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Estudos de Mercado

dos Vinhos
Portugueses

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Índice

Índice...............................................3
Mercado Alemão.......................................5
Mercado global .....................................5
Mercado de importação ..............................8
Principais fornecedores ...........................9
Posicionamento de Portugal .......................11
Evolução estrutural do consumo de vinhos ..........12
Compras de vinhos dos agregados familiares .......14
Países de origem .................................15
Nivéis de preço ..................................16
Nivéis de preço ..................................17
Canais de distribuição ...........................19
Mercado Britânico...................................21
Introdução ........................................21
Principais evoluções nas importações em 2002/2003 .22
Principais Fornecedores ...........................22
França ...........................................24
Austrália ........................................25
Itália ...........................................25
Alemanha .........................................26
EUA ..............................................26
África do Sul ....................................27
Chile ............................................27
Espanha ..........................................28
Argentina ........................................28
Nova Zelândia ....................................29
Bulgária .........................................30
Hungria ..........................................30
Desempenho de Portugal ............................31
Regulamentação ....................................36
Canais de distribuição ............................37
Padrões de consumo e tendências ...................40
Recomendações para aceder ao mercado ..............42

3
Mercado Norte Americano.............................47
Análise sobre a evolução do mercado do sector dos
vinhos de mesa nos EUA durante o ano de 2002. .....47
Factos sobres os EUA: ............................47
Contexto global dos EUA e o mercado do vinho. .....49
A Importância das importações nos EUA. ............50
O comércio dos vinhos 1997 – 2002 .................51
Valor das Importações ............................52
alor das Exportações .............................52
As importações ...................................52
O sector dos vinhos no mercado dos EUA ............54
Tendências de consumo .............................55
O desempenho da concorrência ......................59
A distribuição e a comercialização do produto .....61
Alguns dos vinhos referência produzidos na
Califórnia e que o consumidor americano tem mostrado
preferência .......................................65
Disposições Legislativas e Regulamentares .........86
Regime Geral de Importação .......................86
Direitos Alfandegários/ Bioterrorismo nos EUA. ....90

4
Mercado Alemão

Mercado global
Com um volume comercializado na ordem dos 16,75 milhões de
hl de vinhos tranquilos e de 3,28 milhões de espumantes, a
Alemanha, ultrapassou em 20021 pela primeira vez, a
barreira dos 20 milhões de hectolitros (hl), situando-se
assim no quarto lugar do ranking dos maiores mercados de
vinho no mundo, a seguir à França (34 milhões de hl),
Itália (30 milhões de hl) e os EUA (21 milhões de hl).

Com um volume de importação na ordem dos 12,4 milhões de


hl, por outro lado, o mercado alemão apresentou-se como
sendo de longe o maior importador de vinhos mundial,
colocando os produtores alemães perante uma forte
concorrência internacional sem comparação nos outros
países produtores de vinhos, quer em termos qualitativos
quer em termos de preços. A Alemanha tornou-se o mais
importante mercado de exportação para praticamente todos
os países produtores.

Já há anos que a produção alemã de vinhos - que


actualmente ronda os 9 a 9,5 milhões de hl - não chega
para satisfazer o crescente consumo de vinhos dos alemães.
Dada a preferência do consumidor por vinhos mais baratos
em 2002, o mercado foi sujeito a alterações profundas e

1
Os dados referem-se ao período de Agosto de 2001 a Julho de 2002.

5
inesperadas. Ao contrário das previsões de experts, os
produtores alemães conseguiram afirmar-se no mercado
interno também com vinhos tintos, com taxas de
crescimento, em volume e valor, superiores ao que
geralmente foi esperado. Com uma quota superior a 65% do
vinho branco consumido no mercado alemão, os produtores na
Alemanha têm uma posição dominante, contudo decrescente.

A procura total por vinho e espumante na Alemanha, com um


acréscimo de 1,5% do volume comercializado em relação ao
ano anterior (vinhos de origens alemã e importada, no
consumo doméstico e na restauração), é motivo de muito
agrado, quer para os produtores alemães quer para os do
restante mundo, ainda mais que todos os produtos
concorrentes na área das bebidas continuaram a sofrer
diminuições tanto no consumo bem como nas vendas. Em 2002,
vinho tranquilo conseguiu afirmar-se consideravelmente
melhor do que vinho espumante.

Por trás desta evolução positiva, têm lugar nos diversos


segmentos, rápidas e parcialmente profundas alterações
estruturais, que exigem uma análise especificada conforme
será demonstrado a seguir. Quantidades de compras bem como
números de lares que adquirem vinhos crescentes, a par de
valores médios decrescentes, são importantes dados
económicos que manifestam uma nova evolução no mercado.
Desta forma os levantamentos quantitativos dos painéis dos
agregados familiares, efectuados pelo instituto GFK,
reflectem melhor as tendências na evolução do mercado que
as análises globais a partir do balanço da campanha de

6
vinho, baseadas nas estatísticas nacionais de produção e
de comércio externo, dado estes elementos não incluirem as
pequenas importações individuais dos agregados familiares.

No que diz respeito aos concorrentes dos produtores


alemães regista-se, apenas no grupo dos pequenos países e
dos países extra-europeus („Novo Mundo“), alterações. As
quotas da França e da Itália e à excepção de pequenas
oscilações, mantiveram-se geralmente constantes. A procura
por vinhos do „Novo Mundo“ continua a crescer
significativamente.

A avaliação da evolução do mercado alemão de vinhos em


2002 exige uma análise pormenorizada. De uma forma geral,
o mercado mantem-se crescente, mais em termos de
quantidade do que de qualidade, oferecendo múltiplas
oportunidades para produtores e comerciantes dinámicos que
pretendem afirmar-se na Alemanha.

7
Mercado de importação
Representando um aumento na ordem dos 5,1%, a Alemanha, em
2002, importou 10,2 milhões de hl de vinhos tintos e
brancos tranquilos, a um valor de 1.367 milhões de euros
(-3,3%). Destes, 60% foram tintos e rosés e 40% brancos, e
em termos de categorias, 31% vinhos de qualidade (VQPRD) e
69% vinhos de mesa. A relação dos vinhos engarrafados face
ao granel foi de 51% / 49%.

A comparação detalhada com o ano anterior (2001) apresenta


resultados muito pouco homogéneos. Os aumentos com
diferentes acentuações nos volumes - nos tintos +2,1% e
nos brancos +10,1% - que se devem essencialmente aos
aumentos na categoria dos vinhos de mesa, contrastam com
diminuições nos valores destes vinhos ou seja: -3,8% nos
tintos e –1,8% nos brancos.

Em relação aos outros tipos de vinho que a Alemanha


importa em volumes significativos, constatam-se claras
retracções na importação de espumantes na ordem dos 11,9%,
em termos de quantidade, e de 14%, em termos de valor. Nos
vinhos aromatizados, depara-se com um aumento de 24,5% no
volume e de 5,6% no valor dos mesmos. Na importação dos
fortificados, verifica-se um forte incremento na ordem dos
18,6%, em termos de volume, e de mais acentuados 22,6%, em
termos de valor.

8
Principais fornecedores

A análise da estatística de importações de 2002,


especificando-se por países de origem, demonstra
nitidamente que os êxitos mais significativos são obtidos
principalmente pelo grupo dos países do „Novo Mundo“.
Contudo, o forte crescimento das importações de vinhos
destes países (compreendemos neste grupo os EUA, o Chile,
a Austrália e África do Sul) parte de uma base
quantitativa ainda relativamente baixa, tratando-se, em
soma, de 938 mil hectolitros (7,6% do volume das
importações alemãs de todos os tipos de vinho; 2001:
7,1%), a um valor de 184 milhões de euros (10,2% do valor
destas importações; 2001: 10,1%). Itália, França e Espanha
continuam claramente a dominar o mercado, representando,
no seu conjunto, 75,5% (2001: 76,2%) das importações
alemãs de vinhos. A um nível ligeiramente superior situa-
se a quota destes países em termos de valor, nomeadamente
79,6% (2001: 80,3%).

Os principais fornecedores do Leste da Europa,


nomeadamente Grécia, Macedónia, Hungria, Bulgária e
Roménia, apesar de serem responsáveis por 9,4% da quota em
volume (2001: 10,6%), representam apenas 5% do valor das
importações de vinho (2001: 4,9%), o que corresponde a
menos da metade do grupo além-mar. Esta situação deve-se
principalmente ao facto dos vinhos do além-mar serem

9
essencialmente vinhos engarrafados, os do leste europeu
serem fornecidos maioritariamente a granel.

A par destes grupos distinguem-se, com excepcionais


comportamentos, a Austria mas também Portugal. Com taxas
de cresimento de consideráveis 84,6%, em volume, e de
21,7%, em valor, a Austria sobressai. Portugal, com
respectivas taxas de +33,6% e de +13,4%, apresenta o
segundo melhor comportamento no que diz respeito à
evolução dos seus fornecimentos de vinhos para a Alemanha.

Especificando esta análise por tipos de vinho dos três


principais fornecedores, constata-se, no caso da Itália -
de longe o principal fornecedor de vinhos brancos (quota
de mercado nos brancos: 55%, em volume, e 49%, em valor) -
, um substancial aumento de 22,7% no volume dos brancos de
mesa (+4,1%, em valor), no caso da França - o segundo
maior fornecedor de vinhos tintos (quota de mercado nos
tintos: 29%, em volume, e 34%, em valor) -, um crescimento
significativo nos tintos de mesa na ordem dos 10,9% (-
0,4%, em valor) e, no caso da Espanha, fortes aumentos nos
tintos de mesa (+29,1%, em volume, e 20,8%, em valor) e
nos brancos de qualidade (+194,9%, em volume, e 72,4%, em
valor). De salientar por outro lado e, no caso da Espanha,
um decréscimo na ordem dos 40,8% no volume dos brancos de
mesa (-30,4%, em valor) deste país.

10
Posicionamento de Portugal

No contexto concorrencial alemão, Portugal continua a


ocupar uma posição relativamente modesta, melhorando
contudo as suas quotas de mercado em todos os tipos de
vinhos (vinhos tranquilos e fortificados) de 2001 para
2002, de 0,8 para 1,1%, em volume, e de 1,2 para 1,5%, em
valor. Com taxas de crescimento de 33,6% e 13,4%, em
volume e valor respectivamente, Portugal exportou para o
mercado alemão 130,4 mil hl de vinhos, a um valor de 26,2
milhões de Euros, posicionando-se no 10.° lugar no ranking
dos fornecedores. Assim, o comportamento das importações
de vinhos portugueses para o mercado alemão contrastaram
positivamente com as importações globais que cresceram
4,8%, em volume, tendo contudo sofrido um decréscimo na
ordem dos 4,2%, em valor.

