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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS
PROGRAMA ESPECIAL DE TREINAMENTO
TUTORA: PROFESSORA MIRNA DE BORBA

LOGÍSTICA EMPRESARIAL

PROFS. ORIENTADORES: CARLOS TABOADA, Dr.


SERGIO GRANEMANN, Dr
ACADÊMICO:
ANDRÉ HEIN KLIEMANN

FLORIANÓPOLIS
1996

1 SUMÁRIO

2 INTRODUÇÃO..................................................................................................................4
3 LOGÍSTICA EMPRESARIAL: UMA
INTRODUÇÃO.................................................5
3.1 CONCEITO......................................................................................................................5
3.2 IMPORTÂNCIA...............................................................................................................5
3.3 ATIVIDADES
PRIMÁRIAS.............................................................................................6
3.3.1 Transporte......................................................................................................................6
3.3.2 Manutenção de estoques.................................................................................................6
3.3.3 Processamento de pedidos..............................................................................................6
3.4 ATIVIDADES DE
APOIO................................................................................................7
3.4.1 Armazenagem.................................................................................................................7
3.4.2 Obtenção.........................................................................................................................7
3.4.3 Manuseio de materiais....................................................................................................7
3.4.4 Embalagem de
proteção..................................................................................................8
3.4.5 Programação do
produto.................................................................................................8
3.4.6 Manutenção de
informação.............................................................................................8
3.5 O LUGAR DA LOGÍSTICA NA
FIRMA..........................................................................8
4 DISTRIBUIÇÃO
FÍSICA.................................................................................................10

2
4.1 TRÊS CONCEITOS
IMPORTANTES............................................................................11
4.1.1 Compensação de custos................................................................................................11
4.1.2 Custo
total.....................................................................................................................12
4.1.3 Sistema
total..................................................................................................................12
5 ADMINISTRAÇÃO DE
MATERIAIS............................................................................13
5.1 CANAL DE
SUPRIMENTOS..........................................................................................13
5.2 SUPRIMENTO PARA
ESTOQUE..................................................................................14
5.3 SUPRIMENTO DIRETO PARA A
PRODUÇÃO............................................................14
6 NÍVEL DE SERVIÇO
LOGÍSTICO...............................................................................17
6.1 CONCEITO.....................................................................................................................17
6.2 CICLO DE
PEDIDO........................................................................................................17
6.3 DETERMINAÇÃO DO SERVIÇO
DESEJADO.............................................................18
6.4 FIXAÇÃO DE UMA POLÍTICA DE
SERVIÇO..............................................................19
6.4.1 Padrões.........................................................................................................................19
6.4.2 Políticas de serviço......................................................................................................19
6.5 PLANEJAMENTO PARA CIRCUNSTÂNCIAS ADVERSAS......................................
19
7 O PRODUTO....................................................................................................................20

3
7.1 CLASSIFICAÇÃO...........................................................................................................2
0
7.2 CICLO DE
VIDA.............................................................................................................20
7.3 A CURVA
ABC...............................................................................................................21
7.4 CARACTERÍSTICAS DO
PRODUTO............................................................................22
7.4.1 Relação peso-
volume....................................................................................................22
7.4.2 Relação valor-peso.......................................................................................................22
7.4.3 Substitubilidade............................................................................................................23
7.4.4 Características de risco................................................................................................23
7.5 EMBALAGEM DO
PRODUTO......................................................................................23
8 ADMINISTRAÇÃO DE
TRÁFEGO...............................................................................24
8.1 TRANSPORTE CONTRATADO DE
TERCEIROS........................................................24
8.2 TRANSPORTE
PRÓPRIO..............................................................................................25
8.2.1 Roteirização e programação de veículos......................................................................25
8.2.2 Despacho de veículos...................................................................................................26
9 ARMAZENAGEM DE
PRODUTOS..............................................................................27
9.1 NECESSIDADES DE ESPAÇO FÍSICO........................................................................
27
9.2 LOCALIZAÇÃO DE
DEPÓSITOS..................................................................................27

4
10 CONSIDERAÇÕES
FINAIS..........................................................................................29
11
CONCLUSÃO.................................................................................................................30
12
BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................31

5
2 INTRODUÇÃO

Este trabalho é um resumo da parte inicial do livro Logística Empresarial do


autor Ronald Ballou. A logística, apesar de não ter uma origem recente, só agora vem
atraindo a atenção das empresas, e essa foi a motivação principal para a realização deste
trabalho.
Este trabalho não tem como objetivo analisar a logística detalhadamente,
mas sim resgatar a idéia geral e os conceitos mais importantes. Será tratada tanto a área de
distribuição física quanto a área de administração de materiais.

