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DE MONTANTE
A JUSANTE
Esta publicação
foi possível graças
ao Fundo para a Água
de Danone /E v ian
coisas
que todos devemos saber
sobre bacias
1. As zonas húmidas, a água e
as bacias hidrográficas
hidrográficas
A água é um elemento vital da qual toda a vida terrestre
depende, e são as zonas húmidas – os nossos rios, lagos,
pântanos, campos aluvionares, etc.– os que captam,
armazenam, e transportam a água para todos nós. As
zonas húmidas são uma parte fundamental do ciclo da
A alteração dos regimes de caudal naturais dos rios, a
água, abastecendo-nos de água onde quer que vivamos e
fragmentação das vias de água mediante construções levadas
quem quer que sejamos – agricultores, donos de fábricas,
a cabo pelos homens (barragens, tubos e açudes, por
pescadores ou famílias. Quando a chuva cai sobre a terra,
exemplo), a perda do habitat aquático, a extinção de espécies,
pode-se abrir caminho para o ciclo da água evaporando-
as espécies invasoras, a contaminação a água, e o
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se rapidamente para a atmosfera – pode infiltrar-se no
esgotamento dos aquíferos subterrâneos… são só alguns dos
solo e acabar numa via fluvial ou nas águas subterrâneas
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impactos que a nossa actividade produz sobre as zonas
– ou também pode permanecer como água de superfície
húmidas. O que temos que enfatizar destas alterações é que
que acabará por chegar ao oceano através de correntes,
não afectam unicamente uma zona húmida, pois todas as
lagos e rios. Como somos uma espécie dependente de
zonas húmidas estão ligadas e as consequências, boas ou
água, cuidarmos das zonas húmidas – os nossos
más, das intervenções humanas em determinadas zonas
“conectores de água” – não é uma opção, mas uma
húmidas, irão repercutir em toda a bacia hidrográfica. A
obrigação.
extracção excessiva de água nas zonas superiores de uma
‘Uso e abuso’ são as palavras que melhor descrevem bacia pode fazer com que um rio e as correntes e os pântanos
como tratamos as zonas húmidas do mundo. Hoje em associados até centenas de quilómetros a jusante, recebam
dia, só 21 dos 177 maiores rios do planeta correm um caudal de água menor – ou, inclusive, deixem de receber
livremente desde a sua nascente até ao mar. Porquê? A água. Mas as grandes alterações não se reflectem apenas a
causa das alterações induzidas pelos seres humanos para jusante; podem inclusive influenciar negativamente o ciclo
proporcionar determinados benefícios as pessoas, como da água, modificando a ocorrência de chuva com impactos
mais água armazenada para rega, a melhoria da noutras partes da bacia e mesmo para além desta.
navegação fluvial e a protecção frente as inundações.
As zonas húmidas estão ligadas por algo mais que a água. A
nossa perspectiva das zonas húmidas deve ser mais ampla
que a tradicional dos engenheiros, deve ser a que os
ecologistas têm de um ecossistema vivo: as zonas húmidas
são um elemento chave da nossa infra-estrutura natural.
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bacia – rios, lagos, pauis, reservatórios, etc. – encontram-se
podem ter significados diferentes: nestas notas informativas
ligadas. Na condição de conectores da água do mundo,
consideramos de intercâmbio.
actuam como uma série de artérias principais e capilaridades
Como poderemos definir uma bacia? Uma definição, é que é menores que nos mantêm vivos, a nós e a todos os outros
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água, nas plantas, nos animais – inclusive no ar. Alguns de
propagação das algas, que já não sustenta um ecossistema
nós, envolvidos directamente nas zonas húmidas,
normal e impede, por exemplo, as actividades de pesca
conhecemos muito bem as consequências negativas que as
comercial de camarões e da pesca recreativa. Este ano, a
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águas residuais duma fábrica que se despejem numa corrente
maior ‘zona morta’ alguma vez registada no Golfo, cobria
podem ter na sua vizinhança imediata e na sua foz, ou o
uma superfície de 21.000 quilómetros quadrados.
efeito que causa as escorrências com concentrações elevadas
de nitratos e fosfatos procedentes de campos cultivados, ou
das águas negras não depuradas ou insuficientemente 4. As bacias das zonas húmidas:
depuradas, ou as águas da chuva contaminadas procedentes
de zonas urbanas que vão parar aos rios locais. É longa a lista
dos grandes e pequenos atentados as águas superficiais, e
tudo isso acaba a jusante.
