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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA


SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES I
PROFESSOR FRED SIZENANDO

Relatório de Sistemas de Comunicação Via Satélite

Alunos:
Érico Barreto de Oliveira
João Maria Vital de Paiva

Natal, maio de 2007


INTRODUÇÃO

Um satélite é basicamente qualquer objeto que gira em torno de um


planeta, em um trajeto circular ou elíptico. Eles podem ser classificados em
duas categorias: os naturais e os artificiais. Como exemplo de um satélite
natural e original da Terra, temos a Lua.
Por outro lado e, como foco principal de nosso estudo, estão os Satélites
Artificiais, que foram fabricado e colocados em órbita pelo homem. Existem
dados que indicam que já foram lançadas mais de 22.000 unidades até os dias
atuais. E para evitar o caos total no céu, acordos internacionais a respeito de
quem pode usar quais freqüências e segmentos de órbita foram e estão sendo
assinados.

CATEGORIA DOS SATÉLITES

Os satélites artificiais são agrupados em categorias, de acordo com os


objetivos principais a que foram concebidos. Dentre os quais podemos
destacar:

a) Os Satélites Militares
Na década de 50 foram lançados os primeiros satélites militares com o
objetivo de efetuar o reconhecimento fotográfico do território inimigo.
O mais famoso exemplo de utilização de satélite militar, que é bastante
difundido nos dias atuais na sociedade civil, é o satélite de posicionamento
global – GPS, que utilizando três ou mais satélites em órbita, torna possível a
localização praticamente exata (com erros que variam de 5 a 20 metros) de
objetos ou pessoas que estejam “acoplados” ou fazendo uso de um sinalizador.

b) Os Satélites Científicos
Os satélites científicos têm o propósito de auxiliar o homem na
exploração do espaço e assim obter mais conhecimento da Terra, do sistema
solar e do universo como um todo.

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c) Os Satélites Meteorológicos
Tem basicamente a função de coletar dados meteorológicos, tais como:
pressão atmosférica, temperatura, velocidade dos ventos, etc. Além de poder
de certa forma “prever” fenômenos ou catástrofes naturais, para que o homem
tenha condições de tentar amenizar suas conseqüências.

d) Os Satélites de Recursos Naturais ou de Observação da Terra


São destinados à coleta de dados sobre a superfície terrestre, para fins
de levantamentos dos recursos naturais renováveis e não renováveis, bem
como a preservação de áreas de proteção ambiental e de segurança pública.

e) Os Satélites de Comunicações
São satélites utilizados na transmissão mundial de informações
telefônicas e televisivas. Os satélites de comunicações foram os primeiros e
são hoje os mais sólidos em termos de uso comercial do espaço. Estes podem
ter acessos múltiplos, isto é, servir simultaneamente a diversas estações
terrestres de localidades ou mesmo de países diferentes.

HISTÓRICO

O 1° Satélite artificial foi lançado pela URSS em 4 d e


outubro de 1957, O Sputnik era uma bola metálica de 58 cm e
83 kg. Ele não tinha nenhuma função, a não ser transmitir um
sinal de rádio, "beep".

O 1º Satélite de Telecomunicação foi o Telstar, lançado


pelos norte-americanos em 1962. Entre 1957 e 1962 a
utilização ficou restrita ao uso militar. Mas a criação do
TELSTAR 1, construído e financiado por uma industria
privada, lançou uma revolução nas telecomunicações,
marcando assim, o início do comércio espacial.

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O 1º Satélite brasileiro foi o Brasilsat A1. Foi ele que
veio dar ao Brasil independência nos serviços de
telecomunicações via satélite, através da antiga empresa
estatal Embratel, hoje privatizada. Antes dele a Embratel
apenas alugava transmissores de satélites de terceiros.

TIPOS DE ÓRBITAS

Existem três tipos básicos de órbitas, dependendo da posição do satélite


em relação à Terra:
- Órbita assíncrona;
Descrevem uma órbita pré-selecionada, mas que não segue
qualquer padrão como velocidade de rotação da terra ou ponto de
referência terrestre.
- Órbita polar;
Neste caso os satélites giram em torno da terra, no sentido
“perpendicular” ao movimento de rotação terrestre. Atravessando os
eixos de norte a sul.
- Órbita geoestacionária;
Os satélites descrevem uma órbita tal, que para um observador
em repouso na terra os satélites estarão sempre na mesma posição. Na
realidade estes estão em repouso, tendo suas rotas apenas corrigidas
por propulsores a gás.
Para o estudo das Telecomunicações é importante saber que a
maioria dos satélites usados para este fim são satélites
geoestacionários.