Os vinhos portugueses exportados para o mercado alemão têm


a seguinte estrutura:

Relativamente às cores dos vinhos, dominam claramente os


tintos, os quais são responsáveis por 80,4% (2001: 77,1%)
dos vinhos tranquilos. Nestes verifica-se, em relação a
2001, um forte incremento na ordem dos 51%, em termos de
volume, por outro lado, um decréscimo de 7,8% no valor dos
tintos. Os brancos, que representam 19,6% (2001: 22,9%)
dos vinhos tranquilos exportados para a Alemanha,
aumentaram consideráveis 23,6%, em volume, e menos
acentuadas 9,7%, em valor.

11
No que diz respeito à categoria dos vinhos portugueses
exportados para o mercado alemão – 30,1% são VQPRDs e
69,9% são „vinhos de mesa“ -, depara-se com taxas de
crescimento nos „vinhos de mesa“, de 100,9% e 29%, em
volume e valor, respectivamente. Julgamos que este
fenómeno se deve ao forte aumento de exportações
portuguesas de vinhos regionais que, em termos
estatísticos, são considerados „vinhos de mesa“. Nos
VQPRDs verificam-se, por outro lado, decréscimos na ordem
dos 12,2% e 15,4%, em volume e valor respectivamente.

Nos fortificados, segmento com enorme interesse para o


sector nacional de vinhos, 2002 foi um ano excepcional
para Portugal. Enquanto que as importações de vinhos
licorosos portugueses cresceram 18,9%, em volume, e 24,1%,
em valor, as importações específicas de Vinho do Porto
atingiram um volume de 43 mil hl, no valor de 15 milhões
de Euros, o que corresponde a taxas de variação de +23,6%,
em volume, e 27%, em valor.

Evolução estrutural do consumo de


vinhos
Para uma análise especificada da evolução estrutural do
consumo privado na Alemanha recorremos aos dados dos
painéis do insituto GFK, baseados em levantamentos
efectuados sobre as compras de vinhos de 17.000 agregados
familiares.
Infelizmente, estes dados apenas servem para retratar o
consumo de vinhos doméstico, que representa ca. 80% do

12
consumo de vinhos total. O consumo „fora de casa“, cujo
volume se estima em ca. 20%, não é considerado. Para este
segmento não estão disponíveis dados actuais. Contudo,
parte-se do princípio ter havido no sector da restauração
em 2002, fortes quedas no consumo de vinhos e, em
consequência, nas vendas.

De uma forma geral, os dados disponíveis demonstram


algumas importantes alterações, comprovando uma dinâmica
persistente neste segmento de mercado. Em comparação com
perdas, em parte, profundas nos mercados de outras
bebidas, o sector de vinhos pode continuar a partir de um
bom crescimento de mercado. O volume de compras de vinhos,
que foi levantado pela GFK e que serve como indicador da
compra total de vinhos, em 2002 continuou a crescer a um
ritmo de 2,4%.

A seguir passamos a indicar detalhadamente as estruturas e


tendências na aquisição dos vinhos, por tipo de vinhos,
agregados familiares consumidores de vinhos, países de
origem, níveis de preço e locais de compras.

Tipos de vinho
A quota de vinhos brancos em 2002, pela primeira vez,
aumentou 0,2%, para uma quota de mercado de 41,2%,
enquanto que a quota dos tintos se manteve estável a um
nível de 51%. Os rosés, por outro lado, foram responsáveis
por 7,8%.
No caso dos vinhos alemães, a posição dos tintos tem vindo
a subir continuamente para, entretanto, 33%.

13
Esta mudança é causada por profundas alterações na escolha
dos locais de compras e nos preços médios, como será
demonstrado mais adiante.

Quotas dos tipos de vinhos


nas compras dos agregados familiares
(Volume em %)

9 8 8 7 7 8 9 8
25 28 31 33
65 68 69 66

68 64 61 59
26 24 23 27

1999 2000 2001 2002 1999 2000 2001 2002


Branco Tinto Rosé

Compras de vinhos dos agregados familiares

A tendência positiva no consumo de vinhos torna-se


particularmente clara ao analisarmos o „alcance“, no que
diz respeito à compra de vinhos: Mais de 2/3 dos lares
inquiridos compraram vinho em 2002. Em comparaçao com
2001, esta quota subiu 1,3% para 69,5%. Aparentemente
conseguiu-se suscitar o interesse por vinhos por parte de
maiores círculos da população e de os motivar a comprar
vinho. Enquanto que no passado se constatava uma
intensificação do consumo (maior consumo por consumidor de
vinho), tem se vindo a assisitir nos últimos anos, a um
aumento do número de pessoas consumidoras de vinho.

14
O volume de vinho comprado subiu 2,4% em relação a 2001.
Assim a evolução positiva dos últimos anos perdura com
aumentos de ano para ano.

Países de origem

Em termos quantitativos, vinhos alemães beneficiaram menos


do que vinhos importados, da mais forte procura de vinhos,
dado estarem menos presentes no segmento das lojas
discount, cuja gama de produtos se caracteriza por preços
baixos e cuja importância tem vindo a aumentar. A quota
dos vinhos da Alemanha baixou para 45,3% do volume de
compras constatado, tendo o crescimento da procura
atingido exclusivamente vinhos baratos.
A quota de vinhos importados, no seu total, subiu para
54,7%. Vinhos franceses, com uma quota de 16%, ocupam o
2.° lugar, seguidos pelos vinhos de origem italiana, com
13%. Os vinhos das „restantes origens“ subiram 3 pontos
percentuais para uma quota de 26%, no seu conjunto. Em
comparação com 2001, a estrutura das proveniências dos
vinhos mudou a favor dos países com uma oferta de vinhos
de baixos preços.

15
Quotas de Mercado dos Países de Origem
nas compras dos agregados familiares
(em % do volume)

60
50 49 48
50 45
40
30 26
21 22 23
20 17 16 16 16
12 13 13 13
10
0
Alemanha França Itália Restantes
1999 2000 2001 2002

A análise em termos de valores, orientada nas despesas


totais para vinhos dos agregados familiares, atribui aos
vinhos alemães uma quota superior àquela baseada no
volume, ou seja de 52%. Este facto deve-se à quota
crescente dos vinhos tintos de produção alemã e aos preços
estáveis dos vinhos alemães.

Quotas de Mercado dos Países de Origem


nas compras dos agregados familiares
(em % das despesas)

60
50 52 52 52
50
40
30
21 21
17 17 16 15 18 19
20
12 13 13 12
10
0
16
Alemanha França Itália Restantes
1999 2000 2001 2002
Nivéis de preço

Para um litro de vinho alemão, o consumidor, em 2002, teve


de gastar em média 3,36 Euros, vinho importado custou em
média 2,84 Euros. O preço médio de todos os vinhos baixou

Evolução dos Preços dos Vinhos


(preços médios em EUR/litro)

3,60

3,40

3,20
EUR
3,00

2,80

2,60
1999 2000 2001 2002
Vinho total 3,10 3,11 3,10 2,94
Vinho alemão 3,35 3,32 3,48 3,36
Vinho importado 2,85 2,92 2,97 2,84
Vinho branco 2,92 2,92 3,05 2,77
Vinho tinto 3,32 3,36 3,29 3,12
5,2% para 2,94 Euros.

Para vinhos tintos gastou-se em média 3,12 Euros, para


brancos 2,77 Euros.
Vinhos alemães conseguiram afirmar a sua posição liderante
nos preços, se bem que perdendo quota nas vendas.

17
Vinhos tintos alemães gozam de uma grande preferência por
parte do consumidor alemão, atingindo estes vinhos preços
médios na ordem dos 4,02 Euros. Em comparação com a média
dos tintos importados, os tintos alemães custam mais 1,27
Euros por litro.

No gráfico seguinte especifica-se os preços em função dos


principais locais de compras. Ressalta a agressividade em
termos de preços praticada por parte de cadeias de
desconto, demonstrada através do caso específico da cadeia
Aldi. Seguem os hipermercados que, com um preço médio por
litro de 2,71 euros para vinho importado e de 2,86 euros
para vinho alemão, praticam também um nível de preços
comparativamente baixo. A 4,24 e 4,19 euros, para vinho de
origens importada e alemã, respectivamente, e assim num
segmento de preços significativamente superior, situa-se o
preço médio do vinho adquirido directamente ao produtor.
Com 5,73 euros para vinho importado e 5,24 para vinho
alemão, os preços mais elevados são praticados pelo
retalho especializado.

Pr e ço s M é d io s p o r Lo ca is d e C o m p r a s
d a s C o m p r a s d o s C o n su m i d o r e s ( e m e u r o s/ l i t r o )

2, 8 6
H ip er m er cad o s 2, 71
2, 24
C a d e i a d i sc o u n t " A LD I" 2, 4 0
5 , 24
Re t a l h o Esp e c i a l i z a d o 5 , 73
4 , 19
Co m p r a d ir ect a ao p r o d u t o r 4 , 24

0,00 1, 0 0 2, 0 0 3, 0 0 4,00 5,00 6 ,00


Vi n h o s i m p o r t a d o s Vi n h o s a l e m ã e s

18
Canais de distribuição

As tendências no sector dos vinhos têm como ponto de


partida o comércio especializado e a restauração. As
grandes quantidades são, contudo, cada vez mais vendidas
através do comércio do retalho alimentar. A importância
central deste canal para as vendas de vinhos é patente no
seguinte quadro, segundo os quais 73% dos vinhos em 2002
foram adquiridos no comércio do retalho alimentar. Com um
peso de 43% nas compras de vinhos destacam-se as lojas
discount e, neste segmento, a cadeia Aldi que é
responsável por 22% do volume total de compras de vinhos
no mercado alemão. De 2001 para 2002, o peso deste canal
subiu 4 pontos percentuais.

19
Com 18%, quase cada sexta garrafa de vinho é comprada
directamente ao produtor (produtores-engarrafadoes,
cooperativas). O comércio especializado em vinhos, por sua
vez, é responsável por apenas 5%. Os restantes 3% recaem

Locais de Compras de Vinhos


(Quota dos locais em % do volume de compras)

100%
8 7 8 8 7 7 7 Comércio do retalho
alimentar tradicional

23 24 23 22 Hipermercados
80% 24 23 23

Aldi

60% 17 18 18 20 22
17 19 Outros lojas
discount

13 14 Produtores e
40% 17 17 18 19 cooperativas
21
Cash & Carry
21 21
20 19 19 Lojas especializadas
20% 19
3 3 18 em vinhos
2 2 2 1
8 1
8 6 7 7 6 Outros locais de
5 compra
6 7 5 5 4 5 3
0%
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002

em outros locais de compras.

20
Mercado Britânico

Introdução

Possuindo uma população de 56 milhões de habitantes, o


Reino Unido é o maior mercado importador de vinho do mundo
(em valor). Tendo apresentado um crescimento constante de
cerca de 5% ao ano nos três últimos anos, importou, em
2002, cerca de 10 milhões de hectolitros (hl) de vinho de
mesa, representando um valor de cerca de 1,600 milhões de
libras (2.400 milhões de Euros)

Evolução das importações globais

(‘000 1997 1998 1999 2000 2001 2002


hl)
Branco 3.682 4.014 4.160 4.214 4.713 5.065
Tinto+R 3.504 3.874 4.060 3.999 4.528 4.999
osé
TOTAL 7.186 7.889 8.219 8.213 9.242 10.064
Fonte: AC Nielsen The Drink Pocket Book 2004

O valor total das vendas atingiu £7 mil milhões em 2002


(cerca de 10.500 mil milhões de Euros), representando um
aumento de cerca de 50% entre 1996 e 2002.

