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Lição 3: Amigos, família e outras pessoas significantes são parte importante do processo
de cura.
Incluindo família e amigos no cuidado do paciente é outro modo de assegurar o
paciente que ele não está sozinho. Na escola médica nós aprendemos a nos
concentrarmos 100% no paciente e em seu problema. O paciente não é o único
membro do time. Doenças afetam esposas, maridos, filhos, pais e netos assim como os
amigos. Incluindo os outros não apenas evita muita confusão entre os familiares como
também os faz se sentirem envolvidos e repartindo algumas das responsabilidades. As
pessoas querem apoiar o paciente..
Meu conselho é incluir família, amigos e outros em discussões que incluam
assuntos como diagnóstico, tratamento e prognóstico. Faça as alternativas claras para
todos. Faça todo o esforço para incluir os próximos a seu paciente no processo de
decisão-ação. Freqüentemente o seu paciente não está em condições de tomar decisões
importantes por si só. Também inclua essas pessoas em certos momentos do cuidado
com seu paciente durante e depois da internação.
Lição 4: Saiba o que você sabe e saiba o que você não sabe.
Esta lição na verdade veio do meu primeiro dia no rodízio clínico durante meu
terceiro ano de escola médica, mas eu pude experimentar isso de novo em minha estadia
hospitalar de Novembro. Pacientes gostam e esperam honestidade – honestidade
verdadeira – quando isso significa a saúde deles. Hoje os graus de especialização e sub-
especialização não permitem que um médico seja expert em tudo. Não tenha medo de
dizer “ eu não sei”. Não tenha medo de consultar colegas ou indicar a seu paciente o
especialista adequado quando necessário. Os estudantes de medicina passam por seu
processo educacional, começando em uma idade jovem, tentando e esperando aprender
e saber tudo. É anormal e desagradável admitir ignorância. Eu desenvolvi mais respeito
por meu cardiologista quando ele admitiu que não compreendia completamente alguns
aspectos de meu câncer e eu respeitei mais meu oncologista quando ele não respondeu
minhas perguntas sobre cardiologia.
Não tenha medo de dizer “ eu não sei”. Seus pacientes vão respeitar sua
honestidade.
Lição 5: os pacientes expressam doenças similares em modos diferentes.
Estou não falando da apresentação de uma doença que leva alguém ao
diagnóstico, apesar de os pacientes apresentarem de modo único. Estou me referindo ao
modo que os pacientes agem e reagem, mental e fisicamente, à doença e diagnóstico.
Por exemplo, não rotule todos os pacientes de câncer na categoria de delicados,
indivíduos fracos com prognóstico ruim. Alguns pacientes de câncer podem se encaixar
nessa descrição, outros não. Alguns sofrem grande dor, outros vários efeitos colaterais
do tratamento, muitos precisam de apoio emocional, alguns de assistência física. A
maioria dos pacientes gostariam de conversar sobre seus problemas, enquanto outros
preferem manter o silêncio. O ponto é que existem tantas apresentação diferentes para
uma doença quanto existem pacientes que sofrem dessa doença.
Meu conselho é: trate cada paciente de acordo com as necessidades deles – não
de acordo com o diagnóstico. Faça todo o esforço para tratar deles como indivíduos.
Você pode Ter dez pacientes com o mesmo diagnóstico, mas você também tem dez
pacientes que requerem dez tratamentos. Paul Pearcell, um famoso neuropsicólogo da
região de Detroit disse uma vez “Menos importa o tipo de doença que um paciente tem
que o tipo de paciente que tem a doença”
Lição 6: Investigue cada sintoma não importa quão pequeno ele pareça para você ou
para o paciente.
Agora voltamos para a base de colher uma história. Você ficaria surpreso com as
nuanças da medicina. Dor lancinante no peito pode indicar ataque do coração em uma
pessoa, enquanto encurtamento brando da respiração pode significar a mesma doença
em outra – ainda que ignorado graças a sua moderação. Depois de duas sou três semanas
no hospital eu percebi um delicado sinal em mim mesmo: macicez em toda uma área
no meu abdome. Eu não dei muita importância. Acontece que este simples achado,
depois de expresso e investigado seriamente por meus médicos, revelou uma nova
massa, o que fez com que eu fosse retirado da lista de transplante cardíaco. Um interno
inteligente uma vez me falou: “lembre-se que seus pacientes te dizem o que está errado
com eles; eles são as pessoas com a doença e os sintomas; eles têm todas as respostas.”
Abra seus ouvidos e mente, não apenas sua boca, quando conversar com seus
pacientes. Eles possuem toda a informação necessária.
Aqui estão algumas sugestões para melhorar seu relacionamento e tratamento de seus
doentes
1. A Dor é real.
2. Veja cada paciente todo dia.
3. Inclua família e amigos.
4. Não tenha medo de dizer “ eu não sei.”
5. Trate cada paciente de acordo com as necessidades deles, não o diagnóstico deles.
6. Abra seus ouvidos e mente; você pode aprender alguma coisa.
Se eu tivesse que escolher um tema comum que resumisse essas lições e conselhos
seria: trate cada paciente como um indivíduo, fazendo com que eles sintam que não
estão lutando contra os problemas deles sozinhos. Você pode ter ouvido essas idéias
antes, mas para a maioria elas não são ensinados na escola médica. Infelizmente, eu as
aprendi como paciente. Agora eu nunca vou esquecê-las, assim como outras lições.
Espero que vocês acreditem em mim quando digo que elas são simples e objetivas na
teoria, mas precisam de um médico dedicado para acontecerem. Cada um de seus
doentes merecem a atenção. Eu sei que os meus vão gostar dela.
Embarcamos em nossas novas jornadas médicas, Boa sorte para todos nós.