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Unidade de Reabilitação/24/2016
Fisioterapia na Parada
Cardiorrespiratória e
Intubação Orotraqueal
Versão 2.0
2018
Procedimento Operacional Padrão
Unidade de Reabilitação/24/2016
Fisioterapia na Parada
Cardiorrespiratória e Intubação
Orotraqueal
Versão 2.0
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serh – Ministério da Educação
EXPEDIENTE
Produção
HISTÓRICO DE REVISÕES
Autor/responsável por
Data Versão Descrição Gestor do POP
alterações
Mayara Simões
OBJETIVO..............................................................................................................................07
GLOSSÁRIO...........................................................................................................................07
APLICAÇÃO...........................................................................................................................07
1. INFORMAÇÕES GERAIS..................................................................................................08
1.1. Introdução..........................................................................................................................08
1.2. Sequência do Suporte Básico de Vida do adulto para profissionais da saúde .................10
2. VENTILAÇÕES .................................................................................................................11
2.1 Ventilação com bolsa-válvula-máscara .............................................................................11
2.2. Ventilação com via aérea avançada ..................................................................................12
3. DESCRIÇÕES DAS TAREFAS..........................................................................................12
3.4. Fisioterapeuta ....................................................................................................................12
4. CUIDADOS COM OS PACIENTES REVERTIDOS DE PCR .........................................13
5. FLUXOGRAMA .................................................................................................................14
GLOSSÁRIO
APLICAÇÃO
1.1 Introdução
A PCR ou parada cardíaca é definida como sendo a interrupção súbita da função mecânica
cardíaca, útil e suficiente, e da respiração1. Desde o início dos anos 1960, vem se empenhando muito
no sentido de reunir o conhecimento científico a respeito da PCR e de constituir um padrão e unifor-
midade para o seu tratamento. Com o estabelecimento da ILCOR (Aliança Internacional dos Comitês
de Ressuscitação), o conhecimento foi sistematizado através de uma ampla revisão da literatura cien-
tífica publicada atinente ao tema, culminando com o primeiro Consenso Científico Internacional, no
ano de 2000, já com três revisões, em 2005, 20102, e a mais atual, de 20153.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia estima que a maioria das PCRs ocorridas em ambiente
hospitalar, sejam decorrentes da atividade elétrica sem pulso (AESP) e da assistolia. Isto ocorre de-
vido a um perfil diverso do paciente internado, pois a PCR pode decorrer de um evento que reflete a
deterioração clínica progressiva2.
Por ser uma ocorrência inesperada, que constitui grave ameaça à vida, é de vital importância
rapidez no atendimento, para isso o diagnóstico da PCR deve ser feito o mais rápido possível. Para se
diagnosticar a PCR é necessário avaliar três parâmetros: responsividade, respiração e pulso2.
Avalie a responsividade da vítima chamando-a e tocando-a pelos ombros. Se a vítima respon-
der, apresente-se e converse com ela perguntando se precisa de ajuda. Se a vítima não responder,
avalie sua respiração observando se há elevação do tórax em menos de 10 segundos. Caso a vítima
tenha respiração, fique ao seu lado e aguarde para ver sua evolução, caso seja necessário, chame aju-
da. Se a vítima não estiver respirando ou estiver somente com “gasping”, acione a equipe médica2.
Cheque o pulso carotídeo da vítima em menos de 10 segundos. Caso a vítima apresente pulso,
aplique uma ventilação a cada 5 a 6 segundos, mantendo uma frequência de 10 a 12 ventilações por
minuto, e cheque o pulso a cada dois minutos. Se não detectar pulso na vítima ou estiver em dúvida,
inicie os ciclos de compressões e ventilações2.
Para não retardar o início das compressões torácicas, a abertura das vias aéreas deve ser reali-
zada somente depois de aplicar as trinta compressões torácicas.
As ventilações devem ser realizadas em uma proporção de 30 compressões para 2 ventila-
ções, com apenas um segundo cada, fornecendo a quantidade de ar suficiente para promover a eleva-
ção do tórax. A hiperventilação é contra-indicada, pois pode aumentar a pressão intratorácica e dimi-
nuir a pré-carga, consequentemente diminuindo o débito cardíaco e a sobrevida. Podendo ocasionar
também o risco de insuflação gástrica, com isso gerando vômito e broncoaspiração3.
Quando uma via aérea avançada (por exemplo, intubação, máscara laríngea) estiver instalada,
um profissional irá administrar compressões torácicas contínuas e o segundo irá aplicar uma ventila-
ção a cada 6 a 8 segundos, cerca de 8 a 10 ventilações por minuto, em vítimas de qualquer idade.
Não se devem pausar as compressões para aplicar as ventilações, no caso de via aérea avançada ins-
talada2.
3.1 Fisioterapeuta
Após uma PCR, geralmente a acidose ocorrida apresenta resolução espontânea, assim que a
circulação e a respiração tenham sido restabelecidas. Não é necessário que haja uma hiperventilação
para se obter esse resultado. Deve-se conservar a freqüência respiratória entre 12 a 15 respirações por
minuto. Caso ocorra a hiperventilação, isso pode agravar o estado de hipoperfusão cerebral, que
ocorre no pós-ressuscitação, ao induzir vasoconstricção cerebral. Outro fator que pode ser agravante
encontra-se no potencial para o desenvolvimento de auto-PEEP (Positive End-Expiratory Pressure –
Pressão Positiva Expiratória Final), com aumento da pressão venosa cerebral e consequente elevação
da pressão intracraniana, implicando em maior dano cerebral. Deve-se manter os níveis de pressão de
gás carbônico dentro dos parâmetros normais8.
Em paciente com traqueostomia metálica deve-se ocluir a mesma e ventilar por bolsa-
válvula-máscara quando não tiver obstrução alta, caso contrário, providenciar troca por traqueosto-
mia plástica e ventilar até estabilização do quadro8.
PCR
MANOBRA DE RCP
VENTILAÇÃO COM
MÁSCARA
IOT
(MÉDICO)
SIM NÃO
CONFIRMAR PRES-
SÃO DE CUFF
ADAPTAR Ventilação
Mecânica (VM)
AJUSTAR PARAME-
TROS DA VM