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GEOGRAFIA

Agricultura
Revoluções agrícola e verde e transgênicos
Cláudio Mendonça* Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

A evolução da capacidade de produção, nos últimos 50 anos, foi em média superior ao


crescimento da população mundial. Apesar disso, segundo a FAO (Organização das
Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação), neste início de milênio, 852 milhões de
pessoas viviam em estado de fome crônica ou de subnutrição, sendo que 815 milhões nos
países subdesenvolvidos.

O espaço rural de vários países se modernizou. A mecanização agrícola, o uso da


biotecnologia, de sistemas de estocagem e escoamento da produção tornaram a
agropecuária mais produtiva e competitiva. Os investimentos e o controle da produção
agrícola por grandes empresas disseminou a utilização de produtos apropriados à correção
do solo, de adubos químicos, de agrotóxicos, de rações, de sementes geneticamente
modificadas, etc. Por outro lado, diversas regiões do mundo vivem as tragédias da
subnutrição e da fome.

O Brasil em seu imenso território vive essa mesma contradição. Coloca-se entre os dez
maiores exportadores agrícolas mundiais, desenvolve uma agricultura moderna e de
elevada competitividade, possui o maior rebanho bovino comercial do mundo, ao mesmo
tempo em que uma parte expressiva da população rural vive em condições miseráveis.

A revolução agrícola
O primeiro grande avanço tecnológico nas atividades agropecuárias ocorreu dentro do
mesmo processo da Revolução Industrial, no século 18. Os países que se industrializaram
nesse período modernizaram os seus sistemas de cultivo, elevaram a produção e a
produtividade - produzir mais com menos terra e mão-de-obra -- introduziram novas técnicas
com o desenvolvimento de instrumentos agrícolas.

A migração para as cidades, nesse período, também diminuiu o número de pessoas


envolvidas nas atividades agrícolas. Dessa forma, a Revolução Industrial e a intensa
urbanização0 gerada por ela exigiram uma Revolução Agrícola, capaz de ampliar o
fornecimento de matérias-primas à indústria e a produção de alimentos necessária ao
abastecimento de uma população que se urbanizava.

A Revolução Verde

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de elevação da produção agrícola mundial por meio da introdução de técnicas mais


apropriadas de cultivo, mecanização, uso de fertilizantes, defensivos agrícolas e a utilização
de sementes VAR (Variedades de Alto Rendimento) em substituição às sementes
tradicionais, menos resistentes aos defensivos agrícolas. Concebido nos Estados Unidos,
esse processo ficou conhecido como Revolução Verde. Sua principal bandeira era combater
a fome e a miséria dos países mais pobres, por meio da introdução de técnicas mais
modernas de cultivo.

Ao mesmo tempo em que modernizou a agricultura em alguns países subdesenvolvidos, a


Revolução Verde elevou a dependência em relação aos países mais ricos que detinham a
tecnologia indispensável ao cultivo das novas sementes e forneciam os insumos
necessários para viabilizar a produção.

A elevação da produtividade diminuiu o preço de diversos produtos para o consumidor, mas


o custo dos insumos aumentou numa escala muito maior. A produção de determinados
gêneros contemplados pela Revolução Verde era viável quando realizada em grande
escala, em grandes propriedades agrícolas.

Dessa forma, muitos pequenos proprietários ligados à agricultura comercial ficaram


incapacitados de incorporar essas novas tecnologias, abandonaram suas atividades e
venderam as suas propriedades, com impacto desastroso na estrutura fundiária de diversos
países, entre eles o Brasil. Quanto à erradicação da fome, a principal promessa da
Revolução Verde, os próprios dados da ONU mostram os resultados insuficientes.

A Revolução Transgênica
Os transgênicos são espécies cuja constituição genética foi alterada artificialmente e
convertida a uma forma que não existe na natureza. É um ser vivo que recebeu um gene de
outra espécie animal ou vegetal. O gene inserido pode vir de outra planta ou mesmo de
outra espécie completamente diferente. No caso das plantas a modificação é feita visando
um organismo com características diferentes das suas, como por exemplo tornar uma planta
mais resistente a pragas e insetos. A planta resultante dessa inserção passa a ser
denominada como "geneticamente modificada"

A partir de 1953, com a descoberta da estrutura das moléculas do DNA, a biotecnologia


provocou uma nova revolução na agricultura. Com isso o homem viu a possibilidade de
manipular, trocar de lugar as letras do código genético e já na década de 70, descobriu-se
como unir fragmentos de diferentes espécies.

Através de técnicas utilizadas para alteração de genes em diferentes organismos, com a


fusão de genes de espécies diferentes que jamais se cruzariam na natureza, foram criadas
diversas variedades transgênicas ou OGMs (Organismos Geneticamente Modificados).

Pouco mais de dez anos depois, as primeiras plantas transgênicas passaram a ser
produzidas comercialmente e com isso a biotecnologia ganhou cada vez mais destaque no
cenário científico e tecnológico, com a promessa de uma agricultura mais produtiva e menos
dependente do uso de agrotóxicos. E com essa promessa vieram também as dúvidas sobre
os efeitos secundários dos transgênicos e as conseqüências que podem provocar na saúde
e no ambiente.

