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Sociologia Geral

Sociologia é uma ciência que lida com as sociedades humanas e os


relacionamentos entre os indivíduos em sociedades na suas associações, grupos e
instituições. A Sociologia estuda os fenômenos que ocorrem quando vários indivíduos se
encontram em grupos de tamanhos diversos, e interagem no interior desses grupos.

Na Idade Antiga, a Família tinha certas características, tais como a patriarcal


extensa, que era um grupo que produzia para si, em busca de sua própria sobrevivência. A
Idade Média é marcada pela divisão do poder entre o clero e a nobreza. As regras de
convívio social eram estabelecidas em nome de Deus. Na Idade Moderna, o indivíduo sai da
família para produzir nas fábricas. A partir do século XVII, com o surgimento dos
racionalistas, começa a valorização do uso da razão, passando pelo século XVIII, com o
Iluminismo, que culminou na Revolução Francesa na França e na Revolução Industrial na
Inglaterra. Com a repentina mudança da forma de produção, passando do campo para a
fábrica, passando da produção de subsistência para a produção em larga escala, a
Revolução Industrial promoveu profundas modificações e inovações nas relações e nas
condições de existência humana. Todas essas situações radicalmente novas, advindas do
modelo capitalista de produção, trouxeram consigo uma série de problemas nas sociedades.
A partir dos acontecimentos provocados por essas revoluções, surge a Sociologia, ciência
que estuda as mudanças no comportamento do Homem na sociedade. O estudo científico dos
fatos humanos começou a se formar em meados do século XIX, quando se iniciou o vitorioso
método das ciências naturais. Enquanto que o conhecimento dos fenômenos naturais é um
conhecimento de algo externo ao próprio homem, as ciências sociais procuram conhecer a
própria experiência humana.

Em uma escola, em um partido político ou em um movimento de greve, por


exemplo, podemos observar, comum a todos eles, a interação entre indivíduos. Os indivíduos
interagem entre si devido à necessidade básica reunir elementos que garantam sua
sobrevivência. A relação social conduz a processos sociais, nos quais temos grupos que
produzem forças unificadoras e grupos que produzem forças divisoras, que com isso
equilibram as forças existentes nas relações sociais.

Um processo social básico é o de cooperação, onde temos indivíduos com


funções idênticas. Nesse tipo de processo social temos também o trabalho associado e o
labor suplementar. A competição é uma forma fundamental de luta social. Temos a
competição pura e simples e a competição personalizada. Nesta última, cria-se uma
rivalidade que poderá chegar ao grau de hostilidade. Nossa sociedade moderna é
caracterizada pela competitividade, em que os indivíduos, para obterem o sucesso, procuram
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chegar ao posto mais elevado possível do seu ramo profissional, que lhe garantirá recursos
financeiros necessários para a obtenção de status social, tudo dentro do modelo capitalista
do sucesso, implantado por meio da globalização e do neoliberalismo.

No modelo atual da nossa sociedade, os indivíduos estão em constante


competição. Essa situação geral tensão entre os indivíduos e conseqüentemente conflito.
Esses são fatores que acentuam a formação de classes abertas, a busca pelo status e sua
manutenção, além da necessidade da busca pela democracia. O conflito tem a característica
de se ajustar, dando-lhe caráter de ser intermitente, o que quer dizer que ele se inicia e
certamente terá um final. O que faz com que um conflito termine são:

• A variação do nível de força dos conflitantes;

• O peso da consciência dos conflitantes; e

• A necessidade e a busca pela paz.

Outra característica do conflito é a acomodação, porém com a possibilidade de


vir à tona novamente. Isso reflete o caráter dinâmico da interação social. As formas de
acomodação do conflito são várias. Um conflito pode terminar, ser tido como acabado,
quando um dos antagonistas vence o outro de forma definitivamente, sob duas formas, pelo
ajustamento ou pelo aniquilamento.

A assimilação é o processo através do qual diferentes grupos tornam-se


similares, mudando sua identidade, através da aculturação, da adoção de criança ou da
conversão religiosa.

A relação social ocorre quando indivíduos ou grupos de indivíduos têm


expectativas recíprocas, no que se refere ao comportamento uns dos outros, de modo que
ajam de maneira padronizada. Relação social consiste, também, em um padrão de interação
humana, sendo que há pequenas variações motivadas pela cultura. A cultura é importante
por que ela oferece conhecimento para o homem controlar o mundo do qual faz parte.
Também, ao mesmo tempo em que o homem incorpora a cultura, ele automaticamente passa
para os outros indivíduos de sua comunidade essa cultura, que é passada de geração a
geração.

A partir do momento em que um indivíduo torna-se dependente de outros


indivíduos, ele terá que se relacionar com os demais, numa interação social, num constante
processo de socialização, que proporciona a inserção do indivíduo dentro da sociedade, na
qual ele terá que se submeter às regras e aos valores dessa sua nova sociedade.

