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Fonte: http://www.marxists.org/portugues/stalin/1952/problemas/index.htm
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Índice
Observações Sobre as Questões Econômicas Referentes à Discussão de Novembro de
1951
8 — Outras questões
7) A renda nacional
8) Sobre o capítulo especial do Manual, que trata de Lênin e Stálin como criadores da
Economia Política do Socialismo
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J. V. Stálin
Significa isso, por exemplo, que os resultados da ação das leis da natureza, os
resultados da ação das forças da natureza, sejam em geral inelutáveis, que as ações
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destrutivas das forças da natureza se manifestam sempre e em toda parte, como uma
força inexorável e espontânea, que não se submete à influência do homem? Não, não
significa. Se se excluírem os processos astronômicos, geológicos e alguns outros
análogos, nos quais os homens, mesmo conhecendo as leis do seu desenvolvimento,
são realmente incapazes de influir, em muitos outros casos os homens estão longe de
ser incapazes, quanto à possibilidade de influir nos processos da natureza. Em todos
esses casos, os homens, conhecendo as leis da natureza, tomando-as em consideração
e apoiando-se nelas, tendo capacidade de aplicá-las e utilizá-las, podem limitar sua
esfera de ação, dar às forças destrutivas da natureza outra direção, transformar as
forças destrutivas da natureza em benefício da sociedade.
Significa isto que os homens aboliram assim as leis da natureza, as leis da ciência,
que criaram novas leis da natureza, novas leis da ciência? Não, não significa. Na
verdade, toda essa operação para evitar as ações destruidoras da força das águas e
para sua utilização no interesse da sociedade, ocorre sem qualquer infração,
modificação ou supressão das leis da ciência, sem a criação de novas leis da ciência. Ao
contrário, toda essa operação se realiza exatamente à base das leis da natureza, das
leis da ciência, porque qualquer infração às leis da natureza, a mais insignificante das
infrações, conduziria apenas à desorganização, ao fracasso.
Uma das peculiaridades da economia política consiste no fato de que as suas leis,
diferentemente das leis das ciências naturais, não são permanentes. Pelo menos a
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"As leis de sua própria atividade social, que até agora se opunham
aos homens como leis naturais estranhas, que os submetiam ao seu
domínio, são aplicadas, agora, pelo homem, com pleno
conhecimento* de causa, e, por conseguinte, dominadas por ele".
Como se vê, a fórmula de Engels não fala de nenhum modo em favor daqueles
que pensam que no socialismo é possível abolir as leis econômicas existentes e criar
outras novas. Ao contrário, ela exige não a abolição, mas o conhecimento das leis
econômicas e sua sábia aplicação.
Diz-se que as leis econômicas têm um caráter elementário, que a ação dessas leis
é inelutável, que a sociedade é impotente diante delas. Isto não é certo. Isto é fazer
das leis um fetiche e fazer do homem escravo das leis. Está provado que a sociedade
não é impotente ante as leis, que a sociedade pode, conhecendo as leis econômicas e
apoiando-se nelas, limitar sua esfera de ação, utilizá-las no interesse da sociedade e
"amansá-las", como acontece em relação às forças da natureza e suas leis, como
sucede no exemplo acima apresentado sobre o transbordamento dos grandes rios.
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Diz-se que algumas leis econômicas, entre elas a lei do valor, em ação em nosso
país, no socialismo, são leis "transformadas" ou mesmo "radicalmente transformadas",
à base da economia planificada. Isso também não está certo. Não se pode
"transformar" leis e ainda menos "radicalmente". Se é possível transformá-las, então é
possível também aboli-las, substituindo-as por outras leis. A tese da "transformação"
das leis é uma sobrevivência da fórmula incorreta sobre a "abolição" e "formação" das
leis. Embora a fórmula da transformação das leis econômicas, há muito tempo já
esteja em uso em nosso país, temos que repudiá-la no interesse da exatidão. É possível
limitar a esfera de ação de umas ou outras leis econômicas, é possível evitar suas
ações destrutivas, desde que, naturalmente, estas existam, mas não se pode
"transformá-las" ou "aboli-las". Por conseguinte, quando se fala de "subjugação" das
forças da natureza ou das forças econômicas, de "domínio" sobre elas, etc., isto
absolutamente não quer dizer que os homens possam "abolir" "as leis da ciência" ou
"formá-las". Ao contrário, com isto quer-se dizer somente que os homens podem
descobrir as leis, conhecê-las, assimilá-las, aprender a aplicá-las com pleno
conhecimento de causa, utilizá-las no interesse da sociedade e dessa maneira subjugá-
las, chegar a exercer domínio sobre elas.
Assim, as leis da economia política no socialismo são leis objetivas, que refletem a
regularidade dos processos da vida econômica, que se realizam independentemente
da nossa vontade. Negar esta tese é negar, na essência, a obra da ciência; e negar a
ciência é negar a possibilidade de qualquer previsão; e, por conseguinte, é negar a
possibilidade de dirigir a vida econômica.
Poderão dizer que tudo quanto foi dito aqui é correto e universalmente
conhecido, mas que não há nada de novo em tudo isso e que, portanto, não vale a
pena perder tempo nessa repetição de verdades por todos conhecidas. Sem dúvida,
aqui não há realmente nada de novo, mas seria incorreto pensar que não vale a pena
perder tempo na repetição de algumas verdades por nós conhecidas. Cada ano se
aproximam de nós, que somos o núcleo dirigente, milhares de novos quadros, de
quadros jovens, que calorosamente desejam ajudar-nos, que ardentemente desejam
mostrar de quanto são capazes, mas não têm bastante educação marxista, não
conhecem muitas verdades por nós bem conhecidas e são obrigados a tatear nas
trevas. Estão atordoados pelas colossais conquistas do Poder Soviético; os
extraordinários êxitos do regime soviético põem-lhes a cabeça tonta e eles começam a
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imaginar que o Poder Soviético "tudo pode", que "nada o detém", que pode abolir as
leis da ciência, formar novas leis. Como devemos proceder com estes camaradas?
Como educá-los no espírito do marxismo-leninismo? Penso que a repetição sistemática
das chamadas verdades "universalmente conhecidas", e a sua paciente explicação é
um dos melhores meios de dar a esses camaradas uma educação marxista.
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J. V. Stálin
"Uma vez que a sociedade tome posse dos meios de produção, será
eliminada a produção mercantil e simultaneamente o domínio dos
produtos sobre os produtores" (ver "Anti-Dühring").
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Faço abstração, neste caso, da importância que tem para a Inglaterra o comércio
exterior, com seu enorme peso específico na economia nacional. Penso que somente
depois do estudo desta questão se poderia resolver definitivamente o problema do
destino da produção mercantil na Inglaterra, após a tomada do poder pelo
proletariado e a nacionalização detodos os meios de produção.
