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SER PROFESSOR E SER GAY: UMA ANÁLISE DA

CONSTRUÇÃO DO PRECONCEITO
Everton da Costa Rosa
evertondcr@gmail.com

Resumo
O presente trabalho dá-se como uma prévia para o trabalho de conclusão de curso de mesmo
título à ser apresentado no Curso de História – Licenciatura Plena da Universidade do Vale do
Paraíba. O tema escolhido refere-se intimamente com a questão do preconceito sexual a
questão impugnados os homossexuais, em especial se estes forem professores ou trabalharem
na àrea da educação. O objetivo do trabalho é nortear que o homossexualidade sempre existiu
e não influencia no cárater de uma pessoa, desde que, este se ponha em pensamentos sobre os
locais que frequenta e a realidade social em que está inserido. A metodologia utilizada para
elaboração desta pesquisa se fez através da leitura e análise de artigos sobre o referido tema e
discussões que na história se fizeram perpetuar.

Palavras-chave: Professor, Gay, Construção, Preconceito, Homossexualidade.

Introdução
Este artigo representa a prévia de um trabalho de conclusão de curso de mesmo título e de
autor. Servindo também de referência para outros trabalhos acadêmicos, ao mesmo tempo em
que comenta os diversos aspectos da questão “a homessexualidade e o ensino.

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

Entende-se por homossexualidade relacionamentos homo-afetivos e homo-eróticos. A


homossexualidade não é algo novo na História, há registros, indícios e estudos que
comprovam que ela data do período histórico chamado de Classicismo ou Helênico, quando o
centro dos poderes ecônimcos, bélicos e políticos estava centrado na Grécia e na Roma
antigas. Deve-se nortear que na “história da humanidade, os aspectos individuais da
homossexualidade foram admirados ou condenados, de acordo com as normas sexuais
vigentes nas diversas culturas e épocas em que ocorreram. Em uma compilação detalhada de
materiais históricos e etnográficos de culturas pré-industriais, "forte desaprovação da
homossexualidade foi relatada em 41% das 42 culturas; aceita ou ignorada por 21% e 12%
não relataram tal conceito. Das 70 etnografias, 59% relataram a homossexualidade como
ausente ou rara em frequência e 41% a relataram como presente ou como não incomum".[1]
Na Grécia Antiga ocorreu uma massificação e perpetuação da homossexualidade, uma
vez que para diversos pensadores da época era considerada como um excelente método
disciplinar e pedagógico. Homens de meia idade para representatividade de seu poder
poderiam manter relações sexuais com jovens desde que sempre estivessem na condição de
ativos. Platão, renomado pensador grego, em algumas de suas obras chegou “a elogiar os seus
benefícios, embora em suas obras tardias viesse a propor a sua proibição”.[1]
Na história da América por exemplo, pode-se encontrar certo ícones e trejeitos
perpetuados pela historiografia sobre atitudes homossexuais, o rei Dom João VI, do Reino
Unido de Brasil Portugual e Algarve, pode ser citado à isto, como diz Laurentino

“Poucos historiadores se arriscam a entrar na vida íntima de D. João VI. Dos deles,
Tobias Monteiro e Patrick Wilcken, apontam evidências de que, na ausência da
mulher, ele manteve um relacionamento homossexual – mais por conveniência do que
1 - Wikipédia. Acessado em 07 de Fevereiro de 2011.
por convicção – com Franciso Rufino de Sousa Lobato, um dos camareiros reais.
Monteiro sugere que as funções de Francisco Rufino incluíam masturbar o rei com
certa regularidade […] graças, aos seus serviços, Francisco Rufino foi recompensado e
promovido várias vezes por D. João. Ao final do período de treze anos da corte
portuguesa no Brasil, seus títulos incluíam os de visconde de Vila Nova da Rainha,
conselheiro, guarda-roupas, tesoureiro particular do rei, secretário dos Negócios da
Casa e Estado do Infantado, secretário deputado da Mesa de Consciência e Ordens no
Brasil e governador da Fortaleza de Santa Cruz […].”