Regras Sociais
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• Folkways: prática convencional aceita como apropriada em relação a qual
não se insiste;

• Mores: são normas moralmente sancionadas com vigor, consideradas


essenciais ao bem estar da sociedade.

No processo de socialização do indivíduo, as instituições sociais têm um papel


fundamental. As principais instituições são a família, a escola, a religião, o Estado. Há
indivíduos que não se socializam. Então, a sociedade reage através do controle social,
formalmente praticado pelo Estado, e coloca esse indivíduo à margem da sociedade.

I – Escolas Jurídicas

Escola jurídica se configura em um conjunto de autores, pensadores, os quais, a


partir de interpretações singulares, vão procurar responder três questões principais:

• 1ª questão: O que é Direito?

• 2ª questão: Como funciona o Direito?

• 3ª questão: Como deve ser estruturado o Direito?

Existem dois grandes grupos dentro das escolas jurídicas, as escolas moralistas e
as escolas juspositivistas. As escolas moralistas se dividem em Jusnaturalismo Grego, Escola
Medieval Teologia e Escola do Direito Natural Racional.

Jusnaturalismo Grego

Os gregos foram os primeiros principais desenvolvedores do pensamento


filosófico e político, tornando-se os grandes filósofos do Direito, apesar de não praticarem a
escrita do Direito. A prática da democracia que garantia a manutenção do Direito.

Os filósofos gregos analisavam o mundo, a sociedade e sua organização política,


e desenvolveram várias linhas filosóficas de pensamento do jusnaturalismo grego, cujo a
base comum é a natureza organizada, chamada de Fysis, que funciona de forma organizada,
estabelecendo uma ordem, regras de direito natural, que apesar de não estarem escritas, elas
existem e sob a quais todos os seres se submetem. Dessa forma, o Direito Natural é o
conjunto de normas invariáveis, que vão atuar independentemente da vontade dos indivíduos.

O Direito Natural possui duas características principais. Ele é anterior à criação


das instituições políticas, que são criadas pelos homens e é superior ao Direito escrito. Um
exemplo é a explicação dos filósofos gregos, que justificavam juridicamente a posição
inferior da mulher em relação ao homem na sociedade antiga. Para eles, a questão física era
o fundamento para que a mulher não pudesse exercer todos os direitos exercidos pelos
homens. Uma vez que a mulher era considerada fisicamente inferior ao homem, e isso é uma
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condição natural, e conseqüentemente não conseguiriam exercer algumas atividades ou
tarefas sociais que os homens exercem, também elas eram desprovidas de direitos que
somente aos homens eram permitidos. Essa natural incapacidade da mulher irá justificar,
então, uma série de restrições dos direitos da mulher na sociedade antiga, fazendo a mulher
ser obrigada a se submeter ao controle do homem. Portanto, o que acontece na vida jurídica
é reflexo da posição natural das coisas.

Direito natural, portanto, configura-se em um conjunto de princípios e idéias


considerados superiores, imutáveis, estáveis e permanentes, possuindo uma autoridade que
vem da natureza.

Escola Medieval Teológica

Essa idéia do Direito Natural vai adentrar na Idade Média, fazendo com que a
Escola Medieval Teológica considere que o Direito Natural seja superior, estável e imutável,
e que a diferença entre essas escolas está na fonte do Direito. Enquanto que na Escola
Jusnaturalista Grega a fonte do Direito está na Natureza, na Escola Medieval Teológica, a
fonte é divina, está em Deus, o Direito Natural é um produto, um resultado da decisão divina.

Escola do Direito Natural Racional

Com a Escola do Direito Natural Racional, pela primeira vez, o Direito vai ser
baseado na razão. Do século XVI ao XVIII, temos a valorização da razão humana, a
capacidade de pensar, ponderar, refletir sobre as regras. Entre os principais pensadores
dessa escola, temos Kant, que desenvolveu todas sua idéias baseadas no Iluminismo, que foi
um movimento político e intelectual, uma revolução intelectual ocorrida basicamente durante
o século XVIII, na Europa, particularmente na Inglaterra, na Holanda e na França, quando
se deu a separação da religião da razão, e que a partir daí o homem modificou seu modo de
agir, de ser e de pensar, e sua grande preocupação foi descobrir o funcionamento de todas as
coisas, tendo como fundamento e instrumento a razão.

Para o Iluminismo, o Direito se caracterizava na liberdade do indivíduo, que só


poderia ser justificado se permitisse a realização do bem comum entre as pessoas. A partir
dessas idéias, Kant desenvolveu suas idéias, pois para ele o Direito deve garantir a liberdade
dos indivíduos; o Direito deve ser composto por normas gerais. Temos, então, um viés
inovador para o modelo do Direito, porém, ainda as escolas são consideradas moralistas,
pois existe uma manutenção das idéias do discurso grego, em que a definição do Direito
passa pela idéia de que a razão tem como base as raízes naturais, em que a razão é baseada
na natureza. O rompimento definitivo da razão com a natureza vai se dar com as Escolas
Positivistas.
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Escolas Positivistas do Direito

O Direito é um sistema de normas que regula o comportamento social,


influenciando as ações dos indivíduos. O Direito seria um instrumento para a ação de
governar. Por de traz do Governo existe uma vontade política, que constitui na fonte do
Direito.

