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SUMÁRIO
Ao leitor
O autor da obra
Do espírito Sayão
Apreciação da imprensa - sobre a 1ª
edição deste livro - bibliografia
Orientação espírita
O século 20
Prefácio da primeira edição
Introdução
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 4
AO LEITOR
Maio — 1902.
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 6
O AUTOR DA ÓBRA
DISCÍPULO DE MAX
SAYÃO
Outubro de 1932.
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 27
APRECIAÇÃO DA IMPRENSA -
SOBRE A 1ª EDIÇÃO DESTE LIVRO
- BIBLIOGRAFIA
(“Reformador”, de 19 de
fevereiro de 1897.)
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 33
ESPIRITISMO
ESTUDOS FILOSÓFICOS
Na “Gazeta de Notícias” de 22 do
corrente mês lemos o seguinte (*):
“Meu caro Max. — A nossa incipiência
tem encontrado sempre conforto na Vossa
palavra inspirada e respeitada mesmo pelos
ortodoxos da fé; desde, pois, que assumistes
uma tal autoridade, a vossa opinião, sem
que a embaraCe a vossa reconhecida
modéstia, é segura orientação para os que
entretém Grupos Espíritas; e, nestas
circunstãncias, relevareis que vos peçamos
um conselho: podemos tomar os dois livros
publicados pelo Dr. Sayão como normas a
seguir no nosso Grupo? — Um discípulo.
Bem se vê que o consultante é
realmente um incipiente, pois que eleva
nossa individualidade a umas alturas que
estamos muito longe de atingir; entretanto,
por corresponder à sua confiança, dir-lhe-
emos, com toda a lealdade e sinceridade, o
que pensamos sobre os livros do Dr. Sayão.
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 34
MAX.
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 39
ALLAN KARDEC
Leitor:
Abril — 1896.
ANTÔNIO LUIZ SAYÃO.
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 58
INTRODUÇÃO
LEGITIMIDADE
AUTENTICIDADE DO NOVO
TESTAMENTO
Avante:
Os evangelistas eram,
inconscientemente, médiuns, quer dizer;
eram, por natureza, suscetíveis de receber
impressões magnéticas, para a
manifestação dos Espíritos.
Com efeito, voltando à vida espiritual,
entra a alma na posse integral de si mesma
e seu perispírito recobra, em toda a
plenitude, a capacidade das percepções.
Pode então, manejando os fluídos,
impressionar os entes humanos, influenciar-
lhes os órgãos, transmitir-lhes pensamentos.
Dentre esses seres, mais aptos a receber
essa influenciação e a se constituírem
instrumento da manifestação dos Espíritos,
são os médiuns.
Apenas daremos uma idéia desse
fenômeno, devendo recorrer às obras do
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 106
Mestre os que desejem estudar e
compreender o que é a mediunidade e
convencer-se de que só a Ciência espírita
nos dá o conhecimento completo de nossa
alma, de todo o seu desenvolvimento e
recursos, quando fora da vida material; de
que o Espiritismo éuma filosofia racional,
que nos mostra os modos por que se
operam a nossa transformação e
regeneração; de que somente essa ciência,
moral e positiva, pode, numa época, qual a
que atravessamos, de perturbações e
transições, facultar-nos a luz necessária,
para compreendermos os ensinos e
preceitos consagrados há vinte séculos pelo
sacrifício, no Gólgota, do maior dos heróis
que a Humanidade já conheceu.
Quanto ao nascimento de João, como
era preciso que este impressionasse o
espírito público desde o seu aparecimento
na Terra, deu-se em circunstâncias
particularíssimas, quais a de já serem velhos
os seus genitores e a da mudez temporária
de seu pai. Importa, porém, se atenda a que,
se bem já Isabel estivesse avançada em
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 107
anos, sua idade não era tal que a
impossibilitasse de conceber, de
conformidade com as leis naturais, o que,
aliás, se depreende claramente das palavras
que o anjo dirigiu a Maria, falando de Isabel
(versículo 36): ela, que é chamada estéril.
Na sua concepção, portanto, nenhum
milagre houve, pois não se verificou a
derrogação de nenhuma lei natural.
Zacarias e Isabel, casados desde longo
tempo, muito se afligiam com o não terem
filhos, por ser o fato atribuído à esterilidade
dela e constituir um opróbrio, aos olhos dos
homens, naqueles tempos, a condição de
estéril na mulher. Ambos, por isso, rogavam
com fervor a Deus que lhes concedesse um
filho. Como prêmio da submissão perfeita
com que os dois guardavam os
mandamentos, edificando a todos pela sua
exemplar conduta moral, o Senhor, tendo
soado a hora do aparecimento do Precursor,
permitiu que para Isabel findasse a prova de
esterilidade e que ela concebesse, a fim de
que se desse o nascimento de João.
