Sunteți pe pagina 1din 21

David Benjamim Chichango

Regiões turísticas de Moçambique


Licenciatura em Ensino de Geografia com Habilitações em Turismo
4º Ano

Universidade Pedagógica
Maputo
2018
David Benjamim Chichango

Regiões turísticas de Moçambique

Trabalho para efeitos de avaliação da


Disciplina de Turismo em
Moçambique, a ser entregue aos
Docentes:

Mestre José Júlio Júnior Guambe


Mestre José Lourenço Neves

Universidade Pedagógica
Maputo
2018
0.Introdução
O turismo é uma actividade económica e um fenómeno social que possui um potencial
bastante forte, capaz de transformar as características de uma sociedade com os seus
impactos que podem ser analisados através da sua cadeia produtiva.
Segundo GUAMBE (2007), as receitas geradas pelo turismo internacional tem se
equiparado as de sectores tradicionais como o petróleo, automóvel e equipamentos
electrónicos.
Moçambique é um país com características físico-naturais favoráveis para atrair turistas,
possui uma linha da costa do Oceano Índico com ricas e lindas praias brancas e com várias
espécies de animais. Possui uma flora e fauna com características únicas que agradam
aqueles que se interessam em apreciar a biodiversidade.
O presente trabalho surge no âmbito da disciplina de Turismo em Moçambique
incorporada no Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia com habilitações em
Turismo, e pretende-se analisar o desenvolvimento da actividade turística em Moçambique.

0.1.Objectivos
Com o presente trabalho pretende-se alcançar os seguintes objectivos:
Objectivo geral:
Analisar o desenvolvimento da actividade turística, em Moçambique.
Objectivos específicos:
 Identificar os tipos de turismo praticado em Moçambique;
 Apresentar os principais espaços e regiões turísticas em Moçambique;
 Analisar o movimento turístico e seus ganhos, em Moçambique, de 1990 a 2017.

0.2.Técnicas de pesquisa
Para a materialização deste trabalho recorreu-se a análise documental, pesquisa
bibliográfica e aplicou-se o método estatístico matemático na análise de dados numéricos.
1. Conceito de Turismo
Do ponto de vista conceptual, os autores MATHIENSON e WALL (1990, p. 43), citados
por OLIVEIRA, M. (2014:18), propuseram uma definição mais esclarecedora considerando
o turismo como “o movimento temporário de pessoas para destinos fora dos seus locais
normais de trabalho e de residência, as actividades desenvolvidas durante a sua
permanência nesses destinos e as facilidades criadas para satisfazer as suas necessidades”.
Segundo esta definição o turismo é considerado como uma vasta e variada actividade que
engloba as deslocações das pessoas e de todas as relações que estabelecem nos locais
visitados, tal como os serviços desenvolvidos para responder às suas necessidades. É um
conceito que abrange em simultâneo a oferta e a procura turística (Cunha, 2009, p. 30),
citado por OLIVEIRA, M. (2014:18)
De acordo com OLIVEIRA, M. (2014:18), do ponto de vista técnico, pode ser
referenciada a definição da OMT – Organização Mundial do Turismo, que considera o
turismo como “o conjunto de actividades desenvolvidas por pessoas durante as viagens e
estadas em locais situados fora do seu ambiente habitual por um período consecutivo que
não ultrapasse um ano, por motivos de lazer, negócios e outros”.
Para MATHIENSON e WALL (1982), citados por OLIVEIRA, M. (2014:19), o turismo
é o movimento provisório das pessoas, por períodos inferiores a um ano, para destinos fora
do lugar de residência e de trabalho, as actividades empreendidas durante a estada e as
facilidades que são criadas para satisfazer as necessidades dos turistas. Estes autores
destacam o carácter temporário da actividade turística ao introduzir o termo período inferior
a um ano, mas também introduzem uma importante perspectiva da oferta quando
mencionam as facilidades criadas e introduzem na definição o fundamento de toda
actividade turística: a satisfação das necessidades dos turistas/clientes.
Finalmente há que se destacar a definição que foi adoptada pela OMT (1994) que salienta
que “o turismo compreende as actividades que realizam as pessoas durante suas viagens e
estadas em lugares diferentes do seu entorno habitual, por um período consecutivo inferior
a um ano, com finalidade de lazer, negócios ou outras”. OLIVEIRA, M. (2014:18),
1.1.Tipos do turismo
WAHAB (1991), citado por NUNES, T e PLATT, A. (2012:3), faz a divisão da actividade
turística pelo número de pessoas em viagem, apresentando os seguintes tipos:
1. Turismo individual – onde apenas uma pessoa ou família viaja;
2. Turismo de grupo – onde várias pessoas, em geral inter-relacionadas viajam
juntas.