Nessas escolas, temos os teóricos positivistas que centram suas idéias na


legislação e os teóricos positivistas que centram suas idéias na aplicação.

Para Thomas Hobbes, o estado natural do homem é um estado de guerra, em que


o homem é levado a um processo destrutivo. Para se evitar que se chegue a esse estado,
necessário se faz criar leis, direito positivo, que deve ser firmado no “Contrato Social”.
Segundo ele, no Contrato Social, os indivíduos devem abandonar suas armas, entregar seus
direitos a uma autoridade central, que terá o poder absoluto, tomará decisões em nome de
todos, irá impor uma ordem com o objetivo de pacificar. Aqui, observamos que o Direito
Positivo se sobrepõem ao Direito Natural.

Jean-Jacques Rousseau foi um dos mais considerados pensadores europeus no


século XVIII. Ele nasceu em Genebra, na Suíça, em 28 de junho de 1712, e faleceu em
Ermenonville, nordeste de Paris, França, em 2 de julho de 1778. Foi filho de Isaac Rousseau,
relojoeiro de profissão.

Para Rousseau, o homem é naturalmente bom, porém a civilização é a


responsável pelos desvios morais do homem. O progresso e a civilização é que transformam
o indivíduo bom em um indivíduo mau. Para ele, a corrupção se inicia com o direito da
propriedade. Para se evitar que o homem se torne um indivíduo mau para sua própria
espécie, deve-se realizar um Contrato Social, diferente, em alguns aspectos do Contrato
Social de Thomas Hobbes, pois Rousseau é um autor mais democrático, e assim, para ele, o
Direito deve emanar do povo e não se originar de um líder dominante. Com isso, a lei é uma
declaração pública da vontade do povo.

Hans Kelsen, jurista filósofo, de origem austríaca, no início do século XX,


através de sua obra ‘Teoria pura do direito', apresentou uma nova concepção de ciência
jurídica, segundo a qual o Direito faria um corte epistemológico relativamente à moral e
qualquer outra disciplina, visando torná-lo num saber objetivo e exato e alcançar a pureza
do Direito. Kelsen desconsiderava qualquer questão sobre as forças sociais que criam o
Direito. A partir daí, ele se consolidou no expoente maior da corrente filosófica denominada
de Positivismo Jurídico. Para os adeptos do Positivismo Jurídico, existem apenas as normas,
ou seja, o Direito se configura no conjunto das normas em vigor. Também, para Kelsen, a
análise das normas de Direito deve ser feita sem a interferência de outras ciências, pois
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existem valores internos no discurso do Direito, os quais não podem ser substituídos por
outras ciências. Temos, assim, uma concepção puramente jurídica do Direito. Embora seja
essa a defesa de Kelsen, ele não nega que existem classes sociais que estão em constantes
conflitos sociais, porém para ele, esses são estudos que não são temas do Direito, então, não
cabe ao jurista estudar o comportamento do homem.

Teorias Positivistas Centradas na Aplicação do Direito

Para os teóricos positivistas, o que vale mais é o processo de interpretação do


direito, e essa interpretação cabem aos tribunais e à Administração Pública fazê-la. Esses
teóricos elaboraram uma análise antiformalista do Direito, pois eles consideram que os
teóricos da aplicação cometeram um erro básico e significativo, que é o de centralizar o
pensamento na aplicação pura e simples do Direito.

Jurisprudência dos Interesses

O termo Jurisprudência dos Interesses é uma expressão inventada na Alemanha


por Philipp Heck (1858-1943). Junto com o Direito Livre, concepção teleológica e
pragmática do Direito, que quer dizer ordenamento e garantia dos interesses dos membros
da sociedade, contrapõe à jurisprudência dos conceitos, expressão pejorativa e também
criada por Heck. Jurisprudência dos Interesses é um método para a interpretação e
aplicação do direito.

Heck é um positivista filosófico, que se opõe ao positivismo jurídico. Para o


positivismo filosófico interessam os fatos positivos e históricos, não os valores de ordem
metafísica. Em um caso jurídico, em que existam conflitos de interesses, a decisão deve ser
baseada na ponderação dos interesses. A lei deve ser obedecida, porém, essa obediência
deverá ser de forma inteligente, levando em consideração a situação social dos conflitantes,
no momento da decisão. Temos, então, uma escolha de caráter sociológico.

Realismo Jurídico

Essa linha de pensamento começa a se desenvolver no final do século XIX, nos


Estados Unidos da América e na Escandinava. Seus pensadores são bem mais radicais que
os anteriores, pois para eles as normas não têm muita relevância, pois eles têm como
pressuposto que não é possível aplicar o Direito da forma como ele está previsto na lei. O
modo de aplicação da norma é que é efetivamente importante, considerando cada momento
social. O importante é o Direito em ação. Temos, portanto, uma corrente realista, que se
preocupa com a realidade social, em contraposição aos que aplicam o direito tão somente.
Para eles os tribunais detêm o direito.

