trinitário que Jesus é verdadeiramente o Deus eterno.‖ Review and
Herald, 5 de Agosto de 1852, vol. 3, nº7, pág. 52, par. 42.

James White: "Como erros fundamentais, nós poderíamos classificar com este falso
Sábado outros erros que os protestantes trouxeram da igreja católica, como o batismo
por aspersão, a trindade, a consciência dos mortos e o tormento eterno. A multidão que
agarrou estes erros fundamentais, fez isto ignorantemente, sem dúvida; mas pode isto ser

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suposto, que a igreja de Cristo levará junto de si estes erros até às cenas do julgamento
que irromperão sobre o mundo? Nós não acreditamos.‖ Review and Herald , 12 de
Setembro de 1854, vol. 6, nº5, pág. 36, par. 7.

J.N.Andrews: ―A doutrina da Trindade, a qual foi estabelecida na igreja pelo concílio de


Nicéia em 325 d.c. Essa doutrina destrói a personalidade de Deus e seu Filho Jesus
Cristo, nosso Senhor. As medidas infames pelas quais foi imposta à igreja, as quais
aparecem nas páginas da história eclesiástica, podem bem causar vergonha em cada um
dos crentes naquela doutrina.‖ Review and Herald, 6 de Março de 1855, vol. 6, nº24, pág.
185, par. 34.

James White: ―Aqui podemos mencionar a Trindade, que faz desaparecer a personalidade
de Deus e de seu Filho Jesus Cristo, e o aspergir ou derramar em vez de ser ―sepultados
com Cristo no batismo‖, ―plantados na semelhança da sua morte‖; mas nós passámos
dessas fábulas para prestar atenção a uma que é considerada sagrada por quase todos os
professos cristãos, tanto Católicos e Protestantes. É, a mudança do sábado do quarto
mandamento, do sétimo para o primeiro dia da semana.‖ Review and Herald, 11 de
Dezembro, 1855, vol. 7, no. 11, page 85, par. 15, 16.

James White: ―O ―mistério da iniquidade‖ começou a operar na igreja nos dias de Paulo. Por
último, pôs de parte a simplicidade do evangelho, e corrompeu a doutrina de Cristo, e a
igreja foi para o deserto. Martinho Lutero, e outros reformadores, surgiram na força de
Deus, e com a Palavra e o Espírito, fizeram grandes avanços na Reforma. A grande falta
que podemos encontrar na Reforma é, que os Reformadores pararam de reformar. Se eles
tivessem continuado em frente, até terem deixado para trás o último vestígio do papado,
tal como a imortalidade natural, o batismo por aspersão, a trindade, a guarda do domingo,
e a igreja agora estaria livre de erros anti-escriturísticos.‖ Review and Herald, 7 de
Fevereiro de 1856, vol. 7, no. 19, pág. 148, par. 22.

Pergunta colocada a J. N. Loughborough e respectiva resposta:

―Quais são as sérias objecções à doutrina da trindade? (…)

1. Não está muito de acordo com o senso comum, falar de três sendo um, e um sendo
três. Ou como alguns o expressam, chamando Deus ―o Deus Triúno‖, ou ―o Deus três em
um‖. Se cada um, Pai, Filho, e Espírito Santo são Deus, seriam três Deuses; por três
vezes um não é um, mas três. Num certo sentido eles são um, mas não uma pessoa, como
reclamado pelos Trinitários.

2. É contrário à Escritura. Quase todas as porções do Novo Testamento que possamos


abrir, nas quais ocorre falar do Pai e do Filho, representam-nos como duas pessoas
distintas. O décimo-sétimo capítulo de João por si só, é suficiente para refutar a
doutrina da trindade.

Mais de quarenta vezes, naquele único capítulo Cristo fala de Seu Pai como uma pessoa
distinta de si próprio. O Pai estava no céu e Ele sobre a Terra. O Pai enviou-o. Dando-lhe
aqueles que creram. Ele devia então ir para o Pai. E neste mesmo testemunho ele mostrou-
nos em que consiste a unicidade do Pai e do Filho. É o mesmo que a unicidade dos
membros da igreja de Cristo.

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―Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles
sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.‖ De um só coração e uma
só mente. De um só propósito em todo o plano idealizado para a salvação do homem.
Leiam o décimo-sétimo capítulo de João e vejam se ele não deita completamente por terra
a doutrina da Trindade.

Para acreditar naquela doutrina, quando lemos a escritura devemos acreditar que
Deus se enviou a si mesmo ao mundo, morreu para reconciliar o mundo consigo
mesmo, ressuscitou-se a si mesmo, ascendeu por Ele próprio ao céu, intercedeu
perante ele mesmo no céu para reconciliar o mundo consigo mesmo, e é o único
mediador entre o homem e ele mesmo. É inaceitável colocar a natureza humana de
Cristo [ou seja, o ―Jesus homem‖] (de acordo com os trinitários) como o Mediador [Isto
remove Jesus de Sua posição de divino Salvador e Mediador]; por isso Clarke diz: ―Sangue
humano não é mais capaz de apaziguar Deus do que sangue de porco.‖ Comentário em II
Sm. 21:10. Nós devemos também acreditar que no jardim Deus orou por si próprio, se
isto fosse possível, para deixar a taça passar de si mesmo, e milhares de outros
absurdos.

Leiam cuidadosamente os seguintes textos, comparando-os com a ideia que Cristo é o


Omnipotente, Omnipresente, Supremo, e o único Deus existente por si mesmo: Jo. 14:28;
17:3; 3:16; 5:19, 26; 11:15; 20:19; 8:50; 6:38; Mc. 8:32; Lc. 6:12; 22:69; 24:29; Mat. 3:17;
27:46; Gál. 3:20; I Jo. 2:1; Ap. 5:7; Act. 17:31. Ver também em Mat. 11:25, 27; Lc. 1:32;
22:42; Jo. 3:35, 36; 5:19, 21, 22, 23, 25, 26; 6:40; 8:35, 36; 14:13; 1 Cor. 15:28, etc.

A palavra Trindade não ocorre em nenhum lugar na Escritura. O principal texto que é
suposto ensinar isso é I Jo. 5:7, o qual é uma interpolação [intercalação de palavras ou
frases que não pertencem a um texto]. Clarke diz: ―De cento e treze manuscritos, cento e
doze não o contêm. Não aparece em nenhum manuscrito, antes do décimo século. E o
primeiro lugar em que o texto aparece em Grego, é na tradução Grega dos actos do
Concílio de Latrão, aprovada em 1215 d.c.‖(…)

3. A sua origem é pagã e mitológica. Em vez de nos apontar as escrituras para provar a
trindade, nós somos direcionados para o tridente dos Persas, com a reivindicação que ―por
isto eles designaram ensinar a ideia de uma trindade, e se eles têm a doutrina da trindade,
eles devem ter recebido isso do povo de Deus por tradição. Mas tudo isto é suposto, por
isso é certo que a igreja Judaica não sustentou tal doutrina.‖ Diz o Sr. Summerbell: ―Um
amigo meu que estava presente numa sinagoga de New York, pediu ao Rabbi uma
explicação da palavra ―Elohim‖. Um pastor trinitário que estava de lado, replicou: ―Ora!
Existe referência às três pessoas na Trindade‖, quando um Judeu avançou e disse que
ele não deveria mencionar novamente aquela palavra, ou então eles teriam de forçá-lo
a deixar a casa; não era permitido mencionar o nome de nenhum deus estranho na
sinagoga.‖ (Discussion between Summerbell and Flood on Trinity, pág. 38). Milman diz que
a ideia do tridente é mitológica (Hist. Christianity, pág. 34).

Esta doutrina da Trindade foi trazida para a igreja no mesmo tempo em que a
adoração de imagens, e a guarda do domingo e não é mais do que a doutrina dos
persas remodelada. Demorou cerca de trezentos anos, desde a sua introdução, para tornar
a doutrina naquilo que é hoje. Isso começou aproximadamente em 325 D.C., e não se
completou senão em 681. Ver Milman‘s Gibbon‘s Rome, vol.4, pág. 422. Foi adoptado em
Espanha em 589, em Inglaterra em 596, em África em 534. – Gib. Vol.4, págs. 114, 345;

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Milner, vol.1, pág. 519.‖ J. N. Loughborough, Review and Herald, 5 de Novembro de 1861,
vol. 18, page 184, par. 1-11.

J. H. Waggoner: ―O grande equívoco dos trinitarianos, ao argumentarem esse assunto, é


este: Eles não fazem diferença entre negar a trindade e negar a divindade de Cristo. Eles
só vêem os dois extremos entre os quais está a verdade; tomam cada expressão referente
à pré-existência de Cristo como uma prova da trindade. As Escrituras ensinam
abundantemente a pré-existência de Cristo e a sua divindade, mas são inteiramente
silenciosas quanto à Trindade.

A declaração que o divino Filho de Deus não morre, está tão longe dos ensinamentos
da Bíblia como as trevas da luz. Nós perguntariamos aos Trinitarianos, a qual das duas
naturezas devemos a redenção? A resposta seria obviamente a natureza que morre e que
derramou seu sangue por nós, porque nós temos redenção por meio de Seu sangue. Então
fica evidente que, se unicamente a natureza humana morre, o nosso redentor é unicamente
humano e que o divino Filho de Deus não teve parte na nossa salvação, pela qual não
morreu e nem sofreu. Certamente nós falamos bem, que a doutrina de uma trindade
degrada a expiação, trazendo o sacrifício, o sangue pelo qual fomos comprados,
baixar para a norma do socinianismo.‖ J. H. Waggoner, 1884, The Atonement In The
Light Of Nature And Revelation, pág. 173 (Também se encontra em Review and Herald, 10
de Novembro 1863, vol. 22, pág. 189, par. 16).

James White: ―Jesus orou para que seus discípulos fossem um como ele era um com
o seu Pai. Esta oração não contemplou um discípulo com doze cabeças, mas doze
discípulos, sendo um em objectivo e esforço na causa de seu mestre. Nem tão-pouco
são o Pai e o Filho partes do "Deus três em um." Eles são dois seres distintos,
embora sejam um no propósito e realização da redenção. Os remidos, do primeiro que
toma parte na grande redenção, até ao último, todos atribuem a honra, e glória, e louvor, de
sua salvação, a Deus e ao Cordeiro.‖ Life Incidents, pág. 343, 1868.

R.F. Cottrell: ―Que uma pessoa seja três pessoas, e que três pessoas sejam uma só
pessoa, é uma doutrina que nós podemos proclamar ser uma doutrina contrária à
razão e ao senso comum. A natureza e atributos de Deus estão acima, muito além, fora
do alcance do meu senso e razão, apesar disso acredito neles. Mas a doutrina à qual eu me
oponho é contrária, sim, é essa a palavra, ao próprio sentido e razão que o próprio Deus
implantou em nós. Ele não nos pede que acreditemos em tal doutrina. Um milagre está para
além da nossa compreensão, mas todos acreditamos em milagres, julgados pelos nossos
sentidos. O que vemos e ouvimos convence-nos que há um poder que efectuou o mais
maravilhoso milagre de criação. Mas o nosso Criador fez ser um absurdo para nós que uma
pessoa seja três pessoas, e três pessoas uma pessoa; e na sua palavra revelada ele nunca
nos pediu para acreditar nisso. (…)

Mas sustentar a doutrina da Trindade, não é tanto uma evidência de uma má intenção,
como de intoxicação daquele vinho que todas as nações beberam. O fato de que esta
era uma das mais importantes doutrinas, senão a principal, sobre a qual o bispo de Roma
foi exaltado ao papado, não recomenda muito em seu favor. Isto deveria levar os homens a
investigar por si mesmos, como quando os espíritos de demônios fazem milagres para
provar a imortalidade da alma. Nunca tendo duvidado disso antes, eu agora a provaria até o
fundo, por aquela palavra que o Espiritualismo moderno anula. (…)

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A revelação ultrapassa-nos, mas em nenhuma instância contraria o raciocínio
correcto e o sentido comum. Deus não reivindicou, como têm feito os papas, que ele
podia ―fazer justiça ou injustiça‖, nem tão pouco, depois de nos ter ensinado a contar, nos
disse que não há diferença entre números singulares e plurais. Acreditemos em tudo o que
Ele revelou, e não lhe acrescentemos nada mais.‖ Review and Herald, 6 de Julho de 1869,
vol. 34, nº 2, págs. 10,11.
James White: ―Paulo afirma acerca do Filho de Deus que ele era em forma de Deus, e que
ele era igual a Deus. ―Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a
Deus‖ (Fil. 2:6). A razão pela qual não é usurpação para seu Filho o ser igual ao Pai é o
facto de que ele é igual ... A inexplicável Trindade que faz a Divindade três em um e um em
três, é ruim o suficiente, mas aquele ultra Unitarismo [Crença em Jesus como homem
apenas] que faz Cristo inferior ao Pai é pior. Teria Deus dito a um inferior, ―Façamos o
homem à nossa imagem‖?‖ Review and Herald, 29 de Novembro de 1877, vol. 50, nº22,
pág. 172.
E. J. Waggoner: ―Ao defender a igualdade perfeita do Pai e do Filho, e o fato de que
Cristo é em sua própria natureza Deus, não pretendemos ser entendidos como
ensinando que o Pai não existia antes do Filho. Não seria necessário salvaguardar este
ponto, com receio de que alguns pensem que o Filho existiu desde a mesma altura que o
Pai; ainda assim, alguns vão a esse extremo, o que não acrescenta nada à dignidade de
Cristo, mas antes diminui a honra devida a ele, uma vez que muitos preferem deitar tudo a
perder e aceitar uma teoria tão obviamente em discordância com a linguagem das
Escrituras, que Jesus é o Filho unigénito de Deus. Ele foi gerado, não criado. Ele é da
mesma substância do Pai, portanto, em sua essência, ele é Deus, e sendo assim "aprouve
a Deus que, nele, habitasse toda a plenitude." Col. 1:19 ... Enquanto ambos são da
mesma natureza, o Pai é primeiro em questão de tempo. Ele também é maior pois que
não teve começo, enquanto a personalidade de Cristo teve um começo.‖ E. J.
Waggoner, The Signs of the Times, 8 de Abril, 1889.

(Frase traduzida a partir do inglês, do site:


http://www.elijah144.com/pioneersonthetrinity.htm)

E. J. Waggoner: ―Finalmente, conhecemos a unidade divina do Pai e do Filho pelo fato


de que ambos têm o mesmo Espírito. Paulo, depois de dizer que os que estão na carne
não podem agradar a Deus, continua: "Mas vós não estais na carne, mas no Espírito, se é
que o Espírito de Deus habita em vós. Agora, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse
tal não é dele. "Rom. 8:9. Aqui vemos que o Espírito Santo é o Espírito de Deus e o
Espírito de Cristo….‖ (E. J. Waggoner, 1890, Christ and His Righteousness, págs 23, par.
1.

Urias Smith: ―O termo ―Espírito [Fantasma] Santo‖, é uma tradução cruel e repulsiva.
Deveria ser ―Santo Espírito‖ (hagion pneuma) em toda a situação. Este Espírito é o Espírito
de Deus, e o Espírito de Cristo; sendo o Espírito o mesmo quer seja referido como
pertencendo a Deus ou a Cristo. Mas em relação a este Espírito, A Bíblia utiliza
expressões que não se podem harmonizar com a ideia de que é uma pessoa como o
Pai e o Filho. Antes, é demonstrado ser uma divina influência partindo de ambos, o
meio que representa a sua presença e pela qual eles têm conhecimento e poder por
todo o universo, quando não pessoalmente presentes. Cristo é uma pessoa, agora
oficiando como sacerdote no santuário no céu, e ainda assim ele diz, onde quer que dois ou

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três estejam reunidos em seu nome, ele estará no meio deles (Mt. 18:20). Como? Não
pessoalmente, mas pelo Seu Espírito. Em um dos seus discursos (Jo. 14-16) este Espírito é
personificado como ―o Consolador‖, e como tal, tem os pronomes pessoal e relativo, ―ele‖,
―aquele‖, e ―quem‖, a ele aplicados.

Mas normalmente fala-se dele de uma forma que mostra que não pode ser uma pessoa,
como o Pai e o Filho. Por exemplo, é frequentemente dito ser “derramado”. Mas nós
nunca lemos acerca de Deus ou Cristo serem derramados. Se fosse uma pessoa, não
seria nada estranho aparecer em forma corpórea, e ainda quando apareceu assim, esse
facto foi referido como peculiar. Assim Lucas 3:22 diz: ― E o Santo Espírito desceu sobre ele
em forma corpórea como pomba.‖ Mas a forma não é sempre a mesma, porque no dia de
Pentecostes assumiu a forma de ―línguas repartidas, como que de fogo‖ (At. 2:3,4).
Novamente nós lemos dos “sete Espíritos de Deus enviados a toda a terra” (Ap. 1:4;
3:1; 4:5; 5:6). É inquestionável que isto é simplesmente uma designação do Santo
Espírito, posto nesta forma para significar a perfeição e plenitude. Mas dificilmente
poderia ser assim descrito se fosse uma pessoa. Nós nunca lemos sobre sete Deuses
ou sete Cristos.‖ Review and Herald, 28 de outubro de 1890.

Uriah Smith: “Pode então não ser descabido para nós considerar por um momento o
que é este Espírito, qual a sua função, qual a sua relação com o mundo e com a
igreja, e o que é que o Senhor através dele propõe fazer pelo seu povo. O Santo
Espírito é o Espírito de Deus; é também o Espírito de Cristo. É aquela divina,
misteriosa emanação por meio da qual eles levam avante a sua grande e infinita obra.

É chamado o Espírito Eterno; é um espírito que é omnisciente e omnipresente; é o espírito


que se movia, ou pairava, sobre a face das águas nos primeiros dias quando reinava o
caos, e de fora do caos foi trazida a beleza e a glória deste mundo. É a agência pela qual a
vida é concedida; é o meio pelo qual todas as bênçãos e graças de Deus chegam até nós.
É o Consolador; é o Espírito da verdade; é o Espírito de Esperança; é o Espírito de Glória; é
a conexão vital entre nós e o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo; porque os apóstolos
dizem-nos que se nós ―não tivermos o Espírito de Cristo‖, nós ―não somos dele‖. É um
espírito amável; que pode ser insultado, pode ser ofendido, pode ser extinto. É aquela
agência por meio da qual seremos introduzidos, se alguma vez chegarmos a ser
introduzidos, à imortalidade. Por isso Paulo diz, que ―se o espírito d‘Aquele que dentre os
mortos ressuscitou a Cristo habita em vós, … também vivificará os vossos corpos mortais,
pelo seu Espírito que em vós habita‖ (Rom. 8:11); que é o Espírito de Cristo. (...)

Vocês notarão nestes poucos versos o apóstolo realçar as três grandes agências que
estão relacionadas com esta obra: “Deus, o Pai; Cristo, Seu Filho; e o Espírito Santo.” Uriah
Smith, 18 Março, 1891, General Conference Daily Bulletin, vol. 4, (Sermon delivered by
elder Uriah Smith, Sabbath, March 14, 1891), pág. 147, par. 4.

É interessante notarmos que Urias Smith, não considerando o Espírito Santo uma pessoa
diferente do Pai e do Filho, mas a influência de ambos, usou a expressão ―as três
agências‖. Vemos desta foma que ele não está de forma alguma a defender a trindade, pelo
contrário, pois Urias Smith, bem como os pioneiros em geral, entre os quais Ellen White,
eram antitrinitarianos. Da mesma forma que seria ridículo utilizar esta frase para dizer
que Urias Smith cria na trindade, assim o é com algumas frases de Ellen White; ainda
que contendo expressões semelhantes, ela não pretendia de forma nenhuma

15
defender a trindade como veremos mais adiante ao analisarmos o que ela diz acerca da
divindade:

Ellen White: ―Há alguns que, tendo aceito teorias errôneas, procuram estabelecê-las
colecionando de meus escritos declarações verídicas, as quais são por eles usadas fora de
seu devido contexto e deturpadas pela associação com o erro.‖ Carta 136, 27 de Abril,
1906, para os irmãos Butler, Daniels, and Irwin, (This Day with God, pág. 126, par. 3).

Uriah Smith: ―Somente Deus é sem começo. Numa época inicial em que poderia ter
havido um começo – um período tão remoto que para a mente finita, é
essencialmente a eternidade – apareceu a Palavra. "No princípio era o Verbo, e o Verbo
estava com Deus, e o Verbo era Deus." João 1:1. Esta Palavra não criada era o Ser, que,
na plenitude dos tempos, se fez carne e habitou entre nós. Seu início não foi como o de
qualquer outro ser no universo. Isto é demonstrado nas expressões misteriosas, "o seu [de
Deus] Filho unigênito" (João 3:16; I João 4:9), "o unigênito do Pai" (João 1:14), e "Eu saí e
vim de Deus." João 8:42. Assim, parece que por algum impulso divino ou processo,
não criação, que só é conhecido da Omnisciência, e só é possível à Omnipotência, o
Filho de Deus apareceu. E então o Espírito Santo (por uma enfermidade de tradução
chamado "Espírito [fantasma; do inglês ―Ghost‖] Santo"), o Espírito de Deus, o Espírito de
Cristo, a inspiração divina e o meio de seu poder, o representante de ambos (Sl 139:7),
existia também.‖ Looking Unto Jesus, pág. 10, par. 1, 1898.

