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CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – MPU

PROFESSOR: DEUSVALDO CARVALHO


AULA ZERO: BALANÇO ORÇAMENTÁRIO

Querido estudante!
Desejo-lhe sucesso em sua jornada de estudos e uma excelente
assimilação dos conteúdos.
Que tenha sempre uma mente ILUMINADA!
Para aqueles que ainda não me conhecem farei essa resumida
apresentação:
Graduado e Pós-Graduado em Ciências Contábeis;
Atualmente ocupo o Cargo de Perito Criminal Federal – Departamento
de Polícia Federal – ES;
Professor na Academia Nacional da Polícia Federal, FGV/RJ e em
diversos cursos preparatórios para concursos em BH, Teresina,
Campo Grande – MS, Vitória – ES etc.
Cargos ocupados:
Auditor Fiscal da atual Receita Federal do Brasil;
Professor Efetivo – UFMS/UFES
Controlador de Recursos Públicos – Tribunal de Contas do Estado do
Espírito Santo.
Entre outros, foi aprovado nos seguintes concursos:
1º. Lugar - Auditor do Estado de Mato Grosso;
1º. Lugar - Prof. efetivo da UFMS;
2º. Lugar – Auditor Fiscal no ES;
2º. Lugar - Analista do TRF 4ª região - Florianópolis;
2º. Lugar - Analista TRE/AC;
4º. Lugar - AFC – CGU;
6º. Lugar – TRF 3ª Região – São Paulo;
6º. Lugar - Auditor Substituto de Conselheiro TCE/PI;
7º. Lugar - Auditor Substituto de Conselheiro TCE/ES;
8º. Lugar - Auditor Substituto de Conselheiro TCM/CE;
51º. Lugar - Perito Criminal Federal – DPF/MJ.

Obras editadas:
Orçamento e Contabilidade Pública – 5ª Edição/2010 – Editora
Campus – Série provas e concursos;

LRF – Doutrina e Jurisprudência – 1ª Edição – Editora Campus –


Série provas e concursos/2009;

Meus amigos! Satisfação por estarmos juntos mais uma vez nessa
empolgante jornada de estudos, em especial, no concurso para o
Ministério Público da União - MPU, objetivo de muitos candidatos por
se tratar de um excelente cargo, órgão bom para se trabalhar e com
remuneração extremamente atrativa.

A conquista de uma das vagas depende praticamente de você: seu


esforço, dedicação, planejamento, persistência, vontade de vencer e
jamais desistir nos momentos difíceis.

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Você se decidiu pela conquista de uma vaga de Analista do Ministério
Público da União - MPU, portanto, por favor, evite contato com os
pessimistas ou derrotados, vá a frente à busca de seus objetivos.
Não se esqueça! Quem estuda Contabilidade Pública para o concurso
do Ministério Público da União - MPU, indiretamente está se
preparando, entre outros, para os Cargos de Auditor de Controle
Externo/TCU, Perito Criminal Federal do DPF, em especial, para a
Área de Perícia Contábil, posto que muitas disciplinas são
coincidentes.

O meu objetivo é procurar “facilitar sua jornada de estudos”, ou seja,


mostrar-lhes o caminho mais curto para o aprendizado e, em
conseqüência, ajudá-lo a concretizar seus “SONHOS”, ou seja, os
objetivos almejados.

A nossa experiência nessa área, em especial, nos concursos


realizados pela FCC é bastante “madura”. Tenho realizado, sempre
que possível, alguns cursos e concursos objetivando me manter
atualizado e “antenado” nessa empolgante “brincadeira”!

Nesta aula demonstrativa abordaremos o referencial teórico e


diversas questões que contemplam assuntos referentes ao tópico
Balanço Orçamentário.

Por favor! Procure estudar concentrado, se possível, descansado,


isso porque o estudo das disciplinas em comento exige atenção e
concentração, haja vista a riqueza de detalhes e peculiaridades
dessas matérias.

Estudar para concursos nos dias atuais exige bastante atenção do


candidato. Quem “se destaca” na prova de Contabilidade Pública
geralmente faz a diferença no resultado do concurso, posto que são
questões diferenciadas e que poucos acertam. Portanto, procure
começar bem!

Não comece seus estudos “achando” ou “pensando” que essa matéria


é chata ou difícil. Isso é mito! Aprender Contabilidade Pública para
fazer prova de concurso é simples e sem muita complicação.

O conteúdo e a forma com que temos abordado nossas aulas têm


sido mais do que suficiente para o candidato realizar excelentes
provas.

Portanto, por favor! Não fique tentando entender os “N”


lançamentos/registros contábeis, as “N” contas, os infinitos anexos
etc. Procure focar basicamente nos conteúdos abordados. Repito! O
conteúdo abordado em nossas aulas é suficiente para que você

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realize uma excelente prova, basta estudar razoavelmente a matéria
e fazer bastantes exercícios.

Ao estudar essa nota de aula, você estará garantindo acerto de


algumas questões para sua classificação. Assim, comece a fazer a
diferença desde já.

É importante esclarecer: essa é só uma aula demonstrativa. É a


oportunidade para o aluno conhecer a didática, metodologia e até
mesmo o “humor” do professor.

Esse tipo de curso proporciona ao aluno bom método de estudo, em


especial, através de questionamentos no fórum de dúvidas e
respectivas respostas, tanto dos seus quanto de colegas. Dessa
forma você poderá tirar proveito dessa metodologia. Isso é
importante e muitos candidatos obtiveram aprovação através dessa
forma de ensino (interação com outros alunos).

Sei que muitos alunos têm pouca familiaridade com o conteúdo da


disciplina Contabilidade Pública. Assim, utilizarei, sempre que
possível, uma linguagem mais informal. Logo, desculpo-me com os
que já conhecem e dominam o assunto com mais vagar.

Qualquer termo ou frase que não tenha ficado claro, por favor, sem
nenhum receio, tire suas dúvidas no fórum.

Enfatizo: Estude concentrado no foco do respectivo concurso.


Aproveite a oportunidade, para estudar com o pensamento “terei de
aprender o conteúdo, pois passarei nesse concurso e aplicarei, na
prática, o conhecimento teórico adquirido, ou seja, executar,
trabalhar – desempenhar a função”.

Vamos adiante e aproveite a oportunidade, para sair na frente dos


concorrentes.

Esse é o concurso de seus sonhos? Imagine você ocupando esse


cargo e percebendo remuneração superior a R$ 12.000,00. Então
estude! Só assim poderá ocupá-lo e desfrutar de seus benefícios.

Procure estímulo para estudar! Está satisfeito com o cargo ou


emprego atual? Se a resposta for não, “chute o balde”! Só seu
esforço tirará você dessa situação e verá que valeu a pena.

Como é de costume, não medirei esforços para trabalhar com muita


dedicação e boa vontade, objetivando contribuir da melhor forma
possível para que você realize sua merecida conquista e alcance seus
objetivos.

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Análise do conteúdo programático:
Antes, porém, um ALERTA! A disciplina Contabilidade Pública sofreu
recentes alterações com a edição dos seguintes instrumentos
normativos: Manual da Receita e da Despesa Pública Nacional e o
Manual de Contabilidade Pública, além de outras normas provenientes
da Secretaria do Tesouro Nacional – STN.

Procure nunca se descuidar das normas (Lei nº 4.320/64, Lei de


Responsabilidade Fiscal – LRF, Decreto nº 93.872/86, Portarias nº
42/99 e nº 163/01- MPOG/STN).

Ao estudar essa disciplina, é muito importante que o concursando(a)


tenha esses instrumentos normativos ao seu alcance para consulta
constante.

Por fim, preste bastante atenção às dicas e principalmente ao que


vem sendo “cobrado” em concurso. Procurarei, sempre que possível,
trabalhar com questões da FCC. Porém, caso haja limitação de
questões de concursos realizados por essa instituição abordarei
questões de outras organizadoras, em especial, das mais
semelhantes.

Atenção! O conteúdo desta aula contempla o seguinte tópico:


ZERO Balanço orçamentário

As nossas aulas serão administradas da seguinte forma:


AULA CONTEÚDO
ZERO Balanço orçamentário
01 Plano de contas único para os órgãos da Administração Direta.
Registros contábeis de operações típicas em Unidades
02 Orçamentárias ou Administrativas (sistemas: orçamentário,
financeiro, patrimonial e de compensação).
03 Inventário: material permanente e de consumo.
04 Balanços Patrimonial e Financeiro.
05 Demonstração das Variações Patrimoniais - DVP

Reflexão!
Muitas pessoas passam pela vida sob a sombra de suas próprias inseguranças, e
deixam de aproveitar todas as maravilhas que o mundo coloca à disposição de cada
um de nós. Uma vida plena de felicidade está ao alcance de todos. Basta desejar, a
abrir o coração para receber. Pois quem deseja aprender, tem que estar
disposto a estudar – com alegria! Quem deseja um salário melhor, tem que
estar disposto a trabalhar – com empenho! Quem deseja uma família tem que estar
disposto a dividir – com sinceridade e com generosidade! (Denise Amaral)

Atenção! No fim desta nota de aula estamos apresentando a lista da


bateria de exercícios nela comentados, para que o aluno, a seu
critério, os resolva antes de ver o gabarito e ler os comentários
correspondentes.

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Atenção! Este curso faz parte de um pacote de exercícios, porém,
antes de cada bateria de exercícios, farei um breve resumo de cada
tópico.

Bom estudo!

1. BALANÇO ORÇAMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Segundo o Manual de Contabilidade Pública, aprovado pela Portaria
STN Nº 751, de 16 de dezembro de 2009, a Contabilidade
Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no
processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de
Contabilidade e as normas contábeis direcionadas ao controle
patrimonial das entidades do setor público.

Tem como objetivo fornecer aos usuários informações sobre os


resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária,
econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor
público, em apoio ao processo de tomada de decisão, à adequada
prestação de contas e ao necessário suporte para a
instrumentalização do controle social.

O Anexo V - Manual das Demonstrações Contábeis do Setor Público


tem como objetivo padronizar os conceitos, as regras e os
procedimentos relativos às demonstrações contábeis do setor público
a serem observados pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, permitindo a evidenciação e a consolidação das contas
públicas em nível nacional, em consonância com os procedimentos do
Plano de Contas Aplicado ao Setor Público - PCASP.

Nesse contexto, as demonstrações contábeis assumem papel


fundamental, por representarem as principais saídas de informações
geradas pela Contabilidade Aplicada ao Setor Público, promovendo
transparência dos resultados orçamentário, financeiro, econômico e
patrimonial do setor público.

Para cumprimento do objetivo de padronização dos procedimentos


contábeis, este manual observa os dispositivos legais que regulam o
assunto, como a Lei nº 4.320, de 17 de março de 1.964, a Lei
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, e também as
disposições do Conselho Federal de Contabilidade relativas aos
Princípios Fundamentais de Contabilidade, bem como as Normas
Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBCT 16).

De acordo com a Lei 4.320/1.964, art. 101, os resultados gerais do


exercício serão demonstrados no Balanço Orçamentário, no Balanço

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Financeiro, no Balanço Patrimonial, na Demonstração das Variações
Patrimoniais, além de outros quadros demonstrativos.

Atenção! Importante! A Portaria supracitada entra em vigor na data


de sua publicação, porém, tem seus efeitos de forma facultativa a
partir de 2010 e obrigatória a partir de 2012 para União, Estados e
Distrito Federal e 2013 para os Municípios.

Portanto, os novos modelos e as novas demonstrações contábeis


podem ser utilizados facultativamente a partir de 2010, porém, a
obrigatoriedade segue a regra citada acima.

As demonstrações contábeis das entidades definidas no campo de


aplicação da Contabilidade do Setor Público, disciplinadas pelo
manual de contabilidade aplicada ao setor público, incluindo as
exigidas pela Lei 4.320/64, são:
a) Balanço Patrimonial (BP);
b) Balanço Orçamentário (BO);
c) Balanço Financeiro (BF);
d) Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP);
e) Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) - Acrescentado;
f) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) –
Acrescentado. Importante! Esse demonstrativo contábil será
obrigatório obrigatória apenas para as empresas estatais
dependentes e para os entes que as incorporarem no processo de
consolidação das contas;
g) Demonstração do Resultado Econômico (DRE) - Acrescentado.

As demonstrações contábeis previstas neste manual devem ser


divulgadas da seguinte forma:

- Demonstrações Contábeis Consolidadas - devem compor a


Prestação de Contas Anual de Governo, que recebe parecer prévio do
Tribunal de Contas competente;

- Demonstrações Contábeis Não-Consolidadas - devem compor


a tomada ou prestação de contas anual dos administradores públicos.

1.1. BALANÇO ORÇAMENTÁRIO – CONCEITO

O balanço orçamentário tem por finalidade demonstrar as receitas e


despesas previstas em confronto com as realizadas (art. 102, da Lei
nº 4.320/64).
Portanto, conforme a Lei nº 4.320/64, o Balanço Orçamentário,
demonstra as receitas e despesas previstas em confronto com as
realizadas.

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Como próprio nome determina, nesse demonstrativo contábil são
evidenciados apenas os atos e fatos orçamentários, previstos ou não
na LOA.

Portanto, fatos extra-orçamentários “não combinam com o balanço


orçamentário”, assim sendo, esse balanço público “repudia” atos e
fatos extra-orçamentários.

“Fatos orçamentários, previstos ou não na LOA”? Isso mesmo!


Podem existir fatos orçamentários sem estar previstos inicialmente na
lei orçamentária anual, a exemplo de operações de crédito
(empréstimos) autorizadas pelo Legislativo durante a execução do
orçamento.

Esse tipo de fato ocorre geralmente quando o governo não possui


recursos suficientes para a realização de investimentos emergenciais
ou prestação de serviços inadiáveis. Assim sendo, a solução é
recorrer aos empréstimos.

Portanto, a expressão “previsto ou não na LOA” é porque operações


de crédito não previstas na lei orçamentária anual, autorizadas pelo
Legislativo durante o exercício financeiro, é fato orçamentário.

2. BALANÇO ORÇAMENTÁRIO E AS IMPLICAÇÕES DA LRF

A Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF estabeleceu que o balanço


orçamentário deva estar contido no Relatório Resumido da Execução
Orçamentária – RREO e ainda definiu que esse demonstrativo (BO)
deverá evidenciar:
◊ Por categoria econômica, as receitas por fonte, informando as realizadas
e a realizar, bem como a previsão atualizada;
◊ Por categoria econômica, as despesas por grupo de natureza,
discriminando a dotação para o exercício, a despesa liquidada e o saldo.
O balanço orçamentário deverá demonstrar as receitas e despesas
previstas, em confronto com as realizadas.
A expressão despesa realizada é sinônimo de empenhada, haja
vista que no final do exercício financeiro (31/12), as despesas são
computadas pelo seu empenho.

As receitas deverão estar discriminadas por categorias econômicas


(correntes e de capital) e as despesas por tipo de crédito
(suplementares, especiais ou extraordinários) e ainda evidenciadas
dentro de cada categoria econômica.
A receita planejada e incluída no projeto de lei da LOA para ser
arrecadada no ano subseqüente à sua elaboração denomina-se
prevista, orçada ou estimada, os três termos são sinônimos.

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Atenção! Os procedimentos relativos à previsão da receita e fixação
da despesa no balanço orçamentário estão de acordo com Portaria
STN nº 633, de 30 de agosto de 2006, que aprova a 6ª edição do
Manual de Elaboração do Anexo de Metas Fiscais e do Relatório
Resumido da Execução Orçamentária. Portanto, estamos abordando
conceitos atualizadíssimos e é assim que vem sendo cobrado em
provas de concursos.

Importante! O Relatório Resumido da Execução Orçamentária – RREO


deverá será elaborado bimestralmente e publicado até trinta dias
após o encerramento de cada bimestre. Assim sendo, como o balanço
orçamentário é peça que o compõe, esse demonstrativo deverá ser
elaborado e publicado a cada bimestre. Portanto, esse é o único
balanço público que deverá ser elaborado, obrigatoriamente, mais de
uma vez ao ano, ou seja, bimestralmente.