Uma vez observado que até na família real de Bragança, última dinastia portuguesa
podemos encontrar traços da homossexualidade, não há como negar, que sim, desde as
fundações de nossa nação o relacionamento homo-afetivo se faz viver.

SER PROFESSOR E SER GAY

O professor conforme já provado pela psicologia exerce uma função que marca a vida
e o cotidiano de quem passa por ele, como exemplo, têm-se as pessoas escolhem suas
profissões baseadas no exemplo dos que passaram por sua vida, e, neste contexto deve se
levar em consideração a influência que um profissional da educação tem na formação cultural
e sociológica dos indivíduos. Uma vez que afora os pais, o professor, é quem passa grande
parte do tempo com os jovens, estes é claro, observam a postura e as escolhas feitas por seus
educadores, principalmente, se quiserem maldizer ou mal fazer ao educador.
A orientação sexual de uma pessoa jamais pode interferir em sua vida profissional,
posto que ninguém se diminui por amar diferente, por ter desejos diferentes, contudo, a
sociedade não aceita como seu igual aquele que tem um posição diferente em determinado
aspecto social e afetivo, por tradição, instalada com o advento do catolicismo, a
homossexualidade é tratada como algo errôneo e imoral, sendo assim, a sociedade
desconsidera o trabalho de um professor, por melhor que este seja, apenas por que ele ter uma
opção diferenciada, por ter um estilo de vida, diferente do que é considerado “correto”.
Um professor que assume a sua sexualidade à comunidade escolar, está fadado a sofrer
um intenso preconceito e por vezes ter que lidar com problemas que os outros funcionários da
escola, tido como “normais” pela sociedade não enfrentam, pelo menos, não em tão larga
escala como os outros. Contudo, há casos em que este, por se dar excelentíssimamente bem
com a comunidade escolar, a sua opção sexual parece até não ser de conhecimento mútuo,
sendo assim ele revela que pode se passar por cima das barreiras do preconceito em toda e
qualquer ocasião.
Ser homossexual nas atuais conjunturas sociais é ser consciente de que o preconceito e
as dificuldades vão acompanhá-lo em todos os ramos a que tiver que se impor para adquirir
respeito dos demais, ou, tiver que lidar com as diferenças. O que ocorre com frequência é a
intolerância às diferenças evidenciada nos atos de determinados grupos sociais, como revela o
trecho da reportagem a seguir:

“Um estudante de 27 anos afirmou que ele e um amigo foram vítimas de mais um
ataque homofóbico na região da Avenida Paulista, na madrugada de terça-feira, aniversário de
São Paulo.
Com esse, são pelo menos cinco casos desde 14 de novembro, quando quatro
adolescentes e um jovem de 19 anos cometeram agressões na mesma avenida.” 3

2 – Gomes, Laurentino. 1808 – Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta engaram
Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil. São Paulo: Ed. Planeta do Brasil, 2007.
3 – Espaço Gls <site> http://espacogls.com/conteudo/?p=2174 – Acessado em 09 de fevereiro de 2011.
A homofobia, ou, aversão, medo, ou ódio a homossexuais, representada no trecho da
reportagem acima é crime no Brasil, prescrito sobre a Lei Estadual 10.948/2001, promulgada
no governo de Geraldo Alckmin, da qual alguns artigos foram elencados a seguir:

“Artigo 1º - Será punida, nos termos desta lei, toda manifestação„o atentatória ou
discriminatória praticada contra cidadão homossexual, bissexual ou transgênero.
Artigo 2º - Consideram-se atos atentatórios e discriminatórios dos direitos individuais
e coletivos dos cidadãos homossexuais, bissexuais ou transgêneros, para os efeitos desta lei:
I - praticar qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória,
de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica;
II - proibir o ingresso ou permanência em qualquer ambiente ou estabelecimento
público ou privado, aberto ao público;
IV - preterir, sobretaxar ou impedir a hospedagem em hotÈis, motÈis, pensıes ou
similares;
VI - praticar o empregador, ou seu preposto, atos de demissão direta ou indireta, em
função daorientação sexual do empregado;
VII - inibir ou proibir a admissão ou o acesso profissional em qualquer
estabelecimento público ou privado em funçãoo da orientação sexual do profissional;
VIII - proibir a livre express„o e manifestação de afetividade, sendo estas expressões e
manifestações permitidas aos demais cidadãos
Artigo 3º - São passíveis de punição o cidadão, inclusive os detentores de função
pública, civil ou militar, e toda organização social ou empresa, com ou sem fins lucrativos, de
caráter privado ou público, instaladas neste Estado, que intentarem contra o que dispõe esta
lei.
Artigo 4º - A prática dos atos discriminatórios a que se refere esta lei será apurada em
processo administrativo, que terá inÌcio mediante:
I - reclamação do ofendido;
II - ato ou ofício de autoridade competente;
III - comunicado de organizações não-governamentais de defesa da cidadania e
direitos humanos.” 4