A mudez de Zacarias não se pode nem
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 108
se deve atribuir ao haver duvidado do
acontecimento que se lhe anunciava, visto
que a inteligência foi outorgada ao homem
para que ele investigue, a fim de
compreender o que lhe caia ao alcance do
conhecimento. Aquela mudez foi um
fenômeno que se produziu como meio de
maior atenção chamar para a predição feita
e de corroborá-la.
João fora Elias, o grande profeta de
que fala o livro Reis (3º capítulo, versículo
17) (4), e como tal era tido pelos judeus.
Precisamente porque o povo via em João a
reaparição de Elias, é que àquele, durante a
sua missão, tantas interpelações a esse
respeito foram dirigidas. Veja-se acima o
versículo 17: e irá à sua frente com o
Espírito e a virtude de Elias. Que é o que isto
significa, senão que Elias reencarnaria no
corpo da criança que ia nascer de Isabel?
Não beberá vinho, etc., (versículo 15).
Os que se consagravam ao serviço de Deus
impunham-se uma vida especial de
abstenções e privações e os hebreus
costumavam dedicar seus primogênitos ao
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 109
Senhor. João ia ser um desses: daí o que
reza o versículo 15.
Desde o seio materno, será cheio de
um Espírito santo (versículo 15). Depois de
haver expiado suas faltas no espaço, na
erraticidade, por meio de sofrimentos e
torturas morais proporcionados às mesmas
faltas, entra o Espírito na fase da reparação.
Então, após haver verificado quais as provas
necessárias ao seu adiantamento,
convencido de que só por meio delas
conseguirá avançar, cumprindo a lei
absoluta e fatal do progresso, pede uma
encarnação em que passe por aquelas
provas e essa encarnação lhe é concedida.
Ao aproximar-se, porém, o momento de
realizá-la, tais provas se lhe afiguram
terríveis. É que tão fraco ele se sente, em
consequência do seu passado culposo, que
duvida de suas forças para suportá-las.
Começam aí a sua perturbação e ansiedade,
que cada vez mais intensas se tornam, à
medida que, com o desenvolvimento, no seio
materno, do invólucro que o há de revestir, o
Espírito vai perdendo a lucidez.
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 110
Liga-se àquele invólucro, desde o
começo da concepção, por uma espécie de
cordão fluídico que, contraindo-se, o atrai
gradativamente para a prisão em que se vai
encerrar.
Verificado o nascimento, o Espírito se
acha completamente ligado ao corpo, do
qual não mais pode desembaraçar-se, a não
ser pelo fenômeno a que se dá o nome de
“morte”. Entra então numa fase de
sofrimentos, que se chamam provas.
Das angústias que experimenta no
início da encarnação, passa a um estado de
torpor ocasionado pelas constrições da
matéria e que se prolonga até que, por efeito
do desenvolvimento desta, ele adquire
relativa liberdade.
E isso se dá, tanto com o Espírito ainda
atrasado, como com o que já alcançou grau
mais ou menos elevado de depuração. Este,
porém, como já pode apreciar a importância
da obra que lhe cumpre executar,
significativa da confiança que lhe tem o
Senhor, se enche de alegria tão grande que
o impede, por assim dizer, de sentir o jugo
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 111
da matéria, tornando-o como que liberto,
independente dela.
Foi o que se deu com João que,
Espírito muito elevado, bem apreciava a
grandeza da missão que o Senhor lhe
confiara e, possuído do ardente desejo de
desempenhá-la fiel e dignamente, atraía a si,
para assisti-lo, os que lhe eram iguais em
elevação e superiores e, no convívio deles e
por eles sustentado, não sofria o
constrangimento da matéria de que ia
revestir-se. A grandiosidade da sua missão
dá a medida da sua grandeza espiritual. Daí
o dizer o anjo a Zacarias que o menino que
se geraria em Isabel seria cheio de “um
Espírito santo” (5), ou, como vulgarmente se
lê nas traduções do Evangelho, “cheio do
Espírito Santo”, caso em que esta expressão
deve ser entendida como significando o
conjunto ou um conjunto de Espíritos puros,
de Espíritos superiores, de Espíritos bons.
Assim, admitindo-se que o anjo tenha dito —
“cheio do Espírito Santo” — o que quis
exprimir é que João seria assistido pela
coorte ou por uma coorte de Espíritos
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 112
daquelas gradações, para inspirá-lo e guiá-
lo, como o são todos os que, encarnados, se
fazem, pela sua altitude moral, dignos dessa
assistência.