3. RESPONSABILIDADE NA GESTÃO FISCAL

A LRF estabelece que constituem requisitos essenciais da


responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva
arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do
ente da Federação (art. 11).

A LRF veda a realização de transferências voluntárias para entes da


Federação que não tenham instituído, previsto e efetivamente
arrecadado todos os impostos da sua competência.
Cuidado! A vedação é só para quem não instituiu, previu e
efetivamente não tenha arrecadado todos os impostos da
competência constitucional do ente da Federação!

Existem parâmetros para a previsão das receitas? A LRF


regulamentou este assunto que até então não havia nenhum
parâmetro de planejamento para arrecadação de receitas.

Atualmente, ao prever a arrecadação de receitas os entes da


Federação deverão observar as normas técnicas e legais,
considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do
índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro
fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua
evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes
àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas
utilizadas.

Assim sendo, atualmente ao prever a arrecadação de receitas os


entes da Federação deverão observar os seguintes parâmetros:
◊ As normas técnicas e legais;
◊ Os efeitos das alterações na legislação;

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◊ A variação do índice de preços e do crescimento econômico;
◊ Qualquer outro fator relevante;
Devendo ainda:
◊ Ser acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos
três anos;
◊ Da projeção para os dois anos seguintes àquele a que se referirem,
ou seja, projeção para três anos;
◊ Da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.

4. PREVISÃO INICIAL DA RECEITA

É o registro dos valores da previsão inicial das receitas constantes na


LOA.
Os valores registrados como previsão inicial permanecerão
inalterados durante todo o exercício financeiro, pois deverão refletir a
posição inicial do orçamento constante na LOA.

Foi cobrado em concurso!


(CESPE – Analista Ambiental – MMA/2008) A Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) determina que as autorizações de despesas,
constantes do projeto de lei orçamentária, devem considerar os
efeitos das alterações na legislação, da variação dos índices de
preços, do crescimento econômico e de qualquer outro fator
relevante.

Resolução
Conforme as regras atuais a previsão da receita na LOA deve
observar as normas técnicas e legais, devendo-se levar em conta
os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice
de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro
fator relevante, devendo ser acompanhada de anexos que
demonstrem sua evolução nos últimos três anos e da projeção para
os dois seguintes àqueles a que se referirem, e da metodologia de
cálculo e premissas utilizadas.
Observe as regras da LRF:
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais,
considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do
índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro
fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução
nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se
referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.

Previsão da receita na LOA ou previsão inicial da receita é o


registro dos valores da previsão inicial das receitas a serem
arrecadadas no período de um ano, ou seja, no exercício subseqüente
ao de sua previsão.

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Portanto, depois da edição da LRF, a previsão para arrecadação de
receitas pelos órgãos competentes para elaboração da LOA deve levar
em consideração alguns parâmetros.
O objetivo da inclusão de parâmetros foi evitar a superestimação ou
subestimação de receita ou até mesmo minimizar os “chutes” no
momento da estimação da receita.

Tendo em vista que antes da LRF a legislação sobre direito financeiro


não estabelecia qualquer tipo de critério técnico-legal para a previsão
da receita, diversos Entes as projetavam através de critérios não
plausíveis e frágeis ou até mesmo sem nenhum critério técnico.

Essa situação causava enormes distorções, a exemplo de variações


na arrecadação da receita no final do exercício financeiro de até
300% em relação à previsão inicial.
Exemplo: previsão inicial da receita relativa ao Imposto Territorial
Rural pelo Município “X” no valor de R$ 1.000.000,00.
Arrecadação efetivamente ocorrida no final do exercício financeiro em
31/12, R$ 3.000.000,00.
Portanto, a LRF regulamentou esse assunto que até então não havia
nenhum parâmetro legal de planejamento para arrecadação de
receitas.

Assim sendo, repito! Atualmente ao prever a arrecadação de receitas


os entes da Federação deverão observar os seguintes parâmetros:
◊ As normas técnicas e legais;
◊ Os efeitos das alterações na legislação;
◊ A variação do índice de preços e do crescimento econômico;
◊ Qualquer outro fator relevante;
Devendo ainda:
◊ Ser acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três
anos;
◊ Da projeção para os dois anos seguintes àquele a que se referirem;
◊ Da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.

Na legislação atual ainda não existe nenhuma norma legal que


estipule penalidade ao gestor público ou governante que desobedeça
aos critérios de previsão de receita estabelecidos na LRF. Assim
sendo, os parâmetros acima elencados não são exaustivos e servem
apenas de referência às administrações públicas dos Entes
Federados.
Conforme a 4ª Edição do Manual de Procedimentos da Receita
Pública, Portaria Conjunta STN/SOF nº. 2/2007, os parâmetros para a
previsão da receita visam a efetividade do princípio do planejamento
e da responsabilidade na gestão fiscal estabelecidos na LRF, posto
que constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão
fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os

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tributos da competência constitucional do ente da Federação (art. 11
da LRF).
Conforme o Manual acima citado, as Projeções de recitas é o
valor a ser projetado para uma determinada receita, de forma
mensal objetivando atender à execução orçamentária, cuja
programação é feita mensalmente.

A projeção da receita é calculada da seguinte forma:


Projeção = Base de Cálculo x (índice de preço) x (índice de
quantidade) x (efeito legislação).

Base de cálculo - é obtida por meio da série histórica de


arrecadação da receita e dependerá do seu comportamento mensal. A
base de cálculo pode ser:
A arrecadação de cada mês (arrecadação mensal) do ano anterior;
A média de arrecadação mensal do ano anterior (arrecadação anual do ano
anterior dividido por doze);
A média de arrecadação mensal dos últimos doze meses ou média móvel
dos últimos doze meses (arrecadação total dos últimos doze meses dividido
por doze);
A média trimestral de arrecadação ao longo de cada trimestre do ano
anterior;
A média de arrecadação dos últimos meses do exercício.

Índice de preços – é o índice que fornece a variação média dos


preços de uma determinada cesta de produtos. Existem diversos
índices de preços nacionais ou mesmo regionais como o IGP-DI, o
INPC, o IPCA, a variação cambial, a taxa de juros, a variação da taxa
de juros, dentre outros. Estes índices são divulgados mensalmente
por órgãos oficiais como: IBGE, Fundação Getúlio Vargas e Banco
Central e são utilizados pelo Governo Central para projeção de índices
futuros.

Índice de quantidade - é o índice que fornece a variação média na


quantidade de bens de um determinado seguimento da economia.
Está relacionado à variação física de um determinado fator de
produção. Como exemplos, podemos citar o Produto Interno Bruto
Real do Brasil – PIB real; o crescimento real das importações ou das
exportações; a variação real na produção mineral do país; a variação
real da produção industrial; a variação real da produção agrícola; o
crescimento vegetativo da folha de pagamento do funcionalismo
público federal; o crescimento da massa salarial; o aumento na
arrecadação como função do aumento do número de fiscais no país;
ou mesmo do incremento tecnológico na forma de arrecadação; o
aumento do número de alunos matriculados em uma escola; e assim
por diante. Da mesma forma que o índice de preços, a escolha deste
índice dependerá do fato gerador da receita e da correlação entre a
arrecadação e o índice a ser adotado.

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Efeito legislação - Leva em consideração a mudança na alíquota ou


na base de cálculo de alguma receita, em geral, tarifas públicas e
receitas tributárias, decorrentes de ajustes na legislação ou nos
contratos públicos. Por exemplo, se uma taxa de polícia aumentar a
sua alíquota em 30%, decorrente de alteração na legislação, deve-se
considerar este aumento com sendo o efeito legislação, e será parte
integrante da projeção da taxa para o ano seguinte. Deve-se
verificar, nestes casos, se o aumento obedecerá ou não o princípio da
anterioridade, estabelecido na Constituição Federal (art. 150, inciso
III, alínea b).

Enfim, o comando da questão menciona que: “A Lei de Diretrizes


Orçamentárias (LDO) determina que as autorizações de despesas,
constantes do projeto de lei orçamentária, devem considerar os
efeitos das alterações na legislação, da variação dos índices de
preços, do crescimento econômico e de qualquer outro fator
relevante”.

Pelo que dissertamos acima essa questão apresenta as seguintes


inconsistências:

1ª. Não é a LDO que determina os parâmetros para a previsão da


receita, mas sim a LRF;

2ª. Os parâmetros são para a previsão da receita e não em relação à


despesa fixada.
Item Errado.

5. PREVISÃO ATUALIZADA DA RECEITA

É o registro dos valores da previsão atualizada das receitas, para o


exercício em referência, compostos da previsão inicial atualizada por
meio de reestimativas realizadas durante o exercício, de acordo com
os dispositivos legais de ajuste da programação financeira, que
deverá refletir a previsão constante do ato normativo que estabelecer
o cronograma anual de desembolso mensal, bem como os que o
modificarem, com vistas ao cumprimento das metas de resultado
primário estabelecidas na LDO.

Os valores constantes da previsão atualizada deverão ser ajustados


sempre que houver reestimativas de receita que resultem na
limitação de empenho e movimentação financeira. Nesse caso, a
reestimativa reduzirá o valor da previsão atualizada, podendo,
posteriormente, ser restabelecida parcialmente, até mesmo
superando a previsão inicial constante da LOA.

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Exemplo de reestimativas de receita que resultem na limitação de
empenho e movimentação financeira: ocorre quando a receita
prevista está sendo frustrada, ou seja, arrecadação aquém do que foi
planejado.
Ocorrendo essa situação a LRF determina que os Poderes e o
Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes
necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e
movimentação financeira, conforme os critérios estabelecidos na LDO
(art. 9º da LRF).
Em caso de surgimento de nova natureza de receita (receita nova e
que não estava prevista na LOA), a previsão dessa nova natureza
deverá ser registrada na previsão atualizada, devendo a previsão
inicial da receita ser preenchida com um traço “–”, demonstrando
que, inicialmente, aquela receita não estava prevista.

Portanto, estas são as situações que irão afetar a previsão atualizada


da receita:
◊ Reestimativa de receita;
◊ Surgimento de nova natureza de receita, não prevista na Lei
Orçamentária Anual.

Exemplo de reestimativa de receitas: previu-se arrecadar $100


milhões de Imposto Territorial Rural – ITR durante o exercício
financeiro seguinte. No ano subseqüente, até o mês de setembro só
havia arrecadado $60 milhões e expectativa de ainda arrecadar até
31/12, mais $20 milhões.
Na situação apresentada ocorreu frustração de receitas e deverá
haver reestimativa, para menos, de receitas no valor de $20 milhões.

Exemplo de surgimento de nova natureza de receita não


prevista na LOA: durante a execução orçamentária o governo
encaminhou projeto de lei complementar propondo a criação de mais
uma contribuição social para financiamento de nova fonte de custeio
da previdência social. Aprovada a lei, 90 dias após a entrada em
vigor, o governo prevê arrecadação de mais $50 milhões no exercício
financeiro. Esse valor não estava previsto na LOA.
Não ocorrendo nenhuma das hipóteses acima relacionadas, a
previsão atualizada deverá encerrar o exercício com os mesmos
valores da previsão inicial.
A fixação da despesa é estabelecida com base nos gastos a serem
realizados durante o exercício financeiro, em função das receitas
arrecadadas.

6. RECEITAS REALIZADAS

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Incluem-se todas as receitas realizadas no período. Consideram-se
realizadas as receitas arrecadadas diretamente pelo órgão, ou por
meio de outras instituições como, por exemplo, a rede bancária.

7. PROCEDIMENTOS PARA AS DESPESAS

As despesas são classificadas e identificadas por categoria econômica,


detalhadas por grupo de natureza de despesa (pessoal e encargos
sociais, juros e encargos da dívida, outras despesas correntes,
investimentos, inversões financeiras, amortização da dívida,
destacando-se, separadamente, o refinanciamento da dívida
mobiliária e a reserva de contingência).

Dotação inicial da despesa: na dotação inicial são registrados os


valores dos créditos iniciais (despesa fixada) constantes da Lei
Orçamentária Anual.

Créditos adicionais: é o registro dos créditos adicionais abertos e


ou reabertos durante o exercício, deduzindo-se as anulações ou os
cancelamentos correspondentes.

Dotação atualizada da despesa: na dotação atualizada são


registrados os valores da dotação inicial mais os créditos adicionais
abertos e ou reabertos durante o exercício, deduzidas as anulações
ou os cancelamentos correspondentes. É a soma da dotação inicial
com os créditos adicionais.

Atenção! Caso ocorra limitação de empenho, isso não afetará a


despesa fixada ou autorizada, apenas restringirá a emissão de
empenho.
Despesas empenhadas: são os valores das despesas empenhadas
no período de referência (bimestral ou anual).

O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente


que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de
implemento de condição.

Despesas liquidadas: representa os valores das despesas


liquidadas no período em referência. Deverão ser consideradas,
inclusive as despesas liquidadas que já foram pagas.

Muito Importante! Segundo entendimento da STN, durante o


exercício financeiro, não deverão ser incluídos os valores das
despesas empenhadas e não liquidadas.
No encerramento do exercício, as despesas empenhadas e ainda não
liquidadas deverão ser consideradas como liquidadas, desde que
inscritas em restos a pagar; caso contrário, deverão ser canceladas.

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Portanto, para a STN, durante o exercício financeiro, para fins de
cálculos, a despesa é considerada pela liquidação. No final do
exercício financeiro, as despesas não liquidadas e que foram inscritas
em restos a pagar (não processados), serão consideradas como se
liquidadas fossem.

A liquidação é o segundo estágio da execução da despesa, que


consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por
base os títulos e documentos comprobatórios da entrega do material
ou serviço prestado.

Como se identifica, a qualquer momento ou no final do exercício, o


total das receitas e das despesas previstas ou orçadas no BO?
A receita pode ser calculada da seguinte forma:
Previsão inicial da receita
(+) Previsão adicional da receita (receita nova)
(-) Reestimativa em função da limitação de empenho
= Total da receita orçada ou prevista

A despesa pode ser calculada da seguinte forma:


Dotação inicial da despesa (dotação inicial ou despesa fixada)
(+) Créditos adicionais abertos
= Dotação atualizada
(-) Anulações de dotações
= Total das despesas orçadas ou fixadas (final do Exercício)

Repito! Durante o exercício, no balanço orçamentário não deverão ser


incluídos os valores das despesas empenhadas que ainda não foram
liquidadas.
No encerramento do exercício, as despesas empenhadas, não
liquidadas e inscritas em restos a pagar não processados, por
constituírem obrigações preexistentes, decorrentes de contratos,
convênios e outros instrumentos, deverão compor, em função do
empenho legal, o total das despesas liquidadas.

Portanto, durante o exercício, são consideradas despesas executadas


apenas as despesas liquidadas e, no encerramento do exercício, são
consideradas despesas executadas as despesas liquidadas e as
inscritas em restos a pagar não processados.

Assim sendo, a inscrição de despesa em restos a pagar não-


processados é procedida após a depuração das despesas pela
anulação de empenhos, no exercício financeiro de sua emissão, ou
seja, verificam-se quais despesas devem ser inscritas em restos a
pagar, anulam-se as demais e inscrevem-se os restos a pagar não-
processados do exercício.

8. ESTRUTURA DO BALANÇO ORÇAMENTÁRIO

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A estrutura do balanço orçamentário, seus grupos e principais contas
estão representados conforme previsto na Lei nº 4.320/64 – anexo
12. Pode-se observar que existe pequena divergência em relação ao
previsto na portaria STN nº 471. Na portaria existem mais
informações que apenas complementam as da lei 4.320/64.

