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Alessa
Caraguatatuba/São Paulo: Edição Independente,
2011. 47 p.
São Paulo 2011.
Todos os direitos reservados
Esta obra está licenciada sob uma Licença
Creative Commons
Capa: Axills
Produção Editorial:
Elias Antunes
2011
Índice
Prefácio....................................................................................................4
Existencial .............................................................................................6
Poema do amor em gozo..........................................................................7
Despedida...............................................................................................8
Com louvor e com ternura.......................................................................9
A Dor....................................................................................................10
Soneto d’anunciação..............................................................................11
Adormecido............................................................................................12
Versos perturbados................................................................................13
Minuano................................................................................................14
Existencial II.........................................................................................15
Velha infância.......................................................................................16
Menstrual..............................................................................................17
Outono n’alma.......................................................................................18
Abraço do adeus....................................................................................19
Epifania.................................................................................................20
Inquietude.............................................................................................21
Espectral...............................................................................................22
Olhos de ébano......................................................................................23
Vivere....................................................................................................24
Temporal...............................................................................................25
Sangra teu verso....................................................................................26
Sonata...................................................................................................27
Speculum..............................................................................................28
Aqueles olhos.........................................................................................29
Pela janela.............................................................................................30
Epílogo...................................................................................................31
Menino de asas.....................................................................................32
Ressurreição..........................................................................................33
Tuo petto...............................................................................................34
Filosofal.................................................................................................35
Castanhos..............................................................................................36
Partida...................................................................................................37
Pluvial....................................................................................................38
La passion.............................................................................................39
Nevasca.................................................................................................40
Saudade.................................................................................................41
Tuas mãos............................................................................................42
Imortal...................................................................................................43
Amor em peito flébil enlouquece.............................................................44
Posfácio.................................................................................................45
Cada poema um casulo rompido,
Uma borboleta que se projeta no ar,
Voando em busca do desconhecido,
Voando, voando, pra não mais voltar.
Alessa B.
PREFÁCIO
Índice
6
POEMA DO AMOR EM GOZO
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
Índice
7
DESPEDIDA
E este amor que assim me vai fugindo
É igual a outro amor que vai surgindo,
Que há-de partir também... nem eu sei quando...
Florbela Espanca
Foste embora...
Não hoje,
Nem ontem,
Nem agora.
Aos poucos,
Talvez,
A cada hora.
Silenciosamente,
Sorrateiramente
Fechaste a porta
Atrás de ti.
E o vazio
Da tua presença
Permaneceu
Em mim.
Índice
8
COM LOUVOR E COM TERNURA
Se te amei! Se minha vida só queria
Pela tua viver,
No silêncio do amor e da ventura
Nos teus lábios morrer!
Álvares de Azevedo
Índice
9
A DOR
Ao meu irmão (in memoriam)...
Índice
10
SONETO D’ANUNCIAÇÃO
Consola-me este horror, esta tristeza,
Porque a meus olhos se afigura a Morte
No silêncio total da Natureza.
Bocage
Índice
11
ADORMECIDO
Para A. de Azevedo
Índice
12
VERSOS PERTURBADOS
Passa em tropel febril a cavalgada
Das paixões e loucuras triunfantes!
Rasgam-se as sedas, quebram-se os diamantes!
Florbela Espanca
Índice
13
MINUANO
Este ventinho vai cruzando a cainhada
Se misturando com o frio da madrugada,
É o Minuano do Rio Grande que se expande
Quando seu verde fica branco de geada...
Gaúcho Sulino
Índice
14
EXISTENCIAL II
E, ao transcorrer desse diamante bruto,
A Vida toda se consubstancia,
Tal um século, às vezes, num minuto!
Hermes Fontes
Índice
15
VELHA INFÂNCIA
À criança perdida no meio da estrada...
Índice
16
MENSTRUAL
Leitor, se me perguntares
Donde me saem tantos versos,
Eu te respondo:
Índice
17
OUTONO N’ALMA
Se tu viesses [...]
A essa hora dos mágicos cansaços
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Florbela Espanca
Índice
18
ABRAÇO DO ADEUS
Lerás porém algum dia
Meus versos d’alma arrancados,
De amargo pranto banhados,
Com sangue escritos.
Ainda uma vez, adeus! – Gonçalves Dias
Índice
19
EPIFANIA
Mas esse tempo de encantos,
Que nunca julguei ter fim,
Não é hoje para mim
Mais que morta e seca flor!...
Do gênio mau completou-se
A primeira profecia:
Era o que o Gênio dizia
No seu riso mofador.
Laurindo Rabelo
Índice
20
INQUIETUDE
Por que é que no silêncio da noite
nos assusta falar em voz alta?
Aparição – Vergílio Ferreira.
Índice
21
ESPECTRAL
Mas eu que sempre te segui os passos
Sei que cruz infernal prendeu-te os braços
E o teu suspiro como foi profundo!
Cruz e Souza
De ti se retirou no desencarne.
Não temas, não receie o perigo,
Somente o de vir atormentar-me!
Índice
22
OLHOS DE ÉBANO
[...] olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Assim é que são;
[...]
Às vezes, oh! Sim, derramam tão fraco,
Tão frouxo brilhar,
Que a mim parece que o ar lhes falece
E os olhos tão meigos, que o pranto umedece
Me fazem chorar.