Embora haja esta lei, a homofobia é praticada diariamente em todas as suas formas de
maneira implícita ou explícita. O professor quando demonstra trejeitos homossexuais, mesmo
não o sendo, convive com essa malfadada situação perante colegas de trabalho e alunos,
muitas vezes para não “criar caso” e estender a situação fazendo uma denúncia dos atos
conforme prevê a lei supracitada nos seguintes artigos:

“Artigo 5º - O cidadão homossexual, bissexual ou transgênero que for vétima dos atos
discriminatórios poderá apresentar sua denúncia pessoalmente ou por carta, telegrama, telex,
via Internet ou fac-símile ao órgão estadual competente e/ou a organizações não-
governamentais de defesa da cidadania e direitos humanos.
§ 1º - A denúncia deverá ser fundamentada por meio da descrição do fato ou ato
discriminatório, seguida da identificação de quem faz a den˙ncia, garantindo-se, na forma da
lei, o sigilo do denunciante.
§ 2º - Recebida a denúncia, competirá à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania
promover a instauração do processo administrativo devido para apuração e imposição das
penalidades cabíveis.

4 – Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo <site>


http://www.justica.sp.gov.br/downloads/LeiEstadual10948.pdf - Acessado em 09 de fevereiro de 2011.
Artigo 6º - As penalidades aplicáveis aos que praticarem atos de discriminação ou
qualquer outro ato atentatório aos direitos e garantias fundamentais da pessoa humana serão
as seguintes:
I - advertência;
II - multa de 1000 (um mil) UFESPs - Unidades Fiscais do Estado de São Paulo;
III - multa de 3000 (trÍs mil) UFESPs - Unidades Fiscais do Estado de São Paulo, em
caso de reincidêcia;
IV - suspensão da licenÁa estadual para funcionamento por 30 (trinta) dias;
V - cassação da licença estadual para funcionamento.
§ 1º - As penas mencionadas nos incisos II a V deste artigo não se aplicam aos Órgãos
e empresas públicas, cujos responsáveis serão punidos na forma do Estatuto dos
Funcionários Públicos Civis do Estado - Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968.
§ 2º - Os valores das multas poderão ser elevados em at 10 (dez) vezes quando for
verificado que, em razão do porte do estabelecimento, resultarão inúcuas.
§ 3º - Quando for imposta a pena prevista no inciso V supra, deverá ser comunicada a
autoridade responsável pela emissão da licença, que providenciará a sua cassação,
comunicando-se, igualmente, a autoridade municipal para eventuais providências no
âmbito de sua competência.
Artigo 7º - Aos servidores públicos que, no exercício de suas funções e/ou em
repartição pública, por ação ou omissão, deixarem de cumprir os dispositivos da
presente lei, serão aplicadas as penalidades cabíveis nos termos do Estatuto dos
Funcionários Públicos.” 4

Embora o texto da lei, ao contrário de tantas outras, seja extremamente claro, raros são
os homossexuais que fazem uso da mesma para garantir que seus direitos sejam resguardados.
Deve-se levar em consideração também que na grande maioria dos casos omissos ao
sofrimento de homofobia se dá por conta da lentidão do sistema judiciário brasileiro.
Em suma, o professor, quando funcionário da Secretaria de Educação do Estado de
São Paulo, possui ainda de outro amparo legal proscrito na Lei Federal em seu artigo:

“Art.331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:


Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa.” 5

Além da lentidão do sistema judiciário, outro fator que faz com os homosseuxais se
calem perante tais fatos, se dão, o de constrangimento, posto que, muitos por não assumirem a
sua sexualidade socialmente, sentem-se intimidados a declararem-se vítimas de homofobia,
pois, isso seria o mesmo que admitir ser homossexual.
Enquanto houver um pensamento clássico do medievo referente as diferenças sociais,
psicológicas, sexuais e culturais, haverá a prática da homofobia, dentre outros fatores que
levam diversos homossexuais à cometerem atos extremos, sendo o suícidio o maior e mais
grave deles, como vê-se no trecho à seguir:

“Para Ribeiro (2004) as taxas de suicídio são significativamente maiores entre a


população jovem LBGT. Na realidade, a questão já se transformou em um sério
problema de saúde pública. É necessário aumentar as medidas de combate à
homofobia, já que há provas do maior número de suicídios entre jovens lésbicas, gays,
bissexuais e transexuais, do que na população jovem em geral.

4 – Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo <site>


http://www.justica.sp.gov.br/downloads/LeiEstadual10948.pdf - Acessado em 09 de fevereiro de 2011.
5 – Índice Fundamental de Direito <site> http://www.dji.com.br/codigos/1940_dl_002848_cp/cp328a337.htm –
Acessado em 09 de fevereiro de 2011.
Com dados precisos descobriu-se que os jovens LBGTs assumem cada vez mais cedo
sua sexualidade, e enfrentam também mais rapidamente a intimidação homofóbica.
Nem é preciso ressaltar que se tornou imprescindível medidas para o apoio
psicológico e social da juventude homossexual.” 6

Em vias de conclusão diz-se ainda que:

“Os assassinatos homofóbicos como crimes de ódio, pois levam seus autores
geralmente a praticarem elevado grau de violência física e desprezo moral contra a
vítima, sendo tais mortes muitas vezes antecedidas de tortura, uso de múltiplas armas e
grande número de golpes.” 7

O HOMOSSEXUAL E A SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: ANÁLISE DE


ENTREVISTAS.

Quando do início da produção do presente artigo, se fez necessária a realização de


entrevistas sobre o tema “A homossexualidade e a sociedade”. Como fruto das entrevistas
obteve-se o terceiro e último tópico do presente instrumento de pesquisa.
Foram entrevistadas duas pessoas de diferente faixas de idades e níveis sócio
econômicos que se consideram homossexuais e bissexuais, por sigilo ético e à pedido dos
entrevistados os nomes utilizados são fictícios.
A primeira questão aos entrevistados foi:
“O que é a homossexualidade para você?”
Segundo Bernado Tanaka, homossexual, estudante, dezoito anos da cidade de São
Paulo:

“É uma mutação na hora da fecundação. Por exemplo um homem homossexual recebe


um cromossomo X a mais do que um heterosexual.”

Para Amanda Souza, bissexual, professora, vinte e três anos da cidade de São José dos
Campos:

“É sentir-se atraído por pessoas do mesmo sexo.”

Vê-se claramente que a maturidade trás à tona uma formalidade maior, ou, um
conceito mais claro, embora, não tão lúdico, sobre o tema. Em contrapartida, à visão do autor,
homossexualidade é você sentir-se atraído por pessoas do mesmo sexo, embora, isto não
esteja intimamente ligado à prazeres sexuais, posto que, podem existir grandes
relacionamentos afetivos entre amigos sem que haja contato físico e íntimo.
A segunda questão foi:
“Você é homossexual ou bissexual? Qual sua fonte de prazer?”
Segundo Tanaka:

“Sou homossexual, minha fonte de prazer se dá em receber carinho e atenção, ser


mimado pelo mesmo sexo.”

6 – Steve, Daniel apud Ribeiro. Daniel Steve <site> http://www.danielsteve.com.br/homofobia_7.html –


Acessado em 09 de fevereiro de 2011
7 – Steve, Daniel apud Mott, 2000, p.15, Dias de Ira. Daniel Steve <site>
http://www.danielsteve.com.br/homofobia_7.html – Acessado em 09 de fevereiro de 2011.
Para Souza:

“Sou bissexual, não tenho restrições me sinto atraída por homens e mulheres”

Conforme citado no ínicio do artigo desde os primórdios da sociedade grega há relatos


de relacionamentos homo-afetivos, e, como foi exposto pelas respostas, nem sempre “o prazer
se dá na carne”, isto é, pode se ser homossexual não sentir vontade de manter relações
sexuais, desta forma, sua sexualidade se dá principalmente, no foco de receber e transmitir
afeto e carinho ao próximo.
A terceira questão foi:
“Foi difícil para você se aceitar, ou, se entender? Teve apoio dos amigos ou da
família?”
Segundo Tanaka:

“Desde criança eu sempre soube, logo não tive problemas em aceitar! Não tive apoio
da família e dos amigos porque não senti a necessidade deles nessa hora”

Para Souza:

“Não foi difícil me aceitar. Não contei para família. Amigos aceitam naturalmente.”

A necessidade de se aceitar, geralmente, é maior do que os desejos e vontades que um


homossexual possui. Antes de poder se assumir para a sociedade, este precisa ter certeza do
que sente, precisa compreender e sentir que isto é algo natural, conforme é evidenciado por
estudos psicológicos, onde diz se que quando criança todos passam pela fase homossexual e
pela fase heterosexual, que comprendem, em querer estar com pessoas do mesmo sexo para
realizar as atividades rotineiras, ou, querer realizá-las com pessoas do sexo oposto. Acredita-
se que quando a criança “pula” uma dessas fases, em especial a homossexual, ela pode
“voltar” a vida do indíviduo apenas como fase ou como algo permanente.
A quarta questão foi:
“O que você pensa sobre os homossexuais assumidos que se mostram para sociedade
andando juntos e demonstrando seu afeto e amor em público?”
Segundo Tanaka:

“Acho normal, é cada vez mais comum de se ver casais homessexuais demonstrando
seus afetos em público (pelo menos em São Paulo).”

Para Souza:

“Considero corajosos, pois a maior parte da sociedade não aceita, apesar de hoje esse
preconceito está sendo quebrado.”

Levando-se em consideração as localidades onde vivem os dois entrevistados podemos


perceber o avanço que se deu quanto à aceitação da homossexualidade. Enquanto em uma
metrópole que representa uma das maiores economias do país, a demonstração de afeto e
amor entre homossexuais é normal, em uma cidade do interior isto ser diferente, embora
como Souza relembra “a maior parte da sociedade não aceita” é também verdade que na
cidade de São José dos Campos, o preconceito, teve uma enorme queda se comparada aos
tempos da ditadura militar.
A quinta questão foi:
“O que te faz pensar que alguém é homossexual?”
Segundo Tanaka:

“Quando a pessoa toma cuidado com as palavras, é um bom sinal! Por exemplo, você
pergunta para um homessexual do gênero masculino: "quem é o seu amor?", ele vai tomar
cuidado ao escolher as palavras, vai trocar "ele" por "pessoa", e assim vai...”

Para Souza:

“Não sei descrever, mas determinados comportamentos mostram a pré disposição ao


homossexualismo. Professores percebem se seus alunos são ou não.”

É também verdade que homossexuais possuem um certo feeling8 (do inglês sentimento,
tendência a) para reconhecer seus iguais. Conforme Tanaka diz à escolha de palavras
diferenciadas representa uma forma de ocultar determinados fatos. Souza traz ainda um ponto
delicado e extremamente discutível: “professores percebem se seus alunos são ou não”, por
ter experiência no assunto, tanto a entrevistada como o autor entram em consenso à respeito
desta afirmação, uma vez que, o professor passa grande parte do tempo junto aos seus alunos
e ali estabelece uma relação, um vínculo de amizade, ou não, que pode perceber ou vir a
suspeitar que seu aluno seja homossexual, embora, essa não seja sua função e agir assim seria
uma forma discriminatória, pois, nem sempre o que parecer ser é.