21
Em termos de consumo per capita, os Britânicos ainda estão
bastante aquém da média Europeia com apenas 17.5 litros em
2001 (em Portugal é de 50 litros), apresentando assim este
mercado um potencial de crescimento enorme

Principais evoluções nas


importações em 2002/2003

• A importação de vinho de mesa para o Reino Unido


aumentou ligeiramente em 2002 em relação a 2001, tendo
pela primeira vez ultrapassado os 10 milhões de
hectolitros. Em termos da variação homóloga nos
primeiros 9 meses do ano, em 2003 registou-se um aumento
em cerca de 10% em volume em relação a 2002.
• As importações de vinho branco em 2002 (5 milhões de hl)
ultrapassaram as importações de vinho tinto e rosé (4.9
milhões de hl), embora a tendência desde há vários anos
seja para um maior crescimento das importações dos
vinhos tintos que dos brancos, o que reflecte a mesma
tendência a nível do consumo.

Principais Fornecedores

Em termos de países concorrentes, a França (quota 24% em


2002) continua a ser o principal fornecedor deste mercado,
seguindo-se a Austrália (20%), Itália (11%), Alemanha (9%)
e Estados Unidos (9%). De notar que a Austrália
ultrapassou pela primeira vez em 1999 a Itália em termos

22
de volume de importações, tendo já ultrapassado a Alemanha
em 1998.

Note-se a tendência para o decréscimo, nos últimos anos,


do volume das importações provenientes de países Europeus
como a França, Itália, Espanha, em favor dos aumentos dos
países do Novo-Mundo como a África do Sul, o Chile, a
Argentina e a Nova Zelândia.
O sucesso dos países do Novo-Mundo explica-se pela
qualidade consistente e simples (“fácil”) dos seus vinhos,
produzidos ao estilo leve e frutado. Por outro lado, o
vinho destes países é proveniente de novas vinhas
plantadas em locais cujo custo de exploração é
relativamente baixo e o rendimento por vinha elevado. A
capacidade de produção destes países tem vindo a aumentar
todos os anos, podendo fornecer em grandes quantidades o
mercado internacional. Além disso, a maioria dos
investimentos realizados nestes países tiveram em vista o
mercado internacional. Em países como o Chile ou a
Argentina, pertencem na sua grande maioria a empresas
europeias, fornecedoras desde longa data de vinhos para
este mercado.

23
'000 hl
Importação por Países

2,500 1998 1999 2000 2001 2002

2,000

1,500

1,000

500

ria
ha

a
i le

re
a

ia
l ia

a
os

ia
a
a
ça

s
l

l
ga
Su

in
nh

tro
ni
di
ali

ec
ar

ip
Ita

an

Ch
an

id

ng

me
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Ch

Ou
do

Gr
Un
em

ge
Fr

Hu
Bu

Po

Ro
Es

Ze
Au

Ar
Al

os

ri c

va
tad

Af

No
Es

Fonte: AC Nielsen The Drink Pocket Book 2004

França

O Reino Unido importa cerca de 2.4 milhões de hl de vinho


Francês, sendo assim a França o maior fornecedor em
volume. No entanto, a quota de mercado da França em termos
de valor de vendas no off-trade foi de 21,1% em 2002,
tendo sido ultrapassada pela primeira vez pela Austrália.
No entanto, no on-trade mantém a liderança com uma quota
de 40%.

Pode-se observar recentemente uma nova vaga de vinhos


Franceses neste mercado, produzidos ao estilo Novo-Mundo
(e destinados a concorrer com estes), tanto em termos da
qualidade do vinho como da sua apresentação.

24
Austrália

O sucesso da Austrália neste país tem sido um feito sem


paralelo, e nem o crescimento do preço médio por garrafa
tem afectado o mesmo. O volume das importações da
Austrália passou de 480.000 hl em 1995 para mais de
2.000.000 hl em 2002. A sua quota de mercado em termos de
valor de vendas no off-trade atingiu 23,6% em 2002,
ultrapassando pela primeira vez a França. A Austrália tem
uma imagem junto do consumidor como país produtor de
vinhos com excelente relação preço/qualidade, sendo fáceis
de entender pelo consumidor e oferecendo consistência de
qualidade ao longo dos anos.

Itália

A Itália é o 3º país fornecedor deste mercado, com uma


quota de mercado de valor de vendas no off-trade de cerca
de 10,3% em 2002, sendo de 16% no sector horeca. O sucesso
explica-se em parte pela presença no Reino Unido de uma
grande comunidade de Italianos e de restaurantes
Italianos.

Em anos recentes, os produtores Italianos deram-se conta


da importância de produzir vinhos adaptados ao gosto do
consumidor Britânico. Assim, mantendo a qualidade, os
vinhos Italianos têm conservado a sua quota de mercado ou
mesmo aumentado, contrariamente aos vinhos da maioria dos

25
outros países Europeus. O que dificulta o sucesso do vinho
Italiano neste mercado é a falta de posição comum dos
produtores em termos de promoção, bem como as
nomenclaturas complicadas nos rótulos.

Alemanha

A quota de vendas no off-trade da Alemanha neste mercado


tem vindo a baixar nos últimos anos, tendo atingido o seu
nível mais baixo em 2002 com 5,8%. Esta tendência explica-
se sobretudo pelo decréscimo em popularidade do estilo dos
vinhos Alemães, tendo o consumidor Britânico deixado de
gostar de vinhos brancos doces e pouco frutados, para
passar a gostar mais de vinhos brancos frutados e frescos,
nomeadamente aqueles produzidos pelos países do Novo-
Mundo. Outro problema é o baixo preço médio dos vinhos no
retalho. Este facto terá consequências a curto/médio prazo
já que o consumidor dificilmente aceita um aumento abrupto
de preços.

No entanto, os vinhos Alemães têm vindo a adaptar-se ao


gosto do mercado, alguns produtores produzindo agora
vinhos mais frutados e secos, nomeadamente vinhos
produzidos com a casta Riesling, que têm vindo a ganhar
popularidade junto dos especialistas/compradores
Britânicos.

EUA

26
A seguir à Austrália, os EUA (sobretudo Califórnia)
registaram um dos maiores crescimentos neste mercado em
recentes anos, tendo vindo a aumentar em cerca de 20% ao
ano, nos últimos 4 anos, as suas exportações para este
mercado, tanto em termos de volume como de valor. A sua
quota em termos de valor de vendas no mercado atingiu
10,2% em 2002.

Tendo começado a vender vinho neste mercado no início dos


anos 80, os vinhos Californianos têm agora a imagem de
vinhos caros, ainda que com uma relação qualidade/preço
inferior aos Australianos, mas igualmente fáceis de
entender pelo consumidor. São apreciados pelos compradores
das principais cadeias de retalho por garantirem
consistência na qualidade.

África do Sul

Os vinhos de mesa Sul-Africanos são outro caso de sucesso


neste mercado (quota de valor de vendas no off-trade em
2002: 9,3%), apesar do conservadorismo dos produtores e
dos problemas políticos do país. Os vinhos são produzidos
ao estilo Novo-Mundo e um dos factores que estimula as
vendas é a presença no Reino Unido de uma grande
comunidade de sul africanos.

Chile

27
Os vinhos Chilenos têm vindo a captar uma importante quota
de mercado, possuindo actualmente cerca de 6,2% do mercado
em termos de valor de vendas no off-trade. O sucesso dos
seus vinhos reside no facto de possuírem uma excelente
relação preço/qualidade mesmo no segmento alto e médio do
mercado e serem produzidos com castas “internacionais”
(sobretudo Cabernet Sauvignon e Merlot). São vinhos
adaptados ao gosto do consumidor e consistentes em termos
de qualidade.

Espanha

O volume de importações de vinhos provenientes de Espanha


tem-se mantido relativamente constante nos últimos anos.
Tem-se notado um ligeiro decréscimo da quota de valor de
vendas no off-trade, que atingiu apenas 7% em 2002. No
entanto, tem havido um aumento da qualidade generalizada
dos vinhos Espanhóis disponíveis neste mercado.

Após uma descida no volume das importações de Espanha


entre 1997 e 2000, a Espanha está agora a recuperar. O
maior problema foi o aumento dos preços dos Riojas em
1999, na sequência de uma colheita reduzida nesta região.
A consequência foi a quebra de exportações de Rioja para
este mercado em 2000 em cerca de 27%.

Argentina

28
O Reino Unido é o principal mercado importador de vinhos
Argentinos. É no sector do off-trade que a Argentina
concentrou os seus esforços de promoção, tendo conseguido
1,5% de quota de mercado em termos de valor vendas em
2000. Esta quota sofreu um ligeiro decréscimo em 2001
(1,4%) e 2002 (1,3%) devido sobretudo às dificuldades
financeiras no próprio país, mas tudo indica que pode vir
a recuperar rapidamente.

Com 12 milhões de hectolitros de vinho produzido em 2000,


este é um país com um grande potencial vinícola. As
principais vantagens são o clima excelente para o cultivo
de vinha e a diversidade das castas utilizadas. Esta
diversidade actual e os respectivos esforços de promoção,
apoiados na casta Malbec que foi durante alguns anos a
casta com que se associavam os vinhos Argentinos, tem-se
mostrado especialmente eficiente para o sucesso dos vinhos
no sector horeca, por se tratarem de vinhos que acompanham
bem as refeições. Em pouco tempo, a Argentina conseguiu
assegurar 0,5% da quota de mercado neste sector, e esta
quota continua a crescer.

Nova Zelândia

Com uma quota de 1,4% em termos de valor de vendas no off-


trade, a Nova Zelândia não parece ser um fornecedor muito
importante, mas este país tem uma invejável reputação pela
qualidade dos seus vinhos. O preço médio por garrafa é
também um dos mais altos. A proximidade geográfica à

29
Austrália é um factor que ajuda nas vendas, sendo
conhecido sobretudo pelos seus vinhos brancos de casta
Sauvignon Blanc, tendo começado recentemente a apostar
mais na promoção dos seus vinhos tintos.

Bulgária

Os vinhos Búlgaros têm vindo a sofrer um decréscimo


significativo da sua quota de mercado nos últimos 5 anos
neste mercado, embora esta se mantenha acima da de
Portugal. Em volume de importações, a sua quota desceu de
quase 5% em 1996 para menos de 2% em 2002. O Reino Unido é
o principal mercado importador de vinhos Búlgaros (100,000
hl em 2002).

