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GEOGRAFIA
Agricultura
Revoluções agrícola e verde e transgênicos
Cláudio Mendonça* Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
O Brasil em seu imenso território vive essa mesma contradição. Coloca-se entre os dez
maiores exportadores agrícolas mundiais, desenvolve uma agricultura moderna e de
elevada competitividade, possui o maior rebanho bovino comercial do mundo, ao mesmo
tempo em que uma parte expressiva da população rural vive em condições miseráveis.
A revolução agrícola
O primeiro grande avanço tecnológico nas atividades agropecuárias ocorreu dentro do
mesmo processo da Revolução Industrial, no século 18. Os países que se industrializaram
nesse período modernizaram os seus sistemas de cultivo, elevaram a produção e a
produtividade - produzir mais com menos terra e mão-de-obra -- introduziram novas técnicas
com o desenvolvimento de instrumentos agrícolas.
A Revolução Verde
A Revolução Transgênica
Os transgênicos são espécies cuja constituição genética foi alterada artificialmente e
convertida a uma forma que não existe na natureza. É um ser vivo que recebeu um gene de
outra espécie animal ou vegetal. O gene inserido pode vir de outra planta ou mesmo de
outra espécie completamente diferente. No caso das plantas a modificação é feita visando
um organismo com características diferentes das suas, como por exemplo tornar uma planta
mais resistente a pragas e insetos. A planta resultante dessa inserção passa a ser
denominada como "geneticamente modificada"
Pouco mais de dez anos depois, as primeiras plantas transgênicas passaram a ser
produzidas comercialmente e com isso a biotecnologia ganhou cada vez mais destaque no
cenário científico e tecnológico, com a promessa de uma agricultura mais produtiva e menos
dependente do uso de agrotóxicos. E com essa promessa vieram também as dúvidas sobre
os efeitos secundários dos transgênicos e as conseqüências que podem provocar na saúde
e no ambiente.
Talvez o mundo não esteja ainda totalmente preparado para os grandes avanços da era da
história da humanidade.
Transgênicos no Brasil
Em março de 2005, foi aprovada pelo Congresso Nacional a Lei da Biossegurança, essa Lei
tem o objetivo de proteger a diversidade e a integridade do patrimônio genético do país, ou
seja, um conjunto de medidas destinadas à prevenção de riscos em processos de
pesquisas, serviços e atividades econômicas que possam garantir a saúde humana e evitar
impactos negativos ao meio ambiente. A Lei da Biossegurança funciona através da
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CNTBio, do Ministério da Ciência e
Tecnologia. No Brasil, é crime liberar no ambiente OGMs sem autorização da CTNBio.
Há também a promessa do cultivo dos super alimentos: legumes, grãos e verduras mais
nutritivos, resistentes a agrotóxicos, e com menos gordura. Fora isso, pelo que se conhece
até aqui, pesa a favor dos transgênicos a melhor adaptação às mais diferentes
características de solo e variação de temperaturas, logo, são culturas mais resistentes,
produtivas e menos dependentes de agrotóxicos que as tradicionais.
Outro fator contrário ao cultivo dos OMGs atinge diretamente a área econômica. Segundo a
OMC (Organização Mundial do Comércio) a engenharia genética poderá aumentar o
domínio dos países pobres pelos detentores dessas tecnologias, ou seja, os países ricos.
Para os opositores aos OMGs, o argumento defendido quanto ao combate à fome não deve
ser levado em conta, uma vez que a produção agrícola no mundo é suficiente para isso, o
grande problema é sua má distribuição.
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da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até
2012