Aliás, não somente no fim do último século, mas também no presente, nenhum
país ainda alcançou o grau de desenvolvimento capitalista e de concentração da
produção na agricultura que observamos na Inglaterra. No que se refere aos demais
países, apesar do desenvolvimento do capitalismo no campo, existe ainda uma classe
bastante numerosa de pequenos e médios proprietários-produtores no campo, cujo
destino se deveria determinar em caso da tomada do poder pelo proletariado.
Eis, porém, a questão: como deveria agir o proletariado e seu partido, se neste ou
naquele país, inclusive no nosso, existissem condições favoráveis para a tomada do
poder pelo proletariado e derrubada do capitalismo; se o capitalismo na indústria
tivesse concentrado a tal ponto os meios de produção que fosse possível expropriá-los
e passá-los às mãos da sociedade, mas se a agricultura, apesar do crescimento do
capitalismo, estivesse ainda a tal ponto fracionada entre inúmeros pequenos e médios
proprietários-produtores, que não fosse possível levantar o problema da expropriação
desses produtores?
A esta pergunta a fórmula de Engels não dá resposta. Aliás, ela não deve
responder a esta pergunta porque surgiu à base de outra, que é justamente a seguinte:
qual deveria ser o destino da produção mercantil depois de socializados todosos meios
de produção?
Assim, como agir se nem todos os meios de produção podem ser socializados,
mas somente parte deles, apesar de existirem condições favoráveis para a tomada do
poder pelo proletariado? Deveria o proletariado tomar o poder e, logo depois,
precisaria eliminar de um golpe a produção mercantil?
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de todos os meios de produção. É compreensível que com tal "saída" não podem os
marxistas estar de acordo, se não querem, por fim, cobrir-se de vergonha.
d) desenvolver por todos os meios a indústria e dar aos kolkhoses a base técnica
atual da grande produção; entretanto, não expropriá-los, mas, ao contrário, supri-los
intensamente de tratores e outras máquinas de primeira qualidade;
Não pode haver dúvida alguma de que para todos os países capitalistas onde há
uma classe mais ou menos numerosa de pequenos e médios produtores, este caminho
de desenvolvimento é o único possível e racional para a vitória do socialismo.
Não se pode considerar a produção mercantil como algo que se basta a si mesmo,
independente das condições econômicas que a cercam. A produção mercantil é mais
antiga que a produção capitalista. Ela já existia durante o regime escravagista e o
servia, embora sem levá-lo ao capitalismo. Ela existiu no feudalismo, e o servia, mas,
não obstante preparar algumas condições para a produção capitalista, não o levou ao
capitalismo. Pergunta-se, por que não pode a produção mercantil servir também, num
certo período, à nossa sociedade socialista, sem levá-la ao capitalismo, se se considera
que a produção mercantil não tem em nosso país tão vasta e ilimitada expansão, como
nas condições capitalistas; que a produção mercantil, em nosso país, é rigorosamente
circunscrita, graças a decisivas condições econômicas, como a propriedade social sobre
os meios de produção, a liquidação do sistema do trabalho assalariado, a liquidação do
sistema de exploração?
Por isso, absolutamente não têm razão os camaradas que declaram que, se a
sociedade socialista não liquida as formas mercantis de produção, devem ser
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Penso que nossos economistas deveriam acabar com essa discrepância entre os
velhos conceitos e o novo estado de coisas em nosso país socialista, substituindo os
velhos conceitos por novos, correspondentes à nova situação.
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Pudemos suportar estas discrepâncias até certo momento, mas agora já chegou o
tempo em que devemos, finalmente, liquidá-las.
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J. V. Stálin
Às vezes, pergunta-se: será que existe e atua em nosso país, em nosso regime
socialista, a lei do valor?
Sim, existe e atua. Onde houver mercadorias e produção mercantil, não pode
deixar de existir também a lei do valor.
Mas a ação da lei do valor não se limita à esfera da circulação de mercadorias. Ela
se estende também à produção. Na verdade, a lei do valor não possui importância
reguladora em nossa produção socialista, mas, não obstante, influi na produção, e isto
não pode deixar de ser considerado ao dirigir a produção. Na verdade, os produtos de
consumo, necessários à renovação da força de trabalho empregada durante o
processo da produção, são produzidos e se realizam em nosso país como mercadorias,
sujeitos à ação da lei do valor. Aqui, justamente, se revela a influência da lei do valor
na produção. Por força disso, em nossas empresas têm importância, atualmente,
questões como a da autonomia financeira e a da rentabilidade, a do custo de
produção, a dos preços de venda, etc.. Por isso, nossas empresas não podem nem
devem deixar de ter em conta a lei do valor.
Será isto um bem? Não é um mal. Em nossas atuais condições, isso realmente não
é um mal, porque esta circunstância educa os dirigentes de nossa economia no espírito
de uma direção racional da produção, disciplinando-os. Não é um mal, porque ensina
os dirigentes de nossa economia a calcular o potencial de produção, a calculá-lo
exatamente, e a levar em conta com a mesma exatidão a realidade da produção, e a
não tagarelar a respeito de "dados aproximados", tomados ao acaso. Não é um mal,
porque ensina os nossos economistas a procurar, encontrar e utilizar as reservas
escondidas no seio da produção, e a não desprezá-las. Não é um mal, porque ensina os
nossos economistas a melhorar sistematicamente os métodos de produção, a reduzir o
custo da produção, realizar o princípio da autonomia financeira e a esforçar-se pela
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rentabilidade das empresas. Isso é uma boa escola prática, que acelera o crescimento
dos quadros que trabalham em nossa economia, transformando-os em verdadeiros
dirigentes da, produção socialista na sua atual etapa de desenvolvimento.
