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Março
2010
Eduardo Macedo Gomes
Gabrielle Eloína Pinto da Costa
Março
2010
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
Regulação do Metabolismo Celular
Regulação alostérica
Muitas das enzimas celulares são alostéricas, isto é, possuem um sítio de
ligação alostérico, um sítio regulatório no qual se ligam compostos químicos
chamados de moduladores alostéricos. A ligação dos moduladores no sítio
alostérico afeta profundamente a atividade enzimática, a qual pode ser
aumentada ou diminuída. Quando a ligação do modulador promove
aumento da atividade enzimática ele é chamado de modulador alostérico
positivo, e quando a ligação do modulador promover diminuição da
atividade enzimática ele é chamado de modulador alostérico negativo.
A presença adequada de nutrientes para a célula resulta na produção de
moléculas ricas em energia como a de adenosina trifosfato (ATP) e outras
moléculas que serão moduladores alostéricos positivos ou negativos,
ativando ou inibindo muitas enzimas regulatórias de vias metabólicas
importantes. Manter uma relação ATP/ADP alta é um dos parâmetros mais
fundamentais para a manutenção da célula viva. Em condições normais a
razão ATP/ADP é cerca de 10/1 e toda vez que esta razão é alterada
ocorrem profundas alterações no metabolismo celular. O ATP é gerado
principalmente pelo metabolismo oxidativo de alimentos como carboidratos,
lipídeos e proteínas, sendo o intermediário comum dessas oxidações o
acetil-CoA. De tal modo, que o perfil metabólico das células será
profundamente modificado em função do nível de energia, o qual, em última
instância, depende do aporte nutricional.
quinase
Enzima Enzima-P
(ativa) fosfatase (inativa)
(inativa) (ativa)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Há muito tempo tenho levantado a “bandeira” da espera em Deus, pois tenho vivido
esse tempo em minha vida. Um dia o Senhor tocou em meu coração para compartilhar
desse assunto (artigos), e assim tenho feito e obedecido. Realmente não é nada fácil esse
tempo, mas te convido a continuar lendo este artigo e verás que vale a pena esperar em
Deus.
O livro “Romance a Maneira de Deus”, de Eric e Leslie Ludy, fala o seguinte sobre a
espera: “A ESPERA em Deus é mais ou menos assim. Você simplesmente sabe que Ele
tem um plano incrível. Você está desejoso e ansioso para saber qual é o plano Dele.
Você compartilha essa ansiedade com Ele. Você escuta. Fica alerta e pronto para ver o
que Ele vai fazer”. O livro também trás algumas dicas chave para esperar:
A Bíblia traz o relato de Ana (compartilhado no artigo 8), ela ansiava por um filho, ela
tinha um objetivo, um FILHO, e não ficou sentada esperando, ela ORAVA. Um dia Ana
foi ao templo, porquanto só no coração falava, seus lábios se moviam, porém não se lhe
ouvia voz nenhuma (1 Samuel 1.13). O coração de Ana clamava por uma bênção.
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Ana soube esperar FIELMENTE, mesmo vivendo o tempo da dor, desespero e angústia,
mas não deixou de buscar a presença do Senhor.
É assim que devemos agir, mesmo em grandes lutas, precisamos entender que somente
aos “pés” do Senhor é que iremos vencer e conquistar nossas promessas.
A fé de Ana foi recompensada, ela teve o filho tão esperado, um menino chamado
Samuel, que foi um dos maiores profetas de Israel.
Amado(a), creia que Deus tem um milagre certo e será entregue no momento certo na
sua vida.
Espere em Deus!
“Chamou, pois, Moisés todos os anciãos de Israel, e disse-lhes: Ide e tomai-vos cordeiros
segundo as vossas famílias, e imolai a páscoa.” (Êxodo 12.21.)
A Páscoa é a mais famosa das festas judaicas, e também uma das mais importantes do
calendário cristão. É evidente que a celebração judaica sofreu transformações ao longo do
tempo, e a festa cristã também difere muito de sua versão judaica. Através da análise do
texto hebraico, faremos uma viagem pela cultura e pela língua através da qual este evento
foi instituído e perpetuado.
A palavra hebraica para páscoa é ???, pesach, que significa “isenção”. Esse termo nos
lembra a “isenção fiscal”, por exemplo, quando uma pessoa é liberada de pagar um tributo.
Em Romanos 6.23 lemos que “o salário do pecado é a morte”, ou seja, todos que pecaram
deveriam morrer. Assim, os judeus que se encontravam no Egito também eram réus de
morte e alvos do ataque do anjo da morte. Todavia, o mesmo versículo 23 de Romanos 6
nos dá esperança:
“Mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor”. João Batista,
ao ver Jesus, anunciou que este era o “cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João
1.29). Aqueles que no Egito tomaram posse do sangue do cordeiro de Deus se tornaram
“isentos” de pagar o preço do pecado com a morte de seus filhos primogênitos.
A palavra pesach vem de pasach, que significa “pular”, ou “passar por cima”, que na verdade
é a tradução literal da palavra inglesa para páscoa, passover. O anjo da morte “passou
adiante” das casas cujos umbrais das portas estavam sinalizados com o sangue do cordeiro.
Esse é o mesmo livramento que nos foi concedido por Cristo, que nos livrou da morte e nos
deu vida, e vida em abundância (João 10.10).
O interessante é que a palavra pesach está diretamente relacionada com a palavra pisseach,
que significa “manco” ou “coxo”, pois significa a pessoa que “puxa” ou “pula” uma perna.