Ellen White: ―Não é aos homens que devemos exaltar e adorar, é a Deus, o único Deus
verdadeiro e vivo, a quem são devidos nosso culto e reverência. ... Unicamente o Pai
e o Filho devem ser exaltados.‖ Filhos e Filhas de Deus, 21 de fevereiro de 1956, pág. 58
(The Youth's Instructor, 7 de julho de 1898).

http://egwdatabase.whiteestate.org/nxt/gateway.dll?f=templates$fn=default.htm$vid=default

Stephen N. Haskell: ―Antes da criação do nosso mundo, ―houve guerra no céu‖. Cristo e o
Pai fizeram aliança um com o outro; e Lúcifer, o querubim cobridor, ficou com inveja
porque não foi admitido no eterno concílio dos Dois que se sentavam sobre o
trono.‖The Story of the Seer of Patmos, págs. 217, 1905)

―Cristo foi o primogénito no céu; Ele foi do mesmo modo o primogénito de Deus sobre a
terra, e herdeiro do trono do Pai. Cristo, o primogénito, apesar de Filho de Deus, estava
vestido da humanidade, e aperfeiçoou-se pelo sofrimento. Ele tomou a forma de homem, e
por toda a eternidade, Ele permanecerá um homem.‖ Idem, págs. 98 e 99, 1905.

Ellen White escreveu: ―...Nenhum alfinete deve ser removido no que o Senhor
estabeleceu... Encontraríamos nós segurança, em menos do que o Senhor nos tem dado
nesses últimos cinquenta anos?‖ Review and Herald, 25 de maio de 1905, par. 28.

―Aqueles que procuram remover os velhos marcos, não estão retendo firmemente; eles não
estão se lembrando de como receberam e ouviram. Os que tentam introduzir teorias que
removeriam os pilares de nossa fé quanto ao santuário ou quanto à personalidade de
Deus ou de Cristo, estão agindo como cegos. Estão procurando introduzir incertezas e
deixar o povo de Deus à mercê das ondas, sem uma âncora.‖ Manuscript Release, 760,
págs. 9, 1905 (Este manuscrito encontra-se separado dos restantes no site
http://egwwritings.org/).

16
"Quando o homem vier para mudar um alfinete do fundamento que Deus estabeleceu por
seu Espírito Santo, permita que os homens de idade que foram os pioneiros no nosso
trabalho falem claramente, e permita que aqueles que estão mortos também falem, re-
imprimindo os seus artigos em nossas revistas. Focalize os ráios da divina luz que Deus
tem dado, como Ele tem guiado seu povo passo a passo no caminho da verdade. Essa
verdade prevalecerá no teste do tempo e da experiência". Manuscript Release, vol. 1, nº
55, (A Warning against False Theories), 24 de Maio de 1905, par. 1.

―Estive encarregada de dizer ao povo, que o diabo possui artifício após artifício, e os utiliza
de maneira que não esperam. As agências de Satanás inventarão meios para disfarçar
pecadores de santos. Digo a vocês agora, que quando eu for ao descanso, grandes
mudanças ocorrerão. Não sei quando serei levada; e desejo alertar a todos contra os
artifícios do diabo. Quero que o povo saiba que eu os alertei claramente antes da minha
morte. Não sei especificamente quais mudanças ocorrerão...‖ Manuscript Release 1,
1915.

http://www.adventistas.ws/perigo2.htm

Apresento ainda alguns testemunhos relativos ao tema da trindade, posteriores à morte de


Ellen White:

H. W. Carr: ―É agora defendido por alguns de nossos líderes que o Espírito Santo é uma
terceira pessoa da mesma natureza do Pai e do Filho, um membro do trio celestial,
cooperador em criação e pessoalmente activo com o Pai e o Filho. Por muitos anos tenho
usado estas citações da Sra. White [citações anteriormente apresentadas nesta carta] para
combater falsos ensinos relativamente a definir o Espírito Santo.‖ (Carta de H. W. Carr para
Willie White, 24 de Janeiro, 1935)

Willie White: ―Na sua carta você pediu-me que lhe dissesse o que eu compreendo ser a
posição de minha mãe em relação à personalidade do Espírito Santo. Isto eu não posso
dizer porque eu nunca compreendi claramente os seus ensinos acerca desse assunto.
Sempre houve em minha mente alguma perplexidade sobre o significado das suas
expressões, as quais, para a minha superficial maneira de pensar parecem ser um tanto ou
quanto confusas….

As frases e argumentos de alguns de nossos ministros em seu esforço para provar que
Espírito Santo era uma pessoa como Deus o Pai e Cristo, o Filho Eterno, têm-me deixado
perplexo e por vezes têm-me feito ficar triste. Um ensino popular diz: ―Podemos olhar para
Ele (o Espírito Santo), como o companheiro que está aqui em baixo fazendo as coisas‖.

As minhas perplexidades foram diminuídas um pouco quando eu aprendi do dicionário que


um dos significados de personalidade, era características. Afirma-se isso de tal forma que
eu concluí que pode haver personalidade sem uma forma corpórea, que é possuída pelo
Pai e pelo Filho.
Há muitas passagens bíblicas que falam do Pai e do Filho e a ausência das mesmas
fazendo semelhante referência, ao trabalho unido do Pai e do Espírito Santo ou de Cristo e
do Espírito Santo, levou-me a crer que o espírito sem individualidade era o representante do
Pai e do Filho através do universo, e era através do Espírito Santo que eles habitam em

17
nossos corações e tornam-nos um com o Pai e com o Filho...." (Carta de Willie White em
resposta a H. W. Carr, 30 de Abril, 1935)
J. S. Washburn: ―Satanás tomou algumas concepções pagãs de uma monstruosidade de
três cabeças, e com a intenção deliberada de lançar o desdém sobre a divindade, teceu-as
no romanismo como o nosso Deus glorioso, uma impossível, absurda invenção. Esta
doutrina monstruosa transplantada do paganismo para igreja Papal Romana,
pretende impor a sua presença maligna nos ensinamentos da Terceira Mensagem
Angélica.... (…)
Adventistas do Sétimo Dia reivindicam tomar a palavra de Deus como autoridade suprema
e de terem "saído de Babilônia", de terem renunciado para sempre às vãs tradições de
Roma. Se nós devessemos voltar à imortalidade da alma, purgatório, tormento eterno
e ao descanso dominical, isso seria alguma coisa menos que apostasia? Se, no
entanto, passarmos por cima de todos estas doutrinas menores, secundárias e
aceitarmos e ensinarmos a própria raiz central, doutrina do Romanismo, a Trindade, e
ensinarmos que o Filho de Deus não morreu, mesmo que nossas palavras pareçam
ser espirituais, é isto alguma coisa mais ou menos que apostasia, e o Ômega da
própria apostasia?...
Embora os seus sermões ou artigos possam ser agradáveis ou bonitos ou
aparentemente profundos, quando um homem chega ao ponto de ensinar a doutrina
pagã Católica da Trindade, e nega que o Filho de Deus morreu por nós, é ele um
verdadeiro Adventista do Sétimo Dia? É ele até um verdadeiro pregador do Evangelho?
E quando muitos o consideram como um grande professor e aceitam as suas teorias anti-
escriturísticas, absolutamente contrárias ao Espírito de Profecia, é tempo de os vigias
fazerem soar uma nota de advertência.... [Porções de uma carta escrita por J. S. Washburn
em 1939. Esta carta foi tão apreciada por um presidente de conferência, que ele distribuiu
para 32 de seus ministros.]
(Cartas traduzidas a partir do inglês, do site :
http://www.elijah144.com/pioneersonthetrinity.htm)

 Declarações Antitrinitárias de Ellen White


Novamente repito a ideia que já tinha apresentado anteriormente, que devido ao facto de
pegarem em frases de Ellen White, em que ela várias vezes refere o Pai, o Filho e o
Espírito Santo juntos, alguns pretendem que ela fosse trinitária. No entanto como podemos
confirmar pelas seguintes declarações, ocorre precisamente o contrário:

―Há alguns que, tendo aceito teorias errôneas, procuram estabelecê-las colecionando de
meus escritos declarações verídicas, as quais são por eles usadas fora de seu devido
contexto e deturpadas pela associação com o erro.‖ Carta 136, 27 de Abril, 1906, para os
irmãos Butler, Daniels, and Irwin, (This Day with God, pág. 126, 1906).
―Os que querem duvidar têm suficiente oportunidade para isso. Deus não se propõe fazer
desaparecer toda ocasião para a incredulidade. Apresenta evidências que precisam ser
cuidadosamente investigadas com espírito humilde e suscetível ao ensino; e todos devem
julgar pela força dessas mesmas evidências.‖ Testemunhos Para a Igreja, Vol. III, pág. 255.

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―Identificar a Verdade – Quando o poder de Deus testifica sobre o que é a verdade,
aquela verdade permanece para sempre como a verdade. Nenhumas pós-suposições,
contrárias à luz que Deus tem dado, devem ser recebidas. Surgirão homens com
interpretações das Escrituras que para eles são a verdade, mas que não são a verdade. A
verdade para este tempo, Deus no-la deu como um fundamento para a nossa fé. Ele
próprio nos ensinou o que é verdade. Um surgirá, e ainda outro, com uma nova luz que
contradiz a luz que Deus tem dado pela demonstração de Seu Santo Espírito.

Alguns dos que passaram pela experiência adquirida no estabelecimento desta


verdade, ainda estão vivos. Deus graciosamente preservou suas vidas, para
repetirem e repetirem até o fim de suas vidas, a experiência por que passaram tal
como fez o apóstolo João, mesmo até ao fim de sua vida. E os porta-estandartes, que
caíram na morte, devem falar através da reimpressão de seus escritos. Fui instruída que,
deste modo, suas vozes devem ser ouvidas. Eles devem levar avante seu testemunho
sobre o que constitui a verdade para este tempo.‖ Preach the Word, pág. 5, (Counsels to
Writers and Editors, págs. 31, 32, 1905).

―E a vida eterna é esta‖, disse Jesus, ―que Te conheçam a Ti só por único Deus verdadeiro
e a Jesus Cristo, a quem enviaste.‖João 17:3.‖ Ciência do Bom Viver, págs. 410.

―O espiritismo moderno, repousando sobre a mesma base, não é senão um


reavivamento, sob uma nova forma, da feitiçaria e culto aos demônios que Deus
condenou e proibiu na antiguidade. Acha-se ele predito nas Escrituras, que declaram que
"nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a
doutrinas de demônios". I Tim. 4:1. Paulo, em segunda carta aos tessalonicenses, indica a
operação especial de Satanás pelo espiritismo, como um acontecimento a ocorrer
imediatamente antes do segundo advento de Cristo. Falando da segunda vinda de Cristo,
declara que ela é "segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de
mentira". II Tess. 2:9. E Pedro, descrevendo os perigos a que a igreja estaria exposta nos
últimos dias, diz que, assim como houve falsos profetas que levaram Israel ao pecado,
haverá falsos ensinadores "que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e
negarão o Senhor que os resgatou. ... E muitos seguirão as suas dissoluções". II Ped. 2:1 e
2. Aqui o apóstolo indicou uma das mais assinaladas características dos ensinadores
espíritas. Eles se recusam a reconhecer a Cristo como o Filho de Deus. Com relação a
tais instrutores o amado João declara: "Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que
Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho. Qualquer que nega o
Filho, também não tem o Pai." I João 2:22 e 23. O espiritismo, negando a Cristo, nega
tanto ao Pai como ao Filho, e a Bíblia denuncia-o como manifestações do anticristo.‖
Patriarcas e Profetas, pág. 686.
―Não é aos homens que devemos exaltar e adorar, é a Deus, o único Deus verdadeiro
e vivo, a quem são devidos nosso culto e reverência. (...) Unicamente o Pai e o Filho
devem ser exaltados.‖ Filhos e Filhas de Deus, 21 de fevereiro de 1956, pág. 58 (The
Youth's Instructor, 7 de julho de 1898).
―Vi um trono, e assentados nele estavam o Pai e o Filho. Contemplei o semblante de
Jesus e admirei Sua adorável pessoa. Não pude contemplar a pessoa do Pai, pois uma
nuvem de gloriosa luz O cobria. Perguntei a Jesus se Seu Pai tinha a mesma aparência que
Ele. Jesus disse que sim, mas eu não poderia contemplá-Lo, pois disse: “Se uma vez
contemplares a glória de Sua pessoa, deixarás de existir.‖ Primeiros Escritos, pág. 54.

19
Pai e Filho empenharam-Se na grandiosa, poderosa obra que tinham planejado - a criação
do mundo. (…)

Depois que a Terra foi criada, com sua vida animal, o Pai e o Filho levaram a cabo Seu
propósito, planejado antes da queda de Satanás, de fazer o homem à Sua própria
imagem. Eles tinham operado juntos na criação da Terra e de cada ser vivente sobre ela. E
agora, disse Deus a Seu Filho: "Façamos o homem à Nossa imagem." Gên. 1:26.”
Redimidos, pág. 17.

―Adão e Eva estavam encantados com as belezas de seu lar edênico. Eram deleitados com
os pequenos cantores em torno deles, os quais usavam sua brilhante e graciosa plumagem,
e gorjeavam seu feliz, jubiloso canto. O santo par unia-se a eles e elevava sua voz num
harmonioso cântico de amor, louvor e adoração ao Pai e a Seu amado Filho pelos
sinais de amor ao seu redor.‖ Redimidos, pág. 19 (ou História da Redenção, págs. 22 e 23).

―Vi o adorável Jesus e contemplei uma expressão de simpatia e tristeza em Seu rosto.
Logo eu O vi aproximar-Se da luz extraordinariamente brilhante que cercava o Pai. Disse
meu anjo assistente: Ele está em conversa íntima com o Pai. A ansiedade dos anjos
parecia ser intensa, enquanto Jesus Se comunicava com Seu Pai. Três vezes foi
encerrado pela luz gloriosa que havia em redor do Pai; na terceira vez, Ele veio de Seu
Pai, e podia ser visto. (…)

Fez então saber ao exército angelical que um meio de livramento fora estabelecido para o
homem perdido. Dissera-lhes que estivera a pleitear com Seu Pai, oferecera-Se para dar
Sua vida como resgate e tomar sobre Si a sentença de morte, a fim de que por meio dEle o
homem pudesse encontrar perdão‖. Redimidos, pág. 30.

―O plano da redenção foi estabelecido em conselhos entre o Pai e o Filho.‖Review and


Herald, 28 de Maio, 1908, par. 12.
―Todas as hostes celestes rodeiam o seu Chefe regressado e esperam vê-l‘O tomar
assento no trono do Pai.

Jesus, porém, não pode aceitar ainda a coroa de glória e as vestes reais. Tem uma
requisição a fazer ao Pai um pedido relativamente aos Seus escolhidos na terra. (…)

Antes de serem lançadas as bases da Terra, o Pai e o Filho haviam concordado em salvar
o homem caso ele fosse vencido por Satanás. (…)

A resposta do Pai a este apelo traduz-se nesta proclamação:

―Todos os anjos de Deus O adorem.‖ Heb. 1:6.

Jubilosos, os chefes da milícia celeste tributam adoração ao Redentor. O exército


inumerável de anjos reverentemente curva-se perante Ele, e os paços celestes ecoam
com esta exclamação:

“Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força e
honra, e glória, e acções de graça." Apoc. 5:12.

20
Os seguidores de Cristo estão aceitos ―no Amado‖. Em presença dos exércitos celestiais
o Pai ratifica o pacto com o Filho mediante o qual Se compromete a receber o
pecador penitente, amando-o como ao próprio Filho. (…)

Todos os céus proclamam a uma voz:

"Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas acções de graça, e
honra, e a glória, e poder para todo o sempre." Apoc. 5:13.‖ Vida de Jesus, pág. 128,
129 (cap. 30, ―O Salvador Assumpto‖).

―Mesmo os anjos não tiveram permissão de partilhar nos conselhos entre o Pai e o Filho
quando foi delineado o plano da salvação.‖ Ciência do Bom Viver, pág. 430.
―A nuvem escura da transgressão humana colocou-se entre o Pai e o Filho. A interrupção
da comunhão entre Deus e Seu Filho provocou um estado de coisas nas cortes celestiais
que não podem ser descritas pela linguagem humana. A Natureza não pôde testemunhar
uma tal cena como a de Cristo morrendo em agonia, enquanto carregava a pena da
transgressão do homem. Deus e os anjos se vestiram de trevas, e esconderam o Salvador
do olhar da multidão curiosa enquanto ele bebia os últimos goles da taça da ira de Deus
(Letter 139, 1898).‖ Bible Commentary, vol. 5, pág. 1108, par. 3.
―O plano de salvação concebido pelo Pai e pelo Filho será um grande sucesso.‖The Signs
of the Times, 17 Junho, 1903, par. 2.
―Antes da queda do homem, o Filho de Deus uniu-se com Seu Pai no estabelecimento
do plano da salvação.‖Review and Herald, 13 Setembro de 1906 par. 4.
―O grandioso plano da redenção foi estabelecido antes da fundação do mundo. E Cristo,
nosso Substituto e Penhor, não ficou só no maravilhoso empreendimento da redenção do
homem. No plano para salvar um mundo perdido, o conselho foi entre ambos; o pacto
de paz foi entre o Pai e o Filho.‖ The Signs of the Times, 23 Dezembro de 1897, par. 2.
―Através de Cristo, o trabalho sobre o qual o cumprimento do propósito de Deus repousa, foi
realizado. Este foi o acordo nos conselhos da Divindade. O Pai designou em conselho
com seu Filho, que a família humana deveria ser testada e provada, …‖ The Gospel
Herald, 11 Junho de 1902, par. 6.
Para que a família humana não tivesse qualquer desculpa por causa da tentação, Cristo
tornou-se um com eles. O único ser que era um com Deus viveu a lei na humanidade,
desceu para a vida humilde de um trabalhador comum, e trabalhou na bancada de
carpinteiro com seu pai terreno.‖ The Signs of the Times, 14 de Outubro, 1897, par. 3)
―O Soberano do Universo não estava só em Sua obra de beneficência. Tinha um
companheiro - um cooperador que poderia apreciar Seus propósitos, e participar de Sua
alegria ao dar felicidade aos seres criados. "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava
com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus." João 1:1 e 2. Cristo, o
Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai - um em natureza, caráter,
propósito - o único ser que poderia penetrar em todos os conselhos e propósitos de
Deus. "O Seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe
da paz." Isa. 9:6. Suas "saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade".
Miq. 5:2. E o Filho de Deus declara a respeito de Si mesmo: "O Senhor Me possuiu no
princípio de Seus caminhos, e antes de Suas obras mais antigas. ... Quando compunha os

21
fundamentos da Terra, então Eu estava com Ele e era Seu aluno; e era cada dia as Suas
delícias, folgando perante Ele em todo o tempo". Prov. 8:22-30.‖ Patriarcas e Profetas, pág.
34.
―Pelo poder do Seu amor, através da obediência, o homem caído, um verme da terra, é
transformado, ajustado para ser um membro da família celestial, um companheiro de Deus
e de Cristo e dos santos anjos por eras eternas ….‖ The Upward Look, Fevereiro, cap. 47,
pág. 61, par. 7, (Manuscrito, 16 de Fevereiro de 1900, pág. 21, ―God‘s Love Manifested‖).
―Os poderes das trevas estão dispostos contra vocês. Satanás deseja ver-vos abandonar o
vosso Líder. Ele ficaria muito satisfeito em ver-vos decepcionar Aquele que fez tanto por
vocês. Não cedam às suas tentações. Lutem corajosamente contra as sugestões dele.
Lembrem-se que Deus e Cristo e os anjos celestiais estão lutando com vocês.‖ The
Youth’s Instructor, 1 de Janeiro de 1903, par. 2.
―O Filho de Deus estava logo a seguir, em autoridade, ao grande Legislador. Ele sabia
que somente a Sua vida poderia ser suficiente para resgatar o homem caído.‖ Spirit of
Prophecy, vol. 2, pág. 9, (Ver também em Lift Him Up, pág 24, par. 2).
Esta citação revela claramente a posição do Pai e do Filho. Embora Jesus seja adorado e
exaltado como o próprio Jeová, bem como reconhecido com mesma autoridade aonde quer
que vá, pois assim o determinou Seu Pai, no entanto, é o Filho que se sujeita ao Pai e não
o contrário (I Cor. 15:27,28). O Filho foi gerado pelo Pai, vive pelo Pai e foi ressuscitado
pelo Pai (Sl. 2:7; Pv. 8:22-25; Jo. 5:26 e 6:57; At. 3:15). Até mesmo o dia da Sua vinda e de
Seu Pai somente é conhecida por Jeová, Seu Pai! (At. 1:7).
Embora esteja escrito que Jesus era igual a Deus (Jo. 5:18, 23; Fl. 2:6), Jesus mesmo
reconheceu a Seu Pai como maior! (Jo. 14:28).

