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Oresteia

De Ésquilo

Neste trabalho será feito uma comparação e análise entre a obra clássica de
Ésquilo, Oresteia, e a sua recriação teatral de Jean-Paul Sartre, The Flies, escita em
1943

A Oresteia, a única trilogia do drama grego que sobrevive da antiguidade,


aborda a sangrenta cadeia de assassinatos e vinganças na família real de Argos após o
regresso da guerra de Troia. Um castigo hereditário e traçado, onde o autor descreve
as histórias passadas dos antecessores de Agamémnon, criando um plano de culpa
coletivo. A Oresteia é uma tragédia convincente das tensões entre as nossas
obrigações para com as nossas famílias e as leis que nos unem como sociedade.

A base desta tragédia esta no poder da Miasma, uma força contaminadora, de


ordem social ou política, usada para castigar os pecados do rei Atreu que, por
vingança, fez seu irmão Tiestes comer a carne dos seus três filhos num banquete.
Egisto foi o único filho de Tiestes a sobreviver, continuando assim a cadeia de
vinganças trágicas.

Na, primeira parte, Agamênon, o comandante grego regressa vitorioso da


guerra de Troia, mas traz consigo uma “doença” contaminadora, Miasma, castigando
os seus crimes de guerra e o sacrifício da sua própria filha, Ifigênia, em detrimento dos
deuses. A morte de Ifigênia não é bem recebida pela mãe, Clitemnestra, esposa de
Agamênon, que quer vingar a morte da filha, assassinando o próprio marido com a
ajuda de seu amante, Egisto. Ainda em Agamênon temos a última previsão de
Cassandra (dote recebido por Agamênon por ter vencido a guerra de Troia): “o chorar
do pássaro”, no qual previa a morte de Agamênon e a sua.

Na segunda parte, Coéforas, é narrado o regresso de Orestes, filho de


Agamênon, orientado pelo deus Apolo e seu amigo Pílades, para vingar a morte do pai.
Ele é ajudado por sua irmã, Electra, mantida como serviçal no palácio pela sua mãe,
Clitemnestra, após o assassinato de Agamêmnon. Egisto, O amante de Clitemnestra e
cúmplice do crime, é morto por Orestes juntamente com a sua mãe.

A terceira e última parte, Eumênides, traz a ira das fúrias, Deuses muito antigos,
encarregados de trazer justiça aos criminosos, neste caso Orestes, visto como um
matricida. Estas fúrias são vistas somente por Orestes e responsáveis pela sua loucura.
O tema principal deste ultimo livro tem um valor político, na forma como promove a
justiça Ateniense fundamentada nos pilares da Democracia. Orestes, perseguido pelas
fúrias, é aconselhado por Apolo a se apresentar perante Atenas ,no seu tribunal, de
modo a ser absolvido de seus crimes através do julgamento, justo, do povo Ateniense.

Nesse sentido, a Orestia, como todas as outras tragédias gregas, é uma arte
política, antes de ser poética. Segundo a narrativa, temos empate, isto é, metade dos
votos é pela absolvição de Orestes e a outra metade pela sua condenação. Ele acaba
sendo absolvido pelos deuses. Esta decisão levante questões sobre a importância da
justiça Divina em detrimento da justiça Humana. Contudo, assinala a passagem do
Direito antigo- justiça pelas próprias mãos- para o novo direito- uma lei positiva,
assegurada pela Polis. o poder da argumentação, presente no debate entre Orestes e
Corifeu (que argumentava a favor das fúrias), é enaltecido, representando outro pilar
da Democracia Ateniense.

Este poder argumentativo é sempre acompanhado pela retórica, presente no


caráter trágico do herói. Este poder oratório de persuasão é algo obrigatório no
homem da polis, onde o caráter mitológico da fala é substituido pelo diálogo e
discurso retórico.

A peça teatral The Flies foi escrita pelo francês Jean-Paul Sartre em 1943 e
consiste na narração da história de Orestes e Electra, sua irmã, na sua jornada para
vingar a morte de seu pai Agamémnon, matando sua mãe Clitemnestra e Egisto. A
peça, dividida em três atos, incorpora um tema existencialista, em específico, a batalha
entre Orestes e sua irmã contra Zeus e as fúrias. A peça está, também, envolta num
conjunto de rituais religiosos onde se levantam questões como a liberdade,
autonomia, identidade, humanismo e responsabilidade.

A peça de Sartre começa com a chegada de Orestes a Argos, juntamente com o


seu tutor, sob a vigilância atenta de uma personagem “barbuda” que o texto nomeia
de Júpiter- “ Uma praça em Argos. Uma estátua de Júpiter, deus das moscas e da
morte. Olhos brancos, rosto sujo de sangue”. Júpiter se apresenta a Orestes como
Demétrio de Atenas. Aqui Sartre pretende, de forma subentendida, passar a ideia de
que os deuses são uma criação dos Homens, pois Júpiter encarna-se tomando a
máscara que os homens fizeram, marcando a inautenticidade do sobrenatural. Aqui,
segundo a filosofia existencialista de Sartre, os deuses existem para servir e garantir a
manutenção da ordem Humana , ausente de liberdade.