A principal razão das dificuldades dos vinhos Búlgaros


neste mercado é a imagem. Em 1995/6, tiveram sucesso com
os seus vinhos varietais a £3-4, de boa qualidade e
baratos. Actualmente, a concorrência dos vinhos do Novo-
Mundo afectou este segmento e a Bulgária necessita
reposicionar-se urgentemente. As propriedades só foram
convertidas para o sector privado em 1999, e desde então
já houve algum investimento estrangeiro que veio
beneficiar alguns produtores. Os efeitos desse
investimento podem vir agora a materializar-se num futuro
próximo.

Hungria

30
Com cerca de 100,000 hectares de vinha plantada e 3,8
milhões de hl de vinho produzido em 2000, a Hungria tem
cerca de 1% de quota nas vendas ao off-trade neste
mercado, o que a põe à frente de Portugal. Esta quota tem-
se mantido constante nos últimos 4 anos, graças em parte
aos vinhos Tokaji, bastante apreciados pelo consumidor
Britânico. Não tendo o factor histórico a jogar a favor
deles, a Hungria luta com a criação de uma imagem que a
distinga dos outros países produtores da Europa de Leste.
Os compradores gostam dos vinhos mas a imagem global não é
muito boa

Desempenho de Portugal

A quantidade de vinhos de mesa engarrafado importado de


Portugal em 2002 situou-se em cerca de 70.000 hl (10
milhões de libras), representando uma quota de mercado de
cerca de 1%. Os vinhos Portugueses têm boa aceitação pelos
compradores e jornalistas mas pouca notoriedade a nível
dos consumidores.

31
hl Importações de Portugal - Quantidade
90,000
80,000
Tinto+Rosé
70,000 Branco
Total
60,000
50,000
40,000
30,000
20,000
10,000
0
1997 1998 1999 2000 2001 2002

Importações de Portugal - Valor


18 Tinto+Rosé
16 Branco
14 Total
12
10
Milhões
8
Libras
6
4
2
0
1997 1998 1999 2000 2001 2002

Fonte: AC Nielsen The Drink Pocket Book 2004

O Reino Unido é, em termos de exportações Portuguesas, o


principal mercado em termos de volume e valor. As nossas
exportações de vinho branco para este mercado têm vindo a
ser grandemente afectadas pela crescente concorrência dos
países do “novo mundo” neste sector, que face a um

32
crescimento menos significativo deste segmento do mercado
e a uma crescente capacidade de oferta competitiva, têm
vindo a prejudicar as importações provenientes de todos os
países europeus.

O decréscimo das exportações portuguesas de vinho branco


para o RU tem vindo a ser compensado pelas exportações de
vinho tinto, embora as estatísticas não permitam tirar
conclusões definitivas, em razão da inclusão do vinho rosé
nos dados relativos ao vinho tinto. No entanto, isto não
tem sido suficiente para possibilitar a manutenção da
quota de mercado no que diz respeito às quantidades totais
importadas.

Vantagens
• País com história e tradição na produção de vinhos
• Boa imagem dos vinhos Portugueses junto dos compradores
e jornalistas
• Existência de castas nacionais: diferentes das mais
utilizadas a nível internacional, produzindo vinhos
diferenciados e por isso apelativos para o consumidor
mais conhecedor
• Nos últimos anos, modernização generalizada dos centros
de vinificação e introdução de novas técnicas de
produção
• Nos últimos anos, melhoria generalizada da qualidade dos
vinhos

33
Desvantagens
• Por vezes, os consumidores têm ainda a imagem,
ultrapassada, de Portugal ser um país produtor,
sobretudo, de vinho verde e rosé
• Muitos produtores, a maior parte pequenos: dificuldade
em obter economias de escala na produção, obrigando a
margens mais reduzidas
• Existência de castas nacionais: diferentes das mais
utilizadas e por isso mais “complicadas” para o
consumidor
• Falta de consistência na qualidade e quantidades, o que
os tornam menos apreciados pelos compradores dos
supermercados e cadeias de retalho
• Idade média da vinha encontra-se estimada acima dos 25
anos (face a idades médias de 12 anos, nos novos países
produtores).

Oportunidades
• Os vinhos com um estilo “moderno”, frutado, com taninos
equilibrados e produzidos com castas nacionais ou com
mistura de castas internacionais são adaptados ao gosto
do consumidor Britânico e por isso têm um grande
potencial neste mercado
• Sendo que a taxa de compra após prova é satisfatória,
será benéfico continuar esforços de promoção junto dos
consumidores, por forma a dar a conhecer os vinhos
• A maturação do mercado Britânico, com um cada vez maior
consumo de vinhos tintos

34
Ameaças
• Vinhos de países como a Argentina, com boa relação
qualidade-preço e produzidos com castas “diferenciadas”,
mas com o “carimbo” do Novo-Mundo

35
Regulamentação

A legislação em vigor provém do regulamento do Conselho


Europeu Nº 1493/99 que inclui, entre outros, regras
relativas aos mecanismos de mercado, à designação,
denominação, apresentação e protecção dos produtos, aos
vinhos de qualidade produzidos em regiões determinadas e
ao comércio com países terceiros.

Por outro lado, o regulamento da Comissão Europeia Nº


753/02 fixa certas normas de execução relativamente à
designação, denominação, apresentação (rotulagem) e
protecção de determinados vinhos. As seguintes menções no
rótulo são obrigatórias para todos os tipos de vinho (DOC,
Regional e Vinho de Mesa): país de origem, nome do
produtor, quantidade nominal, nº do lote e volume
alcoólico. Além destas, outras menções são obrigatórias em
função do tipo de vinho.

Em termos de direitos alfandegários, os vinhos


provenientes de Portugal estão sujeitos a taxas aduaneiras
de GBP158.69 por 100 litros e à taxa de IVA no valor de
17.5%.

As taxas aduaneiras para as diferentes categorias de


vinhos são as seguintes, por garrafa:
• Vinho (75cl): £1.19
• Vinho Espumante de 8.5% ou mais (75cl): £1.65

36
• Produtos intermediários e.g. Vinho do Porto e Madeira
(75cl): £1.59

Canais de distribuição

A importação directa de vinho do Reino Unido é muito rara.


Apenas as grandes cadeias de retalho, supermercados, off
licence e cash & carry procedem a esse tipo de operação e
mesmo assim apenas com carácter pontual. No entanto, em
função da racionalização dos custos de distribuição,
existe uma tendência cada vez maior para se proceder à
importação directa, mesmo por parte das pequenas
empresas/retalhistas. A importação directa pelos
retalhistas é geralmente feita através de encomendas
colocadas aos importadores, que por sua vez, actuam apenas
como agentes-comissionistas. No entanto, a sua figura é
essencial para a concretização do negócio.

A importação através de grossistas e importadores é a


forma mais utilizada.
A distribuição de vinho pode realizar-se de várias formas:
• distribuição directa ao retalho por parte do importador
• distribuição através de empresas distribuidoras
• distribuição através de armazéns locais.

Em virtude da dimensão geográfica do mercado, a maioria


dos importadores utiliza os vários sistemas de
distribuição consoante a sua conveniência.

37
No retalho, existem duas classificações de distribuidores:
• Off-trade: supermercados, cooperativas, off licences,
cash & carries
• On-trade: pontos de venda da restauração (hoteis,
restaurantes, bares, pubs)

A distribuição por catálogo também é importante, devido ao


alcance geográfico assim como à qualidade do sistema de
entregas. Destacam-se nesta área, as empresas Direct Wines
e Wine Society.

Os vinhos de mesa representam actualmente (2002) cerca de


70% das vendas de bebidas alcoólicas a nível do retalho. O
sector de off-trade foi responsável em 2002 por 85% das
vendas em volume enquanto que o sector da restauração (on-
trade) foi responsável por 15% das vendas em volume.

Dentro do sector de off-trade, os Supermercados detêm 72%


da quota de mercado, os retalhistas não especializados
6,5%, as cadeias especializadas na venda de bebidas
alcoólicas (cadeias off-licence, p.ex Oddbins, Thresher)
14% e retalhistas especializados independentes detêm 3% da
quota do mercado.

Nos últimos anos tem-se assistido a um forte crescimento


das vendas a nível das grandes superfícies, através das
grandes cadeias tais como Sainsburys, Safeway e Tesco, com
contrapartida do decréscimo das vendas em retalhistas
especializados e cadeias off-licence, como o Oddbins ou a
cadeia do Thresher Group.

38
Apesar do retalho especializado oferecer serviços
adicionais ao cliente como o aconselhamento personalizado
e uma gama maior e mais diversificada de vinhos, os
consumidores tendem cada vez mais a adquirir os vinhos
como parte das compras semanais nos supermercados, como
resultado do fenómeno “one-stop-shop”. Assim, os
supermercados oferecem uma larga gama de vinhos, com gamas
de preços para todo o tipo de consumidor. Para além disto,
o poder comercial dos supermercados, a crescente aquisição
directa dos vinhos aos produtores, actuando o importador
como um mero agente intermediário e a sua preferência por
grandes volumes, permitem a estes apresentarem vinhos a
preços competitivos.

O papel da restauração no consumo de vinhos de mesa no RU,


especialmente nos de topo de gama, tem também sido
bastante importante. Este resulta do sucesso de grandes
grupos de restaurantes topo de gama, como por exemplo os
grupos Conran, Hartford, Chez Gerard e Belgo, da
popularidade nacional dos chefes dos principais
restaurantes e do grau de especialização no serviço
prestado pelos escanções no aconselhamento dos seus
clientes.

Quanto ao e-commerce, a explosão de empresas nesta área no


final dos anos 90 e princípio desta década foi seguida
pela falência rápida de muitas delas. A maioria dos casos
de sucesso relacionam-se por um lado com empresas de
prestígio na área de vinhos, em que o e-commerce é um

39
negócio paralelo, como é o caso da Berry Bros. & Rudd
(www.bbr.com), da joint-venture Oddbins/Sainsbury’s
(www.taste.co.uk) e da Direct Wines/Laithwaites
(www.laithwaites.co.uk) ou então empresas de prestígio
noutros sectores em que este sector é subsidiário, como o
grupo Virgin (www.virginwines.com).

Padrões de consumo e tendências

Com excepção da cerveja, o vinho de mesa é a bebida


alcoólica com maior número de consumidores, contando com
cerca de 2/3 da população adulta (cerca de 29 milhões em
1999). Nos últimos 10 anos, o consumo de vinho per capita
aumentou em cerca de 40% embora a percentagem de
consumidores que compram pelo menos uma garrafa de vinho
por mês reduziu. Isto significa que os distribuidores
Britânicos vendem mais vinho mas não conseguem atrair
novos consumidores.

Dados de 2001 revelam que o perfil do consumidor de vinhos


de mesa é o seguinte:
• Distribuição por sexos: 42% Homens e 58% Mulheres;
• Faixas etária predominantes: 35-49 anos (33%) e + de 50
anos (41%);
• Classes sociais predominantes: AB e C1;
• Regiões predominantes: Londres, Midlands e Lancashire.

