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INTRODUÇÃO

DL 394-B/84 , de 26 de Dezembro
IMPOSTO SOBRE O VALOR
ACRESCENTADO (IVA) Entrada em vigor - 1 de Janeiro de 1986

Surge no seguimento da adesão de Portugal à


CEE em 1986
ISCAC 2007/2008
IVA é, assim, um imposto comunitário
1 2

APURAMENTO DO IMPOSTO
IVA liquidado:
CARACTERÍSTICAS DO IVA †Nas operações activas (TB e/ou PS)

†Nas operações passivas – reverse charge (aquisições de serviços a não residentes e


AICB)
IVA
IVA
(-)
Imposto geral
Imposto geral sobre
sobre oo consumo
consumo
IVA suportado e dedutível pelas operações passivas efectuadas
(Aquisições de bens e serviços, importações, AICB)
Imposto Plurifásico
Imposto Plurifásico (+ -)

Imposto sem
sem efeitos
efeitos cumulativos
cumulativos
Regularizações de IVA liquidado ou de IVA deduzido
Imposto
(método do
(método do crédito
crédito de
de imposto)
imposto) (Erros, omissões, devoluções, descontos, correcções de pro rata)

Imposto não
não distorcivo
distorcivo da
da concorrência
concorrência (-)
Imposto
(neutralidade)
(neutralidade) Reporte do crédito de imposto do período anterior
(=)
Imposto de
Imposto de matriz
matriz comunitária
comunitária
IVA apurado:
3 > 0 Ö IVA a pagar 4

< 0 Ö IVA a recuperar (reporta para o período seguinte ou solicita reembolso)

INCIDÊNCIA REAL (art. 1.º CIVA) TRANSMISSÃO DE BENS (art. 3.º CIVA)

Conceito:
Operações sujeitas
Operações sujeitas aa IVA
IVA
Transferência onerosa de bens corpóreos por forma
Transmissões de
Transmissões de bens
bens correspondente ao exercício do direito de propriedade.

Prestações de
Prestações de serviços
serviços A energia eléctrica, o gás, o calor, o frio e similares são
considerados bens corpóreos para efeitos de IVA
Importações
Importações

Operações intracomunitárias
Operações intracomunitárias

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TRANSMISSÃO DE BENS – OPERAÇÕES OPERAÇÕES QUE CAEM FORA DA
ASSIMILADAS (art. 3.º n.º 3) INCIDÊNCIA REAL DO IVA (art. 3º n.º4)
i) As cessões a título oneroso ou gratuito de estabelecimento
i) Locação-venda comercial, da totalidade de um património ou parte dele,
ii) Venda com reserva de propriedade que seja susceptível de constituir um ramo de actividade
independente, quando o adquirente seja ou venha a ser s.p.
iii) Transferência de bens em execução de um contrato de do imposto (trespasse de estabelecimento comercial – não sujeitas a
comissão ou de consignação IVA mas sujeitas a IS) – ver Of. Circ. n.º 134850 de 21/11/89.
iv) Não devolução no prazo de um ano de mercadorias enviadas à
consignação
ii) Cedências devidamente documentadas feitas pelas
v) Empreitada de bens móveis produzidos por encomenda quando cooperativas agrícolas aos seus sócios, dentro dos limites de
o empreiteiro fornecer a totalidade dos materiais razoabilidade – ver Of. Circ. n.º 77430, de 12/07/89.
vi) Auto-consumo externo
vii) Transferência de bens de um sector sujeito para um sector iii) Ver art. 56º F EBF “Transmissão de bens e prestações a título
isento gratuito” (Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro)
viii) Transmissões a título gratuito, com excepção das amostras e
ofertas de pequeno valor (ofertas de pequeno valor € 50 e VN7 8

< 5/1000). (art. 3º, n.º3, f) e n.º 7 e 8 CIVA – LEI OE 2008)

CLARIFICAÇÃO E CONFORMAÇÃO COM O DIREITO JURISPRUDÊNCIA DO TJCE


E A JURISPRUDÊNCIA COMUNITÁRIAS – LEI OE 2008

Conceito de actividade económica: FORA DO CONCEITO DE ACTIVIDADE ECONÓMICA:


“qualquer actividade de produção, comercialização ou
de prestação de serviços, incluindo as actividades -dividendos de participações sociais;
extractivas, agrícolas e as das profissões liberais ou -mais valias na venda de acções e outros títulos negociáveis;
equiparadas. É em especial considerada actividade -rendimentos de aplicações em fundos de investimento;
económica a exploração de um bem corpóreo ou -juros pela concessão ocasional de crédito pelas holdings com
incorpóreo com o fim de auferir receitas com recurso aos dividendos distribuídos pelas participadas;
carácter de permanência”.
-entrada para o capital de uma sociedade civil;
(art. 9º, n.º1, 2º Directiva 2006/112/CE) -emissão de acções representativas do capital de uma
(art. 2º, n.º 1 a) CIVA) sociedade comercial.
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PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS – OPERAÇÕES


PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS (art. 4.ºCIVA)
ASSIMILADAS (art. 4.º n.º 2)
i) Utilização temporária de bens da empresa para uso próprio do
seu titular, do pessoal ou, em geral, para fins alheios à
Conceito residual: actividade ou em sectores isentos, quando tenha sido
exercido o direito à dedução;

Toda a operação que não seja considerada transmissão ii) Prestações de serviços a título gratuito, nas mesmas condições;
de bens, importação ou operação intracomunitária.
iii) Entrega de bens móveis produzidos por encomenda, com o
fornecimento total ou parcial da MP por parte do cliente;

iv) Cedência temporária ou definitiva de jogadores e


indemnizações de promoção e valorização devidas após
cessação do contrato.
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IMPORTAÇÕES (art. 5.º CIVA) IMPORTAÇÕES – cont.

Conceito: Caso os bens entrem em território nacional sob um


1. Entrada em território nacional de bens que não se encontrem regime aduaneiro de suspensão, a importação
em livre prática ou que tenham sido colocados em livre apenas se verifica após a respectiva saída desses
prática no âmbito de acordos de união aduaneira, procedentes regimes com a correspondente introdução no
de: consumo.
„ Países terceiros: os não pertencentes à UE, com excepção do Mónaco „ Ex.: Carros para exposição na Exponor.
e da Ilha de Man;
„ Territórios de EM equiparados a países terceiros
Consideram-se em livre prática os bens provenientes de
2. Entrada no território nacional de bens que se encontrem em
livre prática, procedentes de:
países terceiros em relação aos quais se tenham
„ Territórios de EM considerados como territórios terceiros
cumprido as formalidades de importação e cobrado
os direitos aduaneiros num EM da UE.
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INCIDÊNCIA PESSOAL (art. 2.º CIVA) INCIDÊNCIA PESSOAL – cont.

Sujeitos passivos são operadores económicos exercício Sujeitos passivos meros devedores do imposto:
de actividades económicas com independência e „ Reverse charge: obrigação dos operadores económicos, enquanto
habitualidade: adquirentes, de liquidar e entregar o imposto pela:
† Aquisição dos serviços a prestadores não estabelecidos em Portugal
previstos nos n.ºs 8, 10 a), 11, 13, 16, 17 b) e 19 do art. 6.º;
„ Prestadores de serviços, industriais, comerciantes, † Aquisição dos bens ou serviços em TN a s.p. não estabelecidos em
profissionais livres, actividades extractivas, agricultores Portugal ou sem representante fiscal.
„ Quem de modo independente pratique uma só operação, † Aquisição de gás natural ou electricidade quando os transmitentes dos
referidos bens não disponham no TN, de sede, estabelecimento estável
desde que preencha os pressupostos de incidência real de ou domicílio a partir do qual a transmissão seja efectuada
IRS ou IRC (ex.: actos isolados) „ As pessoas singulares ou colectivas que procedam a importações
„ O estado e demais pessoas colectivas de direito público, „ As pessoas singulares ou colectivas que mencionem indevidamente o
quando no exercício de actividades fora do âmbito dos IVA em facturas ou documentos equivalentes
poderes de autoridade. „ As pessoas singulares ou colectivas que efectuem operações
intracomunitárias nos termos do RITI.
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LOCALIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES Transmissões de bens (art. 6.º n.ºs 1 a 3)


