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As mudanças que ocorrem na gestação não são apenas hormonais e
emocionais, são também posturais. À medida que avança, as alterações
em músculos, articulações e coluna vertebral também progridem.
O método Pilates é um programa de exercícios que pode trazer conforto à
gravidez e ao parto, com foco na estabilidade da musculatura postural e
do assoalho pélvico e no fortalecimento e alongamento suave dos
músculos.
O exercício físico durante a gestação, ajuda a regular o peso e propicia
bemestar à futura mamãe ao feto.
A prática de Pilates tem tido bastante sucesso entre as gestantes, pois
nesta fase todos os cuidados são bemvindos, e manter a mente e o
corpo saudáveis traz inúmeros benefícios, tais como a diminuição da
ansiedade e o aumento da consciência corporal.
Melhora a concentração, a força postural, o equilíbrio, a coordenação e a
qualidade dos movimentos, sem sobrecarregar as articulações.
Consequentemente auxiliará a prevenir as dores lombares, ombros
caídos e tensão no pescoço. Os trabalhos científicos sobre Pilates na
gestação são, na sua maioria, realizados pela área da Fisioterapia; sendo
raros os estudos pela Obstetrícia.
O Pilates é uma modalidade de baixo impacto, realizada no chão, com ou
sem a utilização de pequenos aparelhos (bolas, rolos, isotoners, bandas
elásticas).
Além de lentos e com poucas repetições, os exercícios são coordenados
pela respiração, o que permite respeitar o ritmo e os limites de cada
grávida.
Outras vantagens deste método são :
1. Permitir trabalhar a musculatura interna, no sentido de prevenir a
incontinência urinária;
2. Reforçar o pavimento pélvico, preparando a grávida para o parto,
dandolhe também maior autoconsciência corporal para que se
consiga focar nesta área durante o parto;
3. Melhorar a postura, ajudando a manter a posição “neutra” da
coluna, protegendo as costas;
4. Ajudar a descontrair e a dormir melhor.
Além do estrogênio e da progesterona, outro hormônio, chamado relaxina
também se eleva. A relaxina proporciona maior mobilidade aos
ligamentos, permitindo a estabilidade das articulações.
As articulações que conectam os ossos da pelve tornamse mais frouxas
e alongadas, preparandose para o parto. Contudo, a estabilidade
articular é reduzida.
O método Pilates incentiva o controle muscular postural, que compensa
os ligamentos enfraquecidos, ajudando a evitar os problemas comuns
nas articulações e a tensão lombar. As técnicas de respiração trabalhadas
no Pilates também ajudam a relaxar e respirar com mais eficiência,
induzindo a calma e reduzindo de forma eficaz os níveis do cortisol, que é
o hormônio do estresse.
Em princípio não há contraindicações para a prática desta modalidade
durante a gravidez, contudo, se não praticava Pilates antes de engravidar,
espere o término do 1º trimestre de gestação para iniciar as suas aulas e
peça a opinião do seu obstetra.
O Pilates não é recomendado nos casos de gestantes com descolamento
prematuro da placenta, sangramento vaginal persistente, préeclâmpsia,
doença cardíaca grave, hipertensão pela gravidez e retardo do
crescimento intrauterino.
As gestantes podem praticar o Pilates a partir do quarto mês de gravidez
sem nenhuma preocupação (mas claro que com consentimento médico),
já que, todos os equipamentos são ajustados de acordo com as
necessidades individuais e a fase da gestação de cada paciente.
O Pilates ajuda a melhorar a circulação, a combater o aparecimento de
varizes e minimizar os riscos de perda óssea, que ocorre geralmente por
causa do estrogênio, hormônio feminino, responsável pelo estímulo no
crescimento dos ossos e textura da pele.
A prática de Pilates atua no fortalecimento do músculo do períneo dando
uma melhor sustentação ao peso do feto, estimula o desenvolvimento da
musculatura do abdômen e o trabalho de respiração que beneficia o bebê
com a melhor oxigenação do organismo da mãe.
No pósparto o Pilates age na tonificação do abdômen e na recuperação
do assoalho pélvico (região que sustenta os órgãos do sistema
reprodutor) promovendo uma rápida recuperação, cicatrização, e
reconquista da qualidade muscular.
A ginástica de recuperação pósparto, quando feita desde o Puerpério
(período de seis semanas a contar do dia do parto) ajuda a mulher a
recuperar mais facilmente a forma, pois permite a associação do exercício
físico com a segregação de hormonas como a occitocina, que ajudam
(entre outras coisas) o útero e os órgãos genitais a regressarem ao seu
estado anterior à gravidez.
A puérpera (mãe nas primeiras seis semanas após parto) aprende a
conhecer o seu corpo, o que pode ou deve fazer nesta fase relativamente
delicada, recupera a forma, confiança e autoestima, começando a
reencontrarse.Todos estes factores associados ao contacto com outras
puérperas ajudam a evitar a depressão pós parto.
Na Recuperação Pós Parto a puérpera pratica diversos exercícios que
ajudam a prevenir e corrigir o descontrolo dos esfíncteres, que surge
nalgumas puérperas. Assim sendo, durante o decorrer das sessões é
dada à zona perineal, especial atenção nas primeiras seis semanas,
informando às puerperas como recuperar ou melhorar a tonicidade
muscular do pavimento pélvico.Mulheres submetidas a Cesarianas têm
programas específicos, de acordo com a sua condição, sendo
acompanhadas caso a caso.
A partir das seis semanas, é reforçada toda a musculatura abdominal,
dorsolombar e pélvica, sendo ainda trabalhada a musculatura
peitoral.Aconselhamos as aulas de recuperação pós parto 8 dias após o
parto normal e 15 dias após cesariana, com duração mínima de 4
semanas a recuperação acaba quando a recém mãe se sentir preparada
para enfrentar uma actividade física mais exigente.
Entre os exercícios oferecidos pelo método estão o trapézio e o reformer
equipamentos que trabalham diferentes possibilidades de exercícios com
a finalidade de fortalecer os membros inferiores, superiores e os
músculos da coluna.
Postado por Espaço Saude e Bem Estar às 14:30