FAIXA DE ALTITUDE

Existem duas zonas de elevada densidade de partículas radiativas em


órbita da Terra, denominadas de cinturões de Van Hallen, e que compreendem
as faixas de altitudes de 1500 - 5000 km e 13000-20000 km.

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A radiação existente nestas zonas deterioraria o equipamento dos
satélites sendo, portanto, impróprias para órbitas. Como decorrência destes
cinturões, as diversas órbitas são classificadas de acordo com a faixa de
altitude em que podem ser encontradas. Sendo assim podemos dividi-las em:
a) LEO (baixa órbita terrestre):
- Abaixo dos 2.000Km;
b) MEO (média órbita elíptica terrestre):
- Entre 5.000Km e 15.000Km;
c) HEO (alta órbita elíptica terrestre):
- A partir de 20.000Km.
Destacamos que para o uso das telecomunicações, a faixa mais
adequada e mais utilizada é a HEO, onde se encontram, em geral, satélites
posicionados a aproximadamente 36.000Km de altitude.

SATELITES DE COMUNICAÇÃO

Os satélites de comunicação possuem algumas propriedades


interessantes, que os tornam atrativos para muitas aplicações. Um satélite de
comunicação pode ser considerado como um grande repetidor de microondas
no céu. Ele contém diversos transponders. Cada um deles ouve uma parte do
espectro, amplifica os sinais de entrada e os transmite novamente em outra
freqüência, para evitar interferência com o sinal de entrada.

Os satélites de comunicação,
em sua maioria, localizam-se na
altitude de aproximadamente 36.000
Km acima do equador, sendo o
período do satélite de 24 horas.
Portanto, ele gira na mesma
velocidade que a Terra. Para um observador que examina um satélite em uma
órbita equatorial circular, o satélite está parado em um local no céu,
aparentemente imóvel.

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Uma situação em que o satélite permanece na mesma posição é
extremamente desejável, pois, caso contrário, seria necessária uma antena
orientável para rastreá-lo.
Com a tecnologia atual, não é muito inteligente ter satélites com espaços
menores que 2 graus no plano equatorial de 360 graus, para assim evitar
interferência.
Com um espaçamento de 2 graus, só podem haver 360/ 2 = 180
satélites de comunicação geossíncronos ao mesmo tempo no céu. Alguns
desses segmentos de órbita são reservados para outras classes de usuários
(por exemplo, transmissões televisivas, uso governamental e militar etc.).

APLICAÇÕES

As aplicações onde as comunicações via satélites são mais indicadas,


são aquelas em que se deseja espalhar a mesma informação por uma região
geográfica muito extensa como, por exemplo, para TV e internet. Ou ainda
quando se deseja atingir localidades remotas como, por exemplo, campos de
mineração, madeireiras, propriedades rurais e postos em rodovias. Ou
naquelas em que o tempo de implantação for muito rápido, ou de uso
ocasional, como, por exemplo, para shows, rodeios, corridas de automóvel.

COMUNICAÇÃO VSAT

Exemplificação da configuração básica do sistema de comunicação via satélite.

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Nesta configuração existe um segmento terrestre compreendido por um
HUB e estações remotas (estação terminal de usuário). Estas podem ser
TVRO, que são aquelas usadas apenas para recepção de TV. Ou ainda VSAT
estação transmissora e/ou receptora para telefonia, dados e tv interativa.

A rede de comunicações VSAT (Very Small Aperture Terminal) foi


idealizada no fim da década de 80, com o objetivo inicial de integrar unidades
separadas por longas distâncias. Seu nome refere-se a qualquer terminal fixo
usado para prover comunicações interativas, ou somente de recepção.

REDE VSAT

A rede é constituída por três componentes fundamentais: HUB, VSAT e


satélite de transmissão. O satélite é o componente mais critico do sistema
VSAT, pois caso haja algum problema nos seus painéis solares ou no controle
do seu sistema de geonavegação, simplesmente não há comunicação.
Na estação VSAT encontramos duas unidades físicas distintas, a
Unidade Externa (ODU – “outdoor unit”) e a Unidade Interna (IDU – “indoor
unit”). Na ODU fica a antena, alimentador e a parte de RF, o transmissor e o
receptor propriamente dito. Na IDU fica toda a parte de banda básica,
constituída essencialmente do modem. A IDU se conecta à ODU por meio de
cabos coaxiais onde a transmissão é feita a nível de frequência intermediária
(FI), geralmente na faixa de 2 GHz. A distância máxima que a ODU pode ficar
da IDU varia de 50 a 100 metros.

