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INTRODUÇÃO
2. CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
Todos os ciclos possuem reservatórios (pools) abióticos que podem ser dos seguintes
tipos:
- ciclos sedimentares: o depósito abiótico está na crosta terrestre em rochas; estes ciclos
são mais vulneráveis a perturbações externas, pelo fato deste depósito ter um tempo
muito elevado de recirculação. Exemplos: ciclo do cálcio e ciclo do fósforo;
3. CICLO DO FÓSFORO
- Crianças: 800 mg
- Adolescentes e Jovens (dos11-24 anos): 1200 mg
- Adultos (> 25 anos): 800 mg
- Grávidas: 1200 mg
- Lactantes: 1200 mg
A carência de fósforo é rara uma vez que ele está presente em todas as proteínas animais
e vegetais, e porque são adicionados fosfatos a muitos alimentos de uso corrente:
bebidas do tipo cola e carnes processadas e congeladas. Mas algumas condições clínicas
podem levar à redução do Fosfato sérico (do plasma), como por exemplo diabetes
aguda, fase diurética após grandes queimaduras e acidose metabólica. O uso prolongado
de antiácidos também pode originar carência de fósforo. Principais sinais e sintomas
clínicos:
O fósforo está presente em todas as proteínas vegetais e animais: carne vermelha e aves,
peixe e marisco, leite, queijo, leguminosas, cereais integrais, frutos secos e soja. Os
alimentos ricos em cálcio também costumam ser boas fontes de fósforo, o que facilita o
equilíbrio entre os dois.
5. FÓSFORO NO SOLO
Quando o fosfato de origem biológica é acrescentado ao solo, devido à ação dos restos
de plantas e animais, este sofre diversos processos físicos e químicos. Estes processos
acontecem por ocorrer uma decomposição que converte o fósforo orgânico em fosfatos
minerais. São reações de ligação do fósforo com alguns componentes do solo, de
maneira muito rápida e cuja força de atração faz com que o fósforo retorne muito
lentamente para a solução do solo, abaixo da velocidade demandada pelas plantas. É
esta conversão de fosfatos orgânicos em formas inorgânicas que fazem com que o
fosfato permaneça no solo grande quantidade de tempo, isto acontece porque o fosfato
orgânico desce proporcionalmente no solo e aumenta as formas de fosfato insolúvel.
Uma vez depositado no solo, o fosfato sofre uma mobilidade quer vertical quer
horizontal que, depende do tipo de material acrescentado, do crescimento das plantas e
da natureza do próprio solo.
A calagem contribui para a redução da "fixação" do fósforo, uma vez que reduz a
quantidade de cargas positivas do solo e eleva as negativas, reduzindo as possibilidades
do fósforo utilizado na adubação se ligar fortemente à argila que promoveria menor
disponibilização do nutriente. Se for utilizada fonte de fósforo de solubilidade gradual
na adubação, ocorre maior possibilidade da planta absorver o fósforo antes que o solo o
fixe, uma vez que as plantas, em geral, necessitam de fósforo disponível ao longo de
todo o ciclo.
O Sistema de Plantio Direto também garante fonte gradual de fósforo pra as plantas.
Para entender esse processo deve-se relembrar a dinâmica da matéria orgânica no solo.
Primeiramente, a matéria orgânica é fonte natural de fósforo, liberando-o à medida que
ocorre sua mineralização. Tal processo é favorecido pela maior concentração de
oxigênio e incorporação do material orgânico ao solo. Logo, se não ocorre a
movimentação do solo, essa mineralização ocorre de modo gradual, mantendo constante
a liberação de pequenas doses de fósforo, o que possibilita maior chance da planta
absorvê-lo antes que o solo o fixe. Além disso, substâncias orgânicas continuamente
liberadas pela decomposição dos resíduos culturais na superfície do solo atuam como
"invólucros" sobre os sítios de fixação de fósforo no solo, ou seja, a matéria orgânica
reduz a exposição do fósforo à fase mineral do solo, que tem grande poder de "fixação".
6. FÓSFORO NA ÁGUA
O elemento fósforo tido como fator limitante quanto à produtividade nas águas, é
imediatamente incorporado à cadeia alimentar, via planctônica e/ou pelos outros
organismos, após a morte dos anteriores, na forma livre ou via decompositores. Certos
vegetais apresentam ainda a capacidade de reservar o elemento, para uso posterior,
quando de necessidade.
No sistema aquático, o fósforo esta sob a forma de fosfato, sendo o ortofosfato a forma
mais comum e a mais utilizada pelos vegetais. Tais compostos estão em quantidades
muito pequenas na água, porém constituindo um importante elemento componente da
substância viva (nucleoproteínas), além de estar ligado ao metabolismo respiratório e
fotossintético.
Portanto, assim como o nitrogênio, o fósforo deve ser continuamente removido da água
pela plantas, competindo com o solo, onde o mesmo (fósforo) é fortemente adsorvido,
fixando-se no fundo em formas relativamente indisponíveis.
As fontes desse elemento para a água são: minerais fosfáticos, (apatitas); despejos
domésticos e industriais sendo que na natureza ele não aparece em estado puro, por ser
muito reativo em contato com o ar (com o oxigênio explode, formando o fosfato –PO4),
a não ser dentro de alguns meteoritos ou quando produzido em laboratórios armazenado
sem presença de oxigênio.
Em meio alcalino, águas ricas em cálcio forma-se o fosfato de cálcio que se precipita no
sedimento, e em águas com ferro e alumínio o fosfato é liberado para as águas quando
em condições redutoras.. Quando de elevado teor de oxigênio, águas ricas em ferro,
fazem precipitar a forma fosfato ferroso insolúvel, juntamente com o hidróxido férrico
que se forma sob as mesmas condições, portanto um fator considerável para redução do
elemento fósforo é a oxigenação das águas.
Água clara, muito transparente e limpa, pode ser associada ao nível baixo de fosfato,
possivelmente com certa diversidade em espécies de algas, porém em quantidade total
bem baixa. Esta variedade de espécies irá diminuir à medida que o nível de fosfato
aumenta, mas com o aumento da quantidade total de algas, ficando o meio mais
propenso ao crescimento de vegetais do que animais.
Com o passar do tempo, mesmo em sistemas aquáticos não poluídos, mas que recebem
contínuas porções de fosfato, através dos mais diversos contribuintes, a sedimentação e
acúmulo no substrato favorece a contribuição das formas desse mineral ao meio
aquático (água). Neste instante, quem irá apresentar um maior crescimento será um
grupo de organismos (as cianobactérias), considerado por alguns como algas, por
sintetizar clorofila e realizar fotossíntese, porém semelhantes a bactérias.
Os sedimentos com fosfato são insolúveis, porém formas solúveis estão presentes, em
pequeníssimas concentrações, na água (H2PO4; HPO42- PO43- ) .
7. CONCLUSÃO
Bem menos conhecido que o ciclo do nitrogênio, o ciclo do fosfato não necessita das
bactérias para ocorrer.
8. BIBLIOGRAFIA