Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
02 Civil IV – Família
Email: santoronato@uol.com.br
Chamada: 19h15
Ex. Vanessa tem dois irmãos, para ela estes são seus parentes de primeiro
grau, já Marcelo acreditam que são seus parentes de segundo grau – irmãos
são parentes de segundo grau, somente pais e filhos são parentes de
primeiro grau.
Filho do seu primo é parente de que grau? Na linha colateral, somente até
quarto grau, assim, filho do seu primo não é parente. Na linha reta em que
haja relação de ascendência e descendência não há limitação de grau.
- Há diversas leis que trazem essa proteção, como a Lei Maria da Penha, a
proibição de fazer vasectomia sem a permissão do seu cônjuge.
Princípios básicos:
- isonomia: (art.226, p.5), isonomia dos cônjuges. Até 1988 era o pai
que tomava as decisões da família, ele quem determinava os rumos do
casamento. Após a isonomia trazida no art.5, não havia mais esse poder do
homem, a figura da subordinação foi substituída pela figura da cooperação,
em que a mulher e o homem estão em igualdade, o que reflete diretamente
na família.
- O casamento traz uma segurança jurídica, por exemplo, hoje é muito difícil
encontrar uma pessoa bígamo no casamento.
Depois veio uma nova corrente que afirmou que não é um contrato, pois a
lei determina como será o contrato e não há possibilidade de alterar
qualquer cláusula, estas não são discutidas, apenas as de cunho meramente
patrimonial. Como o casamento não é apenas patrimonial, ele não é
contrato, ele é uma instituição.
Hoje há uma PEC aprovada em dois turnos de que não haverá separação
judicial.
- quando uma relação deixa de ser namoro e passa a ser união estável? É
difícil definir, pois não há critérios objetivos, apenas sociológicos.
Não se pode casar o adotante com o adotado e vice versa – esse inciso III
gera uma dificuldade de interpretação, ex. Fortunato adotou Pedro, Pedro se
casou com Maria e morreu; a lei não permite que Fortunato se case com
Maria. Observe que é desnecessário este inciso, ex. Fortunato adota Pedro,
Pedro se casa com Teresa – Fortunato é sogro de Teresa, afim em linha reta,
já há essa proibição no inciso II.
O inciso V tem a mesma contradição do inciso III: afirma que não pode se
casar o adotado com o filho do adotante. Antes de 88 se eu adotasse uma
criança ela seria minha filha, mas não seria neta dos meus pais e nem irmã
dos meus outros filhos, pós 88 não há mais essa discriminação, logo, a lei
afirma que o adotado não pode casar com o filho do adotante, porém, eles
serão parentes de segundo grau, sendo desnecessária essa disposição.
Também não pode casar a pessoa com aquele que tentou ou matou o seu
cônjuge. Ex. Gioconda mata Teresa, logo, não poderá se casar com
Gioconda.
Os impedimentos podem ser opostos até o momento da celebração e por
qualquer pessoa capaz, ela não precisa demonstrar nenhum interesse.
Cabendo o juiz ou oficial de registro se certificar do fato. Depois de casado,
a legitimidade para pleitear a nulidade é apenas o interessado e o MP.
No caso de adoção, ex. adoto Pedro, mas ele tinha uma irmã Carla, ele
deixa de ser irmão de Carla quando eu faço a adoção, porém, Pedro não
pode se casar com Carla. (rompe os vínculos, salvo os impedimentos para o
casamento).
12/02/2010
Prazo de 90 dias.
- diversidade de sexos
- celebração
- vontade
Art.1526 afirma que toda a homologação de habilitação deve ser feita por
um juiz – em dez/09 houve uma alteração afirmando que não é necessário o
juiz realizar todo o processo, cabendo ao MP realizar todas as habilitações,
somente quando houver alguma particularidade passará ao crivo judicial.
- diferente dos impedimentos que podem ser evocados por qualquer pessoa
capaz, as causas suspensivas somente podem ser evocadas por parentes
em linha reta, em linha colateral até segundo grau, incluindo por afinidade,
e os cônjuges.
- plano de saúde
- nome: prova que o cônjuge tem o nome do outro. Tereza dos Santos
e Pedro dos Santos.
Dias a quo – “prazo para propor a anulação pode ter dias a quo distintos” –
quer dizer o dia do início da contagem e o prazo final é dias a quem.
- inciso IV: o relativamente capaz, manifesta alguma vontade, mas não tem
o total discernimento.
- Art.1557: considera erro essencial – ulterior é posterior, o fato tem que ser
em relação a uma circunstância anterior ao casamento e que o
conhecimento do fato tem que ser posterior ao casamento. Ao conhecer a
circunstância torne insuportável a convivência.
Ex. descobre que Teresa foi condenada por sonegação de imposto de renda
– pode afirmar que isso é insuportável? Há uma certa aceitação social, e se
eu sou auditor fiscal da receita federal – isso para mim torna insuportável.
- pelo divórcio
- O p.2 fala de uma situação de uso de nome, porém, ele está deslocado no
CC, deveria estar no art.1578.
Analisando por um critério de justiça, o juiz não iria dar procedência ao meu
pedido. Porém, pela lei, a mesma afirma que a separação de fato não
termina a sociedade conjugal, assim, quando isso chega ao judiciário, por
questão principiológica afirma que eu não tenho direito, porque o que foi
adquirido pelo conjugues é proveniente de esforço comum. Na medida em
que há uma separação de fato, não tem o que falar em esforço comum,
afastando a regra, isso é pacificado no judiciário.
