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APOSTILA DE RACIOCÍNIO LÓGICO

FACULDADES SÃO JOSÉ


CURSOS: ADMINISTRAÇÃO, TURISMO, BIOLOGIA,
INFORMÁTICA E CONTABILIDADE

PROF.: MÁRIO S. TARANTO


2

SUMÁRIO

1 ESTRUTURA LÓGICA

1.1 PROPOSIÇÕES
1.1.1 VALOR LÓGICO DAS PROPOSIÇÕES
1.1.2 NOTAÇÃO
1.1.3 PROPOSIÇÕES SIMPLES E PROPOSIÇÕES COMPOSTAS
1.1.4 NEGAÇÃO DE UMA PROPOSIÇÃO
1.2 CONECTIVOS
1.3 TABELA-VERDADE
1.3.1 TABELAS-VERDADE DAS OPERAÇÕES LÓGICAS ENTRE PROPOSIÇÕES
1.3.2 TABELAS–VERDADE DE UMA PROPOSIÇÃO COMPOSTA
1.4 CLASSIFICAÇÃO DAS TABELAS-VERDADE
1.4.1 TAUTOLOGIA
1.4.2 CONTRADIÇÃO
1.4.3 CONTINGÊNCIA
1.5 LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
1.5.1 DEFINIÇÃO DE ARGUMENTO
1.5.2 VALIDADE DE UM ARGUMENTO
1.5.3 REGRAS DE INFERÊNCIA

2 LÓGICA QUANTITATIVA

2.1 PROGRESSÃO ARITMÉTICA


2.1.1 TERMO GERAL DA PA
2.1.2 SOMA DOS TERMOS DE UMA PA
2.2 PROGRESSÃO GEOMÉTRICA
2.2.1 TERMO GERAL DA PG
2.2.2 SOMA DOS TERMOS DE UMA PG
2.3 MATRIZES
2.3.1 NOTAÇÃO GERAL
2.3.2 REPRESENTAÇÃO GENÉRICA DE UMA MATRIZ
2.3.3 TIPOS ESPECIAIS DAS MATRIZES
2.3.4 IGUALDADE DE MATRIZES
2.3.5 OPERAÇÕES COM MATRIZES
2.3.5.1 ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
2.3.5.2 MULTIPLICAÇÃO DE UM NÚMERO REAL POR UMA MATRIZ
2.3.5.3 MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES
2.3.6 MATRIZ INVERSA
2.3.7 DETERMINANTES
2.3.7.1 DETERMINANTE DE 1ª ORDEM
2.3.7.2 DETERMINANTE DE 2ª ORDEM
2.3.7.3 DETERMINANTE DE 3ª ORDEM
2.4 SISTEMAS LINEARES
2.4.1 EQUAÇÃO LINEAR
2.4.2 SISTEMA LINEAR
2.4.3 CLASSIFICAÇÃO DE UM SISTEMA LINEAR
2.4.4 SISTEMA NORMAL
2.4.5 REGRA DE CRAMER
2.4.6 SISTEMAS EQUIVALENTES
2.4.6.1 PROPRIEDADES DOS SISTEMAS EQUIVALENTES
2.4.7 SISTEMAS ESCALONADOS
3

3 RAZÕES E PROPORÇÕES

3.1 RAZÃO
3.2 PROPORÇÃO
3.2.1 PROPRIEDADE FUNDAMENTAL DAS PROPORÇÕES
3.2.2 PROPRIEDADES USUAIS DAS PROPORÇÕES
3.3 DIVISÕES PROPORCIONAIS (REGRA DE SOCIEDADE)
3.3.1 EM PARTES DIRETAMENTE PROPORCIONAIS
3.3.2 DIVISÃO EM PARTES INVERSAMENTE PROPORCIONAIS

4 GRADES LÓGICAS

4.1 INTRODUÇÃO À PROBABILIDADE


4.2 EXPERIMENTOS ALEATÓRIOS
4.3 ESPAÇO AMOSTRAL
4.4 EVENTOS
4.5 PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DE UM EVENTO
4.5.1 EVENTOS INDEPENDENTES
4.5.2 EVENTOS MUTUAMENTE EXCLUSIVOS
4.5.3 PROBABILIDADE CONDICIONAL
4.5.4 PROBABILIDADE DA UNIÃO DE EVENTOS
4.6 TEOREMA DE BAYES
4.7 PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM
4.8 REGRAS DE CONTAGEM PARA ARRANJOS, PERMUTAÇÕES E COMBINAÇÕES
4.8.1 ARRANJO
4.8.2 PERMUTAÇÃO
4.8.3 COMBINAÇÃO
4

1 ESTRUTURA LÓGICA

1.1 PROPOSIÇÕES

Chama-se proposição todo conjunto de palavras ou símbolos que exprimem um pensamento de sentido
completo.
A Lógica Matemática adota como regras fundamentais do pensamento os dois seguintes princípios:

I – PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: Uma proposição não pode ser verdadeira ou falsa ao mesmo tempo.
II – PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: Toda proposição ou é verdadeira ou é falsa, isto é, nunca uma
terceira condição.

1.1.1 VALOR LÓGICO DAS PROPOSIÇÕES

Chama-se valor lógico de uma proposição a verdade se a proposição é verdadeira e a falsidade se a


proposição é falsa. Seus valores lógicos são abreviados pelas letras V e F.

1.1.2 NOTAÇÃO

Se a proposição p é verdadeira escreve-se V(p) = V. Analogamente, se a proposição p é falsa, escreve-se


V(p) = F.
O valor lógico de uma proposição composta P indica-se por V(P).

1.1.3 PROPOSIÇÕES SIMPLES E PROPOSIÇÕES COMPOSTAS

Chama-se proposição simples aquela que não contém nenhuma outra proposição como parte integrante
de si mesma. Essas proposições são geralmente designadas pelas letras latinas minúsculas.

Exemplos:

p: Mário é professor
q: Pedro é estudante
r: O número 25 é quadrado perfeito

Chama-se proposição composta aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições. Essas
proposições são geralmente designadas pelas letras latinas maiúsculas.

Exemplos:

P: Mário é professor e Pedro é estudante


Q: Pedro é estudante, então é feliz
R: O número 5 é ímpar e o número 9 é quadrado perfeito

As proposições compostas são chamadas de fórmulas proposicionais ou apenas de fórmulas.