(art. 6.º CIVA)
Nº 1 – Regra Geral
„ Atende-se ao local onde se encontram aquando da respectiva
transmissão
Transmissões de bens Localizadas em Portugal se:
„ O início da expedição para o adquirente for Portugal;
„ O local onde se encontra o bem no momento em que é posto à
disposição do adquirente for Portugal.
Prestações de serviços „ Regras especiais:
† N.º 2 – transmissão feita pelo importador e eventuais transmissões
subsequentes de bens transportados ou expedidos de um país 3.º, antes
da sua importação em TN
† N.º 3 – Vendas de bens a bordo de um navio, aeronave ou comboio,
durante um transporte intracomunitário de passageiros, cujo lugar de
partida se situe em TN e o lugar de chegada noutro EM.
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Prestações de serviços (art. 6º n.º 4) 1. Regra especial dos n.ºs 5 e 6 art. 6º CIVA
REGRA GERAL: tributadas no TN se o Serviços que possuem um suporte material diferente do
prestador: Critério do local da execução
prestador aqui tiver a sede da sua actividade ou
estabelecimento estável a partir do qual os serviços São tributados em TN, independente/ da sede do prestador –
sejam prestados – tributação na origem. art. n.º 6:
„ Prestações de serviços relacionadas com imóvel sito no TN;
„ Serviços de transporte não intracomunitário pela distância percorrida
em TN
„ Prestações de serviços sobre bens móveis corpóreos, executados total
EXCEPÇÕES: aplicadas a serviços em ou essencialmente em TN
relação aos quais se torna fácil situar o local de „ Prestações de serviços de carácter artístico, cientifico, desportivo,
recreativo, de ensino e similares, desde que efectuadas no TN.
utilização.
Não são tributadas no TN as situações opostas – art. n.º 5.
19 20

2. Regra especial dos n.ºs 19, 20 e 21 art. 6º 3. Regra especial dos n.ºs 8, 9 e 10 art. 6º

Derrogação aos n.ºs 5 c) e 6 c) Serviços intermédios, com carácter empresarial, por se


encontrarem afectos à actividade do s.p. adquirente: Critério
Trabalhos intracomunitários efectuados sobre bens da localização do adquirente
móveis corpóreos:
„ N.º 19 – São tributadas as p.s. efectuadas fora do TN, São tributáveis em TN, as seguintes p.s., desde que o adquirente
quando o adquirente seja s.p. registado no TN e que tenha seja s.p. do imposto, com sede, estab. estável ou domicílio em
utilizado o respectivo NIF para efectuar a aquisição, desde TN:
„ Cessão ou concessão de direitos de autor, licenças, marcas de fabrico
que os bens sejam expedidos para fora do território do e de comércio,...
EM da execução dos serviços „ Serviços de publicidade
„ N.º 21 – Caso especial dos meios de transporte „ Serviços de consultores, engenheiros, economistas, contabilistas, ...
„ N.º 20 – Não são tributadas as situações opostas. „ Tratamento de dados e fornecimento de informações
„ Operações bancárias e financeiras e de seguro
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CONTINUAÇÃO CONTINUAÇÃO

„ Colocação de pessoal à disposição Não serão tributadas em TN, as p.s. referidas, ainda que o
„ Serviços de intermediários que intervenham em nome e por conta de prestador cá tenha sede, estab. estável ou domicílio – art.
outrem nas mencionadas p.s. Obrigação de não exercer uma 6º n.º 9:
actividade profissional ou um direito mencionado na presente lista
„ Qd o adquirente estiver estabelecido num EM e provar que nesse país
„ Locação de bens móveis corpóreos, excepto meios de transporte é s.p.
„ Serviços de telecomunicações „ Qd o adquirente estiver estabelecido em país terceiro.
„ Cedência temporária ou definitiva de um jogador, acordada entre os
clubes
São também tributadas em TN – art. 6º n.º 10:
„ Serviços de radiodifusão e televisão „ A locação de meios de transporte, qd locador se situe fora da UE,
desde que sejam utilizados em TN por um s.p.
„ Serviços prestados por via electrónica, descritos no Anexo D
„ Os serviços de telecomunicações, de radiodifusão e televisão e
„ Cessão ou concessão do acesso a sistemas de distribuição de gás serviços prestados por via electrónica, qd prestador se situe fora da
natural ou de electricidade. UE, e o adquirente se situe em TN e não seja s.p. (incluindo
particulares)
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4. Localização das prestações serviços de transportes
intracomunitários – art. 6.º n.ºs 7, 11 e 12 Transportes intracomunitário – cont.
Conceitos: art. 1.º n.º 2 e), f) e g)
A – Transportador estabelecido em TN:
Localização:
„ Regra geral (n.º 7): São tributados no EM de
„ 1. Adquirente - s.p. estabelecido em TN
partida (ex. o adquirente é consumidor final)
† Portugal UE
„ Excepções (n.ºs 11 e 12): „ Facturação: com IVA
† A regra geral é afastada quando o adquirente for um „ Responsável: transportador
s.p. devidamente identificado para efeitos de IVA e „ Quando a operação estiver relacionada com saída de bens do
forneça o seu NIF ao transportador TN para outro EM, beneficia da isenção do art. 14.º n.º1 q).
† Nestes casos, será localizada no EM da identificação
do adquirente do serviço.
25 26

„ 2. Adquirente – s.p. identificado noutro EM que não


Portugal
† Portugal UE Transporte intracomunitário – cont.
„ Facturação: sem IVA
„ Responsável: o adquirente (reverse charge), no respectivo
EM
B – Transportador estabelecido noutro EM
„ 3. Adquirente – particular ou entidade estabelecida que não o TN
num país terceiro
† Portugal UE
„ Facturação: com IVA „ 1. Adquirente: s.p. estabelecido em TN
„ Responsável: o transportador † Portugal UE
† UE Portugal „ Facturação: sem IVA
„ Facturação: com IVA do EM onde se inicia o transporte „ Responsável: o adquirente do serviço (reverse charge)
„ Responsável: o transportador, que poderá nomear
representante no EM onde se inicia o transporte „ Qd operação relacionada com saída de bens do TN para
outro EM, beneficia da isenção do art. 14.º n.º 1 q)

27 28

„ 2. Adquirente: s.p. identificado noutro EM que não


Portugal
5. Localização das prestações serviços acessórias ao
† Portugal UE transporte intracomunitário – art. 6.º n.ºs 13 e 14
„ Facturação: com IVA do EM do adquirente
„ Responsável: o transportador, no caso de ambos estarem REGRA GERAL:
estabelecidos no mesmo EM; o adquirente, se estiver „ Tributadas no EM da sua execução material
estabelecido num EM diferente do transportador
„ 3. Adquirente: um particular ou entidade estabelecida
num país 3.º EXCEPÇÕES:
† Portugal UE „ A regra geral é afastada quando o adquirente dos serviços
„ Facturação: com IVA português for um sujeito passivo devidamente identificado para
„ Responsável: o transportador que poderá nomear efeitos de IVA e fornecer o seu NIF
representante no TN
„ Nestas condições, serão localizadas no EM de
† UE Portugal
identificação do adquirente.
„ Facturação: com IVA do EM onde se inicia o transporte
„ Responsável: o transportador.
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6. Localização das prestações serviços de intermediários 7. Localização das prestações serviços de intermediários
agindo por conta de outrem em transportes agindo em nome e por conta de outrem em operações de
intracomunitários e operações acessórias - n.ºs 15 e 16 aquisição e transmissão intracomunitária – n.ºs 17 e 18

Segue as regras, quer do transportes intracomunitários, Regra geral:


quer dos serviços acessórios, isto é, são localizadas
„ Estes serviços têm a mesma localização a que se
no EM onde se inicia o transporte ou onde se
refere a operação principal
materializam os serviços acessórios

Excepções:
Excepções:
„ Os serviços de intermediação serão localizados no EM do „ Serão localizados no EM da identificação do
adquirente dos serviços, desde que este se identifique adquirente , se este for s.p. de IVA e fornecer ao
como s.p. e forneça ao intermediário o seu NIF. intermediário o seu NIF.
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Localização das transmissões de gás natural e Facto gerador e exigibilidade do imposto –


electricidade (art. 6º n.ºs 22 e 23) arts. 7.º e 8.º
1. Efectuadas entre s.p. revendedores: Facto gerador – momento em que nasce o imposto
„ Localização na sede do adquirente Exigibilidade – momento em que o imposto é devido
ao Estado
2. Efectuadas por s.p. revendedores ou não
revendedores, a adquirentes, s.p. não revendedores: Regra geral – os dois momentos são coincidentes:
„ Tributadas no local do consumo efectivo „ Nas TB – quando são postos à disposição do adquirente;
„ Nas PS – quando estas se consideram concluídas;
3. Efectuadas por s.p. revendedores ou não „ Nas importações – no momento considerado para efeitos
revendedores a particulares: de aplicação dos direitos aduaneiros, ainda que os
„ Tributadas no local do consumo efectivo. mesmos não sejam devidos.
33 34