“Next to”

Relativamente a esta última citação, faço um parêntese aqui para mostrar um exemplo de
como a igreja deturpa os escritos da irmã White conforme lhes convém…
De seguida apresento a citação como se acha no inglês, no site http://egwwritings.org/:
―The Son of God was next in authority to the great Lawgiver. He knew that his life alone
could be sufficient to ransom fallen man.‖ Review and Herald, 17 de Dezembro de 1872.

22
Em espanhol está correctamente traduzido: ―El Hijo de Dios era el segundo en autoridad
después del gran Legislador. El sabía que únicamente su vida podría ser suficiente para
rescatar al hombre caído.‖
Exaltad a Jesús, pág. 18, (http://www.ellenwhitebooks.com/?l=92&p=18).

Agora vejam a tradução tendenciosa e falsa da Publicadora Atlântico (Meditações Matinais


de 1998 – Exaltai-O!): ―O Filho de Deus equiparava-Se em autoridade ao grande
Legislador…‖. Equiparava-se???

23
24
Mas voltemos às declarações da irmã White.
―A posição de Satanás no céu tinha sido a seguinte ao Filho de Deus. Ele foi o primeiro
entre os anjos.‖ Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 341, par. 4.

Fica claro que não resta espaço para uma 3ª pessoa divina diferente do Pai e
do Filho!
―Satanás, o chefe dos anjos caídos, teve outrora uma posição elevada no céu. Em honra,
ele era o que estava a seguir a Cristo.‖ Review and Herald, 24 de Fevereiro de 1874, par.
33.
―O Senhor diz de Satanás que "ele não se firmou na verdade." Ele era outrora o querubim
cobridor, glorioso em beleza e santidade. Ele estava a seguir a Cristo em exaltação e
caráter. Foi com Satanás que a exaltação própria teve a sua origem. Ele tornou-se
ciúmento de Cristo, e acusou-o falsamente, e então lançou a culpa sobre o Pai. Ele estava
com inveja da posição que era ocupada por Cristo e o Pai, e ele desviou-se da sua
fidelidade para com o Comandante do céu e perdeu sua alta e santa condição.‖ Review and
Herald, 22 de Outubro de 1895, par. 1.
―Uma oferta completa foi feita, pois ―Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu
Filho unigénito‖ – não um filho por criação, assim como o eram os anjos, nem um filho por
adoção, como o é o pecador perdoado, mas um Filho gerado à expressa imagem da
pessoa do Pai, e em todo o brilho de sua majestade e glória, um igual a Deus em
autoridade, dignidade e perfeição divina. Nele habita corporalmente toda a plenitude da
divindade.‖ The Signs of the Times, 30 Maio de 1895, par. 3.
―Antes de Cristo ter vindo na semelhança de homem, ele existiu na expressa imagem de
seu Pai.‖ Youth’s Instructor, 20 de Dezembro de 1900.
―O Pai Eterno, o imutável, deu o seu Filho unigênito, tirou de seu seio Aquele que foi feito à
expressa imagem de sua pessoa, e enviou-o à Terra, para revelar como ele amava muito a
humanidade.‖ Review and Herald, 9 de Julho de 1895, par. 13.
―Cristo é o Filho de Deus em acção e em verdade e no amor, e é o representante do Pai,
bem como o representante da raça humana.‖ Manuscript Releases, vol. 14, nº1094
(Leaders to be Under the Discipline of God; Christ‘s Power can Transform Human Nature),
pág. 83, par. 2.

―As Escrituras indicam com clareza a relação que há entre Deus e Cristo, e com
idêntica clareza apresentam a personalidade e individualidade de cada um.

―Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo,
por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da Sua glória, e a expressa
imagem da Sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do Seu poder, havendo
feito por Si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-Se à destra da Majestade
nas alturas; feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome
do que eles. Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és Meu Filho, hoje Te gerei? e outra
vez: Eu Lhe serei por Pai, e Ele Me será por Filho?‖ Hebreus 1:1-5.

25
Deus é o Pai de Cristo; Cristo é o Filho de Deus. A Cristo foi atribuída uma posição
exaltada. Foi feito igual ao Pai. Cristo participa de todos os desígnios de Deus.‖
Testemunhos para a Igreja, vol. 8, pág. 268

―Havia os que estavam ativos em disseminar idéias falsas acerca de Deus. Foi-me
dada luz de que esses homens estavam tornando sem efeito a verdade, por meio de seus
falsos ensinos. Fui instruída de que estavam desviando pessoas, apresentando teorias
especulativas relativamente a Deus. … Esse é apenas um dos casos em que fui chamada a
repreender os que estavam apresentando a doutrina de um Deus impessoal permeando
toda a natureza, e erros semelhantes.‖ Testemunhos para a Igreja, vol. 8, págs. 292, 293.

―NEle [Cristo] havia vida, original, não tomada por empréstimo, não derivada. Essa
vida não é inerente ao homem. Ele só a pode possuir mediante Cristo. Não a pode
ganhar por mérito; é-lhe dada como dádiva livre, se ele crer em Cristo como seu Salvador
pessoal. ―A vida eterna é esta: que Te conheçam, a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a
Jesus Cristo, a quem enviaste.‖ João 17:3. Esta é a fonte de vida, aberta ao mundo.‖ Signs
of the Times, 8 de Abril de 1897; também em Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 296, par.
2.

Aqueles que apontam a primeira frase da anterior citação, como prova de que Cristo
é o Eterno Deus, o Todo-poderoso, como parte de uma trindade, leiam o resto do
parágrafo e o seu argumento cai completamente por terra! Pois se o homem também
pode possuir essa vida original, então, seguindo a lógica dos que assim argumentam,
o homem passaria a ser também Deus, o que é completamente falso, uma autêntica
blafémia!

Essa vida original procede de Deus, que a deu a Cristo e Ele, por sua vez, a concede
a todos os homens que crêem n‟Ele como seu Salvador pessoal.

―Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si
mesmo‖. ―Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim
se alimenta, também viverá por mim.‖ Jo. 5:26; 6:57.

Devemos notar que Cristo não é um Deus menor, nem tão pouco Deus o Filho. Jesus é o
Filho de Deus. Deus é o Pai de Jesus Cristo, e por isso os atributos divinos do Pai se
manifestam em Seu Filho. O Pai O exaltou e Lhe concedeu Sua autoridade e honra.
Jesus Cristo, em quem a natureza divina e humana estavam combinadas, morreu
literalmente por nós. Muitos afirmam a partir de algumas frases de Ellen White, que Jesus
não morreu como Deus. Se assim fosse, o sacrifício de Jesus seria inválido, pois não teria
sido o Filho de Deus a morrer por nós, mas simplesmente um homem. Como poderia a
natureza divina ser independente da humana se estavam combinadas ou fundidas?! Não
seria isso uma teoria espírita e uma negação clara de que somente o Pai é imortal (I Tm.
6:15,16)?!
Analisemos as seguintes frases:

A divindade e a humanidade estão combinadas naquele que tem o espírito de Cristo.‖
Youth’s Instructor, 30 de Junho de 1892, par. 3, (Ver também em Sons and Daughters of
God, pág. 24).

26
―Compare isto com as riquezas da glória, a riqueza de louvor emanando de línguas imortais,
os milhões de ricas vozes no universo de Deus em hinos de adoração. Mas ele se
humilhou a Si mesmo, e tomou a mortalidade sobre Ele. Como membro da família
humana, ele era mortal, mas como Deus, ele era a fonte de vida para o mundo. Ele
poderia, na sua pessoa divina, resistir sempre ao avanço da morte, e recusar-se a ficar sob
seu domínio, mas ele voluntariamente entregou a sua vida, pois fazendo assim ele poderia
dar vida e trazer à luz a imortalidade. Ele levou os pecados do mundo, e sofreu a
penalidade, que esmagou sua alma divina como uma montanha. Ele entregou a sua
vida em sacrifício, para que o homem não morresse eternamente. Ele morreu, não por ter
sido obrigado a morrer, mas de sua livre vontade. Isto foi humildade. Todo o tesouro do céu
foi derramado numa só dádiva para salvar o homem caído. Ele trouxe em sua natureza
humana todas as energias vivificantes que os seres humanos precisarão e devem receber.‖
Review & Herald, 4 de Setembro de 1900, par. 5 (Ver também em O Desejado de Todas as
Nações, no último par. do cap. 52).
―Os homens precisam entender que a Divindade sofreu e mergulhou nas agonias do
Calvário. … MS 153, 1898.‖ Ellen White, S.D.A. Bible Commentary, vol. 7, pág. 907, par. 2,
(That I May Know Him, pág. 70, par. 2).

―Jesus disse a Maria: ―Não me toques; porque ainda não subi para meu Pai‖. Quando Ele
fechou os olhos na morte sobre a cruz, a alma de Cristo não foi logo para o céu, como
muitos acreditam, ou como poderiam ser verdade Suas palavras — ―Eu ainda não subi para
meu Pai‖? O espírito de Jesus dormiu no túmulo com Seu corpo, e não voou rumo ao
céu, para lá manter uma existência separada, e olhar desde cima para os discípulos de
luto, a embalsamar o corpo de que tinha levantado voo. Tudo o que abrangia a vida e a
inteligência de Jesus permaneceu com seu corpo no sepulcro, e quando ele saiu de
lá, o fez como um ser completo; ele não teve que invocar o seu espírito do céu. Ele tinha
poder para dar a Sua vida e tomá-la novamente.‖ Ellen White, S.D.A. Bible Commentary,
vol. 5, págs. 1150, par. 6, (Ver também The Spirit of Prophecy, vol.3, págs. 203, 204).

―Quando Jesus expôs diante de seus discípulos o facto de que ele deveria ir a Jerusalém
para sofrer e morrer nas mãos dos sacerdotes e dos escribas, Pedro tinha
presunçosamente contradito seu Mestre, dizendo: "Longe de ti, Senhor; isso não te
acontecerá‖. Ele não podia conceber ser possível que o Filho de Deus fosse morto.
Satanás sugeriu à sua mente que, se Jesus era o Filho de Deus, ele não podia
morrer.‖ Spirit of Prophecy, vol. 3, cap. 17, (Jesus at Galilee), pág. 231, par. 1.
Mais adiante irei analisar mais detalhadamente a razão pela qual, não só em relação a este
assunto, mas também em relação a outros, se encontram claras contradições nos escritos
de Ellen White.
Seguidamente apresento frases que demonstram com clareza que Jesus é o nosso único
Consolador, e que o Espírito Santo, não é senão o Espírito do próprio Pai e de Seu Filho
Jesus Cristo.
―O Salvador é nosso Consolador. Que Ele o é, já o pude comprovar.‖ Manuscript
Releases, vol. 8, nº548 (How Ellen White Bore Suffering), 16 de Julho de 1892, pág. 49,
par. 3.
―As noites são longas e dolorosas, mas Jesus é meu Consolador, e minha esperança.‖
Manuscript Releases, vol.19, nº1405 (Excerpts From Diary, July 6-31, 1892; Strong

27
Expressions of Faith in Spite of Physical Trials), Preston, Melbourne, 23 de Julho de 1892,
pág. 296, par. 2.
―Cristo é tudo para aqueles que o receberam. Ele é o Consolador, sua segurança, sua
saúde. Sem Cristo não há nenhuma luz.‖ Manuscript Releases, vol. 21, nº1578 (News from
Australia; A Call to Sanctification and to Work for Souls, escrito em 24 Agosto de 1897 em
Sunnyside, Cooranbong, N.S.W., to Edson and Emma White), pág. 372, par.1.
―Não existe consolador como Cristo, tão terno e tão verdadeiro. Ele é tocado com o
sentimento das nossas enfermidades. Seu Espírito fala ao coração. (...) A influência do
Espírito Santo é a vida de Cristo na alma.‖ Review and Herald, 26 Outubro de 1897, par.
15. ―A razão pela qual as igrejas estão fracas e doentes e prestes a morrer, é que o inimigo
trouxe influências de natureza desencorajadora sobre almas vacilantes. Ele procurou tapar
a Jesus da sua vista como o Consolador, como alguém que reprova, que adverte, que
admoesta, dizendo: "Este é o caminho, andai nele.‖ Review and Herald, 26 de Agosto de
1890, par. 10, (Também em Reflecting Christ, pág. 21).
―O Espírito Santo é o representante de Cristo, mas despojado da personalidade humana, e
dela independente. Limitado pela humanidade, Cristo não poderia estar em toda parte em
pessoa. Era, portanto, do interesse deles que fosse para o Pai, e enviasse o Espírito como
Seu sucessor na Terra. Ninguém poderia ter então vantagem devido a sua situação ou seu
contato pessoal com Cristo. Pelo Espírito, o Salvador seria acessível a todos. Nesse
sentido, estaria mais perto deles do que se não subisse ao alto. (…)

O Espírito Santo era o mais alto dos dons que Ele podia solicitar do Pai para exaltação de
Seu povo. Ia ser dado como agente de regeneração, sem o qual o sacrifício de Cristo de
nenhum proveito teria sido. O poder do mal se estivera fortalecendo por séculos, e
alarmante era a submissão dos homens a esse cativeiro satânico. Ao pecado só se poderia
resistir e vencer por meio da poderosa operação da terceira pessoa da Trindade [alteração,
no original estava Divindade], a qual viria, não com energia modificada, mas na plenitude do
divino poder. É o Espírito que torna eficaz o que foi realizado pelo Redentor do mundo. É
por meio do Espírito que o coração é purificado. Por Ele torna-se o crente participante da
natureza divina. Cristo deu Seu Espírito como um poder divino para vencer toda
tendência hereditária e cultivada para o mal, e gravar Seu próprio caráter em Sua igreja.” O
Desejado de Todas as Nações, págs. 669, 671.
―Impedido pela humanidade, Cristo não poderia estar em todos os lugares pessoalmente;
então foi para vantagem deles [os discípulos] que Ele deveria deixá-los, ir para o Pai, e
enviar o Espírito Santo para ser o Seu sucessor na terra. O Espírito Santo é Ele mesmo,
despido da personalidade da humanidade e independente dela. Ele Se representaria como
estando presente em todos os lugares pelo Seu Espírito, como o Onipresente.‖ Manuscript
Releases, vol. 14, nº1084 (Individual Responsibility to Accept Truth; Christ, the Great ―I AM‖;
The Holy Spirit and His Work), 19 de Fevereiro de 1895, pág. 23, par. 3.

Conselho dado ao irmão Chapman que acreditava que o Espírito Santo era o anjo Gabriel:
―Suas idéias dos dois temas que você mencionou não se harmonizam com a luz que Deus
me deu. A natureza do Espírito Santo é um mistério não revelado claramente, e você nunca
será capaz de explicar isso para os outros, porque o Senhor não lho revelou. Você pode
reunir passagens das escrituras e basear suas conclusões nelas, mas a aplicação não está
correta. As explicações pelas quais você sustenta a sua posição não são sensatas. Você

28
pode levar alguns a aceitar as suas explicações, mas não lhes está a fazer bem, nem tão
pouco eles, ao aceitarem os seus pontos de vista, são capazes de fazer o bem aos outros.
Não é essencial para você conhecer e ser capaz de definir exatamente o que é o
Espírito Santo. Cristo nos diz que o Espírito Santo é o Consolador, e o Consolador é o
Espírito Santo, ―o Espírito da verdade, que o Pai enviará em meu nome‖. ―E eu rogarei ao
Pai e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito da
verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê, nem O conhece: mas vós o
conheceis, porque habita convosco e estará em vós‖ [João 14:16, 17]. Isto refere-se à
omnipresença do Espírito de Cristo, chamado o Consolador. Novamente Jesus disse:
"Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas vós não podeis suportar agora. Mas quando
vier o Espírito da verdade, Ele vos guiará a toda a verdade‖ [João 16:12, 13].
Há muitos mistérios que eu não procuro entender ou explicar, pois eles são muito elevados
para mim, e para si. Em alguns desses pontos, o silêncio é ouro. Piedade, piedade,
santificação da alma, corpo e espírito, isto é essencial para todos nós. “Esta é a vida
eterna: que Te conheçam a Ti, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
enviaste” [João 17:3]. ―Esta é a vontade daquele que me enviou: que todo aquele que vê
o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna‖ [João 6:40].‖ Manuscript Releases, vol. 14, nº 1107
(The Importance of Unity; The Holy Spirit a Mystery), 11 de Junho de 1891, pág. 179, pars.
1-3.
É interessante que Ellen White não apresenta em sua carta a este irmão, nenhuma
argumento que indique que o Espírito Santo é uma pessoa como o Pai e o Filho. Se ela
assim acreditasse, deveria ter demonstrado indignação por se rebaixar o Espírito Santo à
posição de um anjo. No entanto, ela simplesmente manifesta repúdio pelo facto de se
querer pesquisar para além daquilo que está revelado, referindo-se ao Espírito Santo com a
expressão “o que é” e a “omnipresença do Espírito de Cristo”. Esta expressões
demonstram com clareza a posição antitrinitária de Ellen White.
―Aquele que vencer, o mesmo será vestido de vestes brancas; e eu não‖ — Oh, quão
precioso é esse ―não‖! — ―eu não riscarei o seu nome do livro da vida, mas confessarei o
seu nome diante de meu Pai e diante dos Seus anjos. ―Quando os portões da cidade de
Deus girarem em torno de seus reluzentes gonzos, e as nações que têm mantido a verdade
lá entrarem, Cristo estará lá para nos dar as boas-vindas, para chamar-nos benditos do Pai,
porque vencemos. Ele vai acolher-nos diante do Pai e diante dos Seus anjos. À medida
que entramos no reino de Deus, para ali passar a eternidade, as provas, as dificuldades e
perplexidades que nós tivemos aqui vão reduzir-se à insignificância. A nossa vida será
comparada com a vida de Deus.
Está diante de mim uma grande congregação. Quantos de vocês estão confessando
Cristo diante do mundo? Ele confessará diante do Seu Pai e diante dos santos anjos
os nomes daqueles que O confessaram aqui.‖ The General Conference Bulletin, 6 de
Abril de 1903, par. 6 e 7.

Ao contrário daquilo que pensam os trinitários, o Consolador não é outro senão o próprio
Cristo, em Espírito. Este Espírito procede do Pai para o Filho, e de Cristo para nós. Jesus
verdadeiramente morreu como ser divino, pois o único que é imortal é o Pai. Não existe um
3º ser divino diferente do Pai e do Filho. À parte deles existem os anjos, e a seguir a Cristo,
o anjo Gabriel é aquele que mais autoridade tem, não sendo contudo o Espírito Santo,

29
como já pudemos observar. No entanto, é pelo ministério dos anjos que o Espírito de Deus
actua, pois também eles são cheios do Espírito Santo de Deus!

 Ellen White Aprova e Aconselha Livro Antitrinitário de Urias Smith

Não posso também ignorar o facto de Ellen White ter elogiado Urias Smith, que era semi-
ariano, e seu livro Daniel e Apocalipse, que apresenta pontos de vista antitrinitários.

Ellen White escreveu acerca de Urias Smith: “Podemos facilmente contar os primeiros
portadores de responsabilidades que ainda vivem [1902]. Pastor [Urias] Smith ligou-se a
nós no princípio da obra publicadora. Trabalhou junto a meu marido. Esperamos ver sempre
seu nome na Review and Herald, encabeçando a lista dos redatores, pois assim deve ser.
Os que iniciaram a obra, que combateram bravamente quando a peleja era árdua, não
devem agora perder sua firmeza. Devem ser honrados pelos que entraram para a obra
depois de haverem sido suportadas as privações mais duras.

Tenho muita simpatia para com o Pastor Smith. Meu interesse vital na obra de publicações
está ligado ao dele. Veio ele ter conosco quando jovem, possuindo talentos que o
habilitavam para ocupar o lugar de redator. Como me alegro quando leio os seus artigos
na Review - tão excelentes, tão repletos de verdade espiritual! Dou graças a Deus por
eles. Sinto forte simpatia pelo Pastor Smith, e creio que seu nome deve sempre aparecer na
Review, como redator principal. Assim Deus deseja. Quando, alguns anos atrás, seu nome
foi colocado em segundo lugar, senti-me ferida. Quando de novo foi colocado em primeiro
lugar, chorei, e disse: "Graças a Deus!" Oxalá fique sempre ali, como Deus deseja que
continue, enquanto a mão direita do Pastor Smith puder empunhar uma pena. E quando
faltar o poder de sua mão, que seus filhos escrevam, ditando-lhes ele.‖ Mensagens
Escolhidas, Vol. II, pág. 225.