6
3 LOGÍSTICA EMPRESARIAL: UMA INTRODUÇÃO

3.1 CONCEITO

A logística empresarial consiste basicamente em planejar, controlar e


organizar as atividades de movimentação e armazenagem a fim de facilitar o fluxo de
produtos ( que podem ser tanto bens quanto serviços) e da informação associada que os põe
em movimento. Visa, portanto, melhorar a rentabilidade nos serviços de distribuição tanto
ao mercado consumidor quanto aos fornecedores. A logística engloba todas as atividades de
movimentação e armazenagem, desde o ponto de aquisição da matéria prima até o ponto de
consumo final.

3.2 IMPORTÂNCIA

Quando um mercado experimenta rápido crescimento, uma distribuição


eficiente não é um fator de grande importância, porque ainda assim as empresas podem
manter-se rentáveis. Porém, quando se compete por maior participação no mercado, uma
distribuição eficiente e eficaz pode ser a vantagem necessária para tornar-se competitivo. E,
atualmente, a tendência é que os mercados cresçam cada vez mais lentamente, justamente
devido à menor taxa de natalidade, a limitações de disponibilidade de matéria prima e à
maior competição de produtos estrangeiros.
Caso fosse viável produzir todos os bens e serviços no ponto onde eles são
consumidos, a logística teria pouca importância. Mas isso não é o que ocorre na prática,
principalmente na economia atual que está cada vez mais globalizada. Portanto, vencer
tempo e distância na movimentação de bens ou na entrega de serviços de forma eficiente e
eficaz é a tarefa do profissional de logística. A meta básica então é colocar as mercadorias
ou os serviços corretos no lugar e no instante corretos e na condição desejada, ao menor
custo possível.

7
3.3 ATIVIDADES PRIMÁRIAS

As atividades mais importantes são o transporte, a manutenção de estoques e


o processamento de pedidos.

3.3.1 Transporte

O transporte absorve de um a dois terços dos custos logísticos. É essencial,


pois trata da movimentação de matéria-prima ou de produtos acabados de uma empresa. A
administração da atividade de transporte envolve decidir qual o meio de transporte mais
adequado, qual o roteiro a ser seguido e qual a utilização ótima da capacidade dos veículos.

3.3.2 Manutenção de estoques

Os estoques fornecem uma margem de segurança entre a demanda e a oferta.


A administração de estoques envolve manter seus níveis tão baixos quanto possível, ao
mesmo tempo que fornecer a disponibilidade desejada aos clientes.

3.3.3 Processamento de pedidos

Apesar de possuir custos pequenos se comparados aos anteriores, o


processamento de pedidos é um elemento crítico em termos do tempo necessário para levar
bens e serviços aos clientes. Além disso, é a atividade que inicializa a movimentação de
produtos e a entrega de serviços.
As atividades primárias encontram-se inter-relacionadas da seguinte forma:

8
CLIENTE

PROCESSAMENTO
DE PEDIDOS TRANSPORTE

MANUTENÇÃO
DE ESTOQUES

3.4 ATIVIDADES DE APOIO

3.4.1 Armazenagem

Consiste na administração do espaço necessário para manter estoques.


Envolve problemas como localização, dimensionamento da área, arranjo físico, recuperação
do estoque, etc.

3.4.2 Obtenção

É a atividade que deixa o produto pronto para o sistema logístico; trata do


fluxo de entrada dos produtos dentro das firmas de manufatura.. Envolve problemas como
fonte de suprimento, das quantidades a serem adquiridas, da programação das compras e da
forma pela qual o produto é comprado. É um pouco menos específico que a função de
compras.