Escolas Positivistas de Caráter Sociológico


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Os adeptos dessas escolas procuram responder questões de extrema importância,
que são: quem cria o Direito e por quê; por que uma norma é aplicada ou deixa de ser; e
qual é a relação entre o direito e a realidade.

Dentre essas escolas temos três mais importantes:

• Escola Histórica do Direito;

• Escola Marxista;

• Durkheim.

Escola Histórica do Direito

A Escola Histórica do Direito vai surgir no século XIX, na Alemanha. Seus


doutrinadores consideram que a evolução histórica da sociedade é marcada pela presença
de um espírito particular, denominado Volksgeist, que quer dizer o espírito do povo, que vai
determinar toda e qualquer manifestação de uma ação, inclusive a origem do sistema
jurídico. O Direito é entendido com o um produto histórico relacionado com a idéia de
nacionalidade, ou seja, existem particularidades, especificidades que são a fonte do Direito.
As tradições populares são a fonte do Direito.

Escola Marxista

A Escola Marxista é uma escola em que a existência do Direito pressupõe a


existência do Estado. O Direito só vai existir com a existência do Estado. Karl Marx
considera que o Direito na sociedade capitalista estabelece normas universais para sujeitos
desiguais, o mesmo direito vale tanto para os detentores dos meios de produção quanto para
o proletariado. Esse direito é criado para que se perpetue a dominação dos detentores do
poder econômico.

Durkheim

Émile Durkheim é um dos principais precursores da sociologia. Suas idéias são


de grande importância para a compreensão da realidade moderna do mundo social.
Durkheim foi um destaque ao dar à sociologia um método de investigação apropriado e
inequívoco. A sociologia de Durkheim tornou-se uma disciplina independente, caracterizada
por seu forte rigor científico e metodológico.

Sociólogo francês, nascido no século XIX, considerado o precursor da Sociologia


Jurídica. Para ele, direito é um fenômeno social. Na sociedade humana é que o Direito surge
e se desenvolve. Nela é que temos uma estrutura de relações sociais. Durkheim parte do
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princípio de que os fatos sociais são coisas, e toma a sociedade como um organismo, com
vida própria, não dependente dos indivíduos que a constitui, mas dos fatos sociais
acontecidos nela. Ele ainda tem como fato social toda maneira de fazer, fixada ou não,
suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior (Durkheim, 1999-a, pp. 13, 105,
124).

Dessa forma, temos o direito como fato social, que impõe aos indivíduos
comportamentos que garantem uma coesão social. A estrutura da sociedade é caracterizada
por relações recíprocas denominadas de solidariedade. O Direito, como regulador de ações,
garante a existência de uma consciência coletiva, que trará estabilidade social. Para
Durkheim existem dois tipos de solidariedade, uma chamada de mecânica outra chamada de
orgânica. A solidariedade mecânica ou por semelhança é encontrada nas sociedades antigas,
nas quais uma autoridade impõe as regras e o indivíduo tem o dever de cumpri-las, caso
contrário, sofrerá sanções. Os valores dessas regras vêm das tradições e da religião,
baseadas na uniformidade dos comportamentos. A solidariedade orgânica ou por
dessemelhança é criada a partir da necessidade dos indivíduos de se encaixar no processo de
desenvolvimento social, organizado de determinada forma que o indivíduo se dará bem nela
somente se atuar conforme regras nela pré-estabelecidas.

II – Abordagem Sociológica do Sistema Jurídico

Émile Durkheim e Max Weber são os principais teóricos da sociologia,


juntamente com Karl Marx, que no final do século XIX começaram a realizar estudos do
Direito. Com eles, o Direito foi colocado ao lado das outras ciências sociais. A contribuição
deles para o desenvolvimento da Sociologia Jurídica é bastante importante, que sem eles
essa ciência não vingaria como vingou e é hoje. A Sociologia Jurídica surgiu como uma
disciplina específica no início do século XX, quando passou a analisar os fenômenos
jurídicos, a partir dos métodos da sociologia geral.

A primeira obra que teve como nome Sociologia Jurídica foi do sociólogo
italiano Carlo Nardi-Grego, em 1907. Já em 1913, temos a segunda obra importante em
Sociologia Jurídica, que se trata da obra ‘Fundamentos da Sociologia do Direito’, de autoria
do alemão Enrlich. A partir disso, a Sociologia Jurídica passou a ser uma ciência própria,
quando os estudos referentes à Sociologia Jurídica têm o Direito como um Fato Social, como
uma realidade encontrada na sociedade.

