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ÍNDICE

1.Introdução ...................................................................................................................... 3

1.1.Problema de pesquisa .............................................................................................. 4

1.2.Objectivos ............................................................................................................... 4

1.2.1.Objectivo Geral ................................................................................................ 4

1.2.2.Objectivos Específicos ..................................................................................... 4

2.Metodologia ................................................................................................................... 4

3.Revisão de Literatura ..................................................................................................... 5

3.1.O conceito de cultura de informação e seu enquadramento no E-Gov ................... 5

3.2.Antecedentes e cenário actual da política de e-GOV em Moçambique ................. 6

3.3.Possibilidades, desafios e perspectivas da utilização do e-Gov em Moçambique .. 7

3.4.e-government: Novos desafios no sector pública e privado ................................... 9

3.5.e-government, o novo paradigma no sector Pública e Privado ............................... 9

3.5.1.Principais tendências ao nível do governo electrónico .................................. 10

3.5.2.Quais os desafios à Administração Pública electrónica ................................. 11

Conclusão ....................................................................................................................... 12

Bibliografias ................................................................................................................... 13

Autor: Sergio Alfredo Macore Sergio.macore@gmail.com / +258846458829 Pemba - Moz


1.Introdução

O presente trabalho tem como tema ‘’ O Impacto do E-Governament no sector


Público e Privado: Estudo de Caso de uma Instituição Pública’’. Na actualidade, é
já consensual que diversos governos de diferentes países busquem adaptar-se às
realidades derivadas do estabelecimento da Sociedade da Informação (SI), onde as
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) exercem grande influência na forma
como o Estado cumpre as suas principais tarefas. Quer nas organizações públicas, quer
nas privadas, elas surgem como ferramentas que permitem gerir a informação em novos
moldes, de modo a agilizar o seu fluxo e tornar mais eficiente a sua transmissão em
relação a tempo, fronteiras e recursos.

Através do uso intensivo de ferramentas tecnológicas, os actuais governos buscam,


através de programas e/ou política de informação, o controle, fluxos e usos de toda uma
cadeia de produção da informação para a exercitação do poder, quer no contexto
nacional, como no internacional (Braman, 2006). Dentre esses programas destaca-se o
governo electrónico (e-Gov) como um dos principais instrumentos de aplicação.

A expressão formalizou-se internacionalmente em Janeiro de 1999 quando Al Gore,


então vice-presidente dos EUA, abriu em Washington o Fórum Global sobre
Reinvenção do Governo, com a presença de 45 países, cujo objectivo era melhorar a
compreensão das alternativas disponíveis para a criação de instituições democráticas
que fossem compatíveis com as necessidades e características da atual era da
informação.

A partir de então, o termo e-Gov passou a ingressar nas agendas governamentais como
assunto de grande relevância, notadamente associado aos movimentos de reforma do
Estado e às transformações na administração pública. É no âmbito da construção da
política de e-Gov, como subdomínio das políticas públicas de informação em
Moçambique, que o presente artigo se propõe a discutir a noção de cultura de
informação no desenho ou concepção do documento de explicitação dessa política,
como um aspecto efectivo na relação Estado e sociedade.

Autor: Sergio Alfredo Macore Sergio.macore@gmail.com / +258846458829 Pemba - Moz


1.1.Problema de pesquisa

Tendo em conta os objectivos do Governo Electrónico e os projectos âncora que


constituem o ponto de partida da reforma do sector público e privado colocar-se-ia a
seguinte questão: Em que medida a implementação da Estratégia do Governo
Electrónico contribuiu para a melhoria na prestação dos serviços públicos e privados?

1.2.Objectivos

1.2.1.Objectivo Geral

 Analisar o Impacto do E-Governament no sector Público e Privado, em


particular em uma Instituição Pública na melhoria na prestação dos serviços.

1.2.2.Objectivos Específicos

 Analisar em que medida o Governo Electrónico contribuiu para a Integração e


Optimização dos sistemas de registo e licenciamento de empresas e outras
entidades legais nos sectores públicos e privados.
 Analisar em que medida a Provisão de um Sistema Financeiro para todos os
órgãos do Sector Público e privado, com enfoque do E-Gov, contribui para a
melhoria da Gestão de Finanças Públicas.

2.Metodologia

Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o
método indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de
algo particular para uma questão mais ampla, mais geral. A Indução é um processo
mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente
constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes
examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo
conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais nos baseia-mos.

