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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL

Economia Aplicada à Engenharia


Prof. Frederico G. Pamplona Moreira

Unidade II - FUNDAMENTOS DA ECONOMIA II

2.1 – Aspectos históricos e relações com outras ciências


Na chamada pré-economia, período anterior à Revolução Industrial do século XVIII,
que corresponde ao período da Idade Média, a atividade econômica não era vista como uma
atividade autônoma, mas sim como parte da Filosofia, Moral e Ética. A Economia era
orientada por princípios morais e de justiça. Não existiam ainda estudos sistemáticos das leis
econômicas, predominando entre os filósofos discussão acerca dos aspectos como a Lei da
Usura e preço justo.

O início dos estudos sistemáticos da Economia coincidiu com os grandes avanços na


Física e Biologia nos séculos XVIII e XIX. A construção do núcleo científico inicial da
Economia foi desenvolvida nas chamadas concepções organicistas (biológicas) e
mecanicistas (físicas). O grupo Organicista defendia que a Economia se comportaria como
um órgão vivo, daí se utilizarem termos como funções, circulação, fluxos e etc, como
variáveis econômicas. Para o grupo Mecanicista, a Economia poderia ser explicada de forma
análoga às leis da Física. Daí vem os termos estática, dinâmica, aceleração, velocidade e etc.

A concepção humanística que aproximou a Economia à Sociologia, caracteriza-a


como ciência social. Ambas as áreas se relacionam, pois visam à melhoria do bem-estar
social, ou seja, das condições socioeconômicas das pessoas. A Sociologia estuda a dinâmica
da mobilidade social entre as diversas classes de renda; as políticas econômicas
governamentais (politicas salariais, politicas assistencialistas, gastos com educação e etc)
como fatores que influenciam, direta e indiretamente a mobilidade social.

Muitos dos avanços obtidos na Teoria Econômica vieram da pesquisa histórica, pois a
História facilita a compreensão do presente, e ajuda nas previsões para o futuro, com base
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nos fatos do passado. As guerras e revoluções, por exemplo, alteraram o comportamento e a


evolução da Economia. Contudo, também os fatos econômicos afetam o desenrolar da
história. Alguns importantes períodos da história são associados a fatores econômicos, como,
por exemplo, o ciclo do ouro e o ciclo do açúcar, na História do Brasil, a Revolução
Industrial, a quebra da Bolsa de New York (1929), a crise do petróleo etc., os quais alteraram
profundamente a História Mundial. Em última análise, as próprias guerras e revoluções têm
por detrás motivações econômicas.

Há também uma grande conexão entre Economia e Geografia. A Geografia não é o


simples registro de acidentes geográficos e climáticos. Permite avaliar também questões
como as condições geoeconômicas dos mercados regionais, a concentração espacial dos
fatores produtivos, a localização de empresas, a composição setorial da atividade econômica,
muito úteis à análise econômica. Inclusive, algumas áreas de estudo econômico são
relacionadas diretamente com a geografia, como a Economia Regional, a Economia Urbana
e a Teoria da Localização Industrial.

Quanto à relação entre Economia e Política, torna-se difícil estabelecer um nexo de


causalidade absoluto (causa e efeito) entre essas duas áreas do conhecimento, em nosso país.
A Política fixa as instituições sobre as quais se desenvolverão as atividades econômicas.
Nesse sentido, a atividade econômica subordina-se à estrutura e ao regime político do país.
Entretanto, por outro lado, a estrutura política encontra-se, muitas vezes, subordinada ao
poder econômico. Por exemplo, a política do “café com leite”, antes de 1930, quando Minas
Gerais e São Paulo dominavam o cenário político do país. Em momentos históricos
brasileiros mais recentes, pode-se citar também a grande influência do poder econômico
como fator determinista dos rumos políticos adotados pelo país.

No que se refere à intercorrência com o Direito, as normas jurídicas estão subjacentes


à teoria econômica, assim como os problemas econômicos podem modificar o quadro
existente de normas jurídicas. Alguns exemplos ilustram essa relação:

• leis antitrustes, que atuam sobre as estruturas de mercado, assim como sobre o
comportamento das empresas;

• a ação das Agências de Regulamentação, que dão os parâmetros de atuação em áreas de


infraestrutura básica, petróleo, telefonia, gás etc.;
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• a importância da Constituição Federal, onde se determina a competência para a execução


de políticas econômicas e se estabelecem os direitos e deveres dos agentes econômicos.