Portanto, quem elabora o BO conforme o anexo 12 da lei 4.320/64


não comete impropriedade ou irregularidade, somente restringe suas
informações.
Balanço orçamentário - Anexo 12 da Lei nº 4.320/64
Receitas Despesas
Tipo Previsão Execução Diferença Tipo Fixação Execução Diferença
inicial
Receitas Créditos orçam.
correntes e suplementares
Receita Despesas
tributária correntes
Receita de Despesas de
contribuição custeio
Receita Pessoal e
patrimonial encargos sociais
Receita Juros e encargos
agropecuária da dívida
Receita Outras despesas
industrial correntes
Receita de Transferências
serviços correntes
Transferências Despesas de
correntes capital
Outras Investimentos
receitas Inversões
correntes financeiras
Amortização da
Receitas de dívida
capital Créditos
Operações de especiais
crédito Despesas
Alienação de correntes
bens. Despesas de
Amortização capital
de
empréstimos Créditos
Transferências extraordinários
de capital Despesas
Outras correntes
receitas de Despesas de
capital capital
Déficit Superávit
Total total

Para fins de conhecimento e curiosidade, segue o novo modelo de BO


estruturado pelo Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público:
Atenção! Os novos modelos de demonstrativos contábeis não serão
exigidos em concursos porque ainda não são obrigatórios.

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Importante! Em sua estrutura, o novo modelo de BO deve evidenciar


as receitas e as despesas orçamentárias por categoria econômica,
confrontar o orçamento inicial e as suas alterações com a execução,
demonstrar o resultado orçamentário e discriminar:
1. As receitas por fonte (espécie); e
2. As despesas por grupo de natureza.

O Balanço Orçamentário apresentará as receitas detalhadas por


categoria econômica, origem e espécie, especificando a previsão
inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada e o
saldo a realizar. Demonstrará também as despesas por categoria
econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando a dotação
inicial, a dotação atualizada para o exercício, as despesas
empenhadas, as despesas liquidadas, o crédito pago e o saldo da
dotação.

Atenção! Segundo a nova estrutura, a identificação das receitas e


despesas intra-orçamentárias, quando necessária, deverá ser
apresentada em notas explicativas.

O balanço orçamentário evidencia o resultado orçamentário do


exercício. Pode ser apurado tanto o resultado corrente quanto o
resultado de capital.
Analisando o balanço orçamentário podemos extrair diversas
informações. Iremos apresentar as principais e mais exigidas em
concursos.
Analisando apenas o lado das receitas podem ocorrer os seguintes
resultados:
1º Receita prevista > receita arrecadada = insuficiência ou déficit na
arrecadação;
2º Receita prevista < receita arrecadada = excesso ou superávit na
arrecadação;

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3º Receita prevista = receita arrecadada = equilíbrio na arrecadação.
Exemplos:
1º Receita prevista > receita arrecadada = insuficiência ou déficit na
arrecadação:
Receita prevista $ 500
(-) Receita arrecadada $ 380
= Insuficiência na arrecadação $ 120
Na situação apresentada a arrecadação foi menor do que a previsão
contida na LOA.

2º Receita prevista < receita arrecadada = excesso ou superávit na


arrecadação:
Receita arrecadada $ 520
(-) Receita prevista $ 500
= Excesso de arrecadação $ 20
Na situação apresentada a arrecadação foi maior do que a previsão
contida na LOA.

3º Receita prevista = receita arrecadada = equilíbrio na arrecadação:


Receita arrecadada $ 1.000
(-) Receita prevista $ 1.000
= Resultado nulo $ 00
Situação bastante improvável.

Analisando apenas o lado das despesas podem ocorrer os seguintes


resultados:
1º Despesa fixada > despesa executada = economia de despesa;
2º Despesa fixada < despesa executada = excesso de despesa. Essa
situação só é possível com a abertura de créditos adicionais autorizados
pelo Poder Legislativo (art. 167, incisos II e V, da CF).
3º Despesa fixada = despesa realizada = equilíbrio na realização da
despesa ou resultado nulo.

1º Despesa fixada > despesa executada = economia de despesa:


Despesa fixada $ 700
(-) Despesa executada $ (600)
= Economia de despesa $ 100
Na situação apresentada a despesa fixada foi maior do que a
executada. Ou seja, o governo economizou, porém, menos serviços
podem ter sido prestados à sociedade.

2º Despesa fixada < despesa executada = excesso de despesa:


Despesa executada $ 1.000
(-) Despesa fixada $ (900)
= Excesso de despesa $ 100

Nessa situação, o governo gastou mais do que planejou. Pode


acontecer através da abertura de créditos adicionais autorizadas pelo
Poder Legislativo.

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3º Despesa fixada = despesa realizada = equilíbrio na realização da


despesa ou resultado nulo:
Despesa fixada $ 1.000
(-) Despesa executada $ (1.000)
= Resultado nulo $ 00
Situação bastante improvável.

Comparando o desempenho das receitas e despesas podem ocorrer


os seguintes resultados:
1º Receita arrecadada > despesa executada = superávit orçamentário;
2º Receita arrecadada < despesa executada = déficit orçamentário;
3º Receita arrecadada = despesa executada = resultado nulo.

Exemplos:
1º Receita arrecadada > despesa executada = superávit
orçamentário:
Receita arrecadada $ 900
(-) Despesa executada ou empenhada $ (700)
= Superávit orçamentário $ 200
O superávit orçamentário pode ser calculado a qualquer momento
(bimestral, anual, etc.). Esse superávit pode ser utilizado para
realizar novos investimentos, no exercício financeiro subseqüente,
amortizar a dívida pública ou constituir poupança.

2º Receita arrecadada < despesa executada = déficit orçamentário:


Despesa executada ou empenhada $ 900
(-) Receita Arrecadada $ (700)
= Déficit orçamentário $ 200
O déficit orçamentário é um péssimo sinal para as finanças públicas,
haja vista que o governo poderá realizar novos empréstimos para
financiar os investimentos ou lançar mão de outros meios (cortar
despesas, aumentar tributos, etc.).

3º Receita arrecadada = despesa executada = resultado nulo:


Despesa executada ou empenhada $ 1.000
(-) Receita Arrecadada $ (1.000)
= Déficit orçamentário $ 00
O resultado nulo é quase sempre improvável.

Com o intuito de melhor fixar o conteúdo apresentaremos exercícios


práticos, demonstrando a resolução e logo em seguida mais alguns
exercícios com resolução no final da aula.

Foi cobrado em concurso!


(CESPE – Auditor TCU – 2007) Haverá tanto superávit quanto déficit
na execução orçamentária de um ente público que apresente, ao final
do exercício, a seguinte situação.

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Resolução
À primeira vista parece estranho informar no comando de uma
questão: “Haverá tanto superávit quanto déficit na execução
orçamentária de um ente público”.
Parece-nos que a lógica é o resultado apurado apresentar superávit
ou déficit. Porém, pode-se verificar que entre os valores existe o do
montante do orçamento, valor esse que significa a previsão da
receita.

Analisando somente o lado das receitas podemos extrair o seguinte


resultado:
Receita prevista ‹ Receita arrecadada = excesso ou superávit
de arrecadação.
Receita arrecadada R$ 3.800.000,00
(-) Receita Prevista R$ (3.500.000,00)
= Excesso ou superávit de arrecadação R$ 300.000,00

Comparando a receita prevista com a sua arrecadação obteve-se


superávit de arrecadação. Porém, o comando da questão informa
“superávit ou déficit na execução orçamentária”, ou seja, pede-se
somente o resultado da execução (receita (-) despesa).

Analisando o resultado (receita arrecadada (-) despesa executada):

Receita arrecadada ‹ Despesa realizada = Déficit


orçamentário.
Receita arrecadada R$ 3.800.000,00
(-) Despesa realizada R$ (4.000.000,00)
= Déficit orçamentário R$ (200.000,00)
Analisando o resultado da execução orçamentária observa-se que
houve déficit orçamentário, ou seja, a receita arrecadada foi menor
do que a despesa executada. Portanto, o resultado da execução
orçamentária apresentou apenas déficit.
Item ERRADO.

Foi cobrado em concurso!


(ESAF - ACE/TCU) Ao final do exercício, verificou-se que, do
orçamento aprovado de $120, haviam sido arrecadados $140,
realizadas despesas de $ 110 e pagos $ 80. Sendo assim:
a) houve superávit orçamentário de $40.
b) houve um acréscimo de disponibilidade de $60.

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c) registrou-se um excesso de arrecadação de $30.
d) o orçamento aprovado apresentava um superávit de $20.
e) a economia de despesa foi de $30.

Resolução
Organização dos dados:
Receitas previstas $120
Receitas arrecadadas $140
Despesas realizadas $110
Despesas pagas $80
a) Superávit orçamentário
Receitas arrecadadas $140
(-) Despesas realizadas ou executadas $(110)
= Superávit orçamentário 30
Opção incorreta. O superávit orçamentário foi de $ 30.
b) Acréscimo das disponibilidades
Receitas arrecadadas $140
(-) Despesas pagas $(80)
= Saldo de caixa ou acréscimo das disponibilidades 60
Opção correta. Pode-se observar que houve arrecadação de receitas
de $140 e desembolso de apenas $80. Assim sendo, as
disponibilidades de caixa aumentaram em $60.
c) Excesso de arrecadação
Receitas arrecadadas $140
(-) Receitas previstas $(120)
= Excesso de arrecadação 20
Opção incorreta. Ocorre excesso de arrecadação quando: Receitas
previstas < Receitas arrecadadas ou Receitas arrecadas > Receitas
previstas.
Ocorre insuficiência na arrecadação quando a situação é contrária
ao exposto acima, ou seja, Receitas previstas > Receitas arrecadadas
ou Receitas arrecadas < Receitas previstas.
d) O orçamento aprovado apresentava um superávit de $20
Opção incorreta. Para que haja superávit de orçamento aprovado, o
total das receitas previstas deve ser superior ao das despesas
fixadas.
Conforme o princípio do equilíbrio orçamentário, o total das receitas
deve ser igual ao das despesas.
Como não foi informado o total das despesas fixadas deve-se
entender, conforme o princípio supramencionado, que estas
(despesas) são iguais às receitas previstas ($120).
e) Economia de despesa
Despesas fixadas (princípio do equilíbrio orçamentário) $120
(-) Despesas realizadas $(110)
= Economia de despesa 20
Opção incorreta. Ocorre economia de despesa quando: Despesas
fixadas > Despesas realizadas ou Despesas realizadas < Despesas
fixadas.

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3. Considerando os fatos orçamentários e financeiros de um órgão
“x”, no encerramento do exercício, responda o que se pede:
Receita prevista 1.100
Receita realizada 1.900
Dotação inicial 1.100
Dotação atualizada 1.800
Despesa empenhada 90%
Despesa liquidada 80%
Despesa paga 70%
Calcular:
a) O valor da economia orçamentária.
b) O montante dos créditos adicionais abertos.
c) O resultado orçamentário do exercício.
d) O valor dos restos a pagar processados.

Resolução
a) Economia orçamentária:
Despesa fixada atualizada 1.800
(-) Despesa empenha (90% X 1.800) (1.620)
= Economia orçamentária 180
Comentários
1. Temos que ter em mente o princípio do equilíbrio orçamentário, ou
seja, o total das receitas é sempre igual ao total das despesas.
Fiquem atentos porque às vezes é informado apenas o total da
despesa ou da receita.

2. O total da despesa realizada inclui os créditos adicionais abertos,


exceto o saldo não utilizado, ou seja, o que passa para o exercício
seguinte. Atenção! Somente os créditos especiais e extraordinários
podem passar saldo para o exercício seguinte, desde que abertos nos
últimos quatro meses do ano e que ainda não tenham sido
totalmente utilizados.

3. A previsão atualizada é a previsão inicial mais os créditos


adicionais abertos no exercício.
b) Montante dos créditos adicionais abertos:
Dotação atualizada 1.800
(-) Dotação inicial (1.100)
= Créditos adicionais abertos 700
Comentários
1. Na dotação atualizada estão incluídos os créditos adicionais
abertos durante o exercício financeiro. Cuidado com as anulações!
Pois, da dotação atualizada poderá haver informação, numa questão
de concurso, de que houve anulações. Assim sendo, o cálculo seria
realizado conforme demonstrado abaixo.
Dotação inicial da despesa (dotação inicial)
(+) Créditos adicionais abertos
= Dotação atualizada
(-) Anulações de dotações
= Total das despesas orçadas ou fixadas (final do Exercício)

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C) Resultado orçamentário do exercício:


Receitas arrecadadas 1.900
(-) Despesa executada (empenhada) (1.620)
= Superávit orçamentário 280
Comentários
1. Atenção especial quanto às despesas empenhadas. Se o comando
da questão informar que se refere ao final do exercício financeiro e
existir informação de despesa liquidada e não liquidada, deve-se
incluir nos cálculos as empenhas, independentemente de terem sido
liquidadas ou não.
2. Lembre-se de que déficit ou superávit é sinônimo de resultado na
contabilidade pública, comparação entre receitas e despesas.
d) Restos a pagar processados:
Total das despesas empenhadas (90% X 1.800) 1.620
Total das despesas liquidadas (80% X 1.620) 1.296
Total das despesas pagas (70% X 1.296) 907,2
Total dos restos a pagar (1.620 – 907,2) = 712,8
Restos a pagar processados - despesas liquidadas (1.296 – 907,2) = 388,8
Restos a pagar não processados (712,8 – 388,8) = 324
Comentários
1. A forma de calcular os restos a pagar utilizada no primeiro
exemplo serve apenas para fins didáticos, haja vista que legalmente
os estágios da despesa devem percorrer a sua seqüência lógica
(empenho, liquidação e pagamento).
2. Esse cálculo está conforme estabelece as normas legais, ou seja,
na seqüência dos estágios da despesa.

4. Um Município “X” previu arrecadar até 30/06 $100, das quais $90
foram empenhadas e $120 arrecadadas. Espera-se arrecadar $20 a
mais até 31/12. Em 31 de dezembro do ano anterior foi apurado um
superávit financeiro de $30. No exercício atual foi aberto um crédito
extraordinário de $10. O Município “X” ainda pode abrir crédito
adicional de:
a) $60.
b) $80.
c) $70.
d) $100.
e) $90.

Resolução
Receitas arrecadadas $120
(-) Receitas previstas $(100)
= Excesso de arrecadação 20

Despesa fixada $100


(-) Despesas pagas $(90)
= Economia orçamentária (não é fonte de recurso para abertura
de crédito adicional) $10

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Excesso de arrecadação $20
(+) Previsão para ser arrecadada $20
(+) Superávit financeiro $30
(-) Crédito extraordinário aberto no exercício $(10)
= Fonte de recursos disponíveis para abertura de créditos
$60
adicionais

Comentários
1. Primeiramente devemos conhecer quais são as fontes de recursos
utilizáveis para a abertura de créditos adicionais. A abertura dos
créditos suplementares e especiais deverá ser justificada através das
seguintes fontes de recursos, conforme estabelecido na Constituição
Federal, Lei 4.320/64, LDO, LOA e LRF.
O superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior,
encerrado em 31/12 (art. 43, § 1º, inciso I, da Lei nº 4.320/64).
Os provenientes de excesso de arrecadação (art. 43, § 1º, inciso II, da Lei nº
4.320/64).
Os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de
créditos adicionais, autorizados em Lei (art. 43, § 1º, inciso III, da Lei nº
4.320/64);
O produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente
possibilite ao poder executivo realizá-las (art. 43, § 1º, inciso IV, da Lei nº
4.320/64).
Os resultantes da reserva para contingências, estabelecido na LOA (art. 5º, inciso
III, alínea b, da LRF).
Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes, desde que haja prévia
e específica autorização legislativa (art. 166, § 8º, da CF).