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3.Revisão de Literatura

3.1.O conceito de cultura de informação e seu enquadramento no E-Gov

Na literatura, o conceito de cultura de informação é utilizado e confundido


frequentemente com competência informacional. Entretanto, existem diferenças quanto
à aplicação destas duas terminologias. A expressão competência informacional -
information literacy (em inglês) - surgiu nos EUA, na década de 1970, concretamente
em 1974, na sequência do relatório The Information Service Environment Relationships
and Priorities, no qual se sugeria que o governo norte-americano se empenhasse no
desenvolvimento da competência informacional dos cidadãos para apropriação de
inúmeros produtos informacionais disponíveis no mercado (Dudziak, 2003).

Na sua origem, o termo foi utilizado para designar apenas a destreza em lidar com
computadores e redes electrónicas. Em sua evolução, associada do processo da SI, o
conceito de competência informacional remete à ideia de, não só sobreviver a essas
barreiras derivadas da ampla e “caótica” disponibilização de informações via redes,
como “A política de e-Gov de Moçambique e do Estado de São Paulo/ Brasil”-, a ser
defendida em Fevereiro de 2012.

Porém, com vista a uma melhor compreensão deste conceito, afigura-se-nos pertinente
resgatar a noção de cultura que, associado ao processo de transmissão e recuperação da
informação, dar-nos-á uma dimensão conceitual mais abrangente do conceito de cultura
de informação. O conceito de cultura, como se sabe, remonta há vários séculos. Schein
(2001), define-o como um elemento que molda e integra um determinado grupo a um
determinado ambiente e faz com que esse mesmo grupo adopte a forma correcta de
pensar e agir nesse ambiente em que está integrado.

Esta definição remete para duas dimensões diferentes desse conceito - a antropológica e
a sociológica, - sendo pertinentes as suas descrições, dada a abrangência que cada uma
delas encerra. Assim, do ponto de vista sociológico, o conceito de cultura refere-se a um
Conjunto diversificado de demandas profissionais, institucionais, políticas e
económicas, tendo, portanto, visibilidade em si própria. Ela compõe um universo que
gere (ou interfere em) um circuito organizacional, cuja complexidade faz dela,
geralmente, o foco de atenção das políticas culturais (Botelho, 2001).

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Laraia (2007), cita o trabalho de Kroeber3 (1949), no qual se coloca que o indivíduo,
adquirindo cultura, passou a depender muito mais do aprendizado do que o agir através
de atitudes geneticamente determinadas. Embora o conceito de cultura abrangendo as
duas dimensões seja importante, no contexto do presente artigo fixaremos na
perspectiva antropológica, na medida em que nela o termo cultura remete para o
carácter de partilha de conhecimentos, onde o indivíduo se encontra envolvido num
“processo de formação, trazendo consigo uma ideia de cultivo e transmissão de hábitos,
valores e conhecimentos, e de preparação do futuro adulto, para o seu ajustamento
social enquanto indivíduo” (Marteleto, 1992).

Nesse sentido, esse processo de formação do indivíduo depende de mudanças radicais,


que interferem nos hábitos e costumes de cada um, sobretudo no que se refere às
relações de vizinhança, a sociabilidade, entre outros. No mundo contemporâneo, a
informação corresponde a uma maneira de construir a cultura num processo que se dá
através de compartilhamento de informações. O aprendizado do mundo é realizado,
hoje, não por uma relação directa, mas antes, mediado pelas informações que ordenam
nossa cultura e dão sentido a nossa relação com o mundo.

3.2.Antecedentes e cenário actual da política de e-GOV em Moçambique

Conforme afirmamos anteriormente, o e-Gov remete para a ideia de utilização das TIC
(particularmente a internet) tendo em vista facilitar o acesso às páginas oficiais dos
órgãos da administração pública e obter informações ou orientação em alguns
procedimentos, bem como a preencher documentos de modo mais conveniente do que a
maneira tradicional.

No entanto, todos esses benefícios pressupõem, evidentemente, altos investimentos em


tecnologia por parte do Estado com vista a estender ao cidadão os recursos que,
efectivamente, vão permitir, em última instância, que ele possa comunicar-se
virtualmente com o governo. Por outro lado, pressupõem a implementação de acções
para erradicar o analfabetismo digital, decorrente de vários factores, com destaque para
a brusca mudança cultural conjugada com o grave problema da exclusão social.