Em termos de hábitos de consumo, observa-se no mercado do


Reino Unido uma tendência cada vez mais forte para uma

40
sobreposição do vinho tinto sobre o branco. Por outro
lado, são as castas internacionais que mantêm a
supremacia em termos de vendas (Chardonnay, Cabernet
Sauvignon e Merlot representam cerca de 75% das vendas)

Isto demonstra que este mercado está cada vez mais maduro,
não significando no entanto a alteração radical dos
hábitos de consumo por parte do consumidor, que prefere
vinhos frutados, leves e com taninos suaves. Cerca de 75%
dos vinhos são consumidos em casa. O preço é o factor mais
importante na decisão de compra, sendo que um vinho começa
a ser considerado caro a partir das £5 por garrafa.

Embora as castas internacionais mantenham a supremacia


(por serem fáceis de reconhecer pelo consumidor), o gosto
dos consumidores Britânicos está a tornar-se cada vez mais
aventureiro. A evolução do mercado aponta para um
crescente interesse por castas ou regiões “diferentes” a
curto/médio prazo, relacionado com a procura da novidade.

Por outro lado, prognósticos vários indicam também o


aumento do consumo de vinhos biológicos nos próximos anos,
fruto do crescente interesse dos consumidores por este
tipo de produtos.

Nos próximos anos, Portugal poderá acompanhar o


crescimento do mercado, mas será difícil aumentar a sua
quota de vendas se não houver um aumento significativo de
promoções genérica e por parte dos exportadores e

41
retalhistas, nomeadamente junto dos consumidores. Os
investimentos realizados no âmbito da viticultura e das
técnicas de vinificação dos últimos 10 anos em Portugal
modificaram substancialmente o panorama dos vinhos
produzidos. Em consequência, e graças também aos esforços
de promoção dos últimos anos, os vinhos Portugueses,
principalmente os tintos, têm uma boa imagem junto dos
compradores, jornalistas e líderes de opinião. Interessa
agora e no futuro apostar na promoção junto dos
consumidores, tanto a nível de campanhas genéricas no
retalho e restauração, como a nível de marcas específicas.

O reforço da imagem dos vinhos Portugueses, especialmente


os tintos, como vinhos de qualidade, com boa relação preço
qualidade e vinhos com castas “diferentes”, favorecerá as
empresas Portuguesas a implantarem-se nas maiores cadeias
de retalho e no sector Horeca.

Recomendações para aceder ao


mercado

A seguir damos algumas indicações práticas para empresas


que não têm agente no mercado e que desejam começar a
exportar os seus vinhos para o Reino Unido, bem como para
aquelas que procuram reforçar a sua posição no mercado.
Para quaisquer esclarecimentos, contacte a Delegação do
ICEP em Londres.

42
• Calcule o preço de venda do seu vinho neste mercado, não
esquecendo de acrescentar ao preço à saída da adega
todos os custos de transporte, impostos, IVA e margem do
retalhista.

• Desloque-se ao Reino Unido e visite os pontos de venda,


tais como supermercados e Off-Licences:
• Veja o número de marcas disponíveis e observe a
disposição do produto
• Verifique as mensagens e aspecto dos rótulos
• Observe o tipo de garrafas existentes
• Compare a apresentação de vinhos de preço semelhante
ao seu vinho
• Pergunte nas lojas de retalho e/ou nos restaurantes
quais os vinhos mais populares e adquira algumas
garrafas para prova

• Determine a que tipo de retalhista estará o seu


vinho vocacionado de acordo com o preço e
quantidades disponíveis. Os supermercados estão
mais interessados em grandes quantidades a baixo
preço, enquanto que os retalhistas independentes
interessam-se mais por vinhos com pequenas
quantidades produzidas e de qualidade superior

• Consulte o ICEP e solicite uma lista de


importadores. Analise bem a lista e investigue
quais as marcas que cada um comercializa e se
essas poderão estar ao mesmo nível da sua. Deverá

43
encontrar um importador que seja adaptado ao tipo
de vinhos que produz. Por exemplo, se o
importador é especialista em vinhos de marcas de
grande qualidade e o seu vinho não atinge estes
padrões, este poderá não estar interessado. Por
outro lado, no caso de o seu vinho ser de grande
qualidade e produção limitada, não vale a pena
contactar um importador especialista em
supermercados

• Seleccione um conjunto de importadores que,


segundo o seu critério, poderão potencialmente
estar interessados no seu vinho e contacte-os por
carta ou visite-os. Aproveite para enviar
informação sobre a empresa, mercados para onde
exporta, informação sobre o produto e quantidades
disponíveis para exportação assim como preços a
que estará interessado em vender o seu produto.
Indique sempre que possível preços negociáveis,
dependendo das quantidades encomendadas

• Caso identifique interesse por parte do


importador, envie-lhe uma amostra do seu vinho
(em embalagem bem acondicionada e em perfeito
estado de conservação) e mostre-se disponível
para o visitar

• Participe em eventos como a London Wine Trade


Fair em Maio (www.londonwinefair.com) ou a Prova
Anual de Vinhos Portugueses em Londres (Abril) e

44
aproveite para organizar as suas visitas. Apesar
de serem caras, as feiras e mostras de produtos
continuam a ser um dos principais veículos para a
promoção de uma empresa

• O mercado Britânico é muito extenso e visitas a


potenciais importadores poderão tornar-se morosas
e dispendiosas pelo facto de estes se encontrarem
espalhados pelo território. Ambos os eventos
acima indicados congregam uma quantidade
apreciável de importadores, possibilitando-lhe
realizar diversas reuniões num mesmo local
(Londres) sem necessidade de perda de tempo para
os seus negócios

• Por outro lado, planeie os seus contactos ou


deslocações ao mercado em função dos períodos de
compras aos fornecedores. O pico é atingido no
final do Verão, devido ao armazenamento e
preparação para a forte altura de vendas que é o
Natal. O 2º pico de compras surge entre Fevereiro
e Abril, altura em que as colheitas do ano
anterior são lançadas no mercado

• Consulte revistas do sector para se manter


informado sobre o que se passa neste mercado.
Neste campo, as revistas Harpers Wine & Spirit
(www.harpers-wine.com), The Drinks Business
(www.thedrinksbusiness.com) e o jornal Off
Licence News poderão ser de grande utilidade.

45
Verifique no entanto se o conteúdo dos mesmos é
do seu interesse.

• Visite o Reino Unido regularmente e aproveite


para visitar retalhistas e outros contactos que
possui, incluindo jornalistas a quem foi
apresentado ou que o visitaram. Poderá assim
recolher informação sobre a situação actual do
mercado que lhe poderá ser preciosa.

• Reuna-se periodicamente com o seu importador e


mantenha-o informado sobre os seus produtos e as
suas investigações. Verifique o que necessita de
ser alterado e discuta com o mesmo os seus pontos
de vista mas também esteja aberto às suas
sugestões. Tome atenção ao cumprimento dos
prazos; num mercado altamente competitivo e sendo
a proximidade uma das vantagens portuguesas, um
atraso pode significar o fim de uma relação
comercial

• Certifique-se que quaisquer folhetos, catálogos,


brochuras ou sites na internet estão em inglês
correcto e com boa apresentação. O
profissional/consumidor britânico está habituado
a padrões elevados de qualidade dos materiais de
promoção

• Mantenha o ICEP informado da existência do seu


importador. Este será beneficiado com o envio de

46
informação sobre as actividades de promoção realizadas.
Envie ao ICEP, sempre que possível, informação sobre
novos produtos. Estes poderão ser alvo de “press
release” a enviar aos jornalistas e revistas
especializadas. Em contrapartida, habilitar-se-á a
receber informação actualizada sobre o mercado do Reino
Unido assim como avaliação do grau de colaboração e
dinamismo mostrado pelo seu importador.

Mercado Norte Americano

Análise sobre a evolução do


mercado do sector dos vinhos de
mesa nos EUA durante o ano de
2002.

Factos sobres os EUA:

Área: 9 159 115 km2


População: 288,4 milhões de
habitantes (estimativa Julho
2002)
Densidade populacional: 31,5 hab./km2

Designação oficial: Estados Unidos da América

47
Forma de Governo: República Federal
Chefe de Estado: Presidente George W. Bush (desde 7 de
Novembro de 2000, tendo tomado posse a 20 Janeiro de
2001).

Vice-Presidente: Dick Cheney


Data da actual Constituição: 17 de Setembro de 1787
(adoptada em 4 de Março de 1789).
Principais partidos políticos: Partido Democrata
(Democratic National Committee); Partido Republicano
(Republican National Committee). As últimas eleições
decorreram a 5 de Novembro de 2002 (Câmara dos
Representantes e um terço do Senado) e as próximas serão
realizadas a 2 de Novembro de 2004 (presidenciais, Câmara
dos Representantes e um terço do Senado).
Capital: Washington, D. C. (572 059 habitantes) (2000).
Outras cidades importantes: Nova Iorque (8 milhões hab.);
Los Angeles (3,69 milhões hab.); Chicago (2,90 milhões
hab.); Houston (1,95 milhões hab.); Filadélfia (1,52
milhões hab.); Phoenix (1,32 milhões hab.); São Diego
(1,22 milhões hab.); Dallas (1,19 milhões de hab.);
Detroit (951 270 hab.); São Francisco (776 733 hab.) e
Boston (589 141 hab.) (2000).
Religião: A maioria da população é cristã, predominando os
protestantes (56%) e os católicos (28%).
Língua: A língua oficial é o inglês. No entanto, há
minorias significativas que falam o espanhol.
Unidade monetária: Dólar americano (USD)
1 EUR = 0,8924 USD (Dezembro de 2001 -
valores médios)

48
1 EUR = 1,0183 USD (Dezembro de 2002 -
valores médios)
1 EUR = 1,1139 USD (Agosto de 2003 -
valores médios

Contexto global dos EUA e o


mercado do vinho.

Os vinhos portugueses apresentam uma equilibrada relação


qualidade-preço, mas não se pode ainda dizer que haja uma
imagem forte e consolidada dos nossos vinhos de mesa junto
do consumidor americano.
Na categoria de vinhos fortificados, Portugal apresenta-se
como o primeiro fornecedor para os EUA com o Vinho do
Porto que exporta na ordem dos 4% do total da sua
produção para os EUA, tendo sido vendidas 420,000.00
caixas durante o ano de 2002.

Durante o ano de 2002 e continuando a mesma tendência em


2003 a economia americana tem tido uma modesta
“performance”, resultado dos ataques terroristas de 2001.
A despesa pública e privada tem diminuído e os mercados
financeiros têm tido resultados ao nível dos anos 90 e a
confiança dos consumidores também tem sido fortemente

49
atingida, resultando em resultados menos positivos as
vendas na categoria de produtos de consumo.
Neste conexto os homens de negócios têm visto os seus
planos de investimento adiados, as suas viagens canceladas
e as suas despesas reduzidas.
As indústrias mais afectadas por esta conjuntura têm sido
as do Turismo (aviação, hoteis, tempos livres) e o sector
financeiro.