A aparição do anjo a Zacarias, que era
médium vidente e audiente, foi a
manifestação de um Espírito elevado ou
superior, que tomou angélica figura, vestida
de alvas roupagens, banhada por uma luz
cujo foco o esposo de Isabel não via, e
dotada de asas, como geralmente os
hebreus representavam os anjos. Foi esse
Espírito quem, exercendo sobre Zacarias
uma ação magneto-espiritual, lhe produziu o
entorpecimento dos órgãos vocais de efeito
análogo ao da paralisia desse órgão.
Nada há aí que surpreenda, quando se
sabe que o magnetizador humano,
unicamente pela ação da sua vontade,
obtém efeitos idênticos e muitos outros mais.
Assim sendo, ninguém, que estude, observe
e pratique o magnetismo, poderá ver na
mudez de Zacarias um milagre, isto é, um
fato que se não possa atribuir a causas
naturais que o expliquem. O de que
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 113
tratamos, tanto se explica desse modo, que
o homem o pode reproduzir. Justifica-se
desta forma o que ensina o nosso querido
Mestre quando diz que a Ciência e a
Religião são as duas alavancas do Espírito
humano. Com uma, adquire ele o
conhecimento das leis que regem o mundo
material, com a outra o das que governam o
mundo moral. Provindo ambas de um
princípio único — Deus —, elas não podem
contradizer-se. De sorte que a
incompatibilidade que parece existir entre as
duas é apenas o resultado da falta de
observação criteriosa e ponderada das
coisas e do exclusivismo extremo em que
uma e outra se encastelaram, exclusivismo
que produz o conflito donde nascem a
incredulidade e a intolerância.
Somos dos que não esquecem que o
Catolicismo foi a crença de nossos pais e
que, inquestionavelmente, frutos benéficos
produziu. Mas, sendo a do progresso uma lei
absoluta, com o progredir do nosso Espírito,
mediante o desenvolvimento de todas as
suas faculdades, não mais nos podemos
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 114
conformar com as imposições da Igreja
Católica, com a decretação de seus dogmas,
pelo processo do medo, do terror, para
ostentar predomínio e poderio, em completo
antagonismo com a Ciência, que a desmente
todos os dias, quando a religião deverá
apoiar-se na Ciência, sobretudo numa época
em que os ensinos do Cristo recebem o seu
complemento, em que começa a levantar-se
o véu propositadamente lançado sobre eles,
por atenção às necessidades dos tempos
em que foram ministrados. Assim, pois,
como se há de admitir que o Catolicismo
vote ódio ao progresso e à civilização,
conforme se verifica pela leitura do último
artigo do Syllabus, que reza: Anátema a
quem disser: o Pontífice Romano pode e
deve reconciliar-se e harmonizar-se com o
progresso, o liberalismo e a civilização
moderna?
Abramos a história dos tempos antigos
e veremos que outra não foi a atitude do
sacerdócio hebreu para com o Messias que,
cumprindo a lei e os profetas, prescrevia a
substituição do ódio pelo amor e condenava
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 115
todas as formalidades e inovações que
desnaturaram os mandamentos simples e
santos do Decálogo.
Apreciemos o procedimento dos
escribas e fariseus e não nos admiraremos
do que ocorre hoje é certo que já se não
aplicam os martírios e suplícios; injuria-se,
porém, e procura-se lançar o ridículo sobre
os que se não conformam com os absurdos
e os dogmas dos que entenderam de
monopolizar o entendimento da verdade.
O resultado de tudo isso é que as
multidões, em geral, caíram na indiferença.
A fé religiosa se enfraqueceu, por efeito do
amontoado de erros e superstições que
ocuparam o lugar dos ensinamentos do
Salvador; por efeito do espírito de
dominação e intolerância de onde nasceu a
imposição de uma religião carente de bases
racionais. Daí o surto do materialismo que,
com o seu Universo destituído de razão, de
justiça, de amor, de pensamento, de
consciência, de alma, engendrou uma
ciência sem ideal. E é nessa conjuntura que
os endurecidos e obstinados ousam negar-
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 116
se a toda e qualquer discussão, insistindo
em fazer proselitismo por meio de anátemas
ao progresso, ao liberalismo e à civilização!
Iludem-se, porém, visto que a lei do
progresso, como já dissemos, é absoluta e
fatal e se cumpre indefectivelmente, tanto no
plano moral, como no plano físico e no
intelectual.
Chegaram os tempos de serem
completados os ensinos do Cristo; os
tempos em que a Ciência deixará de ser
materialista, por se ver forçada a levar em
conta o elemento espiritual; em que a
religião não mais poderá conservar-se
estranha ao conhecimento das leis naturais
e imutáveis a que a matéria se acha
submetida. Assim tem que ser, por haver
soado a hora em que Religião e Ciência, de
antagonistas que ainda se mostram,
passarão a caminhar harmonicamente,
prestando-se mútuo apoio. Daí resultará
adquirir a Religião o seu prestígio máximo e
incontrastável, porque, não mais recebendo
desmentidos da Ciência, posta de acordo
com a razão, já não estará exposta aos
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 117
golpes da irresistível lógica dos fatos.