3.4.3 Manuseio de materiais

9
Trata da movimentação do produto no local de estocagem. Envolve
problemas

10
como seleção do equipamento de movimentação, procedimentos para a formação de
pedidos e balanceamento da carga de trabalho.

3.4.4 Embalagem de proteção

Um bom projeto de embalagem garante movimentação sem quebras e


armazenagem eficiente.

3.4.5 Programação do produto

Indica as quantidades que devem ser produzidas e quando e onde devem ser
fabricadas.

3.4.6 Manutenção de informação

Manter uma base de dados com informações importantes, incluindo


localização dos clientes, volume de vendas, padrões de entrega e nível de estoques, apoia a
administração eficiente e efetiva das atividades primárias e de apoio.

3.5 O LUGAR DA LOGÍSTICA NA FIRMA

Estrategicamente, a logística ocupa um lugar intermediário entre a produção


e o marketing. O esquema abaixo ilustra essa idéia:

11
LOGÍSTICA

PRODUÇÃO Atividades de Atividades típicas: Atividades MARKETING


Atividades interface: - manutenção de de Atividades
típicas: interface: típicas:
- controle de - programação estoques; - padrões de - promoção/
qualidade; da produção - processamento níveis de propaganda;
- planejamento - localização de pedidos serviço; - pesquisa de
detalhado; industrial - armazenagem; - formação mercado;
- manuseio - compras. - manuseio de de preço; - administração
interno; materiais. - da força de
- manutenção embalagem vendas
de equipamento - depósitos.
localização

12
4 DISTRIBUIÇÃO FÍSICA

É o ramo da Logística que trata da movimentação, estocagem e


processamento de pedidos dos produtos finais da firma. Preocupa-se principalmente com
bens acabados ou semi-acabados, ou seja, desde o instante em que a produção é finalizada
até o momento em que o comprador toma posse do produto.
Há geralmente dois tipos de mercado: o de usuários finais (que também
podem ser outras companhias) e o dos intermediários, que não consomem o produto, mas o
oferecem para revenda , como varejistas, distribuidores, etc. Os usuários finais geralmente
adquirem pequenas quantidades e são em grande número, ao contrário dos intermediários.
Assim, a empresa deve adaptar-se ao tipo de consumidor que vai atender.
Além dos diferentes tipos de consumidores, há também diferentes tipos
configurações de distribuição. Há três formas básicas: entrega direta a partir de estoques de
fábrica, entrega direta a partir de vendedores ou da própria linha de produção e entrega feita
utilizando um sistema de depósitos. A escolha do tipo de entrega vai depender da
quantidade de produtos comprados. Quando os clientes adquirem uma quantidade suficiente
para lotar um veículo, já que os fretes são menores quando cargas completas de veículos
vão até uma única localização do cliente, o método de entrega direta incorre no menor custo
total de transportes. Já quando os clientes não desejam comprar em quantidade
suficientemente grande para gerar entregas com carga completa o suprimento se dá através
de um sistema de depósitos. Colocando-se depósitos em locais estratégicos e próximos aos
clientes, pode-se transportar grandes quantidades de mercadorias (cargas completas, com
fretes menores) até os armazéns e depois movimentá-las por curtas distâncias com fretes
maiores. Além de uma redução de custo, oferece-se um nível de serviço melhor, já que os
produtos ficam mais próximos aos clientes.
Porém, deve-se prever a ocorrência de devoluções por parte dos clientes,
caso o produto errado tenha sido entregue ou se o produto está danificado. Assim, o
profissional de logística deve preparar a estocagem de bens devolvidos e seu transporte. O

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mesmo ocorre com produtos que ficam obsoletos quando estão estocados, que podem ser
liquidados ou devolvidos à fábrica. Isso está bastante evidente no esquema abaixo:
INTERMEDIÁRIOS

RETORNOS

ENTREGA DIRETA
FÁBRICA Estoque de ENTREGAS COM
produtos DEPÓSITOS
CARGA PARCELADA
acabados REGIONAIS