O p.1 e p.2/3 – são menos usuais na prática, o primeiro é que não há mais
vida conjugal e nem possibilidade de reatar, ainda que morem sob o mesmo
teto. O p.3 é a punição para aquele que “desistiu” de cuidar do cônjuge.
- adultério
- art.1573 – 1
- judicial
Não é somente o consenso no desejo de separar, a lei exige mais, art.1120
e seguintes do CPC traz o que precisa constar – o art.1121 traz todas as
cláusulas que deve haver acordo entre os cônjuges para que a separação
consensual seja homologada:
- tem que haver uma petição constando sobre a visitação, as férias, ...
em relação a guarda dos filhos menores – isso foi instituído por meio de um
parágrafo neste artigo. Deve assim, estabelecer o acordo de visitas, tanto
quanto possível fique esclarecido.
Mas se eles resolvem nesse meio tempo tentar novamente e ficam 2 meses
juntos, depois voltam a se separar – nesse caso quem tem razão, diante do
pedido de divórcio? Deve se analisar se houve a atitude de ambos no
sentido de reconstruir a vida conjugal, viveram como marido e mulher – se
ficar comprovado, interrompe o prazo e começa a contar novamente o
prazo.
Prova: 12/abril
Com a separação não precisa mais morar com o cônjuge e nem ser fiel, não
manter mais uma sociedade conjugal. O vínculo conjugal somente se
dissolve com a morte ou divórcio.
Divórcio:
Art.1580, p.2: exige dois anos separados de fato – faz prova mediante a
declaração de duas testemunhas, normalmente o juiz ouve as testemunhas
em casos de divergências.
Até porque cautelar sem proposição da ação principal, a liminar perde seus
efeitos.
- tem que compreender que o divórcio não muda, assim como a separação,
a relação dos pais com os filhos, embora de fato, muitas vezes acaba
ocorrendo a figura do ex-pai.
Relações de parentesco:
Avô
Neto
- Com a morte do cônjuge pode se casar com irmão do cônjuge, mas não
com os filhos do cônjuge e nem sogra.
Guarda
Assim, tem que definir qual dos pais ostentará a guarda e o não guardião de
que maneira terá os filhos em sua companhia, qual o modo, de que forma.
Tudo isso tem que ser disciplinado no momento da separação.
A lei sempre afirmou que a guarda será para aquele que reunir melhores
condições para exercê-la. No antigo código a guarda em princípio era da
mãe.
Embora o código afirme que a guarda deve ser exercida pelo genitor que
reunir as melhores condições, percebe-se na prática do judiciário que por
uma série de motivos, a mãe possui uma grande preferência para possuir a
guarda, em que o pai tem que provar que a mãe não tem condições para
exercer a guarda.
Já surgiu o dano moral por abandono afetivo, daqueles que não tiveram o
acompanhamento do pai, porque a falta da figura paterna causa danos para
o filho. Condenações em primeiro grau ocorreram muito na época em que
essas ações começaram a surgir. O STJ decidiu que ainda que se reconheça
que a ausência paterna gerará danos, não há composição patrimonial
suficiente a trazer de volta a figura paterna – ou seja, não existe dano moral
neste caso, mas na verdade, se ele condenar abrirá precedentes para
diversas outras ações.
Com este documento a mãe junta com a certidão de casamento, vai até o
cartório para fazer a certidão de nascimento com a mãe sendo Tereza e o
pai Fortunato – porque a lei presume que o pai seja seu esposo, pelo
princípio do casamento de fidelidade. Mas se Tereza for namorada de
Fortunato, quando Tereza for ao cartório, é preciso que Fortunato vá até o
cartório para reconhecer o filho.
Embriões excedentários são aqueles que não são utilizados, são guardados
em nitrogênio.
- Sócio afetivo
- Biologia
- Registrada
Guarda e visitas:
- barriga de aluguel pode somente ser feita com parente em até segundo
grau.
Ex. todo mundo sabe que da minha relação com Teresa nasceu José, nessa
medida se faz a prova por meio de testemunhas, por isso se falam da prova
de estado de filho. Hoje se faz a prova por meio de DNA somente em casos
em que não há como.
Reconhecimento de filhos
- quando a mulher é casada, todos os filhos, a lei presume que sejam de seu
marido. Quando não for casada, para que conste o nome do pai o homem
deverá reconhecer a paternidade, podendo o reconhecimento ser voluntário
ou coativo.
Se o cônjuge não quiser que tenha a guarda dessa criança, e ela não tenha
outro responsável além do pai – entra a regra do princípio de proteção
integral à criança (art.227 fala desta proteção integral).
Ex. eu reconheço João filho de Maria, com ele convivo a vida inteira (cuido
dele, pago seus estudos), com 14 anos ele começa a se insurgir contra a
minha presença, quando ele tem 17 anos começa a se dar muito bem em
uma atividade e começa a ganhar muito dinheiro com isso, eu que sou
pianista perco meu braço em um acidente, e João vai impugnar esse
reconhecimento – toda a sócio afetividade foi reconhecida, em uma situação
extrema como essa, afastaria a paternidade? Essa impugnação deve ser
estabelecida um contraditório e submeter ao juiz.
- Se o registro fosse realizado tendo Adamastor como pai e Ricardo quer ser
o pai, há duas possibilidades: