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TEMPO DE OUSADIA: derrubar muros, romper fronteiras...

“Um peregrino percorria seu caminho quando certo dia passou diante de um homem que parecia ser um monge
e que estava sentado no campo. Perto dali, outros homens trabalhavam em um edifício de pedra.
- “O senhor parece um monge”- disse o peregrino.
- “Sim, sou um monge”- respondeu o monge.
- “Quem são aqueles que estão trabalhando na abadia?”
- “Meus monges”- respondeu – “Eu sou o abade”.
- “É magnífico”- comentou o peregrino – “É estupendo ver
levantar um mosteiro”.
- “Nós o estamos derrubando”- disse o abade.
- “Derrubando-o?”- exclamou o peregrino – “Por que?”
- “Para poder ver o sol nascer todas as manhãs”- respondeu o abade”.

A mudança de mente, de coração, de esperança, de paradigmas... exige de


nós que, de tempos em tempos, revisemos todas as pseudo-certezas de nossas
vidas, conservando umas coisas, alterando outras e derrubando aquelas idéias
ficas, esquemas, convicções absolutas, modos fechados de viver... que foram
elementos importantes em tempos passados e que agora impedem a entrada do
sol e da brisa da manhã.
Há em todo ser humano uma tendência a cercar-se de muros, a encastelar-se, a criar uma rede de proteção.
Nada mais contrário ao “mais” que a vida instalada e de alguma maneira acomodada, que consistiria na
pura repetição mecânica dos mesmos gestos, das mesmas ações...
Também se opõe ao dinamismo do “mais” uma existência estabilizada de uma vez para sempre, tendo
pontos de referência fixos, definitivos, tranquilizadores...
Numa vida assim faltaria por completo o princípio da novidade, da criatividade, a capacidade de
questionar-se e de uma orientação nova, a audácia de arriscar, de fazer caminhos ainda não percorridos ou
abertos à aventura e às surpresas.

Se queremos que a nossa vida cristã volte de novo a ser ela mesma, é necessário
compreender que somos chamados a um compromisso diferente e inclusive
mais profundo que o anterior: sair da reclusão de nosso mundo para entrar na grande
“casa” de Deus; romper com o tradicional para acolhera surpresa; deixar a “margem
conhecida” para vislumbrar o “outro lado”; afastar a “pedra” da entrada do coração para
poder viver com mais criatividade...
As respostas do passado às questões atuais já não satisfazem; as velhas razões
para fazer coisas novas, simplesmente já não movem os corações num mundo
repleto de novos desafios.
Não há razão para permanecer nos castelos e mosteiros quando todas as
circunstâncias mudaram.
É muito tarde para reconstruir nossas vidas utilizando moldes antigos.
Estamos vivendo um tempo de mudança, mas também tempo emocionante e santo.
Há um poderoso fogo sob as cinzas. Precisamos avivar a chama, acolhendo o momento presente e
vivendo-o até suas últimas consequências. “Este é o tempo de graça, o tempo de salvação”.
Se não se pode acrescentar carvão ao fogo, então é necessário enterrar as brasas, levá-las a novos lugares
para que possam arder de novo. Acrescentar carvão ou proteger as brasas são diferentes partes do mesmo
processo chamado “vida em Deus”, crescimento no compromisso, na espiritualidade, na santidade: em
sabedoria, ousadia, idade e graça.

Vivemos um momento de densidade única; participamos de uma sociedade rica


pela diversidade e pelo pluralismo. No entanto, não teremos nada que oferecer a
esta sociedade se não nos deixamos “empapar” da fidelidade ao carisma
inaciano. Não para repetí-lo mecanicamente, mas para recriá-lo aqui e agora ao
serviço da Igreja e do mundo.
A fidelidade ao carisma inaciano nos impulsiona a “inventar” constantemente,
a “ousar” sem medo, a “deslocar-nos” sem cessar, porque há sempre mais
serviço a realizar.
A experiência de S. Inácio não é para nós a de um fundador que constrói sua casa sobre bases estáveis e
permanentes, senão a de um animador, um inspirador que nos põe a caminho, que nos impulsiona a
“passar para a outra margem”, na busca de um “novo começo”, de uma “fidelidade criativa”.
“Fazer estrada” na escola de Inácio é ser ousado como ele; ser seu discípulo é colocar-se num horizonte
diferente: é o horizonte da ação valorosa e discernida, da criatividade, do sonho do Reino...
Invadido por uma paixão que não nos dá repouso, estaremos presentes em tudo, fazendo uma “leitura” dos
sinais dos tempos e buscando inspiração para mudanças ousadas e criativas.
Textos bíblicos: 2Cor 6 Ex. 33,7-17 Mc. 4,35-41

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