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prestando serviço de ecossistema
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Temos visto, a interligação das bacias hidrográficas e que a
saúde das zonas húmidas dependem delas, e devemos
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lembrar-nos a importância que essas zonas húmidas têm para
todos nós.
que se despejam nos canais de água; são também as muitas
alterações directas dos próprios canais – barragens, As funções hidrológicas das zonas húmidas
canalizações de rios, extracção excessiva de água, introdução
• Mitigação das inundações. Nos últimos anos, ocorreram
de espécies invasoras, etc. –.
grandes inundações em todo o mundo, com a consequente
perda de vidas, bens e meios de sustento. Quase dois mil
“Todos vivemos a jusante” é algo que quase todos podemos
milhões de pessoas vivem em zonas consideradas com
dizer, mas desde uma perspectiva pessoal, local, nacional e
elevado risco de inundação. A inundação é um processo
as vezes internacional, também devemos recordar, que todos
essencialmente natural que desempenha um papel
vivemos a montante de alguém. Boa parte do que fazemos a
fundamental na fertilização dos solos dos campos
nível pessoal ou profissional na nossa bacia repercutir-se-á,
aluvionares, e este ciclo natural sustentou os meios de vida
positiva ou negativamente, em quem vive a jusante.
de seres humanos durante milénios, mas actualmente os
Funções ecológicas
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serviços do ecossistema.
• Zonas de viveiro de peixes. Os viveiros de peixes são
importantes, especialmente nas zonas costeiras onde se
5. A escassez da água
encontram os estuários e os oceanos. Diminuir o volume de
A água doce é o nosso recurso renovável máximo, cada vez
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água que lhes chega, ou derramar contaminantes a partir das
fala-se mais dos problemas de escassez da água nos canais de
nossas bacias hidrográficas, pode ter efeitos dramáticos nas
TV ou nos jornais. Apesar de não as afectar directamente, a
zonas de viveiro que são essenciais para a pesca marítima, a
maioria das pessoas estão conscientes que existe um
nossa principal fonte de peixes. A diminuição dos
problema cada vez maior. No nosso planeta 2.500 milhões de
sedimentos arrastados pelos rios ao mar, muitas vezes devido
às barragens, também pode reduzir os ‘nutrientes’ que
asseguram a qualidade de importantes zonas de viveiro de
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pessoas vivem em bacias hidrográficas abaixo de níveis, pelo
menos moderados, de tensão crónica relativamente à água –
mais de 40% da população mundial – e entre 1.000 e 2.000
peixes marinhos. Os campos aluvionares das bacias
milhões possuem elevados graus de escassez. A quantidade
hidrográficas também possuem zonas de reprodução
de água que se retira ou se extrai dos sistemas de água doce é
essenciais para determinadas espécies de peixes de água
35 vezes maior que há 300 anos e aumentou 20% por ano
doce.
desde 1960. Sabemos que não podemos continuar assim e,
• Produção pesqueira. Ainda que as águas interiores só contudo, a situação não está melhor: os prognósticos mais
proporcionem 10% das capturas mundiais de peixes, são recentes indicam que em 2025 até dois terços da população
imprescindíveis para os meios de sustento de milhões de do mundo poderá viver em zonas com problemas de água,
pessoas, e nalguns países em desenvolvimento, constituem a sendo provável que as mais afectadas sejam a Ásia
única fonte de proteínas. Dão emprego a mais de 50 milhões meridional, África e o Médio Oriente. Naturalmente, quem
de pessoas no mundo e oferecem possibilidades de pesca padece mais nos países com problemas de água são,
recreativa a centenas de milhões. Na bacia do Baixo normalmente, as pessoas desfavorecidas economicamente, ou
Mekong, na Ásia, calcula-se que todos os anos se capturam e seja, os pobres do mundo.
consumem dois milhões de toneladas de peixes e outros
animais aquáticos, com um valor de dois mil milhões de
dólares. Os ecossistemas de zonas húmidas devem ter água
em quantidade e qualidade suficiente para sustentar esta
produção vital de alimentos.