Finalmente, cabe destacar como a Economia, a Matemática e a Estatística estão


correlacionadas. Apesar de ser uma ciência social, a Economia depende de limitações do
meio físico, dado que os recursos são escassos, e ocupa-se de quantidades físicas e relações
entre quantidades físicas, como a que se estabelece entre a produção de bens e serviços e os
fatores de produção utilizados no processo produtivo. Daí a importância da utilização da
Matemática e da Estatística, como ferramenta útil, buscando estabelecer relações entre
variáveis econômicas. Nesse sentido, destaca-se a Econometria. Cabe ressaltar que a
Econometria não se limita apenas às aplicações de modelos constituídos por variáveis
macroeconômicas tradicionais como, juros, emprego, renda, consumo, entre outras. Deste
modo, a Econometria também abriga modelos que adotam variáveis microeconômicas como,
preço médio de custo do produto, preço médio de venda do produto, velocidade de vendas,
competitividade/rentabilidade da empresa, entre outras. Assim, em se tratando da ICC, a
Econometria pode ser uma ferramenta estratégica para as empresas e para o governo.

2.2 – Principais conceitos

2.2.1 – Sistema Econômico

Conforme visto na unidade anterior, Sistema Econômico está relacionado à forma


como a sociedade se organiza economicamente para resolver os problemas de produção e
distribuição de bens e serviços de acordo com suas necessidades. O funcionamento dessa
organização é dado através de um conjunto de regras e regulamentos que interfere em todas
as partes do sistema econômico. Esse conjunto de regras e regulamentos proporciona o que
a teoria institucional chama de legitimidade das ações empreendidas por qualquer indivíduo
inserido em uma sociedade. Assim, uma ação considerada legítima, é aquela aceita pela
sociedade. Exemplo: Empresas devem ter licenças para produzir e vender produtos,
trabalhadores devem ter carteira de trabalho assinada, profissionais devem ser formados em
escolas oficialmente reconhecidas, profissionais devem ser filiados aos seus órgãos de classe
e etc.
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2.2.2 – Teoria e Modelo

Como qualquer outra ciência, a Economia preocupa-se com a previsão e explicação de


fenômenos que, para isso, utiliza-se de teorias. Sob o ponto de vista econômico, teoria é o
conjunto de ideias e princípios que visam extrair conhecimento sobre o funcionamento da
economia. Assim, como exemplo de uma teoria econômica, podemos citar aquela que atribui
relação inversa entre o preço e a demanda (procura) por um determinado bem. Dito de outra
forma, se o preço de um bem aumenta, a demanda por esse bem, diminui e vice versa.
Obviamente isso se aplica, por exemplo, ao preço do metro quadrado oferecido pelas
construtoras de edifícios residenciais. Deste modo, para testar como essa teoria se sustenta
na explicação ou previsão de vendas destas unidades residenciais, quando o preço destas
varia, são adotados modelos.

Tais modelos, são os modelos econométricos, amplamente utilizados pela


Econometria (mencionada na página anterior). São esses modelos que poderão apoiar a
decisão empresarial sobre precificação das unidades residenciais produzidas, de forma que
esses preços sejam percebidos de forma positiva pelo consumidor. No entanto, não existem
modelos que expliquem totalmente um fenômeno da realidade. Variáveis óbvias como a
renda do consumidor, o crédito disponível pelas instituições financeiras, entre outras, são
acompanhadas de diversas outras variáveis não tão óbvias, como a cultura do consumidor,
seu ciclo de vida e suas preferências particulares. Assim, podemos dizer que os modelos são
representações simplificadas da realidade que investigam as teorias, por meio de testes das
relações entre variáveis. Por serem representações simplificadas, tais modelos admitem uma
determinada margem de erro em seus resultados.