Em seu livro, Urias Smith escreveu: ―Ao Cordeiro, assim como ao Pai que está assentado
sobre o trono, é rendido louvor neste cântico de adoração. Um grande número de
comentadores viram aqui uma prova da eternidade de Cristo com o Pai; aliás, dizem eles,
não se atribuiria aqui à criatura a adoração que pertence apenas ao Criador. Mas esta não
é talvez a conclusão necessária. As escrituras em parte alguma falam de Cristo como de
um ser criado, mas claramente afirmam que Ele foi gerado pelo Pai. (Ver comentários à
Apoc. 3:14, onde demonstramos que Cristo não é um ser criado). Mas enquanto, como
Filho gerado, não possuía com o Pai uma co-eternidade de existência pretérita, o
começo da sua existência é anterior a toda obra da criação, em relação a qual Ele foi
criador juntamente com Deus. João 1:3; Heb. 1:3. Não podia o Pai ordenar que se
prestasse a tal ser adoração igual a Sua, sem se tratar de idolatria da parte dos
adoradores? Ele elevou-o a posições em que é próprio ser adorado, e além disso ordenou
que se lhe prestasse adoração, o que não teria sido necessário se Ele fosse igual ao
Pai em eternidade de existência. O próprio Cristo declara que ―como o Pai tem a vida em
Si mesmo, assim deu ao Filho ter a vida em Si mesmo.‖ João 5:26. O Pai ―exaltou-O
soberanamente, e deu-lhe um nome que é sobre todo o nome‖. Fil. 2:9. E o próprio Pai diz:
―E todos os anjos de Deus O adorem.‖ Heb. 1:6. Estes testemunhos mostram que Cristo
agora é objeto de adoração igualmente com o Pai; mas não provam que tenha com Ele uma
eternidade de existência passada.‖ Urias Smith, Profecias do Apocalipse, pág. 82, pela
Publicadora Atlântico em 1945.

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Acerca deste livro Ellen White escreveu: ―A luz dada foi que Daniel e Apocalipse, O
Grande Conflito e Patriarcas e Profetas se venderiam. Eles contêm exatamente a
mensagem de que o povo necessita, a luz especial que Deus deu a Seu povo. Os
anjos de Deus preparariam o caminho para estes livros no coração do povo. Special
Instruction Regarding Royalties, pág. 7.‖ O Colportor Evangelista, págs. 123,124 (1899 – e
nos anos posteriores, Ellen White repetiu a mesma ideia).
“A luz especial que Deus deu a Seu povo”… Não admira que este livro tenha sido
alterado e por fim até retirado de circulação! É que contém verdades desagradáveis
para a actual organização da IASD.

 O Caso Kellogg

Na continuação deste artigo gostaria ainda de analisar algumas declarações do livro


Trindade, editado pela Casa (Publicadora Adventista Brasileira) onde se encontram frases
de Ellen White, Kellogg e de G. I. Butler, citadas durante o contexto da crise panteísta
iniciada pelo Dr. Kellogg.

―A igreja debateu ardorosamente os pontos de vista de Kellogg por vários anos. Uma
vez que escritores de proa do adventismo já haviam apontado as fraquezas do livro, a
princípio Ellen White pensou que não lhe seria necessário envolver-se pessoalmente.
Quando, porém, Kellogg afirmou publicamente que seus ensinamentos em The Living
Temple “relaccionados com a personalidade de Deus” estavam de acordo com
escritos de Ellen White, ela não pôde ficar em silêncio por mais tempo. ―Deus impeça
que esta opinião venha a prevalecer. Não necessitamos do misticismo propagado por
este livro‖, declarou ela. ―O autor deste livro encontra-se num trilho falso. Perdeu de vista
as verdades distintivas para este tempo. Ele não sabe aonde os seus passos o estão
conduzindo. O trilho da verdade encontra-se ao lado do trilho do erro, e ambos podem
parecer um só a mentes que não são operadas pelo Espirito Santo e que, portanto,
não são rápidas em discernir a diferença entre a verdade e o erro‖ (Carta 211, 22 de
setembro de 1903, Spalding-Magan, págs. 320 e 321).
Numa carta seguinte, ela foi directo ao âmago da questão: ―o Senhor Jesus não
representou a Deus como uma essência que permeia a natureza, e sim como um ser
pessoal. Os cristãos devem conservar em mente que Deus possui uma personalidade
tão verdadeiramente quanto Cristo a possui‖ (ibid., 23 de Setembro de 1903, pág.324;
itálicos acrescentados).
Poucas semanas mais tarde, Kellogg defendeu seu ponto de vista diante de
George I. Butler, ex-presidente da Associação Geral e naquele momento presidente da
União do Sul. ―Tanto quanto eu consigo perceber‖, começou Kellogg, “a dificuldade
toda encontrada em The Living Temple pode ser resumida na seguinte
questão: „É o Espírito Santo uma pessoa?‟ Você diz que não.” (Butler era da
velha escola, a qual sustentava que o Espírito Santo era um aspecto do poder de Deus,
mas não uma pessoa.) Kellogg prosseguiu: ―Eu havia suposto que a Bíblia diz isso pela
razão de que ela utiliza o pronome „ele‟ quando fala do Santo Espírito. A irmã White
utiliza o pronome „ele‟ e tem dito de tantas formas que o Espírito Santo é a terceira
pessoa da Divindade. Como pode o Espirito Santo ser a terceira pessoa e ao mesmo

31
tempo não ser uma pessoa, isso é algo que tenho dificuldade em ver‖ (J. H. Kellogg a
G. I. Butler, 28 de outubro de 1903a, Adventist Heritage Center, Andrews University).
Aqui está um fascinante exemplo de Kellogg como debatedor. Ele está dizendo
essencialmente o seguinte: ―Fui mal interpretado. Não pretendia dizer que o Pai se encontra
em todas as coisas; é o Espírito Santo quem se encontra em todas as coisas. E se o
Espírito Santo é uma pessoa, então Ellen White está errada ao dizer que o meu ponto de
vista mina a personalidade de Deus.‖ Ele tentou, dessa forma, livrar-se da reprovação de
Ellen White e manter a legitimidade de sua própria opinião. Diz-se que a estatística pode
mentir. Kellogg mostra aqui que a lógica também pode mentir. Ele estava tentando
convencer Butler de que o panteísmo de The Living Temple era simplesmente uma versão
científica da mesma doutrina de Deus que Ellen White havia estabelecido em o Desejado
de Todas as Nações.
Butler, entretanto, não se deixou enganar. ―No que diz respeito a você e a irmã
White estarem em perfeito acordo, tenho de deixar isso inteiramente entre você e a
irmã White. Ela afirma que não existe perfeito acordo. Você afirma que existe. … Devo
dar a ela o crédito… de afirmar que existe uma diferença‖ (G. I. Butler a J. H. Kellogg, 5
de abril de 1904; itálicos acrescentados). (…)
Ao denunciar que Kellogg, com sua doutrina trinitariana ―espiritualista‖, estava
―apartando-se da fé‖ que os adventistas haviam ―considerado sagrada nos últimos 50 anos‖,
ela claramente refuta a presuposição de que todas as doutrinas da trindade são a mesma
coisa, e que as objecções dos pioneiros a tais doutrinas demandam a rejeição de todas
elas. Ellen White percebeu pelo menos duas variedades de trinitarianismo – uma que
retrata um Deus pessoal e tangível, e a outra que O espiritualiza como impessoal, filosófico
e, em termos únicos, irreal.
Significativamente, Ellen White condena a visão trinitariana de Kellogg em termos
quase idênticos aos que o esposo Tiago White utilizara em 1846, quando rejeitou “o velho
credo trinitariano não escriturístico” pelo fato de ele “espiritualizar a existência do Pai
e do Filho negando-os como duas pessoas distintas, literais e tangíveis”. (…)
Este vislumbre se relacciona directamente com o actual debate no meio do
adventisto pois alguns têm concluído que o ponto de vista de Kellogg, condenado por Ellen
White, é o mesmo ponto de vista sobre a Trindade posteriormente aceite pela igreja – uma
premissa obviamente não sustentada pelos factos. Ela ensina que um falso conceito da
trindade faz Deus parecer distante, intocável, impessoal e irreal; e que o verdadeiro ponto
de vista bíblico da trindade mostra a Deus compreendo três personalidades divinas
individuais, que se acham unidas em natureza, carácter, propósito e amor (A Ciência do
Bom Viver, pág. 422).‖ (…)
A única forma pela qual os pioneiros poderiam separar os elementos bíblicos do
trinitarianismo dos elementos tradicionais era rejeitar totalmente a tradição como base para
a doutrina, e lutar ao longo do processo de reconstrução de suas crenças com base
unicamente nas escrituras. Ao assim procederem, tiveram de trilhar muitos dos passos da
igreja primitiva, aceitando primeiro a igualdade de Cristo com o Pai, e então a igualdade e
unidade de ambos com o Espírito Santo. No transcorrer desta jornada, a teologia dos
pioneiros mostrou temporariamente similaridades com algumas das heresias históricas. Seu
repúdio à tradição como autoridade doutrinária foi custosa em termos de ostracismo que
tiveram de suportar, por serem percebidos como ―heréticos‖, e em termos do tempo que
levou para descobrirem nas escrituras uma doutrina abragente de Deus, mas os resultados
justificam a conclusão de que Deus os estava conduzindo ao longo do caminho.‖ A
Trindade, págs. 243, 244, 246, 247 e 249.

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Numa primeira análise podemos perceber, pelas diferentes cores e negrito com que
destaquei uma boa parte das frases citadas anteriormente, que a astúcia satânica dos três
autores do livro Trindade surge com novo relevo, tal como aqueles três espíritos imundos
(Ap. 16:13 e 14) que irão enganar a Terra inteira. Mas o mais relevante é o facto de que
estes três autores se ―esqueceram‖, ou melhor, omitiram frases de Ellen White bastante
esclarecedoras quanto a este tema.
Acredito ser bastante importante citar o livro Trindade, pois o trecho citado contém frases de
Ellen White que não são mencionadas nos livros dela que estão ao alcance da maioria dos
adventistas. Desta forma, ninguém colocará em causa o ―rigor científico‖ de determinadas
frases da autora.
Bem, quase que chegaram a criar um mini comentário adventista para as poucas frases que
apresentaram de Ellen White e de G. I. Butler, que mais parecem ter sido retiradas de um
missal católico ou do próprio catecismo. Disparates, atrás de disparates!
Seguidamente apresento uma breve análise de algumas destas frases.

―Deus impeça que esta opinião venha a prevalecer. Não necessitamos do misticismo
propagado por este livro‖.

Ellen White é enfática ao negar aquilo que Kellogg disse acerca dela, isto é, que o livro The
Living Temple estava de acordo com os seus escritos. ―Misticismo‖ é envolver com mistério
algo que está claro, de forma a dar lugar a opiniões erradas:

―Vi que Deus havia de maneira especial guardado a Bíblia, ainda quando dela existiam
poucos exemplares; e homens doutos nalguns casos mudaram as palavras, achando que a
estavam tornando mais compreensível quando, na realidade, estavam mistificando aquilo
que era claro, fazendo-a apoiar suas estabelecidas opiniões, que eram determinadas
pela tradição.‖ Primeiros Escritos, pág. 220, 221.

Mas o que é que estava claro e foi envolvido por uma nuvem de mistério?!

―…o Senhor Jesus não representou a Deus como uma essência que permeia a
natureza, e sim como um ser pessoal.‖

A frase anterior responde bem à minha pergunta. Kellogg espiritualizou a Deus ao


representá-lo como uma essência que permeia toda a natureza. Deus é um ser espiritual,
mas pessoal:

―Deus é Espírito…‖ Jo. 4:24.

―Deus é Espírito; é, todavia, um Ser pessoal; pois como tal Se tem Ele revelado‖ A
Ciência do Bom Viver, pág. 413.

Embora o conceito errado apresentado por Kellogg envolvesse panteísmo, ao dizer que o
próprio Deus se confunde com a matéria que criou, no entanto, esse erro vai ainda mais
longe. Como pode um ser pessoal estar em todo o lugar ao mesmo tempo?! Mas não
é isto que ensinam os trinitários acerca do Espírito Santo, ao considerá-lo uma
pessoa como o Pai e o Filho?!

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Não ensinam eles que os três constituem uma só pessoa?! Assim, segundo eles,
estão os três ao mesmo tempo em todo o lugar?!

―Os cristãos devem conservar em mente que Deus possui uma personalidade tão
verdadeiramente quanto Cristo a possui.‖

Ellen White é muito clara! Cristo e Seu Pai possuem uma natureza pessoal, no entanto ela
não faz referência ao Espírito Santo. Isto é significativo, pois estabelece uma clara diferença
entre o Pai e Seu Filho, e o Espírito Santo. Qual é essa diferença?

―…a dificuldade toda encontrada em The Living Temple pode ser


resumida na seguinte questão: „É o Espírito Santo uma pessoa?‟ Você
diz que não.‖

A diferença é-nos apresentada por George I. Butler. O Espírito Santo não é uma pessoa
como o é o Pai e o Filho, ou seja, não é um ser diferente (à parte) de ambos, mas
como vimos anteriormente, na sequência das frases dos pioneiros e de Ellen White, a
própria emanação de ambos. Reparem que este homem foi presidente da Associação
Geral, e nunca foi acusado por Ellen White de ensinar panteísmo ou espiritualismo, ou de
estar errado nesta resposta a Kellogg.

―(Butler era da velha escola, a qual sustentava que o Espírito Santo era um aspecto do
poder de Deus, mas não uma pessoa.)‖

De uma forma prejurativa, os três autores de Trindade, acusam-no de ser da velha escola.
Sim, todos aqueles que se colocarem do lado da verdade serão acusados de antiquados.
Mas eles esquecem-se que, ao fazê-lo, estão a acusar Ellen White, pois que se ele
estivesse errado, ela certamente o teria repreendido, bem como a outros pioneiros.

―Kellogg prosseguiu: ―Eu havia suposto que a Bíblia diz isso pela razão de que ela
utiliza o pronome „ele‟ quando fala do Santo Espírito. A irmã White utiliza o pronome
„ele‟ e tem dito de tantas formas que o Espírito Santo é a terceira pessoa da
Divindade. Como pode o Espirito Santo ser a terceira pessoa e ao mesmo tempo não
ser uma pessoa, isso é algo que tenho dificuldade em ver‖.

―Butler, entretanto, não se deixou enganar. ―No que diz respeito a você e a irmã White
estarem em perfeito acordo, tenho de deixar isso inteiramente entre você e a irmã
White. Ela afirma que não existe perfeito acordo. Você afirma que existe. … Devo dar
a ela o crédito… de afirmar que existe uma diferença‖.

As frases anteriores demonstram bem que quando Ellen White se referia ao Espírito Santo
como uma 3ª pessoa, não se estava referindo a uma 3ª pessoa diferente, mas à presença
espiritual de ambos, o Espírito Santo, ministrado pelos anjos aos homens:

―E, respondendo-lhe outra vez, disse: Que são aqueles dois ramos de oliveira, que estão
junto aos dois tubos de ouro, e que vertem de si azeite dourado? (…)

34
Então ele disse: Estes são os dois ungidos, que estão diante do Senhor de toda a terra.‖ Zc.
4:12, 14.

―Das duas oliveiras o dourado óleo era vazado pelos tubos de ouro nas taças do castiçal, e
daí nas lâmpadas de ouro que iluminavam o santuário. Assim, dos santos que estão na
presença de Deus, Seu Espírito é comunicado aos que são consagradas para o Seu
serviço. A missão dos dois ungidos é comunicar ao povo de Deus aquela graça celestial
que, somente, pode fazer de Sua palavra uma lâmpada para os pés, e uma luz para o
caminho.‖ Párabolas de Jesus, págs. 408 (Ver também 418 e 419).

(Para um estudo adicional cerca deste assunto ver:


http://1assimdizosenhor.blogspot.com/2010/05/quem-sao-os-dois-ungidos-que-estao.html)

―Kellogg prosseguiu: ―Eu havia suposto que a Bíblia diz isso pela razão de que ela
utiliza o pronome „ele‟ quando fala do Santo Espírito. A irmã White utiliza o pronome
„ele‟ e tem dito de tantas formas que o Espírito Santo é a terceira pessoa da
Divindade. Como pode o Espirito Santo ser a terceira pessoa e ao mesmo tempo não
ser uma pessoa, isso é algo que tenho dificuldade em ver‖.

Infelizmente, a frase anterior, a qual torno apresentar, é ―forjada‖ no livro Trindade, como
podemos observar na próxima frase, pois os seus autores pretendem fazer dizer a Kellogg
aquilo que ele não disse. Isto é puro misticismo!

―Aqui está um fascinante exemplo de Kellogg como debatedor. Ele está dizendo
essencialmente o seguinte: ―Fui mal interpretado. Não pretendia dizer que o Pai se encontra
em todas as coisas; é o Espírito Santo quem se encontra em todas as coisas. E se o
Espírito Santo é uma pessoa, então Ellen White está errada ao dizer que o meu ponto de
vista mina a personalidade de Deus.‖ Ele tentou, dessa forma, livrar-se da reprovação de
Ellen White e manter a legitimidade de sua própria opinião.‖

Completamente errado, uma pura contradição! Suas mentes estão completamente cheias
de confusão e imundície…

Em seu livro, Kellogg defendeu claramente a trindade, ao considerar o Espírito Santo uma
pessoa como o Pai e o Filho. Ora, a trindade defende que os três constituem uma só
pessoa, logo, Kellogg quis dizer exatamente aquilo que afirmou, que o próprio Pai
permeava toda a natureza. E essa foi também a compreensão de Ellen White em relação à
sua teoria. Por isso escreveu:

―…o Senhor Jesus não representou a Deus como uma essência que permeia a
natureza, e sim como um ser pessoal.‖

Isto é, Jesus nunca espiritualizou Seu Pai, descrevendo-O como que repartido ou
permeando a natureza, como é descrito o Espírito Santo no livro de Actos 2 ao ser
repartido, derramado nos discípulos.

―Diz-se que a estatística pode mentir. Kellogg mostra aqui que a lógica também pode
mentir.‖

35
O livro Trindade demonstra que seus autores também são uns verdadeiros mentirosos. É
bem verdade o ditado português ―que mais depressa se apanha um mentiroso que um
coxo‖.

―Ele estava tentando convencer Butler de que o panteísmo de The Living Temple era
simplesmente uma versão científica da mesma doutrina de Deus que Ellen White havia
estabelecido em o Desejado de Todas as Nações.‖

Esta frase é uma verdadeira aberração, ao ponto de pretenderem dizer que Ellen White
estabeleceu a doutrina da trindade no livro O Desejado de Todas as Nações. Erram não
sabendo o que dizem, não conhecendo as escrituras, nem tão pouco os escritos de Ellen
White. A serva do Senhor não veio estabelecer nenhuma nova doutrina, muito menos de
carácter pagão, e contrária à revelação bíblica:

―Os Testemunhos escritos não se destinam a comunicar nova luz. (…) Não se trata de
apresentar outras verdades; mas, pelos Testemunhos, Deus simplificou importantes
verdades já reveladas, pondo-as diante de Seu povo pelo meio que Ele próprio escolheu,
a fim de despertar e impressionar com elas o seu espírito, para que todos fiquem sem
escusa.‖ Testemunhos Selectos, vol. 2, pág. 280, 281, (1889).

―Em Sua Palavra, Deus conferiu aos homens o conhecimento necessário à salvação. As
Santas Escrituras devem ser aceitas como autorizada e infalível revelação de Sua
vontade. Elas são a norma do caráter, o revelador das doutrinas, a pedra de toque da
experiência religiosa. (…)
… o Espírito foi prometido por nosso Salvador para aclarar a Palavra a Seus servos,
para iluminar e aplicar os seus ensinos. E visto ter sido o Espírito de Deus que inspirou a
Escritura Sagrada, é impossível que o ensino do Espírito seja contrário ao da Palavra.
O Espírito não foi dado – nem nunca o poderia ser – a fim de sobrepor-Se à Escritura; pois
esta explicitamente declara ser ela mesma a norma pela qual todo o ensino e experiência
devem ser aferidos.‖ O Grande Conflito, págs. 8,9, (Introdução).