ENTREGAS
COM CARGA
CHEIA RETORNOS
CONSUMIDORES
FINAIS OU
ENTREGAS COM OUTRAS
CARGA PARCELADA COMPANHIAS

ENTREGA DIRETA

RETORNOS

4.1 TRÊS CONCEITOS IMPORTANTES:

4.1.1 Compensação de Custos

Na maioria das atividades de uma empresa há um conflito econômico entre


as atividades logísticas primárias. Ou seja, uma decisão que reduz o custo de uma atividade
primária pode aumentar o custo de outra atividade. Um exemplo é o aumento do número de
armazéns: apesar de um aumento no custo de estoque e no custo de processamento de
pedidos (armazéns são pontos de processamento de pedidos), há uma diminuição no custo
de transporte. Isso acontece porque podem ser feitos transportes com carga completa até os

14
armazéns (mais baratos) e a distância percorrida pelas entregas de menor volume (mais
caras) é menor.

4.1.2 Custo Total

Os custos individuais das atividades logísticas primárias, que são


conflitantes, devem ser examinados e balanceados no ótimo.

4.1.3 Sistema Total

É uma extensão do conceito do custo total, que considera todos os fatores


afetados pelos efeitos da decisão tomada, não apenas os custos. Às vezes, uma decisão pode
diminuir os custos e parecer vantajosa, mas nem sempre é a melhor decisão.

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5 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

A administração de materiais representa o inverso da distribuição física,


porque trata do fluxo de produtos para a firma ao invés de partir dela.

5.1 CANAL DE SUPRIMENTOS

É um dos componentes fundamentais para a administração de materiais. Suas


atividades principais são: inicialização e transmissão das ordens de compras, transporte dos
carregamentos até o local de fábrica e manutenção de estoques na planta.
Exemplo:

FORNECEDOR Entregas para Estoque (1) FÁBRICA


ESTOQUE
PRODU ESTO Devoluções DE PRODU
ÇÃO QUES PRODUÇÃO ÇÃO

(2)
(1)

Entregas conforme necessidades de produção (2)

O conceito de logística não inclui todas as atividades associadas com a


função de compras de materiais. O processo de compras é extenso e envolve muitas
atividades. De qualquer forma, a seleção de fornecedores e a colocação de pedidos (ordens
de compra) influenciam significativamente a eficiência do fluxo de bens.

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Seleção de fornecedores: envolve preço, qualidade, continuidade e
localização. A localização dos fornecedores interessa ao pessoal de logística porque
representa o ponto de partida a partir do qual os bens devem ser transportados.
Colocação de Pedidos: a ordem de compra especifica as quantidades e
instruções de entrega, fundamentais para a movimentação de produtos.

5.2 SUPRIMENTO PARA ESTOQUE

Os estoques em uma fábrica garantem uma margem de segurança em caso de


oscilações na demanda da produção. Assim, garantem maior disponibilidade de
componentes para a linha de montagem e podem reduzir custos de transporte. Para um item
ser mantido economicamente em estoque, ao invés de ser comprado sob encomenda, deve
ter as seguintes características:
- ser comprado em quantidades iguais ou maiores a um lote mínimo;
- possuir um fornecedor que ofereça descontos por volume;
- ter baixo valor;
- poder ser usado numa larga variedade de modelos;
- ter tabelas de frete que facilitem a compra em grandes lotes;
- ter alto grau de incerteza na entrega ou na continuidade do suprimento.

5.3 SUPRIMENTO DIRETO PARA A PRODUÇÃO

Se algum dos materiais tiver alto valor individual e puder ser utilizado
apenas num número limitado de produtos, encomendá-lo diretamente é o modo mais
econômico de fazer o suprimento.

