Muito já se falou sobre o impacto da Internet na vida das pessoas e,
a cada inovação, novas previsões fantasiosas são publicadas deixando apenas uma certeza. Ninguém sabe exatamente o que realmente pode acontecer e o verdadeiro potencial da rede. O exemplo mais recente, e também mais relevante para a Escola de Engenharia Mackenzie, é a iniciativa do Instituto de Engenharia em adotar um ambiente de Rede Social para a articulação da engenharia brasileira. Esta tendência, iniciada pelo Orkut há alguns anos, passou despercebida pelas empresas por anos. O poder de articulação e mobilização das comunidades on-line foi ofuscado pela miopia comercial, estereotipando o ambiente como uma grande brincadeira de adultos, propagadora de pornografia, propaganda indesejada e organização de atividades ilegais. Mas o Orkut, e todos seus derivados, são muito mais do que isso. Escondidas sob sua estrutura caótica podem ser encontradas comunidades de grande valor para seus associados, grupos de ajuda, de troca de conhecimento e até relacionamento. Pré julgar todas as atividades de um grupo de milhões de pessoas baseando-se somente no comportamento de alguns membros é o mesmo que atribuir à sociedade brasileira o comportamento de alguns de seus expoentes, como os membros do congresso ou das celebridades da revista Caras. A Rede da Engenharia é um ambiente aberto, focado na distribuição de conteúdo, na construção de conhecimento coletivo e no estreitamento da distância entre os profissionais que já estão no mercado e os estudantes que buscam seu espaço. Esta articulação assume ainda dimensões muito maiores, quando a necessidade de ocupar o espaço de uma geração de engenheiros, que abandonou a carreira pela falta de perspectivas, não estiver a postos para assumir o lugar daqueles que se aposentam agora. A oportunidade oferecida pela revolução do Código Aberto e do Software Livre, pela cultura da colaboração que criou a Wikipedia e o conceito de compartilhamento de conteúdos da WEB 2.0, também é única. Somente agora temos tecnologia e infra-estrutura capazes de distribuir de forma capilar o conteúdo acumulado na World Wide Web. Hoje, vídeos, apresentações de slides, fotos, links, hipertextos e toda forma de conteúdo digital, podem ser publicados, editados, comentados, enviados, combinados e, acima de tudo, armazenados, tornando a Rede da Engenharia uma grande biblioteca de conhecimento colaborativo à disposição de todos. Em termos práticos, como os engenheiros gostam, estudantes de engenharia do Mackenzie podem hoje procurar e se relacionar com profissionais especialistas em qualquer parte do Brasil. Podem ter acesso às discussões técnicas sobre os problemas atuais da engenharia, opinar na construção de eventos técnicos, assistirem palestras, conferências e debates nas principais associações de engenharia, organizar grupos de trabalho e pesquisa. Enfim, de um microcomputador conectado à Internet, os muros do Mackenzie expandem-se sem limites, oferecendo, ainda no período de aprendizado, aquilo que gerações anteriores levavam décadas de trabalho duro para construir. A Escola de Engenharia Mackenzie, o Instituto de Engenharia e o Centro Acadêmico Horácio Lane, firmes no propósito de formar engenheiros do mais alto nível, convidam a todos a participar desta iniciativa pioneira, com a certeza de que os resultados serão positivos para toda a sociedade.
Eng. Antonio Carlos Amorim MSc. – Engenheiro Civil e Mestre em
Administração de empresas pelo Mackenzie, MBA em Finanças pelo IBMEC e Pós-graduado em Marketing pela ESPM, é consultor e articulador de Redes Sociais na Internet e mediador da Rede da Engenharia no PEABIRUS. E-mail: carl@amorim.blog.br
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