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mudanças nos caudais dos rios essenciais para manter os
6. Os impactos das construções urbanas
ecossistemas.
Em 2005, A Avaliação de Ecossistemas do Milénio assinalou
O que têm em comum os rios Colorado, Nilo, Indo, Murray-
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que “até 2007, a nível global, os habitantes das cidades serão
Darling e Amarelo? São só alguns dos, noutros tempos, mais numerosos que nas populações rurais” e existem outros
poderosos rios que nos últimos anos nem sempre chegam ao dados que confirmam. Os números mostram que nos países
mar ou que, quando desaguam nele, chegam com um caudal de altos rendimentos, entre 70% a 80% da população vive em
muito reduzido. Embora isso se deva a muitos factores, os cidades, esta situação está a reproduzir um desenvolvimento
principais dessa escassez de água são a extracção excessiva nos países. Qual o efeito que a urbanização tem nas bacias
de água para a agricultura e a modificação física dos rios, por hidrográficas?
exemplo, mediante a edificação de barragens.
Fonte: LID (Low Impact Development) Factsheet, Office of Envi ronmental Health Hazard
Assessment, Cal /EPA. www.oehha.ca.gov/ecotox.html. Reproduzido com autorização
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Estado, ou regionais. Quando pensamos no ciclo da água e
nas principais fontes de água doce para uso humano, vemos
que a bacia hidrográfica é a unidade geográfica e hidrológica
natural do uso dos recursos hídricos. Actualmente, aplicam-
e a nível local ou da comunidade. Evidentemente, todos esses
níveis devem cooperar e garantir que um amplo leque de
interessados
activamente.
directos nessas actividades participe
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A água das bacias hidrográficas tem que ser partilhada nos sustentável e equitativa dos recursos hídricos e de água doce
seus usos (regadio, necessidades das indústrias, consumo existentes na bacia, no contexto da Directiva no sector da
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doméstico, etc.) e os seus utilizadores, por exemplo, as água da União Europeia. Dentro desta enorme bacia há três
administrações locais, regionais e nacional de um país. sub-bacias, nas quais também existem acordos entre países e
Calcula-se que 263 bacias atravessam fronteiras planos de ordenamento em vigor. Mesmo com estes
internacionais de 145 países, de modo que, para esses países, mecanismos jurídicos e políticos firmes para garantir a
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a partilha mencionada deve aplicar-se também a nível gestão cooperativa, os avanços, ainda que positivos, são
cobrem 45% da superfície terrestre do planeta, afectam 40% Vietnam, quase um terço da Tailândia e a maior parte do
dos habitantes do mundo e corresponde pelo menos a 60% território do Camboja e da RDD Lao – no total, a sua
dos caudais dos rios, de modo que têm uma importância superfície ascende a 795.000 km2 e a sua principal via de
enorme no que se refere à gestão da água mundial. água, o rio Mekong, tem 4.800 km de longitude. Em 1995
criou-se a Comissão do Rio Mekong mediante um acordo
Ao se ter reconhecido e analisado, a escassez da água durante
entre os governos do Camboja, a RDP Lao, Tailândia e
a última década, muito se tem dito sobre os potenciais
Vietnam, enquanto a China e Myanmar actuaram como
conflitos, e inclusive guerras, pelos sistemas de água
associados no diálogo. Alcançaram-se progressos
partilhados. Apesar disso, a realidade indica que, a tendência
consideráveis, mas os problemas gerais continuam a ser
para a interacção cooperativa é muito maior, do que para o
consideráveis. A bacia do Nilo cobre 10 países, mais de três
conflito. Segundo um estudo, nos últimos 50 anos, foram
milhões de km2 e alberga mais de 360 milhões de pessoas e
identificadas 1.200 interacções cooperativas nas bacias
o rio Nilo, o mais longo do planeta com os seus 6.695 km.
