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ÍNDICE

1.Introdução ...................................................................................................................... 3
1.1.Problematização ...................................................................................................... 4
1.2.Objectivos do estudo ............................................................................................... 5
1.2.1.Objectivo geral ................................................................................................. 5
1.2.2.Objectivos específicos ...................................................................................... 5
1.3.Metodologia ............................................................................................................ 5
2.Revisão de Literatura ..................................................................................................... 6
2.1.Reforma .................................................................................................................. 6
2.2.Reforma do Sector Público ..................................................................................... 6
2.3.Contextualização da reforma na administração pública ......................................... 7
3.Directrizes da Reforma no Sector Público .................................................................... 8
4.A Reforma do Sector Público vs Provisão de Serviços Públicos .................................. 9
4.1.A Estratégia Global de Reforma do Sector Público Moçambicano ...................... 10
5.Implementação da EGRSP no Sector da Saúde em Moçambique............................... 12
6.Enquadramento e Funções da URESS na Reforma do Sector Saúde .......................... 13
6.1.Plano de Reestruturação do Sector Saúde (PRSS)................................................ 13
Conclusão ....................................................................................................................... 14
Bibliografias ................................................................................................................... 15

Autor: Sergio Alfredo Macore Sergio.macore@gmail.com / +258846458829 Pemba - Moz


1.Introdução

O presente trabalho de pesquisa tem como tema ‘’Reforma do sector público de 2006
a 2015’’. No que se refere à realidade moçambicana, a definição pela Estratégia Global
de Reforma do Sector Público (EGRSP, 2006 - 2015) da necessidade de se introduzir
mudanças na administração pública possui um valor fundamental para a adopção das
novas práticas de gestão pública, o que ressalta a importância de se examinar quais as
concepções que orientam o modelo de reforma administrativa em Moçambique e sobre
que pressupostos ou bases que esta estabeleceu.

O contributo do sector público está condensado na sua missão de prestar serviços de boa
qualidade e sustentáveis reduzindo desta forma o fardo social das doenças de forma a
aumentar a produtividade e diminuir as perdas económicas resultantes de mortes
prematuras, doenças e a escassez dos recursos humanos, (MISAU, 2006).

Os serviços públicos de saúde prestados têm sido alvo de queixas por parte de alguns
estratos da população quanto a sua qualidade, sobre tudo no atendimento dos utentes.
Esta situação contrasta com a missão do sector da saúde que é de promover e preservar
a saúde da população, incentivar a prestação de serviços de boa qualidade, tornando os
acessíveis a todos os moçambicanos.

De acordo com as considerações feitas acima, o presente estudo tem como objectivo
explorar as questões conceituais, empíricas e administrativas geradas pelas reformas da
administração pública e utilização de novos conceitos e abordagens sobre a gestão
pública, destacando a qualidade de serviços prestados pela Administração Pública em
Moçambique.

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1.1.Problematização

Os serviços públicos têm sido alvo de queixas por parte de alguns estratos da população
quanto a sua qualidade, sobre tudo no atendimento dos utentes. Esta situação contrasta
com a missão do sector público. É nesse sentido que pretendo fazer uma pesquisa
exploratória e estudo de caso que nos possibilita a compreensão desta problemática e até
certo ponto entender, na perspectiva da reforma do sector público, o que veio alterar
com a implementação da Estratégia Global da Reforma do Sector Público (2006 –
2015).

Nesta decorrência, iniciou em 2006 a Reforma do Sector Público (2006 – 2015). Esta
reforma visa instituir que os serviços públicos sejam mais operacionais, orientados para
resultados e com enfoque no cidadão. Este deverá estar no centro das atenções, por esse
facto, o sector público deverá estar mais voltado para fora e não para dentro de si
mesmo. Portanto, o principal desafio da Reforma do Sector Público em Moçambique é a
melhoria dos Recursos Humanos.

No âmbito da operacionalização da segunda fase da EGRSP, em 2006, o MISAU


apresentou o Plano de Reestruturação do Sector Saúde (PRSS).

É deste modo que procuro questionar:

 Até que ponto a qualidade de serviços melhorou no âmbito da Reforma do


Sector Público?

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1.2.Objectivos do estudo

Segundo Beuren (2003:65), “O objectivo geral indica uma acção ampla, por isso mesmo
deve ser elaborado com base na pergunta da pesquisa”.

1.2.1.Objectivo geral

 Analisar a qualidade de serviços no âmbito da implementação da reforma do


sector público.

