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Sem política definida que não seja a que lhes é imposta pelo Ministério das Finanças, os
responsáveis do ME limitam-se a anunciar medidas umas atrás das outras, cada qual mais
gravosa do que a anterior, procurando atingir os seus objectivos economicistas à custa do
emprego, dos salários e da estabilidade dos docentes; à custa da organização e do funcionamento
das escolas; à custa da qualidade do ensino!
…as brutais reduções salariais impostas aos docentes ensino português no estrangeiro;
…a alteração do horário nocturno das escolas;
…a alteração do conceito e do cálculo do valor da hora lectiva extraordinária;
…os recibos verdes ilegais impostos aos docentes das “AEC”;
…as ilegalidades impostas na carreira: “ultrapassagens”, “paralisação” por ausência de
legislação, entre outras;
…a falta de formação contínua gratuita;
…a progressiva fragilização dos apoios sociais aos estudantes e às suas famílias;
…a falta de trabalhadores não docentes nas escolas;
…a ausência de medidas que reforcem a autoridade do professor na escola;
…a falta de medidas preventivas à proliferação da indisciplina na escola;
…a ausência de negociação efectiva;
…a falta de política educativa!
Nunca, como hoje, foram tantas e tão graves as medidas impostas às escolas e aos
professores. Nunca, como hoje, a Escola Pública foi tão posta em causa. Nunca, como hoje, a
Educação de qualidade correu tantos riscos. Nunca, como hoje, os professores e educadores
foram tão atacados nos seus direitos, na sua carreira, nos seus salários, na sua profissionalidade.
Por estas razões, a contestação sente-se cada vez mais forte nas escolas, sendo certo que, em 12
de Março, se traduzirá num primeiro momento de regresso à rua de milhares de docentes que,
após o plenário no Campo Pequeno, se dirigirão para o Ministério da Educação, manifestando-se
aí contra estas medidas, estas políticas e os políticas que as decidem e aplicam!