Um bom resumo da relação entre o programa de produção e o suprimento de


materiais é dado pelo esquema abaixo:

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VENDAS PROGRAMA L
DE I
MONTAGEM B
Pedidos dos Previsão E
clientes de vendas R
A
LISTA Ç
DE Ã
MATERIAIS O
CANAL DE
SUPRIMENTO: P
LISTA DE A
Comparar FALTAS DO R
- Localização dos VENDEDOR A
fornecedores;
- Serviços de P
transporte; REGISTRO R
- Níveis de estoque; Informações
DE O
- Procedimentos para ESTOQUES D
processar pedidos; U
Ç
Ã
Peças e materiais sob encomenda para a manufatura O

Resumindo, o objetivo principal objetivo da administração de materiais é ter


os materiais requeridos no lugar certo e no tempo certo, providenciando a movimentação de
materiais ao custo mínimo relativo ao nível de serviço necessário. Isso é feito através da
escolha da localização das fontes de abastecimento, dos serviços de transporte utilizados, do
nível de estoque mantido e o processamento das ordens de compra.
No esquema abaixo pode-se comparar a distribuição física e a administração
de materiais dentro do campo da logística industrial. Pode-se verificar que existem grandes
similaridades entre as duas atividades.

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LOGÍSTICA EMPRESARIAL

ADMINISTRAÇÃO DISTRIBUIÇÃO
DE FÍSICA
MATERIAIS

FORNECIMENTO FÁBRICAS CLIENTES

Transporte Transporte
Estoque Estoque
Pedidos Pedidos
Obtenção Progr. de Produção
Embalagem Embalagem
Armazenagem Armazenagem
Manuseio Manuseio
Informações Informações

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6 NÍVEL DE SERVIÇO LOGÍSTICO

6.1 CONCEITO

Cadeia de atividades que atendem as vendas, geralmente se iniciando na


recepção do pedido e terminando na entrega do produto ao cliente e, em alguns casos,
continuando com serviços ou manutenção do equipamento ou outros tipos de apoio técnico.
A escolha do cliente é influenciada pelos vários níveis de serviço logísticos
oferecidos. Transporte especial, maior disponibilidade de estoque, processamento mais
rápido de pedidos e menor perda ou dano de transporte geralmente afetam positivamente os
clientes, e conseqüentemente as vendas. O nível de serviço é importante elemento da
satisfação do consumidor.
Porém, um maior nível de serviço logístico custa mais do que níveis
menores. Assim, o grande desafio dos profissionais de logística é satisfazer as necessidades
de serviços dos clientes dentro de limites razoáveis de custo.
Os custos logísticos tendem a aumentar mais rapidamente quando o nível de
serviço já está em um nível mais elevado. Isto ocorre porque aquelas oportunidades que
oferecem melhores ganhos de serviço com o menor custo associado são selecionadas
primeiro. Ocorre também que, quando o nível de serviço é alto, melhorias resultam em
pouco benefício em termos de receita, e portanto de lucro.

6.2 CICLO DE PEDIDO

É o tempo transcorrido entre a colocação do pedido pelo cliente e a entrega e


é, portanto, um dos componentes do nível de serviço oferecido. O tempo total do ciclo de
pedido possui quatro períodos:
1. Transmissão do pedido: é quando ocorre a consolidação do pedido e a
transmissão do pedido ao depósito ou armazém;

20
2. Processamento e montagem do pedido: após o recebimento do pedido,
deve-se fazer a preparação e a montagem do mesmo no depósito;
3. Tempo para aquisição de estoque adicional: se há algum item no pedido
que não está disponível no depósito, é o tempo adicional para conseguir estoque da fábrica;
4. Tempo de entrega: é o tempo de entrega a partir do depósito (ou fábrica) e
a recepção do mesmo pelo cliente.

A soma destes tempos representa o tempo total para o cliente recebe o seu
pedido e são fundamentais para estabelecer e controlar o nível de serviço desejado. Porém,
há outros fatores na caracterização do nível de serviço, como freqüência de visita dos
vendedores, restrições de tamanho do lote, condições de compra, etc.

6.3 DETERMINAÇÃO DO DERVIÇO DESEJADO

Visa detectar quais são as expectativas e os desejos dos clientes em relação


ao nível de serviço oferecido. Isso pode ser feito através de uma consulta com o pessoal de
vendas, que tem maior contato com os clientes, ou través de uma pesquisa com os próprios
clientes, perguntando por exemplo:
- qual o tempo de entrega e disponibilidade de estoque que está sendo oferecido
pela companhia e pelos concorrentes?
- qual a importância dada pelos clientes às diferenças de serviço da firma e dos
concorrentes?
- que valor, em dinheiro, os clientes dariam ao tempo de atendimento e outros
elementos de serviço?
Deve-se lembrar que os clientes são diferentes, e que a diferença dos vários
tipos de clientes levam a diferentes projetos para os sistemas de distribuição.

