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A ALIMENTAÇÃO NA MEDICINA TRADICIONAL

CHINESA: PREVENIR É MAIS FÁCIL QUE CURAR


Dra. Rita Maria Chaves de Córdova*

Nos nossos tempos, vem se desenvolvendo gradativamente na


sociedade humana, a consciência da importância da alimentação
como processo de manutenção da saúde. Embora, a alimentação
esteja ainda, fortemente pautada no “prazer de comer”, as pessoas
já tem pelo menos uma noção, à guisa de informações ventiladas
pelos meios de comunicação de massa, de doenças que podem se
desenvolver através de uma habitual alimentação desregrada.
Mas, o que é uma alimentação equilibrada? Qual a melhor dieta,
de tantas e tão variadas em concepção e regras? O que significa
uma “alimentação correta”? Existe uma dieta que serve para manter
a saúde de todas as pessoas?
A impressão que temos é que basta mantermos os níveis
sanguíneos corretos de colesterol, triglicérides, glicose e outras
substâncias relacionadas à alimentação para a conquista da saúde
perfeita. Na mesma linha de pensamento, o consumo do número
ideal de calorias, bastaria para manter a forma perfeita. Mas, quem
já se aventurou por esse caminho espinhoso ä procura da
alimentação ideal, sabe que os resultados não são tão matemáticos
como prometem e que cada um de nós tem hábitos alimentares
cultivados desde a infância e que, via de regra, não foram
adquiridos visando a saúde, simplesmente. Por outro lado, vivemos
numa época conturbada, onde o estresse psíquico e físico é uma
constante, na luta pela sobrevivência e pela conquista de bens de
consumo e qualidade de vida, gerando grande ansiedade,
considerada hoje, como uma das principais causas da obesidade. É
um grande paradoxo, que na busca pela “qualidade de vida” a vida
vá passando... Sem qualidade alguma. A pergunta que fica é: Qual
é a dieta ideal?
Infelizmente, não existe! Não existe uma dieta ideal para todas
as pessoas. Existe sim, uma forma de se alimentar individual, que
varia conforme as características constitucionais de cada pessoa,
seus possíveis desequilíbrios físicos e psíquicos, seu estilo de vida
e as variações de clima a que está submetida. É o que nos diz a
Medicina Tradicional Chinesa.
Diferentemente de nós ocidentais, que apoiados na lógica do
pensamento cartesiano, nos voltamos para o conhecimento
profundo dos processos de adoecimento do organismo, visando a
descoberta de meios eficazes de combater as doenças, os
orientais, baseando-se na observação da natureza dos processos
cósmicos e do ser humano, preocuparam-se em descobrir formas
de os organismos preservarem a harmonia e o equilíbrio,
conservando assim, a saúde.
Desta forma, toda filosofia e conhecimento médicos orientais
visam, em primeiro plano, a manutenção da saúde e depois, o
tratamento dos desequilíbrios conforme a evolução do processo de
adoecer.
Dentro deste contexto de pensamento, presume-se que há mais
ou menos quatro mil anos, começou a desenvolver-se a Medicina
Tradicional Chinesa. O pensamento chinês – “esperar ter sede para
cavar um poço, pode ser muito tarde”- reflete toda a visão
preventiva desta medicina, sob todos os aspectos.
Esta prevenção baseia-se na alimentação, em técnicas de
aprimoramento da respiração, em exercícios físicos regulares, na
utilização de ervas medicinais e no desenvolvimento de um trabalho
interior, para pacificar as emoções e levar ao autoconhecimento.
Estes pressupostos foram calcados em estudos profundos sobre
a individualidade dos organismos, com suas características
hereditárias, biótipos, propensões a desenvolver determinados
comportamentos e hábitos, fragilidades constitucionais e aporte
energético, a par de investigações sobre a qualidade e a quantidade
de alimentos adequada a cada um. Criou-se dessa forma, a
Dietética da Medicina Tradicional Chinesa, como um sistema não só
de prevenção, mas também curativo, pois o conhecimento
detalhado sobre os efeitos dos variados grupos alimentares na
fisiologia humana, permite que a alimentação seja um recurso
complementar a quaisquer outras técnicas de tratamento, ou
mesmo, a terapia principal, como nos casos em que indivíduos
necessitem mudar hábitos alimentares para permanecerem sadios.
A Alimentação, verdadeira fonte da energia adquirida, é formada
dos nutrientes e da essência que formam e põem em atividade
todas as estruturas orgânicas. O recém nascido pesa em torno de
3000g e o adulto, em torno de 80000g. Foi por meio dos alimentos
de origem celeste e terrestre, que foi incorporada toda essa matéria,
de modo que, a alimentação é o fator que propicia a formação do
corpo físico e da energia necessária para manter o dinamismo da
forma.
A relação interdependente e complementar da energia e da
matéria é o meio indissolúvel de se manter a vida. O tipo, a
qualidade, a quantidade e o horário da alimentação podem nos
condicionar um corpo físico e energético adequado ou inadequado
para nossas atividades, mantendo um organismo sadio ou cada vez
mais propenso, precocemente, a originar um processo de
adoecimento que pode assumir proporções crônicas e evolutivas.
É importante lembrar, que somos literalmente, o que comemos,
uma vez que o alimento ingerido vai se transformar em nutrientes
que incorporados ao sangue circularão por todo o organismo
abastecendo todos os sistemas e transformando-se em tecidos e
energia. Daí a importância do sistema alimentar da Medicina
Chinesa, uma vez que permite a cada um alimentar-se seguindo a
sua natureza individual e única.