Mas se estes ignorantes acham que ela estabeleceu tal doutrina em sua biografia de Cristo,
como, então, explicam a frase seguinte?

―Ao denunciar que Kellogg, com sua doutrina trinitariana ―espiritualista‖, estava ―apartando-
se da fé‖ que os adventistas haviam ―considerado sagrada nos últimos 50 anos‖, ela
claramente refuta a presuposição de que todas as doutrinas da trindade são a mesma
coisa, e que as objecções dos pioneiros a tais doutrinas demandam a rejeição de todas
elas. Ellen White percebeu pelo menos duas variedades de trinitarianismo – uma que
retrata um Deus pessoal e tangível, e a outra que O espiritualiza como impessoal, filosófico
e, em termos únicos, irreal.‖

Como dizem que a trindade foi estabelecida em O Desejado de Todas as Nações e ao


mesmo tempo insinuam que essa foi a doutrina conservada pelos pioneiros durante
cinquenta anos?! Estão a contradizer-se a si mesmos, pois em outras frases do mesmo
livro, eles reconhecem que os pioneiros não sustentavam a doutrina da trindade, de
nenhuma espécie.

36
Por suas próprias palavras, a ―velha escola‖ – à qual pertencia não só Butler, mas os
pioneiros em geral – ―sustentava que o Espírito Santo era um aspecto do poder de Deus,
mas não uma pessoa.‖

Como podem estes indivíduos ter a coragem de fazerem afirmações tão descabidas e
contraditórias ao ponto de pretenderem que Ellen White tenha definido dois tipos diferentes
de trindade?! Qual é a diferença?! Ambas espiritualizam a Deus! Ambas são espiritualistas,
pois negam que Cristo é verdadeiramente o Filho de Deus (Patriarcas e Profetas, pág. 686).

Dizer que o Espírito Santo é uma pessoa no mesmo sentido em que o é o Pai e o Filho, e
que, ao mesmo tempo, os três formam uma só pessoa, e depois dizerem que Deus está em
todo o lugar ao mesmo tempo, isso é espiritualizar a Deus, e fazer de Deus um absurdo.

―Significativamente, Ellen White condena a visão trinitariana de Kellogg em termos quase


idênticos aos que o esposo Tiago White utilizara em 1846, quando rejeitou “o velho credo
trinitariano não escriturístico” pelo fato de ele “espiritualizar a existência do Pai e do
Filho negando-os como duas pessoas distintas, literais e tangíveis‖.

Tiago White não falou de um velho credo trinitariano, mas do velho credo trinitariano, pois
não há outro, tudo o mais são variações, ou melhor desvarios! À semelhança de sua
esposa, Ellen White, ele cita apenas o Pai e o Filho, no contexto de se espiritualizar a Deus,
definindo claramente que a trindade espiritualiza o Pai e o Filho, pois que não os reconhece
como Pai e Filho literalmente.

―Este vislumbre se relacciona directamente com o actual debate no meio do adventisto pois
alguns têm concluído que o ponto de vista de Kellogg, condenado por Ellen White, é o
mesmo ponto de vista sobre a Trindade posteriormente aceite pela igreja – uma premissa
obviamente não sustentada pelos factos.‖

De óbvio não tem nada, nem tão pouco é confirmado por nenhum facto, mas pela estupidez
e apostasia dos dirigentes! Mas eu vos direi o que é óbvio…

―Ela ensina que um falso conceito da trindade…‖

Ellen White nem sequer mencionou a trindade, nem nunca


ensinou acerca dela. “Raça de víboras”!
―Ela ensina que um falso conceito da trindade faz Deus parecer distante, intocável,
impessoal e irreal; e que o verdadeiro ponto de vista bíblico da trindade mostra a Deus
compreendo três personalidades divinas individuais, que se acham unidas em natureza,
carácter, propósito e amor (A Ciência do Bom Viver, pág. 422).‖

Mentira! Clamo em alta voz, mentira! São piores que serpentes


venenosas… Mistificam o texto de Ellen White ao lhe atribuírem um sentido e
significado falso, alterando-o virtualmente. Confirmem por vós mesmos, lede com os vossos
próprios olhos! Ellen White apenas se referiu ao Pai e ao Filho:

37
―A unidade que existe entre Cristo e Seus discípulos não anula a personalidade de nenhum.
São um em desígnio, mente, em caráter, mas não em pessoa. É assim que Deus e Cristo
são um.‖ Ciência do Bom Viver, pág. 422.

―Ao assim procederem, tiveram de trilhar muitos dos passos da igreja primitiva, aceitando
primeiro a igualdade de Cristo com o Pai, e então a igualdade e unidade de ambos com o
Espírito Santo. No transcorrer desta jornada, a teologia dos pioneiros mostrou
temporariamente similaridades com algumas das heresias históricas. Seu repúdio à tradição
como autoridade doutrinária foi custosa em termos de ostracismo que tiveram de suportar,
por serem percebidos como ―heréticos‖, e em termos do tempo que levou para descobrirem
nas escrituras uma doutrina abragente de Deus, mas os resultados justificam a conclusão
de que Deus os estava conduzindo ao longo do caminho.‖

Numa tentativa de justificar a apostasia irremediável da igreja adventista do sétimo dia,


tentam inverter a ordem dos factos, isto é, pretendem que a igreja cristã, bem como a igreja
adventista do sétimo dia, começaram já em apostasia. Isto é, que a ordem veio do caos;
uma prova irrefutável que a liderança adventista é constituída por maçons. Esta é a base da
teoria do evolucionismo. Isto é anti-bíblico e anti-cristo!

É a mesma coisa que dizer que era uma necessidade que os cristãos e os adventistas
estivessem no erro, para posteriormente poderem compreederem a verdade…

Por favor, afastem-se de tais pessoas! Nem sequer os saudeis:

―Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem
persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho. Se alguém vem
ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o
saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras.‖ II Jo. 9,10,11.

Existem outras frases de Ellen White, bem como de outras personalidades adventistas,
referentes ao caso Kellogg. Seguidamente apresento o link do site dos adventistas
históricos, onde podem aceder a essas frases, bem como fazer o download do folheto onde
estão inseridas, ―O Alfa e o Ômega da Apostasia‖:

http://www.adventistas-historicos.com/arquivos/O_Alfa_e_o_Omega.pdf

 Análise de algumas frases acerca da trindade

Os três autores de A Trindade erram não conhecendo as Escrituras, pois que, quando a
Bíblia se refere ao Deus único, se refere ao Pai, ainda que o Filho seja também merecedor
de exaltação e adoração, pois o Pai assim o determinou, como podemos verificar do
Génesis ao Apocalipse. O ―Deus único‖ não se refere a duas pessoas divinas, mas a uma
só pessoa, Deus o Pai, do qual procedem todas as coisas, e do qual foi gerado o próprio
Cristo, Seu Filho amado (Jo. 17:3; Rm. 16:27; I Cor. 8:6; I Tm. 1:1,2,17 e 6:15,16; II Jo. 3;
Jd. 1,21,24,25). Como já tinha citado anteriormente, o próprio Jesus testemunhou disso ao
afirmar categoricamente que Seu Pai é o Deus único:
―Respondeu Jesus: O primeiro [mandamento] é: Ouve, ó Israel, o Senhor é nosso Deus, o
Senhor é um só‖. Mr. 12:29.

38
Jesus está citando Dt. 6:4: ―Ouve, ó Israel; Jeová nosso Deus é o único Deus‖.

Além do mais, tão certo como a Bíblia não relata nenhuma mudança do sábado para
o domingo, assim também, em momento nenhum ensina que o Pai, o Filho e o
Espírito Santo passaram a ser um só, como se este último fosse uma pessoa
diferente do Pai e do Filho. Completamente falso! Repetidamente Jesus afirmou: ―Eu e o
Pai somos um‖ (Jo. 10:30; ver também 17:11,21,22). Não existem três seres divinos
diferentes, apenas dois (Pv. 30:4; Jo. 14:1,23; Ap. 22:3). O Espírito Santo procede do Pai
(Jo. 15:26), e sempre está conotado ao Pai ou ao Filho (Rom. 8:9).

Deus não revela a verdade às prestações ou por evolução, como querem fazer parecer
estes autores. Isso só demonstra de que espírito procedem suas palavras. Esse não é o
método de apresentar a verdade, pois não é o método de Deus. Deus não criou o mundo
por evolução ou às prestações. A verdade do sábado não foi revelada por um processo
evolutivo. Isso seria um absurdo! O sábado foi instituído e foi dado um mandamento claro
para o santificar (Gn. 2:2,3).
A compreensão da divindade é um ponto básico na relação entre Deus e Seus filhos, bem
como o conhecimento tanto de Deus, o Pai, como de Seu Filho, Jesus Cristo (Jo. 5:24;
16:3; 17:3). É inconcebível que Deus o Pai, Jeová, chamasse um povo, ao qual revelou
tantas verdades, e o fizesse andar na ignorância quanto à existência de um
pressuposto ser ou pessoa diferente de Si mesmo e de Seu Filho, também merecedor
de adoração, durante mais de 2000 anos!
Isto seria pior que um casamento por telefone… Como Judeu, Cristo nunca aprendeu tal
coisa de sua mãe, nem tão pouco ensinou uma trindade ou divindade de três pessoas aos
Seus discípulos, mas sempre viveu para honrar e glorificar ao Pai (Jo. 17:3) e ponto final.
É de notar que Alejandro Bullón, ministro adventista do sétimo dia, pregador da graça
barata, num de seus livros, numa interessante escorregadela, considerou a trindade como
doutrina pagã:

39
O Terceiro Milênio e as Profecias do Apocalipse, págs. 41 e 42.
Apresento ainda uma frase que retirei da revista Life a propósito da trindade:
“Nossos oponentes [protestantes] às vezes reivindicam que nenhuma crença que
não esteja explicitamente declarada na Bíblia deveria ser mantida dogmaticamente
(ignorando que é somente na autoridade da Igreja que nós reconhecemos certos
evangelhos como verdadeiros, e outros não). Mas as próprias igrejas protestantes têm
aceitado tais dogmas como a TRINDADE para os quais não há tal autoridade precisa
nos evangelhos.” Revista Life, 30 de Outubro de 1950, pág. 51.
Não menos interessantes, são algumas das considerações que Jan Paulsen, ex-presidente
da associação geral dos adventistas do 7º dia, trinitário, faz acerca deste assunto, as quais
demonstram claramente que tanto no antigo como no novo testamento, o Espírito Santo
não é concebido separadamente de Deus Jeová, como sendo uma pessoa diferente, mas
simplesmente se referia ao poder de Deus em ação:

―Os tempos do Antigo Testamento não foram dias em que Israel pensasse em Deus
em termos trinitários. Seu monoteísmo, que guardaram com grande zelo – pelo menos
em grande parte do tempo – contra o politeísmo e idolatria das nações circundantes, não
permitiu a Israel pensar no Espírito de Deus como uma pessoa separada ou
personalidade à parte de YHWH. Em vez disso, a sua confissão era “O Senhor nosso
Deus é o único Senhor‖ (Dt. 6:4, KJV).‖ When the Spirit Descends, pág. 18.

―O rûach de Deus era uma força sobre-humana que aparecia do nada. Era o
sobrenatural invadindo o domínio do natural, por vezes causando destruição, em outros
momentos discreto, mas sempre a fonte de extraordinário poder que habilita um povo, ou
algum indivíduo escolhido, para ser erguido acima das capacidades naturais.‖ When the
Spirit Descends, pág. 18.

40
―Provavelmente rûach não significava nada mais para o povo de Israel senão Deus em
acção, com ênfase no Seu poder. E visto que a actividade de Deus significava a presença
de Deus, YHWH e Seu rûach confundiam-se. Consequentemente, o Espírito não era
pensado como algo separado de Deus.‖ When the Spirit Descends, pág. 19.

―A imagem do rûach, que o Antigo Testamento até agora nos apresenta é a da acção
de Deus de uma forma poderosa e sobrenatural. Deus está no trabalho. E o Espírito é o
executivo – a divina energia. (…)
O Espírito Santo no Antigo Testamento não actua como uma personalidade separada
de Deus, mas nem ainda no Novo Testamento Ele é concebido como um dom
separado de Deus. (…)
Como tal, o Espírito era preeminentemente o Espírito de profecia (Am. 3:7; Miquéias
3:8, KJV). Um comentário altamente respeitado tem mostrado como a tradição rabínica
enfatiza o Espírito como o Espírito de profecia ‖ When the Spirit Descends, pág. 21.

41
―Considerando que o texto do Antigo Testamento diz ―Espírito de Deus,‖ o Targums –
Paráfrase aramaica do Antigo Testamento Hebreu – traduz consistentemente ―Espírito de
profecia‖.
O Espírito não significa abstrações (tais como o Espírito como um elemento separado). Foi
a forma de Deus romper barreiras a fim de se comunicar a si próprio à humanidade. Mas
nós não temos perdido de vista o Espírito como poder, porque ao romper barreiras, Deus dá
poder tanto para compreender, como para responder. Bem pode ser isto que o recorrente
paralelismo Hebreu de rûach com a ―palavra do Senhor‖ (Sl. 33:6; cf. 2 Sm. 23:2, KJV)
apresenta com ênfase na comunicação. (…)
Como poder e energia de Deus, o Espírito tem estado, é claro, sempre presente com
Israel.‖ When the Spirit Descends, pág. 22.
No entanto, é lamentável que Jan Paulsen caia no terrível erro de desviar a atenção que
deve unicamente recair em Jesus Cristo, o Filho do Deus Eterno, ao ponto de associar os
termos ―a palavra do Senhor‖ e ―o espírito de profecia‖ a um pressuposto 3º ser, o Espírito
Santo. Erra em grande maneira, e não digo desconhecendo as escrituras mas pervertendo-
as voluntariamente, porque ele as conhece, pois ambos os termos citados se referem
explicitamente a Cristo (Heb. 4:12; Ap. 1:16, e 19:10).
O facto de no Targum se fazer equivaler o Espírito ao espírito de profecia, está correcto,
pois ambos se referem ao Espírito de Cristo (II Cor. 3:17). Mas não posso deixar de corrigir
a barbaridade proferida por Paulsen, quando diz que ―o Espírito é o executivo‖. Temos que
entender que este Espírito para Paulsen não se refere a Cristo, mas à 3ª pessoa da
trindade. O executivo é o próprio Cristo, e o Espírito a influência do Pai e do Filho (Rom.
8:9). A Bíblia ensina claramente que somente o Pai e Filho participaram da criação. Deus
criou o mundo por meio de Seu Filho, Seu arquictecto ou executivo (Pv. 8:30 e 30:4; Hb.
1:2).
Penso que fica claro, até mesmo para um trinitário como o “ex-papa adventista”, que
tanto para aquele povo que durante tantos séculos foi o povo peculiar de Deus, como

42
para a igreja cristã primitiva, não havia nenhuma trindade, nem tão pouco três
deuses. Não existe base para isso, nem no Antigo nem no Novo Testamentos.

 Alterações à Palavra de Deus

Com o passar do tempo, pude compreender que algo se passou com certas palavras e
frases da Palavra de Deus, pois comparando Mateus 28:19 com os respectivos textos
sinópticos (Mc. 16:15,16; Lc. 24:47), não existe harmonia entre estes e aquele, bem como
com a prática do batismo em nome de Cristo (At. 2:38), tantas vezes descrita e
subentendida no novo testamento.
A Bíblia nos advertiu que a apostasia chegaria (At. 20:29,30); advertiu ainda sobre o alterar
a própria Palavra de Deus (Ap. 22:18,19), ou seja, pressupõe-se, à partida, que isso poderia
acontecer, era uma possibilidade, e que teria como consequência o respectivo castigo, é
claro. A história registou algumas dessas alterações, apontando o dedo a determinados
nomes dos chamados ―pais‖ da igreja cristã. Os católicos, pela mão dos quais se realizaram
essas alterações, concordam em dizer, na versão bíblica de Jerusalém, quanto à fórmula
baptismal (―em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo‖) de Mateus 28:19:
―É possível que, em sua forma precisa, essa fórmula reflicta influência do uso litúrgico
posteriormente fixado na comunidade primitiva.‖
Ou seja, admite-se aqui que, como consequência de uma influência posterior ao tempo em
que Mt. 28:19 foi escrito, este verso tenha sido alterado. Seguidamente apresento algumas
citações católicas bastante pertinentes com respeito a este tema:
―Em Cristo. Na Bíblia nos diz que os Cristãos foram batizados em Cristo (nº 6). Eles
pertencem a Cristo. Os Atos dos Apóstolos (2:36; 8:16;10:48;19:5) nos falam acerca de
batizar ―em nome [pessoa] de Jesus‖ – uma melhor tradução seria ―para o nome
[pessoa] de Jesus‖. Unicamente no 4º Século a fórmula ‗Em nome do Pai, e do Filho, e
do Espírito Santo‘ se tornou usual.
Se bem que a Igreja da era Apostólica não conhecesse a ―expressão‖ batismal trinitariana
(em nome do Pai…) mas somente a Cristológica (em nome de Jesus Cristo), isto não exclui
o facto de que cada Batismo Cristão é actualmente um Batismo para comunhão com o Pai,
o Filho , e o Espírito Santo. (…)
Além disso, nós vimos como a igreja primitiva batizava: Primeiro o anúncio do Evangelho...
consequentemente Fé e penitência, que eram seladas e aperfeiçoadas pelo Batismo ―em
nome [pessoa] de Jesus Cristo‖. Desde então nós somos chamamos de Cristãos, o que
significa gente relacionada de forma especial com Cristo. Mais tarde, ―em nome de
Jesus‖ foi elaborado e tornou-se ―em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo‖.‖ Bible
Catechism, (Vatican II Edition 1973), págs. 164, 166.
Seguidamente apresento Mt. 28:19 e 20, tal como aparece no evangelho de Mateus em
hebreu*:
―Ide, e (ensinai)-os a guardar todas as coisas que vos mandei para sempre.‖ Hebrew
Gospel of Matthew, pág. 151.
43
*Este evangelho, conservado pelos judeus durante vários séculos, foi conhecido apenas
no final do 14º séc., quando foi publicado no polémico tratado ―Even Bohan”, pelo
apologista espanhol judeu Shem-Tob. O professor Howard publicou este mesmo
evangelho junto com uma tradução em inglês, e sua análise crítica.
―Em 1901, F.C. Conybeare observou que uma forma abreviada de Mt. 28:19 é citada em
alguns escritos de Eusébio 31. Ele conjecturou que a forma abreviada vinha de códices que
Eusébio encontrara em Cesaréia. A forma abreviada lê-se da seguinte maneira: ―Ide, fazei
discípulos de todas as nações em meu nome, ensinando-os a guardar todas as coisas que
eu vos ordenei…‖. (…)
Conybeare sugeriu que esta conclusão abreviada, onde faltava a fórmula batismal trinitária,
estava reflectida, embora não explicitamente citada, por dois escritores primitivos,
nomeadamente, Justino Mártir (Dial. 39 e 53) e Hermas (Simil. 9.17.4).
Em 1965, Hans Kosmala32 argumentou em favor da originalidade da forma abreviada do
final de Mateus, sugerindo que a susceptibilidade de Mateus a modificações litúrgicas
permitiu que fórmula batismal trinitária fosse acrescentada ao texto. Na altura em que esta
fórmula foi acrescentada, já nenhuma outra fórmula batismal, tal como ―em nome de Jesus‖,
estava em uso.33 (…)
Mais tarde, David Flusser argumentou que o novo texto oferecia aos Judeus-Cristãos
primitivos evidência documentária para a conclusão abreviada de Eusébio ao primeiro
evangelho 36. (…)
O evangelho de Mateus de Shem-Tob em Hebreu…. (…) está de acordo com a forma
abreviada de Eusébio e, também lhe falta a referência aos ―Gentios‖, que é encontrada na
maioria do texto Grego.‖ Idem, pág. 192, 193, 194.
As múltiplas traduções modernas, desfasadas em grande medida das mais antigas, atestam
irrefutavelmente o facto de que Satanás tem procurado destruir as Escrituras Sagradas,
com um zelo não inferior ao do passado, quando ele induziu homens a queimá-las.
A serva de Jeová, Ellen White, escreveu sobre este tema frases muito esclarecedoras:
―Vi que Deus havia de maneira especial guardado a Bíblia, ainda quando dela existiam
poucos exemplares; e homens doutos nalguns casos mudaram as palavras, achando que a
estavam tornando mais compreensível quando, na realidade, estavam mistificando
aquilo que era claro, fazendo-a apoiar suas estabelecidas opiniões, que eram
determinadas pela tradição. Vi, porém, que a Palavra de Deus, como um todo, é uma
cadeia perfeita, prendendo-se uma parte à outra, e explicando-se mutuamente. Os
verdadeiros pesquisadores da verdade não devem errar; pois não somente é a Palavra de
Deus clara e simples ao explanar o caminho da vida, mas o Espírito Santo é dado como
guia na compreensão do caminho da vida ali revelado.‖ Primeiros Escritos, pág. 220, 221.
Apesar de que essas alterações tenham sido efectuadas na Bíblia, não precisamos errar,
pois no seu todo podemos ainda discernir a verdade e o caminho da salvação.
Torna-se uma verdadeira armadilha pretender defender um ponto de vista ou doutrina
baseando-se num só verso, como é o caso da trindade e do batismo trinitário, que se
fundamentam unicamente no verso de Mat. 28:19. Quantas vezes, durante o tempo em que
frequentei a igreja adventista, ouvi líderes e pregadores, orgulhosamente, lançarem o
desafio de que lhes mostrassem um único verso que falasse da mudança do sábado para o

44
domingo. E se esse verso aparecesse? Deixava-se de santificar o sétimo da semana?!
Claro que não, pois ainda assim haveriam muitos outros versos a atestar a guarda do
sábado.
É muito perigosa essa abordagem pois é bem possível que a Bíblia venha a ser alterada a
esse ponto, quem sabe como instrumento para a implementação da guarda do domingo
entre os adventistas!
Infelizmente, este foi o raciocínio que traiu a Erasmo de Roterdão, pois ele disse que se lhe
mostrassem um único manuscrito com o verso de I Jo. 5:7, ele incluiria esse verso em sua
tradução do Novo Testamento. Isso aconteceu, e lamentavelmente permanece ainda em
muitas das versões e traduções actuais.
(Ver:http://traducaodonovomundodefendida.wordpress.com/2010/08/29/1-joao-57-inspirado-
por-deus-ou-acrescimo-posterior/).
―Os guias de Israel professavam ser expositores da Palavra de Deus, mas haviam-na
estudado apenas para apoiar suas tradições, e impor suas observâncias de origem
humana. Haviam, por suas interpretações, feito com que ela exprimisse sentimentos que
Deus nunca tivera em mente. Suas místicas apresentações tornavam indistinto aquilo
que Ele fizera claro. Disputavam sobre insignificantes questões de técnica, e negavam por
assim dizer as verdades essenciais. Assim, difundia-se amplamente a infidelidade.
Roubavam à Palavra de Deus a sua força, e os espíritos maus operavam à vontade.‖ O
Desejado de Todas as Nações, pág. 206.
Que quer isto dizer, de os homens terem mistificado a Bíblia, não só alterando as suas
palavras como também interpretando-a a seu belprazer? Isto quer dizer que eles iludiram o
povo, enganado-o, ao darem uma importância ou devoção exagerada a suas próprias ideias
e tradições, as quais procuraram basear na Bíblia. Por outro lado, alteraram o sentido
daquelas palavras que eram, por si só, claras, cobrindo-as com ―trevas‖. A invenção da
trindade é um bom exemplo do que acabei de dizer!