Gonçalves Dias
Índice
23
VIVERE
[...] a Filosofia é o único bálsamo
que podemos aplicar aos ferimentos
que recebemos de todos os lados.
Voltaire
Índice
24
TEMPORAL
O tempo não passa por mim:
É de mim que ele parte,
Sou eu sendo, vibrando.
Vergílio Ferreira
Índice
25
SANGRA TEU VERSO
Escreve com sangue e aprenderás que sangue é espírito.
Nietzsche
Índice
26
SONATA
Selvagem e doce eras entre o prazer e o sono,
entre o fogo e a água.
Pablo Neruda
Índice
27
SPECULUM
E esse amor tende a recompor
a antiga natureza, procurando
de dois fazer um só, e assim,
restaurar a antiga perfeição.
Platão
Índice
28
AQUELES OLHOS
Mas ai que mil estrelas pingam em meus olhos,
Molhando todos os meus sonhos infaustos e inglórios!
Índice
29
PELA JANELA
E sobre mim, silenciosa e triste,
A via-láctea se desenrolava
Como um jorro de lágrimas ardentes.
Olavo Bilac
Passavas na calçada,
Vi-te pela janela,
Olhei-te com ternura,
Seguindo teus passos...
Paraste na esquina,
Esperavas por alguém
Exatamente como um dia
Esperaste a mim também!
Índice
30
EPÍLOGO
Vinte anos do reino da Lua terão passado
Por sete mil anos outro terá sua Monarquia
Quando o Sol prender o passar de seus dias
Então estará completa e finda a minha profecia!
Nostradamus
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31
MENINO DE ASAS
L’Amour est un oiseau rebelle,
Que nul ne peut apprivoiser.
Et c’est bien en vain qu’on l’appelle
C’est lui qu’on vient de nous refuser…
O amor é um pássaro rebelde – Maria Callas
Índice
32
RESSURREIÇÃO
Avante! os mortos ficarão sepultos...
Mas os vivos que sigam, sacudindo
Como o pó da estrada os velhos cultos!
Antero de Quental
Índice
33
TUO PETTO
Em ti, dentro de ti, no teu regaço
Não há triste destino nem má sorte.
Florbela Espanca
Índice
34
FILOSOFAL
E o homem, coitado, vai seguindo;
A estrada da Vida, às vezes rindo,
Ou chorando, conforme a emoção.
Victorino Carriço
Índice
35
CASTANHOS
E é-me tão nítido esse tempo lindo...
Luas... auroras... Posso até retê-las
Nas mãos, o seu tamanho comprimindo!
[...]
E em teus cabelos debulhando estrelas!
Humberto Rodrigues Neto
Índice
36
PARTIDA
Os amantes se amam cruelmente
e com se amarem tanto não se vêem.
[...]
E eles quedam mordidos para sempre.
Deixaram de existir, mas o existido
continua a doer eternamente.
Carlos Drummond de Andrade
Índice
37
PLUVIAL
Oh! ninguém sabe como a dor é funda,
Quanto pranto s’engole e quanta angústia,
A alma nos desfaz!
Casimiro de Abreu
Índice
38
LA PASSION
Tudo aquilo que engana parece libertar um encanto.
Platão
Índice
39
NEVASCA
Neve que me embala como um berço divino,
Neve da minha dor, neve do meu destino!
Augusto dos Anjos
Índice
40
SAUDADE
Um desejo de estar perto
De quem está longe de nós;
Um ai, que não sei ao certo
Se é um suspiro ou uma voz!
Bastos Tigre
Índice
41
TUAS MÃOS
Mãos etéricas, diáfanas, de enleios,
de eflúvios e de graças perfumadas,
[...]
Mãos onde vagam todos os segredos,
onde dos ciúmes tenebrosos, tredos,
circula o sangue apaixonado e forte.
Cruz e Sousa
Índice
42
IMORTAL
Cento e sete anos de glória
Tens imortal tricolor
Os feitos da tua história
Canta o Rio Grande com amor!
Lupicínio Rodrigues
Índice
43
AMOR EM PEITO FLÉBIL
ENLOUQUECE...
Ah, dura lei de Amor, que não consente
quietação numa alma que é cativa!
Camões
Índice
44
Posfácio
Por Magmah
Índice
45
Ai , palavras, ai , palavras,
Íeis pela estrada afora,
Erguendo asas muito incertas,
Entre verdade e galhofa,
Desejos do tempo inquieto,
Promessas que o mundo sopra...
Cecília Meireles
Contatos com a autora
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=63043
http://transversu.blogspot.com/
http://literanaveia.blogspot.com/
E-mail: ale-bertazzo@hotmail.com
Com versos essencialmente femi-
ninos e envolventes, que lhe nas-
cem das entranhas e deságuam
em mares de lirismo puro, à flor
da pele, a poeta tem na Musa (a
Poesia) a inspiração suprema,
dedicando a ela todo o seu es-
tro. Como um bardo que dedilha
sua lira em forma de vocábulos e
percorre os caminhos misteriosos
do idioma versado de forma en-
cantadora, mergulha em termos e
imagens poéticas, submersa em
idéias concomitantemente turvas
e brilhantes. Sua marca é a sen-
sibilidade, o etéreo fruto de anos
de vida dedicados à arte da es-
crita poética. A sensualidade que
emana de seus poemas é trabal-
hada, metafórica, “mens-trual”,
enfatizando seu lirismo latente.
Magmah (poetisa e jornalista)