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HUMANISMO E RENASCIMENTO NA PENÍNSULA IBÉRICA

Para compreendermos como se deu o Humanismo na Península Ibérica, é necessário


primeiramente compreender o que significou e como se explica o termo Humanismo, no
que consistiu, qual suas bases e finalidades. Asunción Rallo Gruss nos recorda que definir
o termo já é algo muito complicado, pois essa definição dá origem à muitas discussões e
estudos.

Foi no século XIV, na Itália, que o termo humanista passou a designar os que
estudavam e ensinavam a língua latina e as disciplinas que se relacionavam com a
Antiguidade Clássica, sendo assim, o termo Humanismo passou a caracterizar o resgate e
a valorização das heranças greco-latinas na cultura de cada povo. Já na Espanha, os
termos Humanismo e humanista aparecem tardiamente, sendo usados com significado
ambíguo até o século XVI. O que se sabe, é que o primeiro humanista no sentido que
conhecemos hoje foi Petrarca, um escritor e erudito italiano do século XIV que estava
relacionado com a sede papal de Avignón na França. Avignón, vale ressaltar, ganhou
relevância nas relações políticas, comerciais e artísticas entre as Coroas. A partir de
Avignón é que se irradiava para diversos povos a nova cultura que consistia na chamada
cultura laica; essa cultura nova começa a ser pressentida ao final do século XIII e ao
longo do XIV, onde no Ocidente começa a aparecer componentes de uma cultura que se
mostra mais à parte do que anteposta à cultura preexistente, a cristã e eclesiástica. Como
cita Batllori, o humanismo catalão-aragonês dos antigos Estados de língua catalã e o
Reino de Aragão, tem sua origem histórica em Avignón.

Essa cultura nova surgiu na Itália e ganhou notoriedade a partir da Corte Papal de
Avignón, centro religioso e artístico da época, mas, independente da região, a nova
cultura possuía algumas características fundamentais:

• A exaltação do homem: A principal características dos humanistas era o


desejo de dignificar o homem, enaltecendo suas qualidades e
potencialidades, como o fato de ser superior aos animais, pelo uso da razão
sendo artífice e inventor, com isso se colocam contra a visão eclesiástica
que pregava o homem como um ser miserável, preso neste mundo como
numa prisão. Inocêncio III em sua “DE MISERIA HUMANAE
CONDITIONIS” defende essa visão, Petrarca se contrapõe à ela em sua
obra “DE REMEDIIS UTRIUSQUE FORTUNAE” onde enaltece as bem-
aventuranças às quais o homem seria destinado: O fato de o homem ter sido
criado a imagem e semelhança de Deus, mediante as artes pode subjugar o
mundo a sua volta. Comparado aos animais, o ser humano pode não possuir
a força de uns, nem a agilidade de outros, porém, em dignidade não há
animal que se iguale a ele. Só para o homem a velhice assume um caráter
venerável e a morte assume um papel glorioso e “bem-aventurado”. Assim,
contrariando o senso comum, que vê no Humanismo um movimento
fundamentalmente ateu, o primeiro Humanista no conceito atual possuía
como principal idéia que o homem era a melhor criação de Deus, sendo
assim, muito superior aos animais, não podendo ser diminuído a um simples
escravo de Deus, muito pelo contrário, como sua melhor criação, pode e
deve alcançar a sabedoria e assemelhar-se cada vez mais ao seu criador
chegando à perfeição.
• O convencimento de reviver uma época histórica que se havia
convertido em modelo a seguir (Antiguidade Clássica): Os humanistas
foram grandes estudiosos dos mestres da Antiguidade Clássica. Tanto é que
todos os pensadores humanistas se encaixavam em uma das três vertentes
que o Humanismo assumiu: A Latina, a Grega e a Hebraica. Vertentes essas
que, pelo menos a princípio, não se separaram da leitura e interpretação da
Bíblia e dos Santos Padres, como Petrarca que dedicou muitos estudos aos
escritos de Santo Agostinho, baseando-se no “racionalismo agostiniano”
(cristão) para seu ideal do homem como a melhor das criaturas de Deus.
Assim, nota-se uma continuidade das tradições e influências medievais,
assim não há uma ruptura completa com o medievo, mas processos de
continuidades e descontinuidades.

A influência do Humanismo na Península Ibérica se deu de maneira


peculiar, visto que, ainda no século XV, há a presença de culturas não-cristãs na
Espanha (judeus, muçulmanos), ou seja, a Espanha era muito plural.A época dos
Reis Católicos, Fernando de Aragão e Isabel de Castela é importantíssima, pois aos
acontecimentos políticos que nela sucedem, sucede paralelamente uma política
cultural. As rotas comerciais que haviam na época coincidem com as relações
artísticas de outros locais, cujas influências estéticas vão continuadamente chegando
à arte espanhola. Com feitos culminantes deste reinado: a conquista de Granada
(último reino muçulmano na Península) e o descobrimento da América por
Colombo, ambos acontecimentos de 1492, cresce uma “exaltação nacional”que
pode ser refletida nas artes renascentistas. Com a força que estava emergindo dos
protestantes, a Espanha atua fortemente aliada à Itália na luta religiosa, o que leva à
incorporação do Humanismo e do Renascimento em todos os aspectos da tradição
nacional, visto que a Itália era o berço de ambos os movimentos.O Reino de
Castela, devido aos seus diversos desequilíbrios internos e externos, se tornou um
“oásis” para os humanistas que se caracterizavam como poetas e historiadores; por
assim dizer, toda a corte estava “repleta” de autores clássicos, poetas gregos e
latinos e as formas mais delicadas do primeiro humanismo literário que se havia
definido na Itália.

Há uma permanente circulação intelectual entre as forças da cultura


medieval e o estímulo da novidade do Renascimento. Com a chegada deste novo
estilo, as Universidades acompanharam essa nova tendência, o que foi se
espalhando em colégios e igrejas. Uma figura importante na arte renascentista era o
mecena, aquele que financiava as obras dos artistas, geralmente eram membros da
nobreza ou do Alto Clero. Esses financiamentos por parte da nobreza foram
estimulados principalmente pelo desejo dos nobres em transmitir seu poder e sua
glória nos aspectos materiais e visíveis, como podemos notar na Catedral de Toledo.
As Artes Plásticas determinam um reflexo da nova cultura humanista que sofreu um
processo lento de modificações desde fins do século XIV e durante todo o XV, é um
processo constituído dentro do contexto do estilo internacional e da arquitetura
gótica que vai aparecendo como novidade.

No final do século XV, podemos falar em duas “linguagens plásticas”:

• Estilo Gótico, como imagem monárquica;

• Elementos Renascentistas, em posse de alguns nobres.


O estilo internacional é um resultado da interação entre o estilo gótico, o
francês e o toscano, cuja confirmação vem da Corte Papal de Avignón ali instalada
no último quarto do século XIV. Provavelmente, foi em Catalunha onde notaram-se
os primeiros sintomas deste novo estilo, o que por lógica demonstra a íntima relação
com a Itália e Avignón. O Reino de Aragão foi um reino completo, porque
mantinha uma estrutura política, jurídica e administrativa de cada uma dos reinos
que integrava, sendo ele o elo que garantia a união de todos eles. Pelo seu gosto
artístico e rápida conexão com as novas manifestações artísticas, a arte aragoneza
teve no Renascimento um fator de identidade.

Don Pedro González de Mendoza (séc. XV), a serviço de Don Juan II de


Castela, foi quem teve influência na arte renascentista e quem foi o primeiro a
edificar a arquitetura espanhola do Renascimento no reinado de Fernando e Isabel.
A chegada do Renascimento Italiano no Reino dos Reis Católicos, também esteve
ligada a Domenico Francelli, que impulsionou essa chegada do Renascimento
Italiano à Espanha pelo “sepulcro” feito por ele para Juan II. Esse sepulcro tinha
todo um repertório de decoração expressiva

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