21
6.4 FIXAÇÃO DE UMA POLÍTICA DE SERVIÇO

Para fixar e manter um nível de serviço desejado, é interessante fixar metas


visíveis para avaliar o desempenho, que são os padrões e as políticas de serviço.

6.4.1 Padrões

Fixar números para os diferentes serviços oferecidos. Por exemplo, uma


empresa pode ter como meta oferecer uma disponibilidade de 95% em seus estoques ou
preencher os pedidos em no máximo 24 horas após o recebimento do mesmo. Deve-se
lembrar que é ineficiente proporcionar um nível de serviço maior que os clientes esperam
ou desejam.

6.4.2 políticas de serviço

Declarações impressas aos clientes sobre a postura da empresa em relação ao


nível de serviço.

6.5 PLANEJAMENTO PARA CIRCUNSTÂNCIAS ADVERSAS

Dois problemas típicos que podem ocorrer em uma empresa são a parada
total do sistema logístico (por conta de roubo, acidente, etc.) e o recolhimento do produto.
O recolhimento do produto é uma atividade bastante complexa, porque envolve
praticamente toda a empresa e engloba entre outras coisas o rastreamento do produto e a
criação de um canal de retorno das mercadorias.

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7 O PRODUTO

Um produto possui, quando é um bem físico, características como peso,


volume e forma, e estes atributos têm grande influência no custo logístico.

7.1 CLASSIFICAÇÃO

- Bens de consumo: dirigem-se aos consumidores finais e podem ser bens de


conveniência (comprados freqüentemente e de forma imediata, com pouca pesquisa de
loja), bens de comparação (com muita pesquisa de loja) e bens de uso especial (aqueles
cujos compradores despendem esforço significativo para comprá-los e procuram por marcas
específicas). Os bens de conveniência exigem um elevado nível de serviço, para encorajar
os clientes e para que estes produtos estejam em diversos pontos de venda. Isso não ocorre
com os bens de uso especial, já que os clientes insistem em determinadas marcas não
importando o ponto de venda.
- Bens industriais: dirigidos a indivíduos ou organizações para a produção de
outros bens ou serviços. Geralmente os compradores industriais não mostram preferência
por níveis de serviço diferentes para diferentes classes de produtos, sejam eles matérias-
primas ou produtos acabados.

7.2 CICLO DE VIDA

Uma das considerações que devem ser feitas diz respeito ao ciclo de vida dos
produtos. Em geral, a vida de um produto passa por quatro estágios: introdução,
crescimento, maturidade e declínio.
Veja o esquema a seguir:

23
Introdução Crescimento Maturidade Declínio

Vendas

Tempo

Como pode observar-se no gráfico acima, cada etapa do ciclo de um produto


representa um volume de vendas diferente. Assim, o especialista em logística deve estar
continuamente ciente do estágio atual do ciclo de vida do produto, de modo que os padrões
de distribuição possam estar sempre ajustados na eficiência máxima daquela fase.

7.3 A CURVA ABC

Na maioria das empresas existe uma grande desproporção entre o valor de


vendas e o número de itens produzidos, ou seja, uma pequena parcela de produtos é
responsável por grande parte do volume de vendas da empresa. Sendo assim, os produtos
são classificados de acordo com o seu nível de vendas.
- produtos A: representam 20% dos itens vendidos e são aqueles cujo volume
de vendas é maior. Em algumas empresas podem atingir mais de 80% das vendas e portanto
exigem uma distribuição extensiva e alta disponibilidade.
- produtos B: são os próximos 30%. Possuem um nível de serviço
intermediário.

24
- produtos C: são os 50% restantes, que possuem um volume de vendas
muito pequeno e assim podem ser distribuídos a partir de um único depósito central com
níveis de estoque menores.
itens A itens B itens C
e 100%
n
d 60%
a
s

0% 20% 50% 100%


Total de itens (%)

7.4 CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO

7.4.1 Relação peso-volume

A densidade é uma característica muito importante do produto. Produtos


densos apresentam boa utilização dos equipamentos de transporte e das facilidades de
armazenagem, tendo custos mais baixos. Já para produtos pouco densos a capacidade
volumétrica do equipamento de transporte é preenchida antes do limite de peso. Além disso
os custos de manuseio e espaço, baseados no peso, tendem a ser elevados se comparados
aos preços de venda.