ROLIM (2005), citado por NUNES, T e PLATT, A. (2012:3), entretanto, desenvolve uma
tipologia, de acordo com a finalidade da viagem, exemplificada abaixo:
1. Agro-turismo: Actividade realizada internamente a um estabelecimento,
associada à geração de ocupações complementares às actividades agrícolas, agregando
serviços à produção agrícola e bens materiais existentes.
2. Turismo de Aventura: Compreende os movimentos turísticos decorrentes da
prática de actividades de aventura de carácter recreativo e não competitivo.
3. Turismo Científico: Caracteriza-se por viagem de cientista na busca de pesquisa
de campo.
4. Turismo Cultural: Compreende a vivência do conjunto de elementos
significativos do património histórico e cultural e dos eventos culturais, valorizando e
promovendo os bens materiais e imateriais da cultura.
5. Turismo Desportivo: No turismo desportivo, o turista vem com a intenção de
praticar o desporto por lazer ou treinamento, sem o intuito de competir.

6. Turismo de Eventos: É o conjunto de actividades exercidas por pessoas que


viajam a fim de participar de eventos que visam ao estudo de determinada categoria
profissional, associação, religião, corrente científica ou outros.
7. Turismo Religioso: Está ligado profundamente ao calendário e acontecimentos
religiosos das localidades receptoras dos fluxos turísticos.

De acordo com ANDRADE (2002), citado por DOMINGOS, T. (2012:13 – 15), o


turismo apresenta pode variar de acordo com as motivações, a faixa etária, a nacionalidade,
o interesse e o modo de viajar dos turistas, amplitude geográfica da viagem, sua natureza e
organização. O quadro seguinte apresenta a tipologia do turismo, ANDRADE (2002),
citado por DOMINGOS, T. (2012:13 – 15):
Campo de classificação Tipos de turismo e suas definições
(Quanto a):
. Doméstico: quando se trata de um turista
que viaja dentro do seu pais.
Nacionalidade do turista . Internacional: quando o turista e
estrangeiro ao destino em que se encontra
ou ao qual pretende ir.
. Colectivo: quando se viaja em grupo,
normalmente usufruindo de um pacote
turístico, com meio de transporte e
Modo de viajar hospedagem relativamente baratas.
. Particular: direccionado a elites, que
viajam em voos charters ou em navio
. Organizado: viagens intermediadas por
agentes ou operadores turísticos sob
contratação.
Organização das viagens . Individual: o próprio turista se encarrega
de fazer as reservas e pagamento de todos
os serviços que vai consumir ao longo da
sua viagem.
. De elite: com uma motivação muito
especifica, como apreciação de pássaros ou
conhecer lugares exóticos. E praticado por
pessoas com alto poder aquisitivo.
Interesse . De massa: realizado pela classe media
salarial, que procura pacotes com preços
razoáveis, que incluam todas as despesas e
normalmente que tenham o tempo
cronometrado.
. Rural: desenvolvido em áreas rurais, com
destaque no agro-turismo, proporcionando
uma interacção entre o turista e as
actividades agrícolas e outras da zona rural.
. Urbano: desenvolvido em grandes centros
Amplitude geográfica urbanos, com uma grande super estrutura.
. Litorâneo: conhecido também como
turismo balneário e ligado ao turismo de
massa, tem como principal produto o sol e
praia.
. De montanha: realizado,
maioritariamente, por turistas aventureiros
em áreas de grande altitude.
. Infanto-juvenil: normalmente praticado
em grupos escolares, com idade máxima de
25 anos, que participam em colónias ferias.
. Adulto ou familiar: realizado em grupos
familiares que procuram lazer junto do
Faixa etária aconchego familiar.
. De terceira idade: realizado por
aposentados ou indivíduos maiores de 50
anos, que buscam melhoria da qualidade de
vida, normalmente em lugares seguros, que
não exijam muito esforço.
. Emissivo: quando a vocação da região ou
pais e enviar turistas para os diversos
destinos.
Natureza . Receptivo: quando a vocação do local e
receber turistas dos mais diversos cantos do
mundo.

