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Dica Clínica

Aparelho para apnéia obstrutiva do sono


Ligiane Vieira Tokano Ramos*, Laurindo Zanco Furquim**

A apnéia obstrutiva do sono é conhecida como hora, durante o sono. O indivíduo tenta respirar até
um distúrbio respiratório crônico, progressivo, ca- a hipoxemia e desperta, em seguida, ocorrendo a
racterizado pela interrupção periódica da respiração desobstrução das vias aéreas e o adormecimento até
durante o sono, e pode ser dividida em 3 grupos: a repetição do evento. Este esforço repetitivo para
obstrutiva, em que ocorre a obstrução da orofaringe que o ar percorra as vias aéreas causa um aumento de
e está associada ao ronco; central, em que por uma volume de 30% e a flacidez daquelas estruturas5.
disfunção do Sistema Nervoso Central o esforço O tratamento para a síndrome da apnéia obstru-
respiratório não é iniciado; e mista, onde ocorre uma tiva do sono deve atingir três objetivos básicos, que
alternância entre a obstrutiva e a central6. são o alívio dos sintomas, a redução da morbidade e a
Os principais fatores etiológicos são a hipoto- diminuição da mortalidade. Entretanto, outro obje-
nicidade da musculatura (álcool, drogas relaxantes, tivo que também não deve ser esquecido é a melhora
sedentarismo, envelhecimento e respiração bucal), na qualidade de vida do paciente. Dependendo da
obesidade, hipertrofia de tonsilas e úvula (por alergia, severidade de acometimento, o tratamento poderá
infecção ou traumatismo), decúbito dorsal, retrog- variar desde alterações comportamentais, até mesmo
natia e macroglossia5. procedimentos cirúrgicos.
A Apnéia Obstrutiva do Sono ocorre mais Nesta última década, vários aparelhos ortodônti-
comumente em homens de meia idade e, freqüen- cos funcionais têm sido desenvolvidos por dentistas
temente, está associada à obesidade e hipertensão. para o tratamento do ronco e da apnéia obstrutiva do
Se não for reconhecida e tratada, muitas vezes tem sono, tendo como mecanismo de ação uma alteração
sérias conseqüências, podendo até mesmo ser letal. na posição da mandíbula, língua e outras estruturas
Complicações médicas estão associadas, incluindo das vias aéreas superiores4. A opção mais eficaz é um
alterações cardíacas, hipoxemia e hipertensão arte- aparelho de pressão positiva contínua sobre a via
rial sistêmica. Na maioria dos pacientes, o primeiro aérea, mas o tratamento é relativamente invasivo e
sintoma clínico observado é o ronco alto, associado requer um alto nível de cooperação. Os splints de
a períodos de silêncio (períodos apnéicos) de dez avanço mandibular têm sido propostos como uma
segundos ou mais. Outros sintomas comuns são alternativa em pacientes que apresentam apenas
o comportamento anormal durante o sono, movi- ronco ou AOS suave. Quando um splint é utilizado,
mentação noturna, sonambulismo, cefaléia matinal a mandíbula gira para baixo e para frente e a base da
e sonolência diurna4. língua avança, permitindo a passagem do ar3.
A AOS caracteriza-se pela aposição da língua De acordo com a literatura revisada, fica claro
nas paredes laterais da orofaringe e no palato mole, que, com a terapia com splint, os sintomas da AOS e
ocorrendo um colapso destas estruturas. Ocorre o IHA (Índice de Hipo-Apnéia) podem ser reduzidos
a diminuição ou a ausência total do fluxo aéreo para níveis aceitáveis em alguns pacientes, mas outros
por cerca de 10 segundos, de cinco a dez vezes por trabalhos são necessários para se avaliar a eficácia a

* Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela AMO(Associação Maringaense de Odontologia) / ABO. Consultora Científica de traduções publicadas no site www.dentalpress.com.br.
** Especialista em Ortodontia pela PROFIS - USP - Bauru. Professor de Ortodontia do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá - UEM. Doutor em Patologia
Bucal pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo USP - Bauru.

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Aparelho para apnéia obstrutiva do sono

longo prazo e a necessidade dos pacientes serem - mandril lixa


estudados com um aparelho instalado1. - fluxo para solda
O aparelho aqui apresentado é confeccionado
com os acessórios do aparelho Herbst (Dentaurum) Montagem do Aparelho
e com fio 0.9, preenchido com acrílico (Fig. 34). 1) Monta-se o modelo de gesso em articulador
e inicia-se com o fio 0.9 Dentaurum contornando
CONFECÇÃO DO APARELHO PARA A AOS por palatina dos incisivos aos molares, seguindo o
Material contorno por vestibular até a face mésio-lingual dos
- papel vegetal caninos no arco inferior. Faz-se um ponto de solda
- alicate 200(Trident) (Fig. 1 - 9).
- alicate 325(reto) 2) No arco superior, o contorno do fio é feito como
- fio 0.9 Dentaurum no arco inferior, até a face disto-lingual dos caninos, e
- gotas pré-fabricadas também é feito um ponto de solda (Fig. 10 - 12).
- aparelho HERBST (Dentaurum) 3) Adapta-se as gotas Dentaurum nas ameias
- resina Orto- Class entre os pré-molares e entre os molares superiores e
- líquido JET inferiores (Fig. 13 - 16).
- isolante para gesso 4) Com os modelos no articulador, faz-se o avan-
- articulador Bimler ço mandibular, que deve ser suficiente para que haja o
- broca de desgaste impedimento da apnéia, mas não tão grande a ponto
- pedra montada p/ desgaste cinza de causar desconforto ao paciente (Fig. 17).