Reconhecidas a legitimidade e a
autenticidade do Velho e do Novo
Testamento, temos por base da nossa
crença os ensinos de Nosso Senhor Jesus
Cristo, que baixou do Céu para prestigiar a
lei dada a Moisés. trazendo ao mundo a
graça e a verdade.
Ora, desde que podemos ter e praticar
esses ensinos, esclarecidos pela luz da
razão, não há porque prefiramos recebê-los
deturpados por inovações humanas e
impostos com a feição que no-los queiram
apresentar os que se proclamam inimigos do
progresso e da civilização, quando sabemos
e sentimos que os vinte últimos séculos
decorridos nos prepararam para
compreender a vida espiritual e para
discernir da matéria, que é a letra, a
inteligência, que é o espírito.
Os judeus consideravam as
calamidades, as dores morais e físicas como
castigos que a cólera de Deus fazia cair
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 275
sobre os que as experimentavam, os quais,
por isso mesmo que sofriam, eram
considerados culpados. Logicamente, os que
nada sofriam eram tidos por inocentes.
Jesus tratou de destruir essa crença
errônea, mas sem entrar em explicações,
que o levariam a falar das encarnações e
reencarnações, como meio de expiação,
reparação e progresso, o que fora
inconveniente, por não estar ainda a
Humanidade apta a receber essas
explicações.
Acreditavam eles, os judeus, na volta
do Espírito a uma nova existência terrena,
mas unicamente com relação aos profetas,
aos grandes enviados, qual Elias, por
exemplo, que criam ter vindo depois como
João, o Precursor.
Entretanto, no colóquio que teve com
Nicodemos (João, capítulo 3º), Jesus
afirmou, ainda que veladamente, a realidade
da lei natural da reencarnação e essa lei
mostra que somos culpados todos os que
nos achamos neste planeta, que todos a ele
viemos para expiar e reparar não só as faltas
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 276
de que temos consciência, como as de que
nos não lembramos, cometidas em outras
existências. Todos, portanto, temos que
fazer penitência, se não quisermos agravar
as nossas culpas e tornar-nos passíveis de
maiores “castigos”. Mas, que vem a ser
penitência? Pode ela dispensar a expiação e
a reparação?
A lei das encarnações e
reencarnações, cuja realidade, conforme
acima dissemos, as palavras de Jesus a
Nicodemos atestaram, nos dá solução
satisfatória para muitos problemas, que
permanecem insolúveis ante os ensinos do
Catolicismo, por isso que este, em presença
de qualquer dificuldade, logo apela para o
dogma e para o milagre, em suma, para o
sobrenatural. Assim, por exemplo, a
desigualdade das condições sociais, que,
segundo aquela lei, se explica com lógica e
justiça, ele, nenhuma explicação podendo
oferecer, a atribui ora ao pecado original, ora
às faltas dos pais, sem atentar em que de tal
modo nega um dos atributos de Deus — a
justiça perfeita e misericordiosa — e em que
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 277
os absurdos impostos com a autoridade, de
que se presume revestido, a outro resultado
não conduzem senão a aumentar a
descrença, a matar a fé nas almas que,
atribuladas, buscam conforto e esperança.
Pois que não há efeito sem causa,
alguma ou algumas forçosamente existem
para aquela desigualdade, bem como para
as dores e sofrimentos de que é pródiga a
vida terrena. A lei das encarnações e
reencarnações, apresentando-nos essa vida
como a continuação de outra
precedentemente vivida, esta como a
seqüência de uma anterior e assim por
diante, nos aponta, nas culpas, nos erros e
nos crimes praticados nas pretéritas
existências corpóreas, as causas das
vicissitudes em que se nos transcorre a
atual. Demonstra-nos ela, assim, que as
nossas vidas sucessivaS no mundo são
solidárias entre si.
A penitência, que Jesus aconselhou,
não consiste, como se entendeu outrora, na
reclusão em claustros, nos cilícios e outras
tribulações materiais, quais as a que se
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 278
submeteu uma Teresa de Jesus, aliás com o
desprezo altamente meritório das glórias e
grandezas do mundo.