Exigibilidade em caso de obrigação de emitir factura


REGRAS ESPECÍFICAS
(art. 8.º CIVA)
i) Transmissão de bens sujeitos a montagem A exigibilidade é diferida para a data da emissão da
ii) Contrato de fornecimento ou de PS de carácter respectiva factura, se tal ocorrer dentro do prazo – 5
continuado (ex. contrato de locação) dias úteis (art. 35.º)
iii) Contrato de comissão entre comitente e comissário Se o prazo não for respeitado, no momento em que
iv) Contrato de consignação termina
v) Contratos especiais (vendas a contento ou sujeitas a Se houver pagamento antecipado (ainda que parcial): no
prova) momento do recebimento, pelo montante recebido -
adiantamentos
vi) Vendas de combustíveis à consignação efectuadas
pelos distribuidores. Se for emitida factura antes da realização das operações
tributáveis: na data da emissão da factura –
35
facturação antecipada 36
REGIMES ESPECIAIS ISENÇÕES – arts. 9.º a 15.º CIVA

Regime especial de exigibilidade do ISENÇÕES:


„ Simples ou incompletas – o operador não liquida, mas
IVA nas empreitadas e subempreitadas de também não deduz (art. 9.º)
obras públicas – DL 204/97, de 9/08 „ Completas ou “taxa 0” – o operador não liquida , mas
pode deduzir o imposto suportado nas suas aquisições
(arts. 14.º e 15.º)
Regime especial de exigibilidade de DIVISÃO:
IVA nas entregas às cooperativas agrícolas – „ Isenções nas operações internas
„ Isenções nas importações
Lei n.º 85/98, de 16/12 (EFC)
„ Isenções nas exportações, operações assimiladas a
exportações e transportes internacionais
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„ Outras isenções 38

Isenções nas operações internas – art. 9.º CIVA RENÚNCIA À ISENÇÃO – art. 12.º CIVA

† Actividades de interesse geral ou social: † Podem optar por renunciar à isenção:


„ saúde, assistência e segurança social, educação e ensino, „ PS médico-sanitários efectuados por estabelecimentos
formação profissional, desporto, cultura, ciência e arte, ... hospitalares privados
(ver art. 10.º - organismos sem finalidade lucrativa)
† Operações bancárias e financeiras e de seguro „ Locação e transmissão de imóveis
† Locação e transmissão de bens imóveis „ Actividade agrícola, silvícola e pecuária
† Actividades de produção agrícola e PS agrícolas „ PS de formação profissional
† Outras isenções: „ Serviços de alimentação e bebidas fornecidos pela
„ Serviços públicos postais, vendas de selos de correio, entidade patronal aos seus empregados.
serviço público de remoção de lixo, serviços prestados por
empresas funerárias, actividades sujeitas a impostos
especiais sobre o jogo, venda de bens cujo imposto † Período mínimo de permanência: 5 anos
suportado não tenha sido objecto de dedução. 39 40

Renúncia à isenção nas operações imobiliárias Isenções nas importações – art. 13.º CIVA

† A renúncia verifica-se caso a caso (fracção a fracção † Tratam-se de isenções objectivas


ou imóvel a imóvel)
† Por exemplo:
† É necessário que: „ Bens cuja transmissão em TN seja isenta
„ O alienante ou o locador disponha de contabilidade separada
para os imóveis a alienar ou a locar com sujeição a imposto, „ Bens de abastecimento que se encontrem a bordo de
para que se possa identificar correctamente o imposto a barcos ou de aviões que realizem transportes
deduzir; internacionais
„ O adquirente seja sujeito passivo de imposto; „ Ouro importado pelo Banco de Portugal
„ Exista acordo entre o alienante e o adquirente para sujeição a „ Automóveis, triciclos e cadeiras de rodas importados para
imposto, o qual será formalizado através de apresentação no uso de deficientes
Serviço de Finanças competente, de uma declaração adequada. „ Material visual e auditivo de carácter educativo, científico
e cultural
† Ver DL 241/86, de 28/08 „ Objectos de colecção e obras de arte não destinadas a
41
venda 42
Isenções nas exportações, operações assimiladas e
transportes internacionais – art. 14.º CIVA Valor tributável – arts. 16.º e 17.º CIVA
† Exportações directas † Nas operações internas
† PS directamente conexas com os bens exportados „ Será a contraprestação obtida do adquirente do bem ou
† Exportações indirectas dos serviço
† TB e PS efectuadas no âmbito de relações diplomáticas e „ Inclui:
† Os impostos, direitos, taxas e outras imposições
consulares – DL 143/86, de 16/06 (isenção efectivada através † As despesas acessórias debitadas ao cliente, tais como comissões,
de reembolso ) seguros, transportes, publicidade, entre outros
† Transporte de pessoas provenientes e com destino ao † Os subsídios directamente relacionados com o preço de cada
estrangeiro e de pessoas e bens provenientes ou com destino operação
às RA e entre as ilhas daquelas regiões „ Exclui:
† Os juros pelo pagamento diferido
† Vendas a residentes estrangeiros, em passagem pelo território † Os descontos, abatimentos e bónus concedidos
nacional –DL 295/87, de 31/07 † As quantias pagas em nome e por conta do cliente
† .... † As embalagens, desde que não sejam efectivamente tributadas.
43 44

Valor tributável – cont. SUBVENÇÕES NÃO INCLUÍDAS NO VALOR


TRIBUTÁVEL DAS OPERAÇÕES (art. 16º n.º7 revogado)

† Nas operações assimiladas a TB Disposição art. 16º n.º7 deixou de ter justificação, por
„ O preço de aquisição dos bens ou de bens similares ou, na contrário ao direito comunitário
sua falta, o preço de custo, reportado ao momento da
realização da operação
TJCE definiu que tal inclusão só pode abranger os
† Nas operações assimiladas a PS
“sujeitos passivos mistos”, não se aplicando aos
„ Valor normal da operação
sujeitos passivos integrais” que recebam essas
† Nas importações subvenções
„ O valor aduaneiro, determinado de acordo com as
disposições comunitárias em vigor.
.
45

TAXAS – art. 18.º CIVA


TAXAS DE IVA – LEI OE 2008
Taxas Continente Madeira/Açores ALIMENTOS a 5% (Lista I anexa a CIVA)

Reduzida 5% 4% Todas as massas alimentares, com exclusão das massas


Intermédia 12% 8% recheadas (1.1.4);
Normal 20% 15% Leite fermentado (1.4.1);
Iogurtes pasteurizados (1.4.5);
† Localização das operações para efeitos de aplicação Sobremesas lácteas(1.4.8);
das taxas das RA: segue as regras do art. 6.º - DL Bebidas, iogurtes e sobremesas de soja, incluindo
347/85, de 23/08. tofu(1.4.9)
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TAXAS DE IVA – LEI OE 2008 TAXAS DE IVA – LEI OE 2008
ALIMENTOS A 12% OUTRAS (Lista I anexa ao CIVA)
Preparados de carne, peixe, legumes ou produtos
hortícolas, massas recheadas, pizas, sandes, sopas,
ainda que pré cozinhadas, refeições prontas a Contribuição para o audiovisual cobrada para
consumir, nos regimes de pronto a comer levar casa. financiamento do serviço público de radiodifusão e
televisão (2.1);
OUTRAS (Lista I anexa ao CIVA)
Espectáculos, provas e manifestações desportivas, Todas as operações de recolha e tratamento de resíduos
prática de actividades físicas e desportivas e outros e lixos (2.20);
divertimentos públicos (2.13);