2.2.3 – Economia positiva X Economia normativa

A composição de teoria econômica pode ser ramificada em economia positiva e


economia normativa. A Economia Positiva procura entender e explicar os fenômenos
econômicos como realmente são. Ela foca nas relações entre causa e efeito e ainda pode ser
confrontada caso haja discordância com a realidade. Exemplo: O CUB (Custo Médio Básico)
Global por metro quadrado no estado do Pará em fevereiro de 2017 é de R$ 1.195,79. De
forma diferente, a Economia Normativa preocupa-se em compreender e prever a realidade,
mas questionando se algo é moralmente bom ou não, ou seja, como “deveria ser”. Exemplo:
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A qualificação da mão de obra deveria ser uma prioridade para o avanço da produtividade
no canteiro de obras.

2.2.4 – Agentes econômicos

Os agentes econômicos são pessoas de natureza física ou jurídica que, por meio de
suas ações, contribuem para o funcionamento dos sistemas econômicos. São eles:

 As famílias (ou consumidores);


 As empresas;
 O governo.

2.2.4.1 – Famílias

As famílias incluem todos os indivíduos e unidade familiares da economia que, no


papel de consumidores, adquirem os mais diversos tipos de bens e serviços, objetivando o
atendimento de suas necessidades de consumo. Por outro lado, as famílias, na qualidade de
“proprietárias” dos recursos produtivos, fornecem às empresas os diversos fatores de
produção: Trabalho (mão de obra), Terra (proprietários de terra), Capital (capital financeiro
e bens de capital) e Capacidade Empresarial.

2.2.4.2 – Empresas

Empresas são unidades encarregadas de produzir e/ou comercializar bens e serviços.


A produção é realizada por meio da combinação dos fatores de produção adquirida junto às
famílias. Tanto na aquisição de recursos produtivos quanto na venda de seus produtos, as
decisões das empresas são guiadas pelo objetivo de se conseguir o máximo lucro.

2.2.4.3 – Governo

O Governo inclui todas as organizações que, direta ou indiretamente, estão sob o


controle do Estado, nas suas esferas federais, estaduais e municipais. Muitas vezes o governo
intervém no sistema econômico atuando como empresário e produzindo bens e serviços
através das suas empresas estatais; em outras, age como comprador – quando, além de
contratar serviços, adquire materiais, equipamentos e etc -, tendo em vista a realização de
suas tarefas; outras vezes, ainda, o governo intervém no sistema econômico por meio de
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regulamentos e controles com a finalidade de disciplinar a conduta dos demais agentes


econômicos.

2.2.5 – Fluxo circular da atividade econômica

O processo de compra e venda de bens e serviços e de fatores de produção é ilustrado


de forma simplificada abaixo. O funcionamento entre os agentes econômicos através do
fluxo circular da atividade da Economia mostra fluxos bilaterais entre esses agentes.

Observando as relações entre as famílias e as empresas (via Mercado de Fatores de


Produção), constatamos que ao adquirirem das famílias os fatores de produção, passam a
gerar produtos que serão fornecidos às famílias (via Mercado de Bens e Serviços).
Reciprocamente, ocorrerão os fluxos reais monetários referentes aos seus respectivos
pagamentos. Quando temos as relações entre as empresas e o governo ou as famílias e o
governo, pelos impostos pagos, as empresas e as famílias recebem em troca bens e serviços
públicos. O governo, também absorve fatores de produção das famílias e produtos das
empresas, pagando pelo que absorve.

2.2.6 – Mercados

Mercado é o local ou contexto onde ocorre as interações econômicas de bens e


serviços, onde de um lado tem-se os compradores (demanda) e de outro os vendedores
(oferta). Na análise econômica, o conceito de mercado não implica necessariamente a
existência de um lugar ou região específicos em que as interações ocorrem. Assim, o
“Mercado” também pode ser compreendido como um determinado setor produtivo da
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Economia. Exemplos: “mercado de construção de edifícios” ou “mercado de automóveis e


peças automotivas”

O lado dos compradores é constituído tanto de consumidores, que são compradores de


bens e serviços, quanto de empresas, que são compradoras de recursos (trabalho, terra,
capital e capacidade empresarial) utilizados na produção de bens e serviços.

Já o lado dos vendedores é composto pelas empresas, que vendem bens e serviços aos
consumidores, e pelos proprietários de recursos (trabalho, terra, capital e capacidade
empresarial), que os vendem para as empresas em troca de salários, alugueis e etc.