A penitência a que aludia o divino
Mestre é a que constitui meio de tornarmos
cada vez menos ásperas, dificultosas e
tormentosas as nossas existências na Terra,
e de passarmos, afinal, a habitar mundos
mais elevados, até chegarmos à condição de
já não termos que ser habitantes de mundos
quaisquer. Ela, pois, consiste no
arrependimento sincero, profundo, e no
propósito firme em que a criatura se coloca
de não tornar a cometer as faltas que a
arrastaram à mísera condição humana e,
ainda, no esforço decidido pelas apagar de
todo, a fim de que a lembrança delas não
continue a acicatar a consciência. Assim
entendida, a penitência dá lugar ao perdão
divino.
Mas, por isso mesmo que pelo esforço,
conseqüente ao arrependimento, por não
reincidir nas faltas praticadas, é que a
lembrança destas se dilui, deixando de
atormentar a consciência, claro é que o
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 279
arrependimento e, portanto, a penitência,
não basta para o apagamento das culpas
que o determinaram. E bastará, para esse
efeito, o perdão, que decorre do
arrependimento ou penitência? Também não
porque, nesse caso, todo aquele esforço se
tornaria desnecessário à criatura, uma vez
que se houvesse arrependido. Se a tal
resultado conduzisse, o perdão de Deus
comprometeria o conceito de perfeição
absoluta, inerente à sua justiça.
Qual então o efeito do perdão
concedido ao pecador? Facultar-lhe os
meios de resgate e reparação das faltas de
que se acha arrependido, dar-lhe, de par
com a iluminação interior, a fim de que bem
compreenda seus deveres de filho de Deus,
caridosa assistência espiritual aos esforços
que faça por avançar, mediante aquele
resgate e aquela reparação, na via do
progresso, que o conduzirá, de mérito em
mérito, aos olhos do Senhor, à perfeição e,
pois, à felicidade perene para que foi criado.
Desde que o arrependimento não sofra
intermitências e que por ele o Espírito se
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 280
conserve voltado de contínuo para o seu
Criador, o perdão, que em conseqüência lhe
é outorgado, o coloca sob o influxo
constante do amor sem limites do Pai
celestial, das graças e misericórdias de que
são transmissores os seus mensageiros, de
sorte que fácil se lhe torna cada vez mais a
realização de seus destinos.
O Espírito penitente absorve-se todo na
oração e na vigilância que Jesus
recomendava e que formam um como
antemural às ondas de paixões que nos
lançam no abismo do infortúnio.
Compreendidos assim, em espírito e
verdade, o que vem a ser penitência e o
perdão que dela decorre, também facilmente
se compreende em que consistem os
efeitos, a que chamamos “prêmio”, do bem
que a criatura fez, e os que denominamos
“castigo”, do mal que pratica. (28) Aqueles
se traduzem na paz de espírito, na
serenidade da consciência, na satisfação
íntima que toda ação boa ocasiona e no
progresso moral a que dá sempre lugar. Os
outros se expressam pelo desassossego,
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 281
pelo sofrimento, pelo remorso, pelas
angústias e aflições e, muitas vezes, pelo
desespero.
Aos efeitos do mal praticado, ou, seja,
ao “castigo”, o Espírito culpado se forra pelo
perdão, obtido mediante a penitência, mas
que, como acima dissemos, não o forra à
expiação, ao resgate, à provação e à
reparação.
Temos assim que, à falta, se sobrevém
o arrependimento, se segue o perdão e, a
este, o resgate, depois a provação, que
representa a contraprova da firmeza dos
propósitos de regeneração, e, finalmente, a
reparação, que testifica a conversão
definitiva ao bem, através de tantas
encarnações sucessivas, quantas forem
necessárias.
Não é de fácil inteligência, bem o
reconhecemos, este ponto, um dos mais
transcendentes da Doutrina Cristã,
compreendida à luz dos ensinos dados ao
mundo pelo Paracleto, ou Consolador
prometido pelo divino Mestre. Por isso
mesmo, insistimos nele, repetindo o que nos
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 282
disse o nosso bom Guia e Mestre: Expiação,
provação, reparação, palavras são estas que
exprimem idéias completamente distintas. A
expiação é a primeira conseqüência da falta
ou crime praticado, mediante a qual a
consciência do criminoso acaba por
despertar para o arrependimento; este o
conduz a buscar a provação, com que
efetua, conscientemente, o resgate da sua
dívida, ao mesmo tempo que demonstra ser
decisiva a sua resolução de emendar-se.
Vem, finalmente, a reparação, pela qual,
como a própria palavra o indica, ele repara o
mal que haja feito, praticando todo o bem
que lhe seja possível e atestando desse
modo haver tomado o caminho da
regeneração. Como é fácil de perceber-se, o
sofrimento, sob modalidades diversas,
constitui a característica dessas três fases
da depuração espiritual.
Ele é sempre o cadinho desta. Assim
se cumpre a justiça indefectível, mas
misericordiosa, de Deus.
