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o medo e as
mentiras
Quebrando o medo
e as mentiras
IGOR SIRACUSA -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Talvez já tenhamos ouvido o ditado popular de que não há nada tão absurdo que o hábito não o torne
aceitável. E essa é uma das estratégias usadas por nosso Adversário para nos fazer esquecer da identidade dada
por Deus. Ele insiste em substituir uma mentalidade saudável de filho amado e herdeiro, por uma mentira de
que somos órfãos, abandonados e sem utilidade. Contra essas falsas acusações, temos a Palavra, que é cheia de
confirmações sobre quem somos:
Nesse trecho do livro de Romanos, aprendemos sobre a renovação da mente, que é muito necessária para
termos nossos pensamentos moldados com base em um futuro de paz preparado por Deus. Também precisamos
ser renovados nas Suas promessas para permanecermos firmes contra os enganos de Satanás, que incidem
sobre a humanidade desde o Princípio do mundo:
Nesse diálogo, encontramos Eva descrevendo a identidade que ela tinha em Deus, porque ao dizer que pelo fruto
de uma árvore específica morreria, se referia também que pela obediência receberia vida em abundância. O outro
personagem, Satanás em forma de serpente, distorceu as instruções que o Criador havia dado. Sua afirmação dizia
que a identidade do ser humano, na verdade, não era sobre caminhar junto a Deus, mas para ser como Ele.
Com isso, homem e mulher foram enganados. A serpente sabia que quando conseguisse corromper a
identidade de filhos, estaria os afastando da presença de Deus. É por esse motivo que precisamos ter sempre
em mente que o objetivo do Diabo não é outro, senão cortar nosso contato com o Senhor. Como resultado, nos
tornamos indefesos para guardar o que existe de precioso em nosso interior:
Observamos que esses seres “dominadores deste mundo tenebroso” intentam contra nossas vidas por meio
de três tipos de mentiras, que são:
Esse tipo de mentira nos confunde sobre quem somos e aquilo para o qual fomos chamados para fazer.
Elas lançam palavras de que nossa identidade é fraca, incapaz, medrosa e pequena demais para concretizar
objetivos. Tudo isso é oposto ao caráter de Deus:
Gênesis nos mostra que fomos criados semelhantemente à imagem de Deus. É por esse motivo que não podemos
aceitar que lancem mentiras sobre nós, uma vez que a identidade d’Ele é de alguém forte, poderoso, corajoso e
grande. Quando restauramos nosso relacionamento com o Senhor, Seus atributos se tornam parte dos nossos,
tal como era no plano original da Criação. Já pela manhã, ao invés de acordarmos com o peso de tantos afazeres e
problemas, temos que ter o posicionamento de filhos que sabem a sua identidade e o que carregam.
A Palavra nos mostra que Deus nunca Se omite diante das dificuldades, mas usa delas para manifestar Sua
glória, como o próprio Jesus ensinou:
No momento que nos colocamos em intimidade com Deus, precisamos de humildade e mansidão para
recebermos Suas direções e para conseguirmos ouvir o que está sendo dito. Mas logo que saímos daquele
ambiente de fortalecimento, nossa postura deve ser de ousadia e em oposição às fortalezas criadas contra nós
e nossos próximos. Esse é o nosso chamado, para isso fomos criados. Não para ficarmos escondidos e com medo,
mas para batalhar na construção de um Reino de vida e liberdade.
Algumas vezes achamos que nos colocar como Cristo na Terra é sinal de arrogância. Entretanto essa é outra
mentira porque, na verdade, quando deixamos de nos posicionar como sucessores do Rei dos reis, temos um
falso senso de humildade. O próprio Mestre disse que faríamos obras maiores, nos ordenando a continuar a
edificação do Reino que por Ele foi começada. Portanto, se acreditamos que somos incapazes de realizar tais
obras, estamos ou denegrindo a imagem de Deus, ou sendo incrédulos com o que Ele disse.
Não existem acusações sobre o nosso passado porque ele não é mais realidade. Paulo tomou isso para sua
vida e passou a anunciar aos outros também:
Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus.
Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive
em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de
Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. (Gálatas 2.19-20)
O que esse versículo está dizendo a nosso respeito, é que as coisas que fizemos no passado foram apagadas
pelo sangue de Jesus. Uma nova lei atua sobre nossos corpos, e não é uma ordem de morte, mas de vida. Quando
aceitamos a Jesus como único salvador, concordamos em viver como Ele. Isso é válido tanto para morrermos
para o pecado quanto para nascermos com uma nova vida, reta e justificada diante do Pai. Dessa forma, já não
existe acusação, tampouco condenação. Se não acreditarmos nessas verdades, e continuarmos a viver cheios de
culpa pelo o que passou, consideraremos vã a morte de Cristo (Gálatas 2.21).
Porém, quando recebemos confiadamente o perdão de Deus, nos tornamos poderosas ferramentas em
Suas mãos:
Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios
impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos
viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para
mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz;
com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios;
a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado. (Isaías 6.5-7)
Aconteceu que, nessa visão, Isaías reconheceu suas falhas e a do povo, e percebeu o quanto era impuro. Em
seguida um anjo se aproximou e tocou sua boca com uma brasa de santificação. Isso nos faz entender que onde
antes havia uma grande culpa, passou a resplandecer a glória do Senhor. Depois dessa visão, Isaías usou sua
boca para anunciar mensagens ao seu povo. Como profeta, relatou muitas vezes a vinda de Jesus, e foi citado
pelo Mestre durante Sua passagem pela Terra.