. Intensivo: conhecido também como


turismo estável, em que o turista permanece
na mesma hospedagem durante a viagem,
podendo se deslocar a locais próximos para
excursões.
. Extensivo: quando o turista permanece na
Permanência destinação um longo período de tempo da
viagem, como em caso de realização de
uma pesquisa.
. Itinerante: o turista tem um roteiro
constituído por vários destinos, próximos
uns dos outros, onde permanece um tempo
curto.
Quadro 1. Tipos de turismo. Fonte: DOMINGOS, T. (2012).

Para ROSE (2002:6), citado por GUAMBE (2007:23), de acordo com a amplitude das
viagens, o turismo pode ser classificado em:
Turismo local: quando ocorre entre municípios vizinhos;
Turismo regional: quando abrange um raio de 200 a 300 quilometro de distancia
da residência do turista.
Turismo doméstico ou nacional: quando ocorre dentro do pais de residência do
turista.
Turismo internacional: quando ocorre fora do pais de residência do turista.

Quanto as motivações, ANDRADE (2002), citado por DOMINGOS, T. (2012),


apresenta os seguintes tipos de turismo:
1.Turismo ecológico: praticado por pessoas que apreciam a natureza, com objectivo de
interagir com os elementos naturais que não existem nas cidades.
2.Turismo de Saúde: turismo exercido na procura de manutenção ou aquisição da boa
saúde.
3.Ecoturismo: realizado com objectivo de incentivar a busca da conservação da natureza e
consciência ambientalista.
3.Turismo Social: praticado por pessoal de baixa renda, com apoio de algum segmento da
sociedade, normalmente para locais próximos e na baixa temporada.
4.Turismo gastronómico: praticado por pessoas que desejam saborear pratos típicos de
alguma localidade.
5.Turismo de lazer/férias: praticado por pessoas que viajam em busca de prazer e
descanso.
6.Turismo de negócios: praticado por pessoas que viajam para participar de reuniões,
visitar fornecedores, tratar negócios referentes aos diversos sectores da economia.
7.Turismo de compras: praticado por pessoas que viajam com finalidade de realizar
compras.

1.1.2.Tipos de Turismo praticado em Moçambique


O turismo doméstico compreende as viagens de visitas a familiares por ocasião da
Páscoa, Natal e fins-de-semana longos, de funcionários públicos em serviço, de homens de
negócios, etc. Nota-se um fluxo cada vez mais crescente de movimentação de cidadãos
nacionais para pontos turísticos, como Inhambane, Ponta De Ouro, Pemba, Bilene. MITUR.
(2006)
De acordo com MITUR, 2006, em Moçambique pratica-se os seguintes tipos de turismo:
 Turismo de Sol e Praia;
 Ecoturismo;
 Turismo Cultural;
 Turismo de aventura;
 Turismo Urbano, de Eventos e de negócios principalmente nas Cidades de Maputo,
Beira, Nampula e Pemba.
 Turismo Receptivo.
O sul de Moçambique continua a ser caracterizado como destino principal para os
mercados regionais e domésticos, com ênfase em sol, praia e mar, férias de família,
desportos aquáticos, entretenimento. O sul também se posiciona como destino para o
mercado internacional, mas com enfoque nos produtos de nicho e “ícones” da região.
Actividades fundamentais são mergulho e safaris oceânicos com objectivo de apreciar “as
grandes espécies marinhas”. Os ícones do sul são: ACTF (Áreas de Conservação
Transfronteiras de Limpopo (ecoturismo), Reserva de Elefantes de Maputo (ecoturismo),
Bazaruto (sol, praia e mar exclusivo), Inhambane (cultura e mergulho) e Maputo (cultura e
entretenimento). MITUR, 2004:

Centro de Moçambique: Províncias de Sofala, Manica, Tete Abordagem de Nicho de


ecoturismo para todos mercados geográficos.
Mercados regional e doméstico: negócios e comércio e sol, praia e mar (Zimbabwe).
O centro é caracterizado pela sua riqueza em oportunidades de ecoturismo e aventura.
“Ícones” como Chimanimani, Cahora Bassa e Gorongosa têm de ser desenvolvidos e
posicionados principalmente para os mercados internacionais e regionais. MITUR, 2004.

Norte de Moçambique: Províncias de Cabo Delgado, Nampula, Niassa e Zambézia.


Destino exclusivo para segmentos de alto rendimento. Destino exclusivo de praia, ilhas e
ecoturismo com uma influência forte de cultura.
O norte de Moçambique possui um carácter exclusivo e selvagem da região. “Estâncias
turísticas” pequenas e ímpares surgirão ao longo da costa e ilhas de Cabo Delgado e
Nampula. Os “ícones” fortes da região são Pemba, o Parque Nacional e o Arquipélago das
Quirimbas, a Ilha de Moçambique, a Reserva de Niassa e o Lago Niassa. Ecoturismo
exclusivo (aventura, observação de pássaros, caça, actividades de lago) pode ser
desenvolvido, principalmente nas áreas remotas do Niassa e Cabo Delgado.

2.Principais espaços e regiões turísticas em Moçambique


Moçambique possui um potencial turístico baseado nos rios e ainda por explorar recursos
naturais, uma cultura diversificada com um povo hospitaleiro. A combinação do turismo de
praia tropical ao longo da imensa costa, com a vida cosmopolita das nossas cidades, a
incomparável e rica diversidade de flora e fauna assim como o magnífico mosaico cultural,
oferecem uma plataforma sustentável para um destino turístico incontestável. MITUR.
2006:10.
Historicamente, Moçambique conquistou a posição de destino turístico de primeira classe
em África e este sector jogava um papel importante na economia do País. O turismo
desenvolveu-se em torno de 3 temas: as praias, a fauna e o ambiente dinâmico oferecido
pelos centros urbanos e concentrava-se principalmente nas zonas Sul e Centro do País. O
produto faunístico encontrava-se muito desenvolvido e o Parque Nacional de Gorongoza
era considerado uma das melhores reservas de animais de África Austral e a caça nas
coutadas, na zona Centro, possuía padrão internacional. (MITUR 2006:11)

As praias em Moçambique têm uma nota elevada e são classificadas como sendo “muito
boas”.
As Áreas de Conservação são consideradas no sector do turismo como a alavanca para o
desenvolvimento de turismo no País devido a sua rica biodiversidade, endemismo das
espécies, paisagens naturais e o estado menos perturbado dos seus ecossistemas terrestres e
aquáticos naturais e que são de grande valor turístico.
Quanto à distribuição das espécies faunísticas no território nacional, o Norte comporta a
maior parte, visto que a região é maior e possui ecossistemas e habitats terrestres naturais
menos perturbados pelo Homem. Com relação as Áreas de Conservação Transfronteiras
(ACTF) o conceito principal da sua criação, é a conservação da biodiversidade além
fronteira. A existência das áreas protegidas entre países é os habitats que constituem os nós
de ligação. A implantação deste programa vai estendendo-se ao longo do País, onde já estão
a funcionar a ACTF dos Libombos, a ACTF do Grande Limpopo e a ACTF de
Chimanimani. (MITUR, 2006.)