As consequências do assassinato de Agamémnon sobre o povo de Argos vieram


na forma de moscas, enviadas pelos deuses, obrigando os argivos a se arrependerem
através de uma piedade sustentada no terror. Por outras palavras, Sartre caracteriza
os deuses, mais precisamente Zeus, como uma força tirânica, que usa a repressão
como um meio para obter ordem. Os cidadãos vestiam-se de preto e choravam de
remorsos pelos pecados cometidos. O medo que cobria a cidade é o principal aliado
dos deuses- assim como dos tiranos- que oferecem ao povo arrependimento e punição
pelos seus atos como forma de salvação.

Orestes, juntamente com a sua irmã Electra, decidem vingar seu pai,
Agamémnon, matando Egisto e Clitemnestra, de modo a libertar a cidade.- A parte
mais importante desta cena foi quando Zeus revela a Egisto o grande segredo dos
deuses, causador dos seus medos: todos os homens são livres, e quando se aprecebem
disso, os deuses deixam de ter poder sobre eles. Após comprir o seu objetico, Orestes
e Electra entram numa “batalha” contra os deuses e as moscas, que obrigam os dois a
se arrependerem dos seus crimes e aceitarem a devida punição. Electra, atormentada
pelas moscas, decide arrepender-se. Face a esta ecolha, Orestes afirma que Electra foi
incapaz de aceitar a responsabilidade das suas ações, em consequência, regeitou a sua
capacidade de escolher livremente- visto como um ato de má-fé por Sartre- aceitando,
em vez, os valores impostos por Zeus. Por outro lado, Orestes recusa repudiar as suas
ações, escolhendo ,em vez, o exílio. Neste momento, Orestes anuncia que libertará as
pessoas da cidade assumindo toda a culpa e pecados em si mesmo- aqui Sartre faz
referência ao sacrifício feito por Jesus Cristo. No final da peça, Orestes informa aos
argivos que devem construir uma nova vida, livre de remorsos e da influência dos
deuses, e parte para a luz perseguido pelas moscas.

O sentimento de rebelião e luta pela liberdade, presente ao longo de toda a


peça, remete para o contexto da ocupação Nazi da França, coincidente com a altura
em que a peça foi criada. As ações heroicas de Orestes e Electra assemelham-se á luta
da resistência francesa em oposição ao domínio tirânico alemão. Aqui Sartre pretende
transmitir uma mensagem de esforço ao povo francês, para reanimar as mentes
mergulhadas na aceitação de uma “culpa própria” pelos acontecimentos, e se
resignarem com a ocupação alemã, em simultàneo com a sua filosofia existencialista
que pensa na libertação do homem como forma de dar sentido á sua existência. Nas
palavras do próprio Sartre: “Nós estávamos em 1943 e Vichy queria nos enterrar no
arrependimento e na vergonha. Escrevendo As Moscas, eu tentei contribuir com meus
próprios meios para extirpar um pouco esta doença do arrependimento, este
abandono à vergonha que nos solicitavam. Era preciso então reerguer o povo francês,
dar-lhe coragem.”

Sartre mantém muitos aspetos da história original de Ésquilo, ajustando a peça


de acordo com os seus pontos de vista, baseados, fortemente, nos temas de liberdade
e escravidão politica e religiosa. Ao contrário da Oresteia de Ésquilo, o temo principal
da peça de Sartre nao é a vingança. Orestes não mata Egisto e Clitemenestra por
vingança ou por ser o seu destino, mas sim pela salvação do povo de Argos,
escravizados pelos deuses. Outro contraste entre as duas obras remete-se ao facto de
que, em As Moscas, Orestes age por contra própria, enquanto que, na Oresteia, a
influência dos deuses nas ações de Orestes é notória- na Oresteia, Orestes é vitima das
suas ações sendo perdeguido pelas fúrias, que pretendem castigá-lo, revelando a
impotência humana perante a vontade divina. Por outro lado, em As Moscas, Orestes
nao teme a vontade das moscas e de Zeus em castigá-lo, agindo, deste modo, segundo
a sua vontade, responsabilizando-se pelos seus atos. Ambas as obras demonstram um
forte caráter político na forma como pretendem, quase de uma maneira
propangadística, promover os seus ideais ao público.

Bibliografia:

 file:///C:/Users/Admin/Downloads/Agamemnon%20-%20%C3%89squilo.PDF

 file:///C:/Users/Admin/Downloads/Co%C3%A9foras%20-%20%C3%89squilo
%20(1).PDF

 file:///C:/Users/Admin/Downloads/Eum%C3%AAnides%20-
%20%C3%89squilo.PDF

 http://www.ufjf.br/revistaipotesi/files/2015/05/art-11-IPOTESI_18_1.pdf

Aluno: Tiago Andre Gonçalves Rocha

Docente: Ana Maria Tarrio

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