DEDUÇÕES E APURAMENTO DO IMPOSTO


– arts. 19.º a 25.º CIVA-
TAXAS DE IVA – LEI OE 2008
EMPREITADAS (Lista I anexa CIVA) † Arts. 19.º e 20.º - Âmbito e condicionalismos do
2.17 – alargada às situações em que os donos da obra direito à dedução
sociedades de reabilitação urbana e organismos „ Os s.p. poderão deduzir o imposto incidente sobre as
operações tributáveis que efectuaram.
públicos responsáveis pela rede pública de escolas
secundárias; „ O s.p. só pode deduzir imposto mencionado em facturas e
documentos equivalentes passados em forma legal (art.
2.21 – empreitadas de reabilitação urbana, realizadas em 35.º), bem como no recibo de IVA que faz parte da
imóveis ou espaços públicos localizados em áreas de declaração de importação, em seu nome e na sua posse. –
reabilitação urbana; ver Of. Circ. n.º 65399, de 23/07/87 – Facturas “pro-
forma” e Ofd. Circ. n.º 30074, de 24/03/2005 – 2.ªs vias
2.21-A – empreitadas reabilitação imóveis realizadas no de facturas
âmbito programas especiais apoio. „ Na autofacturação o exercício do direito à dedução está
condicionada à verificação de condições. 52

MOMENTO DO DIREITO À DEDUÇÃO


EXCLUSÃO DO DIREITO À DEDUÇÃO – art. 21.ºCIVA art. 22.º CIVA

† Aquisição, locação, manutenção e todas as despesas † Direito à dedução nasce no momento em que o imposto
relacionadas com viaturas de turismo, barcos de recreio, dedutível se torna exigível.
helicópteros, aviões, motos e motociclos, excepto se
constituírem o meio de exploração ou sejam objecto de
actividade do s.p. † O imposto suportado deve ser deduzido no período de
† Despesas respeitantes a combustíveis, com excepção do imposto correspondente à data de emissão da factura.
gasóleo, GPL e gás natural (dedutível a 50% e em casos
específicos a 100%) † A dedução deve ser efectuada no período ou em período
† Despesas de deslocação, alojamento, alimentação, etc, bem posterior àquele em que for recebida a factura ou o recibo de
como as despesas que pela sua natureza ou montante, não pagamento de IVA da importação.
constituam despesas normais de exploração – excepções: n.º
2 b), c), d) e e)
53 54
MODALIDADES PARA O EXERCÍCIO DO DIREITO À
DEDUÇÃO
REEMBOLSO

A) Método da subtracção/imputação: quando o † Se passados 12 meses relativos ao período em que se iniciou


o excesso, persistir crédito a favor do contribuinte superior a
imposto liquidado no período é superior ao imposto 249, 40 €;
dedutível no mesmo período – art 22.º n.º 1; † Antes de 12 meses se:
„ Montante do crédito ultrapassa 25 vezes o SMN (metade deste valor
se ocorrer nos 6 primeiros meses de actividade, ou em situações de
B) Método do reporte: na situação contrária – art. 22º investimento com recurso ao crédito)
n.º 4; „ Cessação da actividade*
„ Passar a praticar exclusivamente operações isentas, sem direito a
dedução*
„ Passar a estar enquadrado no regime especial de isenção ou no
C) Método do reembolso: em determinadas situações – REPR*
art. 22º n.ºs 4 a 13.
55
* Desde que o valor do reembolso seja igual ou superior a 25 € 56

ALARGAMENTO DA POSSIBILIDADE DE
REEMBOLSOS EM SITUAÇÕES MAIS VANTAJOSAS
SUJEITOS PASSIVOS MISTOS – art. 23.º CIVA
(art. 22º n.º9 CIVA)

No n.º 5 art. 22º, foi arredondada a importância a partir


da qual é permitido o reembolso de IVA se o crédito
respectivo persistir por mais de 12 meses €250. São aqueles que realizam operações
tributadas (com direito a dedução) e operações
isentas (sem direito a dedução)
No n.º9 art. 22º, veio alargar-se o leque de situações em
que é possível o reembolso em condições diferentes
(mais favoráveis, presume-se) das estabelecidas com
carácter geral, designadamente por força das O direito à dedução é incompleto
recentes situações de inversão do sujeito passivo.
58

SUJEITOS PASSIVOS MISTOS – art. 23.º CIVA PRO-RATA E AFECTAÇÃO REAL

O art. 23º aplica-se exclusivamente aos bens e serviços


de utilização mista, o que conduz:
DOIS MÉTODOS:
1. Bens e serviços exclusivamente afectos a operações
Percentagem de dedução ou pró-rata tributadas ou isentas com direito à dedução –
dedução integral;
2. Bens e serviços exclusivamente afectos a operações
Afectação real sem direito à dedução – não dedução;
3. Bens e serviços exclusivamente afectos a operações
fora do conceito de actividade económica – não
59 dedução.
PRO-RATA E AFECTAÇÃO REAL PRO-RATA E AFECTAÇÃO REAL

Foi alterado o regime de dedução do IVA suportado por Assim, se forem bens e serviços afectos à realização:
sujeitos passivos mistos ou parciais (art. 23º).
Até aqui era regime regra o regime percentagem, apesar - Operações fora do conceito de actividade
de ser um método sujeito a distorções. económica a afectação real;
Entretanto dava-se a possibilidade de o SP optar pela
afectação real. - Operações decorrentes do exercício de uma actividade
económica, parte das quais não confere direito à
AGORA, O MÉTODO A APLICAR PASSA A DEPENDER dedução afectação real ou prorata.
DO DESTINO DOS BENS E SERVIÇOS A QUE
RESPEITAR O IVA SUPORTADO.

MÉTODOS DE DEDUÇÃO RELATIVA AOS BENS E SERVIÇOS DE MÉTODOS DE DEDUÇÃO RELATIVA AOS BENS E SERVIÇOS DE
UTILIZAÇÃO MISTA (art. 23º, n.º1, a) e b) e n.º2 CIVA) UTILIZAÇÃO MISTA (art. 23º, n.º1, a) e b) e n.º2 CIVA)

1ª SITUAÇÃO: Bem ou serviço utilizado simultâneo: 2ª SITUAÇÃO: Bem ou serviço utilizado simultâneo:
i) Operações tributadas ou isentas que conferem direito i) Operações tributadas e isentas que conferem direito à
à dedução e dedução;
ii) Operações fora do conceito de actividade económica ii) Operações isentas que não conferem direito à
dedução

AFECTAÇÃO REAL
AFECTAÇÃO REAL OU PRORATA

MÉTODOS DE DEDUÇÃO RELATIVA AOS BENS E SERVIÇOS DE EXEMPLO PRÁTICO


UTILIZAÇÃO MISTA (art. 23º, n.º1, a) e b) e n.º2 CIVA)

3ª SITUAÇÃO: Bem ou serviço utilizado simultâneo: Sujeito Passivo A, Lda. realiza as seguintes operações:
i) Operações tributadas ou isentas que conferem direito à a) Tributadas – €100 000;
dedução;
b) Isentas com direito à dedução – €30 000;
ii) Operações isentas que não conferem direito à dedução;
iii) Operações fora do conceito de actividade económica c) Fora do conceito de actividade económica – €20 000

Adquiriu um computador (IVA suportado de €100) que


AFECTAÇÃO REAL – distinguir iii) das restantes utiliza nas três actividades, em 70% em a), 10% em
PRORATA OU AFECTAÇÃO REAL – distinguir i) e ii) b), e 20% em c)
EXEMPLO PRÁTICO MÉTODO DE AFECTAÇÃO REAL

Cálculo do direito à dedução: Segundo o art. 23º n.º2 a determinação do uso efectivo
1) Efectiva utilização nas operações c)- IVA não dos bens e serviços de utilização mista deve ter por
base CRITÉRIOS OBJECTIVOS de imputação:
dedutível – 20% 100 = 20
2) IVA restante (80).
Exemplos: área ocupada pelo sector, horas/homem,
2.1 Se usar Prorata – 100 000/130 000 = 77%, horas/máquina, número de empregados afecto a cada
IVA dedutível 80x77% = 61,6 operação.

2.2 Se usar afectação real IVA dedutível = 70 Cabe à DGCI avaliar a idoneidade desses critérios e
propor a adopção de critérios diferentes.

MÉTODO DA PERCENTAGEM OU PRORATA MÉTODO DA % DEDUÇÃO OU PRÓ-RATA

Cálculo do Prorata:
operações tributáveis
Pró-rata =
operações sujeitas a IVA e dele não isentas + operações isentas com direito Total operações tributáveis e não tributáveis
à dedução

São excluídos quer do numerador quer do denominador:


Todas as operações efectuadas SP no quadro actividade económica,
„ As transmissões de bens do imobilizado
incluindo subvenções não tributadas que não sejam subsídios ao
„ As operações imobiliárias e financeiras, quando consideradas acessórias à
equipamento actividade do sujeito passivo
„ Os subsídios de equipamento
„ As operações não sujeitas a IVA
A percentagem será sempre arredondada para a centésima superior.