2. Para a abertura de créditos extraordinários não há necessidade de


informar a fonte de recursos. Entretanto, havendo excesso de
arrecadação e se o governo solicitar abertura de crédito adicional e
indicar como fonte de recursos esse excesso, deverá descontar o
valor utilizado na abertura de crédito extraordinário durante o
exercício (art. 43, § 4º, Lei nº 4.320/64).

5. Com base nos dados abaixo, constantes do balanço orçamentário


de uma Autarquia da União, pode-se considerar que:

Balanço orçamentário – em 31/12/07 – em R$


Receita orçamentária Orçada Executada Diferença
Receitas correntes
Tributária 600 546 (54)
Patrimonial 415 210 (250)
De serviços 185 192 7
Transferências correntes 1.875 1.480 (395)
Receitas de capital
Alienação de bens 890 152 (738)
Operações de crédito 670 670
Transferências de capital 1.060 1.810 750
Soma 5.025 5.060 35
Despesa orçamentária

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Dotação inicial 4.755 4.693 (82)
Créditos adicionais 250 235 (15)
Soma 5.025 4.928 (97)

5.1. A execução orçamentária apresentou:


a) déficit de $97.
b) superávit de $35.
c) superávit de $132.
d) déficit de $62.
e) superávit de $97.
5.2. No resultado da previsão da receita ocorreu excesso de
arrecadação de:
a) $62.
b) $30.
c) $97.
d) $35.
e) $132.

Resolução
5.1. Resultado da execução orçamentária:
Receita orçamentária arrecadada 5.060
(-) Despesa orçamentária executada (4.928)
= Superávit orçamentário 132

5.2. Resultado da previsão da receita:


Receitas arrecadadas (5.060)
(-) Receita prevista 5.025
= Excesso de arrecadação 35
Comentários
1. Observado o balanço orçamentário verifica-se que durante o
exercício houve realização de operações de crédito não prevista
inicialmente quando da elaboração e aprovação da LOA. É um
exemplo de contratação de operações de crédito autorizada em lei
especial, geralmente o governo utiliza-se dessa prática para abertura
de créditos adicionais (suplementares e especiais).

2. Analisando os dados orçamentários e com base na resolução da


questão pode-se verificar que houve excesso de arrecadação e
conseqüentemente, superávit orçamentário. O excesso de
arrecadação geralmente causa superávit orçamentário.

Resumindo a análise do BO:


A comparação entre Previsão/Dotação e a Execução pode
indicar as seguintes situações:
1. Receita Prevista > Receita Realizada, demonstra que houve
insuficiência de arrecadação;
2. Receita Prevista < Receita Realizada, demonstra que houve
excesso de arrecadação;

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3. Despesa Fixada > Despesa Realizada, demonstra economia na
realização de despesas;
4. Despesa Fixada < Despesa Realizada, demonstra que houve
excesso de despesas (situação de inconsistência);
5. Receita Prevista > Despesa Fixada, demonstra que houve
desequilíbrio positivo na previsão orçamentária4;
6. Receita Prevista < Despesa Fixada, demonstra que houve
desequilíbrio negativo na previsão orçamentária5;
7. Receita Arrecadada > Despesa Realizada, demonstra que houve
superávit orçamentário;
8. Receita Corrente Realizada > Despesa Corrente Realizada,
demonstra que houve superávit corrente;
9. Receita de Capital Realizada > Despesa de Capital Realizada,
demonstra que houve superávit de capital;
10. Receita Corrente Realizada < Despesa Corrente Realizada,
demonstra que houve déficit corrente;
11. Receita de Capital Realizada < Despesa de Capital Realizada,
demonstra que houve déficit de capital;
12. Receita Realizada < Despesa Realizada, demonstra que houve
déficit na execução do orçamento; e
13. Receita Realizada = Despesa realizada, demonstra o equilíbrio
orçamentário na execução.
Pode-se estabelecer ainda que na comparação entre as colunas
“Despesas Liquidadas” e “Despesas Pagas” e a comparação entre
as colunas “Despesas Empenhadas” e “Despesas Liquidadas”
fornecem as seguintes informações:
a) Despesas Liquidadas – Despesas Pagas = Restos a Pagar Processados
inscritos no exercício;
b) Despesas Empenhadas – Despesas Liquidadas = Restos a Pagar não
Processados inscritos no exercício.

9. QUESTIONAMENTOS IMPORTANTES

1. O que o balanço orçamentário evidencia?


R. O balanço orçamentário demonstra as receitas e despesas
previstas em confronto com as realizadas (art. 102, da Lei 4.320/64).
No balanço orçamentário as receitas são dispostas por categorias
econômicas e as despesas por tipo de crédito (suplementares,
especiais e extraordinários) e por categorias econômicas.

2. Na comparação entre o total das receitas arrecadadas com o das


despesas executadas poderão ocorrer três resultados distintos, quais
são?
R.
Receita arrecadada > despesa executada = superávit orçamentário;
Receita arrecadada < despesa executada = déficit orçamentário;
Receita arrecadada = despesa executada = resultado nulo.

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3. Por que o déficit orçamentário é registrado do lado das receitas e o
superávit do lado das despesas?
R. A classificação do déficit orçamentário no lado das receitas e o
superávit no lado das despesas é uma técnica contábil utilizada para
“fechar” o balanço orçamentário e manter o equilíbrio dos valores.
Importante! Se ocorrer déficit registra-se no lado das receitas, caso
contrário, do lado das despesas.

4. Comparando a receita prevista com a receita arrecadada, quais


resultados podem surgir?
R. É importante observar que na comparação entre a receita prevista
e a arrecadada, a análise é apenas de um lado. Nessa comparação
podemos apurar os seguintes resultados:
Receita prevista > receita arrecadada = insuficiência ou déficit na
arrecadação;
Receita prevista < receita arrecadada = excesso ou superávit na
arrecadação;
Receita prevista = receita arrecadada = equilíbrio na arrecadação.
5. O que se evidencia ao comparar a despesa fixada com a despesa
executada?

R. A comparação entre a despesa fixada com a despesa executada é


apenas de um lado e podem ser apurados os seguintes resultados:
Despesa fixada > despesa executada = economia de despesa;
Despesa fixada < despesa executada = excesso de despesa. Essa situação
só é possível com a abertura de créditos adicionais autorizados pelo Poder
Legislativo (art. 167, incisos II e V, da CF).
Despesa fixada = despesa realizada = equilíbrio na realização da despesa
ou resultado nulo.

6. Como se calcula o resultado orçamentário?


R. Às vezes a expressão resultado orçamentário é utilizada como
“resultado orçamentário geral”. O resultado orçamentário é calculado
pela diferença entre as receitas arrecadadas (atualizadas) e as
despesas executadas (atualizadas), gerando os efeitos apresentados
na questão 02 (déficit ou superávit).

7. Como se calcula o resultado orçamentário por categorias


econômicas?
R. As categorias econômicas, tanto das receitas quanto das despesas
são: corrente e de capital. Utilizando-se os dados de receitas e
despesas dentro de suas categorias econômicas, o resultado
orçamentário corrente é a diferença entre as receitas e as despesas
correntes e o resultado de capital é a diferença entre as receitas e
despesas de capital. Atenção! Muito exigido em concurso! Se houver
superávit corrente, este é considerado receita extra-orçamentária de
capital e destina-se a cobrir o déficit de capital.

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8. Com base nos dados abaixo, calcule:


a) Resultado orçamentário geral;
b) Resultado orçamentário corrente;
c) Resultado orçamentário de capital.
Receitas orçamentárias $ Despesas orçamentárias $
Receitas correntes 37.400 Despesas correntes 31.900
Receitas de capital 11.300 Receitas de capital 13.000

R. a) Resultado orçamentário geral:


Receitas orçamentárias 48.700
(-) Despesas orçamentárias (44.900)
= Superávit orçamentário 3.800

b) Resultado orçamentário corrente:


Receitas correntes 37.400
(-) Despesas correntes (31.900)
= Superávit corrente 5.500

c) Resultado orçamentário de capital:


Receitas de capital 11.300
(-) Despesas de capital (13.000)
= Déficit de capital (1.700)

9. Com base nos dados abaixo, calcule:


a) Resultado corrente;
b) Resultado de capital;
c) Resultado orçamentário geral;
d) O excesso ou insuficiência na arrecadação;
e) A economia ou excesso de despesa.

Receitas correntes previstas 500


Despesas correntes fixadas 600
Receitas correntes Executadas 900
Despesas correntes executadas 500
Receitas de capital previstas 2.000
Despesas de capital fixadas 1.900
Receitas de capital executadas 1.800
Despesas de capital executadas 1.900

R. a) Resultado corrente:
Receitas correntes arrecadadas 900
(-) Despesas correntes executadas (500)
= Superávit corrente 400
O resultado corrente superavitário poderá financiar o déficit de
capital, caso ocorra. É a busca pelo equilíbrio das contas públicas.

b) Resultado de capital:
Receitas de capital arrecadadas 1.800
(-) Despesas de capital executadas (1.900)
= Déficit de capital (100)

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Resultado de capital deficitário, podendo, nessa situação, ser coberto
pelo superávit corrente.

c) Resultado orçamentário geral:


Total das receitas (correntes e de capital) arrecadadas 2.700
(-) Total das despesas (correntes e de capital) executadas (2.400)
= Superávit orçamentário 300

Outra forma de apurar o resultado orçamentário:


Superávit corrente 400
(-) déficit de capital (100)
= Resultado: superávit orçamentário 300
O resultado orçamentário é superavitário, ou seja, o total das receitas
arrecadadas é superior ao das despesas executadas em $300. Essa
hipotética situação só foi possível graças ao excesso de arrecadação
nas receitas correntes de $400.
d) Excesso ou insuficiência na arrecadação:
Total das receitas executadas 2.700
(-) Total das receitas previstas (2.500)
= Excesso na arrecadação 200

Receitas correntes previstas 500


(-) Receitas correntes executadas (900)
= Excesso ou superávit de arrecadação 400

Essa análise compara os dados apenas de um lado (receitas). Na


situação apresentada, a arrecadação foi superior ao previsto na LOA.
Diversos fatores podem influenciar essa situação. Exemplo: a receita
pode ter sido subestimada quando de sua previsão ou foram criadas
novas fontes de receitas durante a execução do orçamento
(reestimativa de receita).
Receitas de capital previstas 2.000
(-) Receitas de capital arrecadadas 1.800
= insuficiência ou déficit de arrecadação (200)
A insuficiência na arrecadação está acontecendo no orçamento de
capital, no valor de $ 200.

e) Economia ou excesso de despesa:


Despesas correntes e de capital fixadas 2.500
(-) Despesas correntes e de capital executadas (2.400)
= Economia na realização da despesa 100
Essa economia de despesa pode não representar um indicativo
relevante, haja vista que a mesma pode ser conseguida através da
limitação de empenho ou contingenciamento de despesas. Assim
sendo, menos serviços podem ter sido prestados à sociedade com o
intuito de manter superávit primário.
Essa prática tem sido bastante aplicada no atual governo com o
intuito de demonstrar superávit primário. Seria bastante salutar que
houvesse economia de despesas, desde que os bens e serviços

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estivessem sendo prestados à sociedade em sua plenitude ou pelo
menos de forma razoável.

10. (ESAF – ACE – TCU) – Ao final de um exercício financeiro


qualquer, certa unidade orçamentária apresentou, em seu balanço
orçamentário, um superávit orçamentário de $ 5,00 e um déficit de
capital de $ 50,00. Sabendo que as receitas correntes previstas e
arrecadadas totalizaram, respectivamente, $ 150,00 e $ 175,00, e
que as receitas de capital previstas e arrecadadas totalizaram,
respectivamente, $ 45,00 e $ 30,00, assinale a opção que indica os
valores totais das despesas correntes e de capital realizadas, nesta
ordem:
a) $ 120,00 e $ 80,00
b) $ 120,00 e $ 75,00
c) $ 80,00 e $ 120,00
d) $ 75,00 e $ 80,00
e) $ 75,00 e $ 120,00

R. Organização dos dados:


Receitas correntes previstas 150,00
Receitas correntes arrecadadas 175,00
Receitas de capital previstas 45,00
Receitas de capital arrecadadas 30,00
Superávit orçamentário 5,00
Déficit de capital 50,00
Resultado de capital:
Receitas de capital arrecadadas 30,00
(-) Despesas de capital executadas (?) 80,00
= Déficit de capital (50,00)
(?) Valor a ser encontrado.
Se houve déficit de capital de 50,00 e as receitas de capital
arrecadadas somam 30,00, conclui-se que as despesas de capital
executadas totalizam 80,00.

Resultado orçamentário:
Superávit corrente (?) 55,00
(-) Déficit de capital 50,00
= Superávit orçamentário 5,00
(?) Valor a ser encontrado.
O superávit orçamentário pode ser encontrado de duas formas:
1ª. Pela diferença entre o total das receitas (correntes e de capital)
arrecadadas e o total das despesas (correntes e de capital)
executadas.
2ª. Pela diferença entre os superávits ou déficits corrente ou de
capital.
1ª forma:
Receita orçamentária arrecadada xxx
(-) Despesa orçamentária executada (xxx)
= Superávit ou déficit orçamentário xxx

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2ª forma:
Superávit corrente xxx
(-) déficit de capital (xxx)
= Resultado: superávit ou déficit orçamentário xxx
Concluindo: se houve déficit de capital de 50,00 e um superávit
orçamentário de 5,00, pode-se afirmar que ocorreu superávit
corrente de 55,00, conforme demonstrado acima.

Resultado corrente:
Receitas correntes arrecadadas 175,00
(-) Despesas correntes executadas (?) 120,00
= Superávit corrente 55,00
(?) Valor a ser encontrado.
Agora ficou fácil encontrar as despesas correntes executadas!
Simplesmente pela diferença. Ou seja, se as receitas correntes
arrecadadas totalizam 175,00 e o superávit corrente soma 55,00,
podemos concluir que as despesas correntes foi de 120,00.
A opção correta é a letra “a”.

11. (Analista Previdenciário/INSS – Ciências Contábeis –


CESGRANRIO – 2005) O Município Serra Dourado apresentou a
seguinte demonstração das variações patrimoniais no exercício de
2003, em reais;
Títulos Valor
Despesas Correntes 120.000,00
Despesas de Capital 70.000,00
Receitas de Capital 100.000,00
Receitas Correntes 150.000,00
Mutações patrimoniais da Despesa 55.000,00
Mutações patrimoniais da Receita 80.000,00
Com base nos dados acima, pode-se afirmar que o resultado
econômico do Município, em reais, foi de:
(A) 35.000,00
(B) 55.000,00
(C) 60.000,00
(D) 70.000,00
(E) 85.000,00

R. Resultado econômico para a contabilidade pública é sinônimo de


resultado patrimonial do exercício RPE. Isso porque a função
econômica da contabilidade é apurar resultados.

Fórmula:
RPE = VA (-) VP.
Variações ativas:
Receitas de Capital 100.000,00
Receitas Correntes 150.000,00
Mutações patrimoniais da Despesa 55.000,00
Total 305.000,00

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(-) Variações passivas:
Despesas Correntes (120.000,00)
Despesas de Capital (70.000,00)
Mutações patrimoniais da Receita (80.000,00)
= Resultado patrimonial do exercício RPE ou resultado econômico 35.000,00

Mutação patrimonial da despesa gera mutação ativa (variação ativa).


Isso ocorre porque na realização de uma despesa poderá ocorrer a
aquisição ou construção de um bem que será incorporado ao
patrimônio público aumentando-o.

Mutação patrimonial da Receita gera mutação passiva (variação


passiva). Isso ocorre porque na realização da receita poderá ocorrer a
alienação de um bem ou a realização de empréstimos, ocasionando
diminuição do patrimônio pela saída do bem (variação passiva) ou o
aumento do passivo pelo registro da obrigação a pagar.