Dessa maneira, quando lemos em Êxodo 12.21 que o povo deveria “imolar a páscoa”,
podemos traduzir como “imolar o coxo”. Nesse momento, nos lembramos de um
personagem muito especial da Bíblia: Jacó. Quando retornava para sua terra natal, Jacó foi
surpreendido por um anjo que lutou com ele. Em Gênesis 32.25, lemos que quando o anjo
viu que não prevalecia contra Jacó, este “tocou-lhe a juntura da coxa, e se deslocou a
juntura da coxa de Jacó, enquanto lutava com ele”. Desde aquele dia, Jacó (agora Israel),
passou a mancar de uma perna, tornando-se coxo. Dessa maneira, “imolar o coxo” pode
remeter a “imolar Jacó”, “sacrificar Jacó”. Mas o cordeiro sacarificado na páscoa deveria ser
perfeito, sem mancha nem mácula.
Nesse momento temos uma mudança radical de perspectiva, pois no Antigo Testamento o
coxo era uma pessoa amaldiçoada e rejeitada, e nenhum animal coxo poderia ser sacrificado
a Deus e nenhum coxo poderia entrar na presença de Deus. Em Levítico 21.18, por exemplo,
lemos que “nenhum homem que tiver algum defeito se chegará: como homem cego, ou coxo
(pisseach), ou de nariz chato, ou de membros demasiadamente compridos”.
Em Deuteronômio 15.21, lemos que se o animal a ser sacrificado tivesse algum defeito,
sendo coxo (pisseach), cego ou tivesse qualquer outra deformidade, este não deveria ser
sacrificado ao Senhor. O profeta Malaquias, por sua vez, afirma que Deus reclama que
algumas pessoas estavam sacrificando animais coxos, o que era inaceitável (Malaquias
1.13). Na páscoa, nenhum animal coxo ou manco poderia ser entregue a Deus.
Concluímos, portanto, que Jacó deveria ser rejeitado? Sim, o velho homem Jacó, o
enganador e usurpador, deve ser deixado para trás. Jacó parece ter dado ouvido a um
ensinamento divino: “Se, pois, a tua mão ou o teu pé te fizer tropeçar, corta-o, lança-o de ti;
melhor te é entrar na vida aleijado, ou coxo, do que, tendo duas mãos ou dois pés, ser
lançado no fogo eterno.” (Mateus 18.8). Jacó foi feito coxo, pois era a sua perna que o fazia
tropeçar (Jacó significa “calcanhar” ou “enganador”). Ele lançou fora aquilo que o fazia
tropeçar e entrou na vida. Ele abdicou de sua desenvoltura, de sua destreza no andar e no
correr, mas alcançou a aprovação de Deus. A fim de tomar posse do sacrifício do Cordeiro da
Páscoa que nos livra da morte, devemos, assim como fez Jacó, abandonar o “velho homem”
e assumir uma nova postura perante Deus. Nesse momento, Deus irá dar nova vida ao coxo,
pois ele mesmo prometeu: “Então o coxo saltará como o cervo, e a língua do mudo cantará
de alegria; porque águas arrebentarão no deserto e ribeiros no ermo.” (Isaías 35.6). Ou
como lemos em Hebreus 12.13: “E fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que
é manco não se desvie, antes seja curado.” Jesus é nossa páscoa (1 Coríntios 5.7), nosso
livramento da morte, poderoso para curar o coxo e levantar o caído.
Jacó foi curado no momento de sua luta com o anjo. Ele reconheceu sua condição pecadora e
se humilhou na presença de Deus. Ele que nasceu segurando o calcanhar de seu irmão, que
posteriormente usurpou a bênção que pertencia a Esaú e que tentava sempre “enganar”, ou
seja, “puxar a perna” dos outros, tem agora a sua perna puxada e danifica por uma ação
divina. Isso o “esvaziou” de toda vaidade e o deixou preparado para receber a cura.
É interessante observar que a luta de Jacó com o anjo ocorreu no “vau de Jaboque” (Gênesis
32.22). A palavra “Jaboque” é, em hebraico, yabboq, que significa “brotar”. Naquele local, a
causa das desventuras de Jacó brotou, tornou-se manifesta, o que facilitou sua libertação
desse mal. Lá, Jacó teve seu pecado perdoado, assumiu o sacrifício do cordeiro pascal e foi
liberto da morte.
Além disso, cabe observar que a palavra yabboq vem de baqaq, que significa “luta” ou
“vazio”. Ou seja, nesse momento de luta, Jacó esvaziou-se de toda sua vaidade e
arrogância, e assumiu forma de servo, permitindo que Deus nele fizesse morada, como na
passagem de Filipenses 2.5-8, que diz: “Tende em vós aquele sentimento que houve
também em Cristo Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a
Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo,
tornando-se semelhante aos homens; achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo,
tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.” Ao esvaziar-se na luta, Jacó jogou fora
o velho homem e entregou a Deus uma nova vida, agora imaculada como o cordeiro da
Páscoa.
Por fim, voltamos ao versículo de Êxodo 12.21, quando Moisés afirma que cada família
deveria “imolar a páscoa”. A palavra “imolar” é, em hebraico, shachat, cuja raiz shach
significa “jogar no poço”. Um dos filhos de Jacó, José, foi jogado no poço por seus próprios
irmãos. Ele foi lançado à morte pelos seus próprios parentes. Mas aprouve a Deus livrá-lo da
morte, assim como aconteceu com nosso Senhor, nosso Cordeiro, que foi entregue à morte,
mas trazido de volta à vida pelo poder de Deus. Todo aquele que invocar o sangue do
Cordeiro da Páscoa, poderoso para tirar o pecado do mundo, será livre da morte assim como
o foram aqueles que, no Egito, obedeceram à ordem divina e tomaram posse da salvação.
Jornalista formado pela UFRJ, mestre em Linguística pela Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (UERJ) e professor de Filosofia da Educação da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ), tendo estudado hebraico na Sinagoga ARI, em Botafogo – RJ.