 Alterações aos Escritos de Ellen White

Mas, eu pergunto, se Satanás procurou alterar a Bíblia, induzindo homens doutos a fazê-lo,
não terá ele procurado fazer a mesma coisa com os escritos inspirados de Ellen White?
Certamente que sim! Se verdadeiramente acreditamos que o Espírito de Jesus Cristo
testemunhou não só para os escritores bíblicos (Ap. 19:10), mas também para Ellen White,
então saberemos que a mesma hostilidade manifestada contra os escritos daqueles será
também evidenciada contra os escritos desta. Como vimos na última citação acima
apresentada, da mesma forma que os líderes judaicos mistificaram e interpretataram
erroneamente as Sagradas Escrituras, também os líderes adventistas do sétimo dia o
fizeram, indo mesmo ao ponto de alterar o texto de Ellen White, e fazendo-a dizer aquilo
que ela não quis dizer. No entanto, repito as palavras anteriormente referidas: não
precisamos errar, pois no seu todo – não só da Bíblia, como também dos escritos de Ellen
White – podemos ainda discernir a verdade e o caminho da salvação.

45
Tomando isto em consideração, posso continuar fundamentado, com total segurança, tanto
na Bíblia como nos testemunhos e livros de Ellen White.
Ainda que exista um verso como o de Mateus 28:19, eu não tenho que ficar perplexo e
confuso, pois tenho que entendê-lo à luz de outros versículos que falem sobre o mesmo
tema. Assim, mesmo se Jesus tivesse proferido essas palavras, o que eu não acredito, de
maneira nenhuma ensinou o baptismo trinitário, visto que não foi dessa forma que os
discípulos as entenderam e praticaram.
Quanto a esta questão, ou mesmo em relação à trindade ou qualquer outro assunto, eu não
tenho que submeter minha compreensão a um só verso, mas a um conjunto de versos (Is.
28:10,13).
Tão pouco tenho que ficar confuso pelo facto de que nos livros e testemunhos de Ellen
White exista uma frase que me fale do trio celestial, ou outras expressões semelhantes. O
que é que ela quis dizer com isso?! Terá sido mesmo ela a escrevê-lo?! No entanto, eu terei
que aplicar a estes textos o mesmo princípio que acima apliquei à Bíblia.

 A Fórmula Batismal Trinitária nos Escritos de Ellen White

Apesar de existirem uns poucos textos que possam sugerir uma trindade, algumas
ocorrências onde é mencionada a fórmula baptismal de Mateus 28:19, ainda assim, ao
estudar o todo dos escritos de Ellen White, não encontro harmonia com este tipo de frases
pontuais. E até certo ponto, torna-se um facto estranho o existirem tantas referências ao
baptismo em nome de Jesus na Bíblia, enquanto nos seus escritos são poucas as
referências ao mesmo.
Neste caso, eu deverei submeter a minha compreensão, em primeiro lugar, àquilo que está
revelado na Bíblia, nossa única regra de fé. A Bíblia estabelece a norma da verdade. Ellen
White repete, confirma e amplia essas verdades. À medida que no passado, os profetas se
sucediam uns aos outros, não contrariavam o que dantes fora revelado e estabelecido,
antes o confirmavam. Se aparentemente ela contradiz o que está escrito na Bíblia, então eu
terei de rejeitar esse testemunho:
―Se os Testemunhos não falarem de acordo com a Palavra de Deus, rejeitai-os. Cristo e
Belial não se unem.‖ Testemunhos Selectos, Vol. II, pág. 302.
Contudo, ao estudar cada livro e testemunho de Ellen White, eu tenho a certeza de que
esta mulher foi verdadeiramente inspirada por Deus. Poderei ainda pensar que esta mulher
não teve por missão o revelar que versos foram alterados, limitando-se simplesmente a
utilizar aquilo que chegou até nós, a Bíblia tal e qual existe hoje. Isto explicaria o facto de
que o verso de Mateus 28:19 se tenha multiplicado em Ellen White. Eu acredito que a
mesma inspiração que teve o apóstolo João foi a mesma de Ellen White, pois o Espírito é
um só (Ef. 4:4). Mas se a Bíblia foi alterada como Ellen White o descreve inspiradamente,
porque não lhe teriam sido mostradas essas alterações?! Estaria ela ignorante em relação
às mesmas?!
Penso que ainda há um detalhe muito importante a ter em conta. É que Ellen White, ao
contrário dos profetas do passado, não fazia parte, inicialmente, de um movimento, igreja

46
ou povo que possuísse todo o conjunto das verdades principais, tal e qual os hebreus,
como os 10 mandamentos, entre os quais o sábado, a reforma da saúde e do vestuário, etc.
É por isso que durante anos Ellen White, bem como os demais pioneiros, viveram em
transgressão das leis da saúde, as quais eram desconhecidas para eles, e isto já depois de
se ter instituído formalmente a igreja adventista do sétimo dia, a 21 de Maio 1863. A famosa
visão de Ellen White ocorreu a 6 de Junho desse mesmo ano. Ellen White era a mensageira
de Jeová, a quem foi revelada progressivamente a verdade, sem contudo haver contradição
ou repúdio ao que escreveu anteriormente.
Desta forma eu posso compreender melhor o porquê do baptismo trinitário nos escritos de
Ellen White e dos pioneiros, pois à partida, tanto ela como os pioneiros não tinham
conhecimento de possíveis alterações em Mat. 28:19, bem como em outros versos, e essa
era a ‗verdade‘ que eles conheciam. Contudo, eles não o faziam no mesmo sentido em que
o fazem os trinitários, pois eles não acreditavam na trindade, mas citavam um verso que
para eles era verídico!
Voltando atrás, aos yearbooks da igreja adventista que foram publicados até à morte de
Ellen White, podemos verificar um facto interessante e explicativo para a nossa pesquisa e
inquietude, o baptismo trinitário nos escritos de Ellen White. Reparemos na doutrina nº 4:

―4. Que o baptismo é uma ordenança da igreja Cristã, seguinte à fé e arrependimento, –


uma ordenança pela qual nós comemoramos a ressurreição de Cristo, como por este acto
nós mostramos a nossa fé na sua morte e ressurreição, e por esse meio, na ressurreição de
todos os santos no último dia; e que nenhum outro modo mais adequadamente representa
estes factos, que aquele que as Escrituras prescreve, nomeadamente, a imersão Rom. 6: 3-
5; Col. 2:12.‖
O baptismo é uma referência directa à fé na morte e ressurreição de Jesus Cristo. Ou seja,
ao nome de Jesus Cristo. Tão-pouco é mencionado o baptismo trinitário, nem o verso de
Mat. 28:19!
O que é que isto quer dizer?!
Quanto a mim, há duas possibilidades. Ou que houve uma alteração em massa às
referências baptismais em Ellen White e nos escritos dos próprios pioneiros; ou então que,
naquela época, a compreensão relativa ao baptismo (fórmula baptismal) ainda fosse errada
e, por providência divina, não lhes tenha sido permitido o incluir a referência ao
baptismo trinitário entre as crenças dos pioneiros. Mas uma coisa é certa, a fórmula
trinitária não estava inserida nas doutrinas fundamentais que durante tanto tempo
uniram os pioneiros, e isto até à morte de Ellen White.

Quero relembrar as próprias palavras de Tiago White:

―O ―mistério da iniquidade‖ começou a operar na igreja nos dias de Paulo. Por último, pôs
de parte a simplicidade do evangelho, e corrompeu a doutrina de Cristo, e a igreja foi para o
deserto. Martinho Lutero, e outros reformadores, surgiram na força de Deus, e com a

47
Palavra e o Espírito, fizeram grandes avanços na Reforma. A grande falta que podemos
encontrar na Reforma é, que os Reformadores pararam de reformar. Se eles tivessem
continuado em frente, até terem deixado para trás o último vestígio do papado, tal
como a imortalidade natural, o batismo por aspersão, a trindade, a guarda do
domingo, e a igreja agora estaria livre de erros anti-escriturísticos.‖ Review and
Herald, 7 de Fevereiro de 1856, vol. 7, no. 19, pág. 148, par. 22.

Tiago White mencionou como erros anti-escriturísticos o baptismo por aspersão, e a


trindade, mas não mencionou o baptismo trinitário, pois, possivelmente, para ele e restantes
pioneiros, esse constituía a própria fórmula dada por Cristo para o baptismo, que como já
vimos não corresponde à realidade, e não tem base, nem nas escrituras, nem nos relatos
históricos. Foi isso que lhes foi ensinado, e pelos vistos não lhes foi permitido compreender
esse erro, ou, nas palavras de Tiago White ―pararam de reformar‖.
Sabemos que vários aspectos da verdade foram revelados ao longo dos anos, (não
negando obviamente nenhuma das verdades anteriormente reveladas). Acredito ser o
batismo trinitário um destes casos.
Seja como seja, uma coisa é certa, nem Ellen White nem os pioneiros aprovaram como
ponto de fé o baptismo trinitário, apenas o baptismo por imersão!
Acredito sinceramente que, assim como mãos criminosas alteraram certas porções da
Bíblia, muitos têm buscado ir ainda mais longe, alterando também os escritos de Ellen
White. Ou seja, pode ser que aquilo que se conseguiu alterar na Bíblia em pequena escala,
se tenha conseguido alterar em grande escala em Ellen White, padronizando-se, de uma
forma geral, as referências à fórmula baptismal trinitária. Nos escritos de Ellen White
concentram-se, até certo ponto, as alterações da própria Bíblia, as quais, de certo modo,
influenciaram os seus escritos; no entanto, estes também sofreram as alterações que os
depositários dos mesmos, ou antes, mercenários, têm permitido. E tenho fortes motivos
para crer assim!
No entanto, ainda antes de continuar a expor essas razões, quero relembrar que, ao
estudar a Bíblia e escritos de Ellen White, do princípio ao fim, verifica-se que existe um fio
condutor, uma constante repetição: a existência e a presença de duas pessoas distintas
entre si, o Pai e o Filho. O Espírito Santo é descrito como o Espírito Santo de Deus, a Sua
presença em todos os lugares (Sl. 139:5-8); é dito que procede do Pai (Jo. 15:26), e que é o
Espírito do Pai e do Filho (Rm. 8:9,11), pois que Jesus Cristo foi gerado do Pai e recebeu
Seu Espírito (Sl. 2:7; Is. 42:1). Isto é, se ao Espírito Santo se quiser definir como uma
pessoa, o Espírito Santo não é uma pessoa diferente ou separada do Pai e do Filho, mas a
própria presença de ambos (Jo. 14:23). Em toda a Bíblia não existe um nome próprio do
Espírito Santo, um trono dele, ou adoração a ele, como acontece com o Pai e o Filho, dos
quais é dito serem um (Jo. 10:30).
Perante as dificuldades que eu possa encontrar em Ellen White, este fio condutor que
acima descrevi e que encontro nos seus escritos e na Bíblia, me transmite confiança e
segurança de que o mesmo Espírito que inspirou os profetas da antiguidade, continua ainda
hoje a inspirar homens e mulheres. Assim, o próprio Cristo é o nosso bom Pastor que nos
leva a pastagens seguras (Sl. 23). Certamente que não é o Seu Espírito que conduz o
movimento ecuménico, que tem por base a doutrina pagã da trindade, (ainda que por força,
alguns, lhe queiram chamar divindade)!

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 Pondo em Causa o Dom Profético de Ellen White

No passado, os profetas de Jeová sempre foram perseguidos e maltratados, e seu valor,


fora raras excepções, não foi reconhecido senão após sua morte. Desde bem cedo, Ellen
White enfrentou a mais severa oposição, desprezo e acérrimas críticas. Para mim isto é
animador, e é um sinal positivo, pois qualquer que se colocar ao lado da verdade não pode
esperar outra coisa. Assim tem sido a minha própria experiência, e não estou por isso, de
modo nenhum, a considerar-me um profeta.
Ellen White foi aceite pela generalidade dos pioneiros. Sua missão enquanto se
estabeleciam os fundamentos da igreja adventista do sétimo dia foi crucial. Embora tivesse
uma saúde débil e reduzidas capacidades a nível intelectual, no entanto tinha um coração
cheio de fé e desejo de servir a Cristo. Enquanto os pioneiros buscavam solucionar
problemas teológicos ela estava ao seu lado, como uma verdadeira luz. Por meio das
visões e revelações que lhe foram dadas por Deus, ela pode ajudá-los a montar o puzzle
das verdades bíblicas.
Infelizmente muitos quiseram, segundo os seus juízos falíveis, pôr em causa o dom de
profecia concedido a esta mulher, quando este já estava mais que comprovado. Acharam
que suas palavras não eram as mais indicadas, que determinadas declarações não
estavam em harmonia com a história, a teologia, a ciência, a educação, etc. Foi já em vida
considerada desactualizada, e muito mais ainda no presente.
Mas não aconteceu o mesmo com a Bíblia?! Houve algum livro que tanto benefício pudesse
trazer à humanidade, e que tanta perseguição sofresse?! Ora mais uma vez é um sinal
positivo a favor de Ellen White.
Mas o mais estranho é que essa perseguição a Ellen White tem surgido dentro das fileiras
dos adventistas do 7º dia. ―Judas‖ e Jesuítas se têm infiltrado nesta denominação a fim de
denegrir sua imagem, e de descredibilizá-la.
Compreendo que o lugar de Ellen White não está acima da própria Bíblia, mas tão pouco
abaixo dela, pois se a inspiração foi a mesma, a autoridade também o é, embora com
funções diferentes, é claro. Muitas pessoas no passado caíram no erro de estudar os
escritos de Ellen White em detrimento da Bíblia, ainda que todo aquele que os estudar,
chegará à conclusão que ela constantemente nos remete para a Bíblia. Mas não foi isso
que motivou a verdadeira perseguição à serva do Senhor!
Ao longo da história da igreja adventista, os seus dirigentes tiveram algumas dificuldades
em lidar com declarações que ela fez, e que colocavam a imagem da igreja em perigo,
pensavam eles, e isto sobretudo na parte final do séc. XIX, início do séc. XX. No entanto, a
igreja não tem que se harmonizar com as normas do mundo, nem tão pouco pretender
satisfazer suas exigências.
Assim, certas afirmações que Ellen White fez sobre a amálgama entre animais e seres
humanos, a masturbação, o excesso sexual, o casamento, a educação, o vestuário, a
alimentação, bem como sobre a apostasia da igreja adventista, a verdadeira posição da
igreja católica e das igrejas protestantes, ecumenismo, perseguição dominical, etc., têm
sido, aos olhos de muitos dirigentes, afrontas à reputação da igreja. Como a ―ciência‖
discorda de algumas afirmações feitas por ela, considerando-as fanáticas e extremistas, e

49
também pelo facto de muitas delas não serem convenientes à opinião pública, os dirigentes
têm-se sentido envergonhados perante o mundo. Procurando agradar ao mundo, e dar uma
―boa imagem‖ da igreja, têm agido com Ellen White como os judeus agiram com os profetas
do passado e finalmente com o próprio Cristo, ou seja, aniquilando-os.
Mas como os tempos são outros, as formas de actuar também mudaram. Também
pareceria mal matar ou apedrejar quem quer que fosse e as formas de proceder são hoje
distintas de então. No entanto, o mesmo antagonismo, ódio e desprezo mostrado para com
os servos de Deus no passado, se verificam hoje, mas de maneiras mais disfarçadas, como
o mosquito que transporta determinada doença terrível, quase sem ser notado, infectando o
ser humano. Assim se tem procurado fazer com os escritos de Ellen White, ―infectando-os‖,
corrompendo-os, eliminando-os, omitindo-lhes porções, alterando-os, etc.
Preocupados com os erros gramaticais de Ellen White, foram tomadas algumas resoluções,
aparentemente inofensivas, no ano de 1883:

"33. Considerando que, muitos desses testemunhos foram escritos sob as mais
desfavoráveis circunstâncias, estando a escritora demasiado pressionada pela ansiedade e
o trabalho para dedicar pensamentos críticos à perfeição gramatical de seus escritos, e que
estes foram impressos com tal pressa que estas imperfeições acabaram por ficar sem
correcção; e, considerando que, nós cremos que a luz dada por Deus a seus servos o é por
meio do esclarecimento da mente, transmitindo assim os pensamentos, e não (exceto em
raros casos) as mesmíssimas palavras nas quais as idéias deveriam ser expressas;
Portanto, fica decidido que na republicação desses volumes, se façam as referidas
mudanças verbais para remover as imperfeições mencionadas acima, tanto quanto
possível, sem de forma alguma alterar o pensamento; e, além disso,
34. Fica decidido que este corpo nomeie uma comissão de cinco pessoas que se
encarregue da republicação desses volumes de acordo com os preâmbulos e resoluções
acima mencionados‖. Review and Herald, 27 de nov. de 1883.
Concordo plenamente com a ―letra‖ destas resoluções, mas quanto ao espírito que estava
por detrás de alguns daqueles que as tomaram, não acredito ser tão positivo. Se a
preocupação fosse só a gramática, não teriam rejeitado a mensagem da justificação pela fé
em 1888, nem enviado Ellen White para a Austrália, num tempo em que ela era tão
necessária nos Estados Unidos.