Quando interessa destacar que uma proposição composta é formada por determinadas proposições
simples p, q, r, ..., escreve-se: P(p, q, r, ...).

1.1.4 NEGAÇÃO DE UMA PROPOSIÇÃO

Chama-se negação de uma proposição p a proposição representada por “não p”, cujo valor lógico é a
verdade quando p é falsa e a falsidade quando p é verdadeira. Simbolicamente indica-se por “ ~ p”.

1.2 CONECTIVOS

Chamam-se conectivos palavras que se usam para formar novas proposições compostas.

P: Jorge é professor e Luis é marinheiro


Q: Pedro é estudante, então sabe matemática
R: O triângulo ABC é eqüilátero se e somente se é eqüiângulo
5

São conectivos usuais em Lógica Matemática: e, ou, não, se ... então ... , ... se e somente se...

1.3 TABELA-VERDADE

Segundo o Princípio do Terceiro Excluído, toda proposição simples é verdadeira ou falsa. Já o valor lógico
de uma proposição composta depende unicamente dos valores lógicos das proposições simples componentes.
Na prática, para determinação do valor lógico de uma proposição composta recorre-se quase sempre a um
dispositivo conhecido como tabela-verdade. No caso de uma proposição composta cujas proposições simples
componentes são p e q, temos a seguinte tabela-verdade:

P q
1 V V
2 V F
3 F V
4 F F

1.3.1 TABELAS-VERDADE DAS OPERAÇÕES LÓGICAS ENTRE PROPOSIÇÕES

CONJUNÇÃO DISJUNÇÃO DISJUNÇÃO CONDICIONAL BICONDICIONAL


EXCLUSIVA
p q pq p q pq p q pvq p q pq p q pq
V V V V V V V V F V V V V V V
V F F V F V V F V V F F V F F
F V F F V V F V V F V V F V F
F F F F F F F F F F F V F F V

EXERCÍCIOS

1 – Sejam as proposições p: Está frio e q: Está chovendo. Traduzir para a linguagem corrente as seguintes
proposições:

a) ~ p b) p  q c) p v q

d) q  p e) p  q f) ~p  ~ q

2 – Sejam as proposições p: Marcos é alto e q: Marcos é elegante. Traduzir para a linguagem simbólica as
seguintes proposições:

a) Marcos é alto e elegante.


b) Marcos é alto, mas não é elegante.
c) Não é verdade que Marcos é baixo ou elegante.
d) Marcos não é nem alto e nem elegante.

1.3.2 TABELAS-VERDADE DE UMA PROPOSIÇÃO COMPOSTA

A construção de uma tabela-verdade de qualquer proposição composta dada, mostrará exatamente os


casos em que a composição é verdadeira ou falsa, admitindo-se que o seu valor lógico dependerá dos valores
lógicos das proposições simples compostas.
A tabela-verdade de uma proposição composta com n proposições simples componentes contém 2n linhas.

Exemplo: Construa a tabela-verdade da proposição P(p,q) = ~(p ^ ~q).

~ (p  ~q)
V V F F
F V V V
V F F F
6

V F F V

EXERCÍCIOS

3 – Construa as tabelas-verdade das seguintes proposições:

a) ~(p v ~q) c) ~(p  q)  ~(p  ~q)

b) ~p  (q  p) d) (p  (q  ~r))  (~p  r  ~q)

4 – Sabendo que as proposições p e q são verdadeiras e que as proposições r e s são falsas, determinar o
valor lógico (V ou F) de cada uma das seguintes proposições:

a) pqr c)  q  s   r

b) q ps d)  q  r    p  s 

1.4 CLASSIFICAÇÃO DAS TABELAS-VERDADE

1.4.1 TAUTOLOGIA

Chama-se tautologia toda proposição composta cuja última coluna de sua tabela-verdade seja formada
somente de valores lógico V (verdade).
As tautologias são também denominadas proposições tautológicas ou proposições logicamente
verdadeiras.

1.4.2 CONTRADIÇÃO

Chama-se contradição toda proposição composta cuja última coluna de sua tabela-verdade seja formada
somente de valores lógico F (falsidade).
As contradições são também denominadas proposições contraválidas ou proposições logicamente falsas.

1.4.3 CONTINGÊNCIA

Chama-se contingência toda proposição composta cuja última coluna de sua tabela-verdade seja formada
pelos valores lógico V (verdade) e F (falsidade) cada um pelo menos uma vez.
As contingências são também denominadas proposições contingentes ou proposições indeterminadas.

EXERCÍCIOS

5 – Determinar quais das seguintes proposições são tautológicas, contraválidas ou contingentes:

a) p  (~p  q) b) ) ~p  ~q  (p  q)

d) ~(p  q) v (p  ~q)  (~p  q)


c) p  q  (p  q  r)
7

1.5 LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO

1.5.1 DEFINIÇÃO DE ARGUMENTO

Sejam P1, P2, ... , Pn (n  1) e Q proposições quaisquer, simples ou compostas.


Chama-se argumento toda a afirmação de que uma dada seqüência finita de proposições P 1, P2, ... , Pn
(n  1) tem como conseqüência ou acarreta uma proposição final Q.
As proposições P1, P2, ... , Pn são as premissas do argumento, e a proposição final Q, a conclusão do
argumento.
Um argumento de premissas P1, P2, ... , Pn e de conclusão Q indica-se por: “P1, P2, ... , Pn I– Q” e se lê da
seguinte maneira: P1, P2, ... , Pn acarreta Q.

1.5.2 VALIDADE DE UM ARGUMENTO

Um argumento P1, P2, ... , Pn I– Q é válido se e somente se a conclusão Q é verdadeira todas as vezes que
as premissas P1, P2, ... , Pn forem verdadeiras.
Um argumento não-válido chama-se sofisma.

1.5.3 REGRAS DE INFERÊNCIA

Os argumentos válidos fundamentais são usados para fazer inferências.


Quando colocamos as premissas sobre um traço horizontal e a conclusão sob o mesmo traço, chamamos
de regra de inferência.

EXERCÍCIOS

6 – Verifique a validade dos argumentos abaixo:

a) p  q , q I– p d) p  q  r , ~r I– ~q

b) p  q , q I– p e) ~ p  q , p I– ~q

c) p  q , ~q, p  r I– r f) p  q I– p  q  r

7 – Verifique a validade dos argumentos abaixo:

a) Se 8 não é par, então 5 não é primo b) Se 7 é menor que 4, então 7 não é primo
Mas 8 é par 7 não é menor que 4
Logo, 5 é primo Logo, 7 é primo

c) Se 7 é primo, então 7 não divide 21 d) Se chove, Marco fica resfriado


7 divide 21 Marco não ficou resfriado
Logo, 7 não é primo Logo, não choveu

e) Se 8 é par, então 3 não divide 7 f) Se x = 0, então x + y = y


Ou 5 não é primo ou 3 divide 7 Se y = z, então x + y  y
Mas 5 é primo
Portanto, 8 é ímpar Logo, se x = 0, então y  z
8

2 LÓGICA QUANTITATIVA

2.1 PROGRESSÃO ARITMÉTICA

Denomina-se progressão aritmética (PA) a seqüência em que se obtém cada termo, a partir do segundo,
somando-se uma constante r ao termo anterior. Essa constante r chama-se razão da PA.
As progressões aritméticas podem ser classificadas de acordo com o valor da razão:

 Se r > 0, a PA é crescente
 Se r < 0, a PA é decrescente
 Se r = 0, a PA é constante

2.1.1 TERMO GERAL DA PA

O termo geral an da PA é dado pela fórmula:

an  a1   n  1  r

2.1.2 SOMA DOS TERMOS DE UMA PA

A soma Sn dos n termos de uma PA é dada pela fórmula:

Sn 
a 1  an   n
2

EXERCÍCIOS

8 – O dono de uma fábrica pretende iniciar sua produção com 2.000 unidades mensais e, a cada mês, produzir
175 unidades a mais. Mantidas essas condições, em um ano quantas unidades a fábrica terá produzido no total?

( a ) 35.550 ( b ) 31.250 ( c ) 29.875 ( d ) 27.155

9 – Se  x  3, 2x  1, x  5 é uma P.A., então a soma dos três termos dessa P.A. é:

( a ) -13 ( b ) 15 ( c ) 19 ( d ) 27

10 – Numa PA o produto de seus 3 termos é 80 e a sua soma é 15, sua razão é?

(a)5 (b)3 (c)4 (d) 2

11 – Um professor de Educação Física utilizando 1.540 alunos, quer alinhá-los de modo que a figura formada seja
um triângulo. Se na primeira fila for colocado um aluno, na segunda 2, na terceira 3 e assim por diante, quantas
filas serão formadas?

12 – Interpole seis meios aritméticos entre 7 e -28.


9

2.2 PROGRESSÃO GEOMÉTRICA

Denomina-se progressão geométrica (PG) a seqüência em que se obtém cada termo, a partir do
segundo, multiplicando o anterior por uma constante q. Essa constante q chama-se razão da PG.
As progressões geométricas podem ser classificadas de acordo como valor de a 1 e da razão:

 Se a1 > 0 e q > 1 ou a1 < 0 e 0 < q < 1, a PG é crescente


 Se a1 < 0 e q > 1 ou a1 > 0 e 0 < q < 1, a PG é decrescente
 Para qualquer a1 com q < 0, a PG é alternante
 Para qualquer a1 com q = 1, a PG é constante

2.2.1 TERMO GERAL DA PG

O termo geral an da PG é dado pela fórmula:

an  a1  q n 1

2.2.2 SOMA DOS TERMOS DE UMA PG

A soma Sn dos n termos de uma PG finita é dada pela fórmula:

a1   q n  1
Sn 
q 1

A soma Sn dos termos de uma PG infinita, para q Î ]-1, 1[, é dada pela fórmula:

a1
Sn 
1 q

EXERCÍCIOS

13 – A soma dos 10 primeiros termos da PG (–2, 4, –8, 16, ...) é igual a:

( a ) 341 ( b ) 682 ( c ) 1.023 ( d ) 2.046

14 – Se em uma P.G. de três termos reais o produto e a soma dos termos são, respectivamente, 216 e 26, então a
soma dos dois primeiros termos dessa P.G., quando decrescente, é:

( a ) 24 ( b ) 20 ( c ) 18 (d)8

15 – No final de 6 meses uma pessoa conseguiu poupar R$ 14.560,00. Sabendo-se que poupava a cada mês o
triplo da quantia anterior, quanto ele poupou no primeiro mês?

16 – Quantos termos existem na PG (3, 6, ... , 1536)?

17 – Calcule a fração geratriz das dízimas periódicas 2,414141....


10

2.3 MATRIZES

2.3.1 NOTAÇÃO GERAL

Denomina-se matriz toda tabela disposta em linhas e colunas que encontram-se entre parênteses ou
colchetes.

2.3.2 REPRESENTAÇÃO GENÉRICA DE UMA MATRIZ

As matrizes são representadas por letras maiúsculas e seus elementos pelas minúsculas acompanhadas
do duplo índice ij que representam, respectivamente, a linha e a coluna em que o elemento se encontra.

2.3.3 TIPOS ESPECIAIS DAS MATRIZES

MATRIZ LINHA – É toda matriz com uma única linha.

MATRIZ COLUNA – É toda matriz com uma única coluna.

MATRIZ QUADRADA – É toda matriz do tipo n x n, ou seja, com o mesmo número de linhas e de colunas. Esse
tipo de matriz possui duas diagonais: a diagonal principal e a diagonal secundária.

MATRIZ NULA – É toda matriz que seus elementos são nulos.

MATRIZ DIAGONAL – É toda matriz quadrada que os elementos que não se encontram na diagonal principal são
nulos.

MATRIZ IDENTIDADE – É toda matriz quadrada que os elementos da diagonal principal são iguais a 1 e os
demais iguais a zero.

MATRIZ TRANSPOSTA – É toda matriz obtida pela troca ordenada de suas linhas por suas colunas. Denota-se a
matriz transposta de A por At.

MATRIZ SIMÉTRICA – É toda matriz quadrada de ordem n que A = At.

MATRIZ OPOSTA – Chama-se matriz oposta de A a matriz obtida pela troca de todos os sinais de seus
elementos.