Não é uma desgraça que a lei do valor influa na produção em nosso país. A
desgraça é que os nossos economistas e planificadores, com poucas exceções,
conhecem mal as influências da lei do valor, não a estudam, e não sabem tomá-la em
consideração nos seus cálculos. Com isto, justamente, se explica a confusão que reina
ainda em nosso país, na questão da política dos preços. Eis um dos inúmeros
exemplos. Há algum tempo, foi resolvido regular, no interesse da produção algodoeira,
a relação entre os preços do algodão e o dos cereais, precisar os preços dos cereais
vendidos aos cultivadores de algodão e elevar os preços do algodão entregue ao
Estado. Devido a isso, alguns dirigentes de nossa economia e especialistas da
planificação apresentaram uma proposta que não podia deixar de surpreender os
membros do Comitê Central, porque, segundo esta proposta, o preço de uma tonelada
de cereais era oferecida quase pelo mesmo preço de uma tonelada de algodão; além
disso, o preço de uma tonelada de cereais igualava o de uma tonelada de pão. Quando
os membros do Comitê Central observaram que o preço da tonelada de pão deveria
ser superior ao de uma tonelada de cereais, em vista das despesas suplementares de
moagem e de cozimento e que o algodão, em geral, custa muito mais caro que os
cereais, o que demonstravam também os preços do algodão e dos cereais no mercado
mundial, os autores da proposta nada puderam dizer de sensato. Em vista disso, o
Comitê Central foi obrigado a tomar este assunto em suas mãos, baixar os preços dos
cereais e elevar os preços do algodão. Que aconteceria se a proposta desses
camaradas lograsse sanção legal? Teríamos arruinado os produtores de algodão, e
ficaríamos sem algodão. Entretanto, significa tudo isso que a ação da lei do valor tem,
no nosso país, a mesma plena liberdade de ação que no capitalismo, que a lei do valor
é em nosso país um regulador da produção? Não, não significa. Na realidade, a esfera
de ação da lei do valor em nosso regime econômico está rigorosamente circunscrita e
limitada. Já foi dito que a esfera de ação da produção-mercantil em nosso país está
circunscrita e limitada. A mesma coisa é preciso dizer a respeito da esfera de ação da
lei do valor. Sem dúvida, a ausência da propriedade privada dos meios de produção e a
socialização dos meios de produção tanto na cidade como no campo, não podem
deixar de limitar a esfera de ação da lei do valor e o grau de sua influência sobre a
produção.
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Tudo isto em conjunto determina que a esfera de ação da lei do valor seja
rigorosamente limitada em nosso país e que a lei do valor não possa em nosso regime
desempenhar um papel regulador da produção.
Diz-se que a lei do valor é uma lei permanente, obrigatória para todos os períodos
de desenvolvimento histórico, que a lei do valor também perde sua força, como
reguladora das relações de troca no período da segunda íase da sociedade comunista,
conservando, então, nessa fase de desenvolvimento, a sua força como reguladora das
relações entre os vários ramos da produção, como reguladora da distribuição do
trabalho entre os ramos da produção.
Isto é completamente falso. O valor, como também a lei do valor, é uma categoria
histórica ligada à existência da produção mercantil. Com o desaparecimento da
produção mercantil, desaparecem também o valor, com suas formas, e a lei do valor.
Se isso fosse certo, então não se compreenderia por que em nosso país não se
desenvolve plenamente a industria leve, a de maior rentabilidade, de preferência à
indústria pesada, que é freqüentemente menos rentável e, às vezes, não dá lucro
algum.
Se isso fosse certo, então não se compreenderia por que em nosso país, não se
fecham numerosas empresas de indústria pesada, que por enquanto ainda não são
rentáveis, onde o trabalho dos operários não produz o "resultado devido" e não se
abrem novas empresas de indústria leve, indiscutivelmente rentáveis, onde o trabalho
do operário poderia produzir "maior resultado".
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Se isso fosse certo, não se compreenderia por que em nosso país não se
transferem os operários das empresas de pouco rendimento, embora muito
necessárias à economia nacional, para as empresas de maior rendimento, de acordo
com a lei do valor, que regularia as "proporções" da distribuição do trabalho entre os
ramos da produção.
Esses camaradas esquecem que a lei do valor só pode ser reguladora da produção
no capitalismo, quando existe a propriedade privada dos meios de produção, a
concorrência, a anarquia da produção, as crises de superprodução. Esquecem-se de
que a esfera de ação da lei do valor é limitada, em nosso país, pela existência da
propriedade social dos meios de produção, pela ação da lei do desenvolvimento
harmonioso da economia nacional e, por conseqüência, também limitada pelos nossos
planos anuais e qüinqüenais, que são o reflexo aproximado das exigências dessa lei.
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Às vezes, pergunta-se: será que existe e atua em nosso país, em nosso regime
socialista, a lei do valor?
Sim, existe e atua. Onde houver mercadorias e produção mercantil, não pode
deixar de existir também a lei do valor.
Mas a ação da lei do valor não se limita à esfera da circulação de mercadorias. Ela
se estende também à produção. Na verdade, a lei do valor não possui importância
reguladora em nossa produção socialista, mas, não obstante, influi na produção, e isto
não pode deixar de ser considerado ao dirigir a produção. Na verdade, os produtos de
consumo, necessários à renovação da força de trabalho empregada durante o
processo da produção, são produzidos e se realizam em nosso país como mercadorias,
sujeitos à ação da lei do valor. Aqui, justamente, se revela a influência da lei do valor
na produção. Por força disso, em nossas empresas têm importância, atualmente,
questões como a da autonomia financeira e a da rentabilidade, a do custo de
produção, a dos preços de venda, etc.. Por isso, nossas empresas não podem nem
devem deixar de ter em conta a lei do valor.
Será isto um bem? Não é um mal. Em nossas atuais condições, isso realmente não
é um mal, porque esta circunstância educa os dirigentes de nossa economia no espírito
de uma direção racional da produção, disciplinando-os. Não é um mal, porque ensina
os dirigentes de nossa economia a calcular o potencial de produção, a calculá-lo
exatamente, e a levar em conta com a mesma exatidão a realidade da produção, e a
não tagarelar a respeito de "dados aproximados", tomados ao acaso. Não é um mal,
porque ensina os nossos economistas a procurar, encontrar e utilizar as reservas
escondidas no seio da produção, e a não desprezá-las. Não é um mal, porque ensina os
nossos economistas a melhorar sistematicamente os métodos de produção, a reduzir o
custo da produção, realizar o princípio da autonomia financeira e a esforçar-se pela
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rentabilidade das empresas. Isso é uma boa escola prática, que acelera o crescimento
dos quadros que trabalham em nossa economia, transformando-os em verdadeiros
dirigentes da, produção socialista na sua atual etapa de desenvolvimento.