partilhadas, frente a 500 conflitos sem guerras declaradas, e
Em 1995, colocou-se em marcha a Iniciativa da Bacia do
somente 37 incidentes de conflitos violentos (30 dos quais
Nilo, a qual conta com um conselho ministerial, na que
ocorreram entre um país determinado e os seus vizinhos). Na
participam todos os países ribeirinhos do rio, e continuam a
segunda metade do século XX, foram negociados e assinados
trabalhar em questões relativas ao ordenamento sustentável.
295 acordos internacionais relativos a água. Esta é uma boa
notícia. Apesar disso, os problemas que envolvem a gestão Os Sítios Ramsar Transfronteiriços (SRT) que foram
eficaz das bacias transfronteiriças são imensos, e há poucos designados actuam a escala muito menor, mas sem deixar de
exemplos de sucesso total, apesar de muitos serem de possuir benefícios de importância para as zonas húmidas. Em
avanços significativos. Caracterizar os êxitos é o grande virtude da Convenção, os países membro comprometeram-se
compromisso no tempo e entradas financeiras – medido em a consultarem-se quando uma zona húmida se estende por
décadas e milhões – para que seja possível avançar. cima de fronteiras nacionais e alguns países aproveitaram a
oportunidade para designar conjuntamente os seus sítios
É a magnitude do problema o que normalmente o torna tão
Ramsar ou partes de um único sistema de zonas húmidas
difícil de solucionar. A bacia do Danúbio cobre na Europa
como SRT, para assinalar o seu compromisso de colaborar na
mais de 800.000 km2, com uma população de 81 milhões de
gestão de toda a zona húmida. O primeiro SRT foi designado
pessoas e abrange no total ou em parte 17 países; o rio
pela Hungria e Eslováquia em 2001 e desde então já foram
Danúbio corre ao longo de 2.780 km. Os 13 principais países
mais sete. Ainda que isto não resolva a questão do uso
assinaram a Convenção do Danúbio em 1994 e, através dela,
racional das zonas húmidas à escala das bacias, ajuda ao uso
estabeleceu-se a Comissão Internacional para a Protecção do
transfronteiriço das zonas húmidas dentro das bacias
hidrográficas.
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9. A necessidade de que todos
Europeia, um enfoque de toda a União de gerir a água ao
participemos
nível das bacias, a participação dos cidadãos é uma
Como todos vivemos numa bacia hidrográfica nalgum obrigação, não uma opção. Definida em três níveis –
lugar, deveríamos participar na sua gestão? Nos sítios comunicação de informação, consultas e participação activa
Ramsar, abundam as provas da intervenção dos – devem-se assegurar os dois primeiros e encorajar o
interessados do lugar na sua gestão e no das outras zonas terceiro.
húmidas do mundo. Embora levante muitos problemas,
Normalmente, as duas primeiras obrigações têm como
produz-se a uma escala muito diferente em termos de
destinatário principal os cidadãos em geral, o grupo mais
participação dos interessados ao nível das bacias. Porque
amplo que envolve a todos os que vivem nas bacias. As
deveriam os interessados directos participar em qualquer
páginas Web, a televisão, os jornais, as feiras locais e as
uma delas? Porque gerir de cima a baixo, sem ajuda da
reuniões, são instrumentos de comunicação habituais que
ampla gama dos utentes, normalmente está destinado ao
deram bons resultados relativamente a manter os cidadãos
fracasso, como aprendeu a Convenção de Ramsar nos 37
informados e consultá-los sobre as questões da actualidade
anos que leva dedicada a conservação de zonas húmidas.
relativas a gestão das bacias.
4. Deve-se efectuar um “inventário” dos interessados para conhece-los melhor a eles e aos seus interesses.
8. Há que cooperar com os outros e alcançar uma visão comum da bacia, a fim de situar o plano de gestão no
contexto apropriado.
9. Ninguém pode faze-lo sozinho. A verdadeira parceria leva à responsabilidade compartilhada e adopção de
decisões para acções compartilhadas.
10. Onde existam outras culturas e tradições, haverá que aceitar as mensagens fundamentais e adapta-las às suas
necessidades.
A gestão das bacias hidrográficas não é algo novo e há muitas experiências, boas e más, que servem para orientar as
actuações hoje em dia, com instrumentos de eficácia demonstrada para investigar quem são os interessados
fundamentais e resolver a sua participação na planificação e a execução da gestão. Pode levar muito tempo e ser muito
caro, mas a experiência tem demonstrado que sem ele é impossível gerir eficazmente uma bacia, e os amigos das
zonas húmidas locais podem ver como os seus esforços são inúteis se não gerirem com eficácia a bacia de que fazem
parte.
Para que estas notas informativas fossem de leitura relativamente fácil, talvez tenhamos simplificado em
excesso a complexa situação das nossas bacias hidrográficas relativamente à água, as zonas húmidas e a sua
gestão, e não nos foi possível tratar em detalhe algumas questões. O que fizemos foi enfatizar que as ameaças
que estão sobre as bacias são diversas e que implicam forçosamente ameaças para as distintas zonas húmidas.
É certo que temos um problema mundial de água doce, que vai agravar-se nas próximas décadas. Também está
claro que gerir melhor as nossas bacias hidrográficas e as suas zonas húmidas é uma parte importante da
solução. Este é o desafio do Dia Mundial das Zonas Húmidas. Depois de ter lido estas poucas páginas, o que
pode Você fazer para melhorar a bacia hidrográfica de que depende?
Nestas nove secções, poderá ver-se a si mesmo: pescador, agricultor, família, dono de uma fábrica, pessoa
encarregue da tomada de decisões no sector das zonas húmidas, a água, ou o desenvolvimento do sector,
director de uma zona húmida, político, habitante de uma cidade ou interessado de qualquer outro tipo. O que é
que você faz pessoalmente, ou no seu trabalho quotidiano, prejudicial para a sua bacia hidrográfica? E o que
pode fazer para ajudar a que seja mais eficaz a gestão da bacia em que vive?
Fazer frente às inundações e às secas, diminuir os efeitos das espécies invasoras, combater a entrada de
contaminantes nas linhas de água com políticas correctas, adoptar decisões acertadas sobre a extracção de água
para a agricultura, controlar o desenvolvimento negativo de infra-estruturas, avaliar as consequências do
desenvolvimento urbano nas linhas de água, controlar a colheita de produtos das zonas húmidas, utilizar mais
eficientemente a nossa água, cooperar com os países vizinhos nas bacias partilhadas, são só algumas das
tarefas que devemos estabelecer nas bacias hidrográficas e, também, são oportunidades que todos temos para
encontrar soluções com os nossos próprios esforços, as nossas organizações de cidadãos e os nossos
representantes eleitos por votação.
Enfrentar estes desafios com todas as possibilidades de actuar que se oferecem, ajudá-lo-á a si e a outras
pessoas a gerir com mais eficiência a sua bacia hidrográfica, e todas as zonas húmidas existentes no seu
interior. Um resultado natural da gestão eficaz serão umas zonas húmidas sãs, mas há muito mais a fazer.
E o que fazer para remediar algumas das agressões que cometemos antigamente contra as zonas húmidas?
Segundo muitos especialistas, a restauração das zonas húmidas muito degradadas ou inclusive destruídas é uma
medida essencial para fechar a “lacuna de água doce”, a diferença entre o que temos e o que necessitamos
agora e necessitamos no futuro, e garantir a prestação constante dos serviços de ecossistema de que
dependemos.
Para conhecer melhor a Convenção de Ramsar e o trabalho que realiza, visitem o website
da Ramsar, administrado pela Secretaria da Ramsar que é actualizado todos os dias:
www.ramsar.org
Por favor enviem as suas informações de actividades do Dia Mundial das Zonas Húmidas a
wwd@ ramsar.org