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Bioturbação
Estrutura sedimentar gerada pela deformação e/ou mistura de material sedimentar
devida a ação de seres vivos como, por exemplo, as minhocas que deformam camadas já
sedimentadas em um fundo de lago lodoso.
Foliação
Termo genérico para se referir a qualquer estrutura planar, repetitiva e penetrativa,
ao longo da qual a rocha tende a se romper preferencialmente. O termo não deve ser
aplicado para os minerais em si, na medida que a foliação em minerais é resultado de sua
clivagem ou partição, sendo estes os nomes corretos a serem usados.
Em geral, em uma rocha, a foliação é desenvolvida pela forma como os minerais
placóides (tabulares) ou com clivagem planar se organizam. Como exemplo vamos analisar
duas rochas: xisto e ardósia. Estas são rochas metamórficas e apresentam foliação bem
marcante, porque as micas estão paralelas entre si. No caso dos xistos pode-se associar
claramente a foliação aos seus minerais micáceos, normalmente a muscovita. Ao se quebrar
uma amostra de xisto, verifica-se que a ruptura ocorre preferencialmente segundo uma
direção bem definida, que é o plano paralelo à clivagem de suas micas. Quando observamos
um xisto, notamos que a reflexão da luz é maior no plano de foliação do que em outras
direções e isto ocorre exatamente devido à somatória das reflexões em cada cristal de mica,
que como sabemos, são bem reflectivos (brilhantes).
Uma ardósia também é bem foliada, contudo nesta não se consegue visualisar, a
olho nu, as micas,que são muito pequenas. Contudo se analisarmos uma ardósia em um
microscópio ou em uma lupa de grande aumento, podemos vê-las. Uma ardósia é quase que
totalmente constituída de micas. A olho nu não conseguimos identificá-las, mas vemos o
resultado de sua existência, que é a perfeita fissilidade da rocha. Esta propriedade da
ardósia faz dela uma rocha especial para uso em construção civil, como revestimento de
pisos, paredes e confecção de telhados.
A foliação tanto pode se apresentar como planos quase perfeitos, como é o caso da
ardósia ou como planos mal delineados, como é o caso de muitos gnaisses ou
metaconglomerados. Nos gnaisses a foliação tanto pode ser dada por seus minerais,
principalmente feldspatos e micas, como pelo bandamento metamórfico.Nos
metaconglomerados, a foliação e dada pelo achatamento metamórfico dos seixos e
grânulos.
Tipos de foliação:
• Foliação primária: É um tipo de foliação apresentada por algumas rochas
sedimentares constituídas de finas camadas ou lamelas. Este é o caso do
folhelho. Algumas rochas ígneas podem apresentar uma marcante orientação
dos feldspatos devido à orientação dada pelo fluxo magmático. Esta
orientação dos feldspatos determina uma certa tendência da rocha se romper
em planos paralelos ás clivagens dos cristais de feldspato.
Lineação
Feições lineares de qualquer tamanho que ocorrem nas rochas. Pode ser ocasionada
por: orientação paralela de minerais segundo seu eixo maior; orientação paralela de seixos;
estrias de fricção em espelhos de falha; linhas de intersecção de planos de acamamento com
planos de xistosidade; aresta formada pela intersecção de dois planos de clivagem; etc.
Feição geológica, geomorfológica, geofísica ou geoquímica, linear, de extensão regional
que, supostamente, reflete estruturação crustal.
Tipos de lineação:
• Lineação de estiramento: lineação caracterizada pela elongação de minerais
ou agregados minerais durante a deformação cisalhante. Como está contida
no plano XY, se associa ao plano de foliação milonítica.
• Lineação mineral: lineação conferida pela orientação de minerais com forma
alongada, que foram gerados por recristalização metamórfica durante o
processo deformativo. Comumente é paralela à lineação de estiramento.
Floculação
A floculação consiste na aglutinação de partículas formadas na coagulação que, por
possuírem ainda dimensões reduzidas e baixa densidade, apresentam dificuldade de
sedimentação.
A floculação pode ser realizada por agitação mecânica, arrefecimento, evaporação
ou por adição de eletrólitos de massa molecular elevada, que facilitam a união entre as
partículas coaguladas, originando outras de maiores dimensões e mais fáceis de separar da
massa líquida, por gravidade.
Fração
É um modo de expressar uma quantidade a partir de um valor que é dividido por um
determinado número de partes entre si. A palavra vem do latim fractus e significa "partido",
"quebrado" (do verbo frangere: "quebrar").
Sedimentação
É um processo de separação em que a mistura de dois líquidos ou de um sólido
suspenso num líquido é deixada em repouso (sedimentação em batch) ou adicionada
continuamente em uma unidade de sedimentação em contínuo. A fase mais densa, por ação
da gravidade deposita-se no fundo do recipiente, ou seja, sedimenta. Sedimentologia é a
disciplina que estuda as partículas de sedimentos derivados da erosão de rochas ou de
materiais biológicos que podem ser transportados por um fluido, levando em conta os
processos hidroclimatológicos, com ênfase à relação água-sedimento, ou outros aspectos
geológicos.
Ambiente deposicional
Local, região ou área onde há deposição de matéria, mais especificamente se
tratando de geologia seria a região onde há a deposição de sedimentos.
Paleoambiente
Os paleoambientes correspondem aos ambientes antigos em que ocorreu a formação
das rochas.
A reconstituição dos paleoambientes exige o estudo dos fácies, características
litológicas e paleontológicas das formações geológicas, que permite compreender e
interpretar o ambiente existente quando o estrato sedimentar se formou.
Bibliografia / Fontes