Não é uma desgraça que a lei do valor influa na produção em nosso país. A
desgraça é que os nossos economistas e planificadores, com poucas exceções,
conhecem mal as influências da lei do valor, não a estudam, e não sabem tomá-la em
consideração nos seus cálculos. Com isto, justamente, se explica a confusão que reina
ainda em nosso país, na questão da política dos preços. Eis um dos inúmeros
exemplos. Há algum tempo, foi resolvido regular, no interesse da produção algodoeira,
a relação entre os preços do algodão e o dos cereais, precisar os preços dos cereais
vendidos aos cultivadores de algodão e elevar os preços do algodão entregue ao
Estado. Devido a isso, alguns dirigentes de nossa economia e especialistas da
planificação apresentaram uma proposta que não podia deixar de surpreender os
membros do Comitê Central, porque, segundo esta proposta, o preço de uma tonelada
de cereais era oferecida quase pelo mesmo preço de uma tonelada de algodão; além
disso, o preço de uma tonelada de cereais igualava o de uma tonelada de pão. Quando
os membros do Comitê Central observaram que o preço da tonelada de pão deveria
ser superior ao de uma tonelada de cereais, em vista das despesas suplementares de
moagem e de cozimento e que o algodão, em geral, custa muito mais caro que os
cereais, o que demonstravam também os preços do algodão e dos cereais no mercado
mundial, os autores da proposta nada puderam dizer de sensato. Em vista disso, o
Comitê Central foi obrigado a tomar este assunto em suas mãos, baixar os preços dos
cereais e elevar os preços do algodão. Que aconteceria se a proposta desses
camaradas lograsse sanção legal? Teríamos arruinado os produtores de algodão, e
ficaríamos sem algodão. Entretanto, significa tudo isso que a ação da lei do valor tem,
no nosso país, a mesma plena liberdade de ação que no capitalismo, que a lei do valor
é em nosso país um regulador da produção? Não, não significa. Na realidade, a esfera
de ação da lei do valor em nosso regime econômico está rigorosamente circunscrita e
limitada. Já foi dito que a esfera de ação da produção-mercantil em nosso país está
circunscrita e limitada. A mesma coisa é preciso dizer a respeito da esfera de ação da
lei do valor. Sem dúvida, a ausência da propriedade privada dos meios de produção e a
socialização dos meios de produção tanto na cidade como no campo, não podem
deixar de limitar a esfera de ação da lei do valor e o grau de sua influência sobre a
produção.
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Tudo isto em conjunto determina que a esfera de ação da lei do valor seja
rigorosamente limitada em nosso país e que a lei do valor não possa em nosso regime
desempenhar um papel regulador da produção.
Diz-se que a lei do valor é uma lei permanente, obrigatória para todos os períodos
de desenvolvimento histórico, que a lei do valor também perde sua força, como
reguladora das relações de troca no período da segunda íase da sociedade comunista,
conservando, então, nessa fase de desenvolvimento, a sua força como reguladora das
relações entre os vários ramos da produção, como reguladora da distribuição do
trabalho entre os ramos da produção.
Isto é completamente falso. O valor, como também a lei do valor, é uma categoria
histórica ligada à existência da produção mercantil. Com o desaparecimento da
produção mercantil, desaparecem também o valor, com suas formas, e a lei do valor.
Se isso fosse certo, então não se compreenderia por que em nosso país não se
desenvolve plenamente a industria leve, a de maior rentabilidade, de preferência à
indústria pesada, que é freqüentemente menos rentável e, às vezes, não dá lucro
algum.
Se isso fosse certo, então não se compreenderia por que em nosso país, não se
fecham numerosas empresas de indústria pesada, que por enquanto ainda não são
rentáveis, onde o trabalho dos operários não produz o "resultado devido" e não se
abrem novas empresas de indústria leve, indiscutivelmente rentáveis, onde o trabalho
do operário poderia produzir "maior resultado".
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Se isso fosse certo, não se compreenderia por que em nosso país não se
transferem os operários das empresas de pouco rendimento, embora muito
necessárias à economia nacional, para as empresas de maior rendimento, de acordo
com a lei do valor, que regularia as "proporções" da distribuição do trabalho entre os
ramos da produção.
Esses camaradas esquecem que a lei do valor só pode ser reguladora da produção
no capitalismo, quando existe a propriedade privada dos meios de produção, a
concorrência, a anarquia da produção, as crises de superprodução. Esquecem-se de
que a esfera de ação da lei do valor é limitada, em nosso país, pela existência da
propriedade social dos meios de produção, pela ação da lei do desenvolvimento
harmonioso da economia nacional e, por conseqüência, também limitada pelos nossos
planos anuais e qüinqüenais, que são o reflexo aproximado das exigências dessa lei.
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J. V. Stálin
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Tudo isso significa que a base das contradições entre a cidade e o campo, entre a
indústria e a agricultura, já foi liquidada pelo nosso atual regime socialista.
Isto, naturalmente, não significa que a abolição das contradições entre a cidade e
o campo deva acarretar a "ruína das grandes cidades" (ver "Anti-Dühring", de Engels).
As grandes cidades não se arruinarão, mas, ao contrário, outras novas grandes cidades
surgirão, como centros não somente da grande indústria, mas também da
transformação dos produtos agrícolas e de um poderoso desenvolvimento de todos os
ramos da indústria alimentar. Esta circunstância facilitará o florescimento cultural do
nosso país e conduzirá a um nivelamento das condições de existência da cidade e do
campo.
Não será imaginário este problema? Terá ele para nós alguma importância prática
ou teórica? Não, não se pode considerar este problema como imaginário. Ao contrário,
ele é, para nós, problema sério, no mais alto grau.
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J. V. Stálin
A própria segunda guerra mundial foi gerada por esta crise. Cada uma das duas
coalizões capitalistas, empenhadas na guerra, calculava esmagar o adversário e
conquistar o domínio mundial. Com isso procuravam uma saída para a crise. Os
Estados Unidos da América pensavam eliminar os seus mais perigosos concorrentes, a
Alemanha e o Japão, apoderar-se dos mercados estrangeiros, das fontes mundiais de
matéria-prima e conquistar o domínio mundial.
experiência desta colaboração mostra que nenhum país capitalista poderia prestar
assistência tão eficaz e tècnicamente de primeira classe. Trata-se, antes de tudo, de
que a base desta colaboração é o sincero desejo de ajudar-se mutuamente e de
alcançar a prosperidade econômica de todos. Como resultado, temos os altos ritmos
de desenvolvimento industrial nestes países. Podemos dizer, com certeza, que com
tais ritmos de desenvolvimento industrial, esses países em breve não terão mais
necessidade de importar mercadorias dos países capitalistas, mas sentirão necessidade
de exportar os excedentes de sua produção.
Disto decorre que a esfera de exploração dos recursos mundiais pelos principais
países capitalistas (Estados Unidos, Inglaterra, França) não se expandirá, mas, pelo
contrário, se contrairá; que piorarão para esses países as possibilidades de venda no
mercado mundial e que suas indústrias funcionarão cada vez mais abaixo de sua
capacidade. Justamente nisto consiste o aprofundamento da crise geral do sistema
capitalista mundial, em ligação com a desagregação do mercado mundial.
Penso que não se pode afirmar isso. Em face das novas condições, surgidas com a
segunda guerra mundial, é preciso considerar que estas duas teses caducaram.
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J. V. Stálin
Estes camaradas estão errados. Eles vêem os fenômenos externos, que aparecem
na superfície, mas não vêem as forças profundas que, embora no momento atuem
imperceptivelmente, irão determinar a marcha dos acontecimentos.