12. O balanço orçamentário deverá ser elaborado bimestralmente,


juntamente com o relatório resumido da execução orçamentária –
RREO e deverá ser publicado em até 30 dias após o término do
bimestre. Assim sendo, não existe mais obrigatoriedade de sua
elaboração nos moldes da Lei nº 4.320/64.
R. A obrigatoriedade de elaboração do balanço orçamentário ao final
do exercício financeiro continua em pleno vigor, conforme previsto na
Lei nº 4.320/64, independentemente das regras estabelecidas na LRF
(elaboração bimestral). Incorreto.

13. (CESPE - ACE – TCU) Considere a seguinte situação hipotética. Ao


final de um exercício, foram apurados os saldos constantes da tabela
abaixo, referentes a um ente público.

Nessa situação, os valores apresentados indicam que houve superávit


na execução orçamentária e que o saldo financeiro, durante o
exercício, teve um acréscimo de R$ 20 mil.

R. Cálculo da execução orçamentária:


Receitas orçamentárias (corrente e de capital) 120
(-) Despesas orçamentárias (corrente e de capital) (100)
= Superávit orçamentário 20

Cálculo do saldo financeiro:


Receitas orçamentárias e extra-orçamentárias 140

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(-) Despesas orçamentárias e extra-orçamentárias (150)
= Saldo do exercício (10)
Comentários
1. A apuração do resultado orçamentário demonstrou que houve
superávit de 20;
2. O cálculo do saldo financeiro (ingressos – dispêndios) demonstrou
que houve decréscimo nas disponibilidades de 10. Assim sendo, esse
resultado contraria a afirmação do comando da questão.
Item Errado.

14. (ESAF – Auditor TCE – GO 2007) Em 31/08/X1 de um


determinado exercício financeiro, uma unidade orçamentária
hipotética apresentava a seguinte situação (em unidades
monetárias):
◊ receita orçamentária prevista (LOA): 150;
◊ receita arrecadada até 31/08/X1: 120;
◊ crédito extraordinário aberto: 10;
◊ superávit financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício
financeiro anterior (X0): 20;
◊ o Balanço Patrimonial (X0) apresenta 50 de Disponibilidades;
◊ operação de crédito autorizada: 50;
◊ anulação parcial de dotação orçamentária: 40;
◊ restos a pagar processado e registrado no Balanço Patrimonial
(X0): 30.
A arrecadação dos meses subseqüentes do exercício financeiro
deverá demonstrar a mesma tendência.
O montante dos recursos que poderá ser utilizado para a abertura de
um crédito especial é de
a) 150.
b) 130.
c) 140.
d) 110.
e) 120.

R. A questão trata das fontes de recursos e procedimentos para a


abertura de créditos adicionais.
Para resolver esse tipo de questão basta somar os itens que são
fontes de recursos para abertura de créditos adicionais e deduzir o
crédito extraordinário aberto.
Atenção! A última informação é importante para a resolução da
questão: “A arrecadação dos meses subseqüentes do exercício
financeiro deverá demonstrar a mesma tendência”.
Isso significa que o excesso de arrecadação provável será de 30.
Demonstração:
Receita prevista para um ano 150
Receita arrecadada até 31/08/X1 120 – média mensal: 15
Tendência de 01/09 até 31/12 (4 meses) 60

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Cálculo do excesso de arrecadação:
Receita arrecadada + tendência até 31/12 180
(-) Receita prevista (150)
= Excesso de arrecadação 30

Fontes de recursos que podem ser utilizadas para a abertura de


créditos adicionais:
Excesso de arrecadação 30
Superávit financeiro do exercício anterior – X0 20
Operação de crédito 50
Anulação parcial de dotação orçamentária 40
Total das fontes de recursos 140
(-) Crédito extraordinário aberto no exercício (10)
= Montante de recursos que podem ser utilizados para a 130
abertura de créditos adicionais
A exemplo dessa questão, nem sempre existe necessidade de serem
utilizados todos os dados apresentados para resolução da questão.

Assim sendo, as informações de que o Balanço Patrimonial (X0)


apresenta 50 de Disponibilidades e os restos a pagar processado e
registrado no Balanço Patrimonial (X0) totaliza 30, são irrelevantes
para a resolução da questão.
Opção B.

15. (ESAF – CONTADOR – PREFEITURA/RECIFE) Os totais


apresentados pelo Balancete de Verificação demonstram:
a) que o montante dos débitos será igual ao montante de créditos,
tendo em vista que a escrituração foi efetuada pelo Método das
Partidas Dobradas.
b) que o montante dos créditos será maior que o montante dos
débitos, considerando-se que houve recebimentos de Dívida Ativa.
c) que o montante dos débitos será maior que o montante dos
créditos, tendo em vista o pagamento de Restos a Pagar,
considerados extra-orçamentários.
d) que o montante dos valores credores e devedores nunca será
igual, tendo em vista as contas de compensação.
e) que o somatório das contas devedoras e credoras nunca será
igual, considerando que a escrituração foi efetuada pelo Método das
Partidas Dobradas.

R. Na Contabilidade Geral e Pública a finalidade de realizar-se o


levantamento do balancete de verificação é para certificar se os
registros contábeis estão corretos, ou seja, se o valor total das contas
credoras é igual ao das contas devedoras, e caso haja incorreção,
fazer os ajustes necessários.
Essa totalidade ocorre em função do método das partidas dobradas.
Assim sendo, os totais dos valores apresentados pelo Balancete de
Verificação devem evidenciar que o montante dos débitos deva ser

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igual ao montante de créditos, tendo em vista que a escrituração é
efetuada pelo método das partidas dobradas.
Portanto, a quantidade de contas pode ser divergente, porém, em
hipótese alguma poderá haver montante de créditos maior do que os
débitos.
Opção A.

10. BATERIA DE EXERCÍCIOS

1. (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade/TRE/PI – 2009)


Considere os dados da tabela abaixo da Prefeitura ZY, referentes ao
exercício financeiro de X1: (Valores em milhares de reais)
Receita Prevista 400.000
Receita Lançada 435.000
Receita Arrecadada 410.000
Despesa Fixada 400.000
Despesa Empenhada 395.000
Despesa Liquidada 390.000
Despesa Paga 380.000
Segundo o regime contábil estabelecido pela Lei no 4.320/64, o
resultado da execução orçamentária foi, em milhares de R$,
(A) 15.000,00
(B) 20.000,00
(C) 30.000,00
(D) 40.000,00
(E) 45.000,00

Resolução
RESULTADO DA
RECEITA DESPESA
EXECUÇÃO = –
ARRECADADA REALIZADA
ORÇAMENTÁRIA
A STN considera a despesa realizada na fase de liquidação, isso
durante a execução orçamentária, e, no encerramento do exercício
(31/12), a despesa é considerada realizada apenas com o empenho.

Tal informação, se os dados/valores referem-se ao encerramento do


exercício ou não, normalmente é informada no comando da questão,
de forma que o candidato possa efetuar os cálculos devidos. Todavia,
ao invés disso, nessa questão a banca fez menção expressa ao texto
legal.

Assim, vejamos o que informa a Lei 4.320/64:


Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I - as receitas nele arrecadadas;
II - as despesas nele legalmente empenhadas.

Cálculo:
RESULTADO DA EXECUÇÃO = RECEITA – DESPESA

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ORÇAMENTÁRIA ARRECADADA EMPENHADA

RESULTADO DA EXECUÇÃO
= 410.000 – 395.000
ORÇAMENTÁRIA

RESULTADO DA EXECUÇÃO
= 15.000
ORÇAMENTÁRIA
Letra A.

2. (FCC – Analista Judiciário-Contador/TJ/PI – 2009) O Balanço


Orçamentário de um município apresentou os seguintes dados (em
R$):

No total dos créditos orçamentários estão incluídos também os


créditos suplementares. Analisando esse balanço, é correto afirmar
que
(A) houve economia orçamentária de R$ 30.000,00.
(B) houve frustração de arrecadação de R$ 20.000,00.
(C) ocorreu excesso de arrecadação de R$ 10.000,00.
(D) ocorreu déficit orçamentário de R$ 50.000,00.
(E) houve excesso de despesas de R$ 10.000,00.

Resolução
Para que não haja confusão, eis o resumo dos principais conceitos:
Economia orçamentária = despesa executada < despesa fixada
Superávit orçamentário = receita arrecadada > despesa executada
Superávit de arrecadação = receita arrecadada > receita prevista
Vamos verificar cada opção:
A) Houve o inverso: execução de despesa maior que a despesa
fixada.
Despesa fixada 1.100.000
Despesa executada (1.130.000)
Diferença (30.000)
ERRADO.
B) Não houve frustração de arrecadação, mas sim excesso de
arrecadação.
Receita prevista (1.170.000)
Receita executada (arrecadada) 1.180.000
Diferença (excesso de arrecadação) 10.000
ERRADO.

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C) Perfeito! Conforme demonstrado acima. CERTO.
D) Ocorreu o inverso: superávit orçamentário de R$50.000,00.
Receita executada (arrecadada) 1.180.000
Despesa executada (1.130.000)
Superávit orçamentário 50.000
ERRADO.
E) A despesa executada excedeu a despesa prevista em R$ 30.000
(resolução da opção “A”). ERRADO.

Importante! Observe que os cálculos constantes na resolução do


exercício são apenas para fins de demonstração, já que o Balanço
Orçamentário já informa os dados e apura todos os resultados.
Portanto, compreenda a sistemática do demonstrativo, assim você
ganhará tempo para resolver a questão durante a prova.
Portanto, letra C.

3. (FCC – Analista Judiciário-Contador/TJ/PA – 2009) O superávit


financeiro do exercício anterior constitui-se em uma das fontes de
recursos disponíveis para abertura de créditos adicionais especiais ou
suplementares. Quanto ao tratamento dado no Balanço Orçamentário
em relação ao superávit financeiro, é correto afirmar que
(A) deverá ser destacado em conta específica de receita extra-
orçamentária, após o cálculo do resultado orçamentário, posto que se
trata de recursos que não foram previstos na lei orçamentária.
(B) seu valor está refletido no lado das despesas do Balanço
Orçamentário, já que possibilita a abertura de créditos adicionais,
sem inclusão de valor equivalente no lado das receitas, o que
normalmente provoca superávit de previsão.
(C) poderá estar representado por contas de receitas orçamentárias,
denominadas saldos de exercícios anteriores, de modo a equilibrar o
Balanço Orçamentário, posto que os créditos adicionais deverão
aparecer no lado das despesas orçamentárias.
(D) não será considerado receita orçamentária para efeito de
classificação no Balanço Orçamentário para equilibrar com os créditos
adicionais abertos à conta desses recursos.
(E) não será considerado receita orçamentária para fins de
classificação no Balanço Orçamentário, tendo em vista tratar-se de
valores pertencentes ao exercício anterior, sem qualquer inferência
na apuração do resultado orçamentário do período.

Resolução
O superávit financeiro é apurado no balanço patrimonial. Trata-se da
diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro.
ATIVO PASSIVO
SUPERÁVIT FINANCEIRO = >
FINANCEIRO FINANCEIRO
Atenção! Pegadinha de concurso! O superávit financeiro é
apurado no Balanço Patrimonial e não no Balanço Financeiro. As

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bancas de concurso por vezes tentam confundir o candidato. O
Balanço Financeiro evidencia o resultado financeiro do exercício.

O superávit financeiro é apurado no encerramento do exercício e


constitui uma das fontes para abertura de créditos adicionais no
exercício seguinte. No exercício seguinte será esse superávit
classificado como uma fonte extra-orçamentária de recurso.

Por ser extra-orçamentário, o superávit financeiro não será


demonstrado no Balanço Orçamentário (pois esse demonstrativo só
evidencia os fatos orçamentários).

Opções A, B e C: o superávit financeiro do exercício anterior não será


demonstrado no Balanço Orçamentário. ERRADO
D) Perfeito! Não será demonstrado o superávit financeiro, mas
apenas os créditos adicionais abertos (despesas) em virtude de tal
fonte de recurso. CERTO.
E) Para fins de classificação, no exercício de arrecadação a receita foi
orçamentária; havendo superávit, será classificada como extra-
orçamentária no exercício seguinte. O Balanço Orçamentário apenas
evidencia os registros e classificações realizados e não o inverso. E
ainda, o superávit financeiro não será evidenciado no Balanço
Orçamentário, todavia, tal superávit interfere nesse demonstrativo,
na medida em que os créditos adicionais correspondentes abertos
serão evidenciados, conforme comentado na opção D. ERRADO.
Letra D.

Instruções: Para responder as duas questões seguintes, utilize a


tabela com o Balanço Orçamentário abaixo.

4. (FCC – Analista Judiciário - Contadoria/TRF. 5ªRegião – 2008) A


entidade pública teve uma economia orçamentária de
(A) R$ 10,00
(B) R$ 30,00
(C) R$ 35,00
(D) R$ 45,00
(E) R$ 50,00

Resolução

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Vamos rever os principais conceitos:
Economia orçamentária = despesa executada < despesa fixada
Superávit orçamentário = receita arrecadada > despesa executada
Superávit de arrecadação = receita arrecadada > receita prevista
A questão pede a economia orçamentária:
Despesa fixada (prevista) 760
Despesa executada (715)
Diferença (economia orçamentária) 45
Letra D.

5. (FCC – Analista Judiciário - Contadoria/TRF/5ªRegião – 2008) O


resultado da execução orçamentária foi
(A) deficitário em R$ 35,00.
(B) superavitário em R$ 35,00.
(C) deficitário em R$ 45,00.
(D) superavitário em R$ 50,00.
(E) deficitário em R$ 50,00.

Resolução
Receita executada (arrecadada) 765
Despesa executada (715)
Resultado da execução orçamentária (superávit) 50
Novamente! Importante! Os cálculos constantes na resolução dos
exercícios são apenas para fins de demonstração, já que o Balanço
Orçamentário já informa os dados e apura todos os resultados.
Portanto, compreenda a sistemática do demonstrativo, assim você
ganhará tempo para resolver a questão durante a prova.
Letra D.

6. (ESAF – APO/MPOG – 2008) Ao final do exercício, uma


determinada entidade integrante do orçamento fiscal e da seguridade
social apresentou balancete com os seguintes dados referentes à
execução orçamentária (valores em mil):

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Analisando as informações, indique a opção correta em relação ao


Balanço Orçamentário da entidade.
a) Houve superávit de capital.
b) O superávit corrente foi de 850.
c) Houve superávit orçamentário de 300.
d) As receitas correntes e de capital apresentaram excesso de
arrecadação.
e) Houve economia de despesas de capital de 400.

Resolução
Conforme o art. 102 da Lei nº. 4.320/64, o Balanço Orçamentário
(BO) demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com
as realizadas.
Assim sendo, o resultado apurado no balanço orçamentário (déficit ou
superávit) inclui só as receitas arrecadadas comparando-as com as
despesas executadas.
Cálculos:
a) O déficit ou superávit de capital é apurado somando-se as receitas
de capital arrecadadas e subtraindo-se as despesas de capital
executadas.
Receitas de capital arrecadadas 700
(-) Despesas de capital executadas (1.300)
= Déficit de capital (600)
Conclusão: Déficit de capital no valor de R$ 600.
b) O déficit ou superávit corrente é apurado somando-se as receitas
correntes arrecadadas e subtraindo-se as despesas correntes
executadas.

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Receitas correntes arrecadadas 2.150
(-) Despesas correntes executadas (1.250)
= Superávit corrente (900)
Conclusão: superávit corrente de R$ 900.
c) O superávit orçamentário é apurado somando-se todas as receitas
arrecadadas e subtraindo-se das despesas executadas.
Receitas arrecadadas 2.850
(-) Despesas correntes executadas (2.550)
= Superávit corrente (300)
Conclusão: superávit orçamentário de R$ 300.
d) O excesso de arrecadação é apurado utilizando-se só os dados do
lado das receitas, comparando-se as receitas previstas com as
receitas arrecadadas.
Quando a Receita prevista > Receita arrecadada haverá insuficiência
ou déficit de arrecadação (frustração de receita).
Receitas previstas 3.000
(-) Receitas executadas (2.850)
= Déficit de arrecadação (150)
Conclusão: déficit de arrecadação de R$ 150.
e) Apura-se a economia de despesas de capital comparando a
despesa fixada com a executada.
Despesa de capita fixada 1.600
(-) Despesa de capital executada (1.300)
= Economia de despesa de capital (300)
Conclusão: Economia de despesa de capital de R$ 300.
Portanto, letra C.

(CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TST/2008)

Considerando os dados na tabela acima, extraídos do balanço


orçamentário de determinada entidade governamental, julgue os
itens subseqüentes.

7. O resultado orçamentário do exercício foi deficitário em R$


50.000,00.

Resolução
Cálculo do resultado orçamentário:
Receitas arrecadadas (correntes e de capital) 850.000,00
(-) Despesas executadas (840.000,00)
= Resultado orçamentário – superávit 10.000,00
Comentários:

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Em questões desse tipo, quando se refere a resultado do exercício
devem-se comparar somente as receitas efetivamente arrecadadas e
subtrair das despesas executadas.
Portanto, os dados referentes à previsão de receita e fixação da
despesa devem ser desprezados.

Observando os dados acima pode-se verificar que houve economia de


despesa, posto que a despesa fixada foi maior do que a executada,
conforme demonstrado abaixo:
Despesas fixadas 900.000,00
(-) Despesas executadas (840.000,00)
= Economia orçamentária ou de despesa 60.000,00

Do lado das receitas ocorreu déficit de arrecadação, conforme


demonstrado abaixo:
Receitas previstas (correntes e de capital) 900.000,00
(-) Receitas arrecadadas (850.000,00)
= Déficit de arrecadação 50.000,00
Conclusão:
1. O resultado orçamentário do exercício foi superavitário em R$
10.000,00;
2. Houve economia orçamentária de R$ 60.000,00;
3. Ocorreu déficit de arrecadação de R$ 50.000,00.
Item Errado.

8. A economia orçamentária na execução das despesas contribuiu


positivamente na apuração do resultado orçamentário do exercício.

Resolução
Perfeito! O resultado orçamentário do exercício foi superavitário em
R$10.000,00 porque ocorreu economia de despesa no valor de R$
60.000,00. Isso é verdade! É importante observar que ocorreu
insuficiência/déficit de arrecadação no valor de R$ 50.000,00.
Resumindo, para não esquecer mais:
Economia orçamentária = despesa executada < despesa fixada
Superávit orçamentário = despesa executada < receita arrecadada
Superávit de arrecadação = receita prevista < receita arrecadada
CERTO.

9. (CESPE – Analista Judiciário - TRE/AP/2007) Considere os


seguintes dados, relativos ao balanço orçamentário de determinada
entidade governamental.

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Com base nos dados apresentados, é correto afirmar que


A a lei orçamentária anual não foi aprovada com equilíbrio.
B houve utilização de dotação sem autorização legal.
C o resultado orçamentário do exercício foi deficitário em R$ 200,00.
D o resultado orçamentário do exercício foi influenciado pelo
desempenho da arrecadação.
E o resultado orçamentário do exercício foi influenciado basicamente
pela economia na realização da despesa.

Resolução
a) Analisando o Balanço Orçamentário pode-se observar que a receita
prevista e a despesa fixada totalizam $ 510.000,00. Portanto, o
orçamento (LOA) foi aprovado com equilíbrio. ERRADO.
b) Cálculo:
Despesa fixada $ 510.000,00
(-) Despesa executada $ (509.800,00)
= Economia orçamentária $ 200,00
Conclusão: Não houve utilização de dotação sem autorização legal.
Essa situação teria acontecido caso a despesa executada fosse maior
do que a fixada. ERRADO.
c) Cálculo:
Despesa executada $ 509.800,00
(-) Receita arrecadada $ (501.300,00)
= Déficit orçamentário $ 8.500,00
Conclusão: o resultado orçamentário do exercício foi deficitário em
R$ 8.500,00. ERRADO.
d) Perfeito! O resultado orçamentário do exercício foi deficitário
porque a arrecadação foi menor do que a prevista. Assim sendo,
influenciou negativamente o desempenho do ente. CERTO.
e) O resultado orçamentário do exercício (deficitário) foi influenciado
basicamente pela baixa arrecadação e não economia na realização
das despesas. ERRADO.

(CESPE – ACE/TCU – 2007)

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A partir do balanço orçamentário apresentado acima, julgue o item a


seguir.

10. O resultado orçamentário do exercício foi deficitário em R$


111.022,00.

Resolução
Observe que o comando da questão pede o resultado orçamentário
do exercício.
Em questões de concursos contemplando os dados apresentados
conforme a estrutura do balanço orçamentário pode-se exigir:
1. O resultado da previsão. Esse resultado é apurado através da
diferença entre a receita prevista e a receita executada ou
arrecadada, ou seja, analisando-se só o lado das receitas. No
resultado da previsão evidencia-se o superávit ou déficit de
arrecadação ou simplesmente excesso de arrecadação.
Ocorre superávit quando a receita prevista é menor do que a
executada ou arrecadada e déficit quando a receita arrecadada for
menor do que a prevista.
2. O resultado da execução. Nessa situação analisa-se só o lado das
despesas para apurar da diferença entre as despesas fixadas com as
executadas ou realizadas. No resultado da execução pode-se
evidenciar tanto o excesso quanto a economia de despesa.

Quando a despesa fixada for maior do que a executada haverá


economia de despesa ou economia orçamentária, caso contrário,
excesso de despesa.
3. O resultado orçamentário do exercício. Esse é apurado no balanço
orçamentário no encerramento do exercício financeiro e representa a
diferença (positiva ou negativa) entre a execução das receitas e das
despesas. O resultado é denominado de superávit ou déficit
orçamentário do período.

A questão apresentada praticamente não exige cálculo, assim, uma


observação atenta nos dados do balanço orçamentário pode-se
verificar o resultado, conforme apurado abaixo:
Total das receitas arrecadadas ou executadas $ 500.178,00
(-) Total das despesas executadas $ (490.626,00)
= Resultado orçamentário $ 9.552,00
Observações:

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1ª. As colunas previsão (receita) e fixação (despesa) são os valores
aprovados na Lei Orçamentária Anual – LOA;
2ª. As colunas “diferenças” representam as diferenças entre os
valores aprovados na LOA e os efetivamente arrecadados e
executados para as receitas e despesas respectivamente;
3ª. O resultado apurado, no caso de déficit será classificado no lado
das receitas, em caso de superávit, no lado das despesas. Essa
técnica contábil objetiva o fechamento do balanço orçamentário.

Comparando só o lado das receitas temos o seguinte resultado:


Total das receitas previstas $ 611.200,00
(-) Total das receitas executadas ou arrecadadas $ (500.178,00)
= Déficit orçamentário $ (111.022,00)
Na prática a arrecadação foi menor do que a prevista, portanto,
ocorreu déficit de arrecadação.

Comparando só o lado das despesas temos o seguinte resultado:


Total das despesas fixadas $ 611.200,00
(-) Total das despesas executadas $ (490.626,00)
= Economia orçamentária ou de despesa $ 120.574,00
Ocorreu economia de despesa porque o valor fixado (autorizado) foi
maior do que o efetivamente realizado.
ERRADO.

11. (CESPE – Auditor TCU – 2007) Haverá tanto superávit quanto


déficit na execução orçamentária de um ente público que apresente,
ao final do exercício, a seguinte situação.

Resolução
À primeira vista parece estranho informar no comando de uma
questão: “Haverá tanto superávit quanto déficit na execução
orçamentária de um ente público”.
Parece-nos que a lógica é o resultado apurado apresentar superávit
ou déficit. Porém, pode-se verificar que entre os valores existe o do
montante do orçamento, valor esse que significa a previsão da
receita.

Analisando somente o lado das receitas podemos extrair o seguinte


resultado:
Receita prevista ‹ Receita arrecadada = excesso ou superávit
de arrecadação.

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Receita arrecadada R$ 3.800.000,00
(-) Receita Prevista R$ (3.500.000,00)
= Excesso ou superávit de arrecadação R$ 300.000,00

Comparando a receita prevista com a sua arrecadação obteve-se


superávit de arrecadação. Porém, o comando da questão informa
“superávit ou déficit na execução orçamentária”, ou seja, pede-se
somente o resultado da execução (receita (-) despesa).

Analisando o resultado (receita arrecadada (-) despesa executada):

Receita arrecadada ‹ Despesa realizada = Déficit


orçamentário.
Receita arrecadada R$ 3.800.000,00
(-) Despesa realizada R$ (4.000.000,00)
= Déficit orçamentário R$ (200.000,00)
Analisando o resultado da execução orçamentária observa-se que
houve déficit orçamentário, ou seja, a receita arrecadada foi menor
do que a despesa executada. Portanto, o resultado da execução
orçamentária apresentou apenas déficit.
ERRADO.

12. (ESAF ACE – TCU/2006). Com base nos dados seguintes, assinale
a opção que representa o correto resultado orçamentário:
Receita corrente prevista: $ 60
Receita corrente realizada: $ 65
Despesa corrente prevista: $ 60
Despesa corrente realizada: $ 60
Receita de capital prevista: $ 40
Receita de capital realizada: $ 35
Despesa de capital prevista: $ 40
Despesa de capital realizada: $ 40
a) Superávit orçamentário de $ 5, que deverá constituir item da
receita orçamentária.
b) Superávit do orçamento de capital de $ 5, que deverá constituir
item da receita orçamentária.
c) Superávit do orçamento corrente de $ 5, que deverá constituir
item da receita extra-orçamentária.
d) Superávit do orçamento de capital de $ 5, que deverá constituir
item da receita extra-orçamentária.
e) Superávit do orçamento corrente de $ 5, que deverá constituir
item da receita orçamentária.

Resolução
Quando for exigido um resultado qualquer entre receitas e despesas
devemos extrair somente o que foi executado, ou seja, as receitas
arrecadadas e as despesas executadas.
Resultado corrente:

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Receitas correntes arrecadadas $ 65
(-) Despesas correntes executadas $ (60)
= Superávit corrente $ 5

Resultado de capital:
Receitas de capital arrecadadas $ 35
(-) Despesas de capital executadas $ (40)
= Déficit de capital $ (5)

Resultado orçamentário:
Superávit corrente $5
(-) Déficit de capital $ (5)
= Resultado nulo $ (0)
O resultado também pode ser encontrado somando-se todas as
receitas arrecadadas e subtraindo as despesas executadas.
Sabendo-se que houve superávit do orçamento corrente de $ 5 e
déficit do orçamento de capital de $ 5, resta-nos apenas saber que o
superávit do orçamento corrente é receita de capital extra-
orçamentária.
Tenho alertado que esse assunto é muito cobrado em concurso! Já
está até “manjado”! O superávit do orçamento corrente é receita de
capital extra-orçamentária.
Com esses cálculos a questão está resolvida! A opção correta é a
letra C.

13. (ESAF - Analista Contábil-Financeiro - SEFAZ - CE – 2006)


Assinale a opção que indica um dado que não pode ser obtido do
Balanço Orçamentário.
a) O superávit financeiro, se houver.
b) A previsão de arrecadação de receitas correntes.
c) O superávit corrente, se houver.
d) O déficit de capital, se houver.
e) O montante de receita corrente arrecadada.

Resolução
1º. O superávit/déficit financeiro é extraído a partir do balanço
patrimonial, da seguinte forma:
SF/DF = Ativo Financeiro (-) Passivo Financeiro
2º. A previsão de arrecadação de todas as receitas orçamentárias é
evidenciada no balanço orçamentário.
3º. O superávit/déficit do orçamento corrente ou de capital é obtido
no balanço orçamentário.
4º. O montante de receita corrente arrecadada pode ser obtido tanto
no balanço orçamentário quanto no balanço financeiro.
Conclusão:
O superávit/déficit financeiro é o único dados entre as opções
apresentadas que não pode ser obtido do Balanço Orçamentário.
Opção A.

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14. (ESAF – Auditor TCE – GO 2007) Ao final do exercício, uma
determinada entidade de direito público, que realiza o controle das
disponibilidades de caixa segregando os recursos de acordo com a
destinação, apresentou os seguintes dados referentes à execução
orçamentária e financeira (valores em mil):

Considere ainda que, para fins de elaboração do Balanço


Orçamentário, será considerada despesa realizada:
◘ a despesa em que já se tenha verificado o direito adquirido pelo
credor, tendo por base os títulos e os documentos comprobatórios do
respectivo crédito, acrescida dos restos a pagar não-processados
inscritos ao final do exercício.
Analisando as informações, indique a opção correta em relação ao
Balanço Orçamentário da entidade.
a) O superávit orçamentário foi de 700.
b) A entidade apresentou déficit corrente.
c) O excesso de arrecadação, originário da receita de alienação bens,
no montante de 100, não poderá ser utilizado como fonte de recursos
para a abertura de crédito adicional no exercício seguinte, com a
finalidade de pagamento de juros da dívida.

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d) O montante inscrito em restos a pagar processado soma 200.
e) Será inscrito em restos a pagar o valor de 250.

Resolução
O comando da questão informa que os dados demonstrados são
referentes ao final do exercício. Essa informação é importante porque
nesse caso a despesa será considerada pelo empenho.
Se não fosse considerado o encerramento do exercício financeiro a
despesa seria computada pela liquidação.
Cálculos:
a) Superávit/déficit orçamentário:
Receitas arrecadadas
Correntes
Serviços 1.300
Juros 350
De capital
Alienação de bens 500
I - Total das receitas arrecadadas 2.150
Despesas executadas
Correntes
Pessoal 600
Juros 250
De capital
Inversões financeiras 150
Investimentos 350
II - Total das despesas 1.350
Resultado: I – II = Superávit orçamentário 800
Conclusão: Superávit orçamentário de $ 800. Opção Errada.
b) Déficit/superávit corrente:
Receitas arrecadadas
Correntes
Serviços 1.300
Juros 350
(-) Despesas correntes
Pessoal 600
Juros 350
= Superávit corrente 700
Conclusão: Houve superávit corrente de $ 700. Opção Errada.
c) Excesso de arrecadação- originário da receita de alienação bens:
Receita de alienação de bens arrecadada 500
(-) Receita de alienação de bens prevista (400)
= Excesso ou superávit de arrecadação 100
Conclusão: Objetivando a preservação do patrimônio público, a LRF
estabelece em seu art. 44 que é vedada a aplicação da receita de
capital derivada da alienação de bens e direitos que integram
o patrimônio público para o financiamento de despesa
corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência
social, geral e próprio dos servidores públicos.

Portanto, essa determinação legal vincula a aplicação das receitas de


capital provenientes da alienação de bens em despesas correntes,

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exceto se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral
e próprio dos servidores públicos.
Atenção! A vinculação é só para as receitas de capital provenientes
da alienação de bens.

Observe que a LRF permite a aplicação das receitas de capital da


alienação de bens dos fundos de previdência do regime geral (INSS)
e do regime dos servidores públicos em despesas correntes, desde
que autorizado em lei.
Em síntese, o excesso de arrecadação, originário da receita de
alienação bens, no montante de 100, não poderá ser utilizado como
fonte de recursos para a abertura de crédito adicional no exercício
seguinte, com a finalidade de pagamento de juros da dívida, posto
que “juros da dívida” é despesa corrente.
Opção Certa.
d) Montante inscrito em restos a pagar processado:
Total das despesas liquidadas 1.100
(-) Total das despesas pagas (1.030)
= Restos a pagar processados 70
Conclusão: O montante inscrito em restos a pagar processado, ou
seja, de despesa empenhada e liquidada é de $ 70. Opção Errada.
e) Valor inscrito em restos a pagar (processado e não
processado):
Total das despesas empenhadas 1.350
(-) Total das despesas pagas (1.030)
= Restos a pagar (processados + não 320
processados)
Conclusão: O valor inscrito em restos a pagar no final do exercício
totaliza $ 320.
A resolução da opção “d” evidenciou que os restos a pagar de
despesa liquidada (restos a pagar processados) totalizaram $ 70.
Assim sendo, o montante dos restos a pagar não processados é $ 250
(320 – 70).
Opção Errada.