70

REGULARIZAÇÃO DAS DEDUÇÕES REGULARIZAÇÕES DE IVA (art. 23º n.º6)

No decorrer de cada exercício, para determinação do imposto Regularização das deduções efectuadas segundo
dedutível, os sujeitos passivos aplicarão ao imposto suportado método afectação real na última declaração do ano
nas aquisições de bens e serviços de cada período o “pró-rata
provisório” que é o definitivo do ano anterior. – se valores definitivos do ano não coincidirem com
critérios objectivos;
Uma vez que os valores para a determinação do pró-rata
definitivo só são conhecidos no final de cada ano, é na última
declaração que se faz o acerto das deduções efectuadas ao Objectivo: assegurar que os 2 métodos têm regras de
longo do ano com base no pró-rata provisório:
cálculo idênticas revestindo carácter provisório e
„ Pro-rata definitivo > pro-rata provisório: regularização a favor do ficando sujeito a correcções.
sujeito passivo
„ Pro-rata definitivo < pro-rata provisório: regularização a favor do
Estado
71
REGULARIZAÇÃO DAS DEDUÇÕES DOS BENS DE REGULARIZAÇÃO DAS DEDUÇÕES DOS BENS DE
INVESTIMENTO MÓVEIS E IMÓVEIS – art. 24.º CIVA INVESTIMENTO MÓVEIS E IMÓVEIS – art. 24.º CIVA

Para além da regularização geral do art. 23.º, os sujeitos passivos 1. No final do ano em que se inicia a utilização e de cada um
mistos devem fazer regularizações especiais do imposto dos 4 (móveis) ou 19 (imóveis) anos seguintes àqueles,
deduzido relativamente a bens do seu activo imobilizado. calcular-se-á o montante da dedução que teria lugar na
hipótese da aquisição se ter verificado no ano em
consideração, de acordo com o pró-rata definitivo desse ano;
2. O montante obtido será subtraído à dedução efectuada no
Dado que a dedução foi efectuada com base na % do ano da ano em que teve lugar a aquisição;
aquisição, o imposto deduzido vai ser alvo de uma 3. A diferença positiva ou negativa dividir-se-á por 5 (móveis)
regularização anual de acordo com a variação da % de ou 20 (imóveis), sendo o resultado a regularização a efectuar
dedução calculada anualmente: pelo sujeito passivo:
„ Bens móveis – 5 anos; ¾ Se a diferença for positiva: regularização a favor do Estado
„ Bens imóveis – 20 anos (10 anos se adquiridos antes de ¾ Se a diferença for negativa: regularização a favor do sujeito passivo
2001) 73 74

REGULARIZAÇÃO DAS DEDUÇÕES DOS BENS DE BENS NÃO IMÓVEIS DO ACTIVO IMOBILIZADO
INVESTIMENTO MÓVEIS E IMÓVEIS – art. 24.º CIVA (Art. 24º n.º4 e n.º 7)

A regularização só será efectuada se, entre o pró-rata Em caso de utilização afectação real, passa a prever-se o
ajustamento anual das deduções relativas a bens de
definitivo do ano da aquisição e o pró-rata do ano a
investimento, quando nos anos seguintes ocorram alterações
que se está a proceder à regularização, houver uma
relevantes na sua proporção de utilização;
diferença igual ou superior a 5 pontos percentuais;
Considera-se relevante quando existir uma alteração do IVA
Por razões de simplificação administrativa não haverá dedutível, para mais ou para menos, igual ou superior a €
regularizações sempre que os bens tenham um valor 250.
< 249,40 € ou tenham um período de vida útil < 5
anos (nos termos do DR 2/90).
Foi actualizado limite mínimo do valor unitário dos bens activo
imobilizado a partir do qual devem ser feitas regularizações
75
anuais, passou para € 2500.

TRANSMISSÕES DURANTE O PERÍODO DE


OUTRAS REGULARIZAÇÕES
REGULARIZAÇÃO - art. 24.º n.º 9
† Nos casos de transmissões dos bens do imobilizado durante o art. 24.º-A – Regularizações das deduções
período de regularização, esta será efectuada de uma só vez,
pelo período ainda não decorrido quando os sujeitos passivos passem a praticar
Exemplo: operações sujeitas que conferem direito a
A empresa Z, Lda adquiriu em 2003 um bem de equipamento no valor de 10.000 €
com IVA suportado de 1.900 €. Como o pro-rata definitivo desse ano foi de 85% o
dedução
imposto dedutível foi de 1.615 €. No ano de 2005 o s.p. vendeu aquele bem. Terá
que fazer a regularização do imposto inicialmente deduzido até ao fim do período
da respectiva regularização, considerando que o pró-rata para os anos seguintes é
de 100%. art. 25.º - Regularização da dedução no caso de
Assim: não utilização de bens imóveis em fins da
(1.615 – 1900) / 5 = -57
-57 x 3 = -171 Ö regularização a favor do sujeito passivo empresa
77 78
Art. 24.º-A
Art. 25.º
† Os s.p. que por alteração da actividade ou por imposição legal, passem a É aplicável a todos os sujeitos passivos
praticar operações sujeitas que conferem direito à dedução, poderão
deduzir o imposto relativo aos bens do imobilizado do seguinte modo: independentemente de realizarem ou não
„ Bens móveis adquiridos no ano da alteração ou nos 4 anos anteriores –
dedução proporcional ao n.º de anos que faltem para completar o
exclusivamente operações tributáveis;
período de 5 anos a partir do ano em que iniciou a utilização;
„ Bens imóveis adquiridos ou concluídos no ano da alteração ou nos 19
anos anteriores – dedução proporcional ao n.º de anos que faltem para
completar o período de 20 anos a partir do ano da ocupação.
A regularização consiste em creditar o Estado em 1/20
† A dedução pode ser efectuada no período de imposto em que se verificou do imposto inicialmente deduzido, por cada ano de
a alteração; não utilização dos bens imóveis em fins da empresa,
† É também aplicável aos s.p. que, utilizando o método da afectação real,
afectem um bem de um sector isento a um sector sujeito; sempre que tal se verifique durante o período de 20
† Não é aplicável aos bens com valor unitário < 249,40 € ou com período de anos a partir do ano de ocupação dos imóveis.
vida útil < 5 anos;
† Não é aplicável aos s.p., que á data da alteração, se encontrem no regime 79 80

especial de isenção.

EXEMPLO MÉTODO DA AFECTAÇÃO REAL – art. 23.º n.º 2


A empresa XY, Lda adquiriu em 2002, um imóvel por 100.000 € com IVA Apenas pode deduzir o imposto suportado nos bens e serviços
suportado de 19.000 € (o alienante renunciou à isenção do n.º 31 do art. 9.º). relacionados com operações tributáveis.
Uma vez que a empresa exerce uma actividade sujeita com direito à dedução,
relativamente à aquisição do imóvel deduziu os 19.000 € suportados. Em 2005 É necessário separar contabilisticamente as aquisições efectuadas
a empresa vai procede ao arrendamento do referido imóvel. Este arrendamento para o sector isento das efectuadas para o sector sujeito.
não será tributado (n.º 30 do art. 9.º) Se o sujeito passivo exercer actividades distintas, com os serviços
Pelo facto terá que proceder à regularização (a favor do Estado) da dedução administrativos igualmente distintos, a separação pode ser
inicial, de 1/20, em cada ano que falta para completar os 20 de regularização. total Ö apenas deduz o IVA suportado nas aquisições para o
Assim teremos: sector sujeito.
19.000 / 20 = 950 Ö 950 X 17 = 16.150 No caso de ter sectores de actividade distintos mas com gastos
A regularização de 950 deverá constar do campo 41 da DP do último período comuns, poder-se-á proceder à afectação real de parte dos
de cada um dos 17 anos seguintes, inclusive 2005. bens ou serviços de cada um dos sectores e aplicar a % de
dedução ao imposto suportado nas aquisições de bens e
81
serviços utilizados indistintamente para os dois sectores. 82