Externamente parece que tudo "vai bem": os Estados Unidos puseram no regime
de tutela a Europa Ocidental, o Japão e outros países capitalistas. A Alemanha
(Ocidental), a Inglaterra, a França, a Itália, o Japão, nas garras dos Estados Unidos,
executam obedientemente as suas ordens. Mas seria um erro supor que este "bem-
estar" possa conservar-se "eternamente", que estes países suportarão para sempre a
dominação e o jugo dos Estados Unidos e que não tentarão livrar-se do cativeiro
americano e tomar o caminho do desenvolvimento independente.
Vejamos, antes de tudo, a Inglaterra e a França. Sem dúvida, estes países são
imperialistas. Sem dúvida, a matéria-prima barata e os mercados de escoamento
garantidos têm para eles uma importância de primeira ordem. Será lícito supor que
esses países suportarão indefinidamente a situação atual, em que os americanos, a
pretexto da "ajuda do plano Marshall", penetram na economia da Inglaterra e da
França, tentando convertê-las em apêndices da economia dos Estados Unidos; em que
o capital americano se apodera das matérias-primas e dos mercados de exportação
coloniais anglo-franceses, preparando assim uma catástrofe para os altos lucros dos
capitalistas anglo-franceses? Não seria mais certo dizer que a Inglaterra capitalista, e
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com ela a França capitalista, serão por fim obrigadas a escapar dos braços dos Estados
Unidos e a entrar em conflito com estes a fim de garantirem uma situação
independente e, naturalmente, altos lucros?
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Daí decorre, pois, que a inevitabilidade das guerras entre os países capitalistas
continua em vigor.
O movimento atual pela paz tem por objetivo levantar as massas populares para a
luta pela manutenção da paz, para impedir uma nova guerra mundial. Por conseguinte,
não tem o objetivo de derrubar o capitalismo e estabelecer o socialismo; limita-se aos
objetivos democráticos da luta pela manutenção da paz. Sob este aspecto, o atual
movimento pela manutenção da paz difere do movimento realizado no período da
primeira guerra mundial para transformar a guerra imperialista em guerra civil, uma
vez que este último movimento ia mais além e tinha objetivos socialistas.
O mais provável é que o atual movimento pela paz, como movimento pela
manutenção da paz, sendo bem sucedido, conseguirá evitar uma determinada guerra,
adiá-la por certo tempo, manter por certo tempo uma determinada paz, afastar um
governo belicista e substituí-lo por outro governo disposto a manter temporariamente
a paz. Isto, naturalmente, é uma boa coisa. Uma ótima coisa, aliás. Entretanto, isso não
basta para eliminar a inevitabilidade das guerras em geral, entre os países capitalistas.
Não basta porque mesmo com um movimento bem sucedido em defesa da paz, o
imperialismo subsiste, conserva sua força e, por conseguinte, subsiste também a
inevitabilidade das guerras.
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J. V. Stálin
Existe uma lei econômica fundamental do capitalismo? Sim, existe. Qual é esta
lei? Quais são os seus traços característicos? A lei econômica fundamental do
capitalismo é uma lei que determina não um aspecto isolado ou alguns processos
isolados do desenvolvimento da produção capitalista, mas todos os aspectos principais
e todos os processos principais deste desenvolvimento. Conseqüentemente,
determina a substância da produção capitalista, a sua essência.
Não seria a lei do valor a lei econômica fundamental do capitalismo? Não. A lei do
valor é, antes de tudo, a lei da produção mercantil. Ela existia antes do capitalismo e
continuará a existir enquanto subsistir a produção mercantil, mesmo depois da
derrubada do capitalismo, como, por exemplo, em nosso país, se bem que dentro de
uma esfera limitada de ação. Naturalmente, a lei do valor, que tem larga esfera de
ação nas condições do capitalismo, desempenha um grande papel no desenvolvimento
da produção capitalista; entretanto, ela não somente não determina a essência da
produção capitalista e as bases dos lucros capitalistas, como nem sequer focaliza tais
problemas. Por isso, não pode ser a lei econômica fundamental do capitalismo
contemporâneo. Pelas mesmas razões, nem a lei da concorrência e da anarquia da
produção, nem a lei do desenvolvimento desigual do capitalismo nos diferentes países,
tampouco pode ser a lei econômica fundamental do capitalismo contemporâneo.
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monopolista contemporâneo exige não o lucro médio, mas o lucro máximo, necessário
para realizar uma reprodução ampliada mais ou menos regular.
Diz-se que o lucro médio deveria, apesar de tudo, ser considerado inteiramente
satisfatório para o desenvolvimento do capitalismo nas condições atuais. Isto não está
certo. O lucro médio é o mais baixo limite da rentabilidade, abaixo do qual a produção
capitalista se torna impossível. Mas, seria ridículo pensar que os magnatas do
capitalismo monopolista contemporâneo, ao apoderar-se de colônias, escravizar os
povos e tramar as guerras, aspiram apenas a garantir o lucro médio. Não, não é o lucro
médio, nem o super lucro, que em geral representa apenas certo excedente sobre o
lucro médio, mas justamente o lucro máximo que constitui o motor do capitalismo
monopolista. Precisamente a necessidade de obtenção de lucros máximos impele o
capitalismo monopolista a arriscados passos, como a escravização e a pilhagem
sistemática das colônias e de outros países atrasados, a transformação de muitos
países independentes em dependentes, a organização de novas guerras, que são para
os dirigentes do capitalismo atual o melhor "business" para a extração dos lucros
máximos, e por fim as tentativas de dominação econômica do mundo.
Como explicar esta flagrante contradição? Só pode ser explicada pela lei
econômica fundamental do capitalismo contemporâneo, isto é, pela necessidade de
obtenção de lucros máximos. O capitalismo se decide pela nova técnica, quando ela
lhe promete os maiores lucros. O capitalismo coloca-se contra a nova técnica e pela
passagem ao trabalho manual, quando a nova técnica não lhe promete mais os
maiores lucros.
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objetivo não pode ser estabelecido pela própria lei do desenvolvimento harmonioso
da economia nacional. Com maior razão, não pode ser estabelecido por uma
planificação da economia nacional. Este objetivo está não na lei econômica
fundamental do socialismo e consiste nas exigências acima expostas. Por isso, a lei do
desenvolvimento harmonioso da economia nacional só pode expandir-se livremente
no caso de apoiar-se na lei econômica fundamental do socialismo.