Num contexto do mercado da Construção Civil, de acordo com o IBGE, o mesmo pode
ser dividido em submercados, como: construção de edifícios ou edificações; serviços
especializados para construção; construção pesada ou obras de infraestrutura.

2.3 – Estruturas de mercado

Os mercados são estruturados de maneira diferenciada, em função da capacidade das


empresas de determinar o preço do bem ou serviço. Para tanto, entre outros aspectos, leva
em consideração o número de empresas produtoras atuando no mercado e a igualdade ou
diferenciação entre os produtos de cada empresa. Assim, entre as estruturas de mercado
reconhecidas pela ciência econômica, este curso, sem a presunção de esgotá-las, destaca:
concorrência perfeita, monopólio, concorrência monopolista e oligopólio (concentrado,
diferenciado ou competitivo).

2.3.1 – Concorrência perfeita

É um tipo de mercado em que há muitos vendedores e muitos compradores. É


exatamente por essa característica que essa estrutura determina que nenhum deles possui o
poder ou a capacidade de determinar o preço da mercadoria agindo individualmente. Além
disso, os produtos das empresas que compõe esse tipo de mercado devem ser produtos
homogêneos. Um mercado que se aproxima dessa classificação é o de Hortifrutigranjeiros.

2.3.2 – Monopólio

É a situação de mercado em que uma única empresa vende um produto que não tenha
substitutos próximos. É oposta à concorrência perfeita, pois não há produtos concorrentes
do lado da oferta. Nessas condições há desvantagens para o consumidor uma vez que aceitam
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as condições estipuladas pelo monopolista, ou então deixam de consumir o produto. Essa


situação é encontrada, por exemplo, em indústrias onde uma única empresa controla pelo
menos a produção, a comercialização ou a distribuição de um dado produto. A legislação
comercial brasileira proíbe a criação de monopólios e práticas monopolistas nos diversos
setores da Economia. No entanto, a Petrobrás pode ser considerada um monopólio do
governo brasileiro.

2.3.3 – Concorrência monopolista

É a situação de mercado em que existem muitas empresas vendendo produtos


diferenciados, porém, com substitutos próximos entre si. É um ambiente entre a concorrência
perfeita e o monopólio, haja vista que a diferenciação de produto pode ser na qualidade,
embalagem, serviços agregados e outros, fazendo com que os produtores sejam praticamente
os únicos a produzir tal produto, pelo menos por um período, dando-lhes o poder
monopolístico temporário. Esse tipo de estrutura de mercado tem como representantes uma
boa parte dos produtos encontrados nas prateleiras dos supermercados: gêneros alimentícios;
de higiene e limpeza; entre outros.

2.3.4 – Oligopólio

É a situação de mercado em que há um pequeno número de empresas dominando o


mercado, controlando a oferta de um produto, que pode ser homogêneo ou diferenciado.
Exemplos: telefonia móvel, automóveis, cimento, aço, aviação, laboratórios e etc. Esse tipo
de estrutura de mercado, por abrigar poucas empresas com grande poder econômico, permite
o surgimento de práticas monopolistas ilegais como: Cartel, Truste, Holding e outras. Cartel
– empresas de um mesmo setor econômico se unem para realizar práticas comerciais que as
favoreçam, visando dividir mercados consumidores, estabelecer preços e controlar o acesso
à matérias-primas. Truste – quando ocorre união ou fusão de empresas, visando o aumento
dos preços de seus produtos e serviços. Holding – dentro de um grupo de empresas, uma
delas possui o controle acionário das demais, o que favorece a concentração do capital na
mão de uma única empresa.
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2.3.4.1 – Oligopólio concentrado

É a situação de mercado em que um pequeno número de empresas detém parcela substancial


do mercado. Seus processos são bem definidos e maduros, levando à alta concentração
técnica nesse ambiente de mercado. Neste caso os produtos são homogêneos, ou seja, não
diferem muito um do outro (baixa diferenciação) e por isso não há competição por preço. A
competição se dá pela introdução de novos processos (redução de custos, expansão da
produção, melhoria da qualidade do produto). Devido ao aprendizado acumulado, essa
estrutura de mercado apresenta importantes barreiras à entrada, o que torna mais difícil uma
organização começar a atuar nesse tipo de mercado. Exemplo na construção civil: Minha
Casa Minha Vida.