A criação, evolução e a aplicação do Direito somente poderão ser explicadas a


partir da análise dos fatores sociais. Existem duas abordagens da Sociologia Jurídica, que
são a Sociologia do Direito e a Sociologia no Direito.
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A primeira, Sociologia do Direito, também chamada de Abordagem Positivista,
opta por fazer uma abordagem procedente de um estudo sociológico, colocando-se em uma
perspectiva externa em relação ao sistema jurídico. Essa abordagem, também, considera que
a Sociologia do Direito é um ramo da Sociologia Geral e que por isso a Sociologia Jurídica
faz parte das ciências sociais. Contudo, temos uma questão importante a resolver, que vai
diferenciar da abordagem seguinte. O direito deve utilizar-se do seu método tradicional, que
lhe oferece uma posição autônoma em relação às outras ciências.

Kelsen busca a pureza da Ciência Jurídica. Para essa corrente, a Sociologia


Jurídica ao poder ter uma participação ativa dentro do direito, pode estudar ou criticar o
Direito, porém não pode ser parte integrando dele, não poderá interferir na aplicação do
Direito. Dessa forma, a postura do cientista da Sociologia do Direito será a de um
observador neutro do Sistema Jurídico. Ele recorre ao Direito para tirar algum proveito,
mas não interferirá na formação do Direito. Para os positivistas, o juiz deve ser neutro na
aplicação da lei. Se for admitida a contribuição de outras ciências para a aplicação do
Direito, vai existir a interferência na aplicação desse direito.

A segunda abordagem é a da Sociologia no Direito, que também é chamada de


Abordagem Evolucionista, na qual temos uma perspectiva interna ao Sistema Jurídico,
devendo a Sociologia Jurídica interferir na criação, na evolução e na aplicação do Direito.
Não existe uma ciência jurídica autônoma, por que o Direito emprega os métodos das
ciências sociais. Nessa perspectiva, a postura de neutralidade do juiz é colocada em dúvida,
devendo o juiz aplicar a lei, apegando-se aos juízos de valor, aos costumes e à sua própria
visão de mundo. O magistrado não pode aplicar a lei de forma pura e simples, deve ponderar
de acordo com a realidade da sociedade atual em que vive.

A Sociologia Jurídica se define como ciência que examina a influência dos


fatores sociais sobre o Direito e as incidências dele na sociedade, ou seja, os elementos de
interdependência entre o social e o jurídico, realizando uma leitura externa do Sistema
Jurídico. A partir dessa definição, temos que a Sociologia Jurídica examina as causas sociais
e os efeitos sociais dessa norma, sendo que o objeto central de estudo da Sociologia Jurídica
é a realidade jurídica. Ao analisar essa realidade jurídica, a Sociologia Jurídica vai buscar
responder a duas questões principais:

• Por que se cria uma norma ou um sistema jurídico, e

• Quais são as conseqüências do Direito para a vida social.

A partir da definição acima, o jurista sociólogo observa o Direito de fora,


fazendo uma leitura externa e buscando analisar as relações entre o Direito e a sociedade, o
que quer dizer que o sociólogo jurista abandona a ótica do jurista e vai se colocar em uma
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perspectiva social, política, econômica, filosófica, etc, para se ter uma análise mais
adequada do quadro social jurídico em estudo.

O Direito sempre vai nascer no meio social. Ele é criado, interpretado e aplicado
pelos membros e uma sociedade. Esse Direito tem como objetivo controlar o comportamento
dos indivíduos. O Direito, portanto, é parte e produto do meio social.

III – A Função da Sociologia Jurídica e Eficácia do Direito

Diante de uma situação em que haja o cometimento de um crime, o sociólogo


jurista procura fazer uma pesquisa para constatar qual é o limite da aplicação do artigo que
define como crime o ato praticado e qual a pena a ser aplicada, e também irá fazer uma
análise da relação do Direito com a evolução da sociedade, não podendo ele expressar juízos
de valor, e ainda terá função de compreender o comportamento do legislador, do autor da lei
e também do cidadão, praticando, assim, a Sociologia Compreensiva de Max Weber.

De acordo com a Filosofia do Direito, os sociólogos do Direito afirmam que o


Direito tem três dimensões, a saber, a Justiça, a Validade e a Eficácia, sendo que a Justiça
interessa aos filósofos do Direito, que examinam as relações existentes entre o Direito e a
Moral. A Validade interessa ao intérprete do Direito, ao qual cabe procurar analisar e
identificar as normas. A Eficácia é que vai interessar ao jurista sociólogo, que ira procurar
examinar a realidade social do Direito. Como a Sociologia Jurídica considera o Direito
como Fato Social, a visão de Direito do sociólogo do Direito diferencia da visão do filósofo.
Apenas a Sociologia Jurídica é que vai examinar a eficácia do Direito, de forma criteriosa e
cuidadosa.

Sobre as leis sobre família, que se encontram no código civil, o dogmático


intérprete vai procurar mostrar quais as condições para se contrair matrimônio segundo o
Código Civil. Já o filósofo do Direito irá examinar as conseqüências morais do matrimônio,
e o sociólogo jurista analisará o impacto social das normas referentes ao casamento.