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J. V. Stálin
8. Outras Questões
Seria errado dizer que "cada família kolkhosiana possui, em usufruto pessoal, uma
vaca, aves e gado menor". Na realidade, como é sabido, a vaca, o gado menor, as aves,
etc., não se encontram em usufruto pessoal mas como propriedadepessoal da família
kolkhosiana. A expressão "em usufruto pessoal" é tirada, visivelmente, do Estatuto
Modelo do Artel Agrícola. Mas no Estatuto Modelo do Artel Agrícola foi cometido um
erro. A Constituição da URSS, elaborada mais cuidadosamente, diz outra coisa,
exatamente o seguinte:
Precisaria, além disso, ser dito mais detalhadamente que cada kolkhosiano possui,
como propriedade pessoal, de uma a tantas vacas, segundo as condições locais; tantas
ovelhas, cabras, porcos (também de um a tantos, segundo as condições locais) e uma
quantidade ilimitada de aves domésticas (patos, gansos, galinhas, perus).
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Por isso seria bom rejeitar a palavra "fusão", substituindo-a pelas palavras
"subordinação do aparelho estatal aos monopólios.
No projeto de Manual diz-se que "na URSS as máquinas são usadas em todos os
casos, quando poupam trabalho à sociedade". Não é isto absolutamente o que se
precisaria dizer. Primeiro, as máquinas na URSS sempre economizam trabalho à
sociedade, visto que não conhecemos casos em que elas, nas condições da URSS, não
tivessem economizado trabalho da sociedade. Segundo, as máquinas não apenas
economizam trabalho, mas ao lado disso facilitam o trabalho do homem, em vista do
que, nas nossas condições, diferentes das existentes no capitalismo, os operários com
grande prazer usam as máquinas no processo do trabalho.
Por isso, seria preciso dizer que em parte alguma as máquinas são utilizadas com
tanta boa vontade como na URSS, pois as máquinas economizam trabalho à sociedade
e facilitam o trabalho dos operários, e como não há desemprego na URSS, os
operários, com grande prazer, usam as máquinas na economia nacional.
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7) A renda nacional.
8) Sobre o capítulo especial do Manual, que trata de Lênin e Stálin como criadores da
Economia Política do Socialismo.
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J. V. Stálin
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Precisamos de um Manual de umas 500, no máximo 600 páginas, não mais. Este
será um verdadeiro livro de cabeceira de Economia Política marxista, um bom presente
para os jovens comunistas de todos os países. Além do mais, em vista do insuficiente
nível de desenvolvimento marxista da maioria dos Partidos Comunistas dos países
estrangeiros, esse Manual pode ser de grande proveito também para os velhos
quadros comunistas desses países.
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J. V. Stálin
1 de fevereiro de 1952.
J. STALIN
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J. V. Stálin
Camarada Notkin:
Não me apressei com a resposta, porque não considero urgentes as questões por
você apresentadas. Além disso, existem outras questões, de caráter urgente, que
naturalmente desviaram a minha atenção de sua carta.
Primeiro ponto
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Por conseguinte:
Segundo ponto
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Terceiro ponto
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Por que, então, se fala do valor dos meios de produção, do seu custo, do seu
preço, etc.?
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Quarto ponto
Você afirma que a lei do valor exerce uma ação reguladora sobre os preços dos
"meios de produção", produzidos pela agricultura e entregues ao Estado pelos preços
de tabela. Refere-se você, neste caso, aos "meios de produção" como matérias-primas,
por exemplo, o algodão. Você poderia acrescentar também o linho, a lã e outras
matérias-primas agrícolas.
Antes de tudo é preciso assinalar que neste caso a agricultura produz, não "meios
de produção", mas sim um dos meios de produção — matérias-primas. Não se pode
jogar com as palavras "meios de produção". Quando os marxistas falam da produção
de meios de produção, têem em vista, antes de tudo, a produção de instrumentos de
produção — aquilo que Marxchama de "meios mecânicos de trabalho, cujo conjunto
pode denominar-se o sistema ósseo e muscular da produção", o que constitui os
"sinais característicos distintivos de uma determinada época da produção social".
Colocar no mesmo plano uma parte dos meios de produção (a matéria-prima) e os
meios de produção, incluindo os instrumentos de produção, significa pecar contra o
marxismo, pois o marxismo parte do papel determinante dos instrumentos de
produção em comparação com todos os outros meios de produção. Todos sabem que
a matéria-prima por si própria não pode produzir instrumentos de produção, embora
algumas espécies de matérias-primas sejam necessárias como material para a
produção de instrumentos de produção, ao passo que nenhuma matéria-prima pode
ser produzida sem instrumentos de produção. Vamos adiante. Pode dizer-se que a
ação da lei do valor sobre o preço das matérias-primas produzidas na agricultura, seja
uma ação reguladora,como você o afirma, camarada Notkin? Ela seria reguladora se
existisse em nosso país o "livre" jogo dos preços das matérias-primas agrícolas, se em
nosso país funcionasse a lei da concorrência e da anarquia da produção, se não
tivéssemos uma economia planificada e se a produção de matérias-primas não fosse
regulada por um plano. Justamente porque todos estes "se" não existem no sistema da
nossa economia nacional, a ação da lei do valor sobre o preço das matérias-primas
agrícolas não pode, de modo algum, ser reguladora. Em primeiro lugar, porque os
preços das matérias-primas agrícolas, em nosso país, são firmes e fixados por um plano
e não "livres". Em segundo lugar, o volume da produção de matérias-primas agrícolas
não é determinado por fatores naturais ou por quaisquer outros elementos casuais,
mas por um plano. Em terceiro lugar, os instrumentos de produção, necessários à
produção de matérias-primas agrícolas, estão concentrados não nas mãos de pessoas
isoladas ou grupos de pessoas, mas nas mãos do Estado. Que resta, portanto, depois
disso, do papel regulador da lei do valor?
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De tudo isso se conclui que a própria lei do valor é regulada pelos fatos acima
mencionados inerentes à produção socialista.
Por conseguinte, não se pode negar que a lei do valor atua na formação dos
preços das matérias-primas agrícolas, que ela é um dos seus fatores. Com maior razão
se torna inegável que sua atuação não é, e nem pode sera reguladora.
Quinto ponto
Sexto ponto
É evidente que, depois que o mercado mundial foi dividido e que começou a
reduzir-se a esfera de aplicação das forças dos principais países capitalistas (Estados
Unidos, Inglaterra, França) aos recursos mundiais, o caráter cíclico do desenvolvimento
do capitalismo — isto é, o crescimento e o declínio da produção — deve, apesar de
tudo, persistir. O crescimento da produção nestes países, todavia, se fará numa base
restrita, porque o volume da produção nestes países irá diminuindo.
Sétimo ponto
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do sistema capitalista. Esta foi a primeira etapa da crise geral. No período da segunda
guerra mundial, desenvolveu-se a segunda etapa da crise geral, particularmente
depois do afastamento do sistema capitalista dos países de Democracia Popular da
Europa e da Ásia. A primeira crise, no período da primeira guerra mundial, e a
segunda, no período da segunda guerra mundial, não devem ser consideradas como
duas crises isoladas, separadas uma da outra, como crises independentes, mas como
etapas do desenvolvimento da crise geral do sistema capitalista mundial.