7.4.2 Relação valor-peso (valor específico)C

25
Como os custos de manutenção de estoque são calculados com base no valor,
produtos com baixo valor específico(ex.: areia, carvão) tem custos de estoque mais baixos.
Porém, os custos de transporte, amarrados ao peso, serão mais altos. O contrário ocorre com
produtos de alto valor específico (equipamentos eletrônicos, jóias).

26
7.4.3 Substitubilidade

Quando um consumidor nota pouca ou nenhuma diferença entre o produto da


firma e de seus concorrentes, diz-se que o produto é altamente substituível. Sendo assim, já
que o consumidor compra prontamente uma segunda marca se não encontra a primeira, este
produto exige um nível de distribuição elevado.

7.4.4 Características de risco

Referem-se ao valor do produto e sua perecibilidade, flamabilidade,


tendência a explosão e facilidade de roubo. Quanto maior o risco, maior os custos de
transporte e estocagem.

7.5 EMBALAGEM DO PRODUTO

A embalagem do produto visa facilitar seu manuseio, uso e armazenagem,


promover melhor utilização do equipamento de transporte, proteção, alteração da densidade
e venda do produto. Nem todos estes objetivos podem ser atingidos pela administração
logística, mas a proteção e a alteração da densidade sempre são considerados.
Mesmo que a embalagem seja um custo adicional para a firma, este custo é
compensado na forma de fretes e custo de estoque menores.

27
8 ADMINISTRAÇÃO DE TRÁFEGO

O principal problema que o gerente de transportes deve resolver é a seleção


do operador que transportará as mercadorias da empresa. A escolha dá-se geralmente entre
a terceirização ou o uso de uma frota própria. Devem ser avaliados não somente os custos
de transporte, mas também suas conseqüências em termos de estoque.

8.1 TRANSPORTE CONTRATADO DE TERCEIROS

- Negociação de fretes: esta é uma atividade que consome boa parte dos
esforços gerenciais. fretes publicados nunca devem ser considerados imutáveis, pois se há
alguma condição favorável que a firma possa oferecer, deve haver uma negociação. Essas
condições podem ser:
- Competição: realizar uma pesquisa entre as diferentes empresas de frete é
um grande fator de negociação, já que o transportador pode preferir trabalhar com margens
de lucro menores para manter o cliente.
- Produtos semelhantes: o gerente de transporte pode argumentar que dois
produtos essencialmente similares em termos de peso, volume, fragilidade e risco merecem
o mesmo frete (no caso de haver diferença entre os dois fretes).
- Grandes volumes: um dos melhores argumentos para a redução de fretes é
oferecer ao transportador um grande volume de vendas.
- Auditoria da cobrança de fretes: deve-se ter cuidado para que a empresa
não seja cobrada acima do combinado.
- Monitoração e serviço expresso: estes são dois serviços importantes que
devem ser levados em conta na hora de escolher uma empresa transportadora. A
monitoração permite conhecer a localização exata de uma carga em trânsito, e verificar a
ocorrência de atrasos ou imprevistos. Já o serviço expresso é um serviço que permite
movimentar um carregamento mais rapidamente que o usual, e que é igualmente útil.

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- Pequenas cargas: já que cargas pequenas possuem fretes maiores, o gerente
de tráfego procura juntar carregamentos menores e formar um carregamento maior,
conseguindo assim consideráveis reduções de frete. Entretanto, este procedimento implica
em um nível de serviço pior, já que alguns pedidos terão que ser mantidos em espera.

8.2 TRANSPORTE PRÓPRIO

Uma empresa adquire meios de transporte pela compra ou pelo aluguel


(leasing) de equipamentos. Uma das principais razões para a compra ou aluguel de uma
frota de veículos é obter menores custos e melhor desempenho na entrega do que seria
possível através de empresas transportadoras.
No caso da posse de uma frota própria, são outros os fatores devem ser
levados em conta para uma melhor administração de transporte.