Efeitos Sociais, Eficácia e Adequação Interna das Normas

Como sabemos, a partir de que uma norma é criada, ela gera uma repercussão
na sociedade, que poderá ser analisada sobre as três formas acima, que são os efeitos
sociais, a eficácia e a adequação interna das normas.

Uma norma será eficaz se a população respeitar a norma e uma vez não
respeitando, o Estado punir quem a desrespeitar. A primeira situação se configura na
eficácia do preceito, e a segunda na eficácia da sanção. Se uma norma é respeitada por 80 %
dos indivíduos espontaneamente e o Estado identifica em sua totalidade os 20% que a
desrespeitaram e os pune, essa norma é 100% eficaz.
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Geiger, alemão, criou a chamada quota de eficácia, que implica a relação entre a
eficácia e a ineficácia da norma. Por exemplo, se uma norma é desrespeita por 50% dos
indivíduos de uma sociedade, e dentre esses 40% são identificados e punidos, o que quer
dizer 20% do total, teremos, assim, uma norma 70% eficaz. A quota da eficácia indica a
distância entre o Direito escrito e o Direito em ação.

Adequação Interna da Norma

Adequação interna da norma é a capacidade da norma de atingir a finalidade


social proposta pelo legislador. Uma norma pode estar sendo cumprida sem atingir sua
finalidade social. O efeito social da norma diz respeito à reação da sociedade de formas
diversas, tais como organizando debates, e outras formas de reunir a população para discutir
a norma e seus efeitos. A eficácia diz respeito ao grau de cumprimento, à adequação interna
da norma.

Fatores de Eficácia ou Ineficácia da Norma

Temos conjuntos de fatores que irão controlar para a menor ou maior eficácia da
norma. O primeiro fator instrumental é a divulgação do conteúdo da norma para a
população, através da propaganda; o segundo é o conhecimento efetivo da norma por quem
a elabora e cria; o terceiro é a perfeição técnica da norma, que é a redação clara com um
conteúdo preciso; o quarto fator instrumental é a elaboração de estudos preparatórios do
tema que se deseja legislar, com análise de estatística, custo para o controle de infra-
estrutura, para se garantir maior eficácia na aplicação da norma. Tudo isso para assegurar
que a norma será ao máximo eficaz. Quanto mais minuciosos forem estes estudos, mais eficaz
a norma será. O quinto fator instrumental diz respeito aos operadores do Direito, que são as
pessoas responsáveis pela aplicação da norma. Por fim, o sexto fator instrumental é a
expectativa de conseqüências negativas.

Temos um segundo grupo de fatores que contribuem para a eficácia da norma. O


primeiro é referente à situação social, na qual temos:

• Participação dos cidadãos no processo de elaboração e aplicação das


normas;

• Coesão social, que se refere à incidência do menor número de conflitos e


maior consenso, que dará um maior grau de eficácia das normas;

• Adequação da norma à situação social, econômica e política de uma


determinada sociedade;

• Contemporaneidade da norma com a sociedade, que significa que a norma


deve estar em sintonia com as condições sociais e culturais da sociedade.
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IV – Conflito, Integração e Mudança Social

A sociologia se configura, em modos gerais, como a ciência da sociedade. Em


termos específicos, ela vai examinar o comportamento humano na sociedade, ou seja, ela
terá um interesse específico nos modelo de comportamento encontrado nas sociedades.

Esses modelos, em primeiro lugar, resultam do processo de construção social da


realidade; em segundo lugar, esses modelos vão padronizar as relações entre os indivíduos,
que são as relações sociais. Se a Sociologia tem esse objetivo, significa que ela irá examinar
as regras que dirigem as relações sociais, e que a Sociologia estuda a interação entre
indivíduos e grupos de indivíduos, o que significa analisar principalmente as regras sociais,
os conflitos sociais e também as mudanças sociais.

Tudo isso faz parta das regras que os indivíduos estabelecem para a sociedade.
Qual é o comportamento dos indivíduos que detém o poder? Eles tentam influenciar os
demais indivíduos, afim de que esses últimos compartilhem o padrão de comportamento
dominante, ou seja, a sociedade como um todo acaba incorporando um comportamento
padrão dominante, viabilizando a dominação total que as elites exercem aos demais, através
de uma imposição de uma ordem social.

A partir do momento que temos a imposição de uma ordem social, podemos ter
conflitos sociais, principalmente em relações às regras da sociedade, surgindo, então,
mudanças sociais.

O objetivo principal do Direito é criar regras que controle o comportamento dos


indivíduos. Porém, as regras não são fixas, pelo contrário, elas devem mudar, sofrer
alterações de acordo com a necessidade social. Seguindo esse raciocínio, concluímos que a
Sociologia Jurídica se depara com os fenômenos do conflito social, da integração social e
com o fenômeno da mudança social.

