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Bullying
1.1 - Problema:
Quem pratica o bullying é um agressor ou uma vitima?
1.2 - Hipótese:
Crianças que sofreram agressão física e psicológica são as que geralmente se tornam
futuras agressoras do bullying.
1.3 - Objetivos:
Estabelecer os possíveis motivos que levam uma pessoa a ser o agressor no bullying,
bem como mostrar como esse problema é avaliado na atualidade.
1.4 - Justificativa:
O agressor do bullyig deve ser avaliado de diversos ângulos. Não apenas como agressor
e vilão, mas por fatores sociais, psicológicos e pelo seu histórico pessoal. Ao analisar de
forma esteriotipada o problema do bullying, rotulando-o de forma precipitada, se corre
o risco de cair na superficialidade.
1.5 - Metodologia:
1.5.1 - Método de abordagem: dedutivo.
1.5.2 - Procedimentos e instrumentos de pesquisa: pesquisa bibliográfica.
1.5.3 - Técnicas de pesquisa: analise de conteúdo.
2 - Revisão de literatura:
Deve-se ressaltar a dificuldade da precaução do Bullying pelo simples fato de que ele
muitas vezes é tido como algo natural, uma “fase” da vida pela qual todos devem
passar, afinal quem nunca sofreu com um apelido ou uma provocação? Isso é um mito,
Bullying não é uma fase normal e precisa ter uma maior atenção. A brincadeira entre
iguais só existe quando ambas as partes se divertem, do contrario devem ser feitas as
devidas intervenções.
Outro fator agravante a ser apontado na dificuldade de controle do Bullying,
principalmente no Brasil, é a desigualdade social. Atualmente ela tem sido apontada
como a grande causadora da violência em suas mais diversas formas. Sendo assim, o
problema Bullying se torna mais complexo do que muitas pessoas imaginam pois antes
de tratar da vitimização entre pares seria necessário tratar o problema da desigualdade,
que tem seus fatores enraizados no contexto histórico e sócio cultural desse pais.
Uma forma simples de tentar evitar o Bullying nas escolas é encarregar u ou mais
responsáveis a observar o que acontece no recreio, pois estudos que é nesse momento
em que ocorrem a maioria dos casos talvez pelo fato de que geralmente nesse momento
as crianças podem de brincar livremente e raramente os adultos estão presentes.
Deve-se também aumentar os programas de conscientização que encorajam a
denuncia desse tipo de violência, pois como o agredido geralmente é mais submisso ele
pode não ter a coragem necessária para pedir ajuda por ter medo de piorar sua situação.
O envolvimento da família também precisa ser salientado, pois muitas vezes é nela
que tudo começa, afinal existem pais que estimulam o comportamento violento, pois
acreditam que é melhor agredir do que ser agredido. Sendo assim a maior participação
dos pais na educação dos filhos sejam agredidos ou agressores é de extrema
importância.
Voltando a falar da violência uma das principais metas a serem superadas no Brasil
atualmente, Araújo (2002) traz uma idéia polissêmica de violência que para ele é
definida com as condições sócio-históricas de cada um, ela aponta que:
“Para quem está acostumado a ver pessoas morrendo por motivos banais e de
formas cruéis, a violência passa a ser vinculada e/ou relacionada com atos
extremamente concretos. Pode se arriscar dizer que não há espaço para a
violência verbal ou outro tipo de violência que não envolva mortes. A
dificuldade de entendimento do que seja a violência pode se transformar em
um entrave para a situação que ocorre nas escolas. Se os alunos não
entendem que está havendo uma situação de brigas, dificilmente modificarão
condutas”. Araújo, 2002, p. 139.
Assim esse seria também outro problema a ser resolvido e que influencia diretamente
no Bullying: a banalização da violência. O sentimento de que a violência faz parte da
nossa vida e que é normal decorre do fato de que as pessoas de tanto estarem em contato
com os mais diversos tipos de violência, seja em casa, no trabalho ou através dos
noticiários diariamente fez com que elas acabem por achar que a violência é o que
impera ou pior o que funciona para lidar com a nossa sociedade.
Neste ponto é necessário salientar a diferença entre violência e agressividade. Como
nos mostra Morais (1995), a violência caracteriza-se pela intencionalidade e esta por sua
vez exige inteligência que é própria do ser humano. Já a agressividade é resultante da
evolução e está presente em todo animal, implica luta por sobrevivência como
segurança ou alimento. Sendo assim a transformação dessa agressividade em violência
intencional ocorre culturalmente. Aqui pode-se notar o fator cultural falando mais alto o
que mostra que a violência é resultado da interação social. Como cada cultura apresenta
suas características especificas, cada uma também tem sua visão e sua maneira de lidar
com a violência. No Brasil, uma das soluções seria mostrar que a violência não é algo
banal.
O Bullying, assim como qualquer outro tipo de violência, é um reflexo do modelo de
sociedade, no caso do Brasil e de muitos outros país um capitalismo em que a principal
ordem é ser individualista e competidor exageradamente. Isso tudo gera o sentimento de
tentar se dar bem sem importar o que o outro sente.