8.2.1 Roteirização e programação de veículos

Quando uma firma possui frota própria, encontra o problema de despachar


um veículo a partir de uma base central para uma série de paradas intermediárias, devendo
o veículo retornar à base central.
O problema de programação envolve:
- determinação do número de veículos envolvidos;
- suas capacidades;
- os pontos de parada para coleta ou entrega em cada roteiro de um dado
veículo;
- a seqüência das paradas para coleta ou entrega.
Atualmente existem vários softwares no mercado que auxiliam a elaboração
de uma roteirização ótima.

29
8.2.2 Despacho de veículos

A principal diferença do despacho de veículos com a roteirização é que não


conhecemos as paradas nem as quantidades que serão transportadas. Este é o caso dos taxis,
veículos dos correios, etc. A chave para este tipo de problema é a capacidade de direcionar
os veículos à medida que a demanda ocorre.

30
9 ARMAZENAGEM DE PRODUTOS

9.1 NECESSIDADES DE ESPAÇO FÍSICO

Se as demandas pelos produtos fossem conhecidas e as mercadorias


pudessem ser fornecidas instantaneamente, não haveria a necessidade de manter um espaço
físico para o estoque. Mas em condições reais a demanda não é constante e o sistema de
transporte não é totalmente confiável e portanto é preciso reservar um espaço físico na
empresa para o estoque.
Quatro razões básicas para o espaço físico:
reduzir custos de transporte e produção;
coordenação de suprimento e demanda;
necessidades da produção;
considerações de marketing.

9.2 LOCALIZAÇÃO DOS DEPÓSITOS

Uma vez estabelecida a necessidade por área de armazenagem, a próxima


decisão a ser tomada diz respeito à localização dos depósitos. São fatores vitais:
Leis de zoneamento locais;
atitude da comunidade e do governo local com relação ao depósito;
custo para desenvolver e conformar o terreno;
custos de construção;
disponibilidade e acesso a serviços de transportes;
potencial para expansão;
disponibilidade, salários, ambiente e produtividade da mão-de-obra local;
impostos relativos ao local e a operação do armazém;
segurança do local;

31
valor promocional do local;
taxas de seguro e disponibilidade de financiamento;
tráfego de veículos e congestionamentos.

32
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As tendências econômicas mostram que os custos para a movimentação de


bens e distribuição de serviços, num futuro bastante próximo, devem crescer tanto quanto
os custos de manufatura e marketing, devido ao aumento nos custos de combustível, a
implantação de melhorias de produtividade e a questão ecológica. Assim, a logística
representará um papel fundamental dentro da empresa, e atrairá grande atenção por parte da
administração.
A inflação, o consumismo e a ecologia são elementos que contribuirão para o
aumento da importância da logística. Mesmo com este aumento, o caráter das operações
não será muito diferente do atual. Pelo contrário, serão procuradas extensões da tecnologia
existente, através do uso de computadores.
As responsabilidades do profissional de logística aumentarão rapidamente
nas próximas duas décadas, atuando inclusive em áreas como logística internacional e no
setor terciário, que é o setor que mais cresce na economia mundial.

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11 CONCLUSÃO

A logística é um elemento de grande importância dentro de uma empresa.


Suas atividades estão relacionadas praticamente com todas as áreas da empresa, já que o
suprimento e a distribuição física desempenham um papel de grande relevância para o seu
funcionamento como um todo.
É uma atividade, portanto, bastante complexa e com uma grande quantidade
de elementos. Neste trabalho foi abordada apenas uma pequena introdução sobre logística,
já que outros elementos como o manuseio, acondicionamento, controle de estoques, entre
muitos outros, não foram tratados. De qualquer forma, foi possível ter uma idéia geral sobre
sua área de atuação e sua importância, a qual deve crescer bastante nos próximos anos.

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12 BIBLIOGRAFIA

BALLOU, Ronald H. Logística empresarial. Tradução por Hugo T.Y. Yoshizaki. São
Paulo: Atlas, 1993. p. 15-156.

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