Nesse contexto, para o caso moçambicano, o surgimento da política de e-Gov deve ser
analisado tendo em conta o percurso sociopolítico, associado às condições da infra-
estrutura tecnológica e comunicacional do país.

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No que tange à situação económica, as crises económicas sucessivas, e os processos da
reforma que marcaram Moçambique entre 1974/75 e 1999, aliados à guerra civil que
devastou o país durante 16 anos, conduziram a significativos custos sociais. Esses
custos reflectiram-se na qualidade de vida dos cidadãos face à necessidade de contrair
os níveis de consumo para adaptá-los à realidade económica do país.

Recorde-se que o português é a língua oficial do país, de ensino e, o fato da maioria dos
alunos entrarem na escola falando sua língua materna7, diferente da do ensino, faz com
que “muitas competências e habilidades, sobretudo a competência comunicativa,
adquirida pelas crianças, antes de entrarem na escola, não sejam aproveitadas”
(Moçambique, 1999), o que resulta, por sua vez, em alta retenção e/ou abandono escolar
por parte dos alunos.

3.3.Possibilidades, desafios e perspectivas da utilização do e-Gov em Moçambique

O cenário acima apresentado remete à constatação de que a política de governo


electrónico de Moçambique caracteriza-se pela ausência de uma das quatro perspectivas
do e-Gov, segundo a concepção de Lenk e Traunmuller (2001). Trata-se da perspectiva
do cidadão, cujas premissas são baseadas na eficácia e qualidade dos serviços de
utilidade pública prestados ao cidadão.

O sucesso do e-Gov analisado e condicionado pela perspectiva do cidadão requer, em


contrapartida, que este parta de uma cultura onde possa dominar conteúdos e aparatos
tecnológicos que o possibilitará de manusear os conteúdos informacionais
disponibilizados através das tecnologias de informação e, posteriormente, munido de
uma competência informacional individual, sintetizar e compartilhar esses conteúdos
para o uso em outros contextos e diferentes aplicações.

Só a partir daí, esse cidadão torna-se um actor ou interlocutor pleno com o seu Estado e
suas políticas. Os factores que condicionam a cultura de informação podem-se
enquadrar no contexto do Fórum realizado nos Estados Unidos da América, em 1999,
sobre a criação do e-Gov que visava à melhoria do desempenho dos governos e o
fortalecimento das relações com o seu povo, onde um dos princípios acordados foi de
que a inclusão digital deveria figurar entre as metas da criação do e-Gov o que não
significava, com isso, apenas tornar os computadores economicamente acessíveis a
todos, mas também tornar os sites do governo amigáveis em seu uso.

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Nos países em desenvolvimento, a falta de uma infra-estrutura de telecomunicação
continua a ser um factor crítico de fracasso no processo para minimizar a exclusão
digital. Para além desta perspectiva centrada no Cidadão, as três restantes, segundo os
autores são as seguintes:

i) Perspectiva de Processos, visando repensar o modus-operandi dos processos


produtivos ora existentes no Governo em suas várias esferas;
ii) Perspectiva de Cooperação, que visa integrar os vários órgãos
governamentais, e estes com outras organizações privadas e não-
governamentais, de modo a que o processo decisório possa ser agilizado,
sem perda de qualidade, assim como evitar-se fragmentação, redundâncias,
hoje existentes nas relações entre os vários atores; e
iii) Perspectiva da Gestão do Conhecimento que visa permitir ao governo, em
suas várias esferas, criar, gerenciar e disponibilizar em repositórios
adequados o conhecimento tanto gerado quanto acumulado por seus vários
órgãos. (Lenk; Traunmuller, 2001)

A título de exemplo, em Moçambique, o telefone que na época colonial não era de


conhecimento de muitos nativos, actualmente, concretamente a partir de 2006, como
afirmamos anteriormente, a telefonia móvel registou uma grande melhoria em termos de
expansão e facilidades de uso. Mas dados revelam que os índices de exclusão digital
continuam altos devido à falta de investimentos sérios em infra-estrutura tecnológica e
de recursos.

A esse propósito, Aun (2001) enfatiza que o acesso à informação através do e-Gov
dependeria de dois factores importantes: O primeiro é a exigência de infra-estrutura de
tecnologia de redes informacionais e de avanços na área de telecomunicações. O
segundo, o mais complicado, é o de acesso aos conteúdos informacionais exigindo nova
formação educacional, onde além da capacidade de domínio técnico, os cidadãos
precisam transformar informação em conhecimento para utilizá-lo de forma precisa e
rápida.