FIGURA 1 FIGURA 2 FIGURA 3

FIGURA 4 FIGURA 5 FIGURA 6

FIGURA 7 FIGURA 8 FIGURA 9

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FIGURA 10 FIGURA 11 FIGURA 12

FIGURA 13 FIGURA 14 FIGURA 15

FIGURA 16 FIGURA 17

FIGURA 18 FIGURA 19 FIGURA 20

FIGURA 21

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5) Os parafusos do aparelho Herbst são então 8) Os grampos em gota são fixados com cera,
posicionados e soldados na mesial dos caninos os modelos são isolados e hidratados e segue-se a
inferiores, e no centro dos molares superiores, por acrilização (Fig. 25, 26, 27).
vestibular, fazendo com que ambos fiquem paralelos 9) Acriliza-se primeiro o arco superior , faz-se
(Fig. 18, 19, 20). o desgaste da resina e posiciona-se um pedaço de
6) Faz-se o acabamento nos pontos de solda com papel vegetal no local em que foi feito o desgaste
a pedra montada cinza (Fig. 21). (Fig. 28 - 31).
7) Solda-se uma gota por vestibular na ameia en- 10) Acriliza-se o arco inferior, oclui com o papel
tre os pré-molares superiores, como um gancho para vegetal e depois de polimerizado, faz-se o desgaste
o uso do elástico intermaxilar (Fig. 22, 23, 24). e o polimento de ambos (Fig. 32 - 35).

FIGURA 22 FIGURA 23 FIGURA 24

FIGURA 25 FIGURA 26 FIGURA 27

FIGURA 28 FIGURA 29 FIGURA 30

FIGURA 31

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11) Adapta-se as hastes maxilar e mandibular (Fig. 36, 37, 38).


nos parafusos superior e inferior, respectivamente 12) Leva-se à polidora química (Fig. 39).

FIGURA 32 FIGURA 33 FIGURA 34

FIGURA 35

FIGURA 36 FIGURA 37 FIGURA 38

FIGURA 39

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Aparelho para apnéia obstrutiva do sono

INSTALAÇÃO DO APARELHO CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES:


A instalação do aparelho é simples e o paciente o Este aparelho também pode ser feito utilizando-se
coloca na boca com a haste mandibular já encaixada os mesmos dispositivos usados no APM (Aparelho
e a seguir, coloca os elásticos 1/4 ou 3/16 no gancho de Protração Mandibular), ou seja, com as hastes
superior próximo aos caninos e no parafuso inferior maxilar e mandibular inseridas no acrílico.
do Herbst. (Fig. 40 - 44).

FIGURA 40 FIGURA 41 FIGURA 42

FIGURA 43 FIGURA 44

REFERÊNCIAS 6. TAN, Y. K. et al. Mandibular advancement splints and conti-


nuous positive airway pressure in patients with obstructive sleep
1. ARASTEGUI, A. G. B. et al. Tratamiento del ronquido y de lãs apnoea: a randomized cross-over trial. Trans Eur Orthod Soc
apneas del sueño obstructivas com dispositivo de ortosis dental. Eur Orthod Society, London, no. 24, p. 239-249, 2002.
An Fac Odontol, [S. l.], n. 28, p. 29-43, 1997. 7. WADI, M. H. A. et al. Placas oclusais no tratamento da síndro-
2. BATTAGEL, J. et al. Obstructive Sleep Apnoea: Fact Not me da apnéia obstrutiva do sono: uma alternativa conservadora.
Fiction. Br Orthod Society, London, v. 23, p. 315-324, 1996. Ortodontia, São Paulo, v. 35, n. 2, p. 137-144, abr / jun. 2002.
3. LAMONT, J. et al. O efeito de dois tipos de Splints para
avanço mandibular sobre o ronco e a apnéia obstrutiva do sono.
R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v.1, n. 2,
p. 74-75, mar. / abr. 1999.
4. PAULIN, R. S. et al. A apnéia obstrutiva do sono: considera-
ções gerais e estratégias de tratamento. J Bras Ortodon Ortop
Facial, Curitiba, v. 6, n. 36, p. 488-492, nov. / dez. 2001. Endereço para correspondência:
5. SILVEIRA, M. A síndrome da apnéia obstrutiva do sono, o ronco e Ligiane Vieira Tokano Ramos
seu tratamento com aparelho Apnout. J Bras Ortodontia e Orto- Av. Rio Branco, 1015
pedia Facial, Curitiba, v. 6, n. 32, p. 151-154, mar. / abr. 2001. CEP: 87015-380 - Maringá-PR
E-mail: ligianeramos@ortodontista.com.br

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