1.2.2.Objectivos específicos

 Identificar os critérios/factores que determinam a reforma do sector público;


 Reflectir em torno dos pontos de vista dos utentes em relação a qualidade no
âmbito da reforma do sector público;
 Verificar o nível das acções das reformas na segunda fase de implementação da
EGRSP.

1.3.Metodologia

Segundo os objectivos esta pesquisa é exploratória pois busca promover uma


aproximação com o objecto de estudo; e Segundo a colecta de dados a pesquisa é
bibliográfica, pois esta foi elaborada a partir de publicações (livros) feitas nesta área do
saber (Reforma do sector Publico).

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2.Revisão de Literatura

2.1.Reforma

De acordo com Figueras, Saltman e Mossialos (1997), é possível circunscrever alguns


elementos chave na definição das reformas. Segundo estes autores, quando se utiliza o
conceito de reforma está-se a sublinhar a existência de mudanças estruturais, e não
apenas incrementais, programadas e sustentadas a longo prazo, que resultam de um
processo político iniciado do topo para a base e liderado pelo governo nacional, regional
e local. Ou seja, são reformas politicamente impostas, que traduzem, desta forma,
mudanças nos objectivos políticos, seguidas de mudanças institucionais, e não simples
remodelações no sentido da progressão e maturação do sistema.

No sentido amplo, “a reforma é entendida como mudanças (intra e inter-institucionais)


realizadas com a finalidade e aumentar a capacidade de actuação das instituições”
(Weimer, 2002:64). Ao analisar as diversas reformas elaboradas e implementadas nos
últimos anos, observamos, no entanto, que emergem algumas tendências comuns que
podem ser enquadradas nas principais características da NGP, apesar de aplicadas com
ritmos e intensidades distintas (Kokko et al., 1998:289).

Os objectivos, manifestos e divulgados, destas reformas do sector da saúde estruturam-


se em torno de três factores essenciais, que, à partida, denunciam a sua proximidade em
relação à NGP: a equidade, a eficiência e o aumento da responsabilidade perante o
utente (OCDE, 1994).

2.2.Reforma do Sector Público

De acordo com Amaral (2003), Reforma do Sector Público é entendida como conjunto
de providências a serem tomadas para melhorar o funcionamento da Administração
Pública no sentido de coloca-la em maior coerência com os seus princípios e em maior
eficiência nos seus fins. Para a presente pesquisa, será adoptada a definição proposta por
Da Cruz (2002:54), que define “Reforma do Sector Público como um conjunto de
acções e processos de mudança de carácter transversal ou horizontal que devem ser
empreendidos para que os serviços prestados pelas instituições públicas nos diferentes
sectores sejam melhorados”.

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É adoptada a definição apresentada por Da Cruz (2002), pelo facto de espelhar o
objectivo preconizado na EGRSP, a melhoria da capacidade de actuação das instituições
para que prestem melhores serviços.

2.3.Contextualização da reforma na administração pública

A literatura existente sobre a Reforma na Administração, considera que este processo


resulta dos fracassos originados no Modelo Clássico Weberiano (Rocha, 2000:6), que se
vinha representando desde o séc. XIX como o modelo ideal da administração. Max
Webber (1982) considera o modelo burocrático como o modelo organizacional
colectivo mais eficiente para alcançar os níveis mais altos de desempenho em qualquer
organização, cujas características apresentadas por Awortwi (2003:274), compreende os
seguintes postulados:

 Para os propósitos da tomada de decisão racional, as tarefas do sector público


devem ser acordadas pelos políticos e executadas pelos funcionários do Estado;
 As tarefas públicas devem ser organizadas numa base contínua e regrada, onde o
funcionário deve-se ocupar inteiramente das tarefas administrativas (rotina);
 A administração é baseada em documentos escritos (formalidade nas relações);
 Os serviços e tarefas a desempenhar devem ser organizados hierarquicamente,
sustentados por autoridade e sanções. Sendo um dos principais pressupostos
enfatizados por Webber, a disciplina e o rigor no cumprimento de regras e na
adesão aos procedimentos no ambiente administrativo, tornando assim o
funcionário público num mero implementador das agendas nesta mecanização
burocrática.

O objectivo de se seguir regras rígidas é o de garantir a legalidade e tratamento igual a


todos os cidadãos, de modo que os assuntos públicos sejam conduzidos da melhor
maneira para o desenvolvimento da sociedade.

Assim sendo, este novo paradigma, também conhecido por New Public Management13,
pode ser considerado uma evolução da administração pública como ciência, ao serviço
do governo, em que se orienta por princípios democráticos, no sentido de que o cidadão
passa a interagir com os sistemas administrativos.