De acordo com as principais regiões geográficas de Moçambique são, nomeadamente,


Norte (Nampula, Cabo Delgado e Niassa), Centro (Sofala, Manica, Tete e Zambézia) e Sul
(Província e cidade de Maputo, Inhambane e Gaza), o MITUR (2006), identifica as
seguintes potencialidades e espaços turísticos nas três regiões do país:

2.1.Potencialidades turísticas e espaços turísticos da região Sul de Moçambique


Turismo de Sol e Praia: realizado na cidade de Maputo, Bilene, Xai-Xai,
Macaneta, Vilanculo, Tofo, Jangamo, Paindane, Ilhas do Arquipélago do Bazaruto e
na Ponta d Ouro.
Ecoturismo: realizado na área de conservação transfronteira dos Libombos que
inclui a Reserva Especial de Maputo. Reserva de Pomene, Área de conservação
transfronteira do Limpopo que inclui o Parque nacional do Limpopo, Banhine e
Zinave. Existe também o parque nacional de Bazaruto abundante em raras espécies
marinhas.
Turismo Cultural: desenvolvido Histórico em Inhambane. Maputo tem arte e
artesanato, museus, património arquitectónico bem como uma vida nocturna
vibrante. Dança Marrabenta, Timbila de Zavala. Os locais históricos da resistência à
ocupação colonial em Gaza e Maputo e as estações arqueológicas de Chibuene e
Manyiknei, que se localizam no distrito de VilanKulos.
Turismo de aventura: Mergulho em Inhambane e Ilha de Bazaruto, pesca em
profundidade, navegação em Bazaruto, canoagem, windsurfing ou snorkeling na
Ilha de Inhaca e na Ponta d Ouro.
Turismo urbano e de eventos: cidade de Maputo.
 Gastronomia da região Sul de Mocambique: Camarão,Mariscos,
Mathapa.

2.2.Potencialidades turísticas e espaços turísticos da região Centro de Moçambique


O turismo de Sol e Praia: Sofala (Savane, Nova Sofala) e Zambézia (Pebane e
Zalala).
Ecoturismo: O Parque Nacional de Gorongosa em Sofala é abundante em
espécies de fauna como leões, leopardos, elefantes, o búfalo, hipopotamo,
crocodilo, vários pássaros. A reserva de Marromeu, recentemente redinamizada,
possui vastas espécies de flora e fauna. A reserva de Gilé na província da
Zambézia, que possui amplas espécies faunísticas e pássaros, a reserva de
Chimanimani e a Área de conservação comunitária de Tchuma Tchato em Tete.
Turismo Cultural: Tete constituem centros históricos de valor patrimonial. Este
património é representado por conjuntos históricos de edíficios antigos, como
fortes, igrejas antigas, as florestas sagradas e fossilizadas, locais sagrados, o
Zimbabwe do Songo, o painel de pinturas, incluindo o museu e centro comunitário
de Manica, para apresentação e interpretação histórica. A dança Nhau é o
principal exemplo do património intangível desta região.
Turismo de aventura: Pesca submarina Surfing. Turismo contemplativo e
montanhismo (Alpinismo) Caça, Viagens de safari em 4 x 4.
Turismo urbano e de eventos: Cidade da Beira e outras Cidades.
Gastronomia da região Centro de Moçambique: Camarão, Galinha a Zambeziana,
Mukapata.