A concepção filosófica na qual se apóia a Medicina Tradicional
Chinesa se baseia em três premissas básicas: a Teoria do Yang-Yin
(condição primordial e essencial para a gênese de todos os
fenômenos naturais), a Teoria dos Cinco Movimentos (água,
madeira, fogo, terra e metal) e a Teoria dos Zang Fu (órgãos e
vísceras).
Yang e Yin sãos os dois aspectos essenciais e específicos que
compõe tudo que existe no Universo. O Yang representa todos os
aspectos que se caracterizam por atividade, calor, movimento,
claridade, força, expansão e polaridade positiva. Também o homem
é representado como Yang. O Yin representa o oposto do Yang, ou
seja, os aspectos que se caracterizam por repouso, frio, inatividade,
escuro, implosão, retração e polaridade negativa. Também a mulher
é representada como Yin. Assim Sol e Homem são Yang. Terra e
Mulher são Yin.
A Teoria dos Cinco Movimentos baseia-se na observação da
especificidade e evolução dos fenômenos naturais. Assim, o
movimento Água representa os fenômenos naturais que se
caracterizam por retração, profundidade, frio, declínio, queda e
eliminação. O movimento Madeira representa os aspectos de
crescimento, movimento, florescimento e síntese. O movimento
Fogo representa todos os fenômenos naturais que se caracterizam
por ascensão, desenvolvimento, expansão e atividade. O
movimento Terra representa os fenômenos naturais que se
traduzem por transformação e mudança. O movimento Metal
caracteriza os processos naturais de purificação, seleção, análise e
limpeza. Existe um intercâmbio e uma transformação contínua de
um movimento para outro, regulando o ciclo vital de todos os
organismos.
A Teoria dos Zang Fu ( Zang = órgão, Fu = víscera) mostra a
concepção da Medicina Chinesa sobre os órgãos internos.
Consideram-se três aspectos distintos: o energético, o funcional e o
orgânico. O aspecto energético é o estudo das interações
energéticas do Yang e do Yin e seu impacto sobre o organismo e o
meio. Os níveis funcional e orgânico, inseparáveis do aspecto
energético, tratam da fisiologia e anatomia.
Estas três premissas básicas (Yang-Yin, cinco movimentos e
Zang Fu) norteiam todos os recursos de avaliação, diagnóstico e
tratamento da Medicina Tradicional Chinesa.
Neste contexto, a alimentação também se baseia nestes
princípios. Já na avaliação, caracteriza-se os biótipos pelas
qualidades constitucionais mais Yang ou mais Yin dos indivíduos, já
definindo, por exemplo, que as necessidades alimentares do
organismo masculino (Yang) são diferentes das do organismo
feminino (Yin). Como Yang ou Yin e distribuídos nos cinco
movimentos, também são classificados os alimentos e distribuídos
na dieta de forma individual.
Na Teoria dos Cinco Movimentos estão representadas as
estações do ano, com seus diferentes climas e influências tanto na
produção de alimentos quanto na fisiologia humana (ciclo
circadiano), dotando organismos e alimentos de determinadas
qualidades e influenciando os ritmos orgânicos. Por exemplo,
alimentos de Terra, como o arroz, têm sabor doce e ajudam a criar
fluídos orgânicos e a tonificar o organismo. Mas, não só de arroz
vive o homem, e, portanto estuda-se também a interação do sabor
doce com os demais sabores e sua influência na formação da
energia nutritiva que abastece o organismo.
Na Teoria dos Zang Fu estuda-se de forma profunda e detalhada
a fisiologia energética, os possíveis desequilíbrios e a influência dos
cinco sabores (salgado, azedo, amargo, doce e picante) sobre os
órgãos internos, se obtendo assim uma visão do organismo como
um todo e a repercussão do processo nutricional sobre o mesmo.
Estudar essas relações constitui o supra sumo da Medicina
Tradicional Chinesa em sua visão verdadeiramente holística do
Universo, que coloca o ser humano inserido no contexto do meio
natural, sofrendo todas as suas influências e sendo um dos seus
agentes influenciadores. Baseando suas premissas na
indissolubilidade dos laços entre homem e universo, a Medicina
Chinesa nos conduz a explorar a vida e a saúde em todas as suas
potencialidades e a reconhecer a doença como um processo de
desequilibro.
Estes conceitos estão em uníssono com as mais modernas
teorias da Física Quântica, da Ecologia e de todo aparato intelectual
da ciência e filosofia ocidentais, que passam hoje a lançar novas
luzes sobre o desenvolvimento da medicina no Ocidente. O resgate
de sabedoria destes conceitos tão antigos vem a somar
conhecimento e ser de extrema importância, na arte de propiciar e
manter a saúde dos indivíduos e do planeta.

* Professora de Biologia (licenciatura plena) pela Universidade do Vale do Rio


dos Sinos
Fisioterapeuta pela Faculdade de Ciências da Saúde pelo Instituto Porto Alegre
da Igreja Metodista
Especialista em Medicina do Esporte e Saúde Escolar pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul
Professora de Yoga Integral pelo Centro de Esportes e Psicossomatologia
Professor Taunai Valle
Acupunturista pela Academia Brasileira de Artes e Ciências Orientais,
Shiatzuterapeuta, pela Academia Brasileira de Artes e Ciências Orientais
Autora do livro: “Comer: Como, o quanto e o quê”? A Sabedoria através da
alimentação na Milenar Medicina Chinesa, editora Bodigaya, 2003, criadora e
facilitadora do Curso: A Alimentação na Medicina Tradicional Chinesa (1999-
2005).
Professora do curso de Alimentação Baseada na Medicina Tradicional Chinesa

Fonte:
http://www.vida-rs.com.br/textos.asp?tId=175&idioma=1

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