E o mesmo se aplica em nossas vidas, porque onde tivemos falhas, Deus nos torna fortes. Entretanto, essa
força não está centralizada em nós, mas sim para utilizarmos no fortalecimento de outros que estão passando
pela fraqueza que um dia nos assolou. Torna-se fácil compreendermos o agir de Deus, quando descobrimos que
Ele não desperdiça as experiências que vivemos, sejam elas boas ou ruins, mas usa delas como preparação para
cumprirmos os Seus planos.
É comum termos pensamentos de que aquilo que fazemos não é útil, mas as Escrituras dizem para não nos
conformarmos com isso:
Se fixarmos a nossa visão nessas instruções, a mentalidade de incapacidade e/ou de medo, dúvida e
improdutividade darão lugar aos pensamentos de paz, e não de mal. Dessa forma, nos apropriamos da esperança
de que aquilo que fazemos com zelo na obra do Senhor, sempre produz seus frutos. Tudo o que necessitarmos
para realizar a Sua vontade, será suprido porque temos um Pai provedor (Mateus 6.30-33).
6. Como é possível auxiliar outras pessoas nas mesmas fraquezas que você tinha antes?
1. Palavra de Deus
Todos os conselhos que podemos ter do Senhor encontramos na Palavra, pois ela nos ensina o caminho da verdade:
Isso quer dizer que não precisamos estudar montantes de livros, ou fazer dezenas de cursos, para só no fim
da vida alcançarmos a sabedoria que vem de Deus. Embora a preparação seja fundamental, compreendemos que
o Senhor dá entendimento aos humildes de coração enquanto estes cumprem o que lhes foi ordenado.
No evangelho de Mateus 7.24-27 observamos a situação de duas pessoas. A primeira escolheu construir sua
casa na rocha, ou seja, fundar cada decisão de sua vida nos princípios bíblicos. Já a segunda, ainda que também
ouvira sobre a sabedoria da Palavra, optou por não moldar suas atitudes baseadas nisso e, por isso, se viu
incapaz de livrar sua casa das tempestades quando elas surgiram. Portanto, ao caminharmos no bom exemplo
da obediência, consequentemente nos prevenimos de cair em mentiras.
2. Oração
Como já vimos nesta aula, o texto de Efésios 6.12 é uma revelação sobre os verdadeiros inimigos que precisamos
enfrentar. Paulo também nos dá outra referência sobre isso, como testemunho daquilo que Jesus fez:
Se a nossa luta não é contra seres humanos, mas espirituais, então devemos empunhar armas espirituais.
A oração é uma delas. Não precisamos falar ao Senhor somente em entendimento, mas devemos desfrutar de
todo fortalecimento proveniente da oração em línguas também. Essa é a estratégia que temos para sermos
reconectados com o coração do Pai, uma vez que esse é o lugar de refrigério para nossas almas enquanto
passamos por um momento turbulento. Diante a uma situação de confusão, podemos parar por instantes e,
pela oração, voltarmos a enxergar a direção para prosseguirmos.
3. A presença de Deus
Passar tempo na presença de Deus não é algo instantâneo que procuramos quando estamos desesperados,
como um botão de emergência. Também não serve para usarmos somente em casos de necessidade, como
quando vamos a um médico ou tomamos um remédio, por exemplo. Ainda que possamos nos achegar a Ele nessas
situações, só experimentaremos a plenitude do nosso relacionamento com o Pai, quando compreendermos que
a Sua presença exige ser cultivada como estilo de vida.
Se não criarmos a dependência de habitar onde está o Espírito do Senhor, não desfrutaremos da liberdade
que nos salva das mentiras. Isso porque logo que Deus dá uma promessa sobre nosso chamado, vozes vêm para
nos tirar o foco. É então que ao nos mantermos constantemente ouvindo Sua voz, renovamos nossa mente e
desenvolvemos mais fé.
Portanto, dizemos que somos humanos, mas não usamos de armas humanas. O poder que recebemos,
outorgado por Deus pelo nome de Jesus, é útil para destruir todo tipo de fortaleza. É dessa forma que
venceremos falsas ideias e todo orgulho que nos impede de vermos o Senhor. O resultado é sermos liderados por
uma mentalidade de obediência, como foi a de Cristo (2 Coríntios 10.3-5).
Além disso, destacamos alguns passos práticos úteis contra o engano, que serão auxílio para nossa
caminhada no Reino:
• Identifique as mentiras;
No momento que seguirmos essa lista, o Senhor não descansará até quebrar cada mentira em nossas
mentes. O Seu plano é continuar nos levando por todo o mundo como agentes de transformação de vidas,
estabelecendo os princípios de Seu Reino.
DESAFIO PESSOAL: Nesta semana, em seu tempo de devocional, pergunte ao Senhor quais mentiras Ele quer
quebrar em sua vida. Aguarde a resposta do Espírito Santo e assim que a tiver, faça os cinco passos práticos
contra essas mentiras – se mais de uma. Compartilhe conosco e com ao menos 2 pessoas as verdades que Deus
diz sobre você!