15. (CESPE – Auditor/TCU – 2007) Considere-se que a proposta


orçamentária de um ente público foi encaminhada com a seguinte
estrutura (valores em R$ bilhões).

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Nessa situação hipotética, é correto concluir que a proposta é
inadmissível, em virtude de apresentar déficit corrente e de as
receitas de capital excederem as despesas de capital.

Resolução
Cálculo do déficit corrente:
Receitas correntes previstas $ 10
(-) Despesas correntes fixadas $ (15)
= Déficit corrente na proposta orçamentária $ (5)
Não existe obrigação legal de que a proposta orçamentária deva ser
elaborada com superávit corrente ou de capital.
A segunda parte do comando da questão trata da “regra de ouro” ao
mencionar: “as receitas de capital excederem as despesas de
capital”.
Porém, a “regra de ouro” prevista no inciso III do art. 167 da CF/88
estabelece de forma diferente, ou seja, a regra é que as receitas de
operações de crédito (parte das receitas de capital) não podem
exceder as despesas de capital.

Analisando a estrutura da proposta apresentada no exercício pode-se


verificar que as receitas de operações de crédito não são superiores
às despesas de capital, ou seja, seus valores são iguais e importam
em 6 (seis) bilhões de operações de crédito (receita de capital) e de
investimentos (despesa de capital).

A norma constitucional estabelece acerca da regra de ouro que são


vedados a realização de operações de crédito que excedam o
montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas
mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.
ERRADO.

16. (CESPE – ANTAQ/Analista – Ciências Contábeis – 2009) Suponha


que, em determinado ente, se tenha verificado, ao final do exercício,
insuficiência de arrecadação de R$ 1.350.000,00 e economia de
despesas de R$ 800.000,00. Nesse caso, é correto afirmar que houve
déficit na execução orçamentária de R$550.000,00.

Resolução
(Receita prevista = Despesa fixada)
Se houve insuficiência de arrecadação de R$ 1.350.000,00, o
orçamento ficaria deficitário neste valor caso fossem realizadas todas
as despesas previstas. Todavia, não foram realizadas todas as
despesas, houve economia de despesa de R$800.000,00, resultando,
dessa forma, num déficit na execução de R$550.000,00 (1.350 –
800).
Cálculo:

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Vamos admitir um valor hipotético de R$ 10.000.000,00 para o
orçamento total apenas para fins de demonstração/verificação:
RECEITA TOTAL PREVISTA DESPESA TOTAL FIXADA
R$ 10.000.000,00 R$ 10.000.000,00

Vamos achar quanto foi de fato arrecadado:


Receita arrecadada ???
(-) receita prevista (10.000.000,00)
= Insuficiência da arrecadação (1.350.000,00)
Receita arrecadada = R$ 8.650.000,00 (10.000 – 1.350)

Agora, a despesa executada:


Despesa fixada 10.000.000,00
(-) despesa executada ???
= Economia de despesa 800.000,00
Despesa executada = R$ 9.200.000,00 (10.000 – 800)

Execução orçamentária
Receita arrecadada 8.650.000
(-) despesa executada (9.200.000)
= Déficit orçamentário (550.000,00)
CERTO.

17. (CESPE – Min. Saúde – 2008) Teoricamente, a situação mais


adequada do ponto de vista da administração financeira de um ente
público é aquela em que, ao final do exercício, as receitas
orçamentárias tenham coberto as despesas orçamentárias, e o déficit
de capital tenha sido financiado pelo superávit corrente.

Resolução
A questão faz duas afirmações quanto à situação mais adequada
financeiramente:
1- as receitas orçamentárias tenham coberto as despesas
orçamentárias;
2- o déficit de capital tenha sido financiado pelo superávit corrente.
A primeira afirmação está óbvia: de fato, sob o aspecto da
administração financeira, é melhor que as receitas superem as
despesas.
Bem, agora vamos analisar a segunda parte.
Suponha a seguinte situação hipotética:
BALANÇO ORÇAMENTÁRIO
RECEITA
CORRENTE DESPESA
CORRENTE

RECEITA DE
CAPITAL DESPESA DE
CAPITAL

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As receitas de capital estão financiando (pagando) as despesas de
capital e ainda parte das despesas correntes. Ou seja, o superávit de
capital (superávit de capital = receitas de capital – despesas de
capital) está financiando parte das despesas correntes.
Essa não é uma situação favorável para o ente, pois, como sabemos,
receitas de capital são oriundas, grosso modo, de desfazimento de
bens ou obtenção de empréstimos (endividamento do estado).
Estão sendo obtidas receitas de capital mas aplicadas em despesas
correntes, que representam manutenção da “máquina pública”. As
despesas de capital, que são os investimentos, construções,
aquisições de bens etc., estão abaixo das receitas de capital,
havendo, portanto escape financeiro e diminuição do patrimônio
público. Esta não é uma situação favorável sob o aspecto da
administração financeira para a Fazenda Pública.
Vamos analisar agora a situação abordada pela questão:
BALANÇO ORÇAMENTÁRIO
DESPESA
RECEITA CORRENTE
CORRENTE

DESPESA DE
RECEITA DE CAPITAL
CAPITAL
Nesse caso, o superávit corrente (superávit corrente = receita
corrente – despesa corrente) está financiando parte das despesas de
capital, ou seja, o déficit de capital está sendo financiado (pago) pelo
superávit corrente, conforme abordado na questão.
As receitas correntes são oriundas, grosso modo, das atividades
ordinárias do estado, principalmente arrecadação de impostos. Alta
obtenção de receitas correntes demonstra saúde financeira do
estado: aquecimento da economia (arrecadação de impostos), lucro
nas atividades empresariais do estado etc. As receitas de capital em
proporção inferior demonstram pouco endividamento do estado
(obtenção de empréstimos) ou venda de bens públicos.
As receitas correntes estão sendo suficientes para a manutenção da
máquina pública (pagar as despesas correntes) e ainda sobram
recursos para investimentos e amortização da dívida pública
(despesas de capital).
Portanto, de fato, teoricamente, a melhor situação sob a ótica da
administração financeira é esta, conforme afirmado na questão.
CERTO.

18. (CESPE – Min. Saúde – 2008) Entre as funções do balanço


orçamentário está a de demonstrar, se for o caso, a insuficiência de
arrecadação, definida como a diferença a menor entre a receita
arrecadada e a despesa realizada.

Resolução

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A lei nº 4.320/64 informa o objetivo do balanço orçamentário:
“Art. 102. O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas
previstas em confronto com as realizadas.”
Portanto, de fato, o balanço orçamentário demonstra a insuficiência
de arrecadação. Todavia, a questão definiu de maneira errada o
termo, pois insuficiência de arrecadação é quando a receita
arrecadada é menor que a receita prevista (Insuficiência de
arrecadação = receita arrecadada < receita prevista).
A definição informada na questão (diferença a menor entre a receita
arrecadada e a despesa realizada) é o déficit orçamentário.
ERRADO.

(CESPE – ACE/TCU – 2008) Considere os seguintes dados do balanço


orçamentário de um ente público (valores em R$ 1.000.000,00).

Receita Despesa
Receita tributária 500 Pessoal e encargos 450
Receita patrimonial 80 Juros da dívida pública 170
Novos empréstimos 180 Investimentos 140
Rolagem da dívida 220 Amortização da dívida pública 220
Total 980 Total 980
Com base nos dados apresentados, julgue os itens que se seguem.

19. Os juros da dívida pública, no caso apresentado, estão sendo


parcialmente financiados por receitas de capital. Há déficit corrente e
déficit primário.

Resolução
Vamos primeiro identificar as despesas e receitas correntes e de
capital:
Receitas Correntes: receita tributária e receita patrimonial.
Receitas de Capital: novos empréstimos e rolagem da dívida.
Despesas Correntes: pessoal e encargos e juros da dívida pública.
Despesas de Capital: Investimentos e amortização da dívida pública.

RECEITA DESPESA
CORRENTE CORRENTE
580 620

RECEITA DE
CAPITAL DESPESA DE
400 CAPITAL
360

Os juros da dívida pública (contidos nas despesas correntes) estão,


de fato, sendo financiados pelas receitas de capital, conforme
informado na questão. E ainda, há déficit corrente de $40mil. (580 –
620)

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Até agora tudo certo. Mas o que é déficit primário?
O resultado primário é um importante indicador de desempenho do
ente público. O resultado primário é, de maneira síntese, a diferença
entre as receitas e despesas orçamentárias, excluídas no cálculo as
operações de empréstimo e financiamento (recebimento e pagamento
de juros, amortização etc.). Objetiva-se analisar o desempenho
administrativo/operacional/financeiro do estado, não devendo estar
incluído no cálculo, portanto, operações financeiras.
Bem, entendido o que é resultado primário, vamos para os cálculos:
RECEITA ORÇAMENTÁRIA TOTAL 980
(-) novos empréstimos (180)
(-) rolagem da dívida (220)
= RECEITAS PRIMÁRIAS 580

DESPESA ORÇAMENTÁRIA TOTAL 980


(-) juros da dívida pública (170)
(-) amortização da dívida pública (220)
= DESPESAS PRIMÁRIAS 590

RESULTADO PRIMÁRIO
Receitas primárias 580
(-) despesas primárias (590)
= DÉFICIT PRIMÁRIO (10)
Portanto, item CERTO.

20. Nessa situação, a chamada regra de ouro foi obedecida, pois as


operações de crédito não excederam as despesas de capital.

Resolução
A “Regra de Ouro” está contida no art.167 da CF:
“Art. 167. São vedados:
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das
despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder
Legislativo por maioria absoluta;”
Objetiva-se evitar o endividamento estatal mediante a excessivos
empréstimos sem aplicação em investimentos (despesa de capital).

Vamos aos cálculos:


Novos empréstimos 180
Rolagem da dívida 220
= TOTAL DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO 400
Rolagem da dívida é o refinanciamento da dívida já contraída e não
paga.
Bem, dado que as despesas de capital somam R$360 mil., percebe-se
que não foi observada a “regra de ouro”, pois as operações de crédito
totalizam valor superior às despesas de capital.
ERRADO.

(CESPE – TJ/DFT/Analista - Contabilidade – 2008)

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BALANÇO ORÇAMENTÁRIO (EM R$)
RECEITA DESPESA

Títulos Previsão Execução Diferenças Títulos Fixação Execução Diferenças

Corrente 890.000 905.000 15.000 Orçamentários e 1.000.000 995.000 - 5.000


Suplementares
Capital 110.000 105.000 - 5.000

Soma 1.000.000 1.010.000 10.000 Soma 1.000.000 995.000 - 5.000

Déficit 0 0 0 Superávit 0 15.000 15.000

Total 1.000.000 1.010.000 10.000 Total 1.000.000 1.010.000 10.000

Considerando a tabela acima, que apresenta dados extraídos do


balanço orçamentário de uma entidade governamental, e em que
valores estão em reais, julgue os próximos itens.

21. A partir dos dados apresentados, é correto afirmar que houve


economia orçamentária na execução da despesa.

Resolução
Cálculo da execução da despesa orçamentária:
Despesa fixada 1.000.000
(-) Despesa executada (995.000)
= ECONOMIA de despesa 5.000
Nem precisaríamos fazer os cálculos, pois o balanço orçamentário já
demonstrava este valor: “DESPESA”/coluna “diferenças”/linha
“soma”.
CERTO

22. É correto afirmar que o resultado orçamentário apurado no


exercício apresentou superávit de R$ 10.000,00.

Resolução
Cálculo da execução orçamentária:
Receita executada 1.010.000
(-) Despesa executada (995.000)
= SUPERÁVIT orçamentário 15.000
O balanço orçamentário também demonstra essa informação:
“DESPESA”/coluna “diferenças”/linha “superávit”.
ERRADO

23. (CESPE – TRE GO/Analista-Contabilidade – 2008) Um ente


público apresentou, ao final do exercício financeiro, os saldos a
seguir.
- passivo permanente: R$ 1.200.000,00
- passivo real descoberto: R$ 350.000,00
- ativo/passivo compensado: R$ 420.000,00
Nesse caso, sabendo-se que o superávit financeiro é de R$
170.000,00, é correto afirmar que o ativo permanente do referido
ente é de

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A R$ 680.000,00.
B R$ 1.030.000,00.
C R$ 1.020.000,00.
D R$ 960.000,00.

Resolução
Admitindo um valor hipotético de zero (R$ 0,00) para o passivo
financeiro, temos então que o ativo financeiro tem o valor do
superávit: R$ 170.000.
(superávit financeiro = ativo financeiro – passivo financeiro)

Passivo real “descoberto”, ou seja, informa que o passivo real é maior


do que o ativo real.
Passivo real descoberto = passivo real – ativo real
Passivo real descoberto = (passivo financeiro + passivo permanente)
– (ativo financeiro + Ativo Permanente)
350.000 = (0 + 1.200.000) – (170.000 + AP)
350.000 = 1.200.000 – 170.000 – AP
AP = 680.000
Importante! O ativo/passivo compensado não fazem parte do
ativo/passivo real.
Letra A.

Considere que um ente da administração tenha apresentado, ao final


do exercício, entre outros, os seguintes saldos.
Disponível: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 3 milhões*
Superávit financeiro: . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 4 milhões
Passivo real descoberto: . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 500 mil
Passivo permanente: . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 5,5 milhões
*o dobro do saldo do início do exercício.
Com base nessas informações, julgue os dois próximos itens.

24. (CESPE – ANATEL/Analista - Ciências Contábeis – 2009) Houve


um excesso de receitas orçamentárias e extra-orçamentários em
relação às despesas orçamentárias e extra-orçamentários, durante o
exercício, equivalente a R$ 1,5 milhão.

Resolução
O disponível é um grupo de contas do ativo financeiro, no balanço
patrimonial, que demonstra o total de disponibilidades financeiras.
Dessa forma, o valor que conste no balanço financeiro em 31/12
como saldo que transfere para o exercício seguinte será remetido
para o balanço patrimonial:
SALDO QUE TRANSFERE
DISPONÍVEL/ATIVO
PARA O EXERCÍCIO
FINANCEIRO =
SEGUINTE
(balanço patrimonial)
(balanço financeiro)

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A questão informa que o saldo do disponível no final do exercício de
R$ 3 milhões é o dobro do início do exercício, ou seja, o saldo de
disponibilidades acumulado durante o exercício foi de R$1,5 milhões.

Conclui-se, portanto, que de fato houve um excesso de receitas


(orçamentárias e extra-orçamentárias) em relação às despesas
(orçamentárias e extra-orçamentárias), durante o exercício,
equivalente a R$ 1,5 milhão.
CERTO.

25. O ativo permanente corresponde a R$ 2 milhões.

Resolução
Nessa precisamos analisar o balanço patrimonial.
Eis a estrutura do balanço patrimonial para melhor compreensão:
ATIVO PASSIVO
Ativo financeiro Passivo financeiro
Ativo permanente Passivo permanente
Ativo real (af + ap) Passivo real (pf + pp)
Patrimônio líquido
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO
(superávit financeiro = ativo financeiro – passivo financeiro)
Vamos considerar o valor hipotético, para fins de cálculos, de zero
(R$0,00) para o passivo financeiro. Dessa forma, o valor do ativo
financeiro será igual ao do superávit financeiro: R$ 4 milhões.