-Ver Art.ºs 29.º , 70.º, 74.º, 75.º


OBRIGAÇÕES -76.º, 77.º , 78.º, 79.º, 80.º
ART.º 28.º - 125.º
-71.º
- DECLARATIVAS:
-ÚNICAS - N.º 1-a)
-PERIÓDICAS:-N.º 2, 3, 5
-MENSAIS OU TRIMEST - N.º 1-c), N.º 4
-ANUAIS - N.º 1- d)
OBRIGAÇÕES NO CIVA -RECAPITULATIVOS- N.º1-e), f), N.ºS 10, 11, 12, 13 E 14
-FACTURAÇÃO - N.º 1-b), N.º 3, 6, 7
-ESCRITURAÇÃO - N.º1-g), N.º 3
-COMPROVAÇÃO DAS ISENÇÕES - N.ºS 8, 9

DECLARAÇÃO FACTURAÇÃO ESCRITURAÇÃO


PAGAMENTO

- 44.º A 52.º
-26.º E 27.º ÚNICAS-30.º A 34.º-A -35.º A 39.º
83 84
PERIÓDICAS - 40.º E 41.º
ACTO ISOLADO - 42.º
INICIATIVA
DOS SERVIÇOS
PAGAMENTO DECLARAÇÃO
ART.º 27.º *
-N.º 1 – NOTIFICAÇÃO
-N.º 2 – FALTA PAGAMENTO
-N.º 3 – IMPORTAÇÕES
-N.º 4 – ARREMATAÇÃO, VENDA ÚNICA – 30.º PERIÓDICA – 40.º ACTO ISOLADO – 42.º
JUDICIAL OU ADM A 34.º-A E 41.º
SUJEITO -N.º 5 – INCLUSÃO IVA NAS
GUIAS RECEITA N.ºS 3, 4
PASSIVO - ART.º26.º -Art.º 30.º - Início -Art.º 40.º - Periodicidade -Art.º 42.º - Apresentação
-RECTIFICAÇÃO D.P.S-Art.ºs
82.º, 87.º E 88.º-A - Excepção : - Prazos da declaração
-N.º 1- PERIÓDICO PARA S.I.V.A. -FALTA DE DP.S-ART.ºS 83.º,
- Acto isolado - Opção - Ver art.ºs 26.º,
-N.º 2 – MENÇÃO INDEVIDA E ACTO ISOLADO 83.º-A E 88.º-A
-N.º 3 – S.P. ADQUIRENTES NÃO SUJEITOS ART.º 40.º -COMPENSAÇÃO – Art.º 83.º-B -Art.º 31.º - Alterações - Ver art.º 26.º e n.º 2 e 30.º
-N.º 4 – OS DO N.º 3 C/DECL. ART.º 25.º, N.º 1 RITI E 87.º-A
-Art.º 32.º - Cessação DL 229/95, 11/9
-N.º 5 – DECL. S/MEIO PAG IMP EXIGÍVEL – ART.º -MÉTODOS INDIRECTOS –
ART.ºS 84.º, 85.º e 74.º -Art.º 33.º - Conceito de cessação -Art.º 41.º - Conceito de
5.º DL 229/95, 11/9
- CADUCIDADE E JUROS volume de
-N.º 6 – SAÍDA REGIME ENTREPOSTO N/ ADUAN COMPENSATÓRIOS – ART.ºS -Art.º 34.º - Regras comuns às
negócios
NÃO SUJEITOS ART.º 40.º 88.º, 89.º E 74.º declarações
VER DL 229/95, DE 11/9 -GARANTIAS DOS CONT.S –
ART.ºS 90.º, 91.º E 92.º -Art.º 34.º-A – Declarações sob a
85 86
-SOLIDARIEDADE – ART.º 72.º forma verbal

ou
ORGANIZAÇÃO DA
LIVROS DE REGISTO FACTURAÇ
FACTURAÇÃO
CONTABILIDADE -Art.ºs
44.º e 51.º
- Art.º 50.º
REGISTO DAS T.B. E P.S.
-Art.º 45.º FACTURA – PRAZOS E
EFECTUADAS PELO S.P.
EXIGÊNCIAS - Art.º 35.º e Art.º 5.º do DL 198/90, de 19/6

REGISTO DAS IMPORT ADIÇÃO DO IVA LIQUIDADO


- Art.º 48.º -ARQUIVO E - Art.º 36.º
E AQUISIÇÕES BENS
AO VALOR DE FACTURA RECTIFICAR
ESCRITURAÇ
ESCRITURAÇÃO E SERVIÇOS DOS S.P. CONSERVAÇÃO
ART.ºS 28.º, N.º7, 71.º E 90.º

REGISTO DE OPERAÇÕES MERCADORIAS À - Art.º 37.º


EM QUE NÃO HAJA EMISSÃO - Art.º 46.º CONSIGNAÇÃO
FALTA DE FACTU-
DE FACTURA
- Art.º 52.º RA OU INEXACTIDÃO
FACTURAS EMITIDAS
REGISTO SEM DISTINÇÃO POR RETALHISTAS E - Art.º 38.º Art.º 72.º
-CENTRALIZAÇÃO
- Art.º 47.º PRESTADORES DE SERVIÇOS
DE TAXAS - Art.º 69.º
- ACESSO FUNCIONÁRIOS DISPENSA DA OBRIGAÇÃO
- Art.º 39.º
-VALORES COM IVA - Art.º 49.º Art.º 78.º 87 DE FACTURAR 88
INCLUÍDO
- INVENTARIAÇÃO - Art. 79º

PAGAMENTO DO IMPOSTO – arts. 26.º e 27.º OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS – art. 28.º

† Até ao dia 10 do 2.º mês seguinte àquele a respeitam as operações, se enquadrados no Declarativas:
regime normal mensal;
„ Declaração de início de actividade – art. 30.º
† Até ao dia 15 do 2.º mês seguinte ao trimestre a que respeitam as operações, para os
s.p. do regime normal trimestral; „ Declaração de alterações – art. 31.º
„ Declaração de cessação – art. 32.º
† Pessoas que mencionem indevidamente o IVA Ö Até 15 dias após a emissão da factura;
„ Declaração periódica (mensal ou trimestral) – art. 40.º
† Pessoas que pratiquem uma só operação tributável Ö Até ao último dia do mês
seguinte ao da conclusão da operação; „ Declaração de informação contabilística e fiscal (anexos
L, M e N) – até 30 de Junho
† Adquirentes de determinados serviços, que não estejam obrigados à apresentação da
DP Ö Até ao final do mês seguinte àquele em que o imposto se torna exigível; „ Mapas recapitulativos de clientes e de fornecedores
(Anexos O e P), donde conste o montante total das
† Importações Ö Pago aos serviços aduaneiros no acto de desembaraço alfandegário.
operações internas realizadas com cada um deles, desde
que superior a 25.000 €.
89 90
OBRIGAÇÕES DE FACTURAÇÃO
(arts. 28º, 35º, 38º, 39º e 49º CIVA) AUTOFACTURAÇÃO – art. 35.º n.º 11 CIVA

† Os sujeitos passivos são obrigados a emitir uma factura ou documento


† As facturas ou documentos equivalentes poderão ser
equivalente por cada transmissão de bens ou prestação de serviços elaboradas pelo próprio adquirente dos bens e serviços ou
bem como pelos adiantamentos recebidos. – art. 28.º n.º 1 b) ainda por um terceiro em nome e por conta do sujeito
passivo.
† Consideram-se documentos equivalentes a facturas:
„ Notas de débito e notas de crédito;
† A elaboração de facturas ou documentos equivalentes por
„ Facturas-recibo;
„ Qualquer recibo desde que para a mesma operação não seja emitida
parte do adquirente dos bens ou dos serviços fica sujeita
factura; às seguintes condições:
„ Os recibos de modelo oficial (art. 107º CIRS); „ a) A existência de um acordo prévio, na forma escrita, entre o
„ O modelo oficial de conta apresentado pelos despachantes; sujeito passivo transmitente dos bens ou prestador dos serviços e o
„ No caso de facturação electrónica, as mensagens que contendo os adquirente ou destinatário dos mesmos;
requisitos exigidos para as facturas (art. 35º), visem alterar a factura „ b) O adquirente provar que o transmitente dos bens ou prestador
inicial e para ela façam remissões. dos serviços tomou conhecimento da emissão da factura e aceitou
91
o seu conteúdo. 92