Ela é geral, isto é, uma crise multilateral do sistema capitalista mundial, que
abrange tanto a economia, como a política. Desta maneira, é compreensível que na
sua base se encontre sempre maior desintegração do sistema econômico capitalista
mundial, que abrange a economia, como também a política. Compreende-se, pois, que
à base dessa crise se encontrem, de um lado, a desagregação cada vez maior do
sistema econômico mundial do capitalismo e, de outro lado, o crescente poderio
econômico dos países que se desligaram do capitalismo: a URSS, a China e os demais
países da Democracia Popular.
21 de abril de 1952.
J. STALIN
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J. V. Stálin
Em que consiste, então, o "ponto de vista" do camarada Iarochenko que não foi
tomado em nenhuma consideração nos documentos acima referidos?
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Pelo que se vê, decorre daí que a essência do regime comunista não é mais do
que a "organização racional das forças produtivas".
De tudo isso o camarada Iarochenko deduz que não pode haver uma Economia
Política única para todas as formações sociais, que deve haver duas economias
políticas: uma para as formações sociais pré-socialistas, que tem por objeto o estudo
das relações de produção entre os homens, e outra para o regime socialista, cujo
objeto deverá ser não o estudo das relações de produção, isto é, das relações
econômicas, mas o estudo dos problemas ligados à organização racional das forças
produtivas. Tal é o ponto de vista do camarada Iarochenko. Que se pode dizer desse
ponto de vista? Em primeiro lugar, não é certo que o papel das relações de produção
na história da sociedade esteja limitado ao papel de freio que trava o desenvolvimento
das forças produtivas. Quando os marxistas falam do papel de freio desempenhado
pelas relações de produção, não se referem a todas as relações de produção, mas
somente às velhas relações de produção, que já não correspondem ao
desenvolvimento. Entretanto, além das velhas relações de produção existem, como se
sabe, as novas relações de produção, que substituem as velhas. Pode-se porventura,
dizer que o papel das novas relações de produção reduz-se ao papel de freio das forças
produtivas? Não, não se pode. Pelo contrário: as novas relações de produção são a
força principal e decisiva que determina, na realidade, o desenvolvimento contínuo e
poderoso das forças produtivas e, sem elas, as forças produtivas estão condenadas a
vegetar, como vegetam hoje nos países capitalistas.
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Pelo visto, o camarada Iarochenko não está de pleno acordo com Marx. Para ele,
esta tese de Marx não é aplicável ao regime socialista. Precisamente por isso reduz o
problema da Economia Política do socialismo à organização racional das forças
produtivas, fazendo tábua rasa das relações de produção, das relações econômicas,
delas isolando as forças produtivas.
Desse modo, partindo da acertada idéia de que as forças produtivas são as mais
móveis e as mais revolucionárias da produção, o camarada Iarochenko leva essa idéia
ao absurdo, chegando mesmo a negar o papel das relações de produção, das relações
econômicas, no socialismo; e em lugar de uma produção social, no sentido completo
da expressão, ele nos propõe uma tecnologia intrincada e unilateral da produção, algo
no gênero da "técnica da organização social" de Bukharin.
Marx diz:
Isto quer dizer que toda formação social, inclusive a sociedade socialista, tem sua
base econômica, constituída pelo conjunto de relações de produção entre os homens.
Surge a pergunta: que vem a ser, para o camarada Iarochenko, a base econômica do
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Finalmente, não é certo que o comunismo seja a organização racional das forças
produtivas; que a essência do regime comunista se reduza à organização racional das
forças produtivas, que baste organizar racionalmente as forças produtivas para passar
ao comunismo sem grandes dificuldades. Em nossa literatura, há outra definição, outra
fórmula do comunismo, a fórmula de Lênin:
Em segundo lugar, já que se trata de escolher entre duas fórmulas, não cabe
repelir a fórmula de Lênin, que é a única acertada, mas sim a chamada fórmula do
camarada Iarochenko, manifestamente artificial e não-marxista, extraída do arsenal
de Bogdánov, da "ciência universal da organização".
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O camarada Iarochenko acredita que basta alcançar uma organização racional das
forças produtivas para obter a abundância de produtos e passar ao comunismo, para
passar da fórmula "a cada um segundo seu trabalho" à fórmula "a cada um segundo
suas necessidades". Este é um grande erro que revela a incompreensão total das leis
do desenvolvimento econômico do socialismo. O camarada Iarochenko concebe as
condições da passagem do socialismo ao comunismo de um modo demasiado simples,
com simplicidade infantil... O camarada Iarochenko não compreende que não se pode
obter uma abundância de produtos susceptível de cobrir todas as necessidades da
sociedade nem passar à fórmula "a cada um segundo suas necessidades", enquanto
subsistirem fenômenos econômicos como a propriedade coletiva, kolkhosiana, como a
circulação mercantil, etc. O camarada Iarochenko não compreende que, antes de
passar à fórmula "a cada um segundo suas necessidades", é preciso vencer várias
etapas de reeducação econômica e cultural da sociedade, no curso das quais o
trabalho deixará de ser aos olhos da sociedade apenas um meio de ganhar-se a vida,
para converter-se na primeira necessidade da vida, e a propriedade social, na base
firme e inviolável da existência da sociedade.
Tratar de reduzir uma coisa tão complexa e que apresenta tantas faces, que exige
importantíssimas mudanças econômicas, à "organização racional das forças
produtivas", como faz o camarada Iarochenko, implica suplantar o marxismo pelo
bogdanovismo.
O camarada Iarochenko, partindo de que cada formação social tem suas leis
econômicas específicas, nega a necessidade de uma Economia Política única para
todas as formações sociais. Mas carece de qualquer razão e difere aqui de marxistas
como Engels e Lênin.
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Como se sabe, Lênin está de completo acordo com esse enunciado. Em suas
observações críticas ao livro de Bukhárin, "A economia no período de
transição", Lênin disse que Bukhárin se equivocava ao restringir a esfera de ação da
Economia Política à produção mercantil e, antes de tudo, à produção capitalista, e
assinalou que Bukhárin dava aqui "um passo atrás em relação a Engels".
