Nº52 - Março de 2011 - Informativo do Sindicato de Artes e Ofícios Vários de
Campinas - SINDIVÁRIOS - FOSP - COB - ACAT - AIT
Março: Mês de luta feminina
Deve-se em março, resgatar os inúmeros lutas que as mulheres levam para reconhecimento de sua expressão de igualdade e pela justiça social. Março é marcado por protestos, greves e ações que procuram motivar a organização feminina. A luta econômica, emancipação não é exclusividade feminina, mas a consciência de luta nesse processo deve reparar erros e posições machistas, paternalistas que subordinam mulheres aos homens e toma todo cuidado de não inverter isso através de uma opressão de mulheres sobre os homens e outras mulheres, porque existe a tendência de valorizar as mulheres pelo sistema capitalista, de entregar cargos de mando o que não torna a relação de exploração e opressão menor, muito ao contrário, cria-se uma falsa ilusão que ao Trabalhadores não deixe que isso aconteça, pelo salário que se ter mulheres no comando ou que recebam igual aos homens, a desigualdade atenda as necessidades de nossas famílias, associa a COB-AIT e social diminuirá. O que é mentira, já que a vamos para luta! lógica de exploração e opressão está além da relação de gênero, cor ou credo. Historicamente temos relatos de exploração e opressão continuará. residência, o que significa que tal salário inúmeras atrocidades contra mulheres, Cabe perguntarmos se é isso que calculado pelo DIESE no mês de Fevereiro crianças e idosos, vitimas do processo de queremos para nós e nossos filhos? Devemos seja de R$ 2.245,00 , muito além dos exploração e opressão com o objetivo de legar as próximas gerações a nossa R$545,00 defendidos pelo governo que alega saciar a ganância e cobiça do capital. subserviência ao sistema? Devemos legar as ser defensor dos trabalhadores! Em Março por exemplo, foram mortas próximas gerações a exploração e opressão Não entendemos em que manter um em um incêndio criminoso, 145 pessoas, a deles? Ou devemos proporcionar a igualdade salário baixo pode ser considerado política de maioria mulheres de uma confecção econômica, politica e social, onde cada ser sua valorização, como o governo vem Triangle nos EUA, o que se tornou uma humano seja respeitado, que suas alegando. Dizem que a longo prazo o salário referência na luta feminina. Durante o necessidades sejam atendidas e que o coletivo base será valorizado, mas a experiência tempo, os movimentos revolucionários, tenha práticas de amor, solidariedade e apoio entre si, abolindo a propriedade e o regime do Questão do Salário mostra que isso é muito incerto uma vez que o próprio governo está com um política de rebeldes, combativos articulam em Março, atos, ações que trazem a memória da luta capital, a herança de bens, corrigindo os Nenhum trabalhador ganha salário e contenção de gastos. de emancipação das mulheres. milênios de erro da espécie humana, sim produz riquezas, das quais recebe uma E temos um grande agravante nesse Entendemos que é importante trazer cometidos por sua ignorância e ínfima parte. É errado e ilusório quem diz processo que é os salários de muitas empresas essa discussão e ampliá-la, uma vez que obscurantismo religioso, político e pela que ganha salário e que ganha bem. Não há não tem como referência o salário minimo, o vivemos um regime de intolerância velada e ganância e cobiça desenfreada por poder salário que seja justo e que expresse o que leva a uma grande divisão nas discussões isso se estende a todxs, vitimizados pelo politico e econômico. trabalho produtor de riqueza. Um salariais pelas diversas categorias, sendo que processo como mulheres, homens, crianças, Março é mês de luta e reflexão sobre a trabalhador digno recebe pelo que produz, nesse processo, só aquelas que possuem uma idosos, homossexuais, negros, índios e questão feminina, mas lembramos que isso é não “ganha”, como se fosse uma questão de maior organização corporativa conseguem demais camadas que constituem a classe parte de uma luta maior, de nossa classe por sorte ou pela bondade dos patrões obter conquistas nessa área. Isso é explorada e oprimida. emancipação. Unimos para vencer batalhas empregadores. consequência direta da manutenção do Como trabalhadores, a união desses de classe até a vitória total e fim da guerra de O trabalho é um resultado social e modelo trabalhista imposto pela ditadura de setores deve ser realizado porque, se classes. coletivo e portanto deve ser levado em conta Vargas. mantivermos o modelo de divisão das lutas Comecemos um mundo novo em nossos ao se discutir tal assunto, ou seja, quando O modelo dividiu os trabalhadores em só fortalece nossos inimigos. Ou unimos as corações e ações! um empresário, patrão, empregadores em milhares de categorias e cada uma por si e o lutas, as demandas, ou a manutenção da geral acumulam riquezas e delas tiram capital contra todas. Mesmo que sejam pequenas parcelas para dividir fixamente associadas a alguma central sindical, a por tantos trabalhadores que produziram estrutura montada não favorece a união de toda a riqueza na forma de pagamento de cada uma. Neste sentido o sindicalismo salário, isso é um roubo perpetrado pelo revolucionário aponta a necessidade da empresário, empregador, patrão ou qual seja desfiliação do MTE, do modelo fascista da o seu sinônimo a qual damos a alcunha de CLT e organização dos trabalhadores por ladrões. Mesmo considerando que tais ramos de profissão, restaurando a união dos empresários, empregadores, patrões sejam os diferentes ofícios, como por exemplo, na mais “honestos”, cumprindo os compromissos industria, não haveria sindicatos para cada contratuais previstos por lei, isso tudo não tipo de profissão e sim a adesão delas no passa de uma enganação aos trabalhadores, sindicato da industria, unindo e solidarizando uma vez que grande parte do que produzem os diversos profissionais da industria, além fica com o patronato, na forma do que se de criar a força necessária para enfrentar os chama lucro. empregadores, empresários, patrões. O sindicalismo revolucionário entende Voltando a questão salarial, se num que a luta por melhores salários passamo por primeiro momento defendemos os reajustes duas etapas: salariais de forma real e fora do período do A reivindicação imediata do reajuste dissidio, uma vez que processo inflacionário dos salários conforme o que o próprio Estado ocorre diariamente, num segundo momento e a burguesia estabeleceram através de leis, defendemos o fim dos salários através da ou seja, que o salário base de uma família de distribuição das riquezas produzidas, através 4 pessoas, dois adultos e dua crianças deva da autogestão dos meios de produção, a atender as necessidades básicas de saúde, coletivização da propriedade, onde cada qual alimentação, vestuário, lazer, transporte, recebe conforme sua necessidade.