TOPOLOGIA

A rede VSAT pode ser dividida em dois tipos de topologia: estrela ou


malha, em geral a topologia tipo estrela é mais utilizada.
Na topologia em estrela as estações VSAT se comunicam
exclusivamente com a estação HUB, conforme o desenho que segue:

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Já na topologia em malha qualquer um dos terminais VSAT se comunica
por intermédio somente do satélite, diretamente com um ou mais terminais,
este tipo de topologia é extremamente útil quando se deseja diminuir o tempo
de atraso de uma transmissão, já que há somente um salto entre os pontos.

BANDAS DOS SITEMAS VSAT

A primeira banda a ser explorada comercialmente foi a banda C. Esta


trabalha com freqüências menores, por isso apresenta elevada interferência, já
que há compartilhamento com os enlaces de microondas, o que dificulta
principalmente a recepção do sinal.
A banda Ku, bastante utilizada atualmente, possui uma desvantagem
natural devido às altas freqüências: a chuva. Para minimizar este problema
duas técnicas são utilizadas atualmente. A primeira e mais comum é aumento
da potência de transmissão tanto do satélite quanto dos terminais durante
períodos de chuva mais intensa. A outra, é a utilização de diversidade de sítio,
que consiste de HUB’s adicionais e distanciadas entre si de modo a propiciar
percursos alternativos sem chuva intensa no enlace HUB-satélite.

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Como a ganho da antena é dependente da freqüência, obviamente
teríamos diâmetros maiores para menores freqüências. Desta forma, a banda
C utiliza antenas maiores que as utilizadas nas bandas Ku.

APLICAÇÃO

Um satélite típico possui de 10 à 20 transponders, cada um com uma


largura de banda de 36 à 50 MHz. Um transponder de 50 Mbps pode ser usado
para codificar um único fluxo de dados de 50 Mbps, 800 canais de voz digitais
de 64 Kbps ou várias outras combinações.

ALOCAÇÃO DE CANAIS

A alocação dos canais que citamos no exemplo acima, trata-se da forma


como se dará o envio e recepção dos vários sinais em transito de diversos
usuários, podendo ser tratada de duas maneiras:

PAMA (“Permanent Assignment Multiple Acess”). Aqui cada “usuário”


tem um endereço fixo, de forma que ninguém pode utilizar um outro caminho,
ainda que não esteja em uso e de igual forma o usuário não pode usar outros
canais, ainda que livres, para transmissão e recebimento de dados;

DAMA (“Demand Assignment Multiple Access”). Neste caso, a medida


em que os usuários vão deixando de utilizar o sistema, aqueles canais em
aberto ficam disponíveis para novos usuários e novos acessos, permitindo uma
melhor otimização do uso deste satélite.

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BANDA DOS SITEMAS VSAT

Seja a alocação de canais PAMA ou DAMA, existe uma variedade de


métodos de acesso e partilhamento de canais. Os principais são mostrados a
seguir:

TDMA (“Time Division Multiple Acess”) ou acesso múltiplo por divisão de


tempo, no qual a cada canal está associado um intervalo de tempo que se
repete periodicamente;

FDMA (“Frequency Division Multiple Access”) ou acesso múltiplo por


divisão de frequência, no qual a cada canal está associada uma frequência;

FTDMA (“Frequency Time Division Multiple Access”) ou acesso múltiplo


por divisão de frequência e tempo, que é uma combinação dos dois anteriores,
onde cada canal está associado um par ordenado de frequência e intervalo de
tempo;

CDMA (“Code Division Multiple Access”) ou acesso múltiplo por divisão


de código, que utiliza a técnica de espalhamento espectral (“spread spectrum”)
onde a cada canal está associado um código, que é a chave de decodificação
daquele canal.

BIBLIOGRAFIA:

• http://eletronicos.hsw.com.br/satelites.htm
• http://grade01.lncc.br/~lrodrigo/estacio/redes/apostila.pdf
• http://www.agnaldo.net-universo-apostila1.doc
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lite_artificial
• http://www.anatel.gov.br/satelite
• http://www.aeb.gov.br

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