2.3.4 IGUALDADE DE MATRIZES

Diz-se que duas matrizes A e B, do mesmo tipo, são iguais se, e somente se, todos os elemento que
ocupam a mesma posição, são idênticos.

EXERCÍCIOS
3i  j, se : i  j
18 – Construa a matriz A = (aij)3x3 tal que aij = 2
i  2 j, se : i  j
.
19 – A matriz A =  1 0 0 é do tipo:

( a ) diagonal ( b ) 1x3 ( c ) nula ( d ) 1x1

 1  1
20 – Sendo a matriz A =   , a oposta de sua oposta é:
1 1
1 1 1 0 1 1  1  1
(a)   (b)   ( c )  (d)  
 1  1 0 1 0 0 1 1
 1 1 x 2 
 
21 – A =  3 4 y  1 seja uma matriz simétrica, calcule x, y e z.

5z 6 7 
2.3.5 OPERAÇÕES COM MATRIZES
11

2.3.5.1 ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO


São operações que só podem ser efetuadas entre matrizes do mesmo tipo. A matriz resultante dessas
operações é encontrada através da soma ou da subtração dos elementos que ocupam a mesma posição.

2.3.5.2 MULTIPLICAÇÃO DE UM NÚMERO REAL POR UMA MATRIZ


Dado um número real x e uma matriz A, o produto de x pela matriz A é a matriz obtida pela multiplicação
de x por todos os elementos da matriz A.

2.3.5.3 MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES


O produto de uma matriz A por uma matriz B, é a matriz C onde cada um de seus elementos é obtido
através da soma dos produtos dos elementos correspondentes da i-ésima linha de A pelos elementos da j-ésima
coluna de B.

2.3.6 MATRIZ INVERSA

Dada uma matriz A, quadrada, de ordem n, se existir uma matriz A’ ,de mesma ordem, tal que
A x A’ = In = A’ x A, dizemos então que a matriz A’ é inversa de A e denotamos A -1.

2.3.7 DETERMINANTES

Chama-se determinante o número associado a uma matriz quadrada.

2.3.7.1 DETERMINANTE DE 1ª ORDEM


Dado uma matriz A, de 1ª ordem, seu determinante é o próprio elemento de A.

2.3.7.2 DETERMINANTE DE 2ª ORDEM


Dado uma matriz A, de 2ª ordem, seu determinante é a diferença encontrada entre o produto dos
elementos da diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal secundária.

2.3.7.3 DETERMINANTE DE 3ª ORDEM


O determinante de uma matriz A de 3ª ordem pode ser feito através de um dispositivo denominado regra
de Sarrus, que consiste primeiramente na repetição das duas primeiras colunas ao lado da terceira, para então
somarmos os produtos encontrados pelos elementos da diagonal principal e suas paralelas e os produtos
encontrados pelos elementos da diagonal secundária e suas paralelas, e finalmente, nessa ordem, determinar
essa diferença.

EXERCÍCIOS
1 3 1  1 2 3
   
22 – Calcule a matriz X na equação 3X - A + 2B = 0, sabendo que A =  3 2  1 e B =  1 1/ 3 2 .
   
1 1 2  1 / 2 3 1

23 – Multiplicando a matrizes A = por B = , obtemos:


 2 3
   1 2 3
 0 1  

 1 4
   2 0 4

1 2
24 – Calcule a matriz inversa, se existir, de A =  .
3 4

3 x  1 2 3
 
25 – Calcule o valor de x na equação  x  2 1 1 = 12.

 2 0 4

2.4 SISTEMAS LINEARES

2.4.1 EQUAÇÃO LINEAR


12

É toda equação na forma a1x1  a2 x2  a3 x3  ...  an xn  b , onde os valores de a são os coeficientes reais de x
e b é um número real chamado de termo independente.

2.4.2 SISTEMA LINEAR

É todo conjunto de equações lineares na forma:


a11x1  a12 x2  a13 x3  . .  a1nxn  b1
a x  a x  a x  ...  a x  b
 21 1 22 2 23 3

   
2n n 2

  , com m equações e n incógnitas.


am1x1  am2 x2  am3x3  ...  amnxn  bm

Chamamos de n-upla, de números reais, a solução simultânea de todas as equações do sistema.

2.4.3 CLASSIFICAÇÃO DE UM SISTEMA LINEAR

 possível e determinado (possui apenas uma única solução)


 possível e indeterminado (possui infinitas soluções)
 impossível (não possui solução)

2.4.4 SISTEMA NORMAL

Um sistema é normal quando possui o mesmo número de equações e incógnitas e o determinante da


matriz incompleta associada ao sistema é diferente de zero.

2.4.5 REGRA DE CRAMER

Chama-se regra de Cramer a técnica usada para solucionar um sistema linear.


Fazendo xi  D x / D , onde D é o determinante da matriz incompleta associada ao sistema e Dxi é o
determinante obtido através da substituição, na matriz incompleta, da coluna i pela coluna formada pelos termos
independentes.

2.4.6 SISTEMAS EQUIVALENTES

Dois sistemas são equivalentes quando possuem o mesmo conjunto solução.

2.4.6.1 PROPRIEDADES DOS SISTEMAS EQUIVALENTES

 Trocando-se de posição as equações de um sistema linear, obtém-se um outro sistema equivalente.


 Multiplicando-se uma equação do sistema linear por um número real diferente de zero, obtém-se um outro
sistema equivalente.
 Adicionando-se a uma das equações do sistema linear o produto de uma outra equação desse mesmo sistema
por um número real diferente de zero, obtém-se um outro sistema equivalente.

2.4.7 SISTEMAS ESCALONADOS

O procedimento para o escalonamento de um sistema é o seguinte:

1º - Fixamos como 1ª equação uma das que possuam o coeficiente da 1ª incógnita diferente de zero.
2º - Utilizando as propriedades dos sistemas equivalentes, anulamos todos os coeficientes da 1ª incógnita das
demais equações.
3º - Anulamos todos os coeficientes da 2ª incógnita a partir da 3ª equação.
4º - Repetimos o processo com as demais incógnitas, até que o sistema se torne escalonado.

EXERCÍCIOS

26 – Resolva os seguintes sistemas lineares:

2 x  3 y  1
a) 
 x  2 y  11
 x  y  2z  4

b) 
 x
2 x



3y
y


z
6z


11
6
.
13

27 – Determine quantos passageiros viajam em certo ônibus, sabendo que, se 2 passageiros ocupassem cada
banco, 26 ficariam de pé e que, se 3 passageiros se sentassem em cada banco, 2 bancos ficariam vazios.

( a ) 60 ( b ) 72 ( c ) 64 ( d ) 80 ( e ) 90

28 – Ao saírem do Colégio, Viviane e Pedro conversaram a respeito do “peso” que carregavam em suas mochilas.
Diante das queixas de Viviane, Pedro argumentou:

_ Se eu transferir o equivalente a 1 kg da sua mochila para a minha, levarei o dobro do “peso” que você passará a
carregar. Entretanto, se em vez disso, eu transferir o equivalente a 1,5 kg da minha mochila para a sua,
passaremos a carregar o mesmo “peso”.

Acreditando que esse raciocínio esteja correto, determine o “peso” que cada um, ao sair do Colégio, levava em sua
mochila.

29 – Uma empresa deve enlatar uma mistura de amendoim, castanha de caju e castanha-do-pará. Sabe-se que o
quilo de amendoim custa R$ 5,00, o quilo da castanha de caju, R$ 20,00 e o quilo de castanha-do-pará, R$ 16,00.
Cada lata deve conter meio quilo da mistura e o custo total dos ingredientes de cada lata deve ser de R$ 5,75.
Além disso, a quantidade de castanha de caju em cada lata deve ser igual a um terço da soma das outras duas.
Determine as quantidades, em gramas, de cada ingrediente por lata.

30 – Em uma caixa há pêras e maçãs. A diferença entre a quarta parte do número de pêras e a décima quinta
parte do número de maçãs é 1. Sabendo-se que a diferença entre o dobro do número de pêras e os 2/3 do número
de maçãs é 2, é correto afirmar que:

( a ) o número de pêras é igual ao número de maçãs


( b ) o número total de frutas é menor que 60
( c ) o número total de frutas é maior que 65
( d ) o número de pêras é maior do que o número de maçãs
( e ) o número de pêras é menor do que o número de maçãs

3 RAZÕES E PROPORÇÕES

3.1 RAZÃO

A razão de duas grandezas é o quociente entre os números que medem essas grandezas numa mesma
unidade ou em unidades diferentes.

a
Notação: , onde a é o antecedente e b o conseqüente.
b
14

Ex.: 1) Se Olavo ganha R$ 7,00 por hora de trabalho e seu pai R$ 14,00 a cada jornada, qual a razão entre o que
ganha Olavo e seu pai?

7 1

14 2

Ex.: 2) Um automóvel percorre 160 km em 2 horas. Qual a razão entre a distância percorrida e o tempo gasto para
percorrê-la?

160 km 160
 km h  80 km h
2 h 2

Ex.: 3) Num mapa, uma distância de 18 cm está representando uma distância real de 18 km. Qual a escala desse
mapa?

18 1
18 km = 1.800.000 cm. Portanto  .
1800
. .000 100.000

3.2 PROPORÇÃO

É a igualdade entre duas razões.

a c
Notação:  , onde a e d são extremos e b e c são os meios.
b d

3.2.1 PROPRIEDADE FUNDAMENTAL DAS PROPORÇÕES

Em toda proporção o produto extremos é igual ao produto dos meios.

a c
Notação:  , onde a x d = b x c.
b d

Uma proporção não se altera se trocarmos as posições dos meios ou extremos.

a x d = b x c ou d x a = b x c ou a x d = c x b.

3.2.2 PROPRIEDADES USUAIS DAS PROPORÇÕES

1ª) Em toda proporção, a soma (ou diferença) dos antecedentes está para soma (ou diferença) dos conseqüentes,
assim como cada antecedente está para o respectivo conseqüente.

a c
Notação: Sendo  , aplicando a propriedade temos:
b d

ac a c
 ou
bd b d

ac a c
 ou
bd b d

2ª) Em toda proporção, o produto dos antecedentes está para o produto dos conseqüentes, assim como o
quadrado de qualquer antecedente está para o quadrado do respectivo conseqüente.
15

axc a 2 c2
 ou 2
bxd b 2 d

3
Ex.: 1) Após um dia de trabalho, João e Pedro ganharam juntos R$ 84,00. Se a razão de seus ganhos é de ,
4
quanto ganhou cada um?
J  P  84 J  P  84

 J

 P

3
4
, trocando os meios, temos: 
 J

 3

P
4
. Agora basta aplicar a primeira propriedade das
proporções.

Ex.: 2) Num trabalho realizado por Mauro e Felipe, Mauro ganhou R$ 150,00 a mais que Felipe. Sabendo que a
2
razão de seus ganhos foi de , quanto ganhou cada um?
5
M 2
  F  M  150
 F 5 , trocando os meios, temos: 
 F
 
M
. Agora basta aplicar a primeira propriedade das
  5 2

 F  M  150
proporções.

Ex.: 3) O produto dos ganhos de Cleber e Paulo por uma hora de trabalho foi de R$ 72,00. Sendo a razão de seus
2
ganhos de , quanto ganhou cada um?
9
C  P  72 C  P  72

C

 P

2
9
, trocando os meios, temos: 
C

 2

P
9
. Agora basta aplicar a segunda propriedade
das proporções.

3.3 DIVISÕES PROPORCIONAIS (REGRA DE SOCIEDADE)

3.3.1 EM PARTES DIRETAMENTE PROPORCIONAIS

Nas divisões em partes diretamente proporcionais, aplicamos a primeira propriedade das proporções.

Ex.: Divida R$ 720 em partes proporcionais a 2, 3 e 4.


a  b  c  720

 a b c
  
 2 3 4

abc a b c 720 a b c
 ou ou ,  ou ou ,
2 3 4 2 3 4 9 2 3 4

80 a b c
simplificando, temos:  ou ou .
1 2 3 4

80 a
Se  , a = R$ 160;
1 2

80 b
se  , b = R$ 240; e
1 3
16

80 c
se  , c = R$ 320.
1 4

3.3.2 DIVISÃO EM PARTES INVERSAMENTE PROPORCIONAIS

Nas divisões em partes inversamente proporcionais, determinamos os inversos dos números envolvidos
na proporcionalidade, reduzimos ao mesmo denominador conservando apenas os numeradores encontrados e
aplicamos a primeira propriedade das proporções.

3 2
Ex.: Divida R$ 1.800,00 em partes inversamente proporcionais a 2, e .
4 3
1 1
1  3 4  2 3
Assim: 2 -1 = ,   = e    .
2  4 3  3 2
3 8 9
Reduzindo os inversos ao mesmo denominador temos:   .
6 6 6

Conservando apenas os numeradores, o problema passou a ser dividir R$ 1.800,00 em partes diretamente
proporcionais a 3, 8 e 9.
a  b  c  1.800

 a
 3 

b
8

c
9
, resolvendo encontramos a = R$ 270,00, b = R$ 720,00 e R$ 810,00.

EXERCÍCIOS

31 – Dos 27 empregados de uma empresa, x são mulheres e y são homens. Sabe-se que os números x e y são
diretamente proporcionais a 4 e 5. Nesse caso, y – x é igual a:

(a)3 (b)5 (c)4 (d)6

32 – Um oficial de justiça observa que sobre a sua mesa existem 2 mandados de notificação para cada 3
mandados de intimação. Se o total desses mandados é 60, o número de mandados de intimação é:

( a ) 20 ( b ) 24 ( c ) 36 ( d ) 30

33 – Considere que x e y sejam números reais correspondentes, respectivamente, aos valores cobrados por um
banco na renovação anual da ficha cadastral de cada um de seus clientes e na manutenção anual do cartão
magnético fornecido pelo banco ao cliente interessado pelo serviço. Sabendo que x e y são diretamente
proporcionais a 5 e 3, respectivamente, e que x – y = R$ 6,20, então a renovação anual de cadastro do referido
banco custa:

( a ) R$ 9,30 ( b ) R$ 24,80 ( c ) R$ 15,50 ( d ) R$ 18,60

34 – Os comprimentos de duas peças de tecido estão para si assim como 11 está para 15. A diferença entre o
quíntuplo do comprimento da primeira peça e o triplo do comprimento da segunda peça é de 40 metros. Calcule o
comprimento de cada peça de tecido.

( a ) 38 m e 50 m ( b ) 26 m e 30 m ( c ) 32 m e 40 m ( d ) 44 m e 60 m
17

35 – Um pai deixou R$ 2.870.000,00 para serem divididos entre seus três filhos na razão inversa de suas idades:
8, 12 e 28 anos. Quanto coube a cada um?

36 – Por ocasião do Balanço anual de uma firma comercial formada por três sócios, verificou-se um prejuízo de R$
27.000,00. Calcule a parte correspondente a cada sócio, sabendo que os capitais empregados por cada um são
de: R$ 540.000,00, R$ 450.000,00 e R$ 360.000,00.

37 – João e Gabriel organizaram uma firma comercial com um capital social de R$ 2.000.000,00, devendo cada
um deles entrar com a metade desse valor. No ato da organização, em 1º de março, João integralizou sua quota e
Gabriel contribuiu com apenas R$ 700.000,00, responsabilizando-se por integralizar sua quota após 5 meses. Em
31 de Dezembro, foi procedido o Balanço, tendo sido apurado um lucro de R$ 740.000,00. Qual a parte a ser
creditada a cada sócio?

4 GRADES LÓGICAS

4.1 INTRODUÇÃO À PROBABILIDADE

As probabilidades são utilizadas para exprimir a chance de ocorrência de um determinado “evento” e é


dada por um número que pode variar de 0 (zero) a 1,00.

4.2 EXPERIMENTOS ALEATÓRIOS

Os experimentos cujo resultado não pode ser previsto são chamados Experimentos Aleatórios.
Na teoria das probabilidades, experimentos aleatórios em que qualquer resultado pode ocorrer com a
mesma chance, são chamados de experimentos aleatórios eqüiprováveis.

4.3 ESPAÇO AMOSTRAL

Espaço amostral ou conjunto universo é o conjunto U de todos os resultados possíveis de um experimento


aleatório. O número de elementos desse conjunto é indicado por n(U).

Exemplos:

 no lançamento de um dado, U = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e n(U) = 6;


 no sorteio de uma das dezenas da megasena, U = {00, 01, 02, ... , 59} e n(U) = 60;
 no lançamento de dois dados diferentes, U = {(1, 1), (1, 2), ... , (6, 5), (6, 6)} e n(U) = 36.

4.4 EVENTOS

Qualquer subconjunto do espaço amostral U é chamado de evento.

Exemplos
18

1) Determine no espaço amostral do experimento aleatório lançamento simultâneo de duas moedas, o evento
obter pelo menos uma cara.

U = {(C, C), (C, K), (K, C), (K, K)} e n(U) = 4

A = {(C, C), (C, K), (K, C)} e n(A) = 3

2) Considerando o experimento aleatório nascimento de três filhos de um casal, determine em seu espaço
amostral o subconjunto que representa o evento nascimento de exatamente dois meninos em três filhos do
casal.

U = {(H, H, H), (H, H, M), (H, M, H), (H, M, M), (M, H, H), (M, H, M), (M, M, H), (M, M, M)} e n(U) = 8

Na árvore das possibilidades, podemos visualizar melhor os oito casos:

H H
H H
M M
H M
H H
M M
M M

O evento nascimento de exatamente dois meninos em três filhos do casal é dado por:

A = {(H, H, M), (H, M, H), (M, H, H)}

4.5 PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DE UM EVENTO

Num experimento aleatório eqüiprovável, sendo n(U) o número de elementos do espaço amostral U e n(A)
o número de elementos do evento A, a probabilidade de que ocorra o evento A é dada pelo número real:
n( A )
P( A ) 
n( U )

Sempre que um espaço amostral consiste de N resultados possíveis que são igualmente prováveis, a
1
probabilidade de cada resultado será .
N

Exemplo: Lançamento de duas moedas e o evento ocorrer cara pelo menos uma vez. Representando para cara C
e para coroa D, temos:
U  {( C ,C ) ,( C , D ) ,( D ,C ) ,( D , D )} 

3 casos em 4
n( U )  4 


A  {( C ,C ) ,( C , D ) ,( D ,C )} 
n( A )  3 

possíveis

n( A ) 3
P( A )  
n( U ) 4

4.5.1 EVENTOS INDEPENDENTES

Dizemos que dois eventos são independentes quando a realização ou não de um dos eventos não afeta a
probabilidade de realização do outro e vice-versa.

EXERCÍCIOS
19

38 – Em uma linha de produção seleciona-se uma amostra de 240 produtos. Verifica-se que 1/3 dessa amostra
ainda precisa de algum tipo de ajuste. Retirando-se, ao acaso com reposição três peças dessa amostra, qual a
probabilidade de que entre elas exista uma que precise de ajuste?

39 – Rodrigo retirou uma carta de um baralho (52 cartas, 13 de cada naipe) e pediu a Alan que adivinhasse qual
era. Para ajudar ao amigo, Rodrigo disse: “A carta sorteada não é preta, e nela não está escrito um número par”.
Se Alan considerar a dica de Rodrigo, qual será a probabilidade que acerte a carta sorteada no primeiro palpite?

4.5.2 EVENTOS MUTUAMENTE EXCLUSIVOS

Dizemos que dois ou mais eventos são mutuamente exclusivos quando a realização de um exclui a
realização do(s) outro(s).

Assim, no nascimento de uma criança, o evento “nascer menino” e o evento “nascer menina”, são
mutuamente exclusivos, pois na realização de um deles, o outro não se realiza.

4.5.3 PROBABILIDADE CONDICIONAL

A probabilidade de dois eventos independentes ocorrerem simultaneamente e conseqüentemente sem


reposição, é chamada de probabilidade condicional e é dada pelo produto da probabilidade do acontecimento do
evento pela probabilidade do outro sob a condição do primeiro já ter ocorrido.

P A  B  P A   P  B / A 

Exemplo: Em uma urna há 5 bolas azuis e 9 bolas brancas. Retiramos uma bola da urna e, em seguida, sem repor
a bola retirada, retiramos uma segunda bola. Determine a probabilidade de ambas serem bolas brancas:

Solução:
Considerando:
n( B )  9 ( bola br an ca na
1

n( B )  8 ( bol a branca na
 2


 pois a bola da prime ira r
 
n( U 1 ) 14 na pri me ira re t
n( U 2 )  13 na se gu nda re ti

n( B1 ) 9 n( B2 ) 8
Temos: P( B1 )   e P( B2 )  
n(U1 ) 14 n(U 2 ) 13

Como B1 e B2 são eventos independentes, a probabilidade de que ambas as bolas sejam brancas é dada por:

9 8 36
P( B1 )xP( B2 )  x  .
14 13 91

EXERCÍCIOS

40 – Utilizando o enunciado do exemplo, calcule a probabilidade de:

a) das duas bolas serem azuis;

b) da primeira ser branca e a segunda azul; e

c) da primeira ser azul e a segunda branca.

41 – Uma gaveta tem 5 pares de meias verdes e 3 pares de meias azuis. São tiradas duas meias ao acaso.
Calcule a probabilidade de se formar um par com meias:
20

a) verdes;

b) azuis;

c) da mesma cor; e

d) de cores diferentes.

42 – Em uma amostra de 500 peças existem 4 defeituosas. Retirando-se, ao acaso e sem reposição três peças
dessa amostra, qual a probabilidade de entre elas não existirem peças defeituosas?

4.5.4 PROBABILIDADE DA UNIÃO DE EVENTOS

Se A e B são dois eventos de um espaço amostral U, temos que:

P(AÈB) = P(A) + P(B) – P(AÇB), para eventos independentes.

Se A Ç B = Æ, os eventos são mutuamente exclusivos, isto é, P(A Ç B) = 0. Daí:

P(AÈB) = P(A) + P(B)


Exemplos:

1) Sorteando um número de 1 a 30, qual a probabilidade de que ele seja par ou múltiplo de 3?
Solução: Dados os eventos A (número par) e B (múltiplo de 3), temos:
 A  {246, , ,. .,30}  n( A)  15

 B  {369, , ,. .,30}  n( B)  10
 A  B  {612182430
 , , , , }  n ( A  B)  5

Como n(U) = 30, temos:

15 10 5
P( A )  P( B )  P( A  B ) 
30 30 30

Assim:
15 10 5 2
P( A  B )  P( A )  P( B )  P( A  B )    
30 30 30 3
2
Logo, a probabilidade é de .
3

2) Lançando-se simultaneamente dois dados não viciados, calcule a probabilidade de que suas faces superiores
exibam soma igual a 7 ou 9.
U  {( 1,1 ),( 1,2 ), . . . ,( 6 ,5 ),( 6 ,6 )}
Solução: 
 n( U )  36

 A  {( 1,6 ),( 2 ,5 ),( 3 ,4 ),( 4 ,3 ),( 5 ,2 ),( 6 ,1 )}


Para que a soma seja igual a 7, temos: 
 n( A )  6

 B  {( 3 ,6 ),( 4 ,5 ),( 5 ,4 ),( 6 ,3 )}


Para que a soma seja igual a 9, temos: 
 n( B )  4

Logo, P(A È B) = P(A) + P(B), pois A Ç B = Æ.

6 4 10 5
Portanto: P( A  B )     .
36 36 36 18
21

EXERCÍCIO

43 – Em uma linha de produção de seringas sabe-se, a partir de registros históricos, que 5% das seringas não
satisfazem as especificações quanto ao comprimento e 3% não satisfazem quanto ao diâmetro. Considerando que
o comprimento e o diâmetro são determinados por processos independentes:

a) qual a probabilidade de se selecionar uma seringa totalmente conforme?

b) qual a proporção de seringas que não satisfazem a pelo menos uma especificação?

4.6 TEOREMA DE BAYES

É o processo do cálculo das probabilidades que fornece meios para calculá-las fazendo uso da
árvore de probabilidades.
·
·
·
·
·
·
·

Exemplo: Numa certa comunidade, 52% dos habitantes são mulheres e destas 2,4% são canhotas. Dos homens,
2,5% são canhotos. Calcule a probabilidade de que um indivíduo escolhido ao acaso seja:

a) homem canhoto;

b) homem destro;

c) mulher canhota;

d) mulher destra;

e) canhota; e

f) destra.