Teorias Funcionalistas e Teorias do Conflito Social

Para entendermos essas teorias, partimos do pressuposto de que as teorias da


Sociologia moderna são macro-sociológicas, que elas não são relevantes ao estudo, à análise
do indivíduo, dos pequenos grupos sociais, mas sim, essas teorias buscam analisar a
sociedade enquanto um sistema composto por vários indivíduos e grupos de indivíduos.

As teorias funcionalistas consideram a sociedade como sendo uma grande


máquina, que distribui papéis sociais e recursos aos membros da sociedade, que são
identificados com peças dessa grande máquina. Considerando isso, a finalidade da sociedade
é a sua própria reprodução, que ocorre mediante o funcionamento perfeito de suas peças,
que são os indivíduos, e para isso é necessário que esses indivíduos aceitem as regras
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sociais. Portanto, para essas teorias, uma situação de conflito social é entendida como uma
disfunção, e para se evitar isso, a sociedade deve reagir, buscando controlar os elementos da
contestação, que são os indivíduos que estão contestando as regras.

Essa teoria vê a sociedade como um sistema harmônico, sem divergência e


conflitos, que não consegue acompanhar a dinâmica da sociedade.

Teorias do Conflito Social

Chamadas de Teorias Marxistas, para elas, as sociedades são formadas pro


grupos com interesses opostos que têm como objetivo o poder, um quer se manter no poder, o
outro quer chegar no poder. Para essas teorias, o ponto principal da sociedade é o
condicionamento ideológico que os grupos dominantes exercem sobre os outros grupos. Isso
pode ser causa das crises sociais provocadoras das mudanças sociais, que são tidas como
fator normalíssimo, isso é, algo natural.

O fundamento, a base das teorias do Conflito Social é que a história de todas as


sociedades até hoje é a história de lutas de classes.

Anomia e Regras Sociais

Anomia significa ausência de regras. Primeiramente, temos que considerar três


significados especiais do conceito de anomia. O primeiro tem a ver com a ilegalidade, que
significa que se um indivíduo vive numa situação de ilegalidade, transgressão das regras, das
normas, não existindo qualquer vínculo dele com as regras, esse indivíduo vive em uma
situação de anomia. O segundo significado de anomia é o conflito de normas. Quando
existem exigências contraditórias, que torna difícil a adequação do indivíduo em relação à
norma, como a regra em que o indivíduo que deverá prestar serviço militar e que também,
por força de religião, não permite que ele toque em armas. O terceiro significado de anomia
é no caso de falta de normas, que vinculam o indivíduo com ao contexto social. Como nos
anos 60 tivemos a contra cultura Hippie, na qual os valores estiveram em crise e levou a
vários questionamentos das normas até então existentes. No Iluminismo também tivemos
vários questionamentos de ordens diversas, quando tivemos uma perda do referencial de
guerra, onde não há nenhum respeito a regras. Devemos, a partir desses três exemplos,
entender a anomia como uma crise de normas, de referência na sociedade. Essa crise é
provocada basicamente por duas causas, uma pela perda de valores, ou seja, pela crise de
valores; em segundo lugar, essa crise de norma também se relaciona com a crise de
legitimidade do poder político e do sistema jurídico.

Durkheim
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Émile Durkheim contribuiu de forma significativa para que a Sociologia
adquirisse o status de ciência, ao estudar a sociedade e separar os fenômenos sociais da
Psicologia, construindo, assim, um Objeto e um Método.

Durkheim começou seus estudos com a obra chamada ‘O Suicídio', de 1987,


através da qual ele faz uma análise sobre o conceito de anomia. Essa obra é de extrema
importância, pois até no final do século XIX, considerava-se o suicídio relacionado com
quatro fatores principais, sendo que o primeiro fator relacionado ao suicídio são as doenças
psíquicas; o segundo é o fator geográfico; o terceiro é o fator clima; e o quarto fator é o da
raça do indivíduo.

Porém, Durkheim considerou que o suicídio se relaciona, ou está associado a


fatores sociais e não a fatores extra-sociais. Em seus estudos, ele chega à conclusão de que
são cinco fatores que estão estritamente relacionados à causa do suicídio. O primeiro fator
apontado por Durkheim é o da religião; o segundo é o estado civil do cidadão; o terceiro é a
profissão; o quarto é o nível educacional; e o quinto fator é o lugar onde o indivíduo vive, o
meio onde se vive. Estabelecidos esses fatores, Durkheim conclui que as taxas de suicídio
eram maiores entre os protestantes, os solteiros, os profissionais liberais, os que possuíam
um grau superior de educação e entre os moradores em cidades urbanas.

Não bastando apenas apontar esses fatores, Durkheim procurou saber os motivos
causadores da prática do suicídio, suas razões. Com isso, foram detectados alguns pontos em
comum, que são a falta ou o excesso de integração social e também uma situação de crise
social geral, uma anomia. A partir desse quadro, Durkheim cria uma tripologia para o
suicídio, que são os três tipos de suicídios apontados por ele.

