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1. Escola Clássica
metafísico o utilitarismo e construiu o seu sistema sobre a exigência da justiça moral. Para ele
a justiça social participa da Justiça moral e divina. Admite que a pena seje limitada pela
utilidade social e a pena em si não é mais do que retribuição. - Carmignani - Reafirma a
distinção entre Direito e Moral, entre Direito Natural e Direito Político. As penas são apenas
obstáculos políticos à prática dos crimes. O direito de punir não é mais do que um direito pela
necessidade política. - Romagnosi - Acentua em seu sistema a idéia de pena como defesa.
Contesta a idéia de um contrato social. O direito punitivo, o fim exclusivo da pena é a defesa
da sociedade contra o crime. A pena vale como contra - estímulo ao estímulo criminoso e aí
esta a sua natureza e o seu limite.
Tem como seu principal iniciador César Becarria, com o livro, editado em 1764, “Dei
delitti e delle pene” .
Sua obra não é jurídico em sentido técnico, mas filosófica ou filosófico-sociológica.
Becarria é conhecido como o pioneiro do direito penal liberal. Queria um direito Penal
com leis precisas e claras, um direito penal certo, onde o juiz não poderia interpretar as leis
como bem entendesse ao seu contento, mas seguir as linhas escritas.
Para o autor a modo de medir a responsabilidade penal do acusado não seria a
gravidade do ato, nem a sua intenção, seria o dano que este teria causado a sociedade.
Beccaria nega a legitimidade da pena de morte.
2
E. Magalhães Nogueira, pg. 30
3
Aníbal Bruno. pg. 103
3
2. Escola Alemã
3. Escola Positiva
5
E. Magalhães Nogueira, pg. 36
6
Aníbal Bruno, pg. 118
6
4. Escola Eclética
“Esta escola surgiu com o objetivo de conciliar as posições extremadas das Escolas
Clássica e do Positivismo Naturalista.”7
Entre duas correntes, uma Italiana com Roberto Lyra e outra alemã, destaca-se esta
última, a destacável escola de Von Lizt.
A escola moderna da Alemanha, como também era chamada, é a que mais se aproxima
da escola positiva.
Entre seus vários seguidores, a escola teve como seu mestre Von Ihering.
“A finalidade principal desta escola alemã foi a adoção de medidas e providências de
ordem pública no interesse da repressão e prevenção do delito, o que conseguiu, introduzindo
nas legislações diversos institutos.”8
Esta escola trabalhou com o método lógico-jurídico para o direito penal e experimental
para as ciências penais.
Distingue-se o direito penal da criminologia
Aceita a existência do estado perigoso e nega o criminoso nato de Lombroso e o tipo
antropológico de delinqüente.
Entende o crime como fato jurídico, mas também como fenômeno natural (aspectos
humanos e sociais). A luta contra o crime não far-se-á não só da pena, mas também com as
medidas de segurança.
O estado perigoso é pressuposto para medida de segurança.
A pena retribuitiva dos clássicos é substituída pela pena de fim. A pena tem um fim
prático: a prevenção geral ou especial; dentro destas funções entendemos a preventiva geral
aquela que recai a todos e a preventiva especial aquela que recai ao delinqüente. Pena é a
arma de ordem jurídica na luta contra delinqüência.
Distingue-se o imputável do inimputável, sem se fundar, porém, no livre-arbítrio, e sim
na determinação normal do indivíduo. Substituí a noção da imputabilidade pela de
perigosidade.
Esta escola “insiste na influência das condições sociais.”9
5. Tecnicismo
7
E. Magalhães Nogueira, pg. 39
8
E. Magalhães Nogueira, pg. 40
9
Aníbal Bruno. pg. 127
10
Aníbal Bruno, pg. 130
7
A bem da verdade, o tecnicismo não é bem uma escola, mas uma corrente, uma
orientação.
Um Ponto básico do tecnicismo é no que diz respeito a autonomia do Direito Penal
(estremado das chamadas ciências penais). Aqui, o Direito Penal está na lei e só com este o
jurista deve preocupar-se. Seu estudo se faz pela exegese, pela dogmática e pela crítica.
Segundo Magalhães Noronha em sua obra “Direito Penal” (volume1), “A exegese dá o sentido
verdadeiro das disposições integrantes do ordenamento jurídico; a dogmática, que investiga
os princípios que norteiam a sistemática do direito penal, fixando os elementos de sua
integridade lógica; e pela crítica-restrita, como não podia de ser - que orienta na consideração
do direito vigente, demostrando seu acerto ou a convivência de reforma.”
O direito penal não tem preocupações causais-explicativas; estas estão no setor da
sociologia e da antropologia criminal. Concluímos então que direito penal tem conteúdo
dogmático e seu método é o técnico-jurídico, e dentro da antropologia e da sociologia
criminal o conteúdo é causal-explicativo e o método é experimental.
Esta corrente de grande dominação na Itália, nega a investigação filosófica. A única
ligação com a filosofia é no que diz respeito ao sistema penal em vigor. Esta negação
filosófica corresponde a força do positivismo jurídico, traço marcante desta escola.
A pena para Rocco é um simples meio de defesa do Estado contra a perigosidade do
agente.
Esta corrente baseia-se em muitas idéias dos clássicos, em primeiro momento, porém no
diz respeito ao livre arbítrio, o excluíam do campo do Direito Penal. Mas em segundo época,
volta-se para o antigo jusnaturalismo, com Maggiore, Bettiol e outros. Aqui também se teve
origem no classicismo, com as mesmas exigências de retribuição e castigo para a pena e de
responsabilidade moral e livre arbítrio para o seu fundamento.
Distingue a responsabilidade moral dos imputáveis e inimputáveis.
Aplica a pena retribuitiva e expiatória para os primários e a medida de segurança para
os reecidentes.
Entende o crime como relação de conteúdo individual e social. O crime é um ente
jurídico porque é o direito que valoriza o fato e é a lei que o considera crime. Mas ao mesmo
tempo não se nega um fenômeno social e natural, previndo de fatores biológicos e sociais.
Enfim, a posição da corrente é a mesma dos clássicos no que diz respeito ao crime; a
persistência da idéia da responsabilidade moral, com distinção entre os imputáveis e
inimputáveis pena retribuitiva e expiatória.
Em posição aos Positivistas aderem a idéia da perigosidade criminal; a consideração do
criminoso como realidade social e humana e a sistematização das medidas de segurança.
Beatriz Trentin
Aluna da Universidade de Caxias do Sul (UCS) - Campo de Caxias
Btrenti1@ucs.tche.br