É uma discussão que envolve oposições econômicas, sociais e ambientais. De um lado


estão os defensores da biotecnologia, que defendem o aumento da produção de alimentos
a partir da redução de custos a ponto de atacar o problema da fome mundial. De outro lado,
estão aqueles que argumentam sobre o impacto ainda desconhecido dos transgênicos
sobre a saúde e o meio ambiente.

As principais variedades transgênicas da grande agricultura como soja, milho, algodão,


canela, mandioca, tabaco, arroz, tomate e trigo são controladas atualmente por poucas
empresas multinacionais como a Novartis, a Monsanto, a Du Pont, a AstraZeneca e a
Aventis.

Como as sementes transgênicas, diferentemente das sementes tradicionais, nunca são


geradas pela própria planta e, portanto, têm que ser adquiridas a cada novo plantio,
teme-se que tais corporações assumam o controle da produção das sementes transgênicas
e isso resulte no controle do mercado mundial de alimentos, apesar da vasta produção de
produtos orgânicos.

Talvez o mundo não esteja ainda totalmente preparado para os grandes avanços da era da

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história da humanidade.

Transgênicos no Brasil
Em março de 2005, foi aprovada pelo Congresso Nacional a Lei da Biossegurança, essa Lei
tem o objetivo de proteger a diversidade e a integridade do patrimônio genético do país, ou
seja, um conjunto de medidas destinadas à prevenção de riscos em processos de
pesquisas, serviços e atividades econômicas que possam garantir a saúde humana e evitar
impactos negativos ao meio ambiente. A Lei da Biossegurança funciona através da
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CNTBio, do Ministério da Ciência e
Tecnologia. No Brasil, é crime liberar no ambiente OGMs sem autorização da CTNBio.

A CTNBio é a instituição responsável em proteger a diversidade e integridade do patrimônio


genético brasileiro pelo estabelecimento de normas de segurança e de pareceres técnicos
relativos que autorizam ou não testes de campo, produção e comercialização de OGMs.

A viabilidade da agricultura menos dependente de insumos e mais produtiva é uma


realidade no mundo todo. No Brasil, a questão sobre plantar ou não transgênicos não pode
ser dirigida somente às questões voltadas ao mercado consumidor, pois envolvem aspectos
de natureza econômica, política e social.

Governos e instituições devem se cercar de todas as garantias que indiquem, previnam e


evitem males resultantes da introdução precipitada e em larga escala de qualquer
tecnologia que, se usada sem cautela, em vez de ser uma arma capaz de ajudar a produzir
alimentos, pode resultar em desastres, uma vez que os riscos à saúde e ao ambiente não
foram ainda suficientemente estudados.

Os prós e contra das novas culturas


Na discussão entre os defensores e os opositores dos OMGs, são levantados vários
pontos, alguns ainda não possuem resultado científico conclusivo. Conheça alguns deles:

Argumentos a favor: O argumento mais forte em defesa e difusão da agricultura


transgênica é a necessidade urgente de ampliar a produção de alimentos como forma de
solucionar o problema da fome no planeta. Tendo em vista o problema da subnutrição em
várias partes do globo, acredita-se que a indústria biotecnológica possa na constituição
dessas novas culturas, incorporar nutrientes importantes para fornecerem uma alimentação
mais completa às populações, como o novo arroz transgênico, rico em vitamina A.

Há também a promessa do cultivo dos super alimentos: legumes, grãos e verduras mais
nutritivos, resistentes a agrotóxicos, e com menos gordura. Fora isso, pelo que se conhece
até aqui, pesa a favor dos transgênicos a melhor adaptação às mais diferentes
características de solo e variação de temperaturas, logo, são culturas mais resistentes,
produtivas e menos dependentes de agrotóxicos que as tradicionais.

Argumentos contra: O principal argumento contra o cultivo dos transgênicos seria a


dúvida sobre seus efeitos secundários e as conseqüências que podem provocar à saúde e
ao fato de se tornarem incontroláveis uma vez lançados no meio ambiente. Ou seja, seu
impacto na saúde e na natureza ainda é desconhecido.

Outro fator contrário ao cultivo dos OMGs atinge diretamente a área econômica. Segundo a
OMC (Organização Mundial do Comércio) a engenharia genética poderá aumentar o
domínio dos países pobres pelos detentores dessas tecnologias, ou seja, os países ricos.
Para os opositores aos OMGs, o argumento defendido quanto ao combate à fome não deve
ser levado em conta, uma vez que a produção agrícola no mundo é suficiente para isso, o
grande problema é sua má distribuição.

Cláudio Mendonça é professor do Colégio Stockler e autor de "Geografia Geral e do Brasil"


(Ensino Médio) e "Território e Sociedade no Mundo Globalizado" (Ensino Médio).

Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico
da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até
2012

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