Passivo real a descoberto é a situação em que o valor do passivo real


é maior que o do ativo real:
Passivo real a descoberto = passivo real – ativo real
500 = ( 0 + 5.500) – ( 4.000 + Ativo Permanente )
500 = 5.500 – 4.000 – AP
AP = 1.000
O Ativo Permanente é de R$ 1 milhão.
Eis o balanço patrimonial final:
ATIVO PASSIVO
Ativo financeiro 4.000.000 Passivo financeiro 0
Ativo permanente 1.000.000 Passivo permanente 5.500.000
Ativo real (af + anf) 5.000.000 Passivo real (pf + pnf) 5.500.000
Passivo real 500.000 Patrimônio líquido 0
descoberto
TOTAL DO ATIVO 5.500.000 TOTAL DO PASSIVO 5.500.000
ERRADO.

(CESPE – TJ/DFT/Analista-Contabilidade – 2008)


BALANÇO ORÇAMENTÁRIO (EM R$)
RECEITA DESPESA
Títulos Previsão Execução Diferenças Títulos Fixação Execução Diferenças
Corrente 890.000 905.000 15.000 Orçamentários e 1.000.000 995.000 - 5.000
Suplementares
Capital 110.000 105.000 - 5.000
Soma 1.000.000 1.010.000 10.000 Soma 1.000.000 995.000 - 5.000

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Déficit 0 0 0 Superávit 0 15.000 15.000
Total 1.000.000 1.010.000 10.000 Total 1.000.000 1.010.000 10.000

Considerando a tabela acima, que apresenta dados extraídos do


balanço orçamentário de uma entidade governamental, e em que
valores estão em reais, julgue os próximos itens.

26. (CESPE – TJ/DFT/Analista-Contabilidade – 2008) A partir dos


dados apresentados, é correto afirmar que houve economia
orçamentária na execução da despesa.

Resolução
Cálculo da execução da despesa orçamentária:
Despesa fixada 1.000.000
(-) despesa executada (995.000)
= ECONOMIA de despesa 5.000
Nem precisaríamos fazer os cálculos, pois o balanço orçamentário já
demonstrava este valor: “DESPESA”/coluna “diferenças”/linha
“soma”.
CERTO

27. (CESPE – TJ/DFT/Analista-Contabilidade – 2008) É correto


afirmar que o resultado orçamentário apurado no exercício
apresentou superávit de R$ 10.000,00.

Resolução
Cálculo da execução orçamentária:
Receita executada 1.010.000
(-) despesa executada (995.000)
= SUPERÁVIT orçamentário 15.000
O balanço orçamentário também demonstra essa informação:
“DESPESA”/coluna “diferenças”/linha “superávit”.
ERRADO

LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (FCC – Analista Judiciário-Contabilidade/TRE/PI – 2009) Considere


os dados da tabela abaixo da Prefeitura ZY, referentes ao exercício
financeiro de X1: (Valores em milhares de reais)
Receita Prevista 400.000
Receita Lançada 435.000
Receita Arrecadada 410.000
Despesa Fixada 400.000
Despesa Empenhada 395.000
Despesa Liquidada 390.000
Despesa Paga 380.000
Segundo o regime contábil estabelecido pela Lei no 4.320/64, o
resultado da execução orçamentária foi, em milhares de R$,

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(A) 15.000,00
(B) 20.000,00
(C) 30.000,00
(D) 40.000,00
(E) 45.000,00

2. (FCC – Analista Judiciário-Contador/TJ/PI – 2009) O Balanço


Orçamentário de um município apresentou os seguintes dados (em
R$):

No total dos créditos orçamentários estão incluídos também os


créditos suplementares. Analisando esse balanço, é correto afirmar
que
(A) houve economia orçamentária de R$ 30.000,00.
(B) houve frustração de arrecadação de R$ 20.000,00.
(C) ocorreu excesso de arrecadação de R$ 10.000,00.
(D) ocorreu déficit orçamentário de R$ 50.000,00.
(E) houve excesso de despesas de R$ 10.000,00.

3. (FCC – Analista Judiciário-Contador/TJ/PA – 2009) O superávit


financeiro do exercício anterior constitui-se em uma das fontes de
recursos disponíveis para abertura de créditos adicionais especiais ou
suplementares. Quanto ao tratamento dado no Balanço Orçamentário
em relação ao superávit financeiro, é correto afirmar que
(A) deverá ser destacado em conta específica de receita extra-
orçamentária, após o cálculo do resultado orçamentário, posto que se
trata de recursos que não foram previstos na lei orçamentária.
(B) seu valor está refletido no lado das despesas do Balanço
Orçamentário, já que possibilita a abertura de créditos adicionais,
sem inclusão de valor equivalente no lado das receitas, o que
normalmente provoca superávit de previsão.
(C) poderá estar representado por contas de receitas orçamentárias,
denominadas saldos de exercícios anteriores, de modo a equilibrar o
Balanço Orçamentário, posto que os créditos adicionais deverão
aparecer no lado das despesas orçamentárias.
(D) não será considerado receita orçamentária para efeito de
classificação no Balanço Orçamentário para equilibrar com os créditos
adicionais abertos à conta desses recursos.

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(E) não será considerado receita orçamentária para fins de
classificação no Balanço Orçamentário, tendo em vista tratar-se de
valores pertencentes ao exercício anterior, sem qualquer inferência
na apuração do resultado orçamentário do período.

Instruções: Para responder as duas questões seguintes, utilize a


tabela com o Balanço Orçamentário abaixo.

4. (FCC – Analista Judiciário - Contadoria/TRF.5ªRegião – 2008) A


entidade pública teve uma economia orçamentária de
(A) R$ 10,00
(B) R$ 30,00
(C) R$ 35,00
(D) R$ 45,00
(E) R$ 50,00

5. (FCC – Analista Judiciário - Contadoria/TRF.5ªRegião – 2008) O


resultado da execução orçamentária foi
(A) deficitário em R$ 35,00.
(B) superavitário em R$ 35,00.
(C) deficitário em R$ 45,00.
(D) superavitário em R$ 50,00.
(E) deficitário em R$ 50,00.

6. (ESAF – APO/MPOG – 2008) Ao final do exercício, uma


determinada entidade integrante do orçamento fiscal e da seguridade
social apresentou balancete com os seguintes dados referentes à
execução orçamentária (valores em mil):

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Analisando as informações, indique a opção correta em relação ao


Balanço Orçamentário da entidade.
a) Houve superávit de capital.
b) O superávit corrente foi de 850.
c) Houve superávit orçamentário de 300.
d) As receitas correntes e de capital apresentaram excesso de
arrecadação.
e) Houve economia de despesas de capital de 400.

(CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TST/2008)

Considerando os dados na tabela acima, extraídos do balanço


orçamentário de determinada entidade governamental, julgue os
itens subseqüentes.

7. O resultado orçamentário do exercício foi deficitário em R$


50.000,00.

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8. A economia orçamentária na execução das despesas contribuiu
positivamente na apuração do resultado orçamentário do exercício.

9. (CESPE – Analista Judiciário - TRE/AP/2007) Considere os


seguintes dados, relativos ao balanço orçamentário de determinada
entidade governamental.

Com base nos dados apresentados, é correto afirmar que


A a lei orçamentária anual não foi aprovada com equilíbrio.
B houve utilização de dotação sem autorização legal.
C o resultado orçamentário do exercício foi deficitário em R$ 200,00.
D o resultado orçamentário do exercício foi influenciado pelo
desempenho da arrecadação.
E o resultado orçamentário do exercício foi influenciado basicamente
pela economia na realização da despesa.

(CESPE – ACE/TCU – 2007)

A partir do balanço orçamentário apresentado acima, julgue o item a


seguir.

10. O resultado orçamentário do exercício foi deficitário em R$


111.022,00.

11. (CESPE – Auditor TCU – 2007) Haverá tanto superávit quanto


déficit na execução orçamentária de um ente público que apresente,
ao final do exercício, a seguinte situação.

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12. (ESAF ACE – TCU/2006). Com base nos dados seguintes, assinale
a opção que representa o correto resultado orçamentário:
Receita corrente prevista: $ 60
Receita corrente realizada: $ 65
Despesa corrente prevista: $ 60
Despesa corrente realizada: $ 60
Receita de capital prevista: $ 40
Receita de capital realizada: $ 35
Despesa de capital prevista: $ 40
Despesa de capital realizada: $ 40
a) Superávit orçamentário de $ 5, que deverá constituir item da
receita orçamentária.
b) Superávit do orçamento de capital de $ 5, que deverá constituir
item da receita orçamentária.
c) Superávit do orçamento corrente de $ 5, que deverá constituir
item da receita extra-orçamentária.
d) Superávit do orçamento de capital de $ 5, que deverá constituir
item da receita extra-orçamentária.
e) Superávit do orçamento corrente de $ 5, que deverá constituir
item da receita orçamentária.

13. (ESAF - Analista Contábil-Financeiro - SEFAZ - CE – 2006)


Assinale a opção que indica um dado que não pode ser obtido do
Balanço Orçamentário.
a) O superávit financeiro, se houver.
b) A previsão de arrecadação de receitas correntes.
c) O superávit corrente, se houver.
d) O déficit de capital, se houver.
e) O montante de receita corrente arrecadada.

14. (ESAF – Auditor TCE – GO 2007) Ao final do exercício, uma


determinada entidade de direito público, que realiza o controle das
disponibilidades de caixa segregando os recursos de acordo com a
destinação, apresentou os seguintes dados referentes à execução
orçamentária e financeira (valores em mil):

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Considere ainda que, para fins de elaboração do Balanço


Orçamentário, será considerada despesa realizada:
◘ a despesa em que já se tenha verificado o direito adquirido pelo
credor, tendo por base os títulos e os documentos comprobatórios do
respectivo crédito, acrescida dos restos a pagar não-processados
inscritos ao final do exercício.
Analisando as informações, indique a opção correta em relação ao
Balanço Orçamentário da entidade.
a) O superávit orçamentário foi de 700.
b) A entidade apresentou déficit corrente.
c) O excesso de arrecadação, originário da receita de alienação bens,
no montante de 100, não poderá ser utilizado como fonte de recursos
para a abertura de crédito adicional no exercício seguinte, com a
finalidade de pagamento de juros da dívida.
d) O montante inscrito em restos a pagar processado soma 200.
e) Será inscrito em restos a pagar o valor de 250.

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15. (CESPE – Auditor/TCU – 2007) Considere-se que a proposta
orçamentária de um ente público foi encaminhada com a seguinte
estrutura (valores em R$ bilhões).

Nessa situação hipotética, é correto concluir que a proposta é


inadmissível, em virtude de apresentar déficit corrente e de as
receitas de capital excederem as despesas de capital.

16. (CESPE – ANTAQ/Analista – Ciências Contábeis – 2009) Suponha


que, em determinado ente, se tenha verificado, ao final do exercício,
insuficiência de arrecadação de R$ 1.350.000,00 e economia de
despesas de R$ 800.000,00. Nesse caso, é correto afirmar que houve
déficit na execução orçamentária de R$550.000,00.

17. (CESPE – Min. Saúde – 2008) Teoricamente, a situação mais


adequada do ponto de vista da administração financeira de um ente
público é aquela em que, ao final do exercício, as receitas
orçamentárias tenham coberto as despesas orçamentárias, e o déficit
de capital tenha sido financiado pelo superávit corrente.

18. (CESPE – Min. Saúde – 2008) Entre as funções do balanço


orçamentário está a de demonstrar, se for o caso, a insuficiência de
arrecadação, definida como a diferença a menor entre a receita
arrecadada e a despesa realizada.

(CESPE – ACE/TCU – 2008) Considere os seguintes dados do balanço


orçamentário de um ente público (valores em R$ 1.000.000,00).

Receita Despesa
Receita tributária 500 Pessoal e encargos 450
Receita patrimonial 80 Juros da dívida pública 170
Novos empréstimos 180 Investimentos 140
Rolagem da dívida 220 Amortização da dívida pública 220
Total 980 Total 980

Com base nos dados apresentados, julgue os itens que se seguem.

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19. Os juros da dívida pública, no caso apresentado, estão sendo
parcialmente financiados por receitas de capital. Há déficit corrente e
déficit primário.

20. Nessa situação, a chamada regra de ouro foi obedecida, pois as


operações de crédito não excederam as despesas de capital.

(CESPE – TJ/DFT/Analista - Contabilidade – 2008)


BALANÇO ORÇAMENTÁRIO (EM R$)
RECEITA DESPESA

Títulos Previsão Execução Diferenças Títulos Fixação Execução Diferenças

Corrente 890.000 905.000 15.000 Orçamentários e 1.000.000 995.000 - 5.000


Suplementares
Capital 110.000 105.000 - 5.000

Soma 1.000.000 1.010.000 10.000 Soma 1.000.000 995.000 - 5.000

Déficit 0 0 0 Superávit 0 15.000 15.000

Total 1.000.000 1.010.000 10.000 Total 1.000.000 1.010.000 10.000

Considerando a tabela acima, que apresenta dados extraídos do


balanço orçamentário de uma entidade governamental, e em que
valores estão em reais, julgue os próximos itens.

21. A partir dos dados apresentados, é correto afirmar que houve


economia orçamentária na execução da despesa.

22. É correto afirmar que o resultado orçamentário apurado no


exercício apresentou superávit de R$ 10.000,00.

23. (CESPE – TRE GO/Analista-Contabilidade – 2008) Um ente


público apresentou, ao final do exercício financeiro, os saldos a
seguir.
- passivo permanente: R$ 1.200.000,00
- passivo real descoberto: R$ 350.000,00
- ativo/passivo compensado: R$ 420.000,00
Nesse caso, sabendo-se que o superávit financeiro é de R$
170.000,00, é correto afirmar que o ativo permanente do referido
ente é de
A R$ 680.000,00.
B R$ 1.030.000,00.
C R$ 1.020.000,00.
D R$ 960.000,00.

Considere que um ente da administração tenha apresentado, ao final


do exercício, entre outros, os seguintes saldos.
Disponível: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 3 milhões*
Superávit financeiro: . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 4 milhões
Passivo real descoberto: . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 500 mil
Passivo permanente: . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 5,5 milhões

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*o dobro do saldo do início do exercício.
Com base nessas informações, julgue os dois próximos itens.

24. (CESPE – ANATEL/Analista - Ciências Contábeis – 2009) Houve


um excesso de receitas orçamentárias e extra-orçamentárias em
relação às despesas orçamentárias e extra-orçamentárias, durante o
exercício, equivalente a R$ 1,5 milhão.

25. O ativo permanente corresponde a R$ 2 milhões.

(CESPE – TJ.DFT/Analista-Contabilidade – 2008)


BALANÇO ORÇAMENTÁRIO (EM R$)
RECEITA DESPESA
Títulos Previsão Execuçã Diferenç Títulos Fixação Execuçã Diferenç
o as o as
Corrent 890.000 905.000 15.000 Orçamentário 1.000.0 995.000 - 5.000
e se 00
Suplementare
s
Capital 110.000 105.000 - 5.000
Soma 1.000.0 1.010.0 10.000 Soma 1.000.0 995.000 - 5.000
00 00 00
Déficit 0 0 0 Superávit 0 15.000 15.000
Total 1.000.0 1.010.0 10.000 Total 1.000.0 1.010.0 10.000
00 00 00 00
Considerando a tabela acima, que apresenta dados extraídos do
balanço orçamentário de uma entidade governamental, e em que
valores estão em reais, julgue os próximos itens.

26. (CESPE – TJDFT/Analista-Contabilidade – 2008) A partir dos


dados apresentados, é correto afirmar que houve economia
orçamentária na execução da despesa.

27. (CESPE – TJDFT/Analista-Contabilidade – 2008) É correto afirmar


que o resultado orçamentário apurado no exercício apresentou
superávit de R$ 10.000,00.

GABARITO
1A 2C 3D 4D 5D 6C 7E 8C 9E 10E 11E 12C 13A 14B 15E 16C 17C
18E 19C 20E 21C 22E 23A 24C 25E 26C 27E

Fique em PAZ!

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