2.3.Potencialidades turísticas e espaços turísticos da Região Norte de Moçambique


Turismo de Sol e Praia: Província de Nampula particularmente a Praia de chocas –
uma praia muito popular Cabo Delgado exibe areias brancas e águas cristalinas na
praia do wimbe.
Ecoturismo: Reserva do Niassa considerada uma das áreas de conservação na
SADC. A reserva acomoda mais de 12.000 elefantes bem como Kudus, impala,
Inhalas, Javalis, e zebras. O parque nacional das Quirimbas em Cabo Delgado aloja
espécies marinhas e terrestres.
Turismo Cultural: Nampula acolhe o proclamado património da humanidade pela
UNESCO, a Ilha de Moçambique, que foi um importante entreposto mercantil de
ouro, marfim e escravos, entre os séculos XVI e XIX. A Província do Niassa possuí
um potencial arqueológico das origens humanas, que será agora valorizado com a
criação do museu de Metangula. Nampula possui um conjunto de edifícios coloniais
que remontam desde os tempos do comércio árabe e português. As danças Mapiko e
Tufo caracterizam as manifestações culturais de Cabo Delgado e Nampula. Há
ainda a salientar nesta região o potencial histórico das bases e monumentos da luta
armada de libertação de Moçambique, a preservar. O arquipélago das Quirimbas e o
conjunto edificado do Ibo é um dos bens que consta na lista tentativa do Património
Mundial, para candidatura pela UNESCO.
Turismo de ventura: Backpackers no lago Niassa, desde Malawi viagens de safari
4x4 safari até ao Niassa.
Turismo Urbano: Nas Cidades de Pemba, Nacala e Nampula.
Gastronomia da Região Norte de Moçambique: Camarão, Karakata,
3.Movimento turístico e os seus ganhos.

Em 1990 o anuário apresenta dados somente da cidade de Maputo, em que foram


contabilizados 10 estabelecimentos hoteleiros, com 1003 quartos e um total de 1727 camas.
No mesmo ano foram recebidos 50196 hóspedes e um total de 314508 dormidas e foram
arrecadados em receitas 395000 Mt em dormidas.

Quadro 1 – Situação do turismo em Moçambique no ano 1996

Província Estabelecimentos Quartos Camas


Niassa 9 77 126
Cabo Delgado 10 146 292
Nampula 19 287 505
Zambézia 10 149 292
Tete 13 165 323
Manica 10 119 230
Sofala 10 214 416
Inhambane 30 175 341
Gaza 16 113 220
Map. Província 13 43 74
Map. Cidade 25 1009 1910
Total 157 2420 4603
Quadro elaborado pelo Autor. Fonte: INE. 1996.

De acordo com o quadro 1, em 1996, a província de Inhanbane possuía maior número de


estabelecimentos hoteleiros (30) e a Cidade de Maputo possuía maior número de quartos e
camas, 1009 e 1910 respectivamente. No mesmo período, a província de Niassa
encontrava-se em último lugar com 9 estabelecimentos, 77 quartos e 126 camas.

Gráfico 1 - Hóspedes nacionais por província


Hóspedes Nacionais por provincia em 2005
112882

10552 15919
3034 2793 2899 7642 8657 4193
1870 1118

as
sa do pu
la zia Te
te ica fa
la ne za cia de
Ni le ga m be an So ba Ga v in ida
m M m ro .C
o
D Na Za ha .P ap
b In p
Ca M
a M

Elaborado pelo Autor, através de fontes do INE (2006)

O gráfico 1 ilustra que em 2005, a Cidade de Maputo recebeu maior número de turistas
nacionais, com 60215 turistas, seguida da província da Zambézia com 16601 turistas, sendo
que e a província de Manica encontra-se em último lugar com 6966 turistas.