Solução: Probabilidade de ser mulher e canhota:

C · P(H, C) = 0,52 x 0,024 = 0,0125 = 1,25%


H ·
D · P(H, D) = 0,52 x 0,976 = 0,5075 = 50,75%
·
C · P(M, C) = 0,48 x 0,025 = 0,012 = 1,2%
M ·
D · P(M, D) = 0,48 x0,975 = 0,468 = 46,8%

Total = 100%

EXERCÍCIO
22

44 – Considere que uma empresa compra peças de dois diferentes fornecedores, 1 e 2. Atualmente 65% das
peças compradas pela empresa são do fornecedor 1 e o restante são do fornecedor 2. Dados históricos, através
de teste de qualidade, sugerem que 2% das peças do fornecedor 1 e 5% das peças do fornecedor 2 apresentam
defeitos. Selecionando-se aleatoriamente uma dessas peças, calcule a probabilidade de que:

a) seja do fornecedor 1 e totalmente conforme;

b) seja do fornecedor 2 e totalmente conforme;

c) seja totalmente conforme;

d) seja do fornecedor 1 e apresente defeito;

e) seja do fornecedor 2 e apresente defeito; e

f) apresente defeito.

4.7 PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM

A contagem dos resultados experimentais de um evento é uma etapa necessária na atribuição de


probabilidades.
Por meio do princípio fundamental da contagem, podemos determinar o número de vezes que um
evento pode ocorrer de modo diferente sem ter de descrever todos os modos.
Se um primeiro evento pode ocorrer de p1 modos diferentes, um segundo evento de p2 modos diferentes e,
sucessivamente, um enésimo evento de pn modos diferentes, sendo os n “eventos independentes”, então o
número de vezes que os n acontecimentos podem ocorrer de modo diferente é:
p1 x p2 x p3 x ... x pn

Exemplo: Para ir da cidade A para cidade C, obrigatoriamente passamos pela cidade B. Três companhias de
ônibus cobrem o percurso entre A e B e duas companhias de aviação ligam B e C. De quantos modos diferentes é
possível viajar de A até C?

Solução: Se o primeiro acontecimento pode ocorrer de 3 modos diferentes e o segundo, de dois modos diferentes,
o número de vezes que os dois acontecimentos podem ocorrer é:
3 x 2 = 6.

EXERCÍCIOS

45 – De maneiras distintas Thiago pode fazer um lanche com um salgado e um refrigerante se na cantina de nossa
instituição há 4 tipos de refrigerante e 5 tipos de salgado?

46 – Quantas senhas de 4 dígitos podem ser formadas com os algarismos de 0 a 9? E se os dígitos forem
distintos?

47 – Um estádio de futebol possui 7 portões de acesso. Em dias de jogo 4 portões são destinados à entrada dos
torcedores e os outros 3 portões, para saída. Quantas são as maneiras de se entrar e sair do estádio?

48 – Quantos números de 3 algarismos distintos podem ser formados com os algarismos 3, 4, 7, 8 e 9?

49 – Quantos números de 4 algarismos distintos podem ser formados?

4.8 REGRAS DE CONTAGEM PARA ARRANJOS, PERMUTAÇÕES E COMBINAÇÕES


23

4.8.1 ARRANJO

Sendo A = {a1, a2, ... ,an} um conjunto com n elementos e p um número natural menor ou igual a n,
chamamos de arranjo simples dos n elementos tomados p a p todo agrupamento ordenado com p elementos
distintos que se pode formar com os n elementos de A.
De modo geral, o número de todos os arranjos simples é dado por:

n!
An , p 
( n  p)!

4.8.2 PERMUTAÇÃO

Chamamos de permutação simples de n elementos todo arranjo simples de n elementos tomados n a n.


O total dessas permutações é representado por pn e é dado por:

n! n! n!
Pn  An ,n     n!
( n  n )! 0 ! 1

4.8.3 COMBINAÇÃO

Sendo A = {a1, a2, ... , an} um conjunto com n elementos e p um número natural menor ou igual a n,
chamamos de combinação simples dos n elementos de A tomados p a p todo subconjunto de A com p elementos.
De modo geral, o número de todas as combinações simples é dado por:

n!
Cn , p 
p!( n  p)!

Exemplos:

1) Com os números 1, 2, 3 e 4, quantos pares ordenados de elementos distintos podemos formar?

Solução: Considerando dois pares quaisquer (1, 3) ¹ (3, 1), verificamos que a ordem dos elementos altera o par
ordenado. Trata-se então de um problema de arranjo simples:

4! 4!
A4, 2    4 x3  12 Logo, podemos formar 12 pares ordenados.
(4  2)! 2!

2) Com os algarismos 2, 3 e 4, quantos números com 3 algarismos distintos podemos formar?

Solução: Trata-se de um arranjo simples de 3 elementos tomados 3 a 3, ou seja, uma permutação de 3 elementos:

P3 = 3! = 3 x 2 x 1 = 6 Logo, podemos formar 6 números.

3) Quantos triângulos podemos formar com 10 pontos de um plano, sabendo que não existem 3 pontos alinhados?

Solução: Trata-se de uma combinação de 10 elementos 3 a 3:

10 ! 10 ! 10 x 9 x 8
C10 ,3     120 Logo, podemos formar 120 triângulos.
3 !( 10  3 )! 3 !7 ! 3 x 2 x1

EXERCÍCIOS

50 – Quantas comissões com 4 elementos podemos formar numa classe de 20 alunos?


24

51 – Quantos anagramas podemos formar com a palavra TURMA?

52 – A diretoria de uma firma é constituída de 7 diretores brasileiros e 4 japoneses. Quantas comissões de 3


brasileiros e 3 japoneses podem ser formadas?

53 – O grêmio estudantil de uma escola realiza eleições para preenchimento da vagas de sua diretoria. Para os
cargos de presidente, vice-presidente e secretário apresentaram-se sete candidatos. Quantas chapas podem ser
formadas sabendo que os candidatos podem assumir qualquer um dos cargos?

54 – Numa fábrica, 8 engenheiros e 5 administradores pretendem formar uma comissão de 4 elementos. Quantas
comissões são possíveis de se formar de modo que entre os integrantes se tenha no mínimo 1 administrador?

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