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3.Directrizes da Reforma no Sector Público

Quando se revê a literatura sobre a RSP, duas razões apresentam-se como relevante para
levar os governos a enveredar nestes processos: Redimensionamento do Sector Público
e Ajustes Fiscais.

Bangura (200014) citado por Macuane (2007) justifica a Reforma tendo como
fundamento a Reforma da Gestão do Sector Público e a distribuição do Poder
Governamental entre os diferentes interesses da sociedade. O autor considera que a
primeira área lida com questões ligadas a estabilidade fiscal, eficiência Gerencial,
criação de capacidade e prestação de contas, ao passo que a segunda assenta na
promoção da pluralidade nas instituições centrais do governo e na distribuição de poder
aos níveis locais da estrutura de Governação.

Por sua vez, Rezende (2002), identifica dois eixos que orientaram o modelo básico de
reformas sendo: o ajuste fiscal e a mudança institucional.

Do ponto de vista financeiro, a ideia principal foi a revisão do excessivo grau de


intervenção do Estado na economia e na sociedade, ajustando-o ao contexto de
globalização. O argumento desta posição voltava-se a necessidade de tornar o Estado
mais eficiente, revisando sua intervenção e o tamanho da administração pública, com
gastos mais voltados para as funções clássicas, neste sentido, as políticas de reformas
combinaram, sob as mais diferentes formas de política de privatização, eficiência fiscal,
bem como redefinição do nível e perfil das despesas públicas.

O outro eixo das reformas contemplou aspectos mais voltados para o ajuste do papel do
Estado e de suas políticas aos contextos democráticos. Aqui, as reformas buscaram
implementar mudanças estruturais nos processos de redesenho e modernização das
instituições públicas, das estruturas burocráticas de delegação e controle, a ampliação
dos mecanismos descentralizados de gestão social das políticas públicas, além da
incorporação de modelos de regulação social e económica.

Do ponto de vista de impacto da Reforma, Ferlie et al (1996), referem que tais


mudanças ocorridas nos anos 80 produziram profundas alterações na economia política
do sector público, devido a quatro razões:

(i) Declínio do poder dos sindicatos devido a terciarização;

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(ii) Enfraquecimento da autonomia dos profissionais do sector público;
(iii) Os administradores são vistos como beneficiados da reforma, pois eles são o
meio pelos quais muitas das mudanças se impuseram;
(iv) E regista-se o aumento de uma elite política não eleita mais nomeada pelo
Estado, dirigindo esses serviços públicos no novo estilo e desempenhando o
papel de directores não executivos.

4.A Reforma do Sector Público vs Provisão de Serviços Públicos

A questão do serviço público e o modo da sua prestação são geradores de controvérsias.


Esta discussão resulta da associação entre o Estado e os seus propósitos, nomeadamente
da prestação de serviço ser realizada através do seu poder executivo, isto é, sector
público, e do próprio serviço público.

O Estado caracteriza-se pelos poderes legislativo, executivo e judicial e têm como fins a
promoção da segurança, a manutenção da justiça e do bem-estar material e espiritual
dos indivíduos que integram a sociedade (Caetano, 1963).

Para melhor compreender este debate é necessário que se perceba a distinção entre os
conceitos de sector público e serviço público. De acordo com Hood et al (1998) o Sector
público compõe-se pelas organizações sob a dependência do Governo e que são
financiadas através da colecta de imposto realizada quer pelo Governo central, quer pelo
Governo local. Ainda segundo este autor, aquelas organizações em que existe uma
mistura entre o Sector Público e Privado também fazem parte do Sector Público. Já para
Lane (2005), o Sector Público é composto pelas organizações públicas, ou empresas
públicas ou empresas em regime de outsourcing que produzem bens e prestam serviços
públicos.

O conceito de serviço público não se afigura de fácil tarefas, a origem de tal


nomenclatura, tanto se refere à natureza pública do serviço, como todo um conjunto
político e histórico que reproduz o papel do Estado na sociedade (Rouban, 1999).

Bouckaert (1996) na senda deste debate, reportando ao caso inglês - em especial com o
Citizen’s Charter, que a jusante se tratara-os princípios do serviço público são os
seguintes: a consideração pelos padrões do serviço (refere-se à qualidade), a abertura
(participação dos cidadãos), a informação (disponibilização a todos interessados), a

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escolha (pelos utilizadores do serviço do que querem usufruir), a não discriminação
(todos os cidadãos têm direito de acesso aos bens e /ou serviço), a acessibilidade
(principalmente para os deficientes físicos), acrescentando ainda os elementos, (com
base no caso Francês) como a igualdade (todos têm o direito de acesso ao serviço
público), de neutralidade (por parte de quem o presta), e de continuidade (ininterrupção
do fornecimento).

4.1.A Estratégia Global de Reforma do Sector Público Moçambicano

O Presidente Joaquim Alberto Chissano lançou oficialmente, a 25 de Junho de 2001, a


EGRSP, para um período de 10 anos, constituída por duas fases: Fase I, de 2001 a 2005,
e a Fase II, de 2006 a 2011. A reforma enquadra-se na necessidade de abordar de forma
sistemática os desafios que se colocam ao Estado, face a uma nova dinâmica política,
económica e social instalada e constitui um processo de mudanças profundas e radicais
nas estruturas e nos processos fundamentais do sector público moçambicano.

A Comissão Interministerial da Reforma do Sector Público – CIRESP tem como metas:


a construção de uma administração pública voltada para o cidadão, a melhoria da
qualidade dos serviços públicos e o aperfeiçoamento das respostas administrativas
oferecidas à sociedade. Para tal, a EGRSP, assim como os vários ajustes efectuados e as
reformas no sector público que a antecederam, representa um esforço no sentido de
adequar o País às transformações e desafios no âmbito nacional e internacional,
permitindo capacitar o Estado para melhor implementar suas políticas e programas de
desenvolvimento.

Segundo as directrizes da EGRSP, o maior desafio da reforma é o Homem, no sentido


de que deve haver uma mudança radical na atitude, no comportamento, nos padrões
éticos e morais e na mentalidade dos funcionários públicos em relação ao trabalho que
realizam.

A reforma tem como principais objectivos:

 Melhorar a capacidade do sector público de prestação de serviços de qualidade


ao cidadão;
 Melhorar os Sistemas de Gestão – políticas públicas, recursos humanos,
programas, gestão financeira, patrimonial e orçamental;

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 Melhorar a qualidade dos sistemas de governação – mecanismos de prestação de
contas e o aperfeiçoamento da estratégia e planos de combate à corrupção;
 Desenvolver um ambiente favorável ao crescimento do sector privado e eliminar
as barreiras administrativas e “outsourcing”;
 Contribuir para a implementação efectiva do Plano de Acção para a Redução da
Pobreza Absoluta - PARPA.

Segundo o documento da CIRESP (2001), pretende-se com a reforma contar com um


sector público que seja:

O resultado desta visão seria um sector público que opera de forma eficiente e efectiva
para assegurar que todos os cidadãos recebam os serviços básicos e que tenham a
oportunidade de monitorar a implementação das reformas e o acesso a mecanismos de
reclamação e consulta (CIRESP, 2001:17).

A EGRSP contempla as seguintes componentes:

 Racionalização e descentralização das estruturas e processos de prestação de


serviços públicos;
 Formulação e monitoria de políticas públicas;
 Profissionalização e melhoria das condições de trabalho dos funcionários
públicos;
 Melhoria da gestão financeira e prestação de contas;
 Boa governação e combate à corrupção; e
 Gestão da reforma (Ibid:2001).

A Fase II tem por objectivo fortalecer as reformas iniciadas durante a primeira fase,
ajustando-as às prioridades actuais do Governo, tendo ainda em conta o Programa
Económico e Social - PES (2005 - 2009) e o Plano de Redução da Pobreza Absoluta -
PARPA (2006 - 2009).

De acordo com a (CIRESP, 2001), para a Fase II, foram definidas as seguintes
prioridades:

 Melhoria da capacidade das instituições públicas de prestar serviços,


nomeadamente a reengenharia e simplificação de serviços críticos e dos

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essenciais ao nível local e o melhoramento da prestação de serviços de apoio ao
sector privado;
 Fortalecimento da autoridade e capacidade dos órgãos locais do Estado e das
Autarquias, e das respectivas unidades de prestação de serviços, para
responderem aos anseios, necessidades e prioridades das comunidades, tomando
o distrito como pólo de desenvolvimento;
 Profissionalização da Função Pública, através do desenvolvimento de um corpo
de funcionários adequadamente qualificado, operando num sistema de valores
que enfatiza a vocação para o serviço público centrado no cidadão, a
produtividade, a integridade, a honestidade e sistemas de recompensa baseados
no mérito;
 Aprofundamento dos sistemas de boa governação e de prestação de contas nas
transacções públicas (gestão financeira e patrimonial), numa cultura de
transparência e de combate intransigente e permanente à corrupção; e
 Um sector público promotor de um bom clima de negócios.

