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De Ésquilo
Neste trabalho será feito uma comparação e análise entre a obra clássica de
Ésquilo, Oresteia, e a sua recriação teatral de Jean-Paul Sartre, The Flies, escita em
1943
A terceira e última parte, Eumênides, traz a ira das fúrias, Deuses muito antigos,
encarregados de trazer justiça aos criminosos, neste caso Orestes, visto como um
matricida. Estas fúrias são vistas somente por Orestes e responsáveis pela sua loucura.
O tema principal deste ultimo livro tem um valor político, na forma como promove a
justiça Ateniense fundamentada nos pilares da Democracia. Orestes, perseguido pelas
fúrias, é aconselhado por Apolo a se apresentar perante Atenas ,no seu tribunal, de
modo a ser absolvido de seus crimes através do julgamento, justo, do povo Ateniense.
Nesse sentido, a Orestia, como todas as outras tragédias gregas, é uma arte
política, antes de ser poética. Segundo a narrativa, temos empate, isto é, metade dos
votos é pela absolvição de Orestes e a outra metade pela sua condenação. Ele acaba
sendo absolvido pelos deuses. Esta decisão levante questões sobre a importância da
justiça Divina em detrimento da justiça Humana. Contudo, assinala a passagem do
Direito antigo- justiça pelas próprias mãos- para o novo direito- uma lei positiva,
assegurada pela Polis. o poder da argumentação, presente no debate entre Orestes e
Corifeu (que argumentava a favor das fúrias), é enaltecido, representando outro pilar
da Democracia Ateniense.
A peça teatral The Flies foi escrita pelo francês Jean-Paul Sartre em 1943 e
consiste na narração da história de Orestes e Electra, sua irmã, na sua jornada para
vingar a morte de seu pai Agamémnon, matando sua mãe Clitemnestra e Egisto. A
peça, dividida em três atos, incorpora um tema existencialista, em específico, a batalha
entre Orestes e sua irmã contra Zeus e as fúrias. A peça está, também, envolta num
conjunto de rituais religiosos onde se levantam questões como a liberdade,
autonomia, identidade, humanismo e responsabilidade.
Orestes, juntamente com a sua irmã Electra, decidem vingar seu pai,
Agamémnon, matando Egisto e Clitemnestra, de modo a libertar a cidade.- A parte
mais importante desta cena foi quando Zeus revela a Egisto o grande segredo dos
deuses, causador dos seus medos: todos os homens são livres, e quando se aprecebem
disso, os deuses deixam de ter poder sobre eles. Após comprir o seu objetico, Orestes
e Electra entram numa “batalha” contra os deuses e as moscas, que obrigam os dois a
se arrependerem dos seus crimes e aceitarem a devida punição. Electra, atormentada
pelas moscas, decide arrepender-se. Face a esta ecolha, Orestes afirma que Electra foi
incapaz de aceitar a responsabilidade das suas ações, em consequência, regeitou a sua
capacidade de escolher livremente- visto como um ato de má-fé por Sartre- aceitando,
em vez, os valores impostos por Zeus. Por outro lado, Orestes recusa repudiar as suas
ações, escolhendo ,em vez, o exílio. Neste momento, Orestes anuncia que libertará as
pessoas da cidade assumindo toda a culpa e pecados em si mesmo- aqui Sartre faz
referência ao sacrifício feito por Jesus Cristo. No final da peça, Orestes informa aos
argivos que devem construir uma nova vida, livre de remorsos e da influência dos
deuses, e parte para a luz perseguido pelas moscas.
Bibliografia:
file:///C:/Users/Admin/Downloads/Agamemnon%20-%20%C3%89squilo.PDF
file:///C:/Users/Admin/Downloads/Co%C3%A9foras%20-%20%C3%89squilo
%20(1).PDF
file:///C:/Users/Admin/Downloads/Eum%C3%AAnides%20-
%20%C3%89squilo.PDF
http://www.ufjf.br/revistaipotesi/files/2015/05/art-11-IPOTESI_18_1.pdf