50
Quase sem se notar, este espírito maléfico foi-se introduzindo em certos membros de igreja,
os quais, aproveitando-se das resoluções mencionadas acima, para além de melhorarem a
gramática e ortografia, ―melhoraram‖ também a teologia de Ellen White, suas ideias e
pensamentos, e até mesmo a imagem da igreja.
De uma maneira notável, à medida que Ellen White envelhecia, tornando-se mais frágil e
menos activa nas questões da igreja, e isto já no início do séc. XX, mas sobretudo a partir
da sua morte (1915), determinados homens se ―esqueceram‖ de suas declarações enfáticas
sobre este tema:

51
"A palavra que me foi dada é: 'Deves repreender fielmente os que arruinariam a fé do povo
de Deus. Escreve as coisas que eu te darei, para que eles possam ficar firmes como
testemunhas da verdade até ao fim do tempo.' Eu disse, 'Se algum dos cidadãos de
Battle Creek deseja saber o que a Sra. White crê e ensina, leia seus livros publicados.
Meus trabalhos seriam sem valor se eu pregasse um outro evangelho. Aquilo que escrevi é
o que o Senhor me ordenou escrever. Não fui instruída a alterar aquilo que enviei”
Review and Herald, 26 de jan. de 1905.
Disse ainda a Sra. White:

"Não retirarei uma única palavra da mensagem que dei.‖ Idem, 19 de abr. de 1906.
Se Ellen White deixou claro que não se deveriam alterar os seus escritos, pois ela escreveu
sob inspiração divina, porque é que tanta coisa foi alterada, omitida, e houve material
retirado de circulação? Porque não foram incluídas determinadas afirmações no livro
―Patriarcas e Profetas” sobre a amálgama entre os homens e os animais?!
"Com relação aos dois parágrafos que se encontram em Spiritual Gifts e também em The
Spirit of Prophecy concernentes ao amálgama, e a razão por que foram omitidos dos livros
posteriores, e a pergunta quanto a quem assumiu a responsabilidade de omiti-los, posso
falar com perfeita clareza e segurança. Foram omitidos por Ellen G. White. Ninguém
relacionado com sua obra tinha qualquer autoridade sobre esse assunto, e nunca ouvi que
alguém lhe oferecesse conselho em relação com isso.
Em todas as questões desse tipo, pode ter a certeza de que a irmã White era responsável
por omitir ou acrescentar as questões desse tipo em edições posteriores de nossos livros.
A Sra. White não só tinha bom juízo baseado numa compreensão clara e abarcante das
condições e as conseqüências naturais de publicar o que escrevia, como muitas vezes
recebia instruções diretas do anjo do Senhor em relação com o que devia ser omitido
ou acrescentado nas novas edições.” W.C. White, Mensagens Escolhidas, Vol. 3, p. 452.
Ainda que tenha sido o filho de Ellen White a escrever isto, de maneira nenhuma é superior
àquilo que sua mãe escreveu. É antes uma negação clara daquilo que sua ela escreveu…
Acredito que na sua ingenuidade o escreveu!

52
Ellen White deixou bem claro:
―O que escrevi é o que o Senhor me ordenou escrever. Não me foi dito para alterar o
que enviei” e ―Não retirarei uma única palavra da mensagem que dei‖.
Portanto, as contradições que possam surgir em Ellen White no que respeita a este tema
devem-se antes àqueles que se responsabilizaram por seus escritos, e até mesmo certos
membros de sua própria família, mas que infelizmente os têm alterado, ou procurado
distorcer, segundo determinadas conveniências.
Por que não se preocupa mais a igreja em publicar o livro ―An Appeal to Mothers: The Great
Cause of the Physical, Mental, and Moral Ruin of Children of Our Time”, onde ela fala contra
a masturbação e o excesso sexual? Reparem nas referências bibliográficas na 16ª secção
do livro ―Orientação da Criança‖, e verão que até hoje a igreja não mais publicou este livro,
devido às embaraçosas declarações de Ellen White sobre o tema. Isto porque a ciência as
considera extremistas e fanáticas, e sem valor científico. Será que os nossos dirigentes
passaram não só a discordar de Ellen White neste ponto, mas também a cometer este
pecado?! Ou o testemunho de Jesus é só aquilo que convém?!
Porquê a igreja retirou de circulação o livro ―Sketches from the Life of Paul‖?!
O presidente da Associação Geral, A.G. Daniells discutiu o incidente na conferência secreta
sobre os escritos de Ellen White em 1919, da qual falarei mais adiante:

―Yes; and now take that "Life of Paul," - I suppose you all know about it and knew what
claims were put up against her, charges made of plagiarism, even by the authors of the
book, Conybeare and Howson, and were liable to make the denomination trouble because
there was so much of their book put into "The Life of Paul" without any credit or quotation
marks. Some people of strict logic might fly the track on that ground, but I am not built that
way. I found it out, and I read it with Brother Palmer when he found it, and we got Conybeare
and Howson, and we got Wylie's "History of the Reformation," and we read word for word,
page after page, and no quotations, no credit, and really I did not know the difference until I
began to compare them. I supposed it was Sister White's own work. The poor sister said,
"Why, I didn't know about quotations and credits. My secretary should have looked after that,
and the publishing house should have looked after it."

She did not claim that that was all revealed to her and written word for word under the
inspiration of the Lord. There I saw the manifestation of the human in these writings. Of
course I could have said this, and I did say it, that I wished a different course had been taken
in the compilation of the books. If proper care had been exercised, it would have saved a lot
of people from being thrown off the track.‖ Ronald L. Numbers, Prophetess of Health – a
Study of Ellen G. White, pages 388, 389.

Tradução:
"Sim; e agora passando ao livro ―Life of Paul”, – suponho que todos saibam acerca disso e
conheçam as reclamações que foram levantadas contra ela, acusações de plagiarismo que
foram feitas, pelos próprios autores do livro, Conybeare and Howson, e estavam a ponto de
trazer problemas para a denominação por haver grandes porções do livro deles introduzidas
em ―The Life of Paul” sem quaisquer notas bibliográficas ou aspas. Algumas pessoas de
lógica estrita podem descarrilar nesse campo, mas eu não sou desse calibre. Descobri o
facto, e li-o com o Irmão Palmer quando ele o encontrou e tomamos Conybeare e Howson,

53
e o ―História da Reforma” de Wylie, e lemos palavra por palavra, página após página, e não
havia nenhuma citação, nenhum crédito, e realmente eu não sabia a diferença até que
comecei a compará-los. Eu supunha que era obra da própria Irmã White! A pobre irmã
disse, ―Ora, eu não sabia nada acerca de citações e créditos. A minha secretária deveria ter
tratado disso, e a casa publicadora deveria ter verificado isso.‖
Ela não reclamou que tudo aquilo lhe tinha sido revelado e escrito palavra por palavra sob a
inspiração do Senhor. Ali eu vi a manifestação do humano nesses escritos. É claro que eu
poderia ter dito isto, e realmente o disse, que desejaria que um rumo diferente fosse tomado
na compilação dos livros. Se tivesse sido exercido o devido cuidado, este teria livrado
muitas pessoas de serem lançadas fora do caminho."
Acredito que, se de facto houve má preparação deste livro, isso não tem que ver com Ellen
White. Mas se a questão era apenas a falta de referências bibliográficas, então poderiam ter
corrigido o problema em vez de condenarem o livro ao esquecimento. Ou será que o
problema era outro?!
Quem autorizou as muitas alterações no livro ―O Grande Conflito‖?! Uma das mudanças
mais flagrantes foi a retirada de cerca 4 págs. do cap. ―Ardis de Satanás‖, as quais foram
incluídas mais tarde no livro ―Testemunhos Para Ministros‖ no cap. ―As Ciladas de Satanás‖
(Ver também Mensagens Escolhidas Vol. III, pág. 452, 453).
―As Spirit of Prophecy, Volume 4, came from the press in 1884, the publishers felt that this
volume could be sold to those not of our faith; so with Mrs. White‘s cooperation…‖ (Edição
do Spirit of Prophecy, vol. 4, pp. 507-549, reimprimido em 1969).
http://www.whiteestate.org/issues/4sop-supp.html
Tradução: ―Assim que o Spirit of Prophecy, Volume 4, saíu do prelo em 1884, os
publicadores sentiram que este volume poderia ser vendido àqueles que não eram da
nossa fé; então com a cooperação da Sra. White…‖
Parece-me muito estranho que tendo Ellen White sido inspirada a escrever essas páginas,
e sendo que ela e os restantes responsáveis, ao publicarem esta edição inicial do Grande
Conflito – Spirit of Prophecy, vol. 4 – acharam o livro apropriado para o público em geral e
―de repente‖ já não achavam mais. Muito estranho mesmo…
Mas se assim foi de facto, então gostaria de saber porque é que, durante mais de 100 anos
não têm sido preparadas edições completas deste livro para os membros de igreja. Se os
líderes estão a tentar esconder algo, é porque é de facto importante!

 Palavras foram alteradas!

Porque mudaram a palavra divindade para trindade em muitos dos seus escritos? (Se ela
era a favor da trindade, porque não se pronunciou positivamente a seu favor, dada a grande
controvérsia que havia sobre este assunto em redor de 1900?! Porque não repreendeu
então os pioneiros por apresentarem suas posições antitrinitárias na ―Review and Herald”,
bem como nas igrejas?!)

54
Creio que essa mudança foi feita pela mesma razão que o livro de Urias Smith, ―Profecias
do Apocalipse‖, perdeu cerca de 10 páginas, nas quais o autor descrevia sua posição
antitrinitária!
E com a tecnologia que existe hoje, tenho até razões suficientes para acreditar que
mudanças de ordem mais profunda tenham sido feitas, como mudanças nos próprios
manuscritos originais ou dactilografados. A prova disso é que a igreja adventista de há 100
anos atrás não é a mesma dos nossos dias. A teologia mudou e as doutrinas também! A
igreja se tornou numa nova organização, Babilónia…
Os dirigentes – ou melhor, salteadores e assassinos – da igreja, se apuraram na arte da
mentira, pois têm por pai ao diabo. É por isso que passados mais de 100 anos, tiveram a
coragem, a ousadia – pouca vergonha – de apresentar os mesmos ideais, aparentemente
tão puros, que se apresentaram em 1883. Paul A. Gordon, antigo secretário do White
Estate, revelou em 1992, o costume de revisar e alterar os escritos de Ellen White:

55
"É legítimo modificar, condensar, ou simplificar os escritos de Ellen White? A resposta é
que sim. Podemos alterar, condensar, ou simplificar as palavras, mas não temos
permissão para alterar a mensagem proposta. Eis por quê: os adventistas do sétimo dia não
se atêm à inspiração verbal. Isto significa que não cremos que Deus ditou a Ellen as
palavras que teria de usar. (...) Nos anos desde a morte da Sra. White em 1915, mais de 50
novas compilações ou edições dos livros de Ellen White foram preparadas pelos
Depositários de E. G. W. Em todos os casos – incluindo edições que foram condensadas
ou simplificadas – a mensagem proposta nunca foi perdida, só as palavras foram
mudadas”. Adventist Review, 19 de Nov. de 1992, pp. 8-9.
Isto faz lembrar a citação de Ellen White que anteriormente analisámos:
―Homens doutos nalguns casos mudaram as palavras, achando que a estavam tornando
mais compreensível‖.
Aquilo que esses ―homens doutos‖ fizeram à Bíblia, bem como aquilo que os ―fiéis‖
depositários dos livros de Ellen White fizeram aos seus escritos, foi que, ―na realidade,
estavam mistificando aquilo que era claro, fazendo-a apoiar suas estabelecidas opiniões,
que eram determinadas pela tradição‖.
Como disse o sábio Salomão, ―não há nada de novo na face da terra‖…
Gostaria de saber em qual dos aspectos mencionados na afirmação de Paul A. Gordon se
enquandra a mudança da palavra ―divindade‖ para ―trindade‖, já que são coisas
completamente opostas!
Torno a repetir, que ―mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo‖!
Contra factos não há argumentos. Como pôde este homem fazer uma afirmação destas,
quando tanta coisa tem sido mudada, no que respeita à mensagem original proposta por
Ellen White. Se alguém conhece o quanto os escritos de Ellen White têm sido alterados,
são aqueles que trabalham com eles. As mudanças verificadas entre livros antigos e
modernos são claras evidências que isto não passa de uma verdadeira mentira.
Eis mais alguns exemplos de alterações nos escritos da Sra. White. Apresento frases de
Ellen White, respectivamente as originais e depois as alteradas:

―Ele tinha prazer em meditar acerca de Deus. Quando chegou ao templo, observou atento o
serviço ministrado pelos sacerdotes. Inclinava-Se com os adoradores quando se
ajoelhavam para a oração, e unia Sua voz à deles em louvor a Deus.‖Vida de Jesus, pág.
26, Publicadora Atlântico, 1984 (Igual à versão original inglesa).

―Ele gostava de meditar a respeito de Deus. Quando chegou ao templo, observou a


atividade dos sacerdotes. Inclinou-se com os adoradores para orar e Sua voz uniu-se à
deles em cânticos de louvor.‖ Vida de Jesus, pág. 31, 32.

http://www.ellenwhitebooks.com/?l=41&p=32

56
"Foi-me mostrado que mais mortes têm sido causadas por tomar drogas que por todas as
outras causas combinadas‖. Spiritual Gifts, vol. 4, pág. 133.
―Maior número de mortes têm tido como causa a ingestão de drogas do que outras
quaisquer causas combinadas.‖ Mensagens Escolhidas, Vol. 2, pág. 450.

"Mais do que isto, o Papa a si tem arrogado os próprios títulos da Deidade. Intitula-se a si
mesmo ―o Senhor Deus o Papa,‖ pretende ser infalível e exige que todos os homens lhe
prestem homenagem." Spirit of Prophecy, vol. 4, p. 53.
―Mais do que isto, têm-se dado ao papa os próprios títulos da Divindade. Tem sido
intitulado: ―Senhor Deus, o Papa‖, e foi declarado infalível. Exige ele a homenagem de
todos os homens.‖ O Grande Conflito, pág. 50.

 Contradições…

Gostaria ainda que os depositários de Ellen White me explicassem a seguinte contradição


aberta que existe entre alguns de seus livros como a História da Redenção ou Redimidos,
Medicina e Salvação, e o livro No Deserto da Tentação (Confrontation em inglês) que
embora tenha resultado de folhetos escritos por ela em 1874 / 1875, e republicados em
1878, só surgiu em 1971.
―No meio do jardim, perto da árvore da vida, estava a árvore do conhecimento do bem e do
mal. Esta árvore fora especialmente designada por Deus para ser a garantia de sua
obediência, fé e amor a Ele. O Senhor ordenou a nossos primeiros pais que não
comessem desta árvore nem tocassem nela, senão morreriam. Disse que podiam
comer livremente de todas as árvores do jardim, exceto daquela, pois se dela comessem
certamente morreriam. ‖A História da Redenção, pág. 24.

A frase original encontra-se em Spiritual Gifts, vol. 3 e 4 de 1864, na pág. 35:

57
Tradução: ―No meio do jardim, perto da árvore da vida, estava a árvore do conhecimento do
bem e do mal. Desta árvore o Senhor ordenou aos nossos primeiros pais não comer, nem
tocar-lhe, de contrário morreriam. Ele disse-lhes que eles podiam comer livremente de
todas as árvores do jardim excepto uma; mas se eles comessem daquela árvore eles
certamente morreriam‖.
―O fruto da árvore da vida no jardim do Éden possuía virtude sobrenatural. Comer dele era
viver para sempre. Seu fruto era o antídoto da morte. Suas folhas eram para o sustento da
vida e da imortalidade. Mas em virtude da desobediência do homem a morte entrou no
mundo. Adão comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal, comeu do fruto
que lhe tinha sido proibido tocar. Esta era a sua prova. Ele falhou, e sua transgressão
abriu as comportas dos ais sobre o mundo.‖ Medicina e Salvação, pág. 233.
―Eva exagerou as palavras da ordem de Deus. Ele disse a Adão e Eva: ―Mas da árvore
da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres,
certamente morrerás.‖ Gên. 2:17. Na discussão de Eva com a serpente, ela
acrescentou: “Nem nele tocareis.” Gên. 3:3. Aqui apareceu a sutileza da serpente.
Esta citação de Eva deu-lhe vantagem; colheu o fruto e o colocou nas mãos de Eva, usando
suas próprias palavras. "Deus disse que morrerias se tocasses no fruto. Vê, nenhum mal te
sucedeu ao tocares nele; tampouco receberás dano algum ao comê-lo.‖ No Deserto da
Tentação, pág. 17,18.

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A ordem era clara, não deveriam comer ou até mesmo tocar. Como se explica tão drástica
mudança neste último livro, ao ponto de se dizer que foi Eva que acrescentou o não tocar?!
―Aqui apareceu a sutileza da serpente‖!!! Não é uma simples questão de mudança de
palavras, mas mudança nas ideias apresentadas.
Outro exemplo que gostaria de apresentar tem que ver com algumas frases concernentes à
morte de Jesus Cristo. Algumas dessas frases, já as apresentei anteriormente, como por
exemplo, a frase seguinte:
―Jesus disse a Maria: ―Não me toques; porque ainda não subi para meu Pai‖. Quando Ele
fechou os olhos na morte sobre a cruz, a alma de Cristo não foi logo para o céu, como
muitos acreditam, ou como poderiam ser verdade Suas palavras — ―Eu ainda não subi para
meu Pai‖? O espírito de Jesus dormiu no túmulo com Seu corpo, e não voou rumo ao
céu, para lá manter uma existência separada, e olhar desde cima para os discípulos de
luto, a embalsamar o corpo de que tinha levantado voo. Tudo o que abrangia a vida e a
inteligência de Jesus permaneceu com seu corpo no sepulcro, e quando ele saiu de
lá, o fez como um ser completo; ele não teve que invocar o seu espírito do céu. Ele tinha
poder para dar a Sua vida e tomá-la novamente.‖ Ellen White, S.D.A. Bible Commentary,
vol. 5, págs. 1150, par. 6, (Ver também The Spirit of Prophecy, vol.3, págs. 203, 204).

No entanto existem frases ―de Ellen White‖ que dizem claramente o contrário, como esta
frase que se segue:

―"Eu sou a ressurreição e a vida." João 11:25. Aquele que disse: "Dou a Minha vida para
tornar a tomá-la" (João 10:17), ressurgiu do túmulo para a vida que estava nEle mesmo. A
humanidade morreu; a divindade não morreu. Em Sua divindade, possuía Cristo o poder
de romper os laços da morte. Declara Ele que tem vida nEle mesmo, para dar vida a quem
quer.‖ Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 301.

Como entender tal paradoxo?! Como iria Ellen White escrever uma coisa e depois o
contrário?!

Relembremos mais uma das frases que anteriormente apresentei:

―Quando Jesus expôs diante de seus discípulos o facto de que ele deveria ir a Jerusalém
para sofrer e morrer nas mãos dos sacerdotes e dos escribas, Pedro tinha
presunçosamente contradito seu Mestre, dizendo: "Longe de ti, Senhor; isso não te
acontecerá‖. Ele não podia conceber ser possível que o Filho de Deus fosse morto.
Satanás sugeriu à sua mente que, se Jesus era o Filho de Deus, ele não podia
morrer.‖ Spirit of Prophecy, vol. 3, cap. 17, (Jesus at Galilee), pág. 231, par. 1.
Esta frase é muito clara!
Pensar que Jesus, o Filho de Deus, não podia morrer, é de procedência maligna. Portanto,
a frase que fala que a divindade não morreu, tal como se apresenta, não foi inspirada por
Deus, mas por Satanás, nem tão pouco creio ter sido escrita por Ellen White! Bem disseram
os pioneiros que a trindade rebaixa a expiação de Cristo, pois se Cristo morreu apenas
como um simples ser humano, então essa morte não tem valor nenhum.
Estranhas frases (supostamente) de Ellen White a este respeito, ―surgiram‖ num tempo em
que determinados indivíduos, como Kellogg, e Wilcox começaram a agitar a bandeira da

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trindade entre os adventistas. O raciocínio de que Cristo como Ser divino não podia morrer,
era um elemento importante tanto para a argumentação da trindade, como para o seu
estabelecimento, senão vejamos a seguinte declaração:
―Há um só Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, um unidade de três Pessoas co-eternas.
Deus é imortal, omnipotente, omnisciente, acima de tudo e sempre presente. Ele é infinito
e está além da compreensão humana, mas é conhecido por meio da Sua auto-revelação. É
para sempre digno de culto, adoração e serviço por parte de toda a Criação. – Crenças
Fundamentais, 2‖ Os Adventistas do Sétimo Dia Crêem…, pág. 16.

 A (Secreta) Conferência Bíblica de 1919

Já ouviram falar sobre a secreta Conferência Bíblica de 1919?