As actividades definidas para a Fase II foram o aprofundamento das acções iniciadas na


Fase I e a análise e racionalização das funções das estruturas e processos dos órgãos
públicos. Com relação à LOLE e à metodologia definida que conduziu a reforma das
estruturas na Fase I, nos órgãos locais decorreu a análise funcional, de modo a garantir a
compatibilidade com os processos de reestruturação dos Ministérios e dos governos
provinciais e obviamente a melhoria na prestação de serviços.

5.Implementação da EGRSP no Sector da Saúde em Moçambique

No âmbito da operacionalização da segunda fase da EGRSP, em 2006, o MISAU


apresentou o Plano de Reestruturação do Sector Saúde (PRSS). O documento resulta de
uma análise institucional e dos dados apresentados no Relatório do Diagnóstico do
Sector Público realizado no início do ano 2006 pelo Ministério da Administração
Estatal (MAE).

O Relatório da Análise Institucional e do Diagnóstico do Sector Público para além de


fornecerem informação sobre o estado de funcionamento do MISAU e do SS, aponta
recomendações em termos de prioridades de reforma a serem desenvolvidas (MISAU,

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PRSS 2006:1), dentre as quais, o reforço e institucionalização da URESS constaram
como prioridade.

6.Enquadramento e Funções da URESS na Reforma do Sector Saúde

De acordo com o Despacho Ministerial n.ᵒ38/GMS/2005, a CIRESP através da


UTRESP orientou no sentido de que em todos os sectores, fossem criadas pequenas
Unidades Técnicas com a tarefa principal de Gestão do processo da Reforma (MISAU,
DM n.ᵒ38/GMS/2005:1). De acordo com o mesmo documento, havendo necessidade de
se dar maior dinamismo ao processo da Reforma no SS, pelo Despacho Ministerial
n.ᵒ38/GMS/2005 é criada a Unidade de Reforma do Sector Saúde, com a principal tarefa
de coordenar, gerir e impulsionar o processo da Reforma e responder às necessidades
diárias de condução do processo a nível do Sector.

6.1.Plano de Reestruturação do Sector Saúde (PRSS)

Para a elaboração do Plano de Reestruturação do Sector Saúde tiveram-se em conta a


EGRSP (2001 – 2011), as constatações do Diagnóstico do Sector Público efectuado
pelo MAE e contidas no documento Linhas Gerais da Estratégia Anti-corrupção. O
plano tem por objectivo melhorar os resultados através da implementação das acções
apontadas como prioritárias para melhoria do funcionamento e prestação de serviços
pelo sector. Para tal, o Plano de Reestruturação estabelece dois níveis de
implementação: o nível macro e micro (MISAU, PRSS 2006:2). Ao nível macro
colocam-se as questões de carácter político e estratégico com impacto no
funcionamento global do sector, e nível micro, as questões de carácter operacional com
impacto na forma de prestação de serviços ao público pelo MISAU, Serviço Nacional
de Saúde (SNS) e outras instituições subordinadas (MISAU, PRSS 2006:2).

Na presente pesquisa interessa analisar o contributo da URESS para implementação das


acções planificadas a nível micro, onde foram identificados como acções prioritárias
para segunda fase da reforma neste nível:

 O desenvolvimento da capacidade dos recursos humanos;


 A melhoria da infra-estrutura de cuidados de saúde;
 O aumento da participação das comunidades e expansão da formação e
colocação de activistas comunitários de saúde.

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Conclusão

Para realização da pesquisa tive base as teorias de base: a Teoria 3-D da Eficácia
Gerêncial apresentada por Reddin (1975), e a Teoria Contingêncial da Administração,
ambas pertencentes à Teoria Geral de Administração, e partilham do pressuposto que o
Administrador tem de ser eficaz de modo a responder as diferentes situações de
mudanças (as duas teorias olham para o comportamento do gestor face às dinâmicas e
reformas da sociedade). Estas teorias permitiram-nos analisar tanto do pessoal da saúde
como dos utentes a problemática colocada na pesquisa.

No âmbito da Estratégia Global da Reforma do Sector Público (2006 – 2015), que teve
o seu término no ano de 2011 e teve como pressuposto a prestação de serviços ao
cidadão, bem como dinamizar a prestação de serviços da Administração Pública
Moçambicano, é deste modo que se pretende analisar como é que esses instrumentos
adoptados no âmbito da RSP contribuem para melhorar a prestação de serviços na
administração publica Moçambicana.

A análise efectuada neste estudo é inovadora ao deslocar o foco para uma análise em
que se busca relacionar como referido anteriormente, o modelo da Estratégia Global de
Reforma do Sector Público (EGRSP, 2006-2015) às concepções e pressupostos teóricos
da reforma administrativa e, adicionalmente por enfatizar como as novas práticas da
Administração Pública estão sendo implementadas.

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