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Sociologia Geral
Regras Sociais
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• Folkways: prática convencional aceita como apropriada em relação a qual
não se insiste;
I – Escolas Jurídicas
Existem dois grandes grupos dentro das escolas jurídicas, as escolas moralistas e
as escolas juspositivistas. As escolas moralistas se dividem em Jusnaturalismo Grego, Escola
Medieval Teologia e Escola do Direito Natural Racional.
Jusnaturalismo Grego
Essa idéia do Direito Natural vai adentrar na Idade Média, fazendo com que a
Escola Medieval Teológica considere que o Direito Natural seja superior, estável e imutável,
e que a diferença entre essas escolas está na fonte do Direito. Enquanto que na Escola
Jusnaturalista Grega a fonte do Direito está na Natureza, na Escola Medieval Teológica, a
fonte é divina, está em Deus, o Direito Natural é um produto, um resultado da decisão divina.
Com a Escola do Direito Natural Racional, pela primeira vez, o Direito vai ser
baseado na razão. Do século XVI ao XVIII, temos a valorização da razão humana, a
capacidade de pensar, ponderar, refletir sobre as regras. Entre os principais pensadores
dessa escola, temos Kant, que desenvolveu todas sua idéias baseadas no Iluminismo, que foi
um movimento político e intelectual, uma revolução intelectual ocorrida basicamente durante
o século XVIII, na Europa, particularmente na Inglaterra, na Holanda e na França, quando
se deu a separação da religião da razão, e que a partir daí o homem modificou seu modo de
agir, de ser e de pensar, e sua grande preocupação foi descobrir o funcionamento de todas as
coisas, tendo como fundamento e instrumento a razão.
Realismo Jurídico
• Escola Marxista;
• Durkheim.
Escola Marxista
Durkheim
Dessa forma, temos o direito como fato social, que impõe aos indivíduos
comportamentos que garantem uma coesão social. A estrutura da sociedade é caracterizada
por relações recíprocas denominadas de solidariedade. O Direito, como regulador de ações,
garante a existência de uma consciência coletiva, que trará estabilidade social. Para
Durkheim existem dois tipos de solidariedade, uma chamada de mecânica outra chamada de
orgânica. A solidariedade mecânica ou por semelhança é encontrada nas sociedades antigas,
nas quais uma autoridade impõe as regras e o indivíduo tem o dever de cumpri-las, caso
contrário, sofrerá sanções. Os valores dessas regras vêm das tradições e da religião,
baseadas na uniformidade dos comportamentos. A solidariedade orgânica ou por
dessemelhança é criada a partir da necessidade dos indivíduos de se encaixar no processo de
desenvolvimento social, organizado de determinada forma que o indivíduo se dará bem nela
somente se atuar conforme regras nela pré-estabelecidas.
A primeira obra que teve como nome Sociologia Jurídica foi do sociólogo
italiano Carlo Nardi-Grego, em 1907. Já em 1913, temos a segunda obra importante em
Sociologia Jurídica, que se trata da obra ‘Fundamentos da Sociologia do Direito’, de autoria
do alemão Enrlich. A partir disso, a Sociologia Jurídica passou a ser uma ciência própria,
quando os estudos referentes à Sociologia Jurídica têm o Direito como um Fato Social, como
uma realidade encontrada na sociedade.
O Direito sempre vai nascer no meio social. Ele é criado, interpretado e aplicado
pelos membros e uma sociedade. Esse Direito tem como objetivo controlar o comportamento
dos indivíduos. O Direito, portanto, é parte e produto do meio social.
Como sabemos, a partir de que uma norma é criada, ela gera uma repercussão
na sociedade, que poderá ser analisada sobre as três formas acima, que são os efeitos
sociais, a eficácia e a adequação interna das normas.
Uma norma será eficaz se a população respeitar a norma e uma vez não
respeitando, o Estado punir quem a desrespeitar. A primeira situação se configura na
eficácia do preceito, e a segunda na eficácia da sanção. Se uma norma é respeitada por 80 %
dos indivíduos espontaneamente e o Estado identifica em sua totalidade os 20% que a
desrespeitaram e os pune, essa norma é 100% eficaz.
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Geiger, alemão, criou a chamada quota de eficácia, que implica a relação entre a
eficácia e a ineficácia da norma. Por exemplo, se uma norma é desrespeita por 50% dos
indivíduos de uma sociedade, e dentre esses 40% são identificados e punidos, o que quer
dizer 20% do total, teremos, assim, uma norma 70% eficaz. A quota da eficácia indica a
distância entre o Direito escrito e o Direito em ação.
Temos conjuntos de fatores que irão controlar para a menor ou maior eficácia da
norma. O primeiro fator instrumental é a divulgação do conteúdo da norma para a
população, através da propaganda; o segundo é o conhecimento efetivo da norma por quem
a elabora e cria; o terceiro é a perfeição técnica da norma, que é a redação clara com um
conteúdo preciso; o quarto fator instrumental é a elaboração de estudos preparatórios do
tema que se deseja legislar, com análise de estatística, custo para o controle de infra-
estrutura, para se garantir maior eficácia na aplicação da norma. Tudo isso para assegurar
que a norma será ao máximo eficaz. Quanto mais minuciosos forem estes estudos, mais eficaz
a norma será. O quinto fator instrumental diz respeito aos operadores do Direito, que são as
pessoas responsáveis pela aplicação da norma. Por fim, o sexto fator instrumental é a
expectativa de conseqüências negativas.
Tudo isso faz parta das regras que os indivíduos estabelecem para a sociedade.
Qual é o comportamento dos indivíduos que detém o poder? Eles tentam influenciar os
demais indivíduos, afim de que esses últimos compartilhem o padrão de comportamento
dominante, ou seja, a sociedade como um todo acaba incorporando um comportamento
padrão dominante, viabilizando a dominação total que as elites exercem aos demais, através
de uma imposição de uma ordem social.
A partir do momento que temos a imposição de uma ordem social, podemos ter
conflitos sociais, principalmente em relações às regras da sociedade, surgindo, então,
mudanças sociais.
Durkheim
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Émile Durkheim contribuiu de forma significativa para que a Sociologia
adquirisse o status de ciência, ao estudar a sociedade e separar os fenômenos sociais da
Psicologia, construindo, assim, um Objeto e um Método.
Não bastando apenas apontar esses fatores, Durkheim procurou saber os motivos
causadores da prática do suicídio, suas razões. Com isso, foram detectados alguns pontos em
comum, que são a falta ou o excesso de integração social e também uma situação de crise
social geral, uma anomia. A partir desse quadro, Durkheim cria uma tripologia para o
suicídio, que são os três tipos de suicídios apontados por ele.
A partir dessa primeira idéia, podemos considerar que existe um conflito entre as
metas e os meios. Então, Merton estabelece uma classificação dos tipos de comportamento
dos indivíduos, em relação às regras sociais para se atingir as metas, os quais ele chamou de
modos de adaptação.