2.3.4.2 – Oligopólio diferenciado

Nesse tipo de mercado um pequeno número de empresas também detém parcela


substancial do mercado, entretanto os produtos são diferenciados (possuem alta
diferenciação). A alta diferenciação entre os produtos se dá devido à inovação tecnológica,
e assim, as barreiras à entrada são pouco importantes, desde que a empresa entrante seja
bastante competitiva em termos de investimentos em inovação, despesas em publicidade e
comercialização. Exemplo na construção civil: lançamentos de novos conceitos de moradia
e ambientes de trabalho.

2.3.4.3 – Oligopólio competitivo

Nesse tipo de mercado um pequeno número de empresas também detém parcela


substancial do mercado em um setor com muitas empresas, o que faz com que a produção
seja concentrada nesse pequeno numero de empresas. Não há economia de escala, ou seja, o
processo produtivo não é organizado de maneira que se alcance a máxima utilização dos
fatores de produção envolvidos no processo para que se produza mais com um menor custo
de produção. As tecnologias são muito diferentes entre as empresas, logo as barreiras à
entrada são pouco importantes e a competição se dá pelo preço. A ampliação de sua
capacidade está atrelada ao crescimento econômico em longo prazo (exógeno).
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2.4 – Preços

2.4.1 – Preços absolutos

Entende-se por preços absolutos aqueles relacionados a alguma unidade monetária.


São preços tomados isoladamente, sem comparações com outros. Ademais, são totalmente
irrelevantes para a tomada de decisão até que, inconscientemente, nós os convertamos em
preços relativos.

2.4.2 – Preços relativos

Entende-se por preço relativo o preço de um bem em relação aos preços dos outros
bens. São os preços realmente relevantes em economia, no que diz respeito à tomada de
decisão. Tomando com exemplo dois bens, o bem A e o bem B, quantas unidades do bem A
teremos que abrir mão para adquirir uma unidade do bem B? Para responder essa pergunta
basta dividirmos o preço de A pelo preço de B. Exemplo: revestimento em porcelanato ou
granito?

2.4.3 – Preços de mercado

Entende-se por preço de mercado o preço de determinado bem que é oferecido ou


comprado no mercado. Ocorre quando a quantidade de bem e serviços que é produzida ou
ofertada é equivalente ao o que é consumido ou comprado. Em um mercado de concorrência
perfeita ou pura, o preço de mercado tende a ser único para um determinado produto. Caso
os mercados não sejam competitivos, poderá ocorrer de encontrarmos preços diferentes para
um mesmo produto.

2.5 – Variável fluxo e variável estoque

Em Economia, variável é definida como qualquer mensuração capaz de variar.


Variável fluxo é uma variável medida dentro de um intervalo de tempo, como por exemplo,
a quantidade de unidades habitacionais que são vendidas dentro de um intervalo de 6 meses.
Variável estoque é medida em um ponto específico no tempo. Exemplo: a quantidade de
insumos (cimento, tijolo, argamassas e etc) que está estocada no almoxarifado de uma obra,
em uma determinada data.

2.6 – Curva de Possibilidade de Produção – CPP: conceito, hipóteses e variações.


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Conforme visto na Unidade anterior, a Economia é a ciência que tem como objeto de
estudo as escolhas feitas diante a situação de escassez, haja vista que as necessidades
humanas são ilimitadas e os recursos produtivos são limitados. Para exemplificar a questão
da escassez e alternativas de produção, faz-se importante a compreensão de dois conceitos
econômicos fundamentais: Curva de Possibilidade de Produção (CPP) e Custo de
Oportunidade.

A Curva de Possibilidade de Produção ou CPP é um modelo que ilustra a escassez do


fatores de produção e cria um limite máximo para a capacidade produtiva de uma empresa,
dado os recursos produtivos limitados e a tecnologia. Supõe-se no gráfico a produção de
apenas dois bens, cuja função se dará em forma curva. São consideradas três hipóteses
básicas para o desenvolvimento da CPP:

 Quantidade e qualidade dos recursos permanece inalterada;


 Pleno emprego dos recursos disponíveis em um dado momento;
 Tecnologia permanece constante.