A obsessão, como qualquer outro
sofrimento, nem sempre é uma expiação,
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 283
representativa do que chamamos “castigo”.
Pode já ser uma prova. Diante das
explicações que deixamos dadas,
desacertado é ver-se em todos os
sofrimentos humanos um castigo, uma
punição. Em muitos casos, eles são uma
provação confirmativa do arrependimento.
Sendo o perdão conseqüência natural do
arrependimento, onde este exista
verdadeiro, sincero, profundo, já não há
lugar para o que vulgarmente se considera
castigo, ou punição.
Perdoado, em virtude da sinceridade
do seu arrependimento, que implica a
lealdade dos seus propósitos e promessas
de regeneração, o próprio Espírito é que se
submete espontaneamente às provações ou
provas que lhe ratificarão o arrependimento
e o mostrarão digno do perdão recebido de
seu Deus. Muitos exemplos corroboram
estas nossas asserções.
Assim, tendo Moisés, ao tempo em que
fora Elias, mandado matar grande número
de sacerdotes, contrários à doutrina que ele
pregava, como se vê em Reis, capítulo 3º
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 284
versículo 18, quando voltou à Terra e foi
João Batista, o Precursor, o maior dentre os
varões nascidos de mulher, convidou todos
os seus companheiros de outrora, espíritos
também elevados, a virem ao mundo
celebrar com assinalado sacrifício o advento
do Salvador, oferecendo suas cabeças ao
cutelo de Herodes. E ele, por seu lado, veio
completar, no mesmo meio terrestre, a obra
de purificação do seu Espírito, entregando
igualmente a sua, mais tarde, ao mesmo
déspota, como haviam feito os protagonistas
da “degolação dos inocentes”.
Como se depreende desse caso, que é
bem de prova e reparação, o Espírito, tendo-
se elevado pelo arrependimento e adquirido,
pela sinceridade e amplitude deste, as
virtudes da submissão, da humildade e da
fé, como que insensibiliza a matéria, para o
sacrifício reparador a que se submete e faz,
com o sorriso da alegria que lhe causa a
certeza da sua redenção, o que o
impenitente faz com o desespero nalma e
raivoso ranger de dentes.
Agora, compare-se, na sua razão de
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 285
ser e nos seus efeitos lógicos, porque
conformes com a justiça divina, a penitência,
ou arrependimento, ensinada, aconselhada e
recomendada pelo divino Mestre, à
penitência feita sacramento pela Igreja
Romana, que lhe condicionou o perdão
divino; pondere-se que este, segundo ela,
não existe, com eficiência para a salvação
do pecador, senão depois que o padre diga
— eu te absolvo, e não haverá como deixar
de reconhecer-se quão divorciada do vero
Cristianismo se acha essa Igreja e até que
ponto as elucubrações teológicas dos santos
padres, nos concílios, desfiguraram e
adulteraram a doutrina simples e pura do
meigo Nazareno. E que nesses concílios a
preocupação avassaladora da mentalidade
dos mesmos santos padres era a de
estabelecer e firmar, como suprema, a
autoridade que se atribuíam, a fim de
chegarem à dominação material que
ambicionavam. Daí o transformarem em
algemas de escravidão os ensinos de
libertação espiritual, ou, seja, de salvação,
que trouxe ao mundo o manso Cordeiro de
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 286
Deus.
36
MATEUS, 7º, 1 ao 7. — MARCOS, 4º,
24. — LUCAS, 6º, 37 ao 38, e 41 ao
42. Não julgar os outros. — O
argueiro e a trave. — Não dar aos
cães as coisas santas
(48) JOÃO, 4º, 19; 6º, 14; 9º, 17; 11º, 43. —
Atos, 9º, 40 — Romanos, 4º, 17.
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 416
46
MATEUS, 8º, 14 ao 17. — MARCOS,
1º, 29 ao 34 — LUCAS, 4º, 38 ao 41.
Cura da sogra de Pedro. —
Enfermidades curadas
(66) 20 centavos.
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 526
(67) 1º Reis, 14º, 45. — 2º Reis, 14º, 11. —
Isaías, 51º, 7, 8, 12, 13. — Jeremias, 1º, 8. —
Zacarias, 8º, 12, 13. — JOÃO, 15º. 14 e 15. — Atos.
27º, 34. — 1ª Epístola à Pedro, 3º, 14.
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 527
64
MATEUS, 10º, 32 ao 36. — LUCAS,
12º, 8 ao 9 e 49 ao 53. Jesus veio
trazer fogo à Terra. — Não veio
trazer a paz e sim o gládio, a
divisão, a fim de que chegue a ser
conhecido e até que o seja
(86) JOÃO, 2º, 25; 7º, 5, 20; 8º, 48; 10º, 20. —
Apocalipse, 2º, 23. — Daniel, 2º, 44.