Facturação Global – art. 35.º n.º 2 REQUISITOS DA FACTURA OU DOCUMENTO


† O sujeito passivo pode recorrer à emissão de facturas globais
EQUIVALENTE - art. 35.º n.º 5 CIVA
respeitantes a um período mensal, ou menor. Neste caso, por cada Para que a factura se assuma como legal e portanto passível de permitir a
transacção deve ser emitida uma “guia ou nota de remessa” e, do dedução do imposto, deverá ser processada em duplicado, ter
conjunto dos dois documentos (factura global e nota de remessa) numeração sequencial e conter os seguintes elementos:
deverão constar os elementos que são obrigatórios para a factura.
a) Os nomes, firmas ou denominações sociais e a sede ou domicílio do
Prazos para a facturação – art. 35.º n.º 3 fornecedor de bens ou prestador de serviços e do destinatário ou
adquirente, bem como os correspondentes números de identificação
† O prazo para a emissão de facturas ou documentos equivalentes é: fiscal dos sujeitos passivos de imposto;
- Facturação simples – cinco dias úteis a contar do dia útil seguinte
ao que o imposto é devido; b) A quantidade e denominação usual dos bens transmitidos ou dos
- Facturação global – cinco dias úteis a contar a partir do termo do serviços prestados, com especificação dos elementos necessários à
período a que respeitem. determinação da taxa aplicável; as embalagens não efectivamente
transaccionadas deverão ser objecto de indicação separada e com
menção expressa de que foi acordada a sua devolução;

c) O preço, líquido de imposto, e os outros elementos incluídos no valor


93 tributável; 94

De acordo com o DL nº147/2003, de 11 de Julho, as


REQUISITOS DA FACTURA OU DOCUMENTO facturas ou documentos equivalentes devem ser
EQUIVALENTE – CONT. impressas tipograficamente ou processadas por
computador.
d) As taxas aplicáveis e o montante de imposto devido;
e) O motivo justificativo da não aplicação do imposto, se Facturas impressas tipograficamente
for caso disso;
f) A data em que os bens foram colocados à disposição do Deverão obedecer aos seguintes requisitos:
adquirente, em que os serviços foram realizados ou em „ Serem impressos em tipografia devidamente autorizada
que foram efectuados pagamentos anteriores à realização
das operações, se essa data não coincidir com a da pelo Ministério das Finanças;
emissão da factura; „ Deverão fazer referência à autorização ministerial
relativa à tipografia que os emitiu e ainda os elementos
[1] A factura ou documentos equivalentes poderão ter de identificativos daquela;
ser emitida em triplicado se servirem de documentos de „ A numeração deverá ser aposta no acto de impressão,
transporte dos bens – DL 147/2003. ser progressiva e não conter mais de onze dígitos.
95 96
FACTURAS PROCESSADAS POR COMPUTADOR A facturação também poderá ser emitida por via
electrónica desde que ( art. 35.º n.º 10):
Deverão obedecer aos seguintes requisitos:
„ Haja aceitação por parte do destinatário;
„ Provirem de programas de facturação (e não de „ Seja garantida a autenticidade da sua origem e a
processamento de texto); integridade do seu conteúdo, mediante assinatura
„ A sua numeração deverá ser progressiva e não conter electrónica avançada ou intercâmbio electrónico de
mais de onze dígitos; dados.
„ A sua utilização deverá ser comunicada, pelo sujeito
passivo, à Direcção de Finanças do distrito da sede,
previamente.

97 98

REQUISITOS DOS TALÕES DE VENDAS


DISPENSA DE FACTURAÇÃO – art. 39.º n.º 1 CIVA – art. 39.º n.º 3 CIVA-

† Os talões de vendas, quer sejam pré-impressos, quer sejam emitidos


† É dispensada a obrigação de facturação nas operações a por máquinas registadoras, devem ser datados e numerados
seguir mencionadas, sempre que o cliente seja um sequencialmente e conter os seguintes elementos:
particular que não destine os bens ou serviços adquiridos „ Identificação do fornecedor dos bens e do prestador dos
ao exercício duma actividade comercial, industrial ou serviços, nomeadamente a identificação social ou comercial e o
profissional e a transacção seja efectuada a dinheiro: respectivo número de identificação fiscal;
a) Transmissões de bens efectuadas por retalhistas ou vendedores
ambulantes; „ Discriminação dos produtos transaccionados ou serviços
b) Transmissões de bens feitas através de aparelhos de distribuição prestados, através da sua denominação usual;
automática;
„ Indicação do preço líquido de imposto, a taxa aplicável a cada
c) Prestações de serviços em que seja habitual a emissão de talão,
bilhete de ingresso ou de transporte, senha ou outro documento produto ou à prestação de serviço bem como o valor do IVA
impresso e ao portador, comprovativo do pagamento; devido com indicação do imposto e a taxa ou taxas aplicáveis.
d) Outras prestações de serviços cujo valor seja inferior a € 9,98.
99 100

Facturas emitidas por retalhistas ou prestadores


REQUISITOS DOS TALÕES DE VENDAS – cont. de serviços – art. 38.º
† Nas facturas emitidas por retalhistas e prestadores de serviços pode
indicar-se apenas o preço com inclusão do imposto e a taxa ou taxas
Se forem utilizados os talões de venda pré-impressos, estes aplicáveis.
devem ser emitidos em duplicado, ficando o original para
o cliente e o duplicado para o fornecedor. Se forem
utilizados talões de venda emitidos pelas máquinas Imposto incluído no preço – art. 49.º
registadoras, será o rolo da fita da máquina que servirá de
† Nos casos em que a facturação ou o seu registo sejam processados por
suporte ao registo contabilístico. valores, com imposto incluído, nos termos dos artigos anteriores, o
apuramento da base tributável correspondente será obtido através da
divisão daqueles valores por 105 quando a taxa do imposto for 5%, por
112 quando a taxa do imposto for 12% e por 121 quando a taxa do
imposto for 21%, multiplicando o quociente por 100 e arredondando o
resultado, por defeito ou por excesso, para a unidade mais próxima.

101 102
OBRIGAÇÕES CONTABILÍSTICAS E DE Sujeitos passivos sem contabilidade organizada
REGISTO (art. 50.º CIVA)
Os sujeitos passivos que não tenham nem sejam obrigados a possuir
Sujeitos passivos com contabilidade contabilidade organizada deverão possuir os seguintes livros de
registo:
organizada (arts. 44º, 45º, 46º e 48º): a) Livro de registo de compras de mercadorias e ou livro de registo de
matérias-primas e de consumo (Mod. 1 e 2);
b) Livro de registo de vendas de mercadorias e ou livro de registo de
„ Os sujeitos passivos que são obrigados a possuir produtos fabricados (Mod. 3 e 4);
contabilidade organizada para efeitos de IRS e c) Livro de registo de serviços prestados (Mod. 5 e 8);
IRC deverão organizá-la de forma a possibilitar o d) Livro de registo de despesas e de operações ligadas a bens de
correcto apuramento do imposto e conter todos os investimento (Mod. 6 e 9);
e) Livro de registo de mercadorias, matérias-primas e de consumo, de
elementos necessários ao preenchimento da produtos fabricados e outras existências à data de 31 de Dezembro de
declaração periódica. cada ano (Mod. 7).
103 104

† Os contribuintes ou as suas associações representativas


poderão, após comunicação do facto à DGCI, adoptar livros
de modelo diferente do aprovado, adaptados à especificidade
das suas actividades, desde que adequados ao correcto
apuramento e fiscalização do imposto. REGIMES ESPECIAIS

† Dispensa dos livros de registo


„ Os sujeitos passivos que, não sendo obrigados a possuir
contabilidade organizada para efeitos de IRS ou IRC,
possuam, no entanto, um sistema de contabilidade que
satisfaça os requisitos adequados ao correcto apuramento e
fiscalização do imposto, poderão, após comunicação do
facto à DGCI, não utilizar os livros referidos; aos referidos
sujeitos passivos aplicar-se-ão todas as normas constantes
do CIVA relativas àqueles que possuam contabilidade 105 106

organizada para efeitos dos impostos sobre o rendimento.