Exige como decorrência, saber seleccionar, filtrar, reprocessar dados e informações,


nem sempre de forma automática, mas de forma individualizada e dependente de
contextos possibilitadores desse complexo processo (Aun, 2001). Na verdade, os
obstáculos ao progresso dos países periféricos, como Moçambique, “não estão na

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dificuldade de acesso aos capitais, mas sim no fato deles não disporem de
conhecimentos suficientes para fazer uso das TIC” (Lastres, 2000). Diante desse
constrangimento cabe afirmar que o projecto do e-Gov de Moçambique, apesar de, na
sua composição, ter definido a informação como prioridade, o que se verifica é que os
aspectos/condições sociais e técnico-científicos do país não se alinham com aquilo que
são as práticas, estruturas e política de e-Gov para que a informação chegue,
efectivamente, aos cidadãos.

3.4.e-government: Novos desafios no sector pública e privado

Não raras vezes ouvimos falar da máquina do Estado como sendo pesada, complexa e
ineficiente. Sobretudo quando o assunto é o funcionamento da Administração Pública,
conotada com uma fragmentação e falta de comunicação dos seus diversos organismos,
cujas competências e responsabilidades são percepcionadas, em muitos casos, como
redundantes.

Mas a mesma crítica é ouvida em relação aos serviços prestados aos cidadãos e às
empresas, que reclamam por mais rapidez nos procedimentos envolvidos, melhor
informação, mais agilidade, e menos burocracia.

Não é assim de estranhar que sempre que se fala em máquina administrativa, surja de
imediato a expressão "reforma do sector público e privado". É verdade que muito se tem
feito nos últimos anos, e Portugal é várias vezes apontado como um exemplo de
modernização administrativa em algumas áreas, porém, ainda há um longo caminho a
percorrer para que os processos da Administração Pública Portuguesa sejam digitais.

A transformação e modernização da Administração Pública tem constituído uma das


preocupações centrais de sucessivos governos e essa tendência de digitalização não
pode parar agora que os cidadãos vivem em plena era digital.

3.5.e-government, o novo paradigma no sector Pública e Privado

É nos anos 90 do século passado que surge um enorme entusiasmo em torno do


desenvolvimento do e-government ou governo electrónico, impulsionado não só pela
globalização da economia e a proliferação da internet, mas especialmente devido a uma
nova atitude da classe política face ao uso das Tecnologias da Informação na
Administração Pública.

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Até essa altura, o papel das TI em organismos públicos reduzia-se à substituição de
procedimentos que eram feitos manualmente, por sistemas digitais de processamento de
dados. O termo em inglês, e-government, nasce aliás por analogia a palavras como e-
commerce e e-business que eram então de uso recorrente no sector privado, onde a
implementação das TI estava já bastante mais avançada.

3.5.1.Principais tendências ao nível do governo electrónico

Ao longo das últimas décadas, a atenção e interesse do poder político pelo governo
electrónico foi evoluindo, havendo hoje em dia um reconhecimento generalizado da
importância das TI como instrumento de transformação e modernização da
Administração Pública.

Para além dos ganhos de eficiência ao nível do funcionamento interno da máquina


administrativa, o uso das TI tem sido encarado como uma oportunidade para alterar o
paradigma de uma Administração Pública centrada na agência, para uma mais centrada
no cidadão e nas empresas, capaz de prestar serviços e informação de qualidade,
acessíveis a qualquer hora, e de acordo com as necessidades de quem os procura.

Vários países têm, assim, estruturado as suas estratégias de desenvolvimento de um


governo electrónico em três aspectos essenciais:

1. Foco no cidadão (user-centricity)

Com vista a facilitar e globalizar o acesso dos cidadãos aos serviços públicos, os
governos têm procurado disponibilizar serviços cada vez mais mobile friendly (58% dos
Moçambicanos acede à internet pelo telemóvel, segundo a Marktest), desenvolvidos em
co-criação com os utentes, e personalizados de acordo com as suas necessidades.

2. Transparência e responsabilidade

De modo a promover uma gestão pública eficaz, cujos resultados sejam mensuráveis e
mais facilmente escrutinados, muitos países estão a pôr em prática projectos de open
data government, fornecendo aos cidadãos informação online sobre o sector público (em
Moçambique através do portal dados.gov), bem como iniciativas de e-procurement,
recorrendo a plataformas digitais para reestruturarem os seus processos de contratação e
compras públicas.