Gráfico 2 - Hospedes estrangeiros por província em 2005

Map. Cidade 112882


Map. Provincia 4193
Gaza 8657
Inhambane 15919
Sofala 7642
Manica 1118
Tete 1870
Zambezia 2899
Nampula 2793
Cabo Delgado 10552
Niassa 3034

Elaborado pelo Autor, através fontes do INE (2006)

O gráfico 2 ilustra que em 2005 a cidade de Maputo recebeu maior número de turistas
estrangeiros com 112882, seguida pela província de Inhambane com 15919. No mesmo
ano, a província de Manica é que recebeu menor número de turistas estrangeiros, com um
registo de 1118 turistas estrangeiros.
Quadro 2 – Situação do turismo em Moçambique no ano 2010

Província Hotéis Pensões Pousadas Total Volume de


Estabeleci. Negócio (Mt)
Niassa 2 13 1 16 9843000
Cabo Delgado 6 7 2 15 127394000
Nampula 8 8 2 18 48073000
Zambézia 7 9 2 18 57141000
Tete 4 3 3 10 35685000
Manica 10 8 1 19 41980000
Sofala 8 7 …. 15 162446000
Inhambane 18 1 5 24 90380000
Gaza 17 2 3 22 68088000
Map. Província 5 3 …. 8 26643000
Map. Cidade 24 12 1 37 1640126000
Total 109 73 20 202 2307799000
Elaborado pelo Autor, através de dados do INE (2011)

O quadro 2, demonstra que em 2010, a Cidade de Maputo apresenta-se como a que possui
maior número de hotéis (24), seguida da província de Inhambane, com 18 hotéis. Em 2010,
a província do Niassa apresenta menor número de hotéis (2 unidades), liderando o número
de pensões com 13 unidades. A província de Inhambane lidera o número de pousadas com
5 unidades, seguida pelas províncias de Tete e Gaza com 3 unidades por cada. A Cidade de
Maputo lidera os ganhos com 1.640.126.000.00.Mt

Quadro 3 – Situação do turismo em Moçambique no ano 2017

Província Hotéis Pensões Pousadas Hospedes Hospedes


Nacionais Estrangeiros
Niassa 4 13 4 8.707 2.564
Cabo Delgado 6 9 … 11.664 4.499
Nampula 8 10 … 9.586 2.852
Zambézia 7 7 4 20.426 2.993
Tete 3 3 3 8.119 2.475
Manica 5 11 3 15.510 3.585
Sofala 8 4 3 9.412 2.111
Inhambane 19 … 5 2.964 3.709
Gaza 15 4 3 18.703 5.226
Map. Provinc. 5 3 … 2349 10.742
Map. Cidade 25 12 … 89.549 136.136
Total 105 76 25 196. 989 176. 892
Elaborado pelo Autor através da fonte: INE (2018).

O quadro 3 ilustra que em 2017, o país possuía 105 hotéis, sendo que a cidade de Maputo
lidera com um total de 25 unidades, seguida pela província de Inhambane com 19 unidades.
A província de Tete apresenta o menor número de hotéis com somente 3 unidades. A
província de Niassa lidera o número de pensões com 13 unidades, seguida pela Cidade de
Maputo com 12 unidades. Quanto as pousadas, a província de Inhambane lidera as
estatísticas com 5 unidades, seguida das províncias de Niassa e Zambézia com 4 posadas
para cada.

Dos 196. 989 hóspedes nacionais recebidos, em 2017, a Cidade de Maputo recebeu maior
número com um registo de 89.549, seguida pela província da Zambézia com um registo de
20.426 turistas nacionais, sendo que a província de Maputo apresenta o menor número de
turistas nacionais com 2.349.