O primeiro tipo de suicídio apontado por Durkheim é o causado pelo egoísmo do


indivíduo, que se encontra desvinculado da sociedade, isolado socialmente. Esse egoísmo
marginaliza o indivíduo. Um exemplo é o de uma pessoa que não tendo outros parentes, além
do cônjuge, venha a ser viúvo, perdendo seu único vínculo com a sociedade. O segundo tipo
de suicídio para Durkheim é o causado pelo excesso de vínculo que o indivíduo estabelece
com a sociedade, passando esse a ser extremamente vinculado ao grupo social em que vive,
desvalorizando sua própria vida em função do grupo. É o caso do indivíduo altruísta. O
terceiro tipo de suicido é o suicídio anômico, que o caracterizado pelo indivíduo que vive em
situações de completa falta de regras. Quando há perturbações da ordem coletiva, alguns
indivíduos podem se desorientar, ficando desequilibrados nos seus desejos, os quais passam
a não serem possíveis de realização. Por exemplo, em uma grande crise econômica, um
indivíduo rico perde todos seus bens, e com isso, perde também todas sua referências
anteriores que o ligava à sociedade, podendo a se matar por causa dessa desorientação.
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Robert Merton

A primeira idéia de Merton é a de que na sociedade existe um desenvolvimento de


que ele chama de metas culturais, que vão expressar os valores que orientam a vida dos
indivíduos em sociedade. Então, existem metas que os indivíduos têm de buscar, e eles as
buscam através de meios que são dados pela própria sociedade em que vivem, e esses meios
são os recursos legítimos prescritos socialmente. Porém, existem meios que não são
prescritos pela sociedade, porém que servem também para se alcançar as metas
estabelecidas pelas sociedades, metas essas que devem ser alcançadas pelos indivíduos.

Robert Merton, norte americano, estudou a sociedade dos Estados Unidos da


América, da qual a meta principal é o sucesso envolvendo a riqueza e o prestígio. A
sociedade cobra do indivíduo, desde o seu nascimento, o atingimento de metas, porém,
naturalmente, nem todos conseguem atingir essas metas, por que é impossível que todos
alcancem as mesmas metas, uma vez que os meios para alcançá-las são escassos, e assim os
meios socialmente aceitos não estão disponíveis para todos. Desta forma, muitos indivíduos
procuram meios ilegítimos para alcançar as metas, configurando uma situação de anomia,
que para Merton é a manifestação de um comportamento no qual as regras sociais são
abandonadas, contornadas, gerando um comportamento desviante.

A partir dessa primeira idéia, podemos considerar que existe um conflito entre as
metas e os meios. Então, Merton estabelece uma classificação dos tipos de comportamento
dos indivíduos, em relação às regras sociais para se atingir as metas, os quais ele chamou de
modos de adaptação.

Merton aponta os tipos de comportamento, em que o primeiro é o da


conformidade, no qual o indivíduo busca atingir as metas de acordo com os meios
socialmente aceitos, sem o uso do comportamento desviante. O segundo tipo de
comportamento é o da inovação, no qual consideremos dois momentos. No primeiro, o
indivíduo busca atingir suas metas através dos meios legais, porém, quando ele não
consegue, através de meios legítimos alcançar as metas, ele irá inovar seu comportamento,
usando de meios socialmente reprovados para atingir as metas. Merton chama de
comportamento de inovação essa utilização dos meios socialmente reprovados, sendo que
seu uso, em muitos casos, pode ajudar a sociedade a se modernizar. O terceiro tipo de
comportamento é o ritualista, em que neste caso alguns indivíduos têm o desinteresse em
atingir as metas, pois eles são tomados por um medo de fracasso, de não obter o sucesso, e
isso gera um desestímulo, que faz da pessoa um incrédulo, passando a não acreditar mais
que é capaz de alcançar as metas. Um exemplo é o da classe média baixa, na qual alguns de
seus indivíduos têm a consciência da sua condição sócio-econômica e se apega a ritualidade
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do seu dia a dia, do seu cotidiano, daí o nome Ritualista. O quarto tipo de comportamento é o
de evasão, que é o caracterizado pelo abandono das metas e dos meios socialmente aceitos
para alcançá-las pelo indivíduo, que vive do meio social, porém, não se adere a esse meio,
não faz parte efetivamente dele. Esse tipo de conduta é individual e minoritária. O quinto tipo
de comportamento é o da rebelião, caracterizado pela revolta. Em uma sociedade em que
existem regras, porém também existem grupos que se opõem as essas regras, propondo
estabelecer novas regras, novos meios, novas metas, na tentativa de reformular os valores da
sociedade, buscando uma nova configuração de uma nova ordem social.

A partir dessas formas de comportamento, Merton definiu a sociedade anômica,


que é a sociedade que ressalta a relevância de determinadas metas em oferecer à maioria de
sues membros os meios para se alcançá-las, o que favorece o surgimento do comportamento
desviante.

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