REGIME ESPECIAL DE ISENÇÃO (arts. 53º a 59º)

Incluem-se neste regime todos os sujeitos passivos que Os sujeitos passivos abrangidos por este
reúnam cumulativamente as seguintes condições: regime não liquidam IVA nas suas operações
† Não possuam nem sejam obrigados a possuir contabilidade mas também não poderão exercer o direito à
organizada, para efeitos de IRS ou IRC;
† Não pratiquem operações de importação, exportação ou dedução do imposto suportado nas suas
actividades conexas; aquisições. No entanto, caso liquidem
† Não tenham atingido no ano civil anterior, um volume de indevidamente são obrigados a proceder à sua
negócios superior a € 9.975,96;
† Sendo retalhistas, ainda que o volume de negócios seja entrega ao Estado no prazo de 15 dias a contar
superior a € 9.975,96 mas inferior a € 12.469,95. da data da emissão da factura ou documento
equivalente.
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OBRIGAÇÕES – arts. 47.º e 58.º Alteração do volume de negócios
Estes sujeitos passivos têm as seguintes 1ª Hipótese – Passagem do regime de isenção para o regime
obrigações: normal – art. 58.º n.º 2
Neste caso, a obrigatoriedade da entrega da declaração de
„ Declaração de início de actividade; alterações ocorre:
„ Declaração de cessão de actividade; - No prazo de 15 dias a contar da fixação definitiva do
rendimento para efeitos de IRS ou IRC baseado em volume de
„ Declaração de alterações; negócios superior aos limites;
„ Estão dispensados da emissão de factura ou - No mês de Janeiro do ano seguinte àquele em que os
documento equivalente; no entanto, se o fizerem contribuintes de IRS, titulares de rendimentos da categoria B,
atingirem o volume de negócios superior a € 9 975,96.
terão de colocar-lhe a menção “IVA – Regime de † A entrega da declaração de alterações produzirá efeitos no mês
Isenção”. seguinte àquele em se torna obrigatória a sua entrega.
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2ª Hipótese – Passagem do regime normal para o regime de


isenção – art. 54.º ) Alteração na actividade
† Neste caso, a passagem ao regime de isenção é facultativa
devendo o sujeito passivo, caso o pretenda, apresentar a
declaração de alterações no mês de Janeiro para a mesma † Caso o sujeito passivo passe a efectuar
produzir efeitos a partir de 1 de Janeiro do ano da sua importações ou exportações, deverá ser
apresentação.
† Na situação da passagem do regime normal para o regime de entregue uma declaração de alterações no
isenção, o sujeito passivo terá de proceder às seguintes
regularizações: prazo de 15 dias a contar do momento em que
- Regularização do imposto deduzido quanto aos bens do se verifica a alteração e produz efeitos a
activo imobilizado, nos termos do art. 24º;
- Regularização do imposto deduzido e respeitante às
partir da data em que se verifique qualquer
existências no final do ano. das alterações.

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Renúncia à isenção – art. 55.º

† Os sujeitos abrangidos pelo regime de isenção poderão renunciar e optar Regime Especial dos Pequenos Retalhistas
pela aplicação do regime normal às suas operações, isto é, passarem a
liquidar imposto nas suas operações e a poder deduzir o imposto (arts. 60º a 68º)
suportado nas suas aquisições.
Estão enquadrados neste regime os sujeitos passivos que reúnam
† A renúncia poderá ser feita: cumulativamente as seguintes condições:
- Na declaração de inicio de actividade produzindo efeitos a partir da „ Sejam retalhistas – consideram-se retalhistas aqueles cujo volume
data da sua apresentação; de compras de bens destinados à venda sem transformação atinge
- Na declaração de alterações produzindo efeitos a partir da data da sua pelo menos 90% do volume total das compras;
apresentação. „ Não possuam nem sejam obrigados a possuir contabilidade
organizada para efeitos de IRS;
† Tendo renunciado ao regime de isenção, a opção mantém-se por um „ Não tenham tido no ano civil anterior um volume de compras
período de 5 anos. superior a € 49 879,79 (com exclusão do IVA);
„ Não efectuem importações ou exportações ou actividades com
† Findo os 5 anos se pretender regressar ao regime de isenção terá de elas conexas;
entregar a declaração de alterações, no serviços de finanças competente, „ Não pratiquem operações intracomunitárias;
que só poderá ser apresentada durante o mês de Janeiro de um dos anos
„ Se efectuarem prestações de serviços não isentas de imposto, as
seguintes ao fim do prazo dos cinco anos. A declaração de alterações
produzirá efeitos a partir de 1 de Janeiro do ano da sua apresentação. mesmas não sejam anualmente superiores a € 250.
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) Apuramento do imposto – art. 60.º n.ºs 1 e 9 ) Direito à dedução – art. 60.º n.º 2

† Os sujeitos passivos abrangidos por este regime não † Ao imposto determinado poderão deduzir o imposto
liquidam imposto nas suas vendas mas têm de entregar suportado nas aquisições de bens de investimento e de
imposto nos cofres do Estado, aplicando o coeficiente outros bens para uso da própria empresa com exclusão do
de 25% ao valor do imposto suportado nas aquisições imposto suportado nas seguintes despesas:
de bens para venda sem transformação.
„ Aquisição, manutenção e todas as despesas
relacionadas com viaturas de turismo;
† São excluídas deste regime, ficando sujeitas ao
imposto nos termos gerais, as transmissões de bens do „ Aquisição de combustíveis, com excepção do gasóleo,
activo imobilizado dos retalhistas sujeitos a este GPL ou gás natural em que a dedução será feita na
proporção de 50%;
regime especial, o que quer dizer que vendendo um
bem do activo imobilizado terão de liquidar imposto „ Despesas de deslocação, transportes, alimentação,
sobre o respectivo valor de venda. alojamento, etc.

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) Obrigações declarativas – art. 67.º ) Alteração do volume de negócios

1ª Hipótese – Passagem do regime dos pequenos retalhistas para o


Os sujeitos passivos são obrigados a: regime normal – art. 67.º n.ºs 2, 3 e 4
„ Declaração de início de actividade; † Obrigatoriedade da entrega da declaração de alterações durante o mês de
„ Declaração de cessão de actividade; Janeiro do ano civil seguinte àquele a que respeita a alteração do volume
de compras.
„ Declaração de alterações;
† A entrega da declaração produzirá efeitos a partir do período de imposto
„ Entrega, no Serviço de Finanças competente, em seguinte àquele em que se torna obrigatória a sua entrega.
triplicado e durante o mês de Março de cada ano, uma
declaração relativa às compras efectuadas no ano civil 2ª Hipótese – Passagem do regime normal para o regime dos pequenos
anterior. retalhistas – art. 61.º
„ Poderá acontecer que as alterações verificadas no † A entrega da declaração de alterações é facultativa devendo o sujeito
exercício da actividade, nomeadamente volume de passivo, caso o pretenda, apresentar a declaração de alterações durante o
negócios, possa conduzir a alterações no mês de Janeiro, produzindo efeitos a partir de 1 de Janeiro do ano da sua
enquadramento. apresentação.

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) Obrigação de escrituração – art. 65.º


) Pagamento
† Os retalhistas abrangidos pelo regime especial dos
† O sujeito passivo deverá pagar o imposto devido na pequenos retalhistas são obrigados a registar no prazo
tesouraria das finanças através do Modelo P2, até ao de trinta dias, a contar da data da respectiva recepção,
dia 20 do segundo mês seguinte de cada trimestre. No as facturas, guias de remessa ou notas de devolução
caso de haver crédito de imposto, deverá apresentar, relativas a todas as aquisições efectuadas.
igualmente no serviço de finanças e no mesmo prazo, a
declaração adequada.
† É obrigatório o registo nos livro de:
- Livro de registo de compras, vendas e serviços
prestados (Mod. 10);
- Livro de registo de despesas gerais e operações
ligadas a bens de investimento (Mod. 11).

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) Renúncia ao REPR – art. 63.º

† Os sujeitos abrangidos por este regime poderão renunciar e optar pela


aplicação do regime normal às suas operações, isto é, passarem a liquidar
imposto nas suas operações e a poder deduzir o imposto suportado nas
suas aquisições.
† A renúncia poderá ser feita:
„ Na declaração de inicio de actividade produzindo efeitos a partir da data
da sua apresentação;
„ Na declaração de alterações produzindo efeitos a partir da data da sua
apresentação.
† Tendo renunciado ao regime de isenção, a opção mantém-se por um
período de 5 anos.

† Findo os 5 anos se pretender regressar ao REPR terá de entregar a


declaração de alterações, no serviços de finanças competente, que só
poderá ser apresentada durante o mês de Janeiro de um dos anos seguintes
ao fim do prazo dos cinco anos. A declaração de alterações produzirá
efeitos a partir de 1 de Janeiro do ano da sua apresentação.
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