A sexta e última pergunta foi:


“Você já sofreu algum tipo de preconceito? Qual?”

Segundo Tanaka:

“Não que eu me lembre.”

Para Souza:

“Não”

Em diversos casos onde podem-se incluir ou não os entrevistados, o preconceito já faz


parte de seu cotidiano tão intimamente que ele passa desapercebido, o que para muitos é fonte
de extremo regozijo, pois, podem deixar de lado o bullyng9 (termo em inglês utilizado para
descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um
indivíduo (ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou
grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.) e viver normalmente as suas vidas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Uma vez compreendido os conceitos de homossexualidade e homofobia tem-se uma


maior facilidade para compreender os atos preconceituosos e imorais a que os homossexuais
são impugnados.
Como também foi citado nada pode impedir um homossexual de viver sua opção, bem
como, isso não pode afetar sua vida profissional. Sendo lhe resguardado os seus direitos de
igualdade pela Lei Estadual 10.948/2001 e também pela Consituição Federal de 1988 que

8 – Feeling do inglês sentimento. Tradutor Google <site> www.google.com.br/tradutor – Acessado em 09 de


fevereiro de 2011.
9 – Bullying é um termo em inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica. Wikipédia
<site> http://pt.wikipedia.org/wiki/Bullying - Acessado em 09 de fevereiro de 2011
garante a igualdade a todos os cidadãos brasileiros ou que residam no Brasil. Os professores
das rede pública de ensino ainda possuem um segundo amparo legal garantido pelo Código
Penal brasileiro, contudo, foi explanado ainda, que muitas pessoas não buscam seus direitos
por medo de sofrerem represálias, ou pela lentidão do sistema judiciário brasileiro, ou ainda
preferem conviver com o preconceito à assumir a sua sexualidade.
Também foi levantada a questão do suicídio entre os jovens homossexuais, que está
aumento com o decorrer do tempo e é um grande fator do elevado índice de mortalidade no
país.
Quanto as entrevistas pode se ter com elas uma maior compreensão de como um
homossexual sente-se com relação à sua opção junto a sociedade, podendo este, sofrer
preconceito de forma intensa e explícita, bem como intensa e implícita.
Acredita-se que após a leitura e compreeensão do presente artigo, tenha uma nova
ideia e formulem-se novos conceitos à respeito da homossexualidade, uma vez que, a
sociedade só se desenvolverá de forma completa e abrangente à todos, quando deixar de lado
a hipocrisia e o preconceito, sendo assim, necessita-se que todos façam à sua parte na luta
pela igualdade.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

1 – Wikipédia <site> http://pt.wikipedia.org/wiki/Homossexualidade - Acessado em 07 de


Fevereiro de 2011.

2 – Gomes, Laurentino. 1808 – Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte
corrupta engaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil. São Paulo: Ed.
Planeta do Brasil, 2007.

3 – Espaço Gls <site> http://espacogls.com/conteudo/?p=2174 – Acessado em 09 de fevereiro


de 2011.

4 – Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo <site>


http://www.justica.sp.gov.br/downloads/LeiEstadual10948.pdf - Acessado em 09 de fevereiro
de 2011.

5 - Índice Fundamental de Direito <site>


http://www.dji.com.br/codigos/1940_dl_002848_cp/cp328a337.htm – Acessado em 09 de
fevereiro de 2011.

6 – Steve, Daniel apud Ribeiro. Daniel Steve <site>


http://www.danielsteve.com.br/homofobia_7.html – Acessado em 09 de fevereiro de 2011

7 – Steve, Daniel apud Mott, 2000, p.15, Dias de Ira. Daniel Steve <site>
http://www.danielsteve.com.br/homofobia_7.html – Acessado em 09 de fevereiro de 2011.

8 – Feeling do inglês sentimento. Tradutor Google <site> www.google.com.br/tradutor –


Acessado em 09 de fevereiro de 2011.

9 – Bullying é um termo em inglês utilizado para descrever atos de violência física


ou psicológica. Wikipédia <site> http://pt.wikipedia.org/wiki/Bullying - Acessado em 09 de
fevereiro de 2011

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