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AULA 01
CONCEITOS E ENFOQUES BÁSICOS
Sumário
UNIDADE 1 .................................................................................................................... 4
UNIDADE 02 ................................................................................................................ 10
UNIDADE 03 ................................................................................................................ 15
BUSCA E APREENSÃO............................................................................................... 15
OBJETIVOS
A partir dos conhecimentos tratados nesta aula você será capaz de:
Conceituar prova e prova material.
Descrever a cadeia de custódia.
Definir busca e apreensão.
Compreender a finalidade da busca e apreensão.
Identificar os momentos da busca e da apreensão.
A seguir, acesse esta aula em PDF para que você possa salvar em sua maquina e ate
imprimir se desejar.
Nesta unidade você vai conhecer o conceito de prova e, em especial, a prova do tipo
material.
Prova
Se você tem uma palavra e quer saber o significado, a primeira fonte de consulta é o
dicionário, certo?
Pois bem, no dicionário Aurélio o significado Versão eletrônica, 2004.
geral de “prova” nos diz ser:
“Aquilo que serve para estabelecer uma verdade por verificação ou demonstração”.
Prova
No aspecto criminal você, profissional de segurança pública, deve estar preocupado
com a busca incessante e célere da verdade real, coletando indícios e provas que possam
ser trazidos à investigação policial de forma clara e cristalina.
Observe que ao realizar uma busca, seja ela domiciliar ou pessoal, você está procurando
elementos que interessam à investigação criminal, objetivando estabelecer um liame
com o fato investigado, ou seja, você busca, entre outros, verdade por intermédio da
PROVA.
Não é objeto de estudo neste tema e por isso não trataremos sobre a PROVA em todos
os seus aspectos. Porém, a busca e apreensão estão diretamente relacionadas à PROVA
MATERIAL. Então veremos mais detalhadamente este tipo de prova.
ATIVIDADE DESCRITIVA
Em termos jurídicos e com base em seus conhecimentos o que você pode dizer sobre
prova material? Pense e registre sua resposta. Ao enviar, compare sua resposta.
Prova Material
É o conjunto de meios probantes idôneos, manifestados na forma de evidências
periciais ou documentais, capazes de afirmar a existência positiva ou negativa de um
fato alegado.
EXEMPLO
O instrumento utilizado na prática do crime e os exames periciais realizados
nos vestígios coletados no próprio local do crime.
Resumindo...
Prova material é todo vestígio visível e que ofereça a oportunidade de
apossamento ou constatação, sujeitos ou não a realização de exames periciais,
a depender da análise de cada caso.
IMPORTANTE
Lembre-se: para chegarmos ao esclarecimento de qualquer
fato ocorrido, precisamos realizar investigações a fim de
reunir informações confiáveis para o esclarecimento da
verdade. Isto significa que estamos buscando prova(s)
daquele(s) fato(s) delituoso(s), que podem ser objetivas Esta prova objetiva é a que
(periciais ou documentais) ou subjetivas (testemunhos, também conhecemos como
confissões, etc.). prova material.
Reflita!
Qual a diferença entre a prova pericial e a documental? Ambas, como vimos, estão dentro do
conjunto prova material.
Antes de discutirmos a definição geral de prova material, precisamos lhe fazer mais um
questionamento. Vamos lá!
Neste tópico, você deve observar que, mesmo não havendo restrição na busca da prova,
não se admite a utilização de meios que atentam contra a moralidade e a dignidade da
pessoa humana, face aos princípios constitucionais.
A título exemplificativo, não se admitem provas obtidas mediante tortura e aquelas por
interceptação telefônica clandestina, dentre outras.
É preciso destacar que nem todo crime deixa prova material, mas se deixar vestígios é
obrigatória a realização de exames periciais, conforme previsão do artigo 158 do CPP.
Reflita!
Imagine um fato criminoso que veio a se consumar apenas com palavras
proferidas pelo autor do crime, como por exemplo, calúnia e difamação?
Quais os vestígios que podem ser apossados ou constatados mediante a
realização de exames periciais?
Obviamente que nenhum (desde que não tenha ocorrido gravação da voz). Entretanto,
por se tratar de um fato delituoso, a prova precisa ser buscada e, nestes casos, as
testemunhas presenciais narrarão à autoridade policial, o ocorrido.
Cadeia de Custódia
É o que se denomina de corpo de delito indireto, ou seja, suprido por prova testemunhal
devido a inexistência de vestígios a serem periciados.
Fechamos aqui a unidade sobre provas. Na próxima você vai estudar sobre cadeia e
custódia.
RELEMBRANDO
IMPORTANTE
Se não aconteceu com você, muito provavelmente já ouviu falar de fatos dessa natureza,
onde é levantada a suspeição sobre as condições de determinado objeto apreendido, ou
sobre a própria certeza de ser aquele o material que de fato fora apreendido. Assim, o
valor probatório de um material será válido se não tiver sua origem e tramitação
questionada. Isso acarretará prejuízo para todo o processo como um todo.
DICA
Tudo isso se resolve com os cuidados minuciosos na
guarda e proteção do material apreendido, mediante o
rigoroso controle de rotinas e registros formais da
movimentação sofrida durante todo o processo
investigatório e judiciário.
SAIBA MAIS
Seqüência de Proteção
Procedimentos de Busca
Procedimento 1
A busca deve ser efetuada num cômodo de cada vez (sem desmembrar a equipe para atuar
simultaneamente em outros ambientes), visando o completo controle dos bens desde o
exato momento em que forem encontrados. Não se preocupe com o tempo. Essa
é uma tarefa que deve ser feita sem pressa e com muito critério.
Procedimento 2
A autoridade policial que estiver coordenando a busca – de acordo com o planejamento
prévio – deverá colocar somente alguns policiais (em número suficiente para tornar a
busca eficiente, mas sem congestionar o ambiente examinado) nessa tarefa. Os demais
ficarão vigiando os outros ambientes.
Procedimento 3
No momento que algum objeto for encontrado ou que seja evidente a sua descoberta, os
peritos criminais deverão coordenar os registros da busca, utilizando-se dos recursos e
técnicas criminalísticas para o tratamento de vestígios em locais de crime. Além disso, a
autoridade policial deverá chamar a atenção das testemunhas para observarem o local
onde o objeto se encontra.
Procedimento 4
Encontrado o objeto, primeiramente analisar as suas condições, visando conhecê-lo
adequadamente, a fim de não comprometer qualquer informação ali contida e que possa
ser alterada com o simples manuseio incorreto. Neste contexto pode haver, inclusive,
alguma forma de camuflamento do objeto e que seja importante registrar no exame.
Procedimento 5
Fazer o registro do objeto no exato local onde foi encontrado, descrevendo com
fotografias e medições – a chamada amarração – para, só depois, começar a manuseá-lo.
Procedimento 6
Caso seja imprescindível, os peritos criminais devem estar preparados para realizar
alguns exames no próprio local, visando a evitar eventuais perdas antes da sua
movimentação e recolhimento. Isso para evitar a possível perda de alguma informação
ao manusear o objeto.
Procedimento 7
Antes do recolhimento do objeto, fazer a sua respectiva identificação, para constar do
laudo pericial e do auto de apreensão.
Procedimento 8
Colocar o objeto em embalagem adequada (malote, caixa, saco plástico, etc.) e lacrar a
sua abertura, apondo a assinatura do perito criminal e/ou da autoridade policial. Quando
tiver lacre próprio, relacionar no laudo e no auto de apreensão o respectivo número do
lacre. Recomendamos ainda que o perito criminal ou o delegado de polícia acrescente um
sinal/marca própria como garantia adicional, constando essa informação no laudo e no
auto.
Procedimento 9
Quando se tratar de material sensível ao manuseio e transporte, tomar os devidos cuidados
para mantê-lo como foi encontrado.
A seguir realize a atividade proposta e, em seguida, veja a unidade que tratará sobre
Busca e Apreensão.
ANOTAÇÕES
Você estudou os procedimentos adequados no momento da apreensão de elementos que
podem se constituir em importantes provas. Agora vá ao “fórum” e coloque sua
contribuição respondendo a seguinte questão. Conforme suas experiências, quais
procedimentos você observa que não são totalmente levados em consideração no
momento da apreensão? Justifique.
Busca e Apreensão
Busca
É procura, revista ou pesquisa de pessoas, coisas ou mesmo rastros (vestígios) e significa
o movimento desencadeado pelos agentes do Estado para investigação, descoberta e
pesquisa de algo interessante para o processo penal, realizando-se em pessoas e lugares.
Apreensão
Corresponde ao apossamento, à detenção de coisas ou de pessoas, etc., sempre
determinada pela autoridade competente e é medida assecuratória que toma algo de
alguém ou de algum lugar, com a finalidade de produzir prova ou de preservar direitos,
indicando, portanto, o apossamento.
Por isso é que se afirma que, estando ausente na diligência a autoridade policial, os
policiais devem proceder à busca e à arrecadação (e não apreensão, no sentido técnico)
dos elementos de convicção, apresentando-os, em seguida, ao Delegado para as
formalidades legais.
ATIVIDADE DESCRITIVA
Vários são os momentos para a realização tanto da busca quanto da apreensão. Veja...
Reflita!
EXEMPLO
No cumprimento de um mandado de prisão decorrente de sentença penal ou no
cumprimento de mandado judicial que determine constatar se determinado
condenado vem cumprindo com as restrições de uma prisão domiciliar.
ATIVIDADE DESCRITIVA
Você estudou que existem momentos certos para realizar tanto a busca quanto a
apreensão. Você saberia dizer que momentos são esses? Registre sua resposta.
FECHANDO AULA...
Nesta aula você estudou sobre prova e prova material, cadeia de custódia e busca e
apreensão. Conheceu a finalidade da busca e apreensão e os momentos corretos de
realizá-las.