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 621
81
MATEUS, 12º, 29 ao 37. —
MARCOS, 3º, 27 ao 30. — LUCAS,
11º, 21 ao 23; e 12º, 10. O forte
armado. — Pecado remido. —
Blasfêmia contra o Espírito Santo.
— Tesouro do coração. — Palavra
Ímpia. — Quem não está com Jesus
está contra ele. — Pelo fruto é que
se conhece a árvore
“Humildade”.
Jesus repete amiúde, sob diversas
formas, em ocasiões e lugares diferentes, a
lição da humildade, pois que a humildade é a
fonte de todas as virtudes, de todo o
progresso e de toda a elevação moral e
intelectual, sendo o orgulho, ao contrário, o
vício mais difícil de desarraigar do coração
do homem e a causa principal dos vícios que
degradam o Espírito, assim como das suas
quedas e das perdas que sofre.
Aproximava-se o momento de se
cumprirem os fatos preditos, e Jesus,
falando daquele modo aos discípulos,
confirmava as predições já feitas. Enviados
por Ele, Pedro e João encontram o homem
que lhes fora indicado e tudo se passa como
Ele anunciara. Esses fatos, que se
verificavam em Jesus, de presciência, de
visão a distância, bem como a influência
oculta que concorria para que eles se
produzissem, já ficaram explicados, quando
estudamos outros pontos já considerados.
Quanto à traição de Judas, não
resultou de uma predestinação. Aceitá-la
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 1174
como tal importaria em negar a justiça de
Deus.
Judas, que era um Espírito desejoso de
adiantar-se, mas orgulhoso e por demais
confiante nas suas forças; pedira, antes de
encarnar, lhe fosse concedido participar da
obra do Cristo, esperando tirar dessa
participação abundantes e preciosos frutos.
Em vão seus guias lhe fizeram ver os
escolhos contra os quais iria chocar-se. A
nada quis atender.
Jesus conhecia a Judas e lhe aceitara
o concurso. A lição terrível que o esperava
fá-lo-ia sair afinal purificado de todos os
vícios que ainda o dominavam. Foi tendo em
vista esse futuro, patente a seus olhos, que
o Mestre consentiu naquele ato de Judas,
que, além de orgulhoso, era invejoso e
amante do luxo (180). Quantos e quantos
Judas não existem ainda neste mundo e
quão tremenda é a expiação que os espera!
Os bons Espíritos nos dizem: Queridos
irmãos, desconfiai todos, todos sem
exceção, de vós mesmos, pois que estais
sempre prontos a dar entrada a “Satanás”,
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 1175
ao “demônio” do orgulho e da inveja, e muito
prontamente sucumbis às suas sugestões.
Guarde-vos o Senhor, porqüanto a queda é
fácil, mas o reerguimento é terrível!“
Os discípulos, dizem os Evangelhos,
fizeram o que o Mestre lhes determinara,
tudo se passou como lhes fora dito e
prepararam tudo para que Ele celebrasse a
Páscoa com os doze, portanto com Judas
Iscariotes, também, o qual, sabia-o Ele, o
havia de trair. E, com efeito, celebrou com
seus discípulos aquela festa, não numa
sinagoga ou num templo construído pelos
homens, mas num amplo cenáculo todo
mobilado. Como cumpria acontecesse, tal
festa, a ceia pascal, serviu, sob o império e o
véu da letra, de base a um culto exterior. Em
espírito e verdade, porém, foi um ato
puramente espiritual, emblemático, cujo
sentido, alcance e aplicações em seguida
veremos.
A vida de Judas demonstra até que
extremo funesto pode o orgulho obstinado
levar a criatura que se exalta, julgando-se
capaz de tudo, pelo seu saber e pelo seu
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 1176
poder. Faz, entretanto, manifesta, ao mesmo
tempo, a justiça e a misericórdia de um
Deus, cuja mão paternal está sempre pronta
a estender-se para o filho indócil, a fim de o
levantar da queda, que lhe deve servir de
lição.
Com efeito, Judas, tendo falido no
desempenho da missão que pedira, por ser
esta superior às suas forças, achou, pela
infinita bondade de Deus, meio de se erguer
e regenerar no crisol do arrependimento, do
remorso, da expiação, da reparação, do
tempo, do progresso, de forma a reaver o
seu lugar entre os servidores fiéis e
devotados de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Quando recebia os ensinamentos que
acabamos de resumir, o médium, que servia
de instrumento à transmissão deste conjunto
de revelações que nos iluminam o carreiro
por onde chegaremos aos pés do Nosso
Senhor e Mestre, escreveu inopinadamente
as duas comunicações que se seguem e que
constituem grandiosas lições, fontes de
esperança e de coragem para todos, a todos
ensinando que, por maior que seja o crime,
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 1177
ou a falta da criatura, jamais é tão grande
quanto à bondade de Deus.