Dirigentes adventistas do sétimo dia se reuniram para discutir como interpretar Ellen White,
e como actuar com seus escritos, especialmente os ―problemáticos‖. Podeis aceder a este
material – pelo menos a uma pequena parte dos registos dessas reuniões – em inglês no
site da revista ―Spectrum‖, mas também em português no site dos adventistas bereanos:

http://www.spectrummagazine.org/blog/2009/05/10/most_significant_article_spectrum_has_
published%E2%80%94so_far
http://adventistas-bereanos.com.br/2006abril/inspiracaodeellenwhiteemjulgamentoparteI.htm

É lamentável a forma como, depois da morte de Ellen White, os líderes adventistas


desprezaram, ―esfarraparam‖ os seus escritos, ao ponto de quererem ser juízes e
intérpretes do testemunho de Jesus a ela entregue. Isto faz lembrar os comentários dos
judeus ao texto bíblico a fim de o poderem ajustar às suas tradições e máximas; faz lembrar
também os concílios e tratados realizados ao longo dos séculos entre os católicos a fim de
conseguirem passar por cima de verdades inconvenientes reveladas na Bíblia.
Nesta dita conferência, um dos assuntos mais controvertidos, foi precisamente a questão da
trindade:
―Apesar da declaração [trinitária] de Wilcox na Review (ou, talvez exatamente por causa
dela), o debate sobre a Trindade intensificou-se nas primeiras décadas do século 20. Na
Conferência Bíblica de 1919, a eternidade de Cristo e Sua relação com o Pai constituíram o
maior e não resolvido assunto em debate.‖ A Trindade, pág. 226.
Paralelamente a esta citação, apresento de seguida as págs. 157-160 do livro Em Busca de
Identidade, que nos mostram alguns interessantes detalhes, não só do que se passou nesta
conferência, mas também das consequências da mesma. Por outro lado, é mais uma
confirmação do que tenho vindo a afirmar.

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61
Reparem na mentira que está estampada no 1º parágrafo desta página, onde George
Knight sugere que em 1931 foi publicada pela primeira vez uma declaração de doutrinas no
Yearbook da igreja. Como já vimos anteriormente, na primeira parte deste artigo, a primeira
vez que isso aconteceu foi em 1889.
Isto não passa de uma tentativa falhada de encobrir a verdade e justificar o erro, a qual se
repete no livro Os Adventistas do Sétimo Dia Crêem…, pág. 4. Mudaram o palavreado de
―Fundamental Principles of S. D. Adventists.‖, para ―Fundamental Beliefs of Seventh Day
Adventists‖, para dar um aspecto mais ―oficial" à declaração de 1931 e diferenciá-la das
anteriores. Eles sabiam bem a ―porcaria‖ que estavam a fazer!
“Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?”

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Seguidamente apresento algumas declarações de certos homens considerados grandes
eruditos adventistas, na secreta Conferência de 1919, sobre diversos assuntos:
“H. C. Lacey: (…) Sobre a questão da tomada de Babilônia, tenho sentido a liberdade de
dizer que julgava que a evidência era de que Ciro não a tomou daquele modo, mas vamos
deixar o assunto pendente e simplesmente estudemo-lo. Suponhamos agora que novas
tabletes [arqueológicas] sejam descobertas, e outra evidência surja para provar
incontestavelmente que Ciro não tomou Babilônia daquele modo, seria correto dizer que se
houver uma revisão desse livro – Patriarcas e Profetas, que endossa, numa sentença

63
casual, essa velha opinião, – a nova versão seria posta em harmonia com fatos
recentemente descobertos?

G. Daniells: Creio ser essa a posição que a Irmã White tomaria. Creio que foi isso que ela
fez. Nunca entendi que ela atribuísse infalibilidade às citações históricas.‖ Prophetess of
Health, pág. 363.

―W. G. Wirth: (…) Agora, quanto à reforma de saúde: Com freqüência um estudante chega
a mim e cita o que a Irmã White afirmou sobre manteiga. Mas servimos manteiga em
nossas mesas o tempo todo. E eles citarão o uso de carne, como não deve ser consumida
sob hipótese alguma. E eu sei que isso é irracional, havendo ocasiões em que se faz
necessário comer carne. Que faremos a respeito disso? Gostaria de obter uma pequena luz
sobre alguns desses detalhes, a respeito de se devemos assumir tudo [o que é escrito por
E.G.W.] plenamente. (…)

A. G. Daniells: (…) Vocês encontrarão num pequeno testemunho uma advertência


expressa, modificando as declarações extremadas que foram feitas.‖ Idem, pág. 367, 369.

“W. W. Prescott: Gostaria de perguntar-lhes se vocês pensam que, após seus escritos
terem sido publicados por uma série de anos, Jeremias os alterou por estar convencido de
que havia erros históricos neles?‖ Idem, pág. 384.

―W. W. Prescott: Mudanças foram feitas no que não era absolutamente um excerto
histórico.‖ Idem, pág. 393.

―W. W. Prescott: Será que entendi bem, que a posição do Irmão Benson é de que tal
declaração como aquela em O Grande Conflito, de que os 1260 anos começaram em 538 e
terminaram em 1798, estabelece a questão infalivelmente?‖Idem, pág. 394.

Prescott confessou as mudanças que ocorreram pelas suas próprias mãos, e as dúvidas
que isso lhe acarretou quanto à inspiração dos escritos de Ellen White:
"W. W. Prescott: ―Eis a minha dificuldade. Eu ultrapassei isso e sugeri mudanças que
deveriam ser feitas a fim de corrigir declarações [Em O Grande Conflito]. Essas
alterações foram aceitas. Minha dificuldade pessoal será reter a fé nessas coisas com
que não posso lidar nessa base". (…) Se corrigimos isto aqui e corrigimos ali, como
iremos ficar firmes noutros lugares?

M. Wilcox: Essas coisas não envolvem a filosofia geral do livro.

W. W. Prescott: Não, mas envolvem grandes detalhes. Por exemplo, antes que o Grande
Conflito fosse revisado, eu não era ortodoxo sobre um certo ponto, mas após ter sido
revisado, tornei-me perfeitamente ortodoxo.‖ Idem, pág. 395.

―W. W. Prescott: Para ser franco, devo dizer que por anos tenho sentido que grandes erros
se cometeram no manejo de seus escritos para propósitos comerciais.‖ Idem, pág. 397.

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―A. G. Daniells: (…) Quinze anos atrás não poderíamos ter falado o que falamos aqui hoje.
Não teria sido seguro. (…)‖ Idem, pág. 400.

Contrariamente ao que os Depositários White nos querem fazer acreditar, Prescott e muitos
outros, ao longo do tempo, foram por eles autorizados a fazer mudanças drásticas nos
escritos de Ellen White, sempre que julgassem que estes, de algum modo, poderiam
prejudicar a imagem da igreja, ou contrariar determinados pontos de vista da época.
Tal facto nos leva a perguntar se o pessoal dos Depositários White cria na realidade que
estava tratando com escritos inspirados procedentes de uma profetisa de Deus!

 A Introdução da Doutrina da Trindade na Igreja Adventista

Na continuação, quero levantar outras questões acerca da introdução da doutrina da


trindade na igreja adventista. Mais ou menos 15 anos depois da morte de Ellen White,
ocorreram três factos pertinentes, e creio que verdadeiramente cúmplices uns dos outros.
Um desses factos já apresentei anteriormente, ou seja, que em 1931 a doutrina da trindade
foi introduzida formalmente no respectivo Yearbook, e isto sem o consentimento da
generalidade da igreja, como se fosse à partida um dado adquirido!
O 2º facto tem que ver com a publicação do livro The Coming of the Comforter em 1928, por
Edwin LeRoy Froom, um verdadeiro jesuíta. O autor, um trinitário declarado, e grande
promotor da trindade dentro da igreja adventista do sétimo dia, vai ao ponto de confessar
que, em sua pesquisa, ao escrever o livro referido acima, não conseguiu encontrar dentro
da literatura adventista, matéria suficiente sobre o Espírito Santo, e por isso teve de recorrer
a literatura não adventista, o que é em si mesmo algo muito estranho e contraditório!
Não escreveu vastamente Ellen White, bem como os demais pioneiros, sobre este
assunto?! Ou porventura, o que eles escreveram não era o que ele precisava para inserir o
Espírito Santo dentro de uma trindade?!
Senão vejamos:
―Da década de 1950 até à publicação de Movement of Destiny em 1971, LeRoy E. Froom
foi o mais conhecido campeão do trinitarianismo entre os adventistas do sétimo dia
[ou melhor, um agente do diabo, o maior enganador!]. Seu livro A Vinda do Consolador,
lançado em inglês em 1928, era sem precedentes entre os adventistas (exceto
algumas poucas passagens de Ellen White) em sua exposição sistemática da
personalidade do Espírito Santo e da natureza trinitariana da Divindade (A Vinda do
Consolador, págs. 37-57).‖ A Trindade, pág. 227.

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Tradução: "Posso aqui fazer uma franca confissão pessoal? Quando, por volta de 1926-
1928, fui convidado pelos nossos dirigentes a dar uma série de estudos sobre o Espírito
Santo, abrangendo os institutos ministeriais de 1928 da união da América do Norte,
descobri que, à parte das inestimáveis diretrizes encontradas no Espírito de Profecia, não
havia praticamente nada em nossa literatura, que estabelecesse uma sólida exposição
bíblica neste vasto campo de estudo. Não havia livros pioneiros anteriores sobre a questão
em nossa literatura.
Fui obrigado a procurar uma série de valiosos livros escritos por homens fora da nossa fé –
os quais citei anteriormente – em busca de pistas e sugestões iniciais, e para abrir
atraentes perspectivas para estudo pessoal intensivo. Tendo isto, eu parti dali. Mas eles
foram nítidas ajudas iniciais. E vintenas, se não centenas, poderiam confirmar a mesma
sóbria convicção de que alguns desses homens freqüentemente tinham um mais profundo
conhecimento sobre as coisas espirituais de Deus que muitos dos nossos próprios homens
tinham então sobre o Espírito Santo e a vida triunfante. Era ainda um tema amplamente
obscuro." Edwin LeRoy Froom, Movement of Destiny, pág. 322.
Como é possível dizer que além de Ellen White, ―não havia praticamente nada em nossa
literatura‖?! Mas nem mesmo o ―pouco‖ que havia ele pôde aproveitar?! E porque
aproveitou tão pouco de Ellen White?!
Não menos estranho é, que poucas das frases ―de Ellen White‖ que aparecem no livro
Evangelismo entre as pág. 614-617, numa fracassada tentativa de defender a trindade,
surgem neste livro (The Coming of the Comforter), no capítulo ―The Promise of the Spirit‖,

66
especificamente nas págs. 39 e 40 (Pelo menos na versão inglesa de que disponho!). São
apresentadas várias frases de Ellen White, mas não todas aquelas às que habitualmente os
adventistas se ―agarram‖ tanto. Convido-vos a compararem estas frases nos dois livros.
Será que algumas delas ainda não tinham sido descobertas, ou ainda não existiam?! Ou
será que nesse então, a compreensão que havia em torno dessas frases não permitiria a
Froom defender a trindade?!
O 3º facto tem que ver com a publicação do livro Fundamentals of Bible Doctrine em 1931,
de Alonzo J. Wearner. Este livro de doutrinas, por ―coincidência‖, surgiu no mesmo ano em
que a doutrina da trindade infestou o Yearbook… Não encontrei a palavra trindade, mas
divindade. Existem três capítulos a falar respectivamente do Pai, do Filho e do Espírito
Santo. Na pág. 27 encontramos o interessante título ―Deus, o Pai‖, na pág. 32 ―Jesus, o
Cristo‖, e na pág. 39, ―Espírito Santo, o Consolador‖. Ponho à vossa disposição estes
capítulos no seguinte link:
http://1assimdizosenhor.blogspot.com/2011/02/o-pai-o-filho-e-o-espirito-santo-no.html

Os capítulos que falam do Pai e do Filho, parecem corresponder com uma visão anti-
trinitária. O que é completamente paradoxal é a frase de R. A. Torrey, não adventista,
inserida mesmo no início do capítulo relativo ao Espírito Santo, dizendo que este é digno de
adoração, o que é completamente anti-bíblico e sem base alguma em Ellen White, sendo
até um elemento novo entre a maioria dos adventistas:

Tradução: ―A doutrina da personalidade do Espírito Santo é da mais alta importância do


ponto de vista da adoração. Se o Espírito Santo é uma pessoa divina, digna de receber a
nossa adoração, a nossa fé, e o nosso amor, e nós não O conhecemos nem reconhecemos
como tal, então nós estamos a roubar ao divino Ser a adoração e amor e confidência que
Lhe são devidos.‖ Fundamentals of Bible Doctrine, pág. 39.
Novamente, aquelas frases que se tornaram tradicionais, utilizadas no livro Evangelismo
para defender a trindade e o ―Deus‖ Espírito Santo, não são apresentadas. Por que razão?
Não constituem elas uma boa argumentação em torno da pessoa do Espírito Santo?!
Porque não foram inseriradas por Alonzo Wearner?! Ter-se-ia cansado de pesquisar nos
escritos de Ellen White? Ou porventura estariam as ditas frases bem escondidas, teriam
elas passado desapercebidas aos pioneiros?! Ou será que essas frases, no caso de
existirem na altura, não significavam a mesma coisa que significam hoje para a maioria dos
adventistas do sétimo dia?!

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Sonho
Quero partilhar um sonho que tive ontem (dia 18/01/2011). Estava num lugar retirado de
uma cidade olhando para o céu, na direção do nascente. Vi como que a semelhança de
uma lua nova com seu perímetro iluminado, mas com uma luz estranha que brilhava dentro
dessa esfera. Percorreu uma trajectória fora do comum no espaço. De repente vejo essa luz
transformar-se na forma de uma pomba, a qual percorreu também o céu, deixando cair a
semelhança de formas de fogo em diversos lugares, diversos grupos religiosos, incluindo a
igreja adventista do sétimo dia.
Esses sinais, que também foram percebidos um pouco por toda a parte, foram
imediatamente identificados como o derramamento do Espírito Santo, incluindo por um
familiar meu, adventista do sétimo dia, que se encontrava ao meu lado.
Enquanto observava tudo aquilo, o Espírito de Deus me fez compreender que tudo não
passava de um falso reavivamento, não sendo o Espírito de Deus que operava, mas o
próprio Satanás. Disse para esse familiar: ―Como pode o Espírito Santo ser derramado
sobre igrejas apóstatas, incluindo a igreja adventista do sétimo dia, também apostatada?!‖
A sua reação foi de completa frieza, enquanto esse familiar se afastou de mim, irado por
minhas palavras, admirado de que eu não quissesse reconhecer tudo aquilo como uma
operação milagrosa de Deus.
Ao acordar, este sonho me fez lembrar uma visão de Ellen White:
―Vi um trono, e assentados nele estavam o Pai e o Filho. Contemplei o semblante de
Jesus e admirei Sua adorável pessoa. Não pude contemplar a pessoa do Pai, pois uma
nuvem de gloriosa luz O cobria. Perguntei a Jesus se Seu Pai tinha a mesma aparência
que Ele. Jesus disse que sim, mas eu não poderia contemplá-Lo, pois disse: "Se uma vez
contemplares a glória de Sua pessoa, deixarás de existir." Perante o trono vi o povo do
advento - a igreja e o mundo. Vi dois grupos, um curvado perante o trono,
profundamente interessado, enquanto outro permanecia indiferente e descuidado. Os
que estavam dobrados perante o trono ofereciam suas orações e olhavam para Jesus;
então Jesus olhava para Seu Pai, e parecia estar pleiteando com Ele.

Uma luz ia do Pai para o Filho e do Filho para o grupo em oração. Vi então uma luz
excessivamente brilhante que vinha do Pai para o Filho e do Filho ela se irradiava sobre o
povo perante o trono. Mas poucos recebiam esta grande luz. Muitos saíam de sob ela e
imediatamente resistiam-na; outros eram descuidados e não estimavam a luz, e esta se
afastava deles. Alguns apreciavam-na, e iam e se curvavam com o pequeno grupo em
oração. Todo este grupo recebia a luz e se regozijava com ela, e seu semblante brilhava
com glória.

Vi o Pai erguer-Se do trono e num flamejante carro entrar no santo dos santos para dentro
do véu, e assentar-Se. Então Jesus Se levantou do trono e a maior parte dos que estavam
curvados ergueram-se com Ele. Não vi um raio de luz sequer passar de Jesus para a
multidão descuidada depois que Ele Se levantou, e eles foram deixados em
completas trevas. Os que se levantaram quando Jesus o fez, conservavam os olhos fixos
nEle ao deixar Ele o trono e levá-los para fora a uma pequena distância. Então Ele ergueu o
Seu braço direito, e ouvimo-Lo dizer com Sua amorável voz: "Esperai aqui; vou a Meu Pai
para receber o reino; guardai os vossos vestidos sem mancha, e em breve voltarei das
bodas e vos receberei para Mim mesmo." Então um carro de nuvens, com rodas como
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flama de fogo, circundado por anjos, veio para onde estava Jesus. Ele entrou no carro e foi
levado para o santíssimo, onde o Pai Se assentava. Então contemplei a Jesus, o grande
Sumo Sacerdote, de pé perante o Pai. Na extremidade inferior de Suas vestes havia uma
campainha e uma romã, uma campainha e uma romã. Os que se levantaram com Jesus
enviavam sua fé a Ele no santíssimo, e oravam: "Meu Pai, dá-nos o Teu Espírito." Então
Jesus assoprava sobre eles o Espírito Santo. Neste sopro havia luz, poder e muito
amor, alegria e paz.

Voltei-me para ver o grupo que estava ainda curvado perante o trono; eles não sabiam que
Jesus o havia deixado. Satanás parecia estar junto ao trono, procurando conduzir a obra
de Deus. Vi-os erguer os olhos para o trono e orar: "Pai, dá-nos o Teu Espírito."
Satanás inspirava-lhes uma influência má; nela havia luz e muito poder, mas não
suave amor, alegria e paz. O objetivo de Satanás era mantê-los enganados e atrair de
novo e enganar os filhos de Deus.‖ Primeiros Escritos, págs. 54-56.
Quem se senta no trono? O Pai e o Filho. Até uma criança poderia responder a esta
pergunta…
De facto, a verdadeira igreja de Cristo receberá o derramamento do Espírito Santo, no
entanto, aqueles que se tiverem unido ao mundo, e tiverem rejeitado a luz de Deus,
receberão o espírito de Satanás.
Infelizmente, de igual forma que a igreja cristã no passado, a igreja adventista do sétimo dia
se corrompeu e apostatou ao aceitar a trindade, um ensino pagão e um erro fatal, o qual
abriu e continuará abrindo a porta a outros erros.
―Mesmo antes do estabelecimento do papado, os ensinos dos filósofos pagãos haviam
recebido atenção e exercido influência na igreja. Muitos que se diziam conversos ainda
se apegavam aos dogmas de sua filosofia pagã, e não somente continuaram no estudo
desta, mas encareciam-no a outros, como meio de estenderem sua influência entre os
pagãos. Erros graves foram assim introduzidos na fé cristã. Destaca-se entre outros o
da crença na imortalidade natural do homem e sua consciência na morte. Esta
doutrina lançou o fundamento sobre o qual Roma estabeleceu a invocação dos santos e a
adoração da Virgem Maria. Disto também proveio a heresia do tormento eterno para os que
morrem impenitentes, a qual logo de início se incorporara à fé papal.‖ A História da
Redenção, pág. 223.
―Declara-se que Babilónia é ―mãe das prostitutas‖. Como suas filhas devem ser
simbolizadas as igrejas que se apegam às suas doutrinas e tradições, seguindo-lhe o
exemplo em sacrificar a verdade e a aprovação de Deus, a fim de estabelecer uma
aliança ilícita com o mundo. A mensagem de Apocalipse 14, anunciando a queda de
Babilônia, deve aplicar-se às organizações religiosas que se corromperam.‖ Grande
Conflito, págs. 382, 383.
Desta forma podemos concluir que, pelo facto da igreja adventista se ter apegado às
―doutrinas e tradições‖ de Roma, fazendo assim aliança ilícita com o mundo, tornou-se uma
igreja caída, verdadeiramente Babilónia.
Apelo a todos os que lêem estas palavras, que aproveitem o tempo de misericórdia
que Deus concede hoje, pois amanhã pode ser muito tarde. Abandonem o mundo, as
doutrinas e tradições de Roma, e firmem-se na verdade, tal como Cristo a
apresentou:

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―E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus
Cristo, a quem enviaste.‖ Jo. 17:3.
"Não deveríamos levar em consideração a misericórdia divina? Que mais Deus poderia
fazer? Estabeleçamos, pois, uma relação verdadeira com Aquele que nos amou com amor
tão maravilhoso. Aceitemos os meios que nos foram oferecidos, para sermos transformados
à Sua semelhança e restaurados à comunhão com os anjos ministradores, à harmonia
e comunhão com o Pai e o Filho." Caminho a Cristo, pág. 22.
Naquele dia, quando Jesus e Seu Pai, e todos os anjos nos vierem buscar, que será de
cada um de nós?!
“Está diante de mim uma grande congregação. Quantos de vocês estão confessando
Cristo diante do mundo? Ele confessará diante do Seu Pai e diante dos santos anjos
os nomes daqueles que O confessaram aqui.‖ The General Conference Bulletin, 6 de
Abril de 1903, par. 6 e 7.

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