As vendas do retalho têm sido tem sido pouco


significativa, tendo apenas nas áreas da construção
conseguido uma “performance” com tendência positiva.
Em 2003 a guerra com o Iraque não fez co que houvesse uma
mudança dramática neste panorama.
Segundo alguns analistas espera-se que a economia venha a
subir lentamente, tendo os economistas previsto um aumento
de 2,2% em 2003 e 3,6% para 2004.

No panorâma dos vinhos portugueses, estes apresentam uma


equilibrada relação qualidade-preço, mas não se pode ainda
dizer que haja uma imagem forte e consolidada dos nossos
vinhos de mesa junto do consumidor americano.

A Importância das importações nos


EUA.

Dados macro-económicos

50
Dados macro-económicos 2000 2001 2002
EUA
Produto Interno Bruto 9,824.6 10,028. 10,446.2
(USD biliões) 2
Crescimento do produto 5.9% 2.6% 3.6%
interno bruto (%)
Inflação (%) 3.38% 2.83% 1.59%
Taxa de desemprego (%) 4.00% 4.7% 5.8%
Nível de poupança das 2.8% 2.3% 3.9%
famílias (%)

Consumo interno pessoal 6,683.7 6,987.0 7,300.9


(USD biliões)
Rendimentos pessoais (USD 8,406.6 8,685.3 8,948.1
biliões)
Fonte: Bureau of Economic Analysis

O comércio dos vinhos 1997 – 2002

1997 1998 1999 2000 2002

Quantidade (milhares de Galões)

51
Importações 120,06 109.73 113,2 128,8 159,59
Exportações 1 0 49 87 7
58,680 71,106 74,24 77,77 73,318
7 6
Trade Deficit 61,381 38,624 39,00 51,11 86,261
Racio: Importações 2.1:1 1.5:1 2 2 2.2:1
e Exportações 1.5:1 1.7:1

Valor das Importações


Valor total $1,715 $1,880 $2,20 $2,25 $2,740
($Milliões) .90 .80 9.70 9.00 .42
Valor por Galão $14.29 $17.14 $19.5 $17.5 $17.17
($) 1 3

alor das Exportações


Total Value $414.6 $531.9 $540. $550. $541.0
($Millões) 0 0 90 50 9
Valor por Galão $7.07 $7.48 $7.29 $7.08 $7.38
($)

Deficite comercial $1,301 $1,348 $1,66 $1.70 $2.199


($Milhões) .30 .90 8.80 8.50 .33
Racio: Importações 4.1:1 3.5:1 4.1:1 4.1:1 5.1:1
e Exportações
Fonte: U.S. Department of Commerce

As importações

52
Ano Importações PIB Importações
(biliões (biliões vs.
USD) USD) PIB
2000 $ 1,218.0 $ 9,824.6 12.4%

2001 $ 1,140.9 $ 10,082.2 11.3%

2002 $ 1,161.4 $ 10,446.2 11.1%

Além de toda a conjuntura adeversa ao crescimento, os EUA


depois de viverem momentos de grande expectativa
relativamente aos ataques do 11 de Setembro, desde então
verificam um ligeiro melhoramento da sua situação
económica, com a bolsa de valores e subir cautelosamente.

O PIB tem vindo a aumentar desde 2000 a uma taxa média


anual de 4%, embora em 2001 o seu crescimento tenha sido
lento, indicador do abrandamento da economia durante
aquele periodo. A taxa de desemprego têm vindo a aumentar
gradualmente contando com uma taxa de 5.8%, em 2002,
reflectindo-se no acautelado aumento do nível de poupança
das famílias.
No entanto, a inflação tem baixado consecutivamente com um
valor mínimo de 1.59% em 2002.

O consumo interno pessoal embora tenha registado valores


inferiores ao rendimento disponível (USD 8,941.1 biliões,
em 2002) tem vindo a crescer a uma média de 3% / ano,

53
justificado pelo poder de compra conferido pelo aumento
dos rendimentos pessoais.

O sector dos vinhos no mercado dos


EUA

Na categoria de vinhos fortificados, Portugal apresenta-se


como o primeiro fornecedor para os EUA com o Vinho do
Porto que exporta na ordem dos 4% do total da sua
produção para os EUA, tendo sido vendidas 420,000.00
caixas durante o ano de 2002.

A instabilidade económica e o excesso de uva em conjunto


com uma excedente quantidade de vinho que não foi
comercializada durante o ano 2001, não foram razões
suficientes para parar o melhoramento da performance dos
produtores de vinhos dos EUA e por surpreendente que seja
este facto, devido à conjuntura adversa ao crescimento das
actividades económicas, o sector dos vinhos neste mercado
terminou o ano com um nivel de consumo nunca visto nos
últimos 16 anos.

54
Tendências de consumo

Foi na categoria dos vinhos de mesa que se deu um aumento


mais significativo, aliàs é também nesta categoria que se
tem vindo a crescer nos últimos 20 anos e neste contexto
tem sido a principal responsável pelo aumento do volume de
vendas do vinho.

O consumo de vinho de mesa nos EUA tem sido associado a


temáticas que defendem o seu consumo por razões de saúde e
qualidade de vida, como também a questões de melhoramento
da oferta por parte dos produtores nacionais e
internacionais neste mercado tem contribuido para o
sucesso deste produto junto do consumidor americano.

55
Assim, neste mercado sofisticado e dinâmico, o consumidor
está cada vez mais informado sobre os produtos que consome
e no caso do vinho esse interesse confirma-se como uma
tendência forte de cada vez mais conhecer o mundo atravéz
dos vinhos que consome, sendo neste contexto um consumidor
aberto a conhecer novos vinhos e de origens até então
desconhecidas.

Em associação com esta tendência de consumo, temos que


salientar o aumento do número de clubes de vinho e de
provas de vinhos que se realizam por todos os estados,
salientando-se assim o interesse geral pelo produto como
também a alargamento deste conhecimento à comida tipica do
pais de origem do vinho.
Ao mesmo tempo que os americanos descobrem os prazeres do
vinho, descobrem também as suas diferenças e variedades
dentro do globo, sendo o Chardonnay o tipo de vinho mais
consumido nos EUA durante o ano de 2002, mas saliento o
aumento do Pinot Grigio (nos brancos) e Shiraz (nos
tintos) como as variedades com mais forte crescimento
neste mercado, actualmente.

Estes vinhos(Pinot Grigio e Shiraz) oferecem ao mesmo


tempo uma qualidade excepcional, uma óptima relação
qualidade/valor e além de tudo, são fácies de beber e
complementam fácilmente qualquer refeição.

Uma das caracteristiscas mais importante para os


produtores que querem ter sucesso no mercado dos EUA é os
seus vinhos serem de fácil compreensão para a palete do

56
consumidor. Se o consumidor conseguir traduzir os sabores
e as sensações dos vinhos que prova, estes mesmos vinhos
têm sucesso garantido.

O vinho espumante em 2002 aumentou 2.2% ou seja, 11.9


milhões de caixas em 2002.
As marcas americanas aumentaram as suas vendas cerca de
0.5% enquanto as marcas importadas aumentaram 5,6% em
2002.

As marcas dos três mais exportados, Itália, França e


Espanha contribuíram para estes aumentos significativos.
Por exemplo a Espanha 5,6% seguidos de 5,5 % dos Astis e
da oferta Francesa.
Os vinhos de sobremesa e fortificados caíram na
preferência dos consumidores, As as excepções foram o Sake
e os Portos importados e Sherris que tiveram uma evolução
positiva em 2002.

A influência do gosto pela comida Asiática irá sustentar o


aumento de vendas do Sake, e mais consumidores se
interessam pelos Portos e Sherris.
Com esta conjuntura, os vinhos fortificados importados
perderam de 1.3% enquanto os importados ganham mais de
0.3%.

57
58
O desempenho da concorrência

Muitos dos produtores da Califórnia e no Novo Mundo têm


seguido esta linha estratégica, complementando-a com
campanhas de comunicação e conceitos de embalagens que vão
de encontro com as necessidades do consumidor, pois este
só vai aderir ao produto se compreender a mensagem que o
mesmo emite.

Por exemplo, a Gallo criou uma “joint-venture” com a


McWilliam’s wines, Australiana para comercializar Hanwood
nos E.U.A.
O mesmo aconteceu com os produtos Luis Martini e Mirassou,
dois emblemáticos produtos de Napa Valley.
Mas o grande negócio de 2002 foi a compra de parte da
empresa Constelation quando comprou BRL Hardy – Oz’s, que
é o maior produtor de vinho em volume de caixas.
O Wine Group foi até Itália e comprou Casarsa e a
Ronasutti, duas das marcas maiores do mercado americano.

A França por exemplo tem vindo a descer a sua cota de


mercado, para países como a Austrália durante os últimos
10 anos, pois não seguiram uma linha de rótulos que o
consumidor consiga aderir, sendo este mais um factor para
o consumidor não aderir aos vinhos de origem frencesa.

Neste contexto, a Itália continua a ser o maior exportador


para os EUA, com os seus vinhos de mesa, ultrapassando a
França, conquistando em 2002 o segundo lugar do ranking.

59
Saliento assim que o consumo global de vinhos em 2002 nos
EUA aumentou cerca de 5%, ou seja, foram consumidos 246,3
milhões de caixas neste mercado, sendo este o maior
aumento desde 1996.

Por exemplo nos vinhos rosé importados, temos 55,6 milhões


de caixas importadas contra 190.7 milhões de produção
doméstica, sendo o aumento dos vinhos rosé importados
cerca de 14,6 %.
De facto estes valores vêm mais uma vez reforçar a ideia
de que os vinhos importados têm ganho quota de mercado, em
detrimento da produção doméstica, e sem sinais de
abrandamento tendo como factores favoráveis de conjuntura,
os cambios e o melhoramento da oferta internacional que
tem, sem margens de dúvida, melhorando e contribuindo para
a qualidade da oferta de vinhos importados nos EUA, isto é
ainda mais verdade se tivermos em consideração os níveis
da economia internacional e a procura por parte do
consumidor estar cada vez mais orientada para valorizar a
melhor relação qualidade/ preço do mercado.

60
A distribuição e a comercialização
do produto

61
A ideia de que o vinho não precisa de ser caro para ser
bom, está a dominar a mensagem dos retalhistas junto dos
seus clientes.
A massificação da venda deste produto por redes de
retalho a nível nacional, promovem a democratatização da
compra do vinho e abriram a possibilidade a conjunto de
marcas e países menos conhecidas no mercado de entrarem no
mercado com uma distribuição de grande escala, dando ao
seu “brand” uma exposição num segmento de mercado que nos
últimos 10 anos tem modificado a estrutura de restalhos
dos EUA.

Exemplo disto é o Walmart (maior retalhista do mundo) ter


introduzido na sua linha de produtos, o vinho da marca
Alcott Rigde produzido pela E&J Gallo em 2000.
No ano de 2001, o Target ( segundo maior retalista no EUA)
também seguio a mesma linha estratégica.
Temos também o exemplo da Trader Joe’s que vendeu cerca de
dois milhões de caixas apenas na Califórnia em 2002, do
vinho Charles Shaw e Two Buck Chuck ao preço de USD$ 1,99
e agora estendeu a venda deste produto pelos EUA a um
preço máximo de USD$2,99.

