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Entre as figuras históricas civis afinadas com o movimento militar, e que apoiaram o movimento
de 31 de março, estão os governadores Magalhães Pinto (Minas Gerais) Adhemar de
Barros (São Paulo) e Carlos Lacerda (Guanabara, atual Estado do Rio de Janeiro). Ademar e
Carlos Lacerda foram depois cassados pelo regime militar.
A ditadura pôs em prática vários Atos Institucionais, culminando com o AI-5 de 1968 a
suspensão da Constituição de 1946, a dissolução do Congresso Brasileiro, a supressão de
liberdades individuais e a criação de um código de processo penal militar que permitiu que
o Exército brasileiro e a polícia militar do Brasil pudessem prender e encarcerar pessoas
consideradas "suspeitas", além de qualquer revisão judicial. O regime militar durou até a
eleição de um civil, Tancredo Neves, em 1985.
Durante vários anos o Brasil não recebia investimentos estrangeiros, por causa da instabilidade
econômica, da inflação, resultados políticos do Governo de Jânio Quadros, e do tumultuado
governo de esquerda de João Goulart.
O motivo pelo quais os recursos voltaram ao Brasil foi a estabilidade política e econômica
propiciada pelos militares, que também coibia o “esquerdismo”.
Os recursos estrangeiros chegaram ao Brasil em volume muito grande, com isso, tanto
empresas privadas quanto estatais foram beneficiadas, além das multinacionais, lembrando
que tais recursos foram usados no seguimento industrial.
Surgiram nesse período empresas privadas brasileiras que se baseavam no setor Labour
intensive (indústrias que apresentam pequena demanda de capital e grande demanda de mão-
de-obra), já as empresas multinacionais tinham suas atividades focalizadas no setor capital
intensive (forte demanda de capital e pouca demanda de mão-de-obra), as estatais investiram
seus recursos em forças armadas, energia e telecomunicação.
Para consolidar o crescimento rápido foi implantada uma expansão de mercado internamente e
externamente, a produção não era absorvida apenas pelos brasileiros e países de terceiro
mundo, mas também pelos países industrializados, como EUA e países da Europa.
Foi nesse período que o Brasil, de forma concreta, entrou no processo de industrialização, mais
de certo modo foi um processo sem planejamento social e que agravou mais ainda as
desigualdades.