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Bullying: Agressor versus agredido

Bullying

1.1 - Problema:
Quem pratica o bullying é um agressor ou uma vitima?

1.2 - Hipótese:
Crianças que sofreram agressão física e psicológica são as que geralmente se tornam
futuras agressoras do bullying.

1.3 - Objetivos:
Estabelecer os possíveis motivos que levam uma pessoa a ser o agressor no bullying,
bem como mostrar como esse problema é avaliado na atualidade.

1.4 - Justificativa:
O agressor do bullyig deve ser avaliado de diversos ângulos. Não apenas como agressor
e vilão, mas por fatores sociais, psicológicos e pelo seu histórico pessoal. Ao analisar de
forma esteriotipada o problema do bullying, rotulando-o de forma precipitada, se corre
o risco de cair na superficialidade.

1.5 - Metodologia:
1.5.1 - Método de abordagem: dedutivo.
1.5.2 - Procedimentos e instrumentos de pesquisa: pesquisa bibliográfica.
1.5.3 - Técnicas de pesquisa: analise de conteúdo.

2 - Revisão de literatura:

2.1 - Conhecendo o Bullying

Bullying é um problema que se caracteriza por atos agressivos verbais ou físicos de


maneira repetitiva contra uma ou mais pessoas. O termo é de origem inglesa e vem de
bully, “valentão”, que por sua vez vem de bull, touro. Esse termo é novo mas, o
problema do bullying já é muito antigo e é um bem comum principalmente em escolas,
onde geralmente os alunos menos populares, os pobres, negros, tímidos, enfim as
minorias excluídas são as vitimas preferidas dos “valentões”. Conforme Olweus (1999),
sua definição de Bullying expõe que “um estudante esta sendo vitimizado quando é
exposto, repetidamente e por um tempo prolongado, a ações negativas por parte de um
ou mais estudantes”. (pág.10). Muitos desses atos de violência são admitidos como
naturais, sendo habitualmente ignorados, seja por professores ou pelos próprios pais.
Muitas vezes nem sempre ocorre a agressão física ou verbal, mas sim a exclusão, ou
isolamento da vitimas.
Muitas vezes as agressões verbais dão margem a atitudes de violência física como
chutar, empurrar, bater, roubar, etc. A agressão verbal se caracteriza por comentários
racistas, colocação de apelidos, intimidação, etc.
O Bullying se faz presente nos mais diversos lugares como escolas e empresas, e
atualmente até por meio da Internet (Cyberbullying) através de mensagens ofensivas ou
criação de comunidades do tipo “Eu odeio fulana”
Deve-se atentar ao fato de que o Bullying é um ato que ocorre entre iguais, quando a
hierarquia é diferente há outro nome: assédio moral. Por isso o bullying também é
chamado de agressão entre pares.
Sendo assim é possível classificar o Bullying em três grandes tipos:
• Diretos e físicos: agressões físicas como roubar, bater, empurrar, estragar
objetos das vitimas.
• Diretos e verbais: insultar, colocar apelidos, fazer comentários racistas e
homofóbicos ou qualquer outra diferença que a vitima apresente.
• Indiretos: excluir do grupo, fazer fofocas e boatos, enfim manipular
psicologicamente o outro.
• Cyberbullying: é o tipo mais recente de Bullying e é feito através dos meios de
comunicação principalmente pela Internet.

2.2 – Motivos que levam ao Bullying

O comportamento violento, que causa tanta preocupação e temor, resulta da interação


entre o desenvolvimento individual e os contextos sociais, como a família, escola e
comunidade. Pode ser resultado de uma relação familiar conflituosa, problemas
psicológicos , sociais e individuais.
Infelizmente, o modelo do mundo exterior é reproduzido nas escolas, fazendo com
que essas instituições deixem de ser ambientes seguros, modulados ela disciplina,
amizade e cooperação e se transformem em espaços onde há violência, sofrimento e
medo.
A partir do momento em que o Bullying começa a ser praticado independentemente
de quem sejam seus protagonistas ele gera situações de violência que podem se estender
por toda a sociedade
As causas do Bullying também podem residir nos modelos educativos a que são
expostas as crianças, na ausência de valores, de limites, de regras de convivência, em
receber punição ou castigo através da violência ou intimidação e a aprender a resolver
os problemas e as dificuldades apenas através da violência.