Aumento da distribuição no retalho e o aumento da


qualidade nos vinhos de preço médio devido ao excesso de
uvas de primeira, resultou numa subida de 6,1% no consumo,
tendo sido consumidas nos EUA 221,o milhões de caixas de
vinho.
O mercado da produção interna ganhou 3,5%, chegando ao
valor de 171,1 milhões de caixas vendidas.

62
Neste mercado as marcas “premium” e superpremium”
obtiveram melhores resultados do que o segmento
“ultrapremium” e como resultado da vontade do consumidor
previligiar o aumento de qualidade do produto por um preço
justo é cada vez mais uma realidade.

Os resultados das vendas das marcas Australianas foram bem


claros neste mercado, como um aumento global de 47% das
suas exportações para este mercado.

A Itália ficou apenas aumentou 14,7% nos EUA, mas podemos


salientar que empresas como Much Aussie, na California
estão a importar da Itália como também as que têm firmado
parcerias entre empresas como Gallo, Constellation /
Canandaigua e The Wine Group respondendo às necessidades
do mercado a às exigências do consumidor, tendo que
aumento a sua oferta e organizando as suas estratégias
numa arena já bastante competitiva.

63
O exemplo do Vinho do Porto em relação à forma como as
marcas se têm implementado no mercado é bastante positivo
para a imagem do sector neste país.

64
Alguns dos vinhos referência
produzidos na Califórnia e que o

65
consumidor americano tem mostrado
preferência

Vinhos da Região da Califórnia


Chardonnay

2001 Far Niente, Napa Valley


seco, encorpado,médio teor de madeira, elevada acidez

1994 Kalin Cellars Cuvee LV, Sonoma County


seco, encorpado, médio teor de madeira, elevada acidez

2000 Mer Soleil, Central Coast


seco, encorpado, elevado teor de madeira, elevada acidez

2000 Rudd Bacigalupi Vineyard, Russian River Valley


seco, encorpado, médio teor de madeira , elevada acidez

2001 Cakebread Cellars, Napa Valley


seco, meio encorpado, fraco teor de madeira , elevada
acidez

2000 Chalk Hill, Chalk Hill


seco, meio encorpado, médio teor de madeira, elevada
acidez

2001 Chateau Montelena, Napa Valley


seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevada
acidez

66
1999 Gallo of Sonoma Estate, Northern Sonoma
seco, encorpado, elevado teor de madeira , elevada acidez

2000 Kunde Estate Winery Reserve, Sonoma Valley


seco, encorpado, elevado teor de madeira, elevada acidez

2000 Newton Unfiltered, Napa Valley


seco, encorpado, médio teor de madeira , elevada acidez

2001 Au Bon Climat Sanford & Benedict Vineyard, Santa Ynez


Valley
seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevada
acidez

2001 Babcock Grand Cuvee, Santa Ynez Valley


seco, meio encorpado, médio teor de madeira , elevada
acidez

2001 Clos LaChance, Santa Cruz Moutains


seco, meio encorpado, médio teor de madeira, meia acidez

2001 Foxen, Santa Maria Valley


seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevada
acidez

2001 Hess Collection, Napa Valley


seco, meio encorpado, fraco teor de madeira , elevada
acidez

67
2000 Kendall-Jackson Great Estates, Santa Barbara County
seco, encorpado, médio teor de madeira, elevada acidez

2001 Sebastiani Dutton Ranch, Russian River Valley


seco, encorpado, fraco teor de madeira, média acidez

2001 Heitz Cellars, Napa Valley


seco, meio encorpado, médio teor de madeira, elevada
acidez

2000 Chateau St.Jean Robert Young Vineyard, Alexander


Valley
seco, encorpado, médio teor de madeira, média acidez

2001 Clos du Bois Reserve, Alexander Valley


seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevada
acidez

2001 Freemark Abbey, Rutherford


seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevada
acidez

2000 Gloria Ferrer, Carneros


seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevada
acidez

2001 Gundlach Bundschu Rhinefarm Vineyard, Sonoma Valley


seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevada
acidez

68
2001 La Crema, Sonoma Coast
seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, média acidez

2000 Murphy-Goode Island Block, Alexander Valley


seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevava
acidez

2001 Silverado Vineyards, Napa Valley


seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevava
acidez

2000 Thomas Fogarty, Santa Cruz Mountains


seco, meio encorpado, médio teor de madeira, elevava
acidez

2001 Fetzer Vineyrds Barrel Select, Mendocino County


seco, meio encorpado, médio teor de madeira, elevava
acidez

2001 Pepi, Napa Valley


seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevava acidez

2001 Santa Barbara Winery, Santa Barbara County


seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevava
acidez

2001 Wente Vineyards, Livermore Valley


seco, meio encorpado, médio teor de madeira, elevava
acidez

69
2001 Cartlidge & Browne, California
seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, média acidez

2001 Dunnewood, Mendocino County


seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevava
acidez

2001 Hess Select, California


seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevava
acidez

*Sauvignon Blanc

2001 Rudd, Napa Valley


seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevava
acidez

2001 Cain Musqué Ventana Vineyard, Monterey


seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevava acidez

2002 Gary Farrel Redwood Ranch, Sonoma County


seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevava acidez

2001 Chalk Hill, Chalk Hill


seco, meio encorpado, médio teor de madeira, média acidez

2001 Spring Mountain Vineyard, Spring Mountain


seco, meio encorpado, médio teor de madeira, elevava
acidez

70
2002 Cakebread Cellars, Napa Valley
seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevava acidez

2001 Grgich Hills Private Reserve Style Fumé Blanc, Napa


Valley
seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevava
acidez

2001 Matanzas Creek Winery, Sonoma County


seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevava acidez

2001 Mayacamas, Napa Valley


seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevava acidez

2001 Robert Mondavi Winery Fumé Blanc, Napa Valley


seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevava
acidez

2002 Beckmen Vineyards, Santa Ynez Valley


seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevava acidez

2002 Davis Bynum Fumé Blanc Shone Farm, Russian River


Valley
seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevava acidez

2000 Dry Creek Vineyards Reserve Fumé Blanc, Dry Creek


Valley
seco, meio encorpado, médio teor de madeira, elevava
acidez

71
2001 Frogs’s Leap, Rutherford
seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevava acidez

2001 Beringer Appellation Collection, Napa Valley


seco, meio encorpado, sem teor de madeira, média acidez

2002 Bogle Vineyrds, California


seco, meio encorpado, sem teor de madeira, média acidez

2001 Chateau Potelle. Napa Valley


seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevada acidez

2001 Chateau Souverain, Alexander Valley


seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevada acidez

2000 Pepi Two-Heart Canopy, California


seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevava
acidez

2001 Santa Barbara Winery, Santa Ynez Valley


seco, meio encorpado, sem teor de madeira, média acidez

2002 Shenandoah Vineyards, Amador County


seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevada acidez

2001 Dynamite Vineyards, North Coast


seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevada acidez

72
*Cabernet Sauvignon

2000 Arns, Napa Valley


seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

2000 Fisher Vineyards Coach Insignia, Napa Valley


seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1998 Heitz Cellars Martha’s Vineyard, Napa Valley


seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

2000 Kathryn Kennedy, Santa Cruz Mountains


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

1999 Miner, Oakville


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Ridge Monte Bello, Califórnia


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Caymus Vineyrds, Napa Valley


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

1999 Chalk Hills, Napa Valley


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

1999 Clos Pegase Hommage, Napa Valley


seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1999 Grgich Hills, Napa Valley

73
seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1999 Nickel & Nickel Dragonfly Vineyard, Napa Valley


seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1999 Sebastini Cherryblock, Sonoma Valley


seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1999 Silverado Vineyards, Stags Leap District


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Cakebread Cellars, Napa Valley


seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1999 Carmenet Moon Mountain Reserve, Sonoma Valley


seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1998 Davis Bynum Laureles Estate Vineyard, Russian River


Valley
seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

1999 Fife Reserve, Spring Mountain District


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

1999 Freemark Abbey, Napa Valley


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

1998 Gallo of Sonoma Stefani Vineyard, Dry Creek Valley


seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

74
1999 Hess Collection, Mount Veeder
seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

1999 Louis M.Martini Monte Rosso Vineyard, Sonoma Valley


seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1999 Rabbit Ridge Winemaker’s Grand Reserve, Sonoma County


seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1999 Rodney Strong Alden Vineyards, Alexander Valley


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Shafer, Napa Valley


seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

2000 Stonestreet, Alexander Valley


seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1999 William Hill Winery Reserve, Napa Valley


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

1998 Marcelina, Napa Valley


seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

2000 Sequoia Grove, Napa Valley


seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

2000 Terra Valentine Spring Mountain District, Napa Valley


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

75
2000 Benziger Family Winery, Sonoma County
seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1999 Kendall-Jackson Vinter’s Reserve, California


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

1999 Lake Sonoma Winery, Alexander Valley


seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

2000 Bogle Vineyards, California


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Fetzer Vineyards Five Rivers Ranch, Central Coast


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

*Merlot

2000 Rutherford Hill Reserve, Napa Valley


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Fisher Vineyards RCF Vineyards, Napa Valley


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez
1999 Chalk Hill, Chalk Hill
seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Newton Unfiltered, Napa Valley


seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1999 Thomas Fogarty, Santa Cruz Mountains

76
seco, meio encorpado, ton escuro, elevada acidez

1999 Trefethen Vineyards, Napa Valley


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

1999 Atalon, Napa Valley


seco, meio encorpado, tom escuro, elevada acidez

2000 Benziger Family Winery, Sonoma County


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Clos du Bois Reserve, Alexander Valley


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Clos Du Val, Napa Valley


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

1999 Freemark Abbey, Rutherford


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Gainey, Santa Ynez Valley


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Markham Vineyards, Napa Valley


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Rabbit Ridge Erich Russell Stagecoach Vineyard, Napa


Valley
seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

77
2000 Marcelina, Napa Valley
seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

2000 Dynamite Vineyards, North Coast


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Chateau St. Jean, Sonoma County


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Kendall-Jackson Vintner’s Reserve, California


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Rodney Strong, Sonoma County


seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

2001 Echelon, Central Coast


seco, meio encorpado, tom escuro, elevada acidez

2001 Cartlidge & Browne, California


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Dunnewood Vineyrds, Mendocino County


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

* Pinot Noir

2000 Etude Heirloom, Carneros


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

78
2000 Gary Farrel Rochioli-Allen Vineyards, Russian River
Valley
seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

1995 Kalin Cellars Cuvee DD, Sonoma County


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 ZD Wines Reserve, Carneros


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Joseph Swan Vineyards Steiner Vineyard, Sonoma


Mountain
seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Acacia Beckstoffer Las Amigas Vineyard, Carneros


District
seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Iron Horse Vineyrds Thomas Road, Sonoma County/ Green


Valley
seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Barham Mendelsohn, Russian River Valley


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Belle Glos, Santa Maria Valley