Quadro 4 - Evolução do turismo em Moçambique de 2005 a 2017

Província Estabelecimentos Hóspedes nacionais Hóspedes estrangeiros


Hotel
2005 2010 2017 2005 2010 2017 2005 2010 2017

Niassa 2 2 4 14.376 10.303 8.707 3.034 2.273 2564


C. 6 6 6 7.075 11.737 11.664 10.552 10.442 4.499
Delgado
Nampula 8 8 8 9.741 9.007 9.586 2.793 2.694 2.852
Zambézia 7 7 7 16.601 17.953 20.426 2.899 3.904 2.993
Tete 4 4 3 14.076 15.366 8.119 1.870 6.432 2.475
Manica 10 10 5 6.966 11.063 15.510 1.118 4.485 3.585
Sofala 7 8 8 12.594 31.790 9.412 7.642 10.075 2.111
Inhamban 18 18 19 8.143 8.514 2.964 15.919 13.157 3.709
e
Gaza 18 17 15 10.513 9.877 18.703 8.657 6.891 5.226
M. 5 5 5 7.194 8.282 2.349 4.193 4.928 10.742
Provinc
Map.Cida 24 24 25 60.215 11.8601 89.549 112.88 202.440 136.136
de 2
Total 109 105 167.495 254.493 196.989 171.55 267.720 176.892
8
Elaborado pelo Autor através da Fonte: INE (2006, 2011 e 2018)

Segundo o INE (2000/4), citado por GUAMBE (2007), Moçambique registou um


movimento de ocupação de estâncias turísticas em 2001 e 2004 de 526 724 e 705 026
respectivamente, o que corresponde a um crescimento de 36,4%. Segundo a mesma fonte
em 2004 o, movimento de turistas internacionais em Moçambique foi superior que o de
turistas nacionais.

Conclusão

Moçambique possui um grande potencial para o desenvolvimento do turismo derivado


das suas características físico-naturais ao longo das suas três regiões (Norte, Centro e Sul).
Suas lindas praias, a biodiversidade abundante e a sua geodiversidade, fazem de
Moçambique um destino turístico daqueles que valorizam a natureza. Realizado este
trabalho conclui-se que de acordo com as características físico-naturais do país, em
Moçambique, ao longo da costa, pratica-se o turismo de Sol e praia e o de aventura, no
interior do país pratica-se o ecoturismo e nas grandes cidades pratica-se o turismo urbano,
turismo de eventos e o turismo de negócios. Ao longo do país encontramos locais históricos
onde pratica-se o turismo cultural.

No período de 1990 a 2017, em Moçambique, o turismo tem estado a conhecer uma


evolução sendo que de 1990 a 2010 observa-se um crescimento do número
estabelecimentos e aumento do número de turistas que usam dos lugares turísticos
nacionais, não obstante, de 2010 a 2017observa - se uma redução de turistas estrangeiros
que se pode ser resultado da instabilidade politica que o pais ultrapassou nos últimos anos.
A realização deste trabalho nos fez entender que há um défice de armazenamento da
informação relativa ao turismo, por exemplo no ano 1990 só temos disponíveis dados do
turismo na Cidade de Maputo, no ano 2000 o anuário estatístico não apresenta dados
relativas ao turismo. Dados no INE nos fazem entender que a Cidade de Maputo tem sido o
local de recepção de grande número de turistas e pode-se concluir que o turismo de eventos
tem trazido maior número de turistas estrangeiros. É a Cidade de Maputo que apresenta
maior número de hotéis, seguida pela província de Inhambane. Relativamente aos ganhos
da actividade, a Cidade de Maputo de Maputo esta na dianteira em todas a s etapas.

Bibliografia
Direcção Nacional de Estatística. Anuário Estatístico 1991. Maputo. 1992.
GUAMBE, J. Contribuição do turismo no desenvolvimento local em Moçambique: Caso
da zona costeira de Inhambane. Maputo. Universidade Eduardo Mondlane.2007
Instituto Nacional de Estatística. Anuário Estatístico. 1996. Maputo. 1996.
Instituto Nacional de Estatística. Anuário Estatístico. 2005. Maputo. 2006.
Instituto Nacional de Estatística. Anuário Estatístico. 2010. Maputo. 2011.
Instituto Nacional de Estatística. Anuário Estatístico. 2017. Maputo. 2018.
Ministério do Turismo. Estratégia de Marketing Turístico 2006 – 2013. Maputo. 2006.
NUNES, T. e PLATT. Organização de eventos como estratégia de Marketing. Algarve.
Universidade Federal de Santa Catarina. 2012
OLIVEIRA, M. A influência dos eventos na taxa de ocupação hoteleira. Estoril. Escola
Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril. 2014.

S-ar putea să vă placă și