2.3 – o Bullying: agressor X vitima

No lado pessoal, o agressor se vê superior. Bem porque, conta com o apoio de


cúmplices, ou porque a vítima se trata de alguém com muito pouca capacidade de
responder as agressões. O agressor quer que a vítima sinta-se mal.
Porém, antes de culpá-lo pelas suas atitudes, devemos considerar o que leva uma
pessoa a se tornar um agressor. Na maioria dos casos o agressor já foi a vítima,
sentindo-se da mesma maneira humilhado, indefeso e impotente. Sendo assim, ele tenta
de certa forma buscar o sentimento de compensação passando adiante a violência que
foi cometida a ele.
O agredido, por sua vez, se torna alvo por simplesmente ser tímido, ter baixa auto-
estima, e como conseqüência da agressão a vítima é sempre humilhada, “perde” seus
pertences constantemente, falta às aulas sem motivo, apresenta baixo rendimento
escolar demonstra insegurança ao se manifestar em público, apresenta manchas e
arranhões pelo corpo – nem sempre as consegue justificar – prefere se manter afastado
dos demais colegas.
Na maioria das vezes a vítima aceita todo seu sofrimento sem dizer nada a ninguém,
porém se transforma em uma pessoa triste, constantemente deprimida e sem
perspectivas de lutar pelos seus direitos – neste caso, ela poderá até optar pelo suicídio.
O agressor apresenta geralmente as seguintes características: são fisicamente mais
fortes que as vitimas, sentem necessidade de dominar, intimidar ou controlar, são
impulsivos, têm dificuldade em lidar com frustrações, vê a própria agressividade como
uma boa qualidade, na maioria das vezes é bem aceito pelos colegas, tem uma maior
tendência para comportamentos de risco como consumo de drogas ilícitas, etc.
Rolim (2008) acredita que o tipo pernicioso de agressão utilizada no bullying faz
com que as vítimas sejam alvos que, por diferentes motivos, não conseguem se defender
eficazmente das agressões. Isso faz com que os autores consigam solidificar suas
posições na hierarquia do grupo a que pertencem ou também aumentem sua
popularidade entre os colegas.
Há também aquelas crianças que são tanto vitimas quanto agressores, elas
apresentam uma combinação de baixa auto-estima, atitudes agressivas, comportamento
impulsivo, sintomas psicossomáticos e hiperatividade.
Existe também um terceiro grupo: o do espectador. Esse tipo de pessoa não participa,
mas também não faz nada para ajudar a vitima talvez pelo medo de ser o próximo da
lista dos bullies (agressores). Entretanto deve-se haver a conscientização de que a
melhor coisa a fazer é denunciar as agressões, pois na maioria dos casos em que isto é
feito há uma redução ou até mesmo extinção das agressões.

2.4 - Conseqüências do Bullying

No caso da vitima, as conseqüências geram uma maior preocupação, afinal, os maus


tratos dirigidos a ela podem acarretar em diminuição da auto-estima, sentimentos de
medo, depressão, falta de confiança e muitas outras conseqüências que podem
acompanhá-la pelo resto da vida dependendo do grau de vitimização.
Alguns resultados expõem que a depressão e idéias suicidas são bastante comuns às
vitimas, principalmente quando há intervenção indireta, como isolamento social, por
exemplo. Isso pode ser explicado pelo fato de que principalmente nas escolas, só há
uma intervenção dos funcionários quando há agressão física, o que pode ser trágico pois
muitas vezes a violência psicológica é mais devastadora que a física. (Bulach et. al.
2003).
Em longo prazo, as vitimas apresentam uma maior tendência para tristeza e
isolamento. Em muitos casos elas podem mudar de ambiente social e se tornarem então
as agressoras.
Do ponto de vista do agressor, as conseqüências geralmente apontam para a
consolidação de seu papel de agressor, as vezes sentimentos de culpa e vergonha pelos
atos cometidos, isolamento social, aparecimento de outras desordens comportamentais.
(Barrio, 1999).
Mas, há também outras saídas que não precisam necessariamente ter um fim ruim.
Por exemplo: existem casos em que há a ausência de interações (extinção de conflito),
negociação entre as partes envolvidas, mudança positiva do agressor, entre outras.
(Barrio, 1999).

2.5- Como prevenir o Bullying

Deve-se ressaltar a dificuldade da precaução do Bullying pelo simples fato de que ele
muitas vezes é tido como algo natural, uma “fase” da vida pela qual todos devem
passar, afinal quem nunca sofreu com um apelido ou uma provocação? Isso é um mito,
Bullying não é uma fase normal e precisa ter uma maior atenção. A brincadeira entre
iguais só existe quando ambas as partes se divertem, do contrario devem ser feitas as
devidas intervenções.
Outro fator agravante a ser apontado na dificuldade de controle do Bullying,
principalmente no Brasil, é a desigualdade social. Atualmente ela tem sido apontada
como a grande causadora da violência em suas mais diversas formas. Sendo assim, o
problema Bullying se torna mais complexo do que muitas pessoas imaginam pois antes
de tratar da vitimização entre pares seria necessário tratar o problema da desigualdade,
que tem seus fatores enraizados no contexto histórico e sócio cultural desse pais.
Uma forma simples de tentar evitar o Bullying nas escolas é encarregar u ou mais
responsáveis a observar o que acontece no recreio, pois estudos que é nesse momento
em que ocorrem a maioria dos casos talvez pelo fato de que geralmente nesse momento
as crianças podem de brincar livremente e raramente os adultos estão presentes.
Deve-se também aumentar os programas de conscientização que encorajam a
denuncia desse tipo de violência, pois como o agredido geralmente é mais submisso ele
pode não ter a coragem necessária para pedir ajuda por ter medo de piorar sua situação.
O envolvimento da família também precisa ser salientado, pois muitas vezes é nela
que tudo começa, afinal existem pais que estimulam o comportamento violento, pois
acreditam que é melhor agredir do que ser agredido. Sendo assim a maior participação
dos pais na educação dos filhos sejam agredidos ou agressores é de extrema
importância.
Voltando a falar da violência uma das principais metas a serem superadas no Brasil
atualmente, Araújo (2002) traz uma idéia polissêmica de violência que para ele é
definida com as condições sócio-históricas de cada um, ela aponta que:

“Para quem está acostumado a ver pessoas morrendo por motivos banais e de
formas cruéis, a violência passa a ser vinculada e/ou relacionada com atos
extremamente concretos. Pode se arriscar dizer que não há espaço para a
violência verbal ou outro tipo de violência que não envolva mortes. A
dificuldade de entendimento do que seja a violência pode se transformar em
um entrave para a situação que ocorre nas escolas. Se os alunos não
entendem que está havendo uma situação de brigas, dificilmente modificarão
condutas”. Araújo, 2002, p. 139.

Assim esse seria também outro problema a ser resolvido e que influencia diretamente
no Bullying: a banalização da violência. O sentimento de que a violência faz parte da
nossa vida e que é normal decorre do fato de que as pessoas de tanto estarem em contato
com os mais diversos tipos de violência, seja em casa, no trabalho ou através dos
noticiários diariamente fez com que elas acabem por achar que a violência é o que
impera ou pior o que funciona para lidar com a nossa sociedade.
Neste ponto é necessário salientar a diferença entre violência e agressividade. Como
nos mostra Morais (1995), a violência caracteriza-se pela intencionalidade e esta por sua
vez exige inteligência que é própria do ser humano. Já a agressividade é resultante da
evolução e está presente em todo animal, implica luta por sobrevivência como
segurança ou alimento. Sendo assim a transformação dessa agressividade em violência
intencional ocorre culturalmente. Aqui pode-se notar o fator cultural falando mais alto o
que mostra que a violência é resultado da interação social. Como cada cultura apresenta
suas características especificas, cada uma também tem sua visão e sua maneira de lidar
com a violência. No Brasil, uma das soluções seria mostrar que a violência não é algo
banal.
O Bullying, assim como qualquer outro tipo de violência, é um reflexo do modelo de
sociedade, no caso do Brasil e de muitos outros país um capitalismo em que a principal
ordem é ser individualista e competidor exageradamente. Isso tudo gera o sentimento de
tentar se dar bem sem importar o que o outro sente.

2.6 - As diferenças de gênero no Bullying

Antigamente acreditava-se que o Bullying prevalecia entre os meninos, hoje em dia


nota-se que os estudos estão dando mais atenção na participação feminina neste
problema. Isso pode ser explicado pelo fato de que entre as meninas, o Bullying toma
uma forma mais sutil, difícil de ser percebida. Como vem ficando claro atualmente o
que difere entre os gêneros é o tipo de violência o que não significa intensidade de
violência. Os meninos tendem a agredir fisicamente, enquanto as meninas agridem de
forma indireta, como por meio de fofocas e boatos que prejudiquem a vitima. As
meninas tendem a se preocupar mais com a aceitação do grupo e são muito vulneraveis
quando o assunto é aparência física.
Referências:
Araújo, C. A violência desce para a escola. Belo Horizonte: Autentica , 2002.

Barrio, C. O uso das entrevistas semiestruturadas e emtodos qualitativos para o


estudo do bullying. 1999.

Bulach, C. ; Fullbright, J. P.; Williams, R. Comportamento Bullying: qual é o potencial


de violencia em sua escola. 2003.

Morais, R. Violência e educação. Campinas: Papirus. 1995.

Neto, Aramis A. Lopes. Bullying, comportamento agressivo entre estudantes. Artigo


retirado do site: br.Guia infantil.com, acesso em 06/10/10.

Olweus, D. Bullying na escola: o que sabemos e o que podemos fazer. Cambridge:


Blackwell. 1993.

Artigos retirados do site: www.scielo.org


acesso em : 15/10/2010

As implicações do bullying na auto-estima de adolescentes. Claudia de Moraes


Bandeira; Claudio Simon Hutz.

Bullying, a violência tolerada na escola. Ana Karina Sartori.

Do bullying ao preconceito: os desafios da barbárie a educação. Deborah Cristina


Antunes; Antonio Álvaro Soares Zuin.

Violência intrafamiliar e intimidação entre colegas no ensino fundamental.


Fernanda Martins França pinheiro; Lucia Cavalcanti de Albuquerque Williams.

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