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Foxen Bien Nacido Vineyard, Santa Maria Valley


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

79
2000 Morgan Double L Vineyard, Santa Lucia Highlands
seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Hartford, Sonoma Coast


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Navarro Vineyerds Méthode à lÁncienne, Anderson


Valley
seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Domaine Carneros, Carneros


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Edmeades, Anderson Valley


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Handley, Anderson Valley


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 La Crema, Anderson Valley


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Edna Valley Paragon, Edna Valley


seco, meio encorpado, tom médio, média acidez

2001 Indigo Hills, North Coast


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Beringuer Founders’Estate, California

80
seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Cartlidge & Browne, California


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

*Zinfadel

2000 Limerick Lane Collins Vineyard, russian River Valley


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Ridge Lytton Springs, California


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Joseph Swan Vineyards Zeigler Vineyards, Russian


River Valley
seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Gary Farrel Maple Vineyards, Dry Creek Valley


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Rancho Zabaco Chiotti Vineyard, Dry Creek Valley


seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

2001 Robert Biale Spenker Vineyard, Lodi


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Rosenblum Cellars Monte Rosso Vineyard, Sonoma Valley


seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

2000 Fife Old Vines, Napa Valley

81
seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

2000 Grgich Hills, Napa Valley


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Joseph Swan Vineyards Late Picked, Sonoma County


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Kunde Century Vines Shaw Vineyard, Sonoma County


seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1999 Mazzocco Quinn Vineyard, Dry Creek Valley


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Jepson Poma Ranch, Mendocino


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Louis M. Martini Monte Rosso Vineyard, Sonoma Valley


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

NV Rosenblum Cellars Vinter’s Cuvee XXV, California


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Rabbit Ridge, Sonoma County


seco, meio encorpado, tom escuro, elevada acidez

2000 Sebastiani, Sonoma County


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Wild Horse, Paso Robles

82
seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Buena Vista, California


seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Cartlidge & Browne, California


seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

As despesas na promoção também aumentaram cerca de 8.6%

Turning Leaf --------------- $ 12.0 Milhões


Bella Serra ---------------- $ 11.5 Milhões

A imprensa escrita representa cerca de 47.1% do total


gasto na promoção.

Revistas ---------------- 14.3%


Jornais ---------------- 7%
Outdoors --------------- -51%
Televisão --------------- 39,4%
Rádio ------------------ 13,5%

83
Nesta conjuntura podemos afirmar que o futuro dos vinhos é
promissor e segundo o Adams Wine Handbook prevê que o
consumo nos próximos 5 anos aumente até 276.2 milhões de
caixas vendidas até 2007, ou seja um aumento anual de
2.3%.
A grande tendência no aumento das vendas dos vinhos de
mesa, espera-se que continue, ou seja projecta-se cerca de
2.6% de aumento até 2007 nesta categoria.

Em relação ao Shiraz/ Syrah e Pinot Noir prevê-se um


aumento ainda maior.
Pinot Grigio e o Sauvignon Blanc, no vinho branco têm o
maior aumento.

Os vinhos espumantes e champanhe também irão aumentar,


cerca de 1.7%.

Os Vermoutes e os os vinhos aperitivos cresceram cerca de


0.8%.

O recente relatório do U.S. Treasury Dept. Tax and Trade


Bureau eram positivos para a Indústria.
As consolidações entre as distribuições vão ser uma
realidade no sector, como também é esperado a criação de
uma “jointventure” com empresas americanas e
internacionais no sentido de tornar o vinho com uma
distribuição global.

84
85
Disposições Legislativas e
Regulamentares

Regime Geral de Importação

Embora a maioria dos bens possa entrar livremente nos EUA,


a importação de
certas categorias de produtos provenientes de alguns
países pode ser proibida ou
condicionada, de modo a proteger a economia e a segurança
do mercado,
salvaguardar a saúde e o bem estar dos consumidores e
preservar a vida animal
e vegetal.
Apesar de este país apresentar uma economia de mercado
aberta ao exterior existe, ainda, um acentuado pendor
proteccionista sobre o comércio de mercadorias. A
complexidade da regulamentação técnica e a exigência de
procedimentos “standard” podem também constituir entraves
no acesso ao mercado.

A entrada de determinadas mercadorias neste território


(como sejam os produtos
agrícolas, lacticínios, cervejas e vinho, chocolates,
amendoins, açúcar, xarope,
melaço, queijo, trigo, algodão, têxteis e artigos de
vestuário, tabaco e veículos

86
motorizados) pode encontrar-se, temporariamente,
condicionada à aplicação de
um sistema de quotas - absolutas ou tarifárias –
administradas pelos serviços
alfandegários.

A importação das bebidas alcoólicas, animais vivos e seus


produtos,
medicamentos, vegetais, frutos frescos e secos e
lacticínios está sujeita a
emissão de uma licença por parte dos organismos
governamentais competentes
como sejam o “Department of Commerce”, o “Department of
Agriculture”
ou a “Food and Drug Administration”.

Por razões de saúde e segurança públicas e do meio


ambiente, é exigida a
apresentação de um certificado veterinário quando se trate
da importação de
animais vivos, carnes e produtos derivados, e
fitossanitário para plantas e
produtos de origem vegetal. Poderá ser exigido, também, um
certificado de
inspecção, que será emitido pelo “Animal and Plant Health
Inspection
Service”, do Departamento da Agricultura.
Há que atender que os bens que se destinem ao consumo
devem observar as

87
regras vigentes em termos de rotulagem. Os géneros
alimentícios devem,
obrigatoriamente, conter um rótulo nutricional, no qual se
encontram inscritos os
principais nutrientes utilizados na sua composição.

As mercadorias encontram-se classificadas de acordo com o


“Harmonized Tariff
Schedule of the United States” (HTSUS). A maioria dos bens
importados
(incluindo os provenientes da UE) estão sujeitos às
imposições aduaneiras
decorrentes da aplicação da “Cláusula da Nação Mais
Favorecida”, ao abrigo da
qual os países contratantes se comprometem a alargar às
suas trocas comerciais
recíprocas as vantagens aduaneiras que venham a conceder a
um país terceiro.
Os EUA são signatários do “Acordo de Valoração Aduaneira”,
celebrado no âmbito
da OMC. Este acordo estabelece regras precisas quanto à
determinação do valor
dos bens, com vista à aplicação de um sistema justo,
uniforme e neutro.
No âmbito do mesmo são aplicados três métodos
diferenciados de tributação:
taxa “ad valorem” (percentagem sobre o valor das
mercadorias – actualmente o
valor médio dos direitos aduaneiros “ad valorem” cifram-se
em 5%); taxa

88
específica (cujo montante é determinado por unidade ou
peso dos produtos); e
taxa composta (combinação das taxas anteriores).
Os EUA não aplicam o Imposto sobre o Valor Acrescentado
(IVA), à semelhança
do que se verifica na Europa. No entanto, em certos
Estados e Colectividades
Locais existe um encargo denominado – Sales Tax – que
incide sobre o preço de
venda de bens e serviços.
Se os bens não tiverem sido tributados pelo "Sales tax",
há lugar ao pagamento
da "User Tax" que tributa a utilização, no território de
um determinado Estado,
de bens ou serviços adquiridos no exterior.
Os Impostos Especiais que são aplicados sobre a produção,
venda e/ou
consumo, incidem nomeadamente, no alcóol, tabaco,
combustível e na maioria
dos automóveis, assim como em certos serviços como o do
transporte aéreo e de
comunicações.
Para além dos encargos aduaneiros, incidem, também, sobre
as mercadorias
importadas os seguintes tributos: “Merchandise Processing
Fee" e o "Harbor
Maintenance Tax".
De referir que não existe uniformidade relativamente aos
vários impostos

89
existentes, pelo que as taxas variam em função da
localidade e do Estado.

Direitos Alfandegários/
Bioterrorismo nos EUA.

FDA - Food and Drug Administration


"Facts Sheets" - EUA - Novas Regras para a importação de
produtos alimentares

No âmbito das Novas Regras para a importação de produtos


alimentares nos EUA, recomendamos aos exportadores
nacionais interessados a consulta ao site
http://www.fda.gov/oc/bioterrorism/furls, nomeadamente
poderá consultar neste artigo o link da Notificação Prévia
no que concerne ao Bioterrorism Act.
Chama-se a atenção para o facto que estas provisões têm
carácter interino, o que permite ao FDA continuar a
aceitar comentários sobre a implementação desta Lei.

Os "Fact Sheets" contêm os elementos principais dos


regulamentos e seu período de implementação.

O Gabinete de Assuntos Agrícolas, da Embaixada dos EUA, em


Portugal, continuará a divulgar novas informações acerca
desta matéria assim que disponibilizadas por Washington.

Para quaisquer esclarecimentos sobre os novos regulamentos


contactar Leonor Ramos do Gabinete de Assuntos Agrícolas

90
da Embaixada dos EUA (Av. Das Forças Armadas - Lisboa),
telefone 217702354 e/ou RamosM2@state.gov ou
RamosL@faz.usda.gov. ou contactar a Delegação do ICEP, em
Nova Iorque, psantos@portugal.org / 212.354.4610.

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Os mais visitados websites relacionados com o vinho.

1. Wine Spectator Magazine


www.winespectator.com

2. Robert Parker Online


www.robertparker.com

3. Local Wine Events.com


www.localwineevents.com

92
4. Karly Wines
www.karlywines.com

5. Jefferson Vineyards
www.jeffersonvineyards.com

Acções de Promoção para os Vinhos de Mesa no contexto da


parceria ICEP/ANDOVI(2004)

European Wine Council


A promoção dos vinhos no contexto do European Wine Council é um
bom exemplo de como levar a mensagem da qualidade e diferenciação dos vinhos portugueses
junto dos segmentos de mercado com alto potencial de consumo e da imprensa especializada.

Vinexpo Americas
Esta feira dos sector será sem dúvida um evento de
referência pora os produtores mostrarem os seus vinhos aos
profissionais do sector dos vinhos, tanto ao retalhista
como à imprensa.

Boston Wines Expo


Sensibilizar o consumidor, e permitir o conhecimento dos
vinhos portugueses num evento que tradicionalmente é uma
referência para o sector na costa Este dos EUA.

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Visita de Retalhista Americanos a Portugal
Visita de Jornalistas Americanos a Portugal
A estratégia de levar a Portugal líderes de opinião,
jornalistas, retalhista e educadores de vinho pode
permitir uma maior atenção sobre Portugal como fornecedor
alternativa para o mercado americano.

Miami Wine Festival


O mercado da Florida está identificado como um estado com
alto potêncial para a venda e promoção dos nossos vinhos.
Seminários especializados devem ser um prioridade junto
dos retalhista e imprensa.

Prova de Vinhos
Em 2004 Wines of Portugal tem planeado provas nas cidades
de Chicago, S.Francisco, Miami e Nova Iorque.

Elaboração de Brochura
Já foi iniciada a elaboração de uma brochura de promoção
de vinhos de mesa para o mercado dos EUA.

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