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A fraternidade do poço
Os moradores da aldeia procuravam a felicidade sem encontrá-la. Um dia alguém lhes falou:
- Gente, a felicidade esconde-se no fundo daquele poço, lá na praça...
Todos saíram correndo para o local indicado. Dezenas de mãos fizeram uma corrente puxando a
corda. E o balde subia do fundo do poço. Um brilho de expectativa indescritível nos olhos de
todos.
Finalmente concretizariam seu grande anseio. Súbito, a cruel decepção. Na ponta da corda
apenas um balde velho. Furado, feio, enferrujado e vazio. Dolorosamente vazio. O grupo se
entreolha triste, arrasado. Fora apenas um sonho, uma ilusão. Mais uma derrota ao lado de tantas
outras.
Quebrando o fúnebre silêncio, de rosto iluminado, alguém falou:
- Eu acho que deveríamos agradecer, apesar de tudo... Meia hora atrás, éramos ilustres
desconhecidos
Estranhos na mesma aldeia. A gente se conheceu agora, chegou mais perto um do outro.
Este balde vazio e enferrujado nos aproximou!
No outro lado da corda, a grande descoberta. A descoberta do GRUPO, da COMUNIDADE.
A alegria da entreajuda, do encontro, da partilha, da amizade.
Descoberta maravilhosa com gosto de ESPERANÇA, de novas perspectivas desenhadas no
horizonte.
Pequena história que se repete constantemente. Tudo o que nos irmana e aproxima é graça,
dom, benefício. Mesmo que os “baldes da vida” não nos tragam necessariamente a
felicidade sonhada, o prêmio que perseguimos, o tesouro ambicionado.
A SOLIDARIEDADE tem sua raiz no Evangelho, enlaçando corações.
Sempre que nos aproximamos, o MILAGRE acontece.
Preparar o coração
Deus Criador é Amor Trinitário, é comunhão de Pessoas
(Pai-Filho-Espírito Santo).
Como criaturas, fomos atingidos pela marca trinitária de Deus; e como homem
e mulher, trazemos esta energia que nos faz sair de nós e formar laços, a
serviço da comunhão
- o ser humano não é feito para viver só; ele é chamado a viver em COMUNHÃO
com todas
as pessoas; ele necessita CON-VIVER, VIVER-COM-OS-OUTROS;
- é essencial descobrir o sentido e a vivência da relação com os outros, da
fraternidade...
- o sentido da VIDA EM COMUM é um dom de Deus, que nos foi dado a todos;
- Deus nos fez AMOR para o mútuo encontro, para a doação recíproca, para a
COMUNHÃO.
Uma comunidade cristã não é fim em si mesma; é comunidade apostólica,
voltada para os desafios da
Igreja e do mundo. Estamos diante do desafio de viver mais plenamente
nossa identidade de “homens e mulheres para e com os demais”.