Exemplo: Suponhamos que existam sete empresas de construção civil numa região
que construa dois tipos de edificações: os produtos A são edificações horizontais e os
produtos B são edificações verticais. Cada empresa deverá escolher quantos edifícios de cada
tipo deverá construir, haja vista que se utilizarem todos os recursos para construir edifícios
horizontais não haverá recursos para edifícios verticais, e vice-versa. Assim, cada empresa
optou por produzir as seguintes quantidades ilustradas no gráfico abaixo. O limite máximo
de produção utilizando todos os recursos e tecnologia disponíveis no mercado é definido
pela curva formada pelos pontos, que é a chamada CPP.
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A eficiência produtiva ocorre quando a estratégia de produção estiver sobre a fronteira,


logo, as empresas que estão sobre a linha no gráfico alcançaram a eficiência produtiva.
Observa-se que a empresa Y está abaixo da linha delimitada pela CPP, logo não está
utilizando todos os recursos e tecnologia disponíveis no mercado, ou seja, não está sendo
eficientemente produtiva. Já a empresa Z, que está acima da curva da CPP, supõe-se que está
utilizando recursos além dos recursos que são disponíveis no mercado, o que é
economicamente impossível, logo ela não existe.

Mudanças na CPP

Caso aumente a disponibilidade dos recursos produtivos ou se ocorre um


desenvolvimento tecnológico, a curva CPP se desloca para a direita:
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Se a disponibilidade dos fatores de produção aumentar ou se houver evolução da


tecnologia, mais em favor do bem A do que para o bem B, a curva se desloca pra direita com
mais ênfase para o produto A:

Produto A

Produto B

2.7 – Custo de oportunidade: conceito e exemplos

Custo de oportunidade é o valor econômico da melhor alternativa sacrificada ao se


optar pela produção de um determinado bem ou serviço. Pode ser um custo que não envolva
dispêndio financeiro (Custo Implícito). Só ocorre se os recursos forem limitados, mas que
sejam totalmente empregados. Exemplos:

 Uma construtora decide contratar mais trabalhadores, abrindo mão de investir


em uma nova tecnologia. O custo de oportunidade é a nova tecnologia
ignorada.
 No gráfico acima, se a empresa migra do ponto E para o ponto D, o custo de
oportunidade para produzir 10 unidades do produto B é de 10 unidades do
produto A.
 Se você compra um carro à vista por 30 mil, além dos custos como
depreciação, combustível, seguros entre outros, você deve considerar o custo
de oportunidade de 240 reais por mês, que seria a taxa de 0,8% ao mês que
você estaria abrindo mão ao retirar os 30 mil de sua aplicação.
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2.8 – Relação Custo X Benefício: conceito e exemplos.

A relação custo-benefício, de acordo com Frank R. H. (2009), é a mãe de todas as


ideias econômicas, pois é o que define as melhores escolhas que os agentes econômicos
fazem. Através deste conceito é que as pessoas ou empresas compram ou realizam aquilo
em que os benefícios obtidos são maiores que os custos de comprar ou produzir. O custo-
benefício realiza-se a partir das escolhas que os indivíduos fazem, porém existe um conflito
associado a essas escolhas conhecida como trade-off, isto é, escolher um item e se desfazer
de outro. A própria compra de um objeto possui este trade-off, pois envolve obter um bem e
desfazer de outro, o dinheiro.

Exemplo: Podemos comparar os diferentes tipos de sistemas construtivos em relação


ao prazo, índice de produtividade, número de pessoas em obra e custos diretos e indiretos,
conforme tabela abaixo. Observa-se que o Wood Frame (estruturas de madeira) apresenta o
melhor custo-benefício quanto à eficiência operacional e financeira em relação aos demais.

Referências

 NOGAMI, O.; PASSOS, C. R. M. Princípios de Economia. 7ª ed. rev. – São


Paulo, SP: Cengage Learning, 2016.
 VASCONCELLOS, M. A. S. Economia, micro e macro. 6ª ed. – São Paulo, SP:
Atlas, 2015.
 FRANK; R. H. O naturalista da Economia: em busca de explicação para os
enigmas do dia a dia. Tradução: Doralice Lima – Rio de Janeiro – Best Business,
2009.
 WHEELAN, C. ECONOMIA: o que é, para que serve e como funciona?
Tradução: George Schlesinger. 1ª edição. Rio de Janeiro: Zahar, 2018.

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