São estas as comunicações:
“Oh! como é grande esse Deus que
permite que o “filho culpado encontre, na sua
própria indignidade, o “ponto de apoio que o
ajudará a subir para a perfeição!
“Oh! quanto é bom aquele que está
sempre pronto “a perdoar ao que
sinceramente se arrepende, que pensa “com
suas mãos benfazejas as chagas dos
nossos corações culpados, que nelas
derrama o bálsamo da esperança e as
cicatriza com o auxílio da expiação!
“Bendito sejas tu, meu Deus! — JUDAS
ISCARIOTES”.
“O amor do Senhor se estende por
sobre todas as suas criaturas. Vinde, pois, a
Ele, cheios de confiança. Não são os
inocentes os que precisam de perdão. Não
são os fortes os que precisam de amparo.
Vinde, filhos que chorais as vossas faltas, o
Senhor vos enxugará as lágrimas. Vinde,
filhos fracos e enfermos, o Senhor vos dará
parte maior e mais ativa do seu amor. Vinde
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 1178
confiantes. Como vós, também nós falimos.
Como vós, também fomos culpados,
amargamos as nossas faltas e expiamos os
crimes que cometêramos e as fraquezas que
nos fizeram sucumbir, por meio de longo e
penoso labor numa série extensa de
existências humanas, que prepararam e
realizaram a nossa purificação, graças à
qual o Senhor nos admitiu a gozar da sua
alegria”.
“Imitai-nos, portanto, irmãos bem-
amados. Todos “tendes, mais ou menos, o
que expiar, tendes que pedir “perdão. Vinde
com confiança aos pés do vosso pai,
confessai vossas faltas perante o seu
tribunal. O juiz é“reto, o juiz é justo, mas
também é pai. Sua indulgência “há de
sempre prevalecer sobre a sua justiça; suas
sentenças Ele as profere sempre dentro dos
limites das vossas forças. É Credor paciente
e brando; esperará que possais pagar a
vossa dívida”.
“Oh! vinde! Possa a mão que vos
estendemos sustentar-vos, fazendo-vos
compreender que em nós achareis grandes
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 1179
tesouros de amor”.
“Judas, é hoje um espírito regenerado
no crisol do “arrependimento, do remorso, da
expiação, da reencarnação e do progresso.
Tornou-se um dos auxiliares humildes, ativos
e devotados do Cristo. Este exemplo vos
mostra que não deveis nunca repelir
QUALQUER de vossos irmãos e ainda
menos exclui-lo da paz do Senhor”.
Os exemplos de paciência e
resignação que neste passo deu Jesus,
devemos tê-los presentes sempre ao nosso
espírito. Não sejamos nunca dos que
acusam e insultam, por mais que pareça
legítimo o direito que nos assista de assim
proceder, porque, cegos que somos,
podemos estar a acusar e insultar a um
inocente.
A paciência e a doçura é o que nos
cumpre opor aos que de nós zombem ou
escarneçam. Fora inútil tentarmos
demonstrar a cegos os princípios e as
propriedades da luz. Perderíamos o nosso
tempo. Firmemo-noS na pureza das nossas
intenções, na pureza da nossa consciência e
dos nossos atos e estejamos certos de ter
sempre no Senhor um juiz imparcial e
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 1248
eqüânime.
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 1249
180
MATEUS, 27º, 31 ao 32. —
MARCOS, 15º, 20 ao 21. — LUCAS,
23º, 26 – 32. Jesus conduzido ao
lugar do suplicio. — Simão de
Cirene o ajuda a carregar a cruz. —
Palavras que dirige às mulheres
que o lamentavam e pranteavam
(195) Meio-dia.
(196) Três horas da tarde.
(197) Amós, 8º, 9. — Salmos, 21º, 1, 2; 30º, 6;
68º, 22. — JOÃO, 19º, 29, 30.
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 1278
185
MATEUS, 27º, 51 ao 56. —
MARCOS, 15º, 38 ao 41. — LUCAS,
23º, 45; e 47 ao 49. Rasga-se o véu
do templo. — Tremor de terra. —
Aparição dos mortos. —
Obscurecimento do Sol. — Palavras
do centurião
(202) O domingo.
(203) Apocalipse, 19º, 14.
Antônio Luiz Sayão - Elucidações Evangélicas 1308
189
MARCOS, 16º, 12 ao 13. — LUCAS,
24º, 13 ao 35. Aparição de Jesus
aos dois discípulos que iam para a
aldeia de Emaús. — Jesus, estando
com eles à mesa, lhes desaparece
das vistas
FIM