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SOBRE VACINAÇÃO
Atualizado em
abril 2015
PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE VACINAÇÃO
O conteúdo desta página é meramente informativo e educativo, e não foi elaborado para
substituir ou modificar as prescrições ou indicações do seu médico ou outro profissional de
saúde. Igualmente não se destina a definir se uma determinada vacina é adequada para uma
determinada pessoa.
Vacinação em geral
As vacinas atuam sobre o sistema imunitário para estimularem a produção de anticorpos
contra um determinado agente infecioso, evitando que a pessoa vacinada venha a ter essa
doença quando entra em contacto com aquele microrganismo.
Vacina Medicamento
Ação Preventiva Terapêutica
Individual e coletivo Individual
Benefício O efeito não é percetível (não contrai a O efeito é visível (normalmente ocorre
doença) melhoria)
Indivíduos Saudáveis Doentes
Adaptado de: http://www.vacinas.com.pt/vacinas/o-que-sao-vacinas
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- Inativando (enfraquecendo) a toxina que o microrganismo produz (p. e. a vacina contra
o tétano)
Nalguns casos, podem ser incluídas numa mesma vacina mais do que um microrganismo – são
as chamadas vacinas combinadas (p. e. vacina contra a difteria, tétano, tosse convulsa).
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origem num doente vindo do norte da Índia (onde ainda existia circulação do vírus da
poliomielite) e na baixa percentagem de população vacinada naquele país.
4. As doenças podem ser controladas e eliminadas: com uma vacinação sustentada
e em grande escala as doenças como o sarampo podem ser eliminadas da Europa, à
semelhança do que ocorreu com a poliomielite e como já sucedeu com a varíola. Para
que tal seja possível, é necessário que uma percentagem muito grande da população
adira aos programas nacionais de vacinação.
5. A vacinação é custo-efetiva, ou seja, o seu custo compensa largamente os custos
associados ao tratamento das doenças e das suas complicações (incluindo a morte).
6. As crianças dependem do sistema de saúde dos respetivos países para terem
acesso à vacinação gratuita e segura: os programas nacionais de vacinação
permitem que todas as pessoas recebam as vacinas de acordo com a sua idade e em
serviços de saúde competentes.
7. Todas as crianças devem ser vacinadas: para se conseguir controlar uma doença,
é necessária uma grande proporção de pessoas vacinadas. A eliminação do sarampo,
por exemplo, requer que pelo menos 95% das pessoas estejam vacinadas. Cada pessoa
não vacinada corre o risco de adoecer e aumenta o risco de transmitir a doença na
comunidade.
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R: Em geral, os efeitos causados pelas vacinas são ligeiros e desaparecem sem ser necessário
tratamento, como dor ou vermelhidão no local da injeção ou um aumento ligeiro da
temperatura ou dor de cabeça.
Em raríssimos casos podem verificar-se reações secundárias mais sérias, mas os serviços de
vacinação estão treinados para as controlar. De qualquer modo, como prevenção, é sempre
aconselhada a permanência no serviço de vacinação por 30 minutos a seguir à administração
de qualquer vacina.
P: Porque é que há pessoas que têm mais receio das vacinas do que das doenças
que elas evitam?
R: Há algumas décadas atrás, milhares de crianças e adultos morriam ou ficavam incapacitados
por doenças como a varíola, a difteria, a tosse convulsa, a poliomielite e o sarampo. Hoje em
dia a situação é muito diferente, devido aos programas de vacinação, que permitiram erradicar
a varíola e controlar as outras doenças. A maioria dos pais de hoje, e também alguns
profissionais de saúde, nunca viram uma criança paralisada por poliomielite, a sufocar por
causa da difteria, com lesões cerebrais por causa do sarampo, ou a morrer por causa de uma
tosse convulsa, não tendo portanto a noção da gravidade dessas doenças e dos benefícios
incalculáveis conferidos pela vacinação em larga escala.
P: Ao fim de quanto tempo depois de levar uma vacina é que se fica protegido
contra a doença a que ela se destina?
R: O tempo até se atingir a proteção contra a doença depende da vacina. Para algumas
vacinas, por exemplo contra a difteria, tétano e tosse convulsa são necessárias 3 doses em
intervalos recomendados para que se considerar que existe proteção completa contra essas
doenças, sendo também necessários reforços regulares para manter essa proteção ao longo do
tempo. Mesmo nas vacinas que necessitam de várias doses, após cada administração já poderá
haver alguma proteção (incompleta), que surge geralmente 2 semanas ou mais após cada
dose.
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P: O meu bebé é prematuro. Quando é que ele poderá ser vacinado?
R: Os bebés prematuros têm menos anticorpos recebidos da mãe através da placenta do que
as crianças nascidas com tempo de gravidez normal, pelo que as doenças podem ser mais
graves nesses bebés. Assim, a vacinação não deve ser adiada. As únicas exceções são a vacina
BCG, que só deverá ser dada quando a criança atingir os 2 quilos de peso, e a vacina contra a
hepatite B, que deverá ser dada ao fim do 1º mês de vida ou quando o bebé atingir os 2 quilos
(o que se verificar primeiro).
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Questões práticas sobre vacinação
P: Tenho de levar o meu filho ao centro de saúde para uma terceira dose de uma
vacina. Mas como vamos viajar nas férias, não estaremos em Portugal nessa altura.
Posso antecipar a vacina?
R: Por determinadas razões, por motivo de uma epidemia ou de natureza clínica, para
aproveitar oportunidades de vacinação ou outras, pode ser necessário encurtar os intervalos
entre doses da mesma vacina. Nestes casos devem respeitar-se sempre os intervalos mínimos
aconselhados. Deverá dirigir-se ao seu centro de saúde para saber se a criança pode ser
vacinada antes ou se apenas o deverá fazer quando regressar de férias.
P: Tenho um filho que foi vacinado pelo PNV de 2006 e agora tive outro bebé está a
ser vacinado de acordo com o PNV de 2012. Estranhei muito a alteração que sofreu
a vacina contra a meningite C. Como se explica uma mudança tão grande em apenas
6 anos?
R: A alteração do esquema vacinal contra a vacina da meningite C teve a ver com as grandes
alterações epidemiológicas da doença, durante esse período, resultado de uma grande
percentagem de crianças e adolescentes vacinados, o que permitiu atingir aquilo a que se
chama imunidade de grupo. Este facto teve com consequência a redução de casos de meningite
para 0 (zero) nos menores de 1 ano de idade. A atual dose aos 12 meses de idade garante uma
proteção eficaz e duradoura.
A vigilância desta e de outras doenças pelos serviços de saúde, que existe há vários anos e que
permite acompanhar a sua evolução ao longo do tempo, possibilita adequar o esquema vacinal
à evolução observada, de modo a que a política vacinal seja sempre a que mais beneficia a
saúde da população. As modificações dos esquemas de vacinação são avaliadas pelos peritos
da CTV, por instituições e por sociedades científicas, que, de acordo com a evidência científica
mais atual e as alterações nos comportamentos das doenças, propõem essas alterações.
P: Sempre vivi em Portugal mas agora vou viver para outro país. Como posso
comprovar que tenho as minhas vacinas em dia?
R: Deverá requerer junto dos serviços da embaixada do país para onde vai residir a tradução
do seu Boletim Individual de Saúde. Os calendários vacinais são diferentes de país para país e
estão de acordo com a realidade local das doenças, pelo que é de toda a conveniência que siga
o esquema do país onde vai residir. Quando regressar a Portugal, e se for caso disso, poderá
sempre atualizar o esquema de acordo com o PNV nacional.
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P: Sou cidadão estrangeiro e venho residir com a família para Portugal. Onde posso
vacinar os meus filhos?- NOVA!
R: É importante ter o calendário vacinal atualizado de acordo com o PNV de Portugal, que foi
definido de acordo com a realidade epidemiológica e as prioridades no controlo ou eliminação
das doenças evitáveis pela vacinação. Dirija-se ao centro de saúde da sua área de residência
em Portugal, com os boletins/registo de vacinação do país de onde veio, para que o serviço de
vacinação possa conferir que vacinas serão eventualmente necessárias. A administração é
gratuita.
P: Perdi o meu boletim de vacinas. Que posso fazer para me ser passada uma 2ª via
do mesmo?
R: A emissão de uma 2ª via do Boletim Individual de Saúde deve ser solicitada no centro de
saúde onde o utente é habitualmente vacinado, uma vez que é nesse local que está arquivado
o histórico vacinal do cidadão.
Vacinas do PNV
BCG
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P: Quando é dada esta vacina às crianças?
R: A vacina BCG é administrada aos bebés recém-nascidos, de preferência antes de saírem da
maternidade, desde que tenham mais de 2 quilos de peso. Basta uma dose para proteção
prolongada. Nas crianças com mais de 2 meses de idade e nos adultos, esta vacina só poderá
ser administrada após um teste específico realizado no centro de saúde.
Vacina HIB
P: Uma criança que teve a doença por esta bactéria fica protegida ou precisa de ser
vacinada?
R: Esta doença pode não dar proteção a longo prazo. Uma criança que teve a doença com
menos de 24 meses de idade e que recuperou deve ser vacinada tão cedo quanto possível. Não
é necessário vacinar as crianças que tenham tido esta doença com mais de 2 anos de idade,
mas não há qualquer problema se a criança for vacinada.
P: Tenho 30 anos e vou viajar para um país onde tem havido casos de sarampo. Uma
vez que tive sarampo em criança, preciso de levar a vacina?
R: Uma história credível de sarampo significa que a pessoa está protegida através da doença
natural, não necessitando de vacinação adicional. Mas se a história da doença suscitar dúvidas,
é recomendada a vacinação, uma vez que a vacina pode ser dada sem qualquer problema
mesmo a uma pessoa que já tenha tido a doença.
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R: A poliomielite é uma doença provocada por um vírus, que pode provocar meningite,
paragem respiratória, a morte e nalguns casos, a paralisia permanente com deformações
(atrofia) de pernas, braços ou ambos. Não existe tratamento específico para esta doença. Está
descrito que mais de um quarto das pessoas que tiveram poliomielite paralítica na infância pode
desenvolver novos sintomas até 30 a 40 anos depois da doença.
P: Por que motivo é importante que as jovens sejam vacinadas contra o HPV?-
NOVA!
R: O vírus do Papiloma humano, que inclui diversos tipos, é transmitido por via sexual e está
presente em 99% dos cancros do colo do útero (que é o 2º cancro mais frequente na mulher).
A vacina confere proteção para os dois tipos de HPV que mais frequentemente causam o cancro
do colo do útero, devendo ser administrada antes do início da atividade sexual, para não haver
hipóteses de a jovem se ter infetado previamente à administração da vacina.
P: A minha filha mais velha foi vacinada com 3 doses de vacina contra o HPV. Fui
recentemente ao centro de saúde para vacinar a minha filha mais nova e disseram-
me que agora são só duas doses. Qual o motivo desta alteração?- NOVA!
R: Os estudos realizados após a vacina ter sido utilizada em larga escala (estudos de fase IV –
pós comercialização) demonstraram que, nas jovens entre os 10 e os 13 anos de idade, duas
doses com 6 meses de intervalo conferem uma proteção adequada.
P: Tenho 25 anos, nunca fiz nenhuma dose de vacina HPV e pretendo vacinar-me.
Que devo fazer?- ATUALIZADA!
R: Pela sua idade já não está abrangida pelo PNV, não podendo beneficiar da vacina gratuita.
Deverá dirigir-se ao seu médico assistente para lhe ser passada a receita e o esquema para as
3 doses da vacina (número de doses recomendadas para as jovens a partir dos 14 anos de
idade). Na posse do medicamento adquirido na farmácia, poderá dirigir-se ao seu centro de
saúde, com uma cópia da receita, para lhe ser administrada a vacina.
P: Tenho 24 anos, fiz uma dose de vacina HPV aos 17 anos, porque nessa altura
houve uma campanha, mas não fiz mais nenhuma dose. Pretendo completar a
vacinação. Que devo fazer?
R: Deve dirigir-se ao seu centro de saúde para completar o esquema vacinal que iniciou no
âmbito da campanha associada ao PNV. Nesta situação ainda poderá completar gratuitamente
o esquema recomendado até aos 25 anos de idade.
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de ser passada uma receita e respetivo esquema, para a sua aquisição numa farmácia de
oficina e dirigir-se ao seu centro de saúde para lhe ser administrada a vacina.
P: O que é a Td?
R: Td é a vacina contra o tétano e a difteria que é administrada aos indivíduos com idade igual
ou superior a 7 anos e é dada toda a vida com intervalos de 10 anos.
P: Porque é que a vacina contra o tétano tem de ser dada de 10 -10 anos durante
toda a vida?
R: Quer o tétano doença quer a vacina não dão proteção a longo prazo, pelo que é sempre
necessário fazer o reforço de 10 em 10 anos. Por outro lado, esta é uma vacina que não dá a
chamada imunidade de grupo – só está mesmo protegido quem tem a vacina em dia.
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Outras vacinas
Vacinas para viajantes
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Mitos sobre a vacinação
“As doenças começaram a diminuir antes das vacinas, devido às melhores condições
de higiene”
A melhoria da higiene e a disponibilidade de água potável permitiram controlar muitas doenças
infeciosas, não evitando, no entanto, a circulação dos micro-organismos causadores das
doenças evitáveis pela vacinação. Só a vacinação em larga escala consegue evitar a ocorrência
das doenças alvo da vacinação, levando ao seu controlo ou mesmo eliminação. A erradicação
da varíola no mundo (declarada pela Organização Mundial da Saúde em 1980) só foi possível
quando globalmente se atingiram elevadas coberturas vacinais.
Mesmo com boas condições de higiene, interromper a vacinação levaria ao reaparecimento
dessas doenças, com as consequentes mortes e incapacidades evitáveis, como está a acontecer
com o sarampo.
“As doenças evitáveis pela vacinação estão praticamente eliminadas, pelo que não
há razão para vacinar o meu filho”
As doenças atualmente evitáveis pela vacinação ainda ocorrem em diversas partes do mundo,
incluindo a Europa.
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As vacinas atualmente são muito seguras e eficazes. Ao longo da história do Programa Nacional
de Vacinação (PNV) foram introduzidas vacinas cada vez mais seguras, como aconteceu, por
exemplo, com as vacinas contra a poliomielite e contra a tosse convulsa.
As reações adversas mais frequentes são ligeiras e de curta duração, ocorrendo, na sua
maioria, no local da injeção. A febre após a vacinação é frequente. Estas reações podem, se
necessário, ser controladas com medicação.
O risco de uma criança ter uma reação adversa a uma vacina é muito inferior ao risco de uma
complicação grave da doença que essa vacina previne. Além disso, não é possível saber,
antecipadamente, quais as crianças em que a doença poderá evoluir com complicações ou
morte.
As vacinas, tal como qualquer medicamento, são alvo de um sistema de vigilância apertado,
garantindo que qualquer reação anormal seja exaustivamente investigada, o que, com tantos
anos de experiência e muitos milhões de vacinas administradas em todo o mundo, permite
afirmar que as vacinas têm um elevado grau de segurança, eficácia e qualidade.
Estudos científicos provam que a administração simultânea de várias vacinas não aumenta as
reações adversas. Independentemente da vacinação, no dia a dia, a criança está exposta a
inúmeros estímulos infeciosos, estando o sistema imunitário preparado para lidar com todos
eles.
Por outro lado, o desenvolvimento tecnológico levou ao aumento do número de componentes
das chamadas vacinas combinadas. A proteção contra várias doenças com uma única injeção,
diminuindo o número de injeções que a criança teria de receber se cada uma das vacinas fosse
administrada em separado, tem por objetivo a humanização e melhor adesão aos esquemas
vacinais, principalmente no primeiro ano de vida.
“Preferia que o meu filho não apanhasse todas essas vacinas hoje”
Não há risco acrescido de reações secundárias na administração simultânea das vacinas
recomendadas para determinada idade. Atrasar algumas vacinas é deixá-lo vulnerável a essas
doenças. O ideal é cumprir o esquema recomendado, que está estudado para dar a melhor
proteção, o mais cedo possível e de acordo com a idade da criança.
“As vacinas podem provocar autismo”
Há alguns anos, em Inglaterra, foi publicado um estudo afirmando que a vacina contra o
sarampo/papeira/rubéola (VASPR) provocava autismo. Este estudo foi totalmente
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desacreditado, tendo revelado deficiências graves na metodologia e conflitos de interesse
provados juridicamente.
O autismo é uma doença em que a idade do diagnóstico coincide, em geral, com a idade em
que são administradas as vacinas, nomeadamente a vacina VASPR. Muitos estudos científicos
credíveis demonstraram que, apesar da coincidência temporal, não existe uma relação causal.
Conclusão: A vacinação pode ser vítima do seu próprio sucesso. A eliminação ou o controlo
das doenças evitáveis pelas vacinas incluídas no PNV pode alterar a perceção do risco, com a
falsa sensação de que há um maior risco decorrente da administração das vacinas do que das
doenças por elas prevenidas. As vacinas são seguras e eficazes. Todas as crianças e adultos
devem cumprir os esquemas de vacinação recomendados para a sua idade e estado de saúde.
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Recusa vacinal
P: Tenho lido na internet que as vacinas são mais prejudiciais do que benéficas para
as crianças, por terem químicos e vírus e por suprimirem o sistema imunitário. É
verdade?
R: A verdade é que as vacinas salvam mais vidas do que qualquer outro tratamento médico. A
sua utilização generalizada ao longo de décadas, através dos programas de vacinação,
contribuiu para controlar a elevada mortalidade e as complicações (a curto e a longo prazo) de
várias doenças contagiosas, que eram um verdadeiro flagelo no passado. Os efeitos
secundários das vacinas, que são raros e estão identificados, são muito inferiores aos danos
causados pelas doenças contra as quais essas vacinas protegem. Por outro lado, as vacinas que
estão incluídas no PNV são aprovadas tendo em atenção a sua qualidade, eficácia e segurança.
Sabemos também que, nos países em que há grande contestação às vacinas, com bases não
científicas, estão a ressurgir doenças que já estavam controladas (como p. e. o sarampo), com
casos mortais e incapacidades para o resto da vida, situações que poderiam ter sido
prevenidas.
P: Será que tenho mesmo de vacinar o meu filho, uma vez que há muitas crianças
vacinadas e assim o meu filho também fica protegido?
R: Todas as crianças devem ser vacinadas nas idades recomendadas desde que não tenham
uma verdadeira contraindicação (o que será determinada pelo médico assistente). Qualquer
criança não vacinada permanece suscetível às doenças e suas complicações (que podem ser
muito graves e não se consegue prever em quem surgirão – o facto de ser uma criança
saudável não significa que não vai ter complicações), por não ter imunidade natural (uma vez
que não teve a doença) ou adquirida (pela vacinação). Para a maioria das doenças do PNV, o
seu controlo depende da manutenção de uma proporção elevada de pessoas vacinadas. Neste
sentido, a recusa individual da vacinação compromete o interesse coletivo, uma vez que uma
criança não vacinada por opção dos pais, se adoecer, pode contagiar outras crianças não
vacinadas por contraindicação médica comprovada ou por ainda não terem idade para ter
iniciado ou completado a vacinação.
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- Se o seu filho adoecer e tiver de recorrer a um serviço de saúde, deve avisar
imediatamente os profissionais de saúde que a criança não recebeu todas ou algumas
das vacinas recomendadas para a sua idade, uma vez que é necessário nestes casos
considerar que a criança pode ter uma doença evitável pela vacinação
- Se aparecer na escola alguma criança com uma doença evitável pela vacinação, o seu
filho terá de cumprir um período de afastamento da escola e doutras atividades de
grupo até haver a certeza que não contraiu a doença e não a irá disseminar. Esse
período varia conforme a doença (que pode ser de dias ou semanas).
- Se o seu filho viajar, deve ter presente que muitas das doenças que estão controladas
no nosso país ainda circulam noutros países, como por exemplo o sarampo, pelo que o
seu filho não estará protegido. Para além de adoecer, pode trazer de novo a doença
para Portugal quando regressar e contagiar outras crianças não vacinadas.
Quanto maior for o número de pais que optam por não vacinar os filhos, maior é o risco de
disseminação das doenças evitáveis pela vacinação. Ao decidir não vacinar, não põe só o seu
filho em risco mas também toda a comunidade.
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Legenda Siglas e abreviaturas
Hib - Vacina contra a doença provocada pela bactéria Heamophillus influenza tipo b
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Bibliografia e links úteis
Boletim Vacinação
Boletim Vacinação nº 6, abril de 2013 - Semana Europeia da Vacinação e Avaliação do PNV 2012
Boletim Vacinação nº 8, edição especial, abril 2014 - A vacinação contra o vírus do papiloma humano
(HPV) em Portugal
Parents-questions-about-childhood-vaccinations
How-vaccines-work
WHO/Europe Immunization Resource Centre – Seven Key Reasons to immunize in the European
Region
Canada caring for kids – Illness and infections and immunization/parents guide to the internet
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Immunize – Australia Program - Frequently Asked Questions
Corpo editorial:
Ana Leça, Etelvina Calé, Graça Freitas; Isabel Castelão, Paula Valente, Teresa
Fernandes
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