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3. E-participação

A consulta dos cidadãos, como processo de co-criação de novas políticas, serviços ou


projectos (como é o caso do orçamento participativo em Moçambique) é um dos
aspectos de participação que mais tem progredido graças à utilização das TI. No que
respeita aos processos de decisão, como por exemplo o voto online em eleições locais e
nacionais, há ainda um longo caminho a percorrer.

Já o índice de e-Government publicado em 2017, que analisa a implementação de


serviços públicos digitais na África, coloca Moçambique na liderança do ranking, a par
de Malta, com praticamente todos os serviços de e-government automatizados ou
integralmente online. Em ambos os relatórios, o Programa SIMPLEX é apontado como
um exemplo de boas práticas.

3.5.2.Quais os desafios à Administração Pública electrónica

Hoje em dia, a tecnologia existente tem o potencial de transformar a forma como os


governos funcionam nos seus diversos domínios, melhorar o bem-estar dos cidadãos e
agilizar a vida das empresas. Mas o caminho para a concretização do governo
electrónico não é simples, nem mesmo isento de dificuldades.

A começar pela velocidade a que a tecnologia evolui e que, muitas vezes, ultrapassa a
velocidade com que os governos conseguem aproveitá-la em seu benefício. Esta é uma
realidade à qual, tradicionalmente, o sector privado tem sabido adaptar-se mais
facilmente, tirando partido de uma adopção mais rápida das tecnologias emergentes.

Do lado da sociedade civil, há também uma maior exigência quanto à qualidade,


acessibilidade, eficiência e transparência nos serviços prestados pelo Estado. O desafio
estratégico para a Administração Pública é, assim, o de disponibilizar serviços
electrónicos de elevada qualidade e usabilidade, de forma a equiparar-se ao nível
oferecido por alguns serviços do sector privado.

A concretização do governo electrónico e de uma Administração Pública transparente,


eficaz e rigorosa, só é possível com recurso a ferramentas e tecnologias sólidas, capazes
não só de garantir a segurança das comunicações e privacidade dos dados, mas também
de responder às especificidades e exigências de funcionamento dos diversos organismos
públicos.

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Conclusão

Nesta pesquisa, o governo electrónico ou e-GOV foi visto como uma oportunidade de
incrementar a participação da sociedade na gestão pública e privada, especialmente
quanto à formulação, ao acompanhamento e à avaliação das políticas públicas, visando
ao incremento da cidadania e da democracia.

O e-gov teria, então, um papel de destaque a cumprir na forma do governo interagir com
os cidadãos e as organizações, não somente pela disponibilização de informações e
serviços, mas ao levar em conta o potencial dos meios electrónicos para a construção da
governança electrónica.

Mesmo com esse potencial, a e-governança ainda estaria dando seus primeiros passos
no Brasil, com pouca participação dos cidadãos na formulação das políticas públicas; ou
seja, é fraca a influência da sociedade civil, por meio da Internet, nas decisões que
estabelecem a agenda governamental. Esse quadro resultaria da falta de regulamentação
para a participação social no processo decisório por meios electrónicos e pelo fato da
elite política não considerar a governança digital um verdadeiro instrumento para a
ampla participação da sociedade.

De qualquer modo, é reconhecido que as novas formas de interacção electrónica têm


impacto directo na governança ao criarem um novo espaço para interlocução dos
cidadãos com os governantes. Tendo em conta essas novas formas de comunicação
proporcionadas pelas acções de e-gov, a e-governança poderia ser posta em prática por
meio de um governo mais acessível, com as tecnologias de informação e comunicação
universalizando o acesso aos novos meios de comunicação, com base na igualdade de
oportunidades, podendo ser uma maneira de quebrar barreiras e superar tradicionais
disparidades impostas pela distância.

Entretanto, essa oportunidade de incrementar a participação cívica via governança


electrónica pode não se concretizar em Moçambique, pela falta de uma política efectiva
de inclusão digital. Mais uma vez, corre-se o risco de serem oferecidas novas
possibilidades de interacção e serviços pelo governo federal aos poucos que têm acesso
à Internet; actualmente, cerca de 12% da população.

Autor: Sergio Alfredo Macore Sergio.macore@gmail.com / +258846458829 Pemba - Moz


Bibliografias

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Autor: Sergio Alfredo Macore Sergio.macore@gmail.com / +258846458829 Pemba - Moz

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