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É preciso dizer que até agora nenhum "marxista" descarrilado havia escrito tão
absurda galimatias. Com efeito, que significa a Economia Política do socialismo, sem os
problemas econômicos, sem os problemas da produção? Pode, por acaso, existir no
mundo semelhante Economia Política? Que significa substituir na Economia Política do
socialismo os problemas econômicos pelos problemas da organização das forças
produtivas? Significa acabar com a Economia Política do socialismo. O camarada
Iarochenko procede precisamente desse modo: acaba com a Economia Política do
socialismo. Neste aspecto, articula-se plenamente com Bukhárin. Bukhárin dizia que ao
ser suprimido o capitalismo devia também sê-lo a Economia Política. O camarada
Iarochenko não o diz, mas o faz, ao suprimir a Economia Política do socialismo. É
verdade que o camarada Iarochenko aparenta, ao mesmo tempo, não estar
plenamente de acordo com Bukhárin, mas isso é astúcia, e, além do mais, astúcia
barata. Na realidade, faz o que pregava Bukhárin e fora censurado por Lênin. O
camarada Iarochenko segue as pegadas de Bukhárin.
unicamente a algumas delas, o que às vezes origina confusões, embora Engels não
compreendesse por "intercâmbio" somente o intercâmbio mercantil. Contudo, como
se vê, o que Engels entendia por "intercâmbio" encontrou seu lugar na referida
definição, como parte integrante dela. Em conseqüência, por seu conteúdo, esta
definição do objeto da Economia Política coincide plenamente com a definição
de Engels.
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Todas estas leis são leis econômicas fundamentais do socialismo ou, se apenas
uma delas o é, qual precisamente? O camarada Iarochenko não responde a estas
perguntas em sua última carta aos membros do Bureau Político. Ao formular a lei
econômica fundamental de socialismo em sua carta aos membros do Bureau Político,
"esquece", pelo visto, que há três meses, em seu discurso no Plenário da discussão, já
havia formulado outras leis econômicas fundamentais do socialismo, supondo, ao que
parece, que não se repararia nesta combinação mais do que duvidosa. Mas, como se
vê, seus cálculos falharam.
O camarada Iarochenko diz nesta carta que não está de acordo com a definição
da lei econômica fundamental do socialismo exposta nas "Observações" do camarada
Stálin. Diz assim: "O principal nesta definição é "assegurar a máxima satisfação das
necessidades de... toda a sociedade". A produção é apresentada aqui como meio para
a consecução desse fim principal: satisfazer as necessidades. Tal definição dá motivo
de supor que a lei econômica fundamental do socialismo formulada por V. não parte
do primado da produção, mas do primado do consumo". Evidentemente, o camarada
Iarochenko não compreendeu nada da essência do problema e não vê que as querelas
a respeito da primazia da produção ou do consumo nada têm a ver com o assunto que
nos ocupa. Quando se fala da primazia de tais ou quais processos; sociais em relação a
outros processos, parte-se, comumente, de que uns e outros processos são mais ou
menos homogêneos. Pode-se e deve-se falar da primazia da produção de meios de
produção em relação à produção de meios de consumo, já que nos dois casos se trata
da produção e, em conseqüência, de coisas mais ou menos homogêneas. Mas não se
pode falar, seria errado falar, da primazia do consumo a respeito da produção, ou da
primazia da produção em relação ao consumo, já que a produção e o consumo são,
embora vinculados entre si, duas esferas inteiramente distintas. Evidentemente, o
camarada Iarochenko não compreende que aqui não se trata da primazia do consumo
ou da produção, mas do fim que se propõe a sociedade ante a produção social,
da tarefa que subordina a produção social, como por exemplo, no socialismo. Por isso,
tampouco têm que ver com o assunto que nos ocupa as lenga-lengas do camarada
Iarochenko quando diz que "a base da vida da sociedade socialista, como em qualquer
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Estas palavras de Marx são notáveis não apenas porque definem de modo conciso
e exato o fim da produção capitalista, mas também porque esboçam o fim básico, a
tarefa principal que se deve apresentar ante a produção socialista.
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O fim da produção socialista não é o lucro, mas o homem com suas necessidades,
isto é, a satisfação das necessidades materiais e culturais do homem. O fim da
produção socialista é, como se diz nas "Observações" do camarada Stálin, "assegurar a
máxima satisfação das necessidades materiais e culturais, em constante crescimento
de toda a sociedade".
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Quanto a Marx, como é sabido, não lhe aprazia abstrair-se do estudo das leis da
produção capitalista e não versou, em seu "O Capital", a questão da aplicação ao
socialismo de seus esquemas da reprodução. Todavia, no XX capítulo do II volume de
"O Capital", no parágrafo intitulado "O capital constante da primeira seção", na qual
trata de troca de produtos da primeira seção no seio desta seção, Marx observa quase
de passagem que a troca de produtos nessa seção transcorreria no socialismo com a
mesma continuidade que na produção capitalista. Diz Marx:
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Conclusões:
1. A queixa do camarada Iarochenko a respeito dos dirigentes da discussão não
tem sentido, uma vez que os dirigentes da discussão, sendo marxistas, não
podiam refletir, nos documentos que sintetizam a discussão, o "ponto de vista"
não-marxista do camarada Iarochenko;
2. A petição do camarada Iarochenko de ser encarregado de escrever uma
"Economia Política do Socialismo" não pode ser levada a sério, quando mais não
seja porque cheira a Khlestákov.(1)
22 de maio de 1952
J. STALIN
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J. V. Stálin
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Isto nos levaria a acabar com a Economia Política como ciência, uma vez que a
ciência não pode viver nem desenvolver-se sem o reconhecimento das leis objetivas,
sem o estudo dessas leis. Ora, acabando com a ciência, não teríamos mais a
possibilidade de prever o curso dos acontecimentos na vida econômica do país, isto é,
não teríamos mais a possibilidade de organizar sequer a direção econômica mais
elementar.
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Que medidas são necessárias para elevar a propriedade kolkhosiana, que não é,
naturalmente, propriedade de todo o povo, ao nível da propriedade de todo o povo
("nacional")?
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Não é difícil compreender que quando Stálin dizia que os meios de produção não
se vendem aos kolkhoses não se referia aos pequenos instrumentos, mas sim aos
meios fundamentais de produção agrícola: as máquinas das EMT, a terra. Os autores
da proposta jogam com as palavras "meios de produção" e confundem duas coisas
distintas sem perceber que laboram em erro.
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Que significa, depois disso tudo, pedir a venda das EMT aos kolkhoses? Significa
condenar a grandes perdas os kolkhosese arruiná-los; solapar a mecanização da
agricultura, diminuir o ritmo da produção kolkhosiana.
Daí a conclusão: ao propor a venda das EMT aos kolkhoses, os camaradas Sanina
e Venzher retrocedem e procuram fazer a roda da história girar para trás.
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O kolkhós não é uma empresa do tipo comum. O kolkhós trabalha numa terra e
cultiva uma terra que já há muito não é propriedade kolkhosiana, mas sim propriedade
de todo o povo. Portanto, o kolkhós não é proprietário